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Idade Contemporânea

Proclamação da Primeira República Espanhola, em Barcelona (1873)

No século XIX foi severamente afetada pelas guerras napoleónicas e carlistas. Ao longo


do século XIX a Catalunha representa a força industrial da Espanha, é a primeira a
introduzir a industrialização através do vapor em primeiro lugar. O têxtil representa a força
da indústria catalã do século XIX. Também o comércio com as nações americanas
contribuir a revolução alimentaria, industrial, dos transportes e tecnológica. O capital
estrangeiro investe na Catalunha e isso introduz a siderurgia, além de outros novos
elementos característicos da Revolução Industrial. Os primeiros bancos conseguem
grande impulso durante a chamada Febre do Ouro até à quebra dos mercados de 1866.
O proletariado começou, por tanto, inicialmente na Catalunha e tomou a cidade de
Barcelona, como centro das manifestações.
Em 1873 é proclamada a Primeira República Espanhola e destituída a monarquia. Durante
a curta vida da república (1873-1874) duas propostas de Estado serão debatidas em
Madrid. A primeira delas vê a Espanha como uma única nação, a segunda, apoiada pela
Catalunha, pretende um Estado federado. Francesc Pi i Margall, catalão, é proclamado
Presidente. O golpe de estado monárquico acontecerá em 1874. Nos finais do século
XIX nasceu o movimento chamado em catalão "Renaixença", que foi o início das
reivindicações do catalanismo político. Os primeiros representantes do catalanismo político
foi Valentí Almirall (republicano federal), Enric Prat de la Riba e Francesc Cambó (da Liga
Regionalista).
Em 1914, formou-se a Mancomunitat (união administrativa das províncias de Lérida,
Barcelona, Tarragona e Girona), primeiro organismo administrativo de Catalunha
reconhecido pelo Estado Espanhol desde a Guerra de Sucessão Espanhola. Seu projeto
de modernização incluiu a construção de infraestrutura, escolas, bibliotecas e actualização
da língua catalã. Foi dissolvida pela ditadura de Primo de Rivera no ano de 1923.

Bombardeio de Barcelona em março de 1938 pelas tropas fascistas italianas de Mussolini, apoiando
a incursão franquista. A cidade foi acossada aereamente várias vezes durante 1937 e 1938. [7]

Com a proclamação da II República Espanhola, em 1931, reconheceu-se a autonomia da


Catalunha, não obstante se ter chegado a proclamar unilateralmente a República Catalã,
mas a proclamação não foi bem aceita pelo governo de Espanha, embora fosse uma
proclamação federalista. Depois de prolongadas negociações aprovou-se o
seu Estatuto no ano de 1932, aprovado com 99% dos votos por referendum. O novo
estatuto dava oficialidade à língua catalã, restabelecia o autogoverno da Catalunha e
designava a Catalunha como uma região autónoma, tendo sido eleito Presidente
da Generalidade Francesc Macià (da Esquerda Republicana da Catalunha).
Com a derrota dos Republicanos na Guerra Civil (1936-1939), a Catalunha perdeu
novamente a sua autonomia, todas as instituições de autogoverno catalãs foram banidas,
e sofreu uma importante e pesada repressão cultural e linguística (com a abolição e
proibição do uso do catalão), por parte do Estado Nacionalista Espanhol, totalitário e de
inspiração fascista. Em 1940 o presidente catalão, Lluís Companys, foi fuzilado pelo
regime fascista espanhol.
Os anos após a guerra foram extremamente duros. A Catalunha, como muitas outras
partes da Espanha, havia sido devastada pela guerra. A recuperação dos danos de guerra
foi lenta. Durante os anos 60 houve um crescimento espetacular da indústria e do turismo
na Catalunha. Em 1977, com a morte do ditador Francisco Franco (1975) e o fim da
ditadura, foi a primeira comunidade a recuperar outra vez a sua autonomia, restaurando a
Generalidade (exilada desde o fim da Guerra Civil em 1939) e adoptando um novo
Estatuto de Autonomia em 1979. Em 1992, Barcelona organizou os Jogos Olímpicos de
Verão.
Atualmente a Generalidade da Catalunha conta com delegações no estrangeiro e tem
diversas competências exclusivas como segurança, saúde, cultura e educação. O novo
Estatuto de Autonomia da Catalunha, aprovado após um referendo em 2006, foi
contestado por importantes setores da sociedade espanhola, especialmente pelo
conservador Partido Popular, que enviou a lei ao Tribunal Constitucional de Espanha. Em
2010, o Tribunal declarou não válidos alguns dos artigos que estabeleceram um sistema
autónomo catalão de Justiça, melhores aspectos do financiamento, uma nova divisão
territorial, o estatuto da língua catalã ou a declaração simbólica da Catalunha como nação,
entre outros. Esta decisão foi severamente contestada por grandes setores da sociedade
catalã, que aumentou as exigências da autodeterminação.

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