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CASO 1

Identifique e classifique, de acordo com a teoria da organização administrativa:

a) Estado; Administração direta central

Pessoa coletiva publica, com personalidade jurídica para efeitos de Direito


Administrativo (que justifica a divisão da administração) com fins gerais, de
território. Pessoa coativa autónoma de organização permanente. A mais
importante das pessoas coletivas publicas

b) Governo; Administração direta central

Órgão central da administração geral do Estado, exerce competência sobre


todo o território, órgão completo de composição diversificada, não há posições
de hierarquia dentro do governo (ministro, primeiro-ministro, secretários de
estado). Faz a tutela.

c) Conselho de Ministros; Administração direta central

Órgão colegial do governo. Com poderes de gestão da função pública. Não há


hierarquia administrativa dentro do governo.

d) Primeiro-Ministro; Figura de governo essencial, não eventual.

E um membro do governo, do ponto de vista administrativo exerce a função de


gestão e de chefia.

e)   Ministro do Ambiente; Administração direta central

Participa no conselho de ministros (órgão colegial), tem igualdade entre si


CRP: 201º/2 Competência jurídica dos Ministro.
É o responsável pela pasta do Ministério do Ambiente, um ministério técnico pelo que
se destina a promoção das infraestruturas e dos grandes equipamentos coletivos,
exercendo funções predominantemente técnicas

f)    Secretário de Estado da Energia; Administração direta central

São os colaboradores dos ministros sendo responsáveis pela substituição destes caso
necessário (CRP: 185º/2). São membros do Governo que, embora com
funções/competências administrativas, não tem funções politicas próprias, apenas
agem em delegação de competências dos Ministros e não fazem parte do Conselho de
Ministros.
g)   Diretor Geral da Saúde; Administração direta central

São órgãos da administração central colocados sob a direção do Governo, integrado no


ministério da saúde sendo um subalterno do ministro desta pasta.
As direções gerais correspondem a um serviço de gestão administrativa central do
Estado que, integrados num ou noutro ministério, desempenham funções
administrativas de gestão que interessam a todos os departamentos da administração
central do Estado ou
a todo o sistema de autarquias locais do pais. Estamos perante um subcategoria de
serviços de organização e pessoal.

h)   Direção Regional de Finanças; Administração Direta Periférica Interna/Local. É um


serviço.

i)     Embaixada de Portugal na Alemanha; Administração Direta Periférica Externa

Representação oficial de um governo dentro do território de outra nação tendo como


objetivo assegurar e proteger os interesses do seu pais e de cada cidadão.

j)    Inspeção-Geral da Administração Interna; Administração direta central

Corresponde a um órgão de controlo e de inspeção direta sobre o conjunto da


Administração Publica. E um serviço independente de controlo externo da atividade
policial. E tutelada pelo Ministério da Administração Interna (MAI) e a sua ação incide
sobre todos os serviços e forcas de segurança que dele dependem, garantindo a
observância dos direitos dos cidadãos, com especial relevo para a proteção dos
direitos humanos, e a manutenção da ordem publica.

k)   Instituto Português da Qualidade, IP; Administração Indireta sob forma publica

Pessoa coletiva publica (LQIP: 3º/4 e 4º/1), de tipo institucional, criada para assegurar
o desempenho de determinadas funções administrativas de caracter não empresarial,
pertencentes ao Estado ou a outra pessoa coletiva publica.
LQIP: 3º/1 Caracteriza-se por ser sempre dotado de personalidade jurídica.
Tem por missão a coordenação do Sistema Português da Qualidade (SPQ) e de outros
sistemas de qualificação regulamentar que lhe forem conferidos por lei, a promoção e
a coordenação de atividades que visem contribuir para demonstrar a

l)     Infraestruturas de Portugal, S.A.; Administração indireta sobre a forma privada


(tem influência dominante, pelo que a Sociedade. Anónima em específico tem que
ver com a administração). A maioria não tem que ver com a administração.
Poderes de controlo e orientação

m)  CP, Entidade.Pública.Empresarial; Administração Indireta sob forma publica

Organizações económicas de fim lucrativo, criadas e controladas por entidades


jurídicas publicas. Empresa mas pessoa coletiva publica: superintendência e tutela

n)   EMEL, E.M. S.A., Administração Indireta sob forma privada

o)   Câmara Municipal de Lisboa; Administração Autónoma Típica (órgão colegial) (é


um órgão executivo) da pessoa coletiva do municipio

Artigo 252 CPC


Só esta submetida ao poder de tutela por parte do Estado-Administração, traduzem-se
em poder de fiscalização e controlo.
A Camara Municipal de Lisboa e o órgão executivo colegial representativo do
município de Lisboa, tendo por missão definir e executar politicas que promovam o
desenvolvimento do concelho.
Prossegue fins multiplos

p)   Município de Lisboa; Administração autónoma típica (pessoa coletiva de


população e território)

Artigo 242: Apenas sujeitos a poder de tutela. Prossegue fins múltiplos.

q)   Presidente da Câmara Municipal de Abrantes; Administração direta

CRP: 250º Presidente da Camara


São órgãos locais dos municípios: representam as populações da respetiva area.
Executa e dirige os serviços decididos pela assembleia.

r)    Freguesia de Belém; Administração autónoma típica

Pessoa coletiva de população e território

s)    Assembleia de Freguesia de Alvalade; Administração autónoma (órgão colegial)

Órgão deliberativo da freguesia


t)    Área Metropolitana de Lisboa; (lei 75\2013, aparecem) Associações de
municípios obrigatórios; temos as comunidades municipais (aderem
voluntariamente). É uma associação de entidades públicas que, por acaso, são
autarquias locais. Não é autarquia local.

Não é uma autarquia local, mas uma associação voluntária de autarquias locais
(pode ter também empresas, quando há necessidades comuns). Não é uma pessoal
coletiva de pessoa e território, mas pela delegação e associação, podem os vários
municípios dar-lhe determinadas competências.

u)   Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa;

Administração Autónoma
A Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB), criada oficialmente em marco
de 2009, ao abrigo da Lei no 45/2008, de 27 de agosto, como Comunidade
Intermunicipal da Beira Interior Sul (CIMBIS), e uma associacao publica de autarquias
locais, que visa a prossecucao conjunta das respetivas atribuicoes e a realizacao de
interesses comuns aos municipios que a integram (definidos pela lei e com um
criterio/requisto de proximidade)
É constituída pelos municípios. É livremente constituída (mas há uma lista das
comunidades intermunicipais possíveis; livre é a adesão. Tem fins gerais do
conjunto (a lista de atribuições é fechada e pode receber atribuições dos
municípios, sendo gerais, no sentido, de vários fins específicos).

v)   Associação dos Municípios com Centros Históricos;

Administração Autónoma (pessoa coletiva)


A Associação não prossegue fins políticos ou religiosos, exercendo a sua Acão
independentemente de qualquer outra instituição oficial ou privada. Neste caso o
critério geográfico não e relevante.

Os municípios são entidades com poder local e auto-organização (dimensão da


autonomia local. Autonomia regulamentar, é questionável se precisa de
autorização para criação de regulações ou há auto-regulação genérica.
w)  Ordem dos Médicos;

Administração Autónoma Típica (pessoa coletivas públicas)

Associações publicas de entidades privadas, sendo que prossegue os fins e interesses


dos seus membros. Os poderes que existem são de tutela integrativa.
O Estatuto da Ordem dos Médicos, pelo Decreto-Lei no 282/77 de 5 de Julho, em cujo
preambulo o Governo reconhece a OM a competência para atuar como entidade
disciplinadora do exercício da profissão medica.

Estas têm exclusividade de acesso à profissão, Têm quotas para pagar. São
administração autónoma. Esta controlo quem exerce a profissão e disciplina o
exercício.

x)   Universidade de Lisboa; Administração Autónoma Típica (pessoa coletiva)

Faz parte da administração indireta do estado e goza de autonomia universitária (FA)


(depende do professor, uns dizem que é indireta e outros dizem que é autónoma (PO))

CRP: 76º Universidades Publicas

Fins são: ensino e investigação. São espaços de livre pensamento, criando-se uma
dinâmica de crítica ao estado. A faculdade é auto-gerida, o que é mais um
funcionamento associativo, mais do que de instituto público.

y)   Autoridade da Concorrência;

Administração Independente (Pessoa coletiva)


Uma pessoa coletiva de direito publico, de natureza institucional, dotada de
património próprio e de autonomia administrativa e financeira. A Autoridade da
Concorrência e uma entidade administrativa independente, criada em 2003, com
poderes transversais sobre a economia portuguesa para a aplicação das regras de
concorrência, em coordenação com as entidades reguladoras setoriais. A AdC tem por
missão assegurar a aplicação das regras de promoção e defesa da concorrência nos
setores privado, publico, cooperativo e social (Tem fins próprios).
São independentes em relação aos privados, e, mais importante, ao estado.
z)    Banco de Portugal.

Administração Independente
O Banco de Portugal e o banco central da Republica Portuguesa. A natureza e as
atribuições do Banco de Portugal estão definidas na sua Lei Orgânica. O Banco e uma
pessoa coletiva de direito publico, com autonomia administrativa e financeira e
património próprio.

As entidades reguladoras independentes, se a lei não referir, são tidas pela lei como institutos
públicos. Isso, apesar de não serem realmente institutos público (tem natureza institucional)

CASO 2

António, Secretário de Estado das Pescas e grande entusiasta dos desportos


náuticos, celebrou um contrato com a empresa Motonáutica com vista à aquisição
de dez lanchas de alta velocidade para uso da Secretaria de Estado.

Berta, Ministra do Mar, ao tomar conhecimento da extravagância do Secretário de


Estado, ordenou imediatamente a este que procedesse à afetação das lanchas à
Polícia Marítima, o que António, com grande pena, acabou por fazer.

Temendo que o caso chegasse à comunicação social, o Primeiro-Ministro revogou


quer a ordem dada pelo Ministro quer o ato do Secretário de Estado.

1.1-António: Membro da Administração Direta central, mais precisamente, do


governo (artigo 183\1 CRP).
1.2-Ele pretende entregar as 10 lanchas que comprou, à secretaria de Estado (um
serviço público do Estado).
1.3-Consiste de um ato administrativo. O qual este poderá realizar, caso tenha
competência administrativa delegada, sob a orientação direta dos respetivos
Ministros;
1.4-De acordo com o artigo 44\3 CPA, órgãos competentes podem delegar a
competência administrativa de um matéria para a qual fossem competentes, a um
inferior hierárquico.
1.5-Neste caso, ele não tinha competência delegada. Ele faz parte da mesma entidade
pública que o ministro, mas não tem competência, pelo que haverá um caso de
incompetência relativa. Aqui a regra é a anulabilidade do ato.

2.1-Artigo 32 CPA não tem poder de direção, pelo que não é superior hierárquica.
-Ou o secretário de estado não tinha competência delegado (ato ferido de
incompetência) Pode revogar o ato dado que dona da competência 69 CPA
-Pode, caso tivesse delegado o poder poderia anular

2.2-Ela não poderia dar ordens, mas poderia emitir diretivas para o órgão delegado
perca esses poderes (49\2 CPA)

Na delegação de competências as partes podem estar em relação de hierarquia


perante a administração (quando a ministra delega na diretora geral)

Não havendo delegação (artigo 169\6), sendo a competência da ministra.

Mesma na hierarquia, quando há delegação de competências, é suspensa a hierarquia.


Ele age autonomamente e responsabiliza-se pela competência.

Artigo 49: “instruções” são gerais e abstratas e nas delegações não hierárquicas não há
instruções

2.3- Ela pode revogar ou anular o ato, mas não pode comandar a anular o ato.

2.4-A ministra não pode nunca dar a ordem para eu a outra revogue ou não o ato.

3.1-O Primeiro-Ministro, é a quem, constitucionalmente compete assegurar a


coordenação interministerial.

Ele não é superior hierárquico

165\1 CPA: termina o ato com fundamento em juízos de ilegalidade ou de mérito.

3.2-

Artigo 201 CRP, RETIRAMOS QUE ELE Tem o Poder de inspeção: Faculdade de o
superior fiscalizar continuamente o comportamento dos subalternos e o
funcionamento dos serviços.
Poder de supervisão
Faculdade do superior revogar ou suspender os atos administrativos praticados pelo
subalterno (pode ser exercido por iniciativa do superior ou em consequência de
recurso hierárquico perante ele interposto pelo interessado).
CASO 3

A lei x atribui ao Diretor-Geral da Energia a competência para atribuir ajudas


financeiras, no montante máximo de 500.000€, a empresas que desenvolvam
projetos de aproveitamento de energia solar e que requeiram a respetiva ajuda até
final do ano corrente.

O DG Energia concedeu à empresa A uma ajuda financeira no valor de 250.000€.


Quanto à empresa B, o DG considera que o pedido deve vir a ser indeferido pois a
mesma apenas se dedica à produção de energia eólica.

Porém, o Ministro da Economia, amigo de longa data do presidente da empresa A,


considera que a ajuda não deve ser dada à empresa A mas antes à empresa B.
Assim, revoga o ato de atribuição de 250.000€ à empresa A e ordena ao DG que, a
fim de evitar problemas futuros, altere a data de entrada do requerimento da
empresa A para data posterior ao termo do prazo. Em relação à empresa B, o
Ministro ordena ao DG que atribua uma ajuda financeira no valor de 750.000€

1- Enquanto diretor-geral, é órgão da administração central colocado sob a


direção do Governo, integrado num ministério sendo um subalterno do
ministro desta pasta (é um órgão do Estado). Administração direta do Estado
(central). Há uma norma de competência (podem atribuir até 500 000 a
determinados grupos)- Ele escolhe de acordo com o princípio da
proporcionalidade, sendo adequado ao fim, e balancear as vantagens e
desvantagens e vantagens.
Artigo 266 CRP Princípio da proporcionalidade.

178 CPA só sobre execução de atos (passos que tem de respeitar até um ato,
tendo-se depois a fase de execução administrativa que tem as suas regras
próprias. Tem um regime mais simplificado, a decisão já foi feita)Não se aplica
neste caso.
2- Não existe um verdadeiro direito subjetivo de ajuda das empresas. Existe um
interesse legalmente protegido, que estas possam fazer o pedido e que o DG
faça a deliberação, dentro da determinada competências concedidas.

3- Ele faz a deliberação e considera que a B não deverá receber nada, dada a
natureza da atividade desenvolvida por esta empresa.

4- Por outro lado considera a empresa A e decide entregar uma quantia, que
poderia ser um máximo de 500 000. Deram-lhe a competência para deliberar, o
que fez e entregar o dinheiro, desde que dentro da previsão da norma de
competência, isto é, entrega de 1 a 500000, dando-lhe 250 000.
-Dentro da sua competência, tem discricionariedade, para agir dentro do quadro
balizado pelas normas de competência (decidindo de acordo com o princípio da
proporcionalidade).
5-O ato do ministro é uma grave violação do princípio do princípio da imparcialidade.
impoe uma regra de distancia entre quem decide e os interesses dos destinatarios
subjacentes a decisao.
No entanto, aqui não há fundamento forte para considerarmos uma violaçãodo princípio
da imparcialidade na vertente positiva.(9 CPA)

É COMPLETAMENTE DAR UMA ORDEM PARA VER OGAR E REVOGAR. O


RESULTADO É O MESMO, MAS É JURIDICAMENTE DIFERENTE. A
MINISTRTA, POR EXEMPLO, PODIA REVOGAR, MAS NÃO COMANDAR.

6-
Resolução:
Ele pratica um ato de revogação do subsídio. Um poder de supervisão, questão de
competência, como superior hierárquico

Ele diz para atribuir a B 750 000 e alterar a data: Está a exercer poder de direção (duas
ordens). O outro tem dever de obediência (correlativo ao poder de direção)

1-Alterar a data do requerimento: O ato é criminoso, ele não tem dever de obediência,
sendo responsabilizado
2-A ordem de atribuir subsídio de 750 000: Ele não podia dar a ordem, mas deu (só
pode ser 500000). Ordem de prática de ato ilegal (ato meramente anulável). Terá de
agir segundo a ordem (dever de obediência), a legalidade cede face à hierarquia.
A lei obriga a praticar o ato, pois não cessa o dever de obediência

2.1-Ainda pode ser responsabilizado

Vícios (na forma ampla) são formas de ilegalidade (violação do princípio da legalidade
da competência), mas se fosse sempre assim seria sempre incompetência.
A competência é sobre a habilitação para a pratica do ato.

Temos de ver se há dever de obediência (exceto exceções), e ver responsabilidade


nestes exercícios
CASO 4

O dirigente máximo de um serviço personalizado do Estado fez circular pelos


diversos departamentos desse organismo instruções no sentido de ser dada
máxima prioridade aos assuntos apresentados por interessados cuja profissão ou
estatuto social os colocasse na posição de poder afetar a imagem pública do
serviço.

Por se ter recusado a acatar tais instruções, o chefe de um dos departamentos foi
punido com uma sanção disciplinar. Porém, o Ministro da Tutela, a quem o
funcionário dera conhecimento dos factos, determina ao dirigente máximo do
serviço a anulação das instruções e da sanção disciplinar aplicada.

Violação do princípio da imparcialidade na vertente negativa. Ele age como membro


da administração e tem que fazer escolhas dentro das suas competências, em função
de elementos relevantes para a decisão no uso dessa competência.

Neste caso, ele usou elementos que não seriam relevantes para decidir quem teria
prioridade.

O principio da imparcialidade esta associado ao vicio do desvio de poder:


• Este pode ser por motivo privado que gera nulidade

Será desvio de poder, dado que usa a sua competência, pois a decisão prossegue fim
diferente do da competência

Como estamos perante um desvio de poder, por interesses pessoais, pode dar lugar à
nulidade, neste caso, pois não é a favor de qualquer interesse público (pelo que não
será apenas anulável).

Aquele que tem poder de tutela pode sancionar, verificando o papel dos subordinados,
que têm um dever de obediência, uma vez que são inferiores na hierarquia interna.

O MINISTRO TEM poderes de tutela sobre as entidades tuteladas


Tutela sancionatória
Poder de aplicar sanções por irregularidades que tenham sido detetadas na entidade
tutelada. (neste caso, temos como fundamento uma tutela da legalidade). O ato foi
ilegal, ele pode

Tutela revogatória: Poder de revogar os atos administrativos praticados pela entidade


tutelada.

Correção:
Serviço especializado é sob superintendência (administração indireta)
Há uma hierarquia externa
Dentro de cada IP há organização hierárquica. A hierarquia externa ou interna. Há aqui
uma hierarquia interna (serviço personalizado, mas já não é um serviço, é uma pessoa)

A sua atuação principal estava sujeita ao princípio da imparcialidade e viola o princípio


da igualdade.
Temos desvio de poder, não por motivos pessoais, pode apenas dar lugar à
anulabilidade.

Há dever de obediência.
Este cessa nos termos do termos do 271\3? Não
Mantem-se

Há responsabilidade.
Ele recusa-se e tem sanção disciplinar. Ele pode sancionar.

O ministro da tutela retira sanção e anula ato.


O ministro não é superior (só tutela e superintendência, mas não há poder de direção),
há tutela, mas apenas integrativa, pelo que não pode praticar este ato.

Ele não está a revogar, nem a fazer uma sanção, mas a dar uma ordem, mas não pode
dar ordens (não tem poder de direção, pois não é superior hierárquico)

Ele poderia revogar os atos se tivesse tutela revogatória, mas para isso, é preciso estar
consagrada na lei (tutela não se presume).

Numa relação de hierarquia, o superior hierárquico tem poder de supervisão.

E se houvesse tutela revogatória?


O facto de haver essa tutela não implicaria que ele teria poder de direção, não sendo
superior, não pode ordenar que esse faça o ato, mesmo que seja de revogação.
CASO 5
Preocupado com a escassez de alojamento para os estudantes, o Ministro da
Educação determina a construção de uma residência universitária no Parque
Eduardo VII. Porém, a CM de Lisboa, mais preocupada com o caos do trânsito na
cidade, delibera prolongar a Av. da Liberdade, destruindo o Parque Eduardo VII.

Perante os protestos dos estudantes, o Primeiro-Ministro revoga a deliberação da


CM de Lisboa.

Simultaneamente, o Ministro da Administração Interna ordena um inquérito à


atuação da CM de Lisboa.

A CM de Lisboa, por seu turno, considera lamentável toda a atuação do Governo e


recusa o inquérito. Irado, o Ministro da Administração Interna determina a
dissolução da CM de Lisboa.

Determina algo, dentro das suas competências e de suas atribuições, construindo o


edifício que é no interesse público.

O ministro está agir fora das competências havendo competência absoluta. Este é um
interesse próprio dos municípios que tem atribuição.

CM avenida da liberdade: Se essa competência é da Assembleia municipal (havendo


incompetência relativa, anulável)

O inquérito: Primeiro ministro revoga, incompetência absoluta, pois quem pode


revogar o próprio ato é esta.

Inspeção (lei 97\96, forma de tutela inspetiva): A CM, não pode recusar a tutela
inspetiva, porque é prevista na lei, apesar de não ter, normalmente tutela.

Artigo 9\ b), ele pode dissolver. Mas o tribunal administrativo é que aplica essa
sanção, havendo usurpação de poderes (nulidade).

Delegação de competências caso 6


CASO 6

Imagine que, nos termos da respetiva lei, compete ao Conselho Diretivo do


Instituto de Proteção da Criança, I.P., a atribuição de licenças de comercialização de
novos brinquedos. (norma de competência)

 No dia 1.10, o Conselho Diretivo deliberou delegar no respetivo Presidente todas
as competências do órgão colegial.

 No dia seguinte, o Presidente, sem invocar a delegação de competências, decidiu


licenciar a comercialização de um novo brinquedo. (ato praticado ao abrigo da
delegação)

 Porém, o Conselho Diretivo, considerando que se trata de uma decisão ilegal,


ordenou ao Presidente a revogação do respetivo ato.

 Recusando-se o Presidente a cumprir a ordem, o próprio Conselho Diretivo anulou


a licença atribuída pelo Presidente.

 Meses mais tarde, tendo sido designada uma diferente pessoa para Presidente do
Conselho Diretivo, entendeu este órgão que deveria revogar a delegação de
competências. Mais deliberou que a atribuição das licenças estaria doravante
sujeita a aprovação do Ministro da tutela.

Resolução
Temos aqui uma lei de atribuição de competências mas onde esta a lei de habilitação
de delegação de poderes?
LQIP: 17º/1 Os institutos públicos tem conselho diretivo, que e o órgão de direção.
LQIP: 21º/6+23º/ d) + CPA: 44º/4 Estipula habilitação genérica a delegação de
competência do órgão colegial para o respetivo Presidente.

CPA: 44º/1
Delegação de poderes: ato pelo qual a um órgão da Administração normalmente
competente para decidir em determinada matéria, permite, de acordo com a lei, que
outro órgão ou agente pratiquem atos administrativos sobre a mesma matéria.

Requisitos de validade quanto ao objeto do ato de delegacao de poderes:


CPA: 45º a) Não pode haver uma globalidade de delegação de poderes do delegante
para o delegado, pelo que a delegacao e inválida.
(ainda que sejam todas delegáveis, não podem ser delegadas ao mesmo tempo,
questão que apenas se coloca se todas as competências forem delegáveis).
Temos de ver, isto ainda de resolver essa questão
Artigo 44\1 LQIP 6\2013 coloca problemas?
Existem casos de lei de habilitação genérica que não levantam problemas. O artigo
44\1 exige lei de habilitação específica (não genérica), porque, o legislador não dispõe
sobre o princípio da legalidade constitucional, que obriga a dar competências
densificadas, mas não genéricas.
O 44\3 e 4 tem habilitação genérica?
Porque são atos de decisão ordinária

Artigo 44\6: É possível à lei fazer delegação genérica de competência (lei genérica viola
constituição)? Essa habilitação genérica do 21\6.
Podemos admitir que seriam todas delegáveis.

Mas, ainda que sejam delegáveis todas, não pode delegar todas, e a aí saltar para o a
questão da delegação.

Este tipo de questões são as que saem no exame.

CPA: 36º/2 Delegacao de todas as competencias consubstancia renuncia a


titularidade/competencia pelo que é nula.

Requisitos de validade quando a forma do ato de delegação:


CPA: 47º/2 Para ser eficaz o ato de delegação necessita de ser publicado CPA: 159º
A publicação por norma demora, pelo que dificilmente no dia seguinte o Presidente ja
se encontra-se habilitado a realizar atos.

CPA: 34º/6 Por se tratar de uma deliberação de um órgão colegial, alem dos requisitos
previstos no 47o/2 e necessário que haja a aprovação da ata final da reunião onde
ocorreu a deliberação sobre a delegação de poderes.
Temos vários órgãos a participar, não se materializando nada no fim da reunião, tendo
de reduzir tudo à ata.
Se estão todos reunidos (secretário), é aprovada.
Depois terá de ser publicada.

Se tiver urgência, pode ser em minuta, mas apenas se costuma aprovar na reunião
seguinte (ata aprovada e de pois publicação)

CPA: 158º/1 e 2 A falta de publicação leva a ineficácia do ato de delegação.


Como vimos anteriormente a delegação de competência e invalida, pelo que o
Presidente não detém competência para realizar os atos, mas realizou. Quando o ato
de delegação e nulo Presidente age com uma incompetência relativa

CPA: 48º/1 O delegado deve mencionar a qualidade em que esta.

CPA: 48/2 Não há nenhuma sanção caso não o faca, e mera irregularidade.
O ato praticado sofre de incompetência relativa, assim sendo, o ato continua valido.

O aro de delegação de competências, além de potencialmente nulo (todas as


competências delegadas), ainda que não fosse, seria ineficaz (falta aprovação e
publicação), será ineficaz, logo o vício do outro ato é incompetência (relativa, pois é
mesma pessoa coletiva), logo é inválido até ser anulado (mas eficaz), logo, há objeto
para revogação ou anulação destes atos .
O presidente ordena anulação. O conselho diretivo dá uma ordem (não pdoeria pela
hierarquia, mas mesmo que pudesse, a hierarquia é congelado)

CPA: 49º/2 Tanto o conselho diretivo como órgão delegante como o Presidente como
órgão delegado podem revogar, de forma livre e voluntaria, os atos praticados a luz da
delegação de poderes.

CPA: 49º/1 Estamos perante uma delegação não hierárquica, contudo mesmo que
fosse delegação hierárquica havia congelamento a hierárquica, e consequentemente
dos poderes a ela associados. Assim, o conselho diretivo apenas pode dar diretivas.
Assim, em suma, tanto o delegado como o delegante poderiam anular o ato por
iniciativa própria (49o/2), contudo devido a não haver poder de direção (49o/1) do
delegante sob o delegado, não pode existir uma ordem de anulacao, contudo o
delegante pode anular ele próprio o ato praticado pelo delegado ao abrigo da
delegação de poderes.
O Presidente pode se recusar a praticar o ato, pois não ha poder de hierarquica.
CPA: 169º/6 Como a delegação de competências não produz efeitos os atos
praticados pelo delegado, Presidente, podem ser revogados ou anulados pelo orgao
delegante, CD.

CPA: 50º b) A delegação de competências cessa com diversos fatores, incluindo a


mudança dos titulares dos órgãos, neste caso verificamos uma alteração d titular do
orgao delegado, o Presidente. Assim sendo, ja não existia ato administrativo suscetivel
de ser anulado, pois a delegação já tinha caducado.

CPA: 161º/2 c) O ato de revogação da delegação já caduca tem um objeto impossível,


pelo que e nulo. A Tutela integrativa tem de ser atribuída por lei e não por uma
deliberação de um órgão.
CPA: 36º/2 Ao deliberar que a aprovação das licenças seria competência do Ministro
da Tutela o conselho diretivo esta a renunciar as competências, pelo que o ato e nulo.
Estamos perante uma situação de usurpação de poderes.

Quando decidem que a entrega de licenças passa, é uma forma de tutela integrativa à
posteriori, (sujeita a aprovação posteriori). Não pode ser por regulamento ou ato
administrativo, mas por lei, pelo que é usurpação de poderes. Sendo o próprio, está a
renunciar poderes quando sujeita os seus atos a aprovação.
Tutela integrativa.
A administração não tem de ir a tribunal, nem pode ir por aos tribunais, pelo que é
uma faculdade da qual não pode desistir dessa (desistir da tutela integrativa)

Ver casos práticos de PO 14 E 13, começando pelo 14.

CASO 14

Ações de membro do governo

1)decide, após pretensão formulada por Abel

-Há um litígio conflituoso entre a pretensão de Abel e Bento, particulares, quanto a


uma questão de natureza privada.

-Este conflito, no julgamento de um caso, é da competência judicial (artigo 202 da


constituição). Decidir conflitos assim entre privados é da competência exclusiva dos
tribunais.

A administração pode decidir interesses entre particulares, mas é aberto um


procedimento e opõe-se partes, mas a administração decide se pratica atos de
acordo com os direitos das partes. Mas não julga conflitos.
A pretensao pode ser dirigida pelo particular a administracao,
contudo, segundo o CRP: 111º/1 + 2º principio da separacao de
poderes, e delimitando a barreira entre administrar e julgar, esta
nao podia decidir sobre este conflito.

-Um membro do governo, órgão administrativo, decide sobre a matéria de um órgão


judicial, violando a separação de poderes;

-Uma violação da separação de poderes; dado que é alheio ao poder administrativo, o


que significa que temos um caso de usurpação de poderes, consubstanciando um caso
de inconstitucionalidade orgânica.

-Ambas são partes da pessoa coletiva estado, mas são elas mesma s consideradas
pessoas coletivas, com atribuições próprias.

-Pelo que o ato é nulo, por incompetência absoluta

2)Ordena a reitor da universidade de lisboa que altere a nota de Carlos.

Reitor é órgão da pessoa coletiva pública autónoma. Sobre esta, o ministro apenas tem
poder de tutela da legalidade (em que pode verificar a legalidade das decisões dos
órgãos das universidades)- Segundo 76 da constituição

Não pode realizar ordens à administração autónoma, pois precisaria poder de direção,
além de não haver hierarquia.

O poder de direção apenas existe na hierarquia dentro de determinada pessoa


coletiva, pelo que nunca poderia existir.

E mesmo em casos em que há hierarquia, a matéria técnico-científica nunca está


sujeita a um poder de direção (existe uma certa liberdade neste âmbito). Ter cuidado!
Não há poder de direção quanto ao resultado dos trabalho de engenheiro, não pode
obrigar a dizer que o edifício está em bom estado. També quanto ao professor a dar as
notas.

3)CM de lisboa revogou ato praticado pela junta de freguesia de alvalade.

A CM é órgão da pessoa coletiva da autarquia local (administração autónoma), mais


precisamente, parte do município.

A freguesia de alvalade é uma pessoa coletiva, tipo de autarquia local (parte da


administração autónoma)
Uma decidir sobre outra, revogando os seus atos, está fora das atribuições da CM, pelo
que temos um caso de incompetência absoluta (o efeito desta revogação será a
nulidade, pelo que a decisão da freguesia de alvalade se mantém).

O membro do governo procede à modelação dos efeitos da decisão da CM de


revogação.

Temos membro do governo, parte da pessoa coletiva estado, órgão. Dando ordens a
um órgão da pessoa coletiva pública da autarquia local, parte da administração
autónoma.

O estado apenas tem tutela da legalidade sobre as autarquias locais. Para realizar esta
ação, teria de ter poder de tutela revogatória (quem pode o mais pode o menos, pelo
que pode modelar), no entanto, apenas tem tutela inspetiva.

Logo, agiu fora das suas atribuições, pois tentava modelar as suas ações feitas sob as
suas atribuições, havendo incompetência absoluta e nulidade.

4)Membro do governo proíbe funcionários do respetivo ministério:

a)deleguem os respetivos poderes nos subalternos

A circular: Forma de exercício do poder de direção (instruções gerais e abstratos que


circulam pelos serviços)

Violação 44\3 CPA

Apesar da ilegalidade da circular, há dever de obediência, mas só cessa para o ato de


um crime, ou ato nulo, o que não seria, pelo que o tem de fazer (só cessa obediência
de ato nulo ou mandar realizar crime).

Se não cumpre há sanção indisciplinar.

Cumprir a ordem ilegal não cria responsabilidade dos delegados

b)

Não existe hierarquia entre colegiais, logo não há poder de direção.

Seria uma violação do 33\2 CPA.

Administração invisível: Pode não seguir, por exemplo, regras de publicidade.

Admitindo que temos a administração invisível, violação do 35\1 e 2 CPA.


O direito do que vota contra, registrar na ata o seu voto contra para se eximir de
responsabilidade. (tem um direito subjetivo).

Tem direito subjetivo e competência de registrar na ata (direito subjetivo, pois ele é
que responde).

Não poder de direção sobre os órgãos colegiais (não pode haver hierarquia dentro,
do órgão, nem poder de direção de órgãos exteriores)

5)Membro do governo determina que as derrogações administrativas, em qualquer


estrutura administrativa nacional, passem a servir de precedente para todas as futuras
idênticas.

Derrogação administrativa: Afastar a norma regra, mas teria de ser a própria lei a
admitir.

Ocorre sempre que para determinada previsão normativa existam duas estatuicoes.

A derrogacao devera resultar de expressa disposicao legal ou regulamentar, de norma


com forca juridica igual a que consagra a estatuicao regra.

A Administracao ao exercer a derrogação administrativa tem a obrigacao especial de


fundamentar as razoes pelas quais não segue a solucao da estatuicao regra.

CRP: 112o/5 Impossibilidade de uma lei permitir que um regulamento a derrogue.

O membro do governo começa, por decidir para estruturas administrativas a nível


nacional, o que inclui aquelas sob a qual apenas tem poder de tutela. Para realizar isto
teria de ter, pelo menos, poder de superintendência, pois libera diretivas que a
administração pública nacional deverá obedecer, na realização da sua atividade.

Não o pode fazer sob a administração independente e sobre a autónoma (só tem
poder de tutela).

O modo como a os membros da administração independente e autónoma realizam os


seus fins faz parte das suas atribuições., logo temos aqui um caso de incompetência
absolta e, consequentemente nulidade).
CASO 13

1-Decreto de lei criou IP, tendo a seu cargo (da IP), estabelecer programas de
formação técnica.

a)Segundo o artigo 13 LQIP, têm possibilidade de criação de regulamentos internos,


onde definem que estas não

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