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OM: 5ª Cia Com Bld PLANO DE SESSÃO Nº 01 DATA: Conforme QTS

HORA: Conforme QTS


CURSO: Formação de Soldado TURMA: EV

PERÍODO: Instrução de Qualificação GRUPAMENTO: ALFA

FASE: 1ª Subfase

MATERIA: 05 – Operação tipo polícia na Garantia da Lei e da Ordem (GLO)

UNIDADE DIDÁTICA: Q-101

ASSUNTO: Regras de Engajamento

OBJETIVOS:
- Conhecer a Legislação de emprego em GLO; e
- Conhecer as regras de engajamento definidas pelo comando enquadrante.

LOCAL DA INSTRUÇÃO: Sala Matoso Maia

TÉCNICA(S) DA INSTRUÇÃO: Palestra

MEIOS AUXILIARES: Mesa, projetor multimídia, computador de mesa.

INSTRUTOR(ES): MONITOR(ES): AUXILIAR(ES):


Asp Of Melgaço Sgt Negreiros
Asp Of Magno Sgt França

MEDIDAS ADMINISTRATIVAS: Limpeza e preparação do local de instrução.

MEDIDAS DE SEGURANÇA: C 32/1 Prevenção de Acidentes de Instrução e encaminhamento do


instruendo ao Hospital de Guarnição de Curitiba se for necessário pela Seção de Saúde.
FONTES DE CONSULTA:
Garantia da Lei e da Ordem - MD33-M-10

VISTO INSTRUTOR VISTO CMT SU: VISTO S3:


MAI
TEMPO DISTRIBUÍÇÃO DO ASSUNTO E
OBS

1. INTRODUÇÃO:
FINALIDADE E OBJETIVO
Identificar as principais Regras de Engajamento relacionadas ao emprego da Tropa. Dando início ao primeiro assunto
sobre Operações tipo Polícia na Garantia da Lei e da Ordem (GLO), apresentaremos as regras de engajamento.

Para isso vamos seguir o seguinte sumário:


1. INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
a.Definição
b.finalidade
c.Descrição
3. CONCLUSÃO

MOTIVAÇÃO
O Exército Brasileiro, muitas vezes não é empregado em Operações Convencionais, mas em Operações de Garantia da
Lei e da Ordem. Por isso, se faz necessário que o soldado esteja preparado para todas as situações que venham a surgir.

2. DESENVOLVIMENTO:

1 – Componentes Básicas
(1) Mínimo de danos à população e ao patrimônio (público e/ou privado);
(2) Mínimo de perdas em suas tropas;
(3) Rapidez no cumprimento da missão;
(4) Preservação da imagem do Exército junto à opinião pública;
(5) Respeito aos preceitos legais vigentes.
6) O EXÉRCITO NÃO PODE SER DESMORALIZADO.
7) A tropa deve saber as condicionantes para o emprego de seu armamento.
8) O uso da força só é justificado em caso de extrema necessidade e como último recurso.
9) A tropa deve evitar ser desarmada ou capturada.
10) Devem ser reguladas as medidas extremas em que um militar pode abrir fogo.
MAI
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OBS
2 - Princípio
1) Devem ser simples e de fácil compreensão.
2) Devem possuir a maior abrangência possível.
3) Devem ser perfeitamente exeqüíveis.
4) Obediência ao princípio de que a missão será SEMPRE CUMPRIDA.
5) Devem detalhar as ordens do escalão superior.
6) O EXÉRCITO NÃO PODE SER DESMORALIZADO.
7) A tropa deve saber as condicionantes para o emprego de seu armamento.
8) O uso da força só é justificado em caso de extrema necessidade e como último recurso.
9) A tropa deve evitar ser desarmada ou capturada.
10) Devem ser reguladas as medidas extremas em que um militar pode abrir fogo.

REGRAS DE ENGAJAMENTO

As Regras de Engajamento disciplinam o emprego controlado da força, contendo procedimentos que digam respeito:
- F Adv;
- População;
- Públicos específicos.

a . Devo usar a força


Identifique se está praticando ou existe apenas uma intenção de praticar um ato hostil.
Uma demonstração de intenção hostil pode não requerer uso da força, mas deve requerer o preparo de uma reação
com certo grau de força.

A prática de um ato hostil requer o imediato emprego da força para preservar a integridade da tropa.

1) Exemplos de intenções (atitudes) hostis


- Dirigir ameaças / desafios / provocações / agressões verbais, etc.
- Portar ostensivamente arma de fogo, arma branca, pedra, paus, faca/facão, enxada, foice, coquetel molotov, etc.
MAI
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OBS
2) Exemplos de ATO (AÇÃO) HOSTIL
- apontar arma de fogo, dentro do seu alcance de utilização;
realizar disparos, mesmo que seja para o alto;
- lançar (pedra, paus, etc);
- acender coquetel molotov;
- erguer ameaçadoramente, à curta distância, faca/facão, enxada, foice, etc;
- avançar (ir de encontro) dirigindo ameaças / desafios / provocações verbais, etc;
- instalar, detonar ou lançar explosivos (inclusive fogos de artifícios);
- lançar deliberadamente veículo em direção ou de encontro a pessoal ou instalações;
- depredar, invadir, destruir instalações e logradouros públicos;
- bloquear vias de circulação, empregando ou não obstáculos;

b .Grau de força

O grau de força, em resposta, deve ser proporcional à ameaça ou situação encontrada. Em todas as situações devemos
sempre evitar ou retardar, ao máximo, o uso da força. Para isto, sempre que possível, devemos observar a seguinte
seqüência de ações:
- alertar verbalmente empregando alto-falantes;
- negociar com os líderes;
- realizar demonstrações de força, priorizando o princípio da massa;

- usar armas não letais – lançar gás lacrimogêneo, água e granadas de efeito moral;
- empregar formações de controle de distúrbios;
- atirar com munição especial – projétil de borracha;
- atirar para o alto (tiro de advertência).
MAI
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c .Quando usar a força


FORÇA MÍNIMA É O MENOR GRAU AUTORIZADO DE FORÇA QUE É NECESSÁRIO PARA, ASSEGURANDO
O CUMPRIMENTO DAS AÇÕES, DESESTIMULAR O AGRESSOR A PROSSEGUIR NOS SEUS ATOS,
CAUSANDO-LHE O MÍNIMO DE DANOS FÍSICOS.
Empregar sempre a FORÇA MÍNIMA, para:
- auto defesa contra ataques diretos ou ameaça concreta contra sua integridade física;
- evitar o seu desarmamento;
- evitar a captura de qualquer dos seus integrantes;
- impedir o ataque ou tentativa de invasão às instalações;
- manter a ocupação de posições importantes para o cumprimento da missão; e
- evitar ações hostis que impeçam o cumprimento da missão.

d.Tiro real
Só se abrirá fogo em última instância para ferir, visando incapacitar e não matar os agitadores, nos seguintes casos:
- a comando, realizado por atiradores de escol, devidamente pré-posicionados e em alvos perfeitamente identificados; e
- para proteção pessoal ou de membros de sua Unidade.

e. Situações especiais
1) Procedimentos em casos de provocação
- Advirta o agressor para PARAR.
- Certifique-se que FOI ENTENDIDO – REPITA as advertências, tantas vezes quanto possível, para assegurar-se que o
agressor entendeu perfeitamente a situação.
- CARREGUE ou engatilhe a ARMA.
- Dispare TIROS DE ADVERTÊNCIA (para o alto).
MAI
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2) Legítima Defesa
Art 44 do CPM – Entenda-se por Legítima Defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele
injusta agressão, atual ou eminente, a direito seu ou de outrem.

O uso moderado dos meios necessários são os atos e/ou ações praticadas sem excessos de violência, ou seja, grau de
força, em resposta, proporcional à ameaça ou situação encontrada.

Exemplos de atos praticados com excesso de violência:


- agredir a coronhadas em resposta a provocações / agressões verbais em vez de prender e autuar o agressor;
- responder com tiros de armas de fogo a agressor que estiver atirando pedra em vez de prender e autuar o agressor;
- atirar pelas costas em agressor desarmado e em fuga em vez de persegui-lo, capturá-lo e autuar o infrator.

Só se justifica abrir fogo, se possível visando ferir o agressor, quando ele estiver cometendo uma ação que realmente
coloque em perigo a vida e não houver outro meio de parar o ato hostil.
Por exemplo:

- É legítima defesa alvejar um agressor que esteja atirando ou apontando-lhe uma arma de fogo, na distância de sua
utilização.

3) Abertura de Fogo
Se o militar for obrigado a abrir fogo deve:
- Atirar somente o necessário, interrompendo o fogo quando o agressor houver parado de atirar.
- Utilizar sempre a força mínima visando ferir e não matar o agressor.

- Atirar somente na direção do agressor claramente identificado.


- Realizar disparos sempre TIRO a TIRO (Fogo automático só como último recurso).
- Tomar todas as precauções razoáveis para não ferir qualquer outra pessoa além do agressor.

ATENÇÃO
MAI
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OBS
A menos que o militar esteja sozinho, ele não deve abrir fogo sem a ordem direta do Oficial ou militar mais antigo
presente.

ATENÇÃO
O militar nunca deve empregar a força como meio de retaliação.
A exemplo dos casos anteriores de abertura de fogo, a tropa protege-se e os tiros serão realizados, em princípio,
direcionados para os membros inferiores dos agressores.

f. Procedimentos diversos
- Lançamento de granadas – somente em locais observados.
- Minas – não poderão ser empregadas, em virtude de acordo Internacional assinado pelo Brasil. Está autorizado o emprego
de armadilhas sonoras e de efeito moral, principalmente, como alerta de invasão nos PSE e áreas de estacionamento.
- Prisão de indivíduos – realizar os procedimentos legais das prisões, se possível, com equipes de policiais (Delegado e
Escrivão). Após esta providência, realizar uma inspeção médica e entregar o preso, no mais curto prazo, à Delegacia de
Polícia mais próxima.
- Fotos e Filmagens – de forma específica, as ameaças e as ações dos agitadores.

Nenhum cidadão brasileiro deve ser considerado ou tratado como inimigo.

Em caso de receber ofensas por parte de populares a tropa não deve revidar.

Especial cuidado deve ser reservado às crianças.


MAI
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OBS

- Todo militar deve ter conhecimento de que ao prender um manifestante e ou elemento da F Adv será o
responsável por quaisquer danos físicos ou mentais provocados a esse elemento.

IMPRENSA
- Todo cuidado é pouco.
- Deve ser buscado o acompanhamento das operações por profissionais da imprensa, desde que sob controle.
O acesso da imprensa em áreas como PC ou áreas isoladas pela tropa deve ser feita somente com autorização
do Cmt da operação.
O Manual de Campanha C 45-4 OPERAÇÕES PSICOLÓGICAS estabelece princípios básicos a serem
adotados com relação ao trato com a imprensa.
- Devem ser encaminhadas ao Cmt da operação ou ao negociador.
- Devem receber tratamento cordial e amistoso.
- O trânsito das autoridades pela área de operações, somente ocorrerá caso haja autorização e estejam
devidamente acompanhadas.

3. CONCLUSÃO
Não haverá nenhuma justificativa para a prática de tortura física ou mental, ou atos violentos que atentem
contra a dignidade do ser humano.
Sendo as FA o último argumento que o Estado dispõe para a sobrevivência da Nação, o Exército,
quando empregado, NÃO PODERÁ SER DESMORALIZADO e NÃO DEIXARÁ DE CUMPRIR A SUA
MISSÃO.

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