2015/2016
Índice
1 Álgebra Matricial 5
1.1 Matrizes. Operações com matrizes. Matrizes Invertı́veis . . . . . . . . 5
1.1.1 Operações com matrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.1.2 Matrizes Invertı́veis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.2 Matrizes em forma de escada ou em escada de linhas. Caracterı́stica
de uma matriz. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.2.1 Caracterı́stica de uma matriz . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
1.2.2 Matrizes Invertı́veis e o Método de Gauss-Jordan . . . . . . . 24
1.3 Sistemas de equações lineares. Método de eliminação de Gauss . . . . 27
1.4 Determinantes. Regra de Cramer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
1.5 Valores Próprios e Vectores Próprios . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
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Álgebra Matricial
−1 0 π
é uma matriz com 2 linhas e 3 colunas.
Assim, adoptamos a seguinte definição de matriz.
Definição 1.1.1 Sejam m e n dois números naturais. Chamaremos matriz de
dimensão m × n a qualquer tabela que se obtenha dispondo mn números reais, ou
complexos, segundo m linhas e n colunas, isto é, a qualquer tabela da forma
a11 a12 · · · a1n
a21 a22 · · · a2n
A = .. .. ..
..
. . . .
am1 am2 · · · amn
onde aij são números reais (complexos) com i = 1, . . . , m e j = 1, . . . , n. Aos
números aij chamaremos as entradas ou componentes da matriz A.
Assim, aij é interpretado como sendo a entrada na matriz A na linha i e coluna
j, e escreve-se
A = [aij ]m,n
i,j=1 ou A = [aij ]m×n .
Caso se subentenda a dimensão da matriz, escrevemos simplesmente
A = [aij ].
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2. Representamos por Mm×n (K) o conjunto das matrizes de dimensão m×n cujas
entradas são elementos de K. Utilizaremos a notação Mn (K) para representar
Mn×n (K).
Exercı́cio 1.1 Indique a matriz A de ordem 3 cujas entradas são dadas por:
( (
1, se i + j é par i + j, se i < j
(a) aij = (b) aij =
−1, se i + j é ı́mpar (−1)i j, se i ≥ j
Exemplo 1.1.8
1 −3
é uma matriz triangular superior.
0 0
4 0 0
−1 0 0 é uma matriz triangular inferior.
√
π 0 9
3 0 0 0
0 1 0 0
0 0 9 0 é uma matriz diagonal.
0 0 0 5
Note-se que as operações acima definidas não alteram a dimensão das matrizes. No
entanto, veremos que o mesmo não acontece quando definirmos a multiplicação de
duas matrizes.
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Calcule, se possı́vel:
1. Comutatividade da adição: A + B = B + A;
2. Associatividade da adição: A + (B + C) = (A + B) + C;
3. Existência de elemento neutro: existe uma única matriz a que chamamos ma-
triz nula (todas as suas entradas são iguais a zero), e que representamos por
0, tal que A + 0 = A;
7. Existência de identidade: 1A = A.
2(A + X) − B = 0 ⇔ 2A + 2X = B ⇔ 2X = B − 2A
1
⇔ X = (B − 2A)
2 1 5
− 2 2 −4
⇔X= .
0 − 32 2
10
O produto
1 2 −1 7
3 0 1 6
não faz sentido.
Definição 1.1.17 Sejam A = [aij ]m×n e B = [bjk ]n×p duas matrizes. Então o
produto C = AB é uma matriz m × p com
n
X
cik = aij bjk
j=1
para todo 1 ≤ i ≤ m e 1 ≤ k ≤ p.
2. O produto
π 2 −1 7 e
7
9 10 1 2×3
6 5 2×2
é 2 + 4 + 0 − 3π = 6 − 3π.
Exemplo 1.1.20 Uma empresa comercializa quatro produtos. A tabela seguinte in-
dica o número de unidades vendidas, de cada um desses produtos, em cada trimestre
do ano.
Produto 1 Produto 2 Produto 3 Produto 4
Trimestre 1 10 15 4 3
Trimestre 2 14 18 6 11
Trimestre 3 15 20 12 5
Trimestre 4 11 10 8 7
12
(a) AB (e) DF
(b) BC
(f) F D
(c) CB
1
(d) 2
CE (g) DB
Verifique que:
(a) AB 6= BA.
(b) AB = 0 com A 6= 0 e b 6= 0.
(c) BA = CA e A 6= 0 mas B 6= C.
A1 = A
An = An−1 A.
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1 1
Exemplo 1.1.25 Consideremos a matriz A = . Calculemos A3 . Temos
2 1
2 1 1 1 1 3 2
A = AA = = .
2 1 2 1 4 3
Portanto
3 2 1 1 3 2 7 5
A = AA = = .
2 1 4 3 10 7
Exercı́cio 1.9 Uma matriz A diz-se nilpotente se existe um natural n tal que
An = 0. Mostre que a matriz
1 1 3
A= 5 2 6
−2 −1 −3
é nilpotente.
0 −2
Exercı́cio 1.10 Considere a matriz A = . Determine A4 .
2 0
Temos
2 1 5 0 −3 5
4 9
AT = T
B = 1
0 4 CT = 3 0 −4 .
2 10
5 4 −6 −5 4 0
2. (αA)T = αAT ;
3. (AB)T = B T AT ;
4. (AT )T = A.
(b) simétricas.
seja:
(a) simétrica.
(b) anti-simétrica.
O próximo teorema estabelece que, se já soubermos que A é uma matriz in-
vertı́vel, para provar que a sua inversa é B apenas temos de verificar que um dos
produtos AB ou BA é igual à matriz identidade.
2. Se BA = I, então B = A−1 .
1 1
Exercı́cio 1.13 Determine, caso exista, a matriz inversa para A = .
0 1