O realismo é conhecido como um movimento cultural que se opõe ao
romantismo. (o que se lembram do romantismo?)
O realismo rejeita toda a subjectividade, opondo á beleza, ao refinamento,
á elevação moral o simples culto dos factos, trata os temas do quotidiano de forma simples e crua
Courbet, representante máximo do realismo afirmou “Eu não posso pintar
um anjo porque nunca vi nenhum”.
Este movimento foi particularmente expressivo na pintura e na literatura.
O realismo na pintura é uma arte essencialmente concreta e só pode
consistir na representação das coisas reais e existentes, esta é caracterizada por causar um grande escândalo, pelos temas banais tratados nos quadros, muitas vezes ofensivos, pelas cores excessivamente vivas, consideradas de mau gosto, pela falta de elaboração e conceptualização das composições. Já para os seus defensores a apresentação da realidade “brusca” era a ultima palavra em audácia artística. Os quadros dos pintores realistas resultavam de um instantâneo da realidade, como de uma fotografia trata-se (nítida, concreta e sólida). O realismo na literatura centrou-se no retrato objectivo da realidade social em detrimento da exaltação dos sentimentos individuais que tinha marcado o Romantismo, os personagens nas obras literárias do Romantismo são pessoas que vivem, lutam, amam e sofrem, num cenário minuciosamente descrito, contemporâneo e identificável para o leitor. Esta realidade tal como na pintura era palpável, clara e cruamente exposta, que chocou a sociedade que era tão ligada às aparências.