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EM SERVIÇO
SOCIAL
PROF.a MARIA DE
FATIMA DE CARVALHO
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior
“
A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma
ação integrada de suas atividades educacionais, visando à
geração, sistematização e disseminação do conhecimento,
para formar profissionais empreendedores que promovam
a transformação e o desenvolvimento social, econômico e
cultural da comunidade em que está inserida.
Av. Cristo Rei, 305 - Banzato, CEP 17515-200 Marília - São Paulo.
www.uca.edu.br
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma
sem autorização. Todos os gráficos, tabelas e elementos são creditados à autoria,
salvo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a
emissão de conceitos.
PESQUISA EM
SERVIÇO SOCIAL
PROF.a MARIA DE FATIMA DE CARVALHO
SUMÁRIO
AULA 01 CONHECIMENTO, TIPOS DE CONHECIMENTOS E PESQUISA 07
INTRODUÇÃO
ciência, com as políticas públicas etc. Isso é feito dialogando e questionando com a
ordem estabelecida, tendo por norte o projeto político profissional e o Código de Ética.
Espera-se que o estudante/a partir da disciplina, possa contextualizar a realidade
de sua área de atuação ou de estágio, e a si com algo a mais, e leve isso para o
seu projeto de pesquisa. Desejamos que siga sempre estudando e pesquisando para
colaborar com uma nova ordem societária.
Bons estudos e ótimas reflexões.
AULA 1
CONHECIMENTO, TIPOS DE
CONHECIMENTOS E PESQUISA
sempre aperfeiçoadas, imaginem, por exemplo, o uso de uma tora de madeira para
rolar blocos de pedras de um lugar para outro e depois seu aperfeiçoamento esse
tornar a roda, uma extraordinária evolução de conhecimento.
Nessa esteira evolutiva, a busca e a construção dos saberes foram adquiridas
e transmitidas socialmente, geralmente eram para resolver questões cotidianas. O
conhecimento era transmitido para as crianças pelos mais velhos; um irmão, os pais,
demais parentes ou lideranças comunitárias e religiosas, etc.
Conhecimento popular
Conhecimento filosófico
Conhecimento religioso
O conhecimento religioso, tem por base as doutrinas com proposições sagradas
reveladas pelo sobrenatural, assim essas afirmações são consideradas infalíveis e
indiscutíveis um conhecimento sistemático do mundo (origem, significado, finalidade
e destino) (Marconi; Lakatos, 2003).
O conhecimento religioso não pode ser identificado, de início, com religião pode
aparecer através de formas sistematizadas e institucionalizadas. Relacionar-se com
a realidade por intermédio da crença (fé). Suas evidências são oriundas de um ser
divino para demonstrar esse conhecimento que é revelado.
Em contraposição ao conhecimento científico que é resultado de um rigoroso
processo de observação, controle e testes, etc. no conhecimento religioso, o fiel não
se remete a investigação científica na procura de evidência, mas busca a revelação
divina.
Conhecimento científico
É um conhecimento que parte dos fatos e situações reais, desse modo conforme
(Marconi; Lakatos, 2003) definem que para a investigação desses fatos se utiliza da
experimentação e também da razão, essa característica e contingente.
O conhecimento científico, parte dos fatos e situações reais, desse modo conforme
(Marconi; Lakatos, 2003) definem que para a investigação desses fatos se utiliza da
experimentação e também da razão, é sistemático, ou seja, organizado e ordenado
logicamente, verificável e deve ser comprovado.
Os diversos conhecimentos possuem sua importância e seu valor apesar da sua
separação. Por exemplo, um Assistente Social desenvolvendo a sua apreensão da
realidade do objeto, pode articular as diversas áreas: ao estudar, por exemplo, a
construção e reprodução social na ocupação de universidades públicas pelos homens
negros (Marconi; Lakatos, 2003).
O profissional em sua pesquisa, pode-se tirar muitas conclusões sobre sua atuação
na sociedade, com base no senso comum ou na experiência cotidiana; é possível
analisá-lo como um ser social. Isso pode ser feito através da investigação experimental.
para solucioná-lo. Portanto, cada pesquisa tem um objetivo específico conforme sua
finalidade.
Nesse caso, boa parte dessas pesquisas “ não está destinada a formular ou testar
teorias; o pesquisador está, apenas, interessado em descobrir a resposta para um
problema específico ou descrever um fenômeno da melhor forma possível”. (Richardson,
2012, p.17), mas constitui uma atividade transformadora, a qual tem o objetivo de
construir os diversos conhecimentos sobre a realidade social.
A postura investigativa é necessária para descortinar as armadilhas da vida
cotidiana, diz (SILVA, 2007), é essencial e insubstituível na intervenção profissional
crítica, propositiva e, não repetitiva. Sem ela, o Assistente Social não cumpre seu papel
de sujeito histórico possível e, consequentemente, não alavanca as possibilidades
históricas de transformação inscritas na própria realidade.
O pesquisador deve possuir algumas qualidades que se somam ao exercício do
desenvolvimento da pesquisa, como qualidades pessoais do pesquisador. Assim, "o
êxito de uma pesquisa depende fundamentalmente de certas qualidades intelectuais
e sociais do pesquisador Gil (2010.p.17).
a procura coletiva de solução de problemas práticos. Isso pode ser feito em equipe ou
individualmente. Mais adiante citaremos alguns tipos de pesquisas e suas finalidades
Nesse caso, boa parte dessas pesquisas “não está destinada a formular ou testar
teorias; o pesquisador está, apenas, interessado em descobrir a resposta para um
problema específico ou descrever um fenômeno da melhor forma possível” (Richardson,
2012, p.17).
________________________________________
[1]Pode-se considerar a ciência como uma forma de conhecimento que tem por objetivo formular, mediante linguagem rigorosa e apropriada -
se possível, com auxílio da linguagem matemática -, leis que regem os fenômenos. Embora sendo as mais variadas, essas leis apresentam vários
pontos em comum: são capazes de descrever séries de fenômenos; são comprováveis por meio da observação e da experimentação; são capazes
de prever - pelo menos de forma probabilística - acontecimentos futuros (Gil, 2008, pp.21,22).
AULA 2
O SERVIÇO SOCIAL BRASILEIRO:
A PESQUISA CIENTÍFICA E
INTERDISCIPLINARIDADE
O Serviço Social constrói no seu campo de atuação ou de estudo seu saber nas
relações sociais “construídas e determinadas na história, na realidade, objeto de trabalho
– prática interventiva e investigativa - e seu processo acontece a partir da interação
dos sujeitos sociais partícipes deste mesmo processo” (Barros Neto, 2014, p.1).
Nobuco Kameyama (1998, p. 48) por (Barros; Neto, 2014, p. 20) apresenta um
levantamento “realizado entre os anos de 1975 a 1997 sobre a produção de conhecimento
em Serviço Social, a partir das pesquisas realizadas para os cursos de pós-graduação;
assim, foram produzidas 958 dissertações de mestrado e 70 teses de doutorado,
abrangendo vários temas e áreas”.
Em pouco tempo a participação dos pesquisadores do Serviço Social nas agências de
fomento brasileiras do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de nível superior, esses cursos
e suas pesquisas foram se projetando com mais força a partir dos anos de 1980
(Yazbek, 2013).
É interessante observarmos que o direito à Educação escolar no Brasil encontra-se
firmado na Constituição Federal (CF) de 1988, e na legislação específica do campo
educacional, a CF estabelece a universalização da educação gratuita como um direito
social como direito da família e do Estado.
O amplo acesso e a ampliação da educação, mantiveram-se nos anos seguintes,
mediante as negociações com o Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional, junto
com o governo etc. e empresários da educação. Os grupos populares desfavorecidos
estavam nessa pauta inclusiva, havia estratégias nacionais para que se efetivasse
essa igualdade de oportunidade através de programa como “educação para todos”
com critérios pré definidos pelos referidos órgãos internacionais.
Diante disso, houve a ampliação pública e privada desse acesso, o setor privado
passou a entender a educação mais como uma mercadoria do que um bem público
na garantia de lucros e interesses empresariais, não generalizando todo o sistema de
ensino superior privado, mas essa é outra abordagem.
No entanto, fizemos esse parêntese para sinalizar a expansão da educação de
modo geral, especialmente a superior, graduação e pós-graduação e apresentada no
gráfico um pouco mais abaixo, o aumento dos programas de mestrado e doutorado,
alguns vieram do resultado dessa inclusão que segue.
A Medida Provisória nº 213/2004, convertida na Lei nº 11.096/2005[1], a lei das
cotas[2] raciais também tem o objetivo de concessão de bolsas de estudo integrais e
parciais em cursos de graduação em instituições privadas de ensino superior, essas,
recebiam a isenção de impostos federais. As cotas raciais e que foram se ampliando
para outros segmentos da população etc.
O acesso aos programas de pós-graduação fez esses números aumentarem com a
concessão de bolsas pelas agências CAPES e CNPq e outras agências ao mestrado e
doutorado. Atualmente, o fomento para a pesquisa nas universidades tem sido atacado
com os drásticos cortes nas verbas nos cursos de graduação e da pós-graduação.
Nas décadas de 1970 -1980, as agências de financiamento de pesquisa ( CAPES
e– CNPq) introduzem o Serviço Social como área de conhecimento (Garcia, 2016).
2016). Algo de um enorme ganho para o Serviço Social. “Mais do que um procedimento
burocrático-administrativo, esta inclusão reconhece a luta da categoria em prover status
acadêmico a uma profissão que se legitima por meio de sua dimensão interventiva
na divisão sócio técnica do trabalho” (Garcia et al 2016, p. 4).
Essa fala mostra Garcia se referindo ao processo de luta e conquista, sinalizando
o papel e a importância de atores como a ABEPSS, dos programas de pós-graduação,
dos pesquisadores e da totalidade das coordenações da área na Capes etc. (...) “até
1999, havia 12 Programas, passando para 31 na última trienal, ou seja, um crescimento
de mais de 150%). Essa expansão continuou, pois em 2014, eram 33 Programas,
sendo 16 com Doutorado” (Garcia, et al, 2016, p. 7). Esses números mostram uma
expressividade da pesquisa do Serviço Social também.
---------------------
[1]Institui o Programa Universidade para Todos - PROUNI, regula a atuação de entidades beneficentes de assistência social no ensino superior;
altera a Lei nº 10.891, de 9 de julho de 2004, e dá outras providências.Link de acesso: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/
lei/l11096.htm
[2] Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012. Link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12711.htm
incômodos tendo como porta voz a pesquisa muitas vezes. Nesse processo deve-
se “valorizar como os dados foram coletados, e muito mais importante, como serão
analisados procurando entender a dinâmica do processo”. (Araújo et al 2020, p. 84).
Acrescentaríamos que a questão ética deve sempre ser contemplada.
Nisso se encaixa a construção de um projeto engajado com a construção de uma
sociedade pautada na cidadania, autonomia e emancipação do ser humano pela
expansão dos direitos sociais acessíveis e alcançáveis por todos através da construção
de uma nova ordem societária, sem preconceitos, sem exploração etc. de acordo com
o Código de Ética do Assistente Social. A pesquisa em Serviço Social deve ter esse
compromisso.
Diante do avanço do capital e seus efeitos desumanos na vida da população mais
pobre, as pesquisas priorizam e vão de encontro aos anseios e respostas dos indivíduos
e famílias que não eram vistos como cidadãos, mas denominados até hoje como
“invisíveis”. Com eles e todos indistintamente o pesquisador põe a questão ética na
frente de suas ações de pesquisa.
Eles não devem permanecer à parte ou ser somente pesquisados (as) e/ou
entrevistados (as) (...) ouvir os sujeitos não apenas para obter informações, mas para
saber sua opinião sobre a pesquisa. Dar voz e vez não apenas para conferir visibilidade,
mas para melhor encaminhar a pesquisa a fim de obter solução para o problema
estudado” (Araújo et al 2020, p.83, 84).
Deixar claro os critérios quanto ao direito à informação e ao desenvolvimento
da pesquisa, a sistematização dos dados e seus resultados, afinal, nesse caso, a
pesquisa está sendo realizada e motivada pelas necessidades deles e, por isso, deve-
se democratizar as informações no sentido de fortalecer os interesses da população
usuária e manter o sigilo.
Como estávamos falando há pouco, o Serviço Social passou a contribuir não somente
com a sua prática profissional, mas também com a produção e sistematização do
conhecimento, passou-se a investir em pesquisas. A partir de 1980 e, entre 1990, a
pesquisa passou a integrar o trabalho profissional do Assistente Social, orientado pelo
posicionamento ético estratégico na construção de intervenções críticas na prestação
dos serviços à população.
ANOTE ISSO
ANOTE ISSO
2.3 A interdisciplinaridade
Uma razão por esse interesse de trabalho conjunto seja na elaboração de teorias,
na construção de intervenções e na pesquisa é visto por Ely (2014) da fragmentação
do saber. A dança das especializações no ensino superior originou “profissionais cada
vez mais especializados, cujas competências isoladas não conseguem atender às
exigências e complexidades dos problemas atuais” (Ely, 2003, p.114).
A autora define que essa tendência tem gerado discussões em torno do tema
que se tornaram evidentes em 1960, centralizando a necessidade de dar enfoque
interdisciplinar à formação e à intervenção profissional. “Nas décadas de 1970 e 1980,
este debate cresceu de forma lenta e ganhou maiores proporções apenas no final da
década de 1990, adquirindo hoje ampla repercussão nos mais variados campos do
conhecimento” (Ely, 2003, p.114).
A interdisciplinaridade, oportuniza o alargamento e a flexibilização no interior do
conhecimento, pode representar uma instigante disposição para os horizontes do saber.
Assemelha-se a uma postura profissional que possibilita caminhar pelo o “espaço da
diferença’’ (Rodrigues, 1998). Rodrigues ainda define que a interdisciplinaridade possui
em si um sentido de busca, de desenvolvimento da pluralidade de olhares para um
determinado objeto, isso pode gerar uma determinada realidade, e diferentes formas
de abordar o real.
Essa interação de diferentes áreas do conhecimento, seja da graduação e dos
Programas de Pós-Graduação, oferece uma formação aos egressos em uma perspectiva
de análise ampla da realidade social. No Código de Ética profissional inclui, entre os
deveres do assistente social na sua relação com outros profissionais, o incentivo à
participação em equipes interdisciplinares. A Resolução do CFESS nº 557/2009, que
orienta sobre a emissão de documentos e opiniões técnicas em conjunto, também
menciona sobre o trabalho interdisciplinar.
O papel político da pesquisa é importante na construção do conhecimento no
processo investigativo e interventivo da profissão na sociedade, e isso pode ser
compreendido também com a interdisciplinaridade. O Assistente Social pela história
profissional a execução da sua prática é um ser político e naturalmente interdisciplinar
pela natureza da profissão.
A produção ou intervenção não ocorre isoladamente pelos profissionais dessa área,
nos apropriamos de estudos de outras áreas para produzir pesquisas, e outras áreas
se apropriam do conhecimento produzido pelo Serviço Social. Há uma interação de
pesquisadores de áreas onde todos podem ganhar; as diferentes áreas, as profissões e
questão social, pode ter a colaboração das áreas de economia, direito, sociologia,
educação etc.
Portanto, as áreas e as profissões não estão apartadas ou segregadas de outras
profissões no universo de pesquisa comum, assim o conhecimento pode ser construído
em conjunto. Mas é necessário entender essas possibilidades e estudá-las considerando
a prática do Assistente Social que se faz em constante interação com outras áreas
e diferentes políticas como já mencionamos.
A prática política da pesquisa se traduz na interação e conexão com realidade a
fim de compreendê-la em sua amplitude, e sua movimentação para poder refletir
com outras áreas afins, e assim fazer aproximações, análises e ações, com base em
construções conjuntas para a superação de determinada realidade (Garcia, 2016).
Nos âmbitos dos programas de pós-graduação em Serviço Social, estes contam
com a colaboração de outras disciplinas (entre elas ciências sociais, economia,
psicologia, direito entre outras) (Garcia, et al, 2016, p.14). Todas elas têm contribuição
com elaborações e análises que incidem direta ou indiretamente na questão social e
suas diferentes disparidades.
E do mesmo modo o Serviço Social tem contribuído com essas e outras áreas do
conhecimento. Esse possível exercício possibilita levantar o que essas áreas possuem
em comum e o que as afasta, seus objetivos, como é possível trabalharem juntas sem
uma se sobrepor a outra, na troca de conhecimento e sua construção em torno de
um compromisso com a mudança social de indivíduos e famílias.
Aprofundando um pouco mais Sampaio et al. (1989, p.83) por (Ely, 2003, p. 117)
destaca nesse exercício algo como o exercício da humildade profissional, o conhecimento
interdisciplinar envolve a “descoberta, uma abertura recíproca, uma comunicação entre
os domínios do saber, deveria ser uma atitude, que levaria ao perito a reconhecer os
limites de seu saber para receber contribuições de outras disciplinas”.
O Artigo 4° Parágrafo primeiro Resolução CFESS Nº 557/2009 de 15 de setembro
de 2009 Ementa: Dispõe sobre a emissão de pareceres, laudos, opiniões técnicas
conjuntos entre o assistente social e outros profissionais. Destaca a intervenção do
Assistente Social em equipe interdisciplinar. Define que entendimento ou opinião técnica
do profissional de serviço social o objeto da intervenção em equipe com diferente
categoria profissional e/ ou equipe multiprofissional, o profissional precisa pôr em
destaque sua área de conhecimento (...)“definir o âmbito de sua atuação, realidade ou
objeto, definir os instrumentos utilizados, para análise social e outros componentes
que devem estar contemplados na opinião técnica”. Não deve ser diferente na pesquisa
social” (CFESS1, 2009, p. 2).
Diferentes áreas desse modo estão descobrindo a interdisciplinaridade se integrando
em projetos de pesquisa ou socializando saberes. A dinâmica de trabalho dos
profissionais do Serviço Social tendo em vista as relações e as condições de trabalho,
as mudanças no mundo do trabalho esses fenômenos podem instigar a pesquisa
conjunta no Serviço Social, rumo a um conhecimento mais amplo da realidade.
Título: interdisciplinaridade
Fonte:https://www.pexels.com/pt-br/foto/foto-de-mulheres-no-encontro-3811082/ Acesso em 22 de out. 2021.
Para essa interlocução se efetivar com mais força no Serviço Social, é fundamental
a abertura dos Assistentes Sociais com outras áreas e disposição para mudança
de comportamentos e atitudes. Permitindo abertura para ampliar essa construção,
com menos vaidade acadêmica e mais abertura. Isso entre outras coisas, permitirá
que os profissionais das áreas construam uma visão mais aprofundada de uma
determinada realidade ou objeto, possibilitando ao profissional se colocar no lugar
do outro, fortalecendo as análises de diferentes ângulos de uma mesma realidade.
O Sistema Nacional de Pós-Graduação, a área de Serviço Social tem procurado
interlocução com outras as áreas para contribuir na construção de uma Pós-Graduação
adequada às necessidades da população brasileira para uma formação qualificada
nesse nível (Garcia, 2016). A graduação não está fora dessa realidade com seus
Projetos Integradores, TCCs etc. Observando pelo prisma de (RODRIGUES, 1998) que
compreende a interdisciplinaridade como uma postura, uma concepção de articulação
dos conhecimentos que fica cada vez mais evidente no mundo do trabalho atual
considerar a ação do assistente social fora dessa relação.
Pois o Serviço Social é uma área propícia para a propagação desta tendência, a
profissão possui um sentido interdisciplinar de atuar, que é verificável nos princípios
formativos do Assistente Social, na formação e produção do conhecimento e de
forma marcante em suas ações profissionais (Rodrigues, 1989). Pelos comentários
que estamos tecendo com os teóricos, o pesquisador profissional de Serviço Social
possui digamos algo de base para ingressar na interdisciplinaridade, mas falta algo.
(...), nesse caso, as exigências de aprimoramento e requalificação são maiores,
em função da necessidade de estar continuamente preparado para interagir com o
conhecimento das outras áreas do saber” (Ely, 2003, p. 117). A interdisciplinaridade
na construção do conhecimento no Serviço Social pede que a profissão se abra e
dialogue com outras áreas do conhecimento para ampliar e trilhar outros caminhos,
aprender com o outro e ampliar seu campo de estudo.
Nessa aula estudamos um pouco sobre a cultura da produção acadêmica no Serviço
Social, antes mesmo da regulamentação da profissão. A contribuição da pesquisa
para o Serviço Social. O avanço da pesquisa científica no Serviço Social a partir da
criação dos primeiros programas de pós-graduação nessa área. O reconhecimento e
inclusão da CAPES quanto ao Serviço Social como área do conhecimento científico.
Nesta aula fizemos uma menção à expansão dos cursos de pós-graduação no
Serviço Social, em alguns Estados do Brasil, traduzindo o crescimento e a construção da
pesquisa no Serviço Social brasileiro. Mencionamos para a continuidade do crescimento
a interdisciplinaridade na construção e interlocução dos saberes. Essa construção
exige um método, assim na próxima aula falaremos do método científico.
AULA 3
O MÉTODO CIENTÍFICO
o caráter científico que tem atualmente. Imaginemos que aquele homem do passado
que tínhamos comentando pode ter passado algum tempo observando, a natureza,
seus elementos e o que estava ao seu redor, foi maturando ideias, fazendo associações,
testando e aperfeiçoando o machado ou a canoa etc.
Mas ele talvez não formulasse o problema do que queria fazer, dependendo do tempo
histórico, não tinha informações referenciais sistematizadas sequer oralmente. Ele
sentia a necessidade e como compreendia que por construir algo útil podia construir
outro objeto e mais outro.
Dentro da cultura que tinha sido capaz de desenvolver fazia uma observação e
experimentação (não como a atual em termos de cientificidade), porque a canoa não
podia afundar, mas não com toda a elaboração necessária que entendemos hoje.
Enfim, naquela época não havia um método científico.
Mas de modo rudimentar eles desenvolveram um método, digamos, com os
conhecimentos que dispunham, chegaram a um produto acabado, o machado, a faca
e a canoa, pense que para cada objeto se aplicava um método diferente dos outros.
Foram pequenos passos, mas também significativos para contribuir com a estrutura
da sociedade atual.
Em tempos como aqueles o conhecimento era do senso comum, os seres humanos
iam adquirindo o cotidiano, e experiências se configuraram em um costume, baseado
em experiências e vivências. O conhecimento não tinha maiores elaborações/reflexões
e uma sistematicidade rigorosa, o período evolutivo era outro, com outras necessidades.
Portanto, não havia um acúmulo de saberes organizados e sistematizados com regras
específicas e suficientes para explicar os procedimentos metodológicos explicando
como se elaborou e se chegou a determinado objetivo.
ANOTE ISSO
O método experimental foi sendo cada vez mais aperfeiçoado (adquirindo mais
rigor) e passou a ser utilizado em diferentes setores. Com o desenvolvimento
do estudo da química e da biologia e, no século XVIII, foi se instalando um
conhecimento mais preciso da estrutura e das funções dos organismos vivos.
Passando para o século seguinte, observou-se uma mudança significativa geral
nas atividades intelectuais e industriais. Novos estudos e novos dados referentes à
evolução, ao átomo, à luz, à eletricidade, ao magnetismo, à energia. Já no final, no
século XX, a ciência, por meio dos seus métodos objetivos e exatos, empreendeu
e ampliou pesquisas em todos os âmbitos do mundo físico e humano, chegando
a resultados de espantosa precisão na área das; navegações espaciais; dos
transplantes e variados setores da realidade (CERVO, 2002).
Artigo científico: Histórico do método científico
Autor: CERVO A L BERVIAN P. A
Link: https://aedmoodle.ufpa.br/pluginfile.php?file=%2F177321%2Fmod_
resource%2Fcontent%2F1%2F3.%20Metodologia%20Cientifica.pdf
É importante frisar que quando se fala em método, cabe esclarecer qual a motivação
real do pesquisador, o porquê daquela escolha, porque seguiu determinados caminhos e
não outros. Tudo isso determina a escolha de certa forma de fazer ciência. É importante
o pesquisador saber de novas possibilidades, aprofundar o conhecimento, e não se
perder dentro deles pois a pesquisa possui um cronograma e um tempo determinado
para sua conclusão, mas voltaremos nisso mais tarde. Fechando na conceituação de
método científico, trazemos as elaborações de Richardson, ( 2012), apud Lakatos e
Marconi (1982:39-40) que se referem a algumas definições sobre o método científico.
o fenomenológico fenomenologia
O método
Fonte: https://www.pexels.com/pt-br/procurar/pesquisa/ Acesso em: 15 de out. 2021.
Método Indutivo
Fonte: GIL, (2008). Adaptado.
AULA 4
TIPOLOGIA DA PESQUISA
Portanto, a pesquisa qualitativa valoriza e dá voz ao sujeito, assim ele pode expressar
sua história, seus valores e crenças e experiências, enfim. Em virtude disso, esse tipo
de pesquisa, de acordo com MINAYO, (2009), responde a questões bem particulares.
A pesquisa qualitativa compreende que não há como traduzir em números e
indicadores quantitativos o contexto das relações humanas, de suas representações,
significados e intencionalidades, emoções, sentimentos etc.
Desse modo, valoriza a subjetividade e a sua diversidade como elemento importante
nas suas análises dos dados. Os instrumentos mais comuns para coleta de dados
nesse tipo de pesquisa são: observação, entrevista, estudos de caso, grupos focais,
etnografia. Voltaremos a falar um pouco mais sobre esse tipo de pesquisa e também
suas fases, pelo fato de que é mais utilizada no Serviço Social.
Quanti-qualitativa. Esse tipo de pesquisa permite o cruzamento dos dados das
pesquisas qualitativa e quantitativa, ou pode ter uma parte de levantamento de dados
e outra e também a conjectura das eventuais causas dos resultados que foram
obtidos. Isso é o que é pesquisa quali-quantitativa.
É feita após o fato já ocorrido. Por exemplo. Fazer uma pesquisa sobre a
tragédia de Mariana-MG, seu saldo negativo, o impacto no meio ambiente
Pesquisa ex post facto
e na vida das pessoas etc, ou para avaliar o final de um governo e suas
ações etc.
Foi um dos elementos que contribuiu na história humana para que o homem
conhecesse e dominasse a natureza e compreendesse como se movimentar no
seu interior para garantir sua estadia na terra e das suas gerações. Essas foram
aprimorando. Vimos que são variados métodos hoje na ciência e suas definições
são diferentes, as técnicas, a maneira de executá-los , mas são fundamentais para
a resolução de problemas cotidianos.
Nesse caso a abordagem da pesquisa quanto à metodologia/método que o
estudante/a utilizará, e como o estudante já conhece há muitos métodos, temos os
seguintes métodos. Mas vamos apenas relembrar sobre o método e metodologia,
Vimos que o método é o caminho, maneira para se chegar a determinado objetivo,
seguindo um encadeamento de procedimentos e regras que são definidos pela
metodologia e são utilizadas por determinado método.
Fachim (2001) por KINCHESCKI (2015) definem que o método é o instrumento do
conhecimento que auxilia aos pesquisadores e dá orientação desde o planejamento da
pesquisa e seguindo todas as suas fases desde a formulação de hipóteses, coordenação
das investigações, realização das experiências e a interpretação dos dados etc.
Há outros métodos, como o hipotético-dedutivo, e abordamos alguns deles.
Falaremos brevemente de algumas pesquisas de forma geral e daremos mais enfoque
a pesquisa qualitativa porque é a mais utilizada nas ciências sociais e no Serviço
Social. Apenas lembrando alguns tipos de métodos e seguiremos com as pesquisas
exploratórias, descritivas e explicativas.
Dedutivo
Métodos científicos
Fonte: Elaboração própria
Gil (2008) afirma que com base em Duverger (1962) e Selltiz et al. (1967) , sobre
o agrupamento das pesquisas em grandes grupamentos e define três níveis de
pesquisa: descrição, classificação e explicação. Dispondo assim as pesquisas em três
grupos: estudos exploratórios, estudos descritivos e estudos que verificam hipóteses
causais. Gil (2008) informa que essa última é a classificação mais aceita na atualidade
conforme a alteração de nomenclatura:
Vamos explorar um pouco mais sobre elas, as mencionamos quanto a sua finalidade,
aqui estamos destacando enquanto níveis de pesquisa, mas enquanto finalidade elas
estão classificadas conforme os seus objetivos.
Pesquisas exploratórias
Aprofundando a realidade
Fonte: https://www.pexels.com/pt-br/procurar/pesquisa%20exploratoria/ Acesso em: 19 de out. 2021.
Pesquisas descritivas
Esse tipo de estudo, conforme a sua designação, descreve uma determinada realidade,
objeto, que pode ser as características de determinada população, suas particularidades,
características, seus problemas, hábitos, instituições, líderes, cultura, valores, sua
preparação para o trabalho, seus valores, os problemas principais problemas etc.
Geralmente são mais comuns nos TCCs, dissertações, artigos etc. Sendo assim o
pesquisador vai necessitar de todas as informações possíveis a respeito do que deseja
pesquisar. Selecionando cuidadosamente o que vem de encontro aos seus objetivos.
Por exemplo, se um pesquisador (a) deseja pesquisar sobre os interesses de formação
e aperfeiçoamento dos Assistentes Sociais docentes de uma faculdade de ensino do
campo, ele deve saber o tipo de regime de trabalho dos docentes. (TRIVIÑOS,1987).
Ainda, diferentes tipos de campus, e a distribuição dos professores. Elementos
como idade, sexo, estado civil etc. O estudo descritivo objetivo descreve com precisão
exata os fatos e fenômenos da realidade ou objeto estudado. Como essa realidade
que estamos mencionando, o pesquisador deve contemplar muitos elementos, alguns
como:
Como os professores se
Elementos como a idade, de
distribuem no ensino pesquisa
sexo, do estado civil
e extensão
Pesquisas explicativas
se originar a partir de outra pesquisa, neste caso uma mais abrangente, com enfoques
diferentes.
AULA 5
A PESQUISA QUALITATIVA-
SEUS FUNDAMENTOS/FASES
E A PESQUISA QUANTITATIVA
ESTÁ NA REDE
Concluindo a autora afirma que o indivíduo não se traduz apenas pelo seu agir,
pelo seu pensamento e suas ações, mas sobretudo pelo pensar sobre suas ações e
deve-se interpretá-las inserido na realidade que vive e com os fenômenos do contexto.
Mas as falas e manifestações e experiências de modo são algo mais do senso
comum e empírico? O estudante deve se perguntar, mas deve lembrar que no início
dos seus estudos, aprendendo sobre alguns conhecimento que não são científicos, a
ciência pode pesquisá-los com todo o rigor que ela exige.
Um material de ordem primária que se manifesta na linguagem e possibilita o
entendimento humano, assim é a utilização do senso comum na pesquisa qualitativa
empírica Costa; Minayo (2018) afirma que é um procedimento correto, pois sobre o
mundo da vida tais estudos se realizam.
Esse reconhecimento parte do princípio de que no mundo da vida, cada pessoa
dispõe de um agrupamento de conhecimentos e experiências, “produto de seu modo
de pensar, sentir, comportar-se e relacionar-se Esse saber prático orienta a forma
de enfrentar problemas, planejar o dia a dia e projetar o futuro” Schütz, (1982) apud
Minayo, (2009, p. 148).
A pesquisa qualitativa procura se aproximar do todo que compõe a produção humana
resumido no mundo das relações sociais, das representações e da intencionalidade,
desse modo objeto da pesquisa qualitativa dificilmente pode ser traduzido em números
e indicadores. (...) MINAYO, (2009, p. 21) e essa construção requer rigor e objetividade.
A objetividade é algo recorrente e debatida pelos pesquisadores da pesquisa
qualitativa. Mesmo que o objeto contemple a neutralidade pode ser considerada um
mito, mas as ações humanas e isso inclui a pesquisa, se originam de um sujeito, suas
escolhas, suas referências etc.
Se originam em muitos casos de seu projeto de vida. “No entanto, nas ciências naturais
e exatas, o termo “objetividade” costuma ser utilizado no sentido de distanciamento
metodológico” COSTA e MINAYO, (2018, p. 150).
Os autores citados concluem que há grande diferença com os estudos qualitativos
em que sujeito e objeto (que também é sujeito) estão em dialética interação, nisso
está o sucesso das pesquisas empíricas depende intrinsecamente da capacidade de
entendimento do outro, o que se dá por aproximação BACHELARD, (1969) apud COSTA
e MINAYO, (2018) e não por distanciamento.
e correlações são desconhecidos ou deixam dúvidas para ele (a), que desconhece essa
realidade. Deve ser feito todo o processo de aproximação para esse entendimento.
Vamos para a terceira fase.
antes pouco valorizada por eles (as). Ou seja, as duas pesquisas podem se
complementar.
A pesquisa quantitativa é fundamental para a colaboração de dados e informações
para a pesquisa qualitativa e demais estudos. Mas vamos tratar um pouco da
pesquisa qualitativa e mencionaremos a pesquisa quantitativa logo mais. Apenas
quisemos enfatizar a importância das duas.
Os dados analisados, são valores observados de uma junção de variáveis, que
podem representar alguns ou todos os elementos, por exemplo, de uma sociedade,
ou determinada população.
Os dados costumam ser apresentados através de tabelas, gráficos ou textos
KNECHTEL, (2014). Esse tipo de pesquisa é aplicado na realização de pesquisas
sociais, econômicas, comunicação, mercadológicas, administrativas entre outras.
A pesquisa quantitativa de acordo com Richardson (1999) possui um diferencial
peculiar, o emprego da quantificação, seja nas modalidades de coleta ou de
informações e também no tratamento dessas informações através de técnicas
estatísticas, como a porcentagem, a média, o desvio-padrão.
O mesmo autor segue teorizando quanto a referida pesquisa, é é comum nos
estudos descritivos, que objetivam descobrir e classificar a relação entre variáveis,
que propõem descobrir as características de um fenômeno.
E finaliza afirmando que na pesquisa quantitativa, identificam-se primeiramente
as variáveis específicas que possam ser importantes, para em seguida explicar as
complexas características de um problema RICHARDSON, (1999).
A coleta de dados é realizada por meio de questionários que apresentam variáveis
distintas, as análises costumam ser apresentadas por meio de tabelas e gráficos
(FACHIN, 2003). Nesse tipo de pesquisa, a representação dos dados é feita por
técnicas quânticas de análise, o tratamento objetivo dos resultados dinamiza o
processo de relação entre variáveis (MARCONI e LAKATOS, 2011).
A pesquisa qualitativa pode ser usada, também, para analisar os resultados
da pesquisa quantitativa. Na pesquisa quantitativa, a composição e o tamanho
da amostra exige uso da estatística. Assim para se comprovar se uma teoria é
válida ou não isso é feito partir de análises estatísticas.É uma pesquisa ligada à
investigação empírico-descritiva, quando se procura descobrir e classificar a relação
entre as variáveis, as relações de causa e efeito entre os diferentes fenômenos
(KNECHTEL, 2014).
Nesse sentido Gatti (2004) aponta que os métodos quantitativos de análise são
recursos para o pesquisador, desse modo ele deve saber lidar com esses elementos
em seu contexto de reflexão (num certo sentido deve dominá-los).
(...) “e, não, submeter-se cegamente a eles, entendendo que o tratamento desses
dados por meio de indicadores, testes de inferência, etc.oferecem indícios sobre as
questões tratadas, não verdades; que fazem aflorar semelhanças, proximidades”(GATTI,
2004, p.14) mas não trazem a certezas total sobre determinado fenômeno ou realidade.
Este domínio a que a autora se refere é importante para que o pesquisador não
faça utilidade mecânica de técnicas de análise quantitativa, vai além possibilita verificar
os maus usos dessas técnicas e as distorções de análises.
A autora menciona que existem muitas maneiras de se obter quantificações, e isso
está relacionado à natureza do objeto, aos objetivos do investigador e do instrumento
de coleta. Ela dá um exemplo de como a pesquisa quantitativa é importante no estudo
da educação, por exemplo.
AULA 6
FASES/ ETAPAS
METODOLÓGICAS DA
PESQUISA- IDEIAS GERAIS
Caro estudante, nesta aula vamos nos aproximar de algumas fases que envolvem o
desenvolvimento e o processo da pesquisa. Uma sequência de etapas,mas dependendo
do tipo de pesquisa, objetivos e o que ela pretende enquanto realidade pesquisada etc.
O estudante/a deve conhecer ao menos basicamente essas etapas, pois vai passar
por grande parte delas ou provavelmente todas elas. Assim vai dominando alguns
conceitos e linguagem que serão muito utilizadas na academia quando se trata da
construção de uma pesquisa.
O planejamento e a execução de uma pesquisa dizem respeito a uma parte de um
processo sistematizado e envolve etapas geralmente encadeadas, onde algumas delas
acontecem ao mesmo tempo, ou umas dependerem das outras para se concluírem.
Às vezes podem acontecer juntas ou não.
6.Metodologia
Tabela 11- das etapas da pesquisa
MARCONI e LAKATOS, (2011, p. 127). Adaptado.
2. Revisão de literatura
Nessa etapa, é importante Nessa leitura deve-se Essa fase pode ocorrer
conhecer a obra em sua aprofundar os pontos que junto da leitura analítica.
totalidade, lendo o sumário, realmente interessam. Na leitura interpretativa
o prefácio, a introdução, busca-se estabelecer relação
as “orelhas”, e passagens entre o conteúdo das obras
esparsas do seu texto. pesquisadas e outros
conhecimentos, esse processo
confere um amplo alcance
aos resultados obtidos com a
leitura analítica.
Quadro 4- sobre a revisão da leitura
Fonte: (GIL, 2002, p.75).
3.Justificativa
Richardson (2012) afirma que não existem regras definidas que definem como
escrever uma justificativa, mas recomenda uma divisão e algumas etapas, vamos
citar algumas para facilitar a familiaridade do estudante nesse sentido.
Na justificativa , explicita os motivos de ordem teórica e prática que justificam a
realização da pesquisa. Em outras palavras, deve-se responder à pergunta “ por que
se deseja fazer a pesquisa? ” Para isso, é necessária a presença de alguns (pontos
indicados a seguir).
O autor recomenda iniciar a justificativa expressando sua experiência relativa ao
fenômeno que deseja pesquisar. E pode conter um ou dois parágrafos. Vejamos os
exemplos:
Por exemplo, caso seu objeto seja relacionado a influência das metodologias ativas
na educação básica na pandemia do Covid-19, e você é professor pode mais ou menos
assim:
Meu interesse pelo tema vem da minha observação e experiência como professora da
rede pública de ensino. Passei a observar que após o isolamento social as metodologias
ativas ganharam destaques devido ao isolamento social
Ou se não tiver experiência com o tema mas possui interesse no mesmo, descrever
esse interesse e dizer o motivo do interesse, a contribuição social que o pesquisador
sabe que a pesquisa poderá trazer para um contexto, uma população , a profissão etc.
4. Formulação do problema
No Serviço Social o pesquisador (a) deve ainda na elaboração mental da sua pesquisa
pensar no problema que quer resolver a partir da contribuição da pesquisa. Isso significa
que já existe um problema, talvez ainda não formulado, mas há.
E no processo de investigação, uma das primeiras tarefas é escolher o problema a ser
pesquisado. Esta escolha, de acordo com Gil (2002) , leva o pesquisador naturalmente
a se questionar. Por que pesquisar? Qual a importância do fenômeno/objeto a ser
Nesta etapa o estudante (a) irá definir a respeito dos objetivos, pensando no tema
proposto para a sua pesquisa. Desse modo, deve sintetizar o que objetiva alcançar com
a pesquisa. Com os objetivos definidos o estudante (a) possui mais direcionamento
e clareza quanto aos resultados que pretende alcançar e também a contribuição que
sua pesquisa poderá proporcionar a profissão etc.
Os objetivos devem estar alinhados com a justificativa e o problema proposto. O
objetivo geral será a síntese do que o pesquisador (a) intenciona pretende alcançar,
6.Metodologia
Basicamente nessa etapa o pesquisador deve definir onde e de que maneira será
realizada a pesquisa, o tipo de pesquisa, a população, a amostragem, os instrumentos
de coleta de dados e a forma como pretende tabular e analisar seus dados etc.
Essa fase envolve maior número de itens, porque objetiva, em um único momento,
responder às questões; como? Com quê? Onde? Quanto? MARCONI; LAKATOS, (2003).
É um exercício que vai conduzindo a sua pesquisa. Vamos tratar um pouco sobre
algumas destas questões na aula de elaboração do projeto de pesquisa.
Gil (2002) define que isso é fundamental pois os dados obtidos na pesquisa social
não são indiferentes à forma e o processo que foi feito para a obtenção dos dados,
nisso também reside a necessidade de se relatar de modo preciso e minucioso
7. Coleta de dados
universidade etc.) com as tarefas científicas do processo da pesquisa, que diz respeito
aos prazos estipulados, aos orçamentos previstos.
As teóricas mencionadas acrescentam que quanto mais antecipado e organizado
o planejamento for feito, menos perda de tempo haverá no trabalho de campo
especialmente, facilitando a etapa seguinte. Mas isso pode se aplicar para todas as
fases da pesquisa científica.
O pesquisador deve se atentar ao procedimento, que deve ser rigoroso no controle na
aplicação dos instrumentos de pesquisa, esse rigor é primordial para não comprometer
os procedimentos da pesquisa e desencadear “erros e defeitos resultantes de
entrevistadores inexperientes ou de informantes tendenciosos”. MARCONI; LAKATOS,
(2003, p. 166).
Os procedimentos para proceder a coleta de dados variam conforme as circunstâncias
ou com o tipo de investigação, normalmente as técnicas de pesquisa são; coleta
documental, observação, entrevista, questionário, formulário entre outros” MARCONI;
LAKATOS, (2003. p. 166).
É fundamental que os instrumentos escolhidos possam fornecer informações
adequadas para testar as hipóteses, por exemplo, um questionário ou um roteiro
de entrevistas ou de observações.Por fim, o pesquisador deve testar o instrumento
antes de utilizá-lo, isso vai assegurar seu nível de adequação e precisão e assim evitar
surpresas.
lida com pequeno número de casos e com poucas tabulações mistas, sendo menos
dispendioso”.(MARCONI; LAKATOS, (2003, p.165).
As autoras finalizam acrescentando que quando os estudos são maiores, que
possuem casos ou de tabulações mistas mais amplas, a tabulação mecânica é bem
viável, porque economiza tempo, esforço, diminui as margens de erro e, nesse caso,
fica mais econômica. Parece complicado na abstração, mas vamos tentar mostrar
de outra maneira.
A tabulação de dados se resume em organizar informações de vários questionários
ou informações diversas em uma planilha objetivando facilitar o uso e manuseio delas,
ao fazer análises comparativas, montar gráficos etc.
Assim, a tabulação de dados é usada para facilitar a leitura e simplificar o acesso a
dados onde existe uma equipe de pesquisa com vários pesquisadores e todos precisam
ter acesso aquele banco de informação fica mais viável esse processo também.
Imagine centenas de dados sistematizados, ou questionários respondidos e o
pesquisador deve analisar e comparar todos. A tabulação de dados é uma forma
prática e muito mais rápida de organizar todas as respostas para a pesquisa siga
seu processo.
Nesta etapa o pesquisador procederá a interpretação e análise dos dados que tabulou
e organizou conforme já mencionamos. A análise objetiva organizar e sumariar os
dados de modo que possibilitem respostas ao problema proposto pela investigação.
A análise é um processo que ocorre junto com a interpretação sobre isso Gil (2002)
define que mesmo que sejam processos diferentes em termos de conceitos, variam
conforme o plano da pesquisa. Mas independente disso, os dois elementos nas
pesquisas sociais, se processam através dos passos que citaremos:
processo de análise é sistemático e compreensivo, mas não rígido” GIL, (2002, p.176).
A análise só finda a partir do momento que os novos dados nada mais acrescentam,
quando entram num estado de saturação.
Nas análises qualitativas o acompanhamento e a discussão dos dados envolvem
uma importante atividade reflexiva que se define em um conjunto de notas de análise
que norteiam o processo.
Ainda nas análises qualitativas, Tesch (1990), apud (GIL,2002), uma ferramenta
intelectual relevante que é a comparação. Ela é usada em variados momentos do
processo de análise.
Os dados obtidos, podem ser comparados com modelos já definidos, com dados
de outras pesquisas e também com os próprios dados. Esta comparação é que
possibilita estabelecer as categorias, definir sua amplitude, sumariar o conteúdo de
cada categoria e testar as hipóteses”. TESCH (1990), apud GIL,2002, p.176
Além da estrutura do relatório de pesquisa deve de acordo com Gil fazer a apresentação
dos resultados obtidos, por meio de sua ligação a outros conhecimentos já obtidos
e deve contemplar os seguintes itens
a) o problema de pesquisa;
b) a metodologia;
c) os resultados;
d) as conclusões e sugestões.
AULA 7
OS PRESSUPOSTOS TEÓRICOS-
METODOLÓGICOS DA PESQUISA:
O POSITIVISMO
da luta de classe. Porque essa corrente prima pela disciplina, rigor e ordem que são
essenciais para o crescimento moral e social.
Alguns elementos de valorização do método sociológico, científico e político
positivista.
Estado Teológico: o ser humano busca a explicação da vida através de entidades supranaturais,
no qual o imaginário e a criatividade humana se sobrepõe à racionalidade
Estado Positivo: esse estado não se preocupa com os motivos ou propósitos das coisas, mas sim
com a maneira como ocorre o processo;
Estado Teológico: o ser humano busca a explicação da vida através de entidades supranaturais,
no qual o imaginário e a criatividade humana se sobrepõe à racionalidade
Tabela 14- lei dos três estados
Fonte: https://www.preparaenem.com/filosofia/positivismo.htm Acesso em: 12 de nov. 2021. Por Francisco Porfírio
7.4 Na pesquisa
sociais e no Serviço social trabalha com fenômenos e realidades que nem sempre
podem ser quantificáveis do ponto de vista numérico.
A pesquisa nas ciências sociais e no Serviço Social também necessita em seus
estudos de dados quantitativos para fundamentar outros dados, explicar o mundo, o
homem etc. A observação é muito valorizada nas suas investigações. O Positivismo
objetivava explicar os fenômenos à luz das técnicas das ciências naturais, assim, as
outras ciências tinham pouca importância.
Já nas pesquisas das ciências sociais, criaram-se instrumentos, e estratégias
(questionários, escalas de atitudes, escalas de opinião, tipos de amostragem etc.) e
se privilegiou a estatística e, através dela, o conhecimento deixou de ser subjetivo,
alcançando a desejada “objetividade científica”TRIVIÑOS,( 1987, p. 37).
A pesquisa na perspectiva do Positivismo, verifica fatos, descobre seus nexos, mas
não apresenta os resultados no sentido de contribuir com a coletividade ou área de
conhecimento. O Serviço Social depois da ruptura, avançou nessa perspectiva e percebe
que Serviço Social que deve ampliar sua compreensão de mundo, tem utilizado a
estatística como um elemento que vai enriquecer e ajudar a fazer maiores análises
na pesquisa.
Portanto, trazendo o Serviço Social para essa discussão, entendemos que a formação
faz leituras amplas da realidade ou determinado fenômeno, porque o marxismo como
corrente que orienta a profissão propõe isso.
ANOTE ISSO
AULA 8
FENOMENOLOGIA-
IDEIAS GERAIS
O Realismo- a representação que fazemos das coisas está subordinada aos objetos
em si mesmo, ou as coisas em si mesma e apreendidas pelos sentidos e depois
registradas pelo intelecto de tal modo que ponto de partida para o conhecimento é
objeto ,as coisas nelas mesmas. SILVA1, (2014).
O idealismo se atém na definição de Silva2(2014) a primazia do sujeito, da mente,
das ideias que constituem um ponto de partida para reconstituição de um acordo entre
as coisas e a mente, entre o objeto e o sujeito, uma correspondência que se estabelece
1 Entrevista no programa Café filosófico em 13 de outubro de 2014 com o Filósofo Franklin Leopoldo e Silva, Sobre fenomenologia. Em:
https://www.youtube.com/watch?v=5sCBjUvwZGA
2 Entrevista no programa Café filosófico em 13 de outubro de 2014 com o Filósofo Franklin Leopoldo e Silva, Sobre fenomenologia. Em:
https://www.youtube.com/watch?v=5sCBjUvwZGA
a partir das análises das ideias e me fazem chegar a uma certa conformidade entre as
ideias e as coisas.
A filosofia de Kant procurou uma solução de meio termo que procurou solucionar esse
impasse entre o idealismo e o realismo. Redistribuindo as funções do conhecimento, tentando
entender qual é o contributo que o próprio objeto as coisas dão para o conhecimento e qual
é a contribuição que o próprio sujeito ou a mente fornece ao processo de conhecimento.
3
SILVA, (2014).
Assim, a fenomenologia configura o conhecimento como um trabalho conjunto entre a
apreensão sensível das coisas mesmas, e do nosso intelecto que formaliza essa apreensão
resultando em uma síntese desses elementos objetivo e subjetivo. O conhecimento mesmo
sendo captado de determinado contexto, fica a cargo do sujeito fazer suas próprias análises
e concluir algo dali por si mesmo, utilizando sua capacidade intelectual.
A noção da relatividade do conhecimento, sendo o conhecimento algo que ao menos
formalmente se formaliza de modo formal se estrutura por meio do sujeito, mecanismos
lógicos por meio da mente ,tem a ver com o sujeito, isso Kant chamou de fenômeno, a
realidade não como ela poderia ser em si, mas tal como ela aparece para nós.
Agora podemos responder oque é um fenômeno, necessitamos fazer essas elaborações
preliminares. O que é um fenômeno[1]? “Acontecimento passível de observação;
manifestação, sinal, sintoma: fenômeno da natureza. [Filosofia] Tudo o que está sujeito
à ação dos nossos sentidos, ou que nos impressiona de um modo qualquer (física,
moralmente). etc.
Portanto, para Husserl, o mundo só pode ser compreendido a partir da forma como
se apresenta, quer dizer, como aparece para a consciência humana. Não existe mundo
em si e muito menos uma consciência em si. A consciência é incumbida de dar sentido
às coisas, aos fenômenos, objetos. Mas o que a fenomenologia almeja?
3 Entrevista no programa Café filosófico em 13 de outubro de 2014 com o Filósofo Franklin Leopoldo e Silva, Sobre fenomenologia. Em:
https://www.youtube.com/watch?v=5sCBjUvwZGA
Fenomenologia
Fonte: TRIVIÑOS,(1987). Adaptado.
Percepção e sentidos.
Fonte:https://br.freepik.com/fotos-gratis/concurso-foto-do-jovem-casal-homem-beijando-mulher-na-testa_8741510.htm#page=1&query=sentir&position=1&from_
view=search
uma filosofia que substitui a essência pela existência é assim e também a descrição
direta da experiência da maneira como ela se apresenta no real.
Na pesquisa o uso dessa corrente teórica, Gil (2011) menciona que a falta de
planejamento rígido e a não utilização de técnicas estruturadas para coleta de
dados, algo característico dessas pesquisas, a subjetividade se destaca em peso na
interpretação dos dados.
O que para Husserl seria valorizado com a “suspensão das atitudes, crenças e teorias
- a colocação “entre parênteses” do conhecimento das coisas do mundo exterior - a
fim de concentrar-se exclusivamente na experiência em foco, no que essa realidade
significa para a pessoa”(GIL, 2008, p.23).
AULA 9
MARXISMO: IDEIAS GERAIS
Vamos estudar um pouco sobre outra importante corrente filosófica que influenciou
o Serviço Social, sua prática, ensino, currículo e pesquisas. As correntes citadas tiveram
suas influências no Serviço Social, o marxismo, ocupou espaço e mantém orientado
até hoje a bases da profissão, no seu entendimento de mundo, sociedade , indivíduos
e coletivos etc. Estudaremos a sua formação, principais ideias, algumas categorias.
Karl Marx (1818-1838) veio de uma linhagem judeus, de uma pequena cidade
alemã de Trier. Marx podia ter se tornado um religioso, mas resolveu tornar-se filósofo,
economista e político e militante.
Karl Marx ao fundar a doutrina marxista na década de 1840, revolucionou o
pensamento filosófico, especialmente pelas conotações políticas explícitas nas suas
ideias, historicamente essa seria a primeira fase dessa corrente filosófica.
A segunda fase do marxismo, une o trabalho de Marx com o de Friedrich Engels
(1820-1895), na terceira fase do marxismo, juntam se a obra Vladimir Ilich Lênin
(1870-1924) e contribuiu com as bases ao que hoje se denomina marxismo-leninismo
TRIVIÑOS, (1987).
O quarto período na existência do marxismo; o marxismo contemporâneo, mostra
que muitas tendências vieram se incorporar a ele, em especial as ideias soviéticas e
chinesas.
As mudanças no marxismo devem –se em partes, as análises sociais que seus
teóricos iam fazendo em face das importantes mudanças históricas e as alterações
trazidas pelo desenvolvimento, a tecnologia e, principalmente, a globalização e da
expansão do capitalismo que pedia novos estudos e atualizações.
A Revolução Russa foi Podemos dizer que foi um elemento fundamental da influência
dessa corrente filosófica que se expande e chega praticamente em todos os continentes.
Nos países que penetrou política, a economia, educação e áreas do conhecimento
foram influenciados, sociologia, como a filosofia a economia e outras áreas do
conhecimento das ciências humanas e sociais como a educação e o Serviço social etc.
O idealismo clássico alemão (Hegel, Kant, Schelling, São compreendidas como fontes diretas na formulação
Fichte), o socialismo utópico (Sajjit-Simon e Fourier, do marxismo.
na França, e Owen, na Inglaterra) e a economia
política inglesa (David Ricardo e Smith).
Livro: Friedrich Hegel/ Jürgen-Eckardt Pleines; Sílvio Rosa Filho (org.). – Recife:
Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010. Coleção educadores.
Link: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me4671.pdf
Descrição: A obra fala sobre a sociedade, a civilização ética e espiritual da arte e
da ciência, dentro da sociedade, Fala o espírito de indivíduo, povo e humanidade.
A meta da educação para fazer do homem um ser independente, a antropológica
para explicar as idades da vida em geral, as idades da vida. Fala sobre As forças
do hábito, e a autoconsciência, a dominação e servidão, espírito prático, direito,
Moralidade, deveres para consigo e com os outros etc. É uma obra voltada para a
educação, mas traz muito do pensamento de Hegel e contribui para o conhecer seu
pensamento e fala de muitas coisas.
Algumas categorias
Fonte: TRIVIÑOS, (1987. p. 55).
Silva (2007) trazendo o Serviço Social quanto às categorias, que são mais do que
construções teóricas feitas pela razão e sistematizadas em “títulos conceituais”, e
também são reconstruções possíveis da dinâmica do real conforme a historicidade.
O teórico segue afirmando que os assistentes sociais e outros profissionais/
pesquisadores (as) lidam com temas e objetos de estudo no contexto do trabalho, e
da realidade, geralmente imbricados com a vida de seres sociais, tendo as categorias
ao seu dispor para fazer suas leituras e as transpõe para as suas pesquisas.
Assim as categorias se formaram no desenvolvimento histórico do conhecimento
e na prática social. O sistema de categorias é muito utilizado no marxismo e surgiu
da unidade do histórico e do lógico, e movimento do abstrato ao concreto, do exterior
ao interior, do fenômeno à essência TRIVIÑOS, (1987, p. 55).
Tendo em vista um cenário um pensamento socialista que já permeia a Europa
industrial, diante disso o marxista defende a descentralização dos meios de produção
(indústrias) e condições dignas de trabalho e vida da classe operária, e sua libertação
do sistema explorador capitalista.
Materialismo dialético
Fonte:TRIVIÑOS, (1987).Adaptado.
Caro estudante (a) A filosofia e as correntes filosóficas podem aparentar uma certa
dureza nos seus conceitos e pressupostos, mais o estudante (a), deve dedicar um
tempo para ler e compreendê-las, com paciência e uma reserva de tempo, com se
você chegou até aqui e porque é um curioso (a), ama o conhecimento.
Marx e Engels colocaram pela primeira vez, em sua obra Na obra A ideologia alemã
(1845-46), Triviños (1987) as bases do materialismo histórico e teceram uma crítica
às ideias dos jovens hegelianos e Feuerbach que tinham a concepção que a história
era produto da ação de heróis.
Algo para Marx e Engels, em desacordo com o mundo real e suas e suas elaborações
de pressupostos reais: constituem-nos “os indivíduos reais/ sua ação e suas condições
materiais de vida, tanto aquelas por eles já encontradas como as produzidas por sua
própria ação” Marx-Engels, (2007, p. 86-87) apud (Neto, 2011, p.30).
Para Marx e Engels esses jovens perdiam tempo não se formando em fontes
importantes, como os fundamentos verdadeiros da sociedade e suas relações sociais,
econômicas, culturais e o modo de produção etc.
De acordo com o pensamento de Marx e Engels, o materialismo histórico, produto
da força das ideias, era capaz de promover mudanças nas bases econômicas. Nessa
base menciona a ação dos partidos políticos, da junção humana nos fundamentos
materiais dos grupos sociais. (Triviños, 1987). Assim é a atuação da consciência na
matéria, pelos meios concretos de vida; a produção, as relações sociais etc. pela ação
prática de mudança.
De acordo com Triviños (1997), o materialismo histórico é a ciência filosófica do
marxismo que se dedica ao estudo das leis sociológicas que representam a vida em
sociedade, e também o movimento da história da humanidade.
O Materialismo Histórico teve importante significado e oportunizou significativas
mudanças na interpretação dos fenômenos sociais. Marx e Engels cunharam essa
teoria marxista.
Ela compreende que a humanidade se define por sua produção material, da criação
dos seus meios de vida, transformando a natureza para essa materialização, o homem
se destaca criando a si próprio também, daí vem a palavra “materialismo”.
ser social Está relacionado à relação material dos homens individual e coletivamente
Um dos conceitos importantes é o conceito matéria, sobre ela Lênin diz que
representa a “realidade objetiva que é dada ao homem nas suas sensações, que é
copiada, fotografada, refletida pelas nossas sensações, existindo independentemente
delas” TRIVIÑOS, (1987, p. 58).
Já a categoria consciência é uma propriedade da matéria que representa um
elemento altamente complexo e organizado que existe na natureza, a do cérebro
humano, conforme Triviños (1987, p.62). Uma particularidade que surgiu como resultado
de um longo processo de mudança da matéria.
A classe trabalhadora, por exemplo, opera a produção material de quase tudo com
sua força de trabalho, e que muitas vezes é excluída do sistema de oferta educativa,
saúde, segurança, habitação etc.
Não consegue muitas vezes acessar o que é dela por direito, apesar da sua
participação também na manutenção da estrutura social, com impostos diretos ou
indiretos. Essa classe tem consciência dessa situação? Entendemos que a consciência
essa realidade, portanto o método em Marx não “enquadra’’ a realidade, mas faz uma
aproximação.
pessoas, define o que vestir, o que consumir, como é o que produzir, define as condições
sociais do trabalho e esses desdobramentos surgem nas pesquisas do Serviço Social.
Nesta aula abordamos sucintamente sobre o marxismo, fazendo um apanhado
histórico sobre essa corrente filosófica, algumas influências e influenciadores, um
pouco do contexto histórico .
Trabalhamos alguns objetivos e categorias e os desdobramentos de algumas delas
na materialidade da vida real. Fizemos um apontamento sucinto do método em Marx
e a pesquisa no Serviço Social baseada no marxismo.
Falaremos agora sobre algo que tem se tornado importante na pesquisa da
instrumentalidade no Serviço Social, uma das maneiras da profissão se mostrar passa
pela instrumentalidade e tem como o estudante sabe bases no marxismo.
_____________
[1] E é nesta conexão que encontramos plenamente articuladas três categorias- de novo: teórico-metodológicas - que nos parecem nuclear a
concepção teórico-metodológica de Marx, tal como esta surge nas elaborações de e posteriores a 1857 (ainda que lastreadas em sua produção
anterior). Trata-se das categorias de totalidade, de contradição e de mediação (MARCUSE, 1969; LUKÁCS, 1970, 1974, 1979; BARATA MOURA,
1977 apud NETO, 2011, p.55-56).
AULA 10
INSTRUMENTAL TÉCNICO,
RELACIONADOS AO SERVIÇO
SOCIAL- VISITA DOMICILIAR E
TRABALHO COM GRUPOS
Nesta aula abordaremos sobre a visita domiciliar e o trabalho com grupos no Serviço
Social na atuação profissional do Assistente Social. Faremos uma breve menção de
algumas características de cada uma destas ferramentas e apontaremos algumas
menções históricas sobre o sentido do surgimento desses instrumentos na sociedade,
e objetivos ideológicos e culturais do referido contexto .
E citaremos algumas indicações de sua aplicabilidade. Deixamos algumas indicações
do seu uso sem sermos rígidos, pois cada contexto possui especificidades e aplicações
diferentes para essas ferramentas.
E nessa aplicabilidade de instrumentos nesse “fazer” prático está situado na dimensão
técnico-operativa do Serviço Social que pode ser como o “modo de ser” da profissão.
A maneira como ela se expressa na sua atuação social se apresenta na dinâmica
das três dimensões teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa do trabalho
profissional GUERRA,( 2009).
A autora trabalha com essa sensibilização para os Assistentes Sociais quanto a
esta dimensão, de ela não ser compreendida o suficiente e se tornar um conjunto de
tarefas automáticas e tecnicistas.
Guerra pondera no sentido dessa dimensão do Serviço Social, não ser relegada a
análise de “como fazer” simplesmente, sem a necessária conexão da dinâmica reflexiva
baseada na compreensão do “para que” e “para quem” o trabalho do Assistente Social
será realizado e se haverá resultados e mudanças
O uso dos instrumentos exige atualização e desenvolvimento de habilidades
e competências, portanto, são exigências constantes para o exercício da prática
profissional. Devido à complexidade dos múltiplos elementos que se desdobram da
realidade e neles fervilham as manifestações da questão social.
expressam que cabe a esse profissional uma robusta formação teórica (ético-política)
e metodológica, melhor dizendo, uma capacitação suficientemente qualificada, se
tratando de conhecimentos teóricos, aliado a capacidade interventiva.
Visita domiciliar
Fonte:https://www.a12.com/redacaoa12/igreja/pastoral-da-crianca-visita-domiciliar-como-pratica-de-acao-integral-a-saude Acesso em : 02 de dez. 2021.
(Waquil, 2018) apud Closs e Scherer (2017),Em relação à visita domiciliar expressam
que sobre o instrumento, citando os desafios da crise do neo-desenvolvimentismo e a
velocidade de projeto ultraneoliberal associado à ampliação do neo-conservadorismo.
E pontuam a importância da clareza de articulação desse instrumental, pois é
normalmente articulado no sentido da fiscalização e do controle, alheio de sentido e
sua força política no que diz respeito à garantia de direitos, portanto
com os propósitos das classes dominantes, da Igreja e do Estado; manter a paz social
nas relações de trabalho VALENTE, (2016). Estudamos isso no Positivismo.
Assim, o profissional a frente do trabalho com grupos certamente não objetivava
trabalhar o empoderamento, a autonomia e a transformação do usuário, entre outros,
e sim manter o status quo e as relações sociais.
de sociedade ideal, de homem ideal, que tipo de trabalho e práticas profissionais eram
as ideias para essa construção. Isso gerou muitos questionamentos na profissão.
A sociedade que tinham era que sociedade queriam? O modelo de homem ideal
para o desenvolvimento do progresso e a produtividade era aquele? A profissão foi
convocada para contribuir com o tipo de sociedade ideal e trabalhador ideal. Essas
questões não eram somente dos profissionais do Serviço Social, era das instituições
do Estado, da Igreja, dos empregadores etc.
O trabalho com grupos atualmente não se trata de um trabalho de natureza terapêutica
no âmbito do Serviço Social, “por mais que os participantes possam obter ganhos de
valor terapêutico, pelo simples fato de poderem dividir com os membros do grupo as
suas dificuldades, limites e frustrações” ROCHA, (2016, p.230).
O objetivo principal desse trabalho hoje pode ser a princípio se aproximar da realidade
e modo de vida dos indivíduos e famílias, especialmente na proximidade ali no espaço
socioinstitucional o profissional pode verificar necessidades específicas que aparecem
no espaço.
Trabalho em grupo
Fonte:https://www.pexels.com/pt-br/foto/pessoas-fazendo-torcida-em-grupo-3280130/ Aceso em: 26 de out. 2021.
“A coesão do grupo em torno dos objetivos têm uma ligação íntima com a formação
da sua consciência coletiva, com o estabelecimento de pontos de vista e anseios
comuns” VILEIRINE, (2016, p.133).
Nesse sentido, Vileirine (2016) define que o grupo é uma estrutura social e possui
importantes vínculos com os seus membros, e resulta em uma totalidade composta
pela soma das partes. Assim vai se estabelecendo um clima de confiança.
O fortalecimento do grupo ocorre também a partir do momento que o indivíduo
apresenta suas expressões/necessidades subjetiva e individual e essas vão passando
se transformando em expressões/necessidades coletivas ou despertando empatia e
respeito.
Um exemplo em determinado hospital dia no tratamento de HIV/AIDS, onde as
mães levavam os filhos para tratamento, no hospital dia, vinham de cidades distantes,
e geralmente precisavam permanecer o dia inteiro no hospital.
Além do atendimento costumeiro, elas se organizavam para passar os filhos no
acompanhamento médico, psicológico, colher exames, elas também faziam seus
tratamentos, passavam no Serviço Social etc.
Assim, surgiu a ideia do trabalho de um grupo com as mães/responsáveis das
crianças e adolescentes nos dias dessas visitas, o Serviço Social organizou o grupo
junto com as mães e responsáveis.
As primeiras questões que foram trabalhadas no grupo depois de toda parte inicial
e introdutória trazidas pelo público foram referentes ao hospital de modo geral, vieram
os apontamentos dos pontos positivos e negativos, e sugestões para melhorar o
atendimento de alguns setores.
Um subgrupo ficou de encaminhar essas questões.Surgiram algumas lideranças,mas
todos na dinâmica participavam. Alguns familiares não se sentiram à vontade para
falar de si e suas questões de início.
Para finalizar o grupo evolui, muitas conquistas foram feitas quanto a instituição e
alguns entraves no atendimento foram resolvidos. As pessoas que não conseguiam se
comunicar no início público passaram a expor suas ideias com segurança, e acolher
os novos integrantes, passado algum tempo algumas pessoas que haviam parado
os estudos voltaram a estudar.
Necessidades gerais eram debatidas, e assim algumas famílias conseguiram inserir
seus familiares em cursinhos populares e amigos, houve a formação de um coral que
se apresentava para os pacientes internados a cada semana e se revezavam.
Contribuições para a intervenção profissional no trabalho com grupos em uma perspectiva dialética
Compreensão da inserção do grupo nas instituições uma vez que todo grupo ou agrupamento existe
sempre dentro de instituições;
Percepção da história de vida de cada participante, pois tem impacto no processo grupal;
O nível de análise ocorre na ordem interna e externa, entretanto, é na realidade objetiva que a dialética
se manifesta. Ao mesmo tempo os sujeitos vão manifestando as relações de dominação existentes
bem como a possibilidade de seu enfrentamento sempre atentando para não reforçar as relações
capitalistas;
AULA 11
ENTREVISTA, REUNIÃO,
ATIVIDADE SOCIOEDUCATIVA,
PALESTRA, ESTUDO SOCIAL,
RELATÓRIO SOCIAL, PARECER
SOCIAL E PERÍCIA SOCIAL
Completando o quadro são chamadas várias teorias das ciências sociais somadas
as especializações profissionais para a intervenção na intervenção na realidade social
no início do século XX com a pobreza. O Serviço Social e muitas áreas do trabalho e
do conhecimento não podiam deixar de figurar essa passagem histórica.
Esses profissionais além de intervir na realidade social formulam explicações e
ordenação da realidade social, que toma os fenômenos sociais com um padrão de
objetividade semelhante àquele empregado para os fenômenos naturais, como o
Positivismo, por exemplo.
Essa legitimação da ordem burguesa “nega a constituição ontológica do real como
totalidade, referendando uma racionalidade que não considera as determinações
referentes à ruptura entre ser natural e ser social” TRINDADE, (2001, p. 4).
Mas o outro lado dessa realidade, mostra sua face, por algumas razões que já
sabemos, e envolve a exploração do trabalho, a luta pela sobrevivência, a luta de
classes chega no Brasil, Ideias anarquistas, socialistas e marxistas, vão fomentar os
movimentos operários brasileiro. Em 1917, temos a primeira greve operária em São
Paulo.
Assim, o Serviço Social foi se projetando no cenário social brasileiro, como menciona
Guerra os modos de aparecer do Serviço Social foram definidos nessas ações por meio
dos instrumentais, gerados na contradição do processo histórico do conflito de classes
sociais e da exploração do capitalismo.
A dinâmica histórica, a economia, política e cultural, e as orientações normativas e legais
da profissão o projeto profissional e o código de ética, alinhados com uma nova ordem
societária, nos convida a redesenhar e criar e recriar novos instrumentos, conforme as
exigências da realidade, sem perdemos a historicidade da sua criação e aplicabilidade.Dito
isso, trazemos aqui de forma geral e breve mais alguns instrumentos para intervenção
profissional.
O Serviço Social brasileiro faz uso da entrevista desde a seus primórdios. Era utilizado o
Serviço Social de Caso e visava resolver as demandas trazidas pelos indivíduos e famílias.
“Focando-se muitas vezes em fatos isolados, sem uma avaliação crítica da complexidade
da situação demandada e da inter-relação entre os problemas apresentados pela totalidade
da realidade social”. LAVORATTI,( 2016, p. 81).
Com o movimento de revisão da profissão e suas práticas profissionais, a entrevista
após sua devida reformulação é compreendida para além de um encadeamento de regras
e técnicas para as demandas dos usuários desarticulada do macro e do micro.
A entrevista não é uma conversa sem propósito FORTI e GUERRA, (2010) e muito
menos o levantamento de informações desvinculadas do seu objetivo, concordam as
autoras, e acrescentam que é no transcorrer da entrevista o profissional pode surgir
reflexões a respeito da inserção do usuário na sociedade.
A entrevista deve ir além da demanda objetiva que o indivíduo veio buscar, como um
encaminhamento, orientação e inserção em programas entre outros. Existem alguns
cuidados que devem ser observados pelo profissional FORTI e GUERRA, (2010).
Observações na entrevista relacionadas da condução da entrevista e que esteja em
consonância com o projeto ético político da profissão, quanto a intencionalidade do
instrumental.Outra observação diz respeito a linguagem, com perguntas subjetivas,
sem induzir perguntas e objetivando o entendimento do indivíduo.
Na entrevista existe a possibilidade de executar a observação como mencionamos
anteriormente, a escuta silenciosa que pode vir após uma sumarização pelo profissional
do que ele compreendeu dando assim a oportunidade da população confirmar ou
refazer a impressão do profissional e repensar sobre o que ela mesma disse FORTI
e GUERRA, (2010, p.53).
E comunicação implica também, na escuta e suas diversas formas (escrita, gestual,
oral), na reflexão, na percepção da realidade, no respeito às crenças, valores, cultura,
grupos tradicionais específicos, gênero, etc. TRINDADE, (2001)
A entrevista deve ser executada observando aos princípios éticos fundamentais
da profissão o posicionamento do profissional quanto a eliminação do preconceito,
o respeito à diversidade, contrário a dominação e ao autoritarismo. CFESS, (1993).
O profissional deve ver o usuário como responsável pelo seu destino, com
Protagonismo potencial para realizar as mudanças que sua vida requisita. Desse modo
acontecerá seu fortalecimento e empoderamento.
11. 3 Reunião
Vileirine (2016, p. 137) sobre algumas características gerais da reunião define que:
“é instrumento coletivo de reflexão sobre as necessidades, preocupações e interesses
comunitários, assim como de organização e ação”
A reunião é utilizada por muitas áreas do conhecimento, que possuem propósitos
diversos, modo peculiar de elaborar e conduzir esse instrumento. No Serviço Social
as reuniões devem estar sintonizadas com os princípios e diretrizes do projeto ético-
político, com a cidadania e direitos dos indivíduos e famílias.
instrumento coletivo de A reflexão é algo marcante no trabalho do assistente social nas suas
reflexão intervenções com os usuários, na reunião também.
Atividade Socioeducativa pode ter diversos temas e objetivos no geral elas objetivam
informar e propiciar aos usuários contato com temáticas, conteúdos e reflexões que
envolvam o território, seus equipamentos, a aproximação do território e suas instituições
do cotidiano dos indivíduos e famílias.
Objetiva principalmente a aproximação e a convivência dos usuários, com os familiares
também, para que assim possam se apoiar, trocar experiências e conhecimentos
fortalecendo desse modo a coletividade local.
Favorece a construção do processo reflexivo e possibilita a compreensão mais ampla
de que os problemas vivenciados particularmente, por uma família individualmente,
podem ser também vivenciados por outras pessoas e várias famílias. Assim atribuem
mais sentido para si e o grupo.
O fortalecimento do grupo potencializa o despertar de projetos, sonhos gerados
através do trabalho do Assistente Social dos serviços socioassistenciais que potencializa
a capacidade de recuperação da autoestima e procura trabalhar e despertar o sentido
de cuidado e função protetiva das famílias, com seus membros.
Essas atividades possuem a proposta dos Assistentes Sociais contribuam para a
autonomia e emancipação dos indivíduos e famílias, por exemplo, integrar e incluir as
pessoas em determinados espaços e na convivência dar mais sentido ressignificar
suas vidas.
O Serviço Social deve conhecer bem público para ofertar atividades variadas que
envolva o público e mantenha a participação, traga atrações que dialoguem com a
realidade dos usuários e apresenta temas que ampliam a consciência e o conhecimento
para além do seu espaço socioassistencial e do território.
Um exemplo que se aproxima um pouco da utilidade da atividade mencionada,
é o caso do Sr. Farias, idoso passou a fazer parte de um núcleo de convivência de
idosos, chegou lá por indicação do CRAS,residia sozinho, possuía uma única filha e
havia cortado relações há mais de três anos . Saía de casa apenas para receber o
benefício Bolsa Família e fazer algumas compras. Os amigos moravam em outras
cidades e muitos haviam falecido.
O Sr. Farias começou participando das atividades socioeducativas, nas duas
semanas seguintes não compareceu, ele não possuía telefone, quando o Serviço
Social planejou uma visita domiciliar ele apareceu. Ainda participava somente das
Ressignificando vida
Fonte: https://www.pexels.com/pt-br/foto/barba-computador-idosos-mais-velhos-7330912/
11.5 Palestra
Palestra
Fonte:https://www.pexels.com/pt-br/foto/pessoas-em-reuniao-dentro-da-sala-de-conferencias-1181395/ Acesso em: 28 de out. 2021.
Nessa perspectiva, a elaboração do Estudo Social deve estar guiada pelas questões
“ao que fazer, por que fazer, para que fazer e como fazer. Lembremos que elas remetem
ao objeto, aos objetivos, às finalidades e à metodologia para o desenvolvimento da
ação” COSTA; OLIVEIRA, (2016, p.211).
Sabendo que “os objetivos e finalidades respondem, antes de tudo, ao projeto
ético-político e teórico-metodológico da profissão e, posteriormente, à natureza e
determinantes institucionais” (COSTA; OLIVEIRA, 2016).
Tipos de relatórios
Fonte: Magalhães (2011)
Parecer social é uma avaliação teórica e técnica feita pelo Assistente Social a
partir de dados coletados. Vai além de organização de informações sob a forma de
relatório, assim o Assistente Social vai avaliar essas informações, emitir uma opinião
sobre elas SOUZA, (1991).
Não pode ser uma mera opinião, ela deve estar fundamentada, ancorada em uma
perspectiva teórica de análise. Desse modo, o parecer social é fundamental, porque ele
dá ao “Assistente Social uma identidade profissional – a inexistência de um parecer
reduz o relatório a uma simples descrição dos fatos, não permitindo nenhuma análise
profunda sobre os mesmos” SOUZA, (1991, p. 131).
Localizando o Assistente Social na sua formação profissional, e a partir da sua
inserção na divisão social do trabalho, o parecer social demanda que o profissional
se posicione perante as situações verificadas na realidade social, esse instrumento
possui esse sentido SOUZA, (1991).
E que como viemos falando, essas análises que constam do parecer do Assistente
Social sobre determinado fenômeno, pedem um posicionamento analítico do profissional
que pode ser de caráter conclusivo ou indicativo, sobre determinado objeto ou realidade,
será sempre a luz do Código de Ética Profissional.
Outro ponto que merece destaque é sobre a resolução do CFESS 557-2009 parágrafo
primeiro, que fala sobre o saber específico do Assistente Social em uma equipe
multidisciplinar que já a mencionamos anteriormente.
Perecer social
Fonte: https://www.pexels.com/pt-br/foto/papel-branco-para-impressora-48195/ Acesso em: 28 de out. 2021.
Perícia
Fonte: https://www.pexels.com/pt-br/foto/adulto-banco-margem-ribanceira-7979437/ Acesso em: 29 de out. 2021.
A perícia social parte de uma situação real expressa pela documentação que chega
para o Assistente social, o profissional vai utilizar os instrumentos como documentação
e demais elementos conforme a sua necessidade e objetivo, como entrevistas, visitas
ou telefonemas etc., para suas análises e interpretações.
Todos esses instrumentos, inclusive este profissional deve ter orientação sua
para elaboração , o profissional deve ter competência na compreensão e manejo dos
mesmos no Serviço social e habilidade no âmbito teórico –metodológico quanto ao
conhecimento profundo da realidade que vai intervir.
A perícia objetiva auxiliar na intervenção e proporcionar suporte para uma decisão
judicial. Conforme já mencionamos, compreende a tomada de decisões sobre os direitos
fundamentais e sociais dos indivíduos. Aqui se observa o compromisso da profissão
AULA 12
INTRODUÇÃO À ESTATÍSTICA
APLICADA À PESQUISA EM
SERVIÇO SOCIAL
Assim, a Estatística pode ser utilizada na análise de dados como vimos , e também
exclusivamente na análise de dados do Estado e também nos surveys ou pesquisas
de opinião etc. PRATES, (2017).
A origem da palavra Estatística possui ligação com a palavra latina Status (Estado).
Há evidências de que nos 3000 anos A.C. os censos eram tradicionalmente feitos nos
lugares como; a Babilônia, China e Egito.
Outro indício é que a afirmação é que o 4º livro do Velho Testamento que ordena
Moisés de realizar um levantamento dos homens de Israel que estivessem em condições
de ir para a guerra PRATES, (2017).
Outra menção da história nessa perspectiva é que esse controle poderia ser utilizado
para a taxação de impostos ou para o alistamento militar como já citamos. O Imperador
César Augusto, ordenou que se realizasse o Censo de todo o Império Romano.
Por essa época e um pouco antes, a nobreza e/ou igreja faziam listas para ter uma
estimativa de quantos pessoas em situação vulnerável haviam para lhe lhes assistir
em suas paróquias, comunidades etc., os pobres e miseráveis recebiam alimentos e
vestuário entre outras doações, desses figuravam os deficientes físicos, os doentes,
os cegos, as viúvas, os órfãos os velhos, os deficientes etc.
Na Inglaterra em 1085, Guilherme, O Conquistador, ordenou um levantamento
estatístico da Inglaterra, com dados sobre terras, proprietários, uso da terra, empregados
e animais e serviram de base para o cálculo de impostos PRATES, (2017).
Mas a palavra Estatística foi cunhada pelo acadêmico alemão Gottfried Achenwall
(1719- 1772), que foi um notável continuador dos estudos de Hermann Conrig (1606-
1681) , apud PRATES, (2017, p. 10).
A Estatística pode ser encarada como uma ciência ou como um método de estudo.
Duas concepções para a palavra Estatística:
O Serviço Social, em boa parte das suas pesquisas opta pela pesquisa qualitativa,
diríamos que a profissão está começando a compreender a importância dos números
nas suas análises e elaborações investigativas. A constituição dos dados numéricos e
informações estatísticas, podem dar base para o desenvolvimento inicial da pesquisa
e também para fundamentar os resultados finais.
O Serviço Social pouco trabalha com dados, devido a natureza do seu objeto de
intervenção e investigação, que são os indivíduos, os fenômenos que atravessam e
se manifestam nas suas vidas frutos da questão social, essas questões e fenômenos
são estudados e medidos pelo Serviço Social de modo qualitativo.
Geralmente os egressos do curso de Serviço Social objetivam ajudar a contribuir
para mudança de algumas realidades e o caminho inicial e para compreensão alguns
fenômenos que muitas vezes fazem parte do seu cotidiano, profissional, de estágio
etc. buscam a pesquisa, que envolve realizar estudos levantar informações e coletar
dados comprová-los.
“para mudar uma realidade demanda social, comprovando através dos números
a diferença dos resultados alcançados com a intervenção profissional do assistente
social” SCHMITT; WEGRZYNOVSKI, (2015, p.3).
Como passou a se configurar o atendimento do BPC nos CRAS a partir de 2020 em virtude da pandemia?
Tabela 23- perguntas
Fonte: Elaboração própria
Dados dessa natureza não envolvem apenas o fator quantitativo, as razões podem
giram nesse sentido mais há questões humanas envolvidas, pois visa melhorar o
conhecimento de certos fenômenos sociais ou humanos para agir sobre eles em
alguns casos.
A partir das perguntas pode se obter uma pesquisa quantitativa ou qualitativa
depende da finalidade, gráficos ou tabelas apresentando números da violência antes
e após a pandemia, pode ter seu uso para um estudo comparativo ou exploratório
e/ou atualizar dados. Os dados numéricos podem ser levantados pelo pesquisador
de Serviço Social.
Essa quantificação não está vazia em si pode se melhorar uma realidade que está
precária através dos dados modificá-la e através do “aparecer” quantitativo pode mudar
qualitativamente determinado contexto e vidas e diversos fatores sociais.
Sendo assim, a estatística através do seu levantamento constata e analisa a realidade
social que está em movimento em determinado momento. contexto e tempo. E uma
das funções da estatística nas políticas públicas é identificar e mapear o público
prioritário para determinado serviço, programa etc.
Os dados também são utilizados para “quantificar todos os resultados que são
adquiridos em uma determinada pesquisa, que necessite de certo diagnóstico
estatístico” SCHMITT; WEGRZYNOVSKI, (2015, p.5), por exemplo, a PNAS pode solicitar
os dados da educação básica e fazer um levantamento das crianças e adolescentes
com deficiência para a concessão do BPC.
O estudo em determinada população com a estatística pode ser realizado de duas
maneiras, a saber, essas maneiras são usualmente utilizadas pelo Serviço Social pode
utilizar em suas pesquisas.
• Investigando todo o contexto populacional
• Selecionando algumas pessoas daquele contexto (amostragem)
A Busca Ativa identifica a pessoa que está em situação de pobreza extrema que
vivem muito afastados dos bens e serviços das políticas públicas. Diante disso deve
se estabelecer estratégias e ações, com a colaboração e parcerias, para identificar
e cadastrar as famílias de baixa renda que serão encaminhadas para ações
socioassistenciais A busca ativa acontece nas políticas de Assistência Social, na
política da Saúde, da Educação entre outros.
O objetivo é cadastrar as pessoas no Cadastro Único Programas Sociais do
Governo Federal Proteção Social Básica e Especial e com base em tais
informações, planejar, orientar e coordenar ações pelas equipes dos Centros de
Referência de Assistência Social (CRAS) e Centros de Referência Especializado de
Assistência Social (CREAS) e envolve a Vigilância Socioassistencial em atenção
as necessidades apresentadas e acompanhamento dos usuários. Conheça mais
porque faz ligação com o tema e o Serviço Social envolve a pesquisa.
Livro: O Brasil Sem Miséria do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome
Site: https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/brasil_sem_miseria/livro_o_
brasil_sem_miseria/livro_obrasilsemmiseria.pdf
E pode ter vários desdobramentos que sempre vão envolver a questão numérica
e cálculos e podem levam a corporificação da pesquisa, com todos seus elementos
nessa aproximação; experimentação projeto experimental, análise estatística dos
resultados, e por fim a conclusão que envolve a comparação e a constatação das
soluções mais adequadas, apresentação dos resultados e implementação do projeto.
Divisão da estatística
Fonte: PRATES, (2017). Adaptado
Citaremos algumas fases do trabalho estatístico que diz respeito à coleta e crítica
de dados; tratamento dos dados, apresentação dos dados, análise e interpretação
dos resultados e Conclusão.
Coleta indireta
E a coleta de elementos conhecidos realizada levando em consideração informações
conhecidas, obtidas pela coleta direta e/ou do conhecimento de outros fenômenos afins
com o fenômeno estudado. Por exemplo, é possível citar a pesquisa sobre mortalidade
infantil, elaborada através de dados colhidos por uma coleta direta PRATES, (2017).
Aqui podemos citar, por exemplo, que o(a) estudante, elaborou seu projeto de
pesquisa sobre o índice de natalidade entre a zona rural e zona urbana, mas na parte
da coleta de dados, utilizou os levantamentos dos cartórios de ambas as localidades
como fonte.
De posse dos dados coletados “eles devem ser cuidadosamente criticados, à procura
de possíveis falhas e imperfeições, a fim de não incorrermos em erros grosseiros
ou certo vulto, que possam influir sensivelmente nos resultados” PRATES, (2017, p.
17). A seguir apresentaremos as últimas fases do trabalho estatístico. Aqui vamos
mencionar os procedimentos da estatísticas com a coleta dos dados que resultam
em uma pesquisa.
As autoras reforçam que desse modo o Profissional de Serviço Social na sua atuação
dispõe de parâmetros na elaboração de um diagnóstico social, um relatório que seja
propositivo e analítico diante das demandas sociais que se apresentam no dia a dia
do profissional. E os números podem figurar no trabalho interventivo e investigativo.
E tudo começa da superestrutura, ou seja, do geral.
Estamos nos referindo à implantação da Política Nacional de Assistência Social –
PNAS, de 2004, que tem como referência a classificação dos municípios pelo porte
demográfico de cada um deles, conforme dados do censo do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística – IBGE. Esses dados são fontes levantadas pela Estatística.
Aqui temos um exemplo de como a política pública tem seguido essas exigências
modernas. Aqui os números não são vazios e duros simplesmente,mas representam
também vidas que necessitam de pesquisa e intervenção do Assistente Social, a partir
da contribuição da estatística.
Classificação do Município Total da população
Marcelino (2010) apud (Schmitt; Wegrzynovski, 2015), comentam que tem sido
frequente a presença da estatística na participação na linguagem das habilidades
profissionais na atualidade, pois a partir dos números e seus significados que sintetizam
as questões do cotidiano, e isso possibilita as análises de fenômenos e realidade com
apoio dos dados compilados, se evidenciam.
A gestão dos serviços na PNAS, de acordo com as requisições do mercado, exige
parâmetros que garantam a qualidade da execução e o aperfeiçoamento da prestação
dos serviços socioassistenciais. As mudanças macro e micro na política, na econômica
e nas relações sociais pedem cada vez mais controle social das políticas públicas.
Assim, sistemas e mais sistemas e bancos e informações se formam e se integram.
e vão alimentando grandes sistemas de informação assim se elaborar, implantar e
implementar métodos, rotinas e culturas de protocolos, de registro e sistematização
de informações que auxilie o desempenho das políticas e a atuação do Assistente
Social no Estado e no setor privado e nas pesquisas.
A execução da prática da “assistência social’’, atividade que se profissionalizou sob
a denominação de “Serviço Social”, acentuando seu caráter de prática de prestação
de serviços. MARTINELLI, (2009, p.66). Essa prática foi se inserindo e se atualizando
nas modernas configurações sociais.
Os Assistentes Sociais tinham nos primórdios da profissão, uma base de elementos
para fazer seus diagnósticos e análises dos conflitos que a classe trabalhadora e suas
famílias apresentavam sobre diversos aspectos. Mas a objetividade e a racionalidade
no século XX elegeram a estatística como ferramenta na administração pública. O
Brasil criou instituições para o trabalho com a Estatística .
Uma delas foi o Instituto Nacional de Estatística criado em 1934 e que em 1938
mudou o nome para Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A partir de 1940
inicia a contagem da população brasileira (censos demográficos) e mantém essa
tradição e autoridade nesse tipo de pesquisa até hoje.
que os usuários têm direito às informações sobre seu destino e o que vai se fazer
com elas.As pesquisas no Serviço Social devem observar essas prerrogativas.
AULA 13
LEITURA E INTERPRETAÇÃO
DE INDICADORES
SOCIOECONÔMICOS
Taxa de evasão
Taxa de desemprego
Tabela 29- indicadores
Fonte: Jannuzzi (2009). http://aplicacoes.mds.gov.br/sagirmps/ferramentas/docs/curso_de_indicadores.pdf indicadores obra mds
Indicadores socioeconómicos
Fonte: https://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaHumana/Populacao/populacao8.php Acesso em 22 de out. 2021
Esses dados podem vir como já sabemos de fontes como o IBGE – Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística, a Previdência Social, CadÚnico -Cadastro Único
para Programas Sociais, cadastros da conta de luz, dados dos programas sociais
anteriores e outras fontes de cadastros oficiais.
Deixamos o esquema para a construção de um indicador social, o processo de
sua construção de forma geral.
• Objetivo geral do programa (Reduzir a violência doméstica no contexto da
pandemia).
• Que vai demandar algumas ações (levantamento de dados no CREAS,Delegacias,
pronto atendimento de saúde, etc.)
• Cadastro públicos (Cadastro dos programas de benefícios sociais, observatórios
e Vigilância socioassistencial etc.).
• Registros do programa
• Pesquisas do IBGE e de outras instituições
• Dessas demandas feito todos os procedimentos normativos vão se gerar os
indicadores que podem ser mais de um->indicador 1, indicador 2, indicador 3
Etapas da construção de um indicador social
Fonte: (JANNUZZI, 2005, p. 139). Adaptado.
Essas demandas chegam na agenda político-social devem ter por base os indicadores
escolhidos em um sistema de formulação e avaliação de programas sociais específicos
que partiram de um diagnóstico que deve ter todas as informações para a análise
interpretativa.
Nesse quadro temos alguns elementos do diagnóstico para a leitura e compreensão
da realidade social
As características do público prioritário que será a capacidade e experiência de gestão local/territorial,
atendido que definem a maior ou menor complexidade de
realização da intervenção pública
São estratégias para ampliar e qualificar a dinâmica das políticas sociais, que devem
cumprir as exigências econômicas, políticas e técnicas para que a atuação da PNAS
acompanhe essas tendências que envolvem uso da informação, do monitoramento
e da avaliação.
A estatística fornece informações de parâmetros de uma medida perante a realidade
social pesquisada. “O profissional de serviço social tem habilitação para desenvolver o
diagnóstico social nas atividades diárias da profissão através de dados e taxas numéricas
que mostram o foco da realidade social estudada” SCHMITT; WEGRZYNOVSKI, (2015,
p.19).
Periodicamente os indicadores podem ser atualizados e acompanhamento dos
programas e com a avaliação desses programas implementados, corrigir eventuais
distorções de implementação, e com isso se observar que os indicadores levantados
regularmente JANNUZZI, (2005).
Nessa figura temos algumas ações da PNAS para o provimento das necessidades
sociais que são permeadas por dados estatísticos para justificar as necessidades
populares, nesse novo modelo de política pública como direito do cidadão e dever do
Estado.
ANOTE ISSO
Vigilância Esse órgão produz, sistematiza, analisa e dissemina informações dos territórios
socioassistencia1l e seus entornos para trabalhar as situações de vulnerabilidade e risco que
acometem os usuários e a violação de direitos.
Faz levantamento de como está sendo oferecido os serviços ofertados
pela rede socioassistencial para adequar essa oferta conforme as reais
necessidades das pessoas e faz análises , permanente análise do território
através dessas informações
informação, apoiar as atividades de planejamento, de supervisão e de execução
dos serviços socioassistenciais por de dados, indicadores e análises, em todos
os âmbitos municipal, estadual e federal.
Censo SUAS4 O Censo SUAS faz o monitoramento que coleta dados por meio de um
formulário eletrônico preenchido pelas Secretarias e Conselhos de Assistência
Social dos Estados e Municípios. É realizado anualmente desde 2007, possui
integração com a Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS) e a
Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação (SAGI).Para produzir dados
sobre a implementação da política de assistência social no país.
• Melhorar o SUAS e a qualidade dos serviços socioassistenciais prestados à
aos usuários.
• Identificar os pontos negativos e positivos e desafios da institucionalização
do SUAS.
• Apresentar informações pelas quais o governo possa dar transparência e
prestar contas de suas ações à sociedade.
Tabela 33--sistemas de informações socioassistenciais
O Serviço Social fazendo através dos indicadores das realidades investigadas deve
ampliar a visão sobre o contexto, do macro regional, em nível de País. Sabendo que
a região e os países são também impactados.
Após referenciar esses indicadores, deve-se realizar uma avaliação Regional, (Estados,
Regiões) e também a avaliação na região, que incide na realidade das instituições,
por meio de programas e projetos sociais e na prática do Assistente Social.
Dispor de conhecimento da realidade do seu município e de seus cidadãos, a
situação e da cobertura de sua rede socioassistencial são informações importantes
para o planejamento , a intervenção e a oferta de serviços.
Nesta aula estudamos os indicadores socioeconômicos, algumas de suas finalidades,
no âmbito social, nas políticas públicas, evidenciando sempre seu caráter de pesquisa.
Situamos os indicadores socioeconômicos no âmbito da PNAS, e no Serviço Social.
Ainda sobre pesquisa mencionaremos algumas técnicas de pesquisa na aula seguinte.
AULA 14
TÉCNICAS DE PESQUISAS-
IDEIAS GERAIS
A palavra técnica vem do grego téchne, que se remete a “arte” ou “ciência”. Uma
técnica é um procedimento que tem uma pretensão/ objetivo de obter determinado
resultado, pode ser na ciência, na tecnologia, na arte e em outras áreas. Portanto,
técnica é um conjunto de regras, normas ou protocolos que se utiliza como meio
para chegar a uma meta1. Vamos a outra definição que não se afasta muito desta.
“Técnica é um conjunto de preceitos ou processos de que se serve uma ciência
ou arte ; é a habilidade para usar esses preceitos ou normas , a parte prática.Toda
ciência utiliza inúmeras técnicas na obtenção de seus propósitos”MARCONI; LAKATOS,
(1996, p. 57).
As pesquisas usam elementos e fontes de variadas fontes e para isso utilizam
diversos métodos e técnicas. Vamos trazer a distinção de modo geral das noções de
método, métodos e técnicas. Já estudamos métodos, mas apresentamos um pouco
desse conceito no plural ( que é uma discussão dos cientistas) e trazemos ainda a
técnica porque está interligada com o método.
Envolve um conjunto de estratégias Diz respeito aos modos de encarar Refere-se a um conjunto de
e de operações intelectuais, e organizar as investigações procedimentos sistematicamente
por meio delas uma disciplina concretas, de expor, interpretar ou definidos e transmissíveis,
apresenta e verifica o conhecimento explicar certo domínio da realidade. direcionados a produzir certos
que a caracteriza. Nesse sentido, “Num sentido restrito, para resultados na recolha e tratamento
o método sintetiza regras e destacar um significado comum da informação requerida pela
procedimentos independentes a todos estes métodos, A maioria atividade de pesquisa. As técnicas
das investigações e dos objectos pode entender como um conjunto são ferramentas que o investigador
concretos. articulado de operações que utiliza no momento e da forma
objetiva um ou mais finalidades, requerida pelos métodos.
como um corpo de princípios que
conduzem qualquer investigação
organizada, como um conjunto de
normas que possibilita selecionar
e coordenar as técnicas”.
Tabela- 35 métodos e técnicas
Fonte: Gonçalves (2004).
Pesquisa documental
Esse tipo de fonte de coleta está restrito a documentos escritos e não escritos,
são definidas como fontes primárias que podem ser feitas a partir da ocorrência do
fenômeno ou depois. São obtidas de livros, revistas e documentos, jornais, publicações
avulsas, teses, arquivos públicos e particulares, fontes estatísticas MARCONI; LAKATOS,
(2003).
Quanto à utilização da estatística como fontes de dados da pesquisa as autoras
definem algumas formas de uso como; fazer correlação entre uma pesquisa limitada
a dados censitários,estudo baseada na análise e interpretação de dados existentes,
atualização de dados estatísticos existentes para verificação de uma teoria social,
publicações administrativas etc.
Pesquisa bibliográfica
Esse tipo de pesquisa é extensa porque engloba todo estudo já realizado em
determinado assunto publicado em “relação ao tema de estudo, desde publicações
avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material
cartográfico etc. até meios de comunicação orais, rádio. gravações(...) MARCONI;
LAKATOS, (2003, p. 66).
Marconi e Lakatos (2003) afirmam que esse tipo de pesquisa objetiva o acesso e
o contato direto com o pesquisador com aquela produção do conhecimento, nesse
sentido as conferências e debates que foram transcritos , gravados ou filmados etc.
Alguns tipos de fontes bibliográficas->imprensa escrita, meios audiovisuais,material
cartográfico,publicações etc.
As fontes devem ser procedência confiável e originalidade Ander-Egg (1978, p.189-
90) e Rammel (1997, p.159-60) apud MARCONI e LAKATOS, (2003, p.74), definem
algumas questões que devem ser observadas quantos as obras e documentos utilizados
nas pesquisas. citamos algumas dessas observações que são feitas em foram de
questões e podem fazer o pesquisador/a iniciante refletir sobre a rigorosidade quanto
a documentação que vai utilizar.
1. Onde foi feito?
2. Quando foi escrito?
3. É um documento válido?
4. Quem foi o autor?
5. O documento pode ser aceito como verdadeiro?
6. Caso o autor pertença a uma organização, esta foi imparcial na coleta de dados
ou teria algum interesse em determinado resultado?
Observação
A observação é um elemento essencial para a pesquisa. Partindo da a formulação
do problema, indo para a construção de hipóteses, coleta, análise e interpretação,
possui um papel relevante no processo de pesquisa.
No período da coleta de dados ela torna-se mais evidente, nessa fase é sempre
utilizada agregada a outras técnicas ou utilizada de forma exclusiva. Por ser utilizada
de forma exclusiva no levantamento de dados em muitas pesquisas, e por figurar
toda a pesquisa , a observação chega mesmo a ser compreendida como método de
investigação GIL, (2008).
É sistematicamente planejada
Tabela 36-objetivos
Fonte: GIL,( 2008, p. 101).
ANOTE ISSO
Agora vamos falar da entrevista, uma técnica muito utilizada na prática profissional
pelo Assistente Social e em boa parte das suas pesquisas. Ela está situada dentro da
documentação direta, como a observação, os estudos exploratórios e os já citados.
Há outras técnicas, mas abordaremos esta está na realidade de muitos estudantes/
2 https://www.gov.br/defesa/pt-br/assuntos/hfa/ensino-e-pesquisa/comite-de-etica-em-pesquisa-cep-hfa-1
3 http://conselho.saude.gov.br/plataforma-brasil-conep?view=default
a nos seus estágios, no trabalho etc. A definição de Gil (2008) da entrevista com fins
de estudo científico.
Pode-se definir entrevista como a técnica em que o investigador se apresenta frente
ao investigado e lhe formula perguntas, com o objetivo de obtenção dos dados que
interessam à investigação.
A entrevista é, portanto, uma forma de interação social. Mais especificamente, é
uma forma de diálogo assimétrico, em que uma das partes busca coletar dados e a
outra se apresenta como fonte de informação GIL, (2008, p.106).
A entrevista é um encontro de duas pessoas, no qual uma delas tem o objetivo de
obter informações a respeito de determinado assunto, mediante a uma conversão de
natureza profissional. “É um procedimento utilizado na investigação social para coleta
de dados ou para ajudar no diagnóstico”. (... ). (MARCONI; LAKATOS, (2003, p.84).
Enquanto técnica de coleta de dados, a entrevista é significativa para a o levantamento
de dados informações sobre o que “as pessoas sabem, crêem, esperam, sentem ou
desejam, pretendem fazer, fazem ou fizeram, bem como acerca das suas explicações ou
razões a respeito das coisas precedentes SELLTIZ et al., (1967, p. 273) apud MARCONI;
LAKATOS, (2003, p.84).
Entrevista
Fonte:https://pixabay.com/pt/images/search/entrvista/Acesso em:29 de nov 2021.
que nas ciências sociais uma grande parte do seu crescimento e desenvolvimento
nos últimos anos foi conseguido devido à sua aplicação.
Sua finalidade pode ser de “averiguar fatos,descobertas de plano de ação,
conduta atual ou do passado, determinações das opiniões sobre os fatos ou de
sentimentos,motivos conscientes para opiniões, condutas”. etc. Selltiz( 1965:286-9)
apud Marconi e Lakatos (2003, p. 84).
Dito isso, vamos citar brevemente quatro tipos de entrevistas classificadas em:
informais, focalizadas, por pautas e formalizadas.
certeza de que está sendo compreendido, d)possibilita avaliar atitudes, gestos, condutas,
reações etc. MARCONI; (LAKATOS, 2003).
AULA 15
ELABORAÇÃO E EXECUÇÃO DE
UM PROJETO DE PESQUISA NO
ÂMBITO DO SERVIÇO SOCIAL
ATIVIDADE DE PESQUISA DE 2022 JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL.
Deixamos um modelo para que o estudante possa ter noção e começar a pensar
na organização do seu projeto de pesquisa, lembrando que essas etapas marcadas
são meramente sugestivas. O estudante possui um ritmo e uma dinâmica de estudo
e organização particular e vai adaptando essas e demais etapas. Sem rigidez.
O cronograma da pesquisa responde às questões: quando? E em quanto tempo?
Esse elemento apresenta as atividades e suas respectivas etapas pré-definidas, como
já compreendemos.Antes de redigir um projeto de pesquisa, estudos preliminares
são necessários porque irão ajudar a verificar o estado da questão que se pretende
desenvolver em termos teóricos e de outros estudos e pesquisas já realizados.
“Tal esforço não será desperdiçado, pois qualquer tema de pesquisa necessita de
adequada integração na teoria existente e a análise do material já disponível será
incluída no projeto sob o título de “revisão da bibliografia”” MARCONI; LAKATOS,( 2003,
p. 215).
O projeto de pesquisa é um instrumento técnico operativo que o estudante de
Serviço Social vai utilizar para organizar a sua pesquisa na construção de elementos
como tema, problemas, objetivos, justificativa, cronograma entre outros, tendo em
vista o TCC. Na pesquisa social e no Serviço Social a pesquisa é perpassada por três
dimensões que citaremos aqui.
Para a Elaboração do projeto de pesquisa Minayo define 3 dimensões fundamentais.
Algo importante é que todos os trabalhos acadêmicos, são baseados nas normas da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e devem ser consultados sempre
que houver dúvida. Assim, a pesquisa deve seguir um padrão previamente definido.
São padrões utilizados na academia para dar credibilidade ao seu trabalho, desde
o formato e das corretas citações e referências etc. Tudo isso dá legitimidade e
fidelidade à pesquisa. O estudante deve o plágio. Deixamos um material para ajudar
com a ABNT, com normas atualizadas.
ESTÁ NA REDE
Site: https://viacarreira.com/regras-da-abnt-para-tcc-conheca-principais-normas/
Descrição: O site apresenta as normas da ABNT atualizadas e para as mais
diversas elaborações de trabalhos especialmente, regras de formatação e
elementos que compõem a estrutura do TCC.
Então vamos mergulhar nesse processo que pode se iniciar com a escolha do tema
de pesquisa, ou não, os teóricos que estudam e trabalham com o assunto geralmente
concordam que o projeto deve seguir estritamente a um ordenamento fixado. Vamos
começar esse processo pelo tema com perguntas que Marconi; e Lakatos,( 2003).
Elaboraram e responderam sobre as etapas do projeto de pesquisa.
1. Apresentação (quem?)
a) Tema • especificação
b) Delimitação do Tema • limitação geográfica e temporal
ANOTE ISSO
Site: http://www.uel.br/graduacao/odontologia/portal/pages/arquivos/NDE/VERBOS.
pdf
Descrição: material proposto pela Universidade Federal da Grande Dourados -ufgd
/ faed, apresenta uma lista de verbos para objetivos gerais e objetivos específicos,
que podem auxiliar na construção de planejamentos e planos de ensino e na
pesquisa científica.
Diríamos que aqui cabe mais um objetivo que três objetivos específicos é suficiente,
especialmente na primeira pesquisa, ou dois mesmo. É importante o(a) estudante
delimitar os objetivos para não se perder em seus meandros.Mas se sentir que são
necessários mais objetivos faça, o importante é que eles articulem e dialoguem com
a sua proposta na pesquisa e os demais elementos desta.
Para CERVO e BERVIAN (2002, p. 83), apud OLIVEIRA (2011, p.14). Delimitar os
objetivos específicos é o mesmo que aprofundar as intenções apresentadas nos
objetivos gerais, “que pode ser a intenção de: mostrar novas conexões para o mesmo
problema e identificar novos aspectos ou utilizar os conhecimentos adquiridos para
intervir em determinada realidade”.
Objeto (o quê)
Objeto o quê
Por exemplo:
Quais os fatores que levam as empresas da cidade x não promoverem mulheres nos
cargos de direção?
Hipótese-> Pode ser respostas prévias para os problemas, são afirmativas não
se sabe se estão certas ou erradas, a pesquisa vai dizer. Ao longo do processo da
investigação do trabalho vou descobrir se a resposta para esse problema levantado
será confirmada ou não.
“O ponto básico do tema, individualizado e especificado na formulação do problema,
sendo uma dificuldade sentida, compreendida e definida, necessita de uma resposta,
“provável, suposta e provisória”, isto é, uma hipótese MARCONI e LAKATOS,
(2003. p. 220). Um problema pode apresentar muitas hipóteses, elas vão nortear o
planejamento dos procedimentos metodológicos da pesquisa.
ANOTE ISSO
Site:https://blog.mettzer.com/projeto-de-pesquisa/
Descrição: Apresenta um editor de texto especializado em textos acadêmicos
e cheio de ferramentas para facilitar montar seu projeto de pesquisa, se chama
Mettzer.
observação direta intensiva e envolve as técnicas : observação direta extensiva envolve as técnicas:
Observação->utiliza os sentidos na coleta de dados Questionário-> composto por uma série de perguntas
e certos aspectos da realidade. Não se limita apenas que devem ser respondidas por escrito e sem a presença
em ver e ouvir, mas envolve examinar fatos ou do pesquisador;
fenômenos que se objetiva pesquisar. Pode ser: Formulário -> roteiro de perguntas enunciadas pelo
Observação Sistemática, observação assistemática; entrevistador e preenchidas por ele com as respostas
observação participante, etc. do pesquisado;
Medidas de opinião e de atitudes - instrumento de
“padronização”, através dele pode-se assegurar a
equivalência de diferentes opiniões e atitudes, com
objetivo de compará-las;
Análise de conteúdo -> permite a descrição sistemática,
objetiva e quantitativa do conteúdo da comunicação,
entre outras técnicas.
ANOTE ISSO
5.Embasamento Teórico
Site: https://www.youtube.com/watch?v=0qY-eNHbKpI
Descrição: o vídeo fala sobre o projeto de pesquisa e suas etapas e seu
desenvolvimento.
CONCLUSÃO
Para esse avanço há muitos tipos de pesquisas quanto a sua classificação que
se conectam com diversas realidades de acordo com as leituras e análises teóricas.
Nas ciências sociais e humanas, e Serviço Social utiliza a pesquisa qualitativa que é
uma investigação científica,com proposta menos rígida na sua estrutura, e permite
que a imaginação e a criatividade levem os investigadores a propor trabalhos que
explorem novos enfoques.
O enfoque se relaciona com a realidade profissional; empírico , com as correntes
filosóficas que são o alicerce das investigações como; o positivismo, o marxismo,
a fenomenologia etc. suas e influências na sociedade tem a ver também com as
tentativas destes mencionados pressupostos de formar uma nova sociedade, uma nova
ordem um novo modelo de homem. Influenciam os contextos históricos, a cultura,
os saberes e as pesquisas dentro de determinados contextos históricos, e se tornam
paradigmas.O Serviço Social tem na sua base os seus objetivos e princípios o marxismo.
Grande parte das suas teorias estão embasadas nessa corrente filosófica, nas suas
categorias para a compreensão da materialidade da vida real e seus desdobramentos
na prática profissional e pesquisas.
As dimensões técnico- operativa na profissão teórico-metodológica, técnico-
operativa e ético- política, possibilitam ao profissional colocar-se e refletir, criticar e
agir na tomada de decisões em sua condução profissional,com a classe trabalhadora,
os projetos societários, com a questão política. A dimensão técnico-operativa na
mediação com instrumentos de trabalho,visando o acesso aos direitos dos usuários
que podem ser; entrevista, palestra, reunião, atividade socioeducativa,palestra, estudo
social, relatório social etc. Sua aplicabilidade articula as demais dimensões. Deve-
se estudar e pesquisar essas dimensões do Serviço Social e outros elementos de
diferentes áreas sempre estiveram e estão enriquecendo a prática profissional e as
pesquisas na profissão.
A Estatística os indicadores socioeconômicos, são elementos que possuem
lugares definidos dentro da PNA/SUAS, com muitas finalidades desde planejamento,
levantamento de dados, conhecer realidades e levantar conclusões sobre a população
usuária, e esses dois elementos, são pesquisas e envolvem a pesquisa e as ações
no Serviço Social. Os dados e indicadores podem ser utilizados nas pesquisas do
Serviço Social e no embasamento de ações profissionais e gerar outras pesquisas.
E a produção de pesquisas envolve técnicas, métodos e metodologia. E leituras e
muito estudo no que se deseja pesquisar.
ELEMENTOS COMPLEMENTARES
LIVRO
ARTIGO CIENTÍFICO:
ARTIGO CIENTÍFICO:
POWERPOINT/AULA
ARTIGO CIENTÍFICO
TEXTO
VÍDEOS
FILME
WEB
LEIS, SITES
Lei: nº 9.349/1996
Descrição: A Lei aborda as definições e diferenciações entre as nomenclaturas dos
cursos; lato sensu e stricto sensu- mestrado e doutorado, os critérios para essa
participação e documentação exigida etc. de acordo com o com o Ministério da
Educação. As resoluções Resolução CNE/ nº 1/2001, alterada pela Resolução CNE/
CES nº 24/2002 e Resolução CNE/ nº 1, de 8 de junho de 2007. Reforçam colaboram
com esse entendimento.
Links:http://portal.mec.gov.br/pos-graduacao/pos-lato-sensu e http://portal.mec.gov.
br/pos-graduacao/pos-graduacao
A Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS)
Descrição: A ABEPSS é uma instituição, nasceu em 1946 e que marca a história do
Serviço Social brasileiro, em sua articulação entre o Serviço Social e a pesquisa. A
ABEPSS tem autoridade para interferir no currículo do Serviço Social e formação social
no âmbito da graduação e pós-graduação, entre outros.
Link: https://www.abepss.org.br/quem-somos-1
PIB
O site explica o que é o PIB, produto interno bruto, a soma de tudo que é produzido em
um espaço de tempo, mês/ trimestre/ ano, mas não é O PIB não é o total da riqueza
existente em um país.
Link: https://www.ibge.gov.br/explica/pib.php.
ÍNDICE DE GINI
Fala sobre o índice Gini é um elemento que mede o grau da concentração de renda
em um grupo específico, e mensura a distribuição de renda em especial entre os
ricos e os pobres.
L i n k : h t t p s : // w w w . i p e a . g o v . b r / d e s a f i o s / i n d e x . p h p ? o p t i o n = c o m _
content&id=2048:catid=28
PNAD
PNAD-Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Descrição: Fala sobre o acompanhamento e a mensuração do crescimento de médio e
longo prazo da força de trabalho e outros elementos que envolvem o desenvolvimento
socioeconômico do país. Através de temas: trabalho, cuidado de pessoas, afazeres
domésticos, tecnologias etc.
Link:https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/trabalho/9173-pesquisa-nacional-
por-amostra-de-domicilios-continua-trimestral.html?=&t=o-que-e
Resolução
Resolução nº 196 de 10 de outubro de 1996, do Conselho Nacional de Saúde que
define sobre a pesquisa com seres humanos e a justificação para o uso de placebo,
para tal define sobre o Termo de Livre Consentimento e dar outras definições nesse
sentido.
Link:https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/1996/res0196_10_10_1996.html
Lei
Link:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm
Site acadêmico
Link:https://viacarreira.com/regras-da-abnt-para-tcc-conheca-principais-normas/
Descrição: O site mostra as normas da ABNT atualizadas para as diversas elaborações
de trabalho como as regras de formatação e demais elementos que compõem a
estrutura do TCC.
Site:
Descrição: O site apresenta uma lista de verbos para os objetivos gerais e os objetivos
específicos que auxiliam na construção de planejamento e plano de ensino e na pesquisa
científica.
Link:http://www.uel.br/graduacao/odontologia/portal/pages/arquivos/NDE/VERBOS.
pdf
Site
Site:https://blog.mettzer.com/projeto-de-pesquisa/
Descrição: O site apresenta um editor de texto especializado em textos acadêmicos
e com ferramentas para facilitar o projeto de pesquisa por nome de Mettzer.
Site
Link:https://www.uniara.com.br/comite-de-etica/termosobrigatorios/termo-de-
consentimento-livre-e-esclarecido-tcle/
REFERÊNCIAS
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