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MANOEL HENRIQUE CAMPOS BOTELHO RESISTENCIA DOS MATERIAIS PARA ENTENDER E GOSTAR EDITORA__ 59 BLUCHER enes MANOEL HENRIQUE CAMPOS BOTELHO RESISTENCIA DOS MATERIAIS PARA ENTENDER E GOSTAR ELABORADO UO U aaa ENGENHEIROS Resisténcia dos Materiais Manoel Henrique Campos Botelho Langamento 2008 ISBN: 9788521204503 Paginas: 248 Formato: 17x24 cm Peso: 0,415 kg RESISTENCIA PARA ENTENDER E GOSTAR A Resisténcia dos Materiais é, segundo muitos professo- res e especialistas, a matéria mais importante no ensino da Engenharia e estudo essencial nos cursos de Arquite- tura. Nesta obra os leitores encontrarao respostas para quest6es, como por exemplo, sobre como os pilares e colunas das edificagdes resistem as cargas de compres- so Ou como os cabos de sustentagao resistem a es- forgos de estiramento (tragao). Entre os estudos apre- sentados ha a ocorréncia de cortes (cisalhamento) em materiais resistentes, como madeira, ou em materiais menos resistentes, como tecidos. Incluindo os esforgos resultantes da flexao (dobramento) que exigem estrutu- ras especiais e as deformagoées causadas pelos esforgos que demandam cuidadosos estudos e calculos, objeto da presente obra. Mais uma vez, 0 engenheiro Manoel H.C. Botelho, au- tor de diversos livros na area, apresenta o conteudo de forma simples e altamente pratica sem perder seu rigor conceitual. EDITORA wut nosso ae BLUCHER rw blucheceoribi l iil v Il MANOEL HENRIQUE CAMPOS BOTELHO Eng. Civil formado pela Escola Politécnica da Universidade de Sao Paulo RESISTENCIA DOS MATERIAIS PARA ENTENDER E GOSTAR a BLUCHER 50 anos www blucher.com.br Resisténcia dos Materiais Contetido 10 a 12 13 4 1B 16 17 18 O que 6a Resisténcia dos Materiais 0 equilibrio das estruturas e as estruturas que nao devem estar em equilibrio Os tipos de esforcos nas estruturas Tensdes, coeficientes de seguranga e tensdes admissiveis ‘Todas as estruturas se deformam — Lei de Hooke ¢ Médulo de Poisson Quando as estruturas se apéiam — Entendendo os varios tipos de apoio. Estruturas isostatica ivas. hiperestticas e hipo: Estudando os varios tipos de flexao: simples, composta, obliqua, ete. Introdugao aos conceitos de momento estitico, momento de inércia, modulo resistente e raio de giracao Estudando a flexao normal nas vigas isostétieas — Diagramas de momentos fletores, forgas cortantes e forgas normais, ‘TensOes normais em vigas —a flexao normal, A flexao obliqua nas vigas ‘Tensoes tangenciais (cisalhamento) em vigas, Como as vigas se deformam — Linhas elastieas Estudando as vigas hiperestitica e Método de Cross — Equagao dos trés momentos Flambagem ou o mal earacteristico das pegas comprimidas Estruturas e materiais nao-resistentes a tracao Estruturas de resposta linear e nao-linear, Validade do processo de superposigao, XI XII Resisténcia dos Materiais 19 _ Ligando duas pecas — Calculo de rebites ¢ soldas “7 20 Atorcdo ¢ os eixos 153 21 =~ Molas e outras estruturas resilientes 163 22 Cabos, 167 23° Nascemas trelicas .. 175 24 Arcos e vigas curvas. 183 25 Andlise de varios ¢ interessantes casos estruturais 189 26 — Estruturas heterogéneas quanto aos materiais 199 27 ~~ Estamos encerrando a matéria............... awemncucveca, SOU: 28 Bibliografia — O que ha para ler nas bibliotecas e livrarias brasileiras. 207 29 Anexo 1 Composigio e decomposigao de forgas .. aun 30 Anexo 2 Estados de tensao — Critérios de resistencia a7 31 Anexo 3 Glossario de primeira ajuda ... 223 32 Anexo 4 Resumo histérico do uso de materiais e de estruturas. 227 33 Anexo 5 Consulta ao piiblico leitor.. 232 0 queéa Resisténcia dos Materiais UCL LEE Para poder transformar a Natureza, 0 homem precisa de ferramentas e tecno- logia. Para criar tecnologia, precisa de teorias que correspondam & sistematizagao de conhecimentos ea descoberta de leis naturais que orientam seu trabalho. Depois de criar urna série de teorias, algumas das quais superam e substituem outras, 0 homem procura sistematizé-Ias dando-lhe nomes, delimitando suas validades e es- tabelecendo um grau de hierarquia entre elas Do estudo das estruturas (casas, pontes, vefculos, etc.) surge a Resisténcia dos Materiais. Vamos a ele Vamos supor que se pretenda transportar uma pega de grande peso sobre uma estrutura de suporte (prancha) que, por sua vez, se assenta sobre dois apoios, Ae B. Acstrutura recebera essa carga e sofrerd, com isso, uma série de esforgos, de- formando-se. A Resisténcia dos Materiais determinara tais esforcos e a lei da defor- magao dessa viga. Conhecendo o material com que se construiu a estrutura: te, saberemos: * se com o material usado no suporte ¢ em face de suas dimensde: plo, a espessura —, a estrutura ou resiste a solicitacdo ou se rompe; * as deformacdes que ocorrerao a por- — por exem- 3 0 equilibrio das estruturas e as estruturas que nao devem estar em equilibrio UCL EEE ELE Uma estrutura ou est em equilfbrio ou em movimento, Nos estudaremos prin- cipalmente as estruturas em equilfbrio, ou seja, as que estao estaticas, melhor di- zendo em “equilibrio estatico” Para que uma estrutura esteja em equilibrio e: tes leis da Estatica: Atico, deve obedecer As seguin- Liy=0 Lh =0 YM, =0 onde: Fy, = Forca horizontal Fy, = Forca vertical My = Momento de torgao M, = Momento de flexao Sao as quatro famosas condigées dos esforgos externos Sejam as seguintes estruturas e vejamos as suas condigdes de equilibrio: Uma pessoa est apoiada no chao. Se o chao puder reagir com uma reacao igual 20 peso, a pessoa estaré em equilibrio, Se o chdo for um charco, um lodagal, 0 cho nao reagird ao peso e a pessoa afundard cr 15 Os tipos de esforcos nas estruturas UCL Devido aos esforcosativos e reativos, a estrutura esta em equilibrio, ou seja, nao se movimenta. Apesar de a estrutura estar em equilibrio, ela poder até se romper se 05 efeitos dos esforcos ativos e reativos levarem a sua desintegragao material A desintegracdo da estrutura ocorrera se algunas partes constituintes da es- trutura sofrerem valores extremos em face de Tensdo de compresstio Tensdo de tracdo Tensdo de cisalhamento puro (aco de tesoura) Tenséo de torcéo 3, tem Para chegarmos as tensdes que levam, ou no, 20 colapso das estrutur que haver um efeito intermediario, causado pelos esforcos ativos e reativos. Esses esforgos internos solicitantes gerarao, no final, tensoes de tragao, compressio, cisa- lhamento e tor¢ao. 23 Tensoes, coeficientes de seguranca e tenses admissiveis UCL Imagine que temos de suspender uma pega industrial de 7,55 tf por um cabo de ago, Cuja resisténcia média de ruptura € de 1.490 kgf/em?. Vamos verificar a espes- sura necessaria do cabo ‘Formula geral: = 1.490 kgffem” F_ 7.550 o 1.490 wrea resistente 06 cm” mos escolher o diametro do cabo que tenha essa area. Se adotarmos 0 diame- tro de 1” para 0 cabo, estaremos atendendo ao projeto, pois essa bitola de cabo tem rea de 5,08 cm?; todavia: + como tempo 0 cabo pode perder resisténcia, podendo desfiar + emalguns casos a resistencia média do cabo pode variar de lote para lote ¢ tal- vez tenhamos 0 azar de ter em estoque um mau lote; a suspender pode ser algo maior que 7.550 kgf (erro de uso) (°) 0 cabo 6 puxado para baixo pelo peso e para cima pela reagao, O cabo esté em equilfbrio, mas tem tensiio de tracho. O cabo resistiré a tensio de tragia? Depende da forga, da si material do cabo, ete » do eabo, do 31 Todas as estruturas se deformam — Lei de Hooke e Médulo de Poisson UE EEE ELLE Nota 1: Experiéncia num material que visualmente apresenta resultados. Pegue um elastico de borracha, desses eldsticos comprados em papelaria, e faga esta experiéncia, Corte-o com um comprimento de 10 cm e faga varias experiéncias de tracao, mas sem esforg-lo muito. Depois disso, meca-o outra vez. A nova medida devera ser muito préxima dos 10 cm iniciais. Isso indica que estivemos fazendo ex- periéncias dentro do campo eldstico; terminando o esforgo, termina a deformagao na pega e ela volta a ser o que era. Com cuidado para nao rompéo, procure agora esforga-lo mais, até sentir que est4 quase rompendo, Mega 0 novo comprimento. Vocé notara que, mesmo nao estando distendido, 0 elastico tem agora quase 11 cm. Ocorreu uma deformagao permanente (plastica) no valor de 1 cm. Nota 2: Por que estudar as deformagdes na E + Ter critérios para limitar as deformag6es nas estruturas em trabalho. (Daria para aceitar uma trave de gol que tivesse flecha (barriga), no seu ponto médio, de 20 em?) * Desenvolver teorias que permitam resolver estruturas. Sem esse recurso do es- tudo das deformagdes, seus esforcos ficariam desconhecido: Imaginemos, por exemplo, uma prancha de 20 kgf colocada sobre cinco apoios. Como se distribuem as reagdes nesses apoios? Essa é uma estrutura hiperestdtica e descobriremos esses valores usando a teoria das deformacoes estruturas? s as razoe! ( 41 Quando as estruturas se apdiam — Entendendo OS Varios tipos de apoio UCL Para compreender o funcionamento das estruturas 6 muito importante co- nhecer os tipos de apoio que essas estruturas possuem. A estrutura de apoio nada mais é do que um corpo rigido que recebe e transfere esforgos das estruturas em estudo. Arvores esto apoiadas (encravadas) pelas raizes na terra; caix estar apoiadas em lajes; vigas estao apoiadas em colunas; navios, t lins, em estruturas de grande rigidez, etc. Seja uma viga de madeira simplesmente langada sobre dois apoios (pilaretes de madeira) A eB: is d'4gua podem Agua; trampo- 6 A Ae B- apoios simples B O senso comum indica que a viga trabalhara de uma maneira, se for simples- mente apoiada e de outra maneira, se as | ts U Seco qualquer Secio D Diagrama de tenstes de cisalhamento A formula que correlaciona o valor da forga cortante em uma se em um ponto des io ea tensio 7, = tensio de cisalhamento na linha horinzontal x, onde, @ = forca cortante na segado Ms = momento estatico da area acima de r, b = largura da secao em, J = momento de inércia da secdo T= tensao de cisalhamento na flexao (medida da te melas horizontais da viga) 30 de separagao das (As tenses de cisalhamento em vigas so chamadas de tensdes de cisalhamento na flexio para se- rem diferenciadas das tensoes de cisalhamento puro, como as tensoes de cisalhamento nos rebites, 95 Como as vigas se deformam — Linhas elasticas UEC ELE Os esforcos solicitantes — forgas normais de compressio, forgas normais de cio, forcas tangenciais, momentos fletores e momentos torgores causam defor- mages nas estruturas. O fato de a maioria das deformagoes serem menores que a acuidade visual permite detectar, sua importancia te6rica, entretanto, é enorme. Devemos estudar as deformagées por dois motivos. O primeiro consiste em aprender a limitar (ou nao) as deformagoes nas estruturas®. O segundo motivo que o estudo das deformagdes permite resolver estruturas hiperestaticas determi- nando suas reacdes. Particular interesse proporcionam as deformacoes por flexao € toredo, em geral maiores que as deformagdes por compressio e tragao. Varnos estudar, neste momento, as deformagaes (linha eléstica - LE) de barras sofrendo flexao. Sejam as vigas: Figura 1 ;. " Figura 2 p Cc A LE oe 4 f = flecha LE = linha elastica (linha das deformacées) Figura 3 Figura 4 FL 4 vimos que nas camas, as vigas que recebem as cargas das pessoas © dos coleliSes so coloca: das deitadas para se deformar (sem romper) dando conforto aos usuarios, 105 Estudando as vigas hiperestaticas — Equacdo dos trés momentos e Método de Cross U0 EEE EEE EEL Sejam as trés struturas seguintes: F —__ Metal A Esforgo Na Figura 1 temos uma prensa comprimindo com forca F’ duas pegas de mate- riais com B diferentes. Quanto de forga vai para cada pega? Qual a tensao em cada pega? A Figura 2 representa uma parede de concreto engastada n trés outros apoios. Quanto da forca se divide por cada apoio? Na Figura 3 temos um peso suspenso por trés cabos de ago. Qual a forga resis- tente em cada cabo? Essas trés estruturas sao hiperestaticas e para elas valem as trés famosas con- digoes 3FH = 0, 3FV = 0c SMF = 0, masa aplicagao de: a ciente para levantar os dados das reagdes nos apoios. E necessirio usar a teoria das deformagées, que se baseia na lei de Hooke. Neste capitulo, vamos estudar as vigas continuas, que sdo as vigas com trés ou mais apoios e, portanto, uma estrutura hiperestatica base e apoiada em 115 Flambagem ou 0 mal caracteristico das pecas comprimidas UEC EEE EEE ELE 16.1 — Experiéncias para entender a flambagem Experiéncia 1 Pegue uma régua escolar de plistico e pressione-a entre dois pontos bem prdxi- mos, um a cinco centimetros do outro. Vocé esta simulando uma estrutura em compressao simples. Agora, pressione dois pontos distantes quinze centimetros um do outro. Algo comeca a aparecer nes- sanova posicao, é visivelmente mais facil criar condigdes para a barra comecar a se encurvar. A barra esté comegando a sofrer 0 fendmeno da flambagem. Faca agora a compressao nos dois pontos extremos da régua, distantes um do outro cerca de trinta centimetros. Com a forga reduzida, a régua vai perdendo esta- bilidade. Force a régua e chegue até a ruptura. A régua se quebra. Plistico é um material fragil. Se fizermos a experiéncia com réguas de mesmo material, mas com espes: diferentes, as réguas mais espessas exigem mais esforgos para flambar que as guas mais finas Experiéncia 2 Pise em cima de uma lata vazia de refrigerante. Vocé notard que a lata, sem se quebrar, amassa. Nao quebrou porque, ao contrario do plastico que é um material frigil, 0 aluminio 6 um material diictil e se deforma bastante antes de perder sua unidade. A estrutura da lata, entretanto, entrou em colapso. E outro caso de flambagem. © Para aprender mesino a Resisténcia dos Materiais, pelo menos uma vez na vida, voce deverd rom- per uma régua de plistico por lambagem. Use éeulos de seguranga nesse colapso estrutural 129 Estruturas e materiais ndo- resistentes a tracao UTE VEEL 12.1 — Exemplos de estruturas que nao resistem a compresséo Hi estruturas, como corde pressio. Cordas e tecidos, devido & pequena espessura que possuem, sofrem flambagem quando comprimidos. Note que no € a earacteristica do material que gera essa i ¢ sima sua caracteristica construtiva, Um fardo de algodao, por exemplo, pode resistir A compressio, mas 0 mesmo algodio na forma (estrutura) de tecido nao resistira a compressao. Correntes de qualquer material nao resistem & compres da relagdo elo com elo. Assim como ha estruturas que nao resistem a compressao, existem as que nao resistem & tragio — uma pilha de placas de ago, por exernplo. A falta de ligagdo entre as pecas faz. com que a pilha resista A compressao, mas nao resista 4 tragdo. A 40 esta no tipo de estrutura, ¢ nao no seu material correntes, tecidos, ete., que nao resistem a com- » pela instabilidade 17.2 — Exemplos de estruturas que nao resistem 4 tragdo Além das estruturas, existem materiais que resistem bem a compressao e mal A tracao, como 0 concreto ea argila (barro). Pode-se fazer, e com sucesso, pilares de concreto ou de tijolos de argila, mas ninguém usaria tais estruturas como cab tirantes, em que o esforgo 6 de tragao Um caso de interesse pratico é o de pegas em que, em determinadas situagoes, 86 ocorrem esforgos de compressao, mas que, em situagdes extremas, podem ter parte da estrutura sofrendo compressao e parte sofrendo tracao. Se 0 esforgo de tracdo em certas estruturas passar de algum limite, ocorre o colapso ou a ruptura. Paredes de tijolos com trincas sao bons exemplos. Estudemos de forma mais global e numérica esses casos de estruturas e ma- teriais que nao resistem a tragao. Seja uma pega de madeira colada em um piso de madeira e uma forga F, Admitamos como desprezivel o peso proprio da pega de madeira e que a forca F possa deslocar-se na superficie dessa peg 139 Estruturas de resposta linear e ndo-linear Validade do processo de superposicdo UEC EEE 18.1 — Conhecendo o processo de superposigao 0 proc turas através da soma dessas cargas. Sejam as trés estruturas a seguir: so de superposigao de cargas 6 extremamente titil para resolver estru- LI | pecas Nessas trés estruturas, em face da forca atuante em cada uma das trés Forga F, —> tensdes(1) —> deformagées (1) Se a cada uma dessas estruturas especificas adicionarmos a forga F',, pode- remos garantir: FP, tensdes (1) deformagoes (1) F, tensdes (2) deformagoes (2) tensao final = tensdo 1 + tensao 2 deformacao final = defl + def2 © Para outros tipos de estruturas nao se pode usar o processo de superposicao. 147 Ligando duas pecas — Calculo de rebites e soldas UE EEE 19.1 — Introdugao Ao iniciar suas construgdes, o ser humano descobriu a necessidade e a forma de unir dois materiais. Possivelmente, uma das formas de ligar dois materiais foi com 0 uso de cordas e, através dos nés, puderam ser ligados dois cabos ou cabo e viga sofrendo flexdo (arco do conjunto arco e flecha) ‘Arco sofrendo flexdo A ligacao de barras também foi feita pelo homem usando fios naturais — cip6, por exernplo —, 0 que permitiu a construcao de trelicas e outras estruturas rudi- mentares, O uso de barras de madeira deve ter levado o homem a criar os encaixes de ma- deira — as ensambladuras — e depois as pecas de ligacdo — as cavilhas —, antes de utilizar pregos 153 fi torcao e os eixos UCL 20.1 — Ai flexdo da segdo Imagine uma barra que tenha uma forca F atuando tangencialmente a sua se- cdo, Essa forca tender a girar a seco. Consiste em uma foredo da secdo, diferen- temente da flexao vista até agora, que tendia a flexionar um eixo. Veja: Tendéncia de torcer 7 A F Seco transversal Pela ilustragao, percebe-se que 0 eixo da pega e a reta de suporte da agao que gera a torcao nao est mo plano, ou seja, so reversos. A segao 6 torcida pela forga FO ponto A é esforgado para girar e tende a se deslocar de A para A. Barras sofrendo torgaonormalmente sao chamadas de eiros\”), situagdes tipicas das construgdes mecanicas. Nesses casos, 0s eixos tém, em geral, secao circulal © Nas constrngdes mecanieas, hd que se diferenciar os conceitos de “elxos” do termo “arvores”. Os velocfpedes de crianga, tem eixo na frente e érvore atras. Bicicletas tem drvores na frente eixo atrds. As “irvores” sio eixos sem Lransmissio de poténcia e eixos sho dispositivos com transmissio de poténeia mecanica. 163 Molas e outras estruturas resilientes TTC TOPE COO 21.1 — Introdugéo Talvez tenham sido 0 arco e flecha a primeira estrutura concebida pelo homem para armazenar energia, com a deformacdo do arco, para depois devolvé-la & corda que impulsiona a flecha. Bstruturas que armazenam energia pela deformacao usam © conceito de resiliéncia. Molas de relégio e molas de carros sfo tarnbém exemplos de estruturas ispositivos) resilientes. 21.2 — Definicdo de resiliéncia Resiliéncia de uma estrutura é a maxima energia de deformagio que essa es- trutura consegue armazenar ao sofrer deformagoes elisticas e, portanto, sem sofrer deformagao plastica (permanente) rc Mola de relégio Mola helicoidal O arco cummeepasitivo Feixe de molas resiliente Outras estruturas resilientes 167 Cabos UCL 22.1 — Introdugéo Cabos, fios, correntes ¢ outras estruturas semelhantes, como tecidos e folhas de reduzidissima espessura, s6 podem trabalhar & tragdo. Se tentassemos usar um cabo A compressio, ele flambaria. Se o cabo fosse trabalhar a flexao, também flam- baria, pois toda viga tem parte das suas segdes trabalhando 4 compressio, Essa caracteristica é da estrutura, e nao do material. Fardos de algodao podem trabalhar & cormpressdo, pilares de aco podem e trabalham A compre: mesmo nao ocorre com cabos feitos com esse material. 22.2 — Uso de cabos Em face do exposto, cabos sao usados resistindo a forgas normais de tra sofrem assim 86 esforcos internos de tracdo, com excegao de correntes, que sofrem também esforcos internos de corte nos elos. Veja: Ne \ 175 Nascem as trelicas UE EVEL 23.1 — Introdugéo Treligas sdo estruturas compostas por barras com extremidades articuladas. Sao usadas para varios fins, entre os quais, vencer pequenos, médiose grandes vaos. Pelo fato de usar barras articuladas e de se considerar pesos suportados colocados nos nos, essas barras funciona principalmente a tragdo e cormpressio. Estruturas do século passado e do inicio deste século — como pontes metalicas ferroviérias — usaram ao méximo esse estratagema. As treligas so usadas hoje tarnbém como estrutura de cobertura, torres de transmissao elétrica e em equipa- mentos, tais como lancas de guindastes. Costumam ser executadas em barras de madeira, ago, aluminio e de concreto armado. Tipo sheed (cobertura) 183 fircos e vigas curvas UE EEE ELE Seja uma viga de eixo reto. Vamos dobré-la (deformacao pléstica, portanto sem retorno) e fazer com que venga urn vao suportando uma carga F! — Ao suportar essa carga e seu peso proprio, a estrutura se deforma e cada apoio se afasta de A para A, ¢ de B para B, Note que, em virtude da agao das cargas verticais e o deslocamento dos apoios, nao ocorre nos apoios reagao horizontal e, mesmo assim, a estrutura ¢ estavel. Imaginemos que uma articulacao foi introduzida no centro desse arco. A estru- tura se tornaria hipostética ¢ iria para a ruina, acontecendo deslizammento em A e B. Todavia, com apoios simples em A e B, a estrutura fica estavel. F F B Peca instavel Arco triarticulado © A tiara para cabelos 6 uma viga curva de plastico. 189 finalise de varios e interessantes casos estruturais UEC EEE EET ELE Neste capitulo do livro, descrevemos varios casos envolvendo estruturas. Tais casos, pelos aspectos diferentes e mesmo curiosos que apresentam, néo permiti- riam ser contados ao longo de um texto da teoria Entendo que a apresentagio de casos é extremamente interessante do ponto de ‘a didatico, pois possibilita ao leitor gravar conceitos de forma agradavel, situa que no ocorre com tanta freqiiéneia na discussio de uma teoria 25.1 fipresentagao dos casos © Cargas dinamicas e cargas estéticas Para sentir como as estruturas reagem a cargas estiticas e dindmicas, coloque com extremo cuidado um peso de 1 kgf em uma balanga de mola de um prato. Por mais cuidado que se tenha, ao colocar um peso dessa ordem, pode-se notar que ins- tantaneamente o peso marcado na balanga chega a exceder em cerca de 20% esse 1 kgf. Em seguida, a carga dindmica torna-se estatica (amortecimento da medida) e 0 peso de 1 kgf € entao indicado na balanga, © fivara de pescar, a linha e o peixe Por que as varas de pescar sao feit: terial lexivel? Quando um peixe agarra a isca, surgern, devido ao desespero do animal, os compreensiveis, muito compre- ensiveis, esforgos dinamicos gerados pela situagao. Es- ses esforgos podem: © quebrar alin! + arrebentar a boca do peixe. sempre de ma- 199 Estruturas heterogéneas quanto aos materiais UE Uma estrutura € heterogénea no que diz respeito aos materiais se for construi- da com dois ou mais materiais diferentes. Uma estrutura de concreto armado é um. exemplo tipico desse tipo de estrutura Vamos entender como dimensionar esse tipo de estrutura a partir de um exem- plo numérico. 26.1 — Exemplo numérico 26.1.1 — Exemplo de calculo de colunas (pilares) Seja um pilar de concreto armado para 0 qual no se considerard a flambagem, com seco transversal de 20 x 40 cm e tendo seis barras de ago com area total de 1,9 cm?, Admite-se que a relagao entre os médulos de elasticidade do aco e do concreto seja de 15 e que as tensdes admissiveis de compressio do ago sejam da ordern de 900 kgf/cm? e do concreto de 50 kgf/cm®. Determine a carga admissivel, ou se} méxima carga F que o pilar aceita, Veja: Placa de f distribuiggo da carga — TL - Corte longitudinal Corte transversal (®) Exemplo didatico conceitual, no obediente 2 Norma de Conereto Armado, 205 Estamos encerrando a matéria VUTEC EVEL Estamos encerrando este livro, mas este nao é o fim da Resisténcia dos Mate- riais, Em outros livros vocé encontrara t6picos aqui ndo estudados, tais como: * energia de deformagao; * efeitos dinamicos; * pérticos, ete, Relembremo-nos de que a Resisténcia dos Materiais, nos limites em que foi apre- sentada neste livro, estuda as estruturas que possam ser associadas a barras de eixo retilineo (com excegdo das estruturas do item arcos) e obedientes a lei de Hooke. Por serem estruturas de duas dimensoes, placas nao podem ser estudadas pela Resisténcia dos Materiais. Para avancarmos no estudo das estruturas, surge entao uma matéria que vem a ser urn avango da Resisténcia dos Materiais. Trata-se da Teoria da Blasticidade, ou resumidamente Elasticidade, nome bastante infeliz, pois causa confusao com estudos de estruturas no regime eldstico, em que, cessada a agao, tudo volta a ser como antes. A Teoria da Blasticidade tem como um dos seus objetivos o estudo matematico das estruturas de varias dimensées. Outro desdobramento da Resisténcia dos Materiais seria uma Resisténcia dos Materiais para estruturas de barras ndo-lineares, como barras curvas® Os livros citados ao longo deste livro complementam e propiciam a evolucao dos conceitos ja apresentados. S6 resta a este autor, agora, desejar bons novos estudos ao caro leitor. © Aplicavel por exemplo, no dimensionamento de ganchos. 207 Bibliografia — 0 que ha para ler nas bibliotecas e livrarias brasileiras UCL Este item deste livro nao é a rigor uma bibliografia. Bibliografia é uma listagem dos livros citados pelo autor ao longo de seu trabalho e de livros ou outro tipo de pu- blicacaio que o autor consultou para emitir suas opiniées. Entendo que bibliografia interessa principalmente para livros e trabalhos cientificos, que ndo 6 0 caso di li ro. Este livro é um trabalho didatico, para ser lido por estudantes e jovens profis- nais. Assim, $6 cito livros que o leitor possa ler e que sejam de facil consulta em bibliotecas universitdrias brasileiras, ou adquiridos em livrarias Recomendo que o leitor leia para avangar sobre os temas aqui apresentados: Livros ilustrativos de resisténcia dos materiais PITTMAN, W. MORGANS The elements of structure. Publishing Limited London, 1979, WILSON, Forrest. Structure — the essence of architecture. Van Nostrand Publishing Company, 1971. GORDON, J. E. Structures — or why things don't fall down. England, Plenum Press, 1978. TIMOSHENKO, S. History of strength of materials. Dover Publications, 1983, FUSCO, Pericles Brasiliense. Fundamentos do projeto estrutural. Sio Paulo, Me- Graw Hill do Brasil,1976. GAMA, Ruy. Histéria da ciéncia e da tecnologia Paulo, EDUSP, 1985. VASCONCELOS, Augusto Carlos de. As estruturas da natureza, 1985, LHERMITE, ROBERT. Ao pé do muro. Edigdo Concrebrés 211 ANEXO 1 Composicao e decomposicdo de forcas UE Composicdo de forcas Dadas as forgas F, e F',, ache a resultante pelos célculos analiticos. R= resultante 910 + 340 = 1.250 kgf R=F,+F, do da posigao da resultante (ponto C) Mn F-AB=R-CB=R-a 340x2,80= 1.2500 v=0,76 m AC =2,80-0,76 = Determii 04 m Resolugdo gréfica Em cada ponto de aplicagdo de forga (A eB), criemos for opostas. A reta das resultantes das forcas determina Z. A vert G, que ¢ o ponto onde passa a resultante auxiliares iguais € al por Z determina 217 ANEXO 2 Estados de tensdo — Critérios de Resisténcia UCT Sejam dois corpos do mesmo material sofrendo compressiio em duas prensas diferentes. 0 corpo A esta sofrendo compressao em uma prensa em que hé grande atrito entre os pratos ¢ 0 corpo de prova. O corpo de prova B nao tem atrito com os pratos. rc Prato da prensa Forgas de atrito Corpo A corpo x prato sofrendo de prensa compressiio na prensa Prato da prensa F - forca da prensa Se levarmos 0 teste de compressio até a ruptura de cada um dos corpos-de- prova, notaremos que 0 corpo-de-prova A resistird até com uma tensio maior que 0 corpo-de-prova B. Explica-se: as forgas de atrito que atuam no plano do topo do corpo-de-prova ajudam na resisténcia A compressao, Essa 6 a razao de exigir .e teste uma re- gularizacao da cabeca do corpo-de-prova, tendo em vista a diminuigdo, ao maximo, da interferéncia desse atrito. Usamos esse exemuplo para apresentar 0 fendmeno denominado estado triplo de tensdo, Vamos apresentar os trés estados em que podemos dividir a um corpo sofrendo esforgos. 223 ANEXO 3 Glossdrio de primeira ajuda UTE EEE EVEL ELT 1. CAMBAMENTO — o mesmo que flambagem e empenamento. 2. CONVERSAO DE UNIDADES — para o manuseio de livros que usam o Sistema S.L é titil recordar: * 1 MPa = 10 kgffc Recordemos também: * Ley (cavalo-vapor) «1 hp (horse power) 736 W 746 W 5 kgtm/s 3. CORPO ANISOTROPICO — é o corpo que tem diregaes preferenciais. Um cri tal 6 0 melhor exemplo de material anisotrépico, pois tem planos de corte (« vagem). A madeira é um material anisotrépico, visto que a existéncia de fibras faz com que seu funcionamento estrutural seja diferente nas varias direcoes 4. CORPO ISOTROPICO — é 0 corpo que tem funcionamento igual nas trés dire- Ges. B 0 oposto de corpo anisotrépico. O ago é um material isotr6pico. 5. ELEMENTO RIGIDO — éa pega que, por suas caracteristicas e pelas forgas que recebe, sofre deformacdes minimas. Na construgao civil temos como exemplo 0 bloco de fundacdes. O oposto de elemento rigido € o elemento deformavel. Na Resisténcia dos Materiais admite-se que todos os corpos sio deformdveis. A bigorna do ferreiro também é um corpo rigico 6. ESGARGADO — termo popular para definir um eléstico que atingiu uma de- formacio plastica e que, portanto, perdeu sua elasticidade (capacidade de se deformar face & atuagao de uma forca e voltar na sua forma original, assim que a forga seja retirada) 7. ESTRUTURA DE PRIMEIRA ORDEM (OU DE RESPOSTA LINEAR) — sao as estruturas que, dobrando-se os esforgos, dobram as tensdes e as deformagées. A maior parte das estruturas que estudamos sao desse tipo. A flambagem de 227 ANEXO 4 Resumo histérico do uso de materiais e de estruturas UCC ETE Como um complemento cultural, portanto extremamente importante, damos uma cronologia de uso dos varios tipos de materiais pelo homem. solo — todas as construgdes usam 0 slo como destino final dos esforgos. Ao se construir edificagdes mais pesadas, estudou-se o solo, de forma que ele re nao recaleasse demasiadamente isse € pedra — material quase indestrutivel com 0 tempo. Cortada em pedacos e rejun- tada com argamassa de areia e um ligante (cal, cimento, barro), d4 lugar a obras eternas. Piramides do Egito, aquedutos romanos e fortes portugueses, espalhados pelo pais, sao alguns exemplos. madeira — material resistente ¢ facil de ser serrado ¢ de se ligar em pedagos gerando um dos mais versteis materiais de construgdo. Bem conservada, pode durar séculos. Tem como inimigos 0 fogo, umidade, microorganismos ¢ insetos que a devoram. Jibras vegetais — fibras torcidas dao origem as cordas (cabos), importantissimo elemento estrutural desde o inicio dos tempos. Ramagens cobriam as acas de nossos indios e cipés sempre ajudaram o homem servindo como cabos. Os cabos ajudaram aconstruir as primeiras pontes pénseis, tecidos — resultam da composicao de fios naturais e, mais recentemente, artifi- ciais. Roupas e velas de navio so exemplos perfeitos de uso de tecidos, couro —a pele dos animais devidamente curtida (endurecida) por produtos quit micos da origem ao couro, que pode ser usado como cobertura e vestimenta. Os sapatos, os gibdes e as tendas arabes sao bons exemplos de seu emprego. barro cru ou adobe — é usado deste ternpos imemoriais. No Brasil, temos edifica- goes feitas com barro cru; € 0 caso das construgées rurais e das cidades coloniais, Resisténcia dos Materiais 233 Livros ja publicados Concreto Armado - Eu te Amo para ane eu caves orev Arquitetos oa Manoel Henrique Campos Botelho EU TE AMO. asouretos ISBN: 85-212-0385-3 Paginas: 240 Formato: 20,5 x 25,5 cm ‘Ano de Publicacio: 2006 ATENCAO: 0 livro foi concebido e submetido a andlise <== —_ecritica didatica de uma entidade de arquitetos - INS- TITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL, Departamento de Sao Paulo, que 0 aprovou. Os arquitetos necessitam de um livro de concreto armado especfico que atenda 3s suas necessidades, O Autor, aceitou o desafio de transformar o seu livro, numa publi- cacao paralela para os arquitetos, com menos célculos e mais conceitos e ilustracdes. O livro tem muitos desenhos e muitas fotos, algumas surpreendentes sobre estrutu- ras de concreto armado. O texto € simples, didatico e extremamente agraddvel, com informagoes essenciais de como fazer anteprojetos e construir edificios de baixa al- tura, com estrutura de concreto armado. Num mundo onde o controle de qualidade & fundamental, essa parceria entre Autor, Editora e a Entidade de Arquitetos é decisiva para a qualidade deste livro. IMPORTANTE: 0 texto, segue a nova norma NBR 6118/2003 da ABNT e boas préti- as profissionais. * Instalagées Hidraulicas Prediais Manoel Henrique Campos Botelho Geraldo de Andrade Ribeiro Junior ISBN: 85-212-0345-4 Paginas: 360 Formato: 17 x 24cm ‘Ano de Publicac&o: 2006 Este manual procura dar todas as informacdes Conceituais e profissionais para o projeto, construcs Uso e manutengdo de instalagdes hidréulicas prediais Rn ces tense eins 05 limites do trabalho so: « instalagdes prediais de agua fria; * instalagBes prediais de agua quente; + instalagBes prediais de esgoto sanitario e * instalagBes prediais de aguas pluviais. Aborda ainda assuntos de reservatérios, sistemas de bombeamento e disposigéo de esgotos sanitarios prediais. 234 Resisténcia dos Materiais Livros ja publicados ee Quatro Edi Serena tacao, Vinte Solucées de Fundacées Manoel Henrique Campos Botelho Luis Fernando Meirelles Carvalho Voc ISBN: 978-85-212-0418-3 Paginas: 168 Formato: 17 x 24 cm Ano de Publicacdo: 2007 icios, Cinco Locais de Implan- Neste livro, para tornar mais compreensivel e didético 0 = % __estudo de fundagées de casas e pequenos prédios, ado- aa tou-se 0 método didatico de discussdo de casos. Foram escolhidos quatro prédios (casa térrea, sobradinho, pequeno prédio de apar- tamentos e galpo industrial) colocado cada um deles em’cinco locais de implanta- Go geotécnicamente diferentes. A criagao do livro é do Eng, Manoel H. C. Botelho e a consultoria de fundagées é do Engenheiro Meirelles Carvalho, especialista na area. Os frutos didaticos dessa forma de apresentar 0 assunto so muito ricos, Uma coisa € certa. Os autores se esforcaram para tirar do leitor, 0 direito sagrado de nao entender... Vocé julgara. SRT) Pesta Lerten tri] Manoel Henrique Campos Botelho GAY Crs ihe ISBN: 8521201524 CTE Paginas: 254 Formato: 16 x 23 cm Ano de Publicagao: 1998 Aguas de Chuva — Engenharia de aguas pluviais nas cidades € praticamente o Unico livro de sistemas pluviais existente no mercado livreiro. Da todas as condicées para se projetar e construir sistemas pluviais de cidades e de loteamentos, sejam 0s sistemas superficiais (escoamento pela sarjeta) sejam os sistemas subterraneos (bocas de lobo, tubos, escadarias hidraulicas etc.).. Resisténcia dos Materiais 235 Livros ja publicados huscesseynourcawoseoruo CONcreto Armado - Eu te Amo — Vol. 1 AVA DELANO 42 Edicao Revista e Ampliada SONGREIO Manoel Krenrigue Campos. Botelho Ceo e Osvaldemar Marchetti SOUUMET ISBN: 8521203969 Paginas: 480 Formato: 17 x 24 cm Ano de Publicagao: 2006 Um livro para estudantes de engenharia civil, arquitetura, tecndlogas e profissionais em geral, um livro ABC, explicando de forma didatica, pratica e direto 0 mundo do concreto armada, dirigido obras de pequeno e médio tamanho, como prédios de até quatro andares, ou seja, mais de 90% das obras a executar no pais. Finalmente, com a chegada da 4 edicio deste livro, agora todo reformulado e ampliado segundo as normas NBR 6118/2003 (antiga NB - 1/ 78) e NBR 14.931, os autores fizeram uma revisdo cuidadosa, inserindo modificacses correspondentes no mundo do concreto armado como: durabilidade as estruturas, aumento do f ck minimo, dimensionamento de pilares, cisalhamento, etc. Também promoveu uma separacao dos assuntos: aspectos de projeto dos aspectos de execusao e controle de qualidade da concretagem. Muito bem, se as normas optaram pela diviséo de assuntos, este livro optou pela unido e portanto este livro cobre: ~ aspectos de projeto de estruturas de concreto armado; - aspectos de execucdo dessas obras e ~ aspectos de controle da qualidade do concreto na obra. Com @ nova norma NBR 6118/ 2003 nada é mais como antes. Para conhecer esse novo mundo, leia este livro escrito na linguagem pratica, simples e até coloquial, que 0 tornou famoso. Concreto armado eu te amo — Vol 2 enon. rewnout cabs sore0 ‘Ogaden sce Manoel Henrique Campos Botelho CONCRETO Osvaldemar Marchetti ARMADO EU TE AMO. ISBN: 85-212-0333-0 UME2~ Paginas: 280 “== Formato: 17 x 24 cm Ano de publicacao: 2004 Livro escrito em parceria com 0 Eng. Osvaldemar Marchetti e cobre 0s assuntos de: blocos de estacas, lajes, marquises, viga parede e discussao de casos em forma de crénicas estruturais. 236 Resisténcia dos Materiais Livros ja publicados MANUAL DE Manual de Primeiros Socorros do gu SS ns Engenheiro e do Arquiteto 2 3 Manoel Henrique Campos Botelho ISBN: 8521201516 Paginas: 320 Formato: 16 x 23 cm E um livro temético de primeiro degrau dirigido para jovens profissionais, principalmente para os jovens profissionais municipais. Trata de assuntos como fazer atas de reunido, projetar cemitérios, como numerar lotes e edificios de uma rua, como entender rede de esgotos, rede publica pluvial, aterro sanitario, rudimentos de eletricidade predial e muitos outros assuntos. MANOEL HENRIQUE CAMPOS BOTELHO RESISTENCIA DOS MATERIAIS PARA ENTENDER E GOSTAR || (R¢G4 QO corona MY ELEEen Sue Este livro esta a venda nas seguintes livrarias e sites especializados: EDITORA saraiva BLUCHER On pute livrariacullura @® Livrarias Curitiba EDITORA__ 5 BLUCHER anos EXCELENCIA E INOVAGAO EM ENGENHARIA CIVIL E ARQUITETURA EDITORA__ 59 BLUCHER anes

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