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LESÕES TRAUMÁTICAS EM ODONTOPEDIATRIA

Profª Draª Liana Studart


INTRODUÇÃO

▪ Injúria FREQUENTE em crianças e


adolescentes

▪ RELEVANTE (necessita acompanhamento


longo)

▪ 40% das crianças tem seu primeiro contato com


o odontopediatra em função de uma lesão
traumática
TRAUMATISMO

A abordagem do traumatismo em dentes decíduos deve enfocar:

▪ Prevenção
▪ Atendimento de Urgência
▪ Tratamento do trauma e das repercussões
EPIDEMIOLOGIA

▪ Prevalência varia de 17% a 37%


▪ Dentes decíduos: mais frequente nos primeiros anos de vida (1 a 3
anos)
▪ Dentes decíduos mais acometidos: anteriores superiores
▪ O trauma pode atingir mais de um elemento dental
▪ As crianças podem ter episódios repetidos de traumas, levando o
mesmo dente a sofrer mais de uma injúria traumática.
ETIOLOGIA

▪ Quedas acidentais
▪ Obesidade
▪ Overjet
▪ Protrusão maxilar
ELABORAÇÃO DO DIAGNÓSTICO

▪ Anamnese completa
▪ Exame físico-clinico
▪ Exames complementares
▪ Caráter emergencial: conduzir de forma ágil
e objetiva
EXAME RADIOGRÁFICO

▪ Oclusal modificada com filme periapical adulto (mais fácil, requer menos colaboração)
▪ Periapical com posicionador ou técnica modificada
▪ Norma lateral (em alguns casos)
TIPOS DE TRAUMAS

▪ Podemos dividir o traumatismo dental em:


- Lesões nos tecidos duros dos dentes
- Lesões dos tecidos de suporte dos dentes
▪ É mais comum na dentição decídua o trauma em tecido periodontal e
na permanente em tecido dental.
FRATURA CORONORRADICULAR

▪ Este tipo de fratura envolve esmalte, dentina e cemento, podendo


ou não acometer a polpa.
▪ Linha de fratura geralmente única, estendendo-se do esmalte da
face vestibular até o cemento da face lingual/palatina, ao nivel
subgengival ou fratura no sentido longitudinal.
▪ Dor e mobilidade.
LESÕES NOS TECIDOS DE SUPORTE DO DENTE

▪ Atendimento imediato: melhor chance de reparação adequada, prognóstico mais


favorável;
▪ Orientações básicas para reparo do tecido periodontal (7 a 10 dias): higiene e
repouso da área;
▪ Avaliar necessidade de reposicionamento e contenção;
▪ Acompanhamento de possíveis sequelas ao ligamento periodontal: reabsorções.
CONCUSSÃO E SUBLUXAÇÃO
Por não deixarem sequelas imediatas, é pouco
comum a busca por tratamento emergencial

A busca de atendimento ocorre semanas depois,


quando já existem sequelas como mobilidade
acentuada, fístula, abscesso, alteração de cor,
entre outros.
INTRUSÃO

▪ Sequelas frequentes: perda óssea marginal, reabsorção radicular, necrose pulpar,


alteração de cor, obliteração do canal radicular, reabsorção patológica da raiz.

▪ Reerupção espontânea, com risco de erupção ectópica.


REPERCURSÃO PARA DENTIÇÃO DECÍDUA

▪ Depende da força e do tipo de trauma, da idade da criança e do desenvolvimento do


dente decíduo

▪ As lesões traumáticas podem provocar sequelas no próprio elemento dental


(fraturas, deslocamento e até avulsão) e apresentar repercussões diversas que devem
ser diagnosticadas e se necessário tratadas.
REPERCURSÃO PARA DENTIÇÃO PERMANENTE

▪ Devido à proximidade dos ápices dos dentes decíduos com o germe dos sucessores
permanentes, as consequências para a dentição permanente podem existir tanto no
trauma direto do dente decíduo quanto na infecção que se desenvolve subsequente a ele,
levando à alteração no germe do dente permanente sucessor.

▪ Esta alterações dependem do tipo de trauma e do estágio de formação do germe do


permanente, podendo ocasionar várias alterações como:
- Manchas na coroa, sendo a mais comum a hipoplasia do esmalte
- Alterações de estrutura

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