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Q-101 Regras de Engajamento Plano de Sessão
Q-101 Regras de Engajamento Plano de Sessão
FASE: 1ª Subfase
OBJETIVOS:
- Conhecer a Legislação de emprego em GLO; e
- Conhecer as regras de engajamento definidas pelo comando enquadrante.
1. INTRODUÇÃO:
FINALIDADE E OBJETIVO
Identificar as principais Regras de Engajamento relacionadas ao emprego da Tropa. Dando início ao primeiro assunto
sobre Operações tipo Polícia na Garantia da Lei e da Ordem (GLO), apresentaremos as regras de engajamento.
MOTIVAÇÃO
O Exército Brasileiro, muitas vezes não é empregado em Operações Convencionais, mas em Operações de Garantia da
Lei e da Ordem. Por isso, se faz necessário que o soldado esteja preparado para todas as situações que venham a surgir.
2. DESENVOLVIMENTO:
1 – Componentes Básicas
(1) Mínimo de danos à população e ao patrimônio (público e/ou privado);
(2) Mínimo de perdas em suas tropas;
(3) Rapidez no cumprimento da missão;
(4) Preservação da imagem do Exército junto à opinião pública;
(5) Respeito aos preceitos legais vigentes.
6) O EXÉRCITO NÃO PODE SER DESMORALIZADO.
7) A tropa deve saber as condicionantes para o emprego de seu armamento.
8) O uso da força só é justificado em caso de extrema necessidade e como último recurso.
9) A tropa deve evitar ser desarmada ou capturada.
10) Devem ser reguladas as medidas extremas em que um militar pode abrir fogo.
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TEMPO DISTRIBUÍÇÃO DO ASSUNTO E
OBS
2 - Princípio
1) Devem ser simples e de fácil compreensão.
2) Devem possuir a maior abrangência possível.
3) Devem ser perfeitamente exeqüíveis.
4) Obediência ao princípio de que a missão será SEMPRE CUMPRIDA.
5) Devem detalhar as ordens do escalão superior.
6) O EXÉRCITO NÃO PODE SER DESMORALIZADO.
7) A tropa deve saber as condicionantes para o emprego de seu armamento.
8) O uso da força só é justificado em caso de extrema necessidade e como último recurso.
9) A tropa deve evitar ser desarmada ou capturada.
10) Devem ser reguladas as medidas extremas em que um militar pode abrir fogo.
REGRAS DE ENGAJAMENTO
As Regras de Engajamento disciplinam o emprego controlado da força, contendo procedimentos que digam respeito:
- F Adv;
- População;
- Públicos específicos.
A prática de um ato hostil requer o imediato emprego da força para preservar a integridade da tropa.
b .Grau de força
O grau de força, em resposta, deve ser proporcional à ameaça ou situação encontrada. Em todas as situações devemos
sempre evitar ou retardar, ao máximo, o uso da força. Para isto, sempre que possível, devemos observar a seguinte
seqüência de ações:
- alertar verbalmente empregando alto-falantes;
- negociar com os líderes;
- realizar demonstrações de força, priorizando o princípio da massa;
- usar armas não letais – lançar gás lacrimogêneo, água e granadas de efeito moral;
- empregar formações de controle de distúrbios;
- atirar com munição especial – projétil de borracha;
- atirar para o alto (tiro de advertência).
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OBS
d.Tiro real
Só se abrirá fogo em última instância para ferir, visando incapacitar e não matar os agitadores, nos seguintes casos:
- a comando, realizado por atiradores de escol, devidamente pré-posicionados e em alvos perfeitamente identificados; e
- para proteção pessoal ou de membros de sua Unidade.
e. Situações especiais
1) Procedimentos em casos de provocação
- Advirta o agressor para PARAR.
- Certifique-se que FOI ENTENDIDO – REPITA as advertências, tantas vezes quanto possível, para assegurar-se que o
agressor entendeu perfeitamente a situação.
- CARREGUE ou engatilhe a ARMA.
- Dispare TIROS DE ADVERTÊNCIA (para o alto).
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OBS
2) Legítima Defesa
Art 44 do CPM – Entenda-se por Legítima Defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele
injusta agressão, atual ou eminente, a direito seu ou de outrem.
O uso moderado dos meios necessários são os atos e/ou ações praticadas sem excessos de violência, ou seja, grau de
força, em resposta, proporcional à ameaça ou situação encontrada.
Só se justifica abrir fogo, se possível visando ferir o agressor, quando ele estiver cometendo uma ação que realmente
coloque em perigo a vida e não houver outro meio de parar o ato hostil.
Por exemplo:
- É legítima defesa alvejar um agressor que esteja atirando ou apontando-lhe uma arma de fogo, na distância de sua
utilização.
3) Abertura de Fogo
Se o militar for obrigado a abrir fogo deve:
- Atirar somente o necessário, interrompendo o fogo quando o agressor houver parado de atirar.
- Utilizar sempre a força mínima visando ferir e não matar o agressor.
ATENÇÃO
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TEMPO DISTRIBUÍÇÃO DO ASSUNTO E
OBS
A menos que o militar esteja sozinho, ele não deve abrir fogo sem a ordem direta do Oficial ou militar mais antigo
presente.
ATENÇÃO
O militar nunca deve empregar a força como meio de retaliação.
A exemplo dos casos anteriores de abertura de fogo, a tropa protege-se e os tiros serão realizados, em princípio,
direcionados para os membros inferiores dos agressores.
f. Procedimentos diversos
- Lançamento de granadas – somente em locais observados.
- Minas – não poderão ser empregadas, em virtude de acordo Internacional assinado pelo Brasil. Está autorizado o emprego
de armadilhas sonoras e de efeito moral, principalmente, como alerta de invasão nos PSE e áreas de estacionamento.
- Prisão de indivíduos – realizar os procedimentos legais das prisões, se possível, com equipes de policiais (Delegado e
Escrivão). Após esta providência, realizar uma inspeção médica e entregar o preso, no mais curto prazo, à Delegacia de
Polícia mais próxima.
- Fotos e Filmagens – de forma específica, as ameaças e as ações dos agitadores.
Em caso de receber ofensas por parte de populares a tropa não deve revidar.
- Todo militar deve ter conhecimento de que ao prender um manifestante e ou elemento da F Adv será o
responsável por quaisquer danos físicos ou mentais provocados a esse elemento.
IMPRENSA
- Todo cuidado é pouco.
- Deve ser buscado o acompanhamento das operações por profissionais da imprensa, desde que sob controle.
O acesso da imprensa em áreas como PC ou áreas isoladas pela tropa deve ser feita somente com autorização
do Cmt da operação.
O Manual de Campanha C 45-4 OPERAÇÕES PSICOLÓGICAS estabelece princípios básicos a serem
adotados com relação ao trato com a imprensa.
- Devem ser encaminhadas ao Cmt da operação ou ao negociador.
- Devem receber tratamento cordial e amistoso.
- O trânsito das autoridades pela área de operações, somente ocorrerá caso haja autorização e estejam
devidamente acompanhadas.
3. CONCLUSÃO
Não haverá nenhuma justificativa para a prática de tortura física ou mental, ou atos violentos que atentem
contra a dignidade do ser humano.
Sendo as FA o último argumento que o Estado dispõe para a sobrevivência da Nação, o Exército,
quando empregado, NÃO PODERÁ SER DESMORALIZADO e NÃO DEIXARÁ DE CUMPRIR A SUA
MISSÃO.