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O ESTUDO DO MICROORGANISMOS E OS SEUS IMPACTOS PARA A

SAÚDE HUMANA.

Preparada pela: Lourença .F.F.S.Pereira


Disciplina : Biologia
Classe : Medicina Geral

FACULDADE DA CIȆNCIAS MEDICAS


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE TIMOR-LESTE SÃO PAULO II
ANO LETIVO 2022
PREFÁCIO
Graças a deus, digo a presença do espirito santo, porque por Sua graça e orientação
foi capazes de completar a tarefa sobre Diversidade de Microrganismos. Embora
ainda existam muitas deficiências na redação deste artigo, esperamos que este artigo
possa ser usado e utilizado tanto na universidade quanto fora da universidade. Na
realização deste trabalho, muitas partes se envolveram e ajudaram para que ele se
tornasse um trabalho que pudesse ser lido e utilizado. Por fim, críticas construtivas e
sugestões são muito apreciadas. Finalmente, espero que este artigo possa ser útil para
nós em particular e para os leitores em geral. Muito.Muito obrigada de mim.

1
INDÍCE

PREFÁCIO.................................................................................................................................1
INDÍCE......................................................................................................................................2
CAPÍTULO I...............................................................................................................................4
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................4
1.1 ANTECEDENTES..............................................................................................................4
1.2 FORMULAÇÃO PROBLEMÁTICA......................................................................................4
1.3 OBJETIVO........................................................................................................................4
CAPÍTULO II..............................................................................................................................5
FUNDAMENTOS TEÓRICOS......................................................................................................5
2.1 VIRUS..............................................................................................................................5
2.1.1 Características gerais dos virus................................................................................5
2.1.2 Estruturas e tipos de vírus.......................................................................................5
2.1.3 Tipos de virus..........................................................................................................6
2.1.4. Mecanismo de infecção viral..................................................................................6
2.1.5 Doenças humanas causadas por virus.....................................................................7
1. COVID-19......................................................................................................................7
2. Gripe.............................................................................................................................8
3. AIDS..............................................................................................................................9
4. Paralisia infantil..........................................................................................................10
5. Hepatite......................................................................................................................10
6. Herpes........................................................................................................................11
Agente causador da dengue...............................................................................................12
Tratamento da dengue.......................................................................................................12
Prevenção da dengue.........................................................................................................13
2.1.6. Doenças causadas por virus registídos em Timor Leste.......................................13
1.DENGUE......................................................................................................................13

2
3.Hepatites.....................................................................................................................14
4.COVID-19.....................................................................................................................15
2.2 Bacterias.......................................................................................................................15
2.2.1 Morfologia da bacteria..........................................................................................15
2.2.2 Reprodução da bacteria........................................................................................16
2.2.3 A importancia da bacteria.....................................................................................17
2.2.4. As doencas causadas por bacterias......................................................................17
1. Infecção urinária.........................................................................................................17
2. Meningite...................................................................................................................18
3. Clamídia......................................................................................................................18
5. Sífilis...........................................................................................................................19
6. Hanseníase.................................................................................................................20
2.2.5 As doenças causadas por bacterias registradas em Timor-Leste...........................21
2.3. Protozoarios................................................................................................................22
2.3.1. Estruturas gerais de protozoarios........................................................................23
.2.3.2. Grupos do protozoarios.......................................................................................23
Rizópodos.......................................................................................................................23
Flagelados......................................................................................................................23
Ciliados...........................................................................................................................24
Esporozoários.................................................................................................................24
2.3.3. Tipos de doenças humanos causados por protozoarios.......................................24
1. Leishmaniose..............................................................................................................24
2. Tricomoníase............................................................................................................25
3. Doença de Chagas......................................................................................................26
4. Giardíase...................................................................................................................27
5. Amebíase....................................................................................................................27
6. Malária......................................................................................................................28
. Toxoplasmose..............................................................................................................29
2.3.4 Tipos de doenças causadospo protozoarios em Timor-Leste................................30
2.4. Fungos.........................................................................................................................30

3
2.4.2 Habitat dos fungos................................................................................................31
2.4.3. Clasificação dos fungos.........................................................................................31
2.4.4 Doenças causados por fungos...............................................................................32
1. Pano branco...............................................................................................................32
2. Candidíase..................................................................................................................32
3. Esporotricose.............................................................................................................32
4. Aspergilose.................................................................................................................33
5. Paracoccidioidomicose...............................................................................................33
6. Histoplasmose............................................................................................................34
7. Mucormicose..............................................................................................................34
2.4.5. Doenças causadas por fungos registradas em Timor-Leste..................................34
Capítulo III..............................................................................................................................36
Consideração final..................................................................................................................36
3.1 Conclusão.....................................................................................................................36
3.2 Sugestão.......................................................................................................................36

4
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO

1.1 ANTECEDENTES.
Timor-leste é um país do extremo asiático com cerca de 15.000 km.É um país que tem grande
risco e consequências de emfrentar as problemas de saúde. A má nutrição e a falta de
condições mínimas de higiene e habitação fazem de Timor-Leste um dos países com o maior
número de casos da doença no continente asiático.Muitas pessoas andam a sofrer por
varias tipos de doenças que causados pelos microorganismos.

Os microorganismos são seres vivos de tamanho pequeno, cujas dimensões não


permitem que sejam observados a olho nu pelo homem. Assim, eles só podem ser
visualizados ao microscópio.As doenças infecciosas são os distúrbios causados por
micro-organismos – como bactérias, virus,protozoarios e fungos – e algumas
figuram entre as 10 principais causas de mortes no mundo. A princípio, muitos desses
organismos vivem no corpo humano, e em condições normais, são inofensivos ou até
úteis, mas sob certas condições, alguns organismos podem ser bastante prejudiciais.

Ao passo que alguns desses males infecciosos podem ser transmitidos de pessoa para
pessoa, outros, são transmitidas por insetos ou outros animais. Ainda, existem aqueles
transmitidos pelo consumo de água ou alimentos contaminados, e até por exposição
ambiental

1.2 FORMULAÇÃO PROBLEMÁTICA

1)Quais são os tipos de microorganism?


2)Quais são as espécies de microorganismos patogénicos?
3)Quais são os tipos de doenças causadas por microorganismos patogénicos em
Timor-leste?

1.3 OBJETIVO
1)Para saber o tipos de microorganismos.
2)Para saber as espécies de microorganismos patogénicos.
3)Para saber os tipos de doenças causadas po microrganismos patogénicos.
4)Para saber as doenças cauadas por microorganismos patogénicos em Timor-Leste.

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CAPÍTULO II
FUNDAMENTOS TEÓRICOS.

2.1 VIRUS
Os vírus são agentes infecciosos de pequeno tamanho e composição simples que
podem se reproduzir apenas em células vivas de animais, plantas ou bactérias. Seu
nome vem da palavra latina que significa "líquido viscoso" ou "veneno".

As primeiras indicações da natureza biológica dos vírus vêm de estudos em 1892 pelo
cientista russo Dmitry I. Ivanovsky e em 1898 pelo cientista holandês Martinus W.
Beijerinck.

2.1.1 Características gerais dos virus

Os vírus também têm suas próprias características, tanto em termos de tamanho,


forma e estrutura. Mas, em geral, as características dos vírus são as seguintes:

 acelular, ou seja, sem células


 medindo entre 20-300 milimícrons (menor que bactérias)
 têm apenas um tipo de ácido nucleico, apenas DNA ou apenas RNA
 oval, cilíndrico, poliédrico ou complexo
 O ácido nucléico é circundado por uma capa protéica chamada capsídeo.
 só pode viver em células vivas
 seu corpo pode ser cristalizado.

2.1.2 Estruturas e tipos de vírus

Em geral, a estrutura corporal dos vírus consiste em ácidos nucléicos e um capsídeo.


Além disso, esses microrganismos também possuem estruturas adicionais, como esse
ácido nucleico consistindo em DNA ou ácido desoxirribonucléico ou RNA ou ácido
ribonucléico. Em geral, a estrutura do corpo do vírus consiste em 4 partes principais,
a saber, a cabeça, o conteúdo do corpo, a cauda e o capsídeo.
Cabeça
Os vírus têm uma cabeça contendo DNA ou RNA que é o material genético para a
vida. O conteúdo desta cabeça é protegido por um capsídeo, que é um revestimento
proteico composto por proteínas. A forma do capsídeo é altamente dependente do tipo

6
de vírus. O capsídeo viral pode ser esférico, poliédrico, helicoidal ou outras formas
mais complexas. O capsídeo é composto de muitos capsômeros ou subunidades de
proteínas.
Conteúdo do corpo
O conteúdo do corpo de um vírus ou comumente chamado de virion, é material
genético na forma de um tipo de ácido nucleico (DNA ou RNA). O tipo de ácido
nucleico possuído pelo vírus afetará a forma do corpo do vírus. Os vírus com
conteúdo corporal na forma de RNA são geralmente cuboides, esféricos ou
poliédricos, por exemplo, em vírus que causam poliomielite, vírus influenza e vírus
de inflamação da boca e unhas.
Rabo
A cauda faz parte da estrutura do corpo viral que funciona como uma ferramenta
para se ligar às células hospedeiras. A cauda ligada a esta cabeça geralmente consiste
em vários tubos plugados contendo fios e fibras finas. Quanto aos vírus que infectam
apenas células eucarióticas, essas partes do corpo geralmente não são encontradas
Capsídeo
O capsídeo é uma camada na forma de uma série de capsômeros no corpo do vírus
que funciona como um invólucro para DNA ou RNA. A função deste capsídeo é
formar o corpo e proteger o vírus das condições ambientais externas.

2.1.3 Tipos de virus

Os vírus são classificados de acordo com o tipo de ácido nucleico, de acordo com a
forma do capsídeo e também pelos organismos que eles são capazes de infectar. Veja
os exemplos a seguir.

 Adenovírus: formados por DNA, por exemplo o vírus da pneumonia.


 Retrovírus: formados por RNA, por exemplo o vírus HIV.
 Arbovírus: transmitidos por insetos, por exemplo o vírus da dengue.
 Bacteriófagos: vírus que infectam bactérias.
 Micófagos: vírus que infectam fungos.

Uma informação importante sobre os vírus é que eles podem utilizar agentes
transmissores em uma infecção. Por exemplo, as plantas podem ser infectadas por
vírus através de insetos ou outros organismos que se alimentam delas.

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2.1.4. Mecanismo de infecção viral

Uma infecção viral é uma doença infecciosa causada por um vírus. Esta infecção é
geralmente transmitida de pessoa para pessoa. No entanto, as infecções virais também
podem ser transmitidas através de mordidas de animais ou objetos contaminados com
o vírus.

Ao contrário das bactérias, os vírus são parasitas e não podem viver sem um
hospedeiro, como humanos, animais ou plantas. Os vírus que atacam a célula
hospedeira irão se reproduzir e matar a célula hospedeira.

Quando um vírus entra nas células do seu corpo, ele ataca e assume o sistema de
trabalho da célula, transformando-a em uma nova célula produtora de vírus. Este
novo vírus infectará seu corpo e causará doenças.

Os vírus podem atacar vários tecidos ou órgãos do corpo, como o trato respiratório ou
o trato digestivo. No entanto, nem todos os vírus que entram no corpo podem causar
doenças. Isso acontece porque o sistema imunológico que funciona bem pode
combater o vírus que chega.

A propagação de doenças causadas por vírus pode ser através das seguintes coisas ou
condições:

 Contato direto com superfícies, objetos, alimentos ou água contaminados com


o vírus
 Tossir e espirrar

 Contato direto com portadores de vírus, como animais de estimação e insetos


 Contato direto com uma pessoa infectada, especialmente através de relações
sexuais ou beijos.

2.1.5 Doenças humanas causadas por virus

1. COVID-19

A COVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo vírus SARS-CoV-2, que pode
ser transmitido de pessoa para pessoa por meio da inalação de gotículas de secreções

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respiratórias que podem ficar suspensas no ar quando a pessoa contaminada por esse
vírus tosse ou espirra.

Uma vez que a COVID-19 é uma doença altamente infecciosa e que pode levar à
óbito, principalmente em pessoas mais velhas e com sistema imunológico mais
comprometido e quando as medidas de suporte não são iniciadas rapidamente, é
importante que sejam adotadas medidas que ajudem a prevenir a infecção e o
desenvolvimento de formas graves da doença, como uso de máscara, distanciamento
social, uso de álcool-gel, higienização frequente das mãos e vacinas.

Principais sintomas: os sintomas iniciais da COVID-19 são semelhantes ao de uma


gripe, em que a pessoa pode apresentar espirro, coriza, tosse, febre mal estar geral,
diarreia e dor de cabeça. Nos casos mais graves, é possível também haver dificuldade
para respirar, dor no peito e confusão mental. Faça o nosso teste online de sintomas
para saber o risco de estar com COVID-19.

Como é feito o tratamento: o tratamento para COVID-19 deve ser feito de acordo
com os sintomas apresentados pela pessoa, sendo indicado que, independentemente
da intensidade dos sintomas, a pessoa permaneça em isolamento. Nos casos mais
leves, é apenas indicado que a pessoa fique em repouso e tenha uma alimentação leve
e de fácil digestão, além de ser indicado que consuma bastante líquido.

Nos casos mais graves, é importante que a pessoa seja levada ao hospital para que
sejam feitos exames que identifiquem a oxigenação e o grau de comprometimento
dos pulmões, podendo ser indicada a realização de oxigenoterapia e uso de
medicamentos específicos.

Como prevenir: para prevenir a infecção pelo SARS-CoV-2, é importante fazer uso
de máscaras, higienizar e desinfetar as mãos regularmente, evitar permanecer muito
tempo em locais fechados e ter contato com pessoas confirmadas ou com suspeita de
COVID-19. Além disso, é importante também tomar a vacina contra a COVID-19,
pois além de proteger contra casos graves da doença, pode diminuir a taxa de
transmissão da doença.

2. Gripe

A gripe é a virose mais comum, sendo principalmente causada pelo vírus Influenza. A
gripe é mais comum de acontecer durante o inverno, isso porque durante esse período
é comum que as pessoas permaneçam mais tempo em um ambiente fechado, com
pouca circulação de ar e com grande quantidade de pessoas, de forma que há maior
risco de transmissão de doenças respiratórias, incluindo a gripe.

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Principais sintomas: os sintomas mais frequentes de gripe são febre, calafrios,
coriza, espirros, dor de garganta, dor muscular, cansaço excessivo e perda de apetite.
Os sintomas costumam aparecer de forma repentina e podem durar até 7 dias.

Como é feito o tratamento: o tratamento para a gripe tem como objetivo promover o
alívio dos sintomas, sendo normalmente indicado que a pessoa permaneça em
repouso, beba bastante água e tenha uma alimentação leve, além de também poder ser
indicado pelo médico o uso de medicamentos anti-inflamatórios ou analgésicos.

Como prevenir: em caso de gripe, é importante evitar permanecer em ambientes


fechados e com pouca circulação de ar por muito tempo, além de também ser
recomendado evitar o contato com pessoas que estejam com gripe. Além disso, é
importante adotar medidas que ajudem a aumentar a imunidade, como aumentar o
consumo de alimentos ricos em vitamina C e praticar atividade física regularmente,
por exemplo.

Outra forma de prevenir a gripe é por meio da vacinação, que é indicada


principalmente para crianças, idosos e profissionais de saúde.

3. AIDS

A AIDS, também conhecida como Síndrome da Imunodeficiência Humana


Adquirida, é uma infecção sexualmente transmissível causado pelo vírus HIV que
pode ser transmitido de uma pessoa para outra por meio da relação sexual
desprotegida.

É possível que a pessoa seja portadora do vírus do HIV e não desenvolva a doença,
no entanto, em alguns casos, o vírus consegue se multiplicar no corpo, interferindo
diretamente no funcionamento do sistema imunológico, favorecendo o
desenvolvimento da AIDS e de complicações graves associadas à doença

Principais sintomas: os sintomas de AIDS podem demorar até 10 anos após a


infecção pelo vírus HIV para surgirem, podendo haver febre persistente, dor nos
músculos e nas articulações, aparecimento de manchas e bolinhas vermelhas na pele,
rápida perda de peso, infecção que não melhora, mesmo coma realização de
tratamento adequado.

Como é feito o tratamento: o tratamento para AIDS é feito com um coquetel de


medicamentos que tem como objetivo diminuir a taxa de replicação viral e melhorar o
funcionamento do sistema imune, devendo ser usado de acordo com a orientação do
médico.

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Como prevenir: a prevenção da AIDS é feita por meio da utilização da camisinha
em todas as relações sexuais, além de ser indicado evitar o compartilhamento de
seringas e agulhas e o contato direto com sangue e secreções de outras pessoas, sendo
recomendado o uso de luvas nessas situações. 

Caso exista suspeita de exposição ao vírus HIV é indicado que seja iniciada a
Profilaxia Pós-Exposição, que tem como objetivo prevenir a multiplicação viral e o
desenvolvimento de doença.

4. Paralisia infantil

A paralisia infantil, também conhecida por poliomielite, é uma doença causada pelo
poliovírus. Esse vírus está naturalmente presente no intestino e, por isso, a
transmissão pode acontecer por meio do contato com objetos, fezes, alimentos ou
água contaminados ou por meio do contato com secreções de uma pessoa infectada.

No entanto, o contato com o vírus não necessariamente leva ao desenvolvimento da


doença, principalmente em pessoas com o sistema imune intacto e/ ou que foram
vacinadas contra essa doença, cuja primeira dose é indicada aos 2 meses de idade.

Principais sintomas: os sintomas iniciais da poliomielite são semelhante aos da


gripe, em que a pessoa pode sentir dor de cabeça, febre e cansaço excessivo,
desaparecendo após 5 dias. No entanto, em alguns casos, principalmente nos casos
em que a pessoa possui o sistema imune mais enfraquecido, o vírus pode permanecer
no organismo e levar ao aparecimento de sintomas mais graves como paralisia de
uma ou das duas pernas, atrofia muscular, dificuldade para falar e/ ou engolir e
espasmos musculares, por exemplo.

Como é feito o tratamento: não existe tratamento específico para a paralisia infantil,
no entanto é normalmente indicada a realização de fisioterapia para estimular e
favorecer o desenvolvimento dos músculos atrofiados, além de melhorar a postura.

Como prevenir: a prevenção da poliomielite é feita através da vacinação, que é


recomendada a partir dos 2 meses de idade, sendo feita em 3 doses e 2 doses de
reforço

5. Hepatite

A hepatite é uma doença causada pelo vírus da hepatite caracterizada pela inflamação
do fígado. Há diversos tipos de hepatite que variam de acordo com o agente
responsável e modo de transmissão, em alguns casos. Os principais tipos de hepatite
são A, B e C.

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Principais sintomas: os sintomas de hepatite podem surgir poucos dias após o
contato com o vírus, podendo haver dor de cabeça, sensação de mal estar geral,
inchaço abdominal, náuseas, vômito, cor amarelada na pele e nos olhos, fezes claras e
urina escura. É importante salientar que o início dos sintomas, duração e intensidade
podem variar de acordo com o vírus responsável pela inflamação do fígado.

Como é feito o tratamento: o tratamento para hepatite deve ser orientado pelo
infectologista ou hepatologista de acordo com os sinais e sintomas apresentados pela
pessoa e com o vírus. É normalmente indicado que a pessoa permaneça em repouso e
tenha uma alimentação leve, podendo ser indicado em alguns casos o uso de
remédios, como interferon, lamivudina e adefovir, por exemplo

Como prevenir: a forma de prevenção da hepatite pode variar de acordo com o vírus
relacionado e forma de transmissão. De forma geral, é indicado utilizar camisinha em
todas as relações sexuais, evitar o compartilhamento de seringas e agulhas, evitar
compartilhar objetos de uso pessoal, como alicates, por exemplo, lavar bem as mãos e
higienizar bem os alimentos antes de consumi-los.

6. Herpes

O herpes é uma doença causada pelo vírus Herpes simplex, que, dependendo da via
de transmissão, pode levar ao aparecimento de sintomas na boca, olho ou região
genital, sendo nesse último caso classificada como infecção sexualmente
transmissível.

Principais sintomas: o principal sintoma de herpes é o aparecimento de bolhas ou


feridas com borda avermelhada que aparece na região genital ou nos lábios, por
exemplo. No caso da herpes ocular, os sintomas podem ser semelhantes aos de uma
conjuntivite, podendo haver maior sensibilidade à luz, vermelhidão e irritação no
olho, bolhas ou feridas próximas ao olho e visão embaçada, por exemplo.

Como é feito o tratamento: o tratamento para herpes deve ser orientado pelo
médico, podendo ser indicado o uso de pomadas ou comprimidos antivirais, como o
aciclovir e o valaciclovir, com o objetivo de diminuir a taxa de replicação viral e
aliviar e prevenir o aparecimento dos sintomas.

Como prevenir: para prevenir a infecção pelo vírus da herpes, é importante evitar ter
relações sexuais sem camisinha, evitar compartilhar objetos de uso pessoal e de
objetos que possam ter estado em contato com feridas do herpes.

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7. Dengue

A dengue é uma doença causada por um vírus, o qual é transmitido pela picada do
mosquito Aedes aegypti. Os sintomas incluem febre, dores no corpo, dor de cabeça e
manchas avermelhadas. Manifestações hemorrágicas, quando ocorrem, podem indicar
um caso mais grave da infecção.

A dengue não apresenta tratamento específico, sendo utilizados medicamentos que


visam apenas ao alívio dos sintomas. Em casos graves, a internação pode ser
necessária para evitar complicações. Por não possuir tratamento, a melhor opção é
investir em prevenção, evitando, por exemplo, a proliferação do mosquito.

Agente causador da dengue

A dengue é uma doença causada por vírus, que é transmitido pela picada do mosquito
infectado. Circulam, no Brasil, quatro tipos de vírus da dengue, os quais são
conhecidos como sorotipos 1, 2, 3 e 4. Um fato curioso é que a pessoa que se infecta
por um desses vírus adquire imunidade a ele, ou seja, a pessoa não terá mais a dengue
causada por aquele tipo de vírus.

Sintomas

A dengue pode desenvolver-se de maneira assintomática, ou seja, sem provocar


sintomas, ou, então, causar sintomas, que podem ser de leves a graves. Quando os
sintomas surgem, eles aparecem cerca de 5 a 6 dias após a picada do mosquito
contaminado. Os principais sintomas da infecção são:

 Febre alta;
 Mal-estar;
 Dores no corpo;
 Dor atrás dos olhos;
 Dor de cabeça;
 Manchas vermelhas no corpo.

Geralmente o primeiro sintoma a aparecer em caso de dengue é a febre, que pode


sumir em menos de uma semana. Em casos graves da doença, podem ocorrer vômitos
persistentes, dores abdominais e manifestações hemorrágicas, como sangramento
de mucosas.

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Tratamento da dengue

A dengue é uma doença que não apresenta tratamento específico. Normalmente,


observa-se uma cura espontânea, na maioria dos casos, em pouco mais de uma
semana. Nesse período, em que se espera que o corpo se recupere da infecção, os
medicamentos utilizados visam ao alívio dos sintomas, como dor no corpo e coceira
intensa, em alguns casos. Além disso, a recomendação é que o paciente faça repouso
e se hidrate bem.

Medicamentos com ácido acetilsalicílico, por exemplo, não podem ser utilizados, pois
eles afetam a coagulação sanguínea e podem favorecer o desenvolvimento de
manifestações hemorrágicas. Outros medicamentos que devem ser evitados são o
ibuprofeno e anti-inflamatórios não esteroidais.. Ao tomar medicamentos que não são
recomendados pelo médico, o paciente pode provocar complicações. perigo da
automedicaçãoUm ponto importante é o

Prevenção da dengue

A melhor forma de se evitar a dengue é impedindo a multiplicação do mosquito


transmissor da doença. Para isso, é importante ter alguns cuidados para evitar água
parada, meio em que o mosquito se prolifera, tais como:

 Manter a caixa d’água sempre fechada;


 Colocar areia na borda dos pratinhos das plantas para evitar o acúmulo de
água;
 Trocar água das plantas aquáticas uma vez por semana;
 Não descartar lixo de maneira inadequada;
 Não deixar entulhos espalhados no quintal;
 Limpar bem as calhas;
 Manter a piscina sempre limpa;
 Limpar bem, pelo menos duas vezes por semana, os recipientes que são
usados para colocar água para animais;
 Tampar ralos pouco utilizados;
 Não deixar objetos que possam acumular água da chuva.

2.1.6. Doenças causadas por virus registídos em Timor Leste.

1.DENGUE

Em Timor-Leste, a Dengue é um dos problemas da saúde pública, com casos a surgir


frequentemente no seio da comunidade, particularmente na época das chuvas, criando
condições que favorecem a procriação do vetor. De 975 casos em 2019, passou-se

14
para 1450 casos em 2020,com um índice de letalidade de 0,7%. A doença afeta
desproporcionalmente as crianças, com as do grupo etário entre um a quatro anos
com um índice de letalidade de 0,4%, e as do grupo etário entre os 5 a 14 anos com
um índice de letalidade de 0,2%. Os primeiros casos de dengue registaram-se em Díli,
Baucau, Bobonaro, Covalima, Liquiçá e Manatuto. Já os casos de Malária têm vindo
a diminuir todos os anos e o Programa Nacional contra a Malária vai avançar com o
processo de candidatura à Certificação Livre de Malária no próximo ano.

2.HIV

Timor-Leste está a ver nascer uma "epidemia" de doenças sexualmente


transmissíveis, especialmente HIV.

.Desenvolvido em colaboração entre o Ministério da Saúde timorense e a


Organização Mundial de Saúde (OMS), o estudo baseia-se num inquérito e análise
conduzida entre novembro de 2018 e março de 2019, com o maior número de locais
de vigilância sentinela de sempre.

O estudo recolheu dados e inquéritos em seis municípios do país, junto de populações alvo,
nomeadamente pacientes de clínicas que tratam doenças sexualmente transmissíveis
(DST) .Os dados mostram um "forte aumento" na prevalência de HIV, devido a um
aumento no comportamento de risco das populações alvo analisadas.

Em termos gerais, o estudo mostra que desde 2013 a prevalência de HIV aumentou de
0,04% para 0,3% entre pessoas que visitam clínicas de se tratam doenças sexualmente
transmissíveis..

3.Hepatites

José dos Reis Magno, Diretor-Geral do Ministério da Saúde, explicou que a hepatite é
uma doença de inflamação do fígado, que provoca dores. Os fatores que causam esta
doença são, entre outros, infeções internas de origem genética e o consumo de
grandes quantidades de substâncias químicas, e provocam dores fortes em poucos
minutos.

 “É muito importante sabermos com rapidez que uma infeção de vírus da hepatite
existe no corpo de uma pessoa. Muitos timorenses sofreram já desta doença, tal como
acontece em todo o mundo”, salientou o Director-Geral.

15
Desde 2009, Timor-Leste detectou já mais de cem pessoas com sinais desta doença.
Para prevenir e combater o desenvolvimento da hepatite, é preciso ter acesso a bons
tratamentos, para o que é necessário um serviço especial onde os timorenses podem
ter consultas que detetem estes vírus. É também necessário promover a vacinação,
criar hábitos de lavar as mãos com sabão antes de cada refeição, promover o consumo
de alimentos de boa qualidade, adotar relações em condições de segurança e afastar
práticas de injeção de drogas”, explicou o Diretor.

O banco dos sangues dos hospitais em Timor-leste registra,em geral, uma prevalêcia
de 6,5% de hepatite B nas análises de sangue.

4.COVID-19

Timor-Leste enfrenta o situação da pandemia da COVID-19 a nível nacional, com a


confirmação da existência da variante delta no país e com um grande aumento do
número de infetados, de hospitalizações, de casos graves da doença e de óbitos.

Deste o início da pandemia, Timor-Leste registou um total de 5.784 casos de infeção


pelo novo coronavírus e 41 pessoas morreram com COVID-19.

A situação é especialmente preocupante no Município de Díli, onde prevalece a


variante Delta, que é muito mais infecciosa e perigosa do que as variantes do
coronavírus difundidas anteriormente.

Ainda que a vacinação contra a COVID-19 esteja a avançar positivamente em todo o


país e apesar da sua comprovada eficácia na prevenção de casos graves e mortes, tem
se verificado um aumento de infetados também entre a população vacinada, que
apesar de o risco de serem hospitalizadas ser muito menor do que as que não estão
vacinadas, podem contagiar outras pessoas, incluindo os mais vulneráveis, como
pessoas com comorbidades, crianças, grávidas e idosos.

2.2 Bacterias

Bactérias são organismos unicelulares que não possuem núcleo definido nem
organelas membranosas. Podem ser classificadas de acordo com o seu formato, sendo
as formas mais comuns a esférica, a de bastão e a espiralada. Muito conhecidas por
causarem doenças nos seres humanos, as bactérias apresentam também sua
importância, atuando, por exemplo, na decomposição da matéria orgânica e sendo
utilizadas na fabricação de alimentos, como iogurtes.

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As bactérias inicialmente eram agrupadas no Reino Monera, no qual todos os
procariontes estavam incluídos. Com a classificação dos seres vivos em três
domínios, o Reino Monera deixou de existir. Os organismos procariontes, então, são
divididos em dois grupos: o domínio Archaea e o domínio Bacteria.

2.2.1 Morfologia da bacteria

De acordo com a morfologia, as bactérias podem ser classificadas como cocos,


bacilos, vibriões, e espirilos. Os cocos podem se agrupar e formarem colônias, nas
quais dois cocos formam um diplococo. Quando enfileirados, formam um
estreptococos e, em cachos, um estafilococo.

2.2.2 Reprodução da bacteria

17
A reprodução das bactérias ocorre principalmente de forma assexuada, ou seja, sem
a necessidade de contato entre duas bactérias para que ocorra a reprodução. Dessa
forma, uma única bactéria é capaz de dar origem à outra, fator que ajuda na
multiplicação rápida desses organismos.

A forma de reprodução assexuada das bactérias recebe o nome de divisão binária ou


cissiparidade. Nesse tipo de reprodução, ocorre a duplicação do material genético e
posterior divisão de uma bactéria em duas. Para que ocorra a divisão, há a formação
de um septo na região equatorial e das células-filhas, também chamadas de clones.
Em algumas espécies, esse processo dura, em média, 20 minutos, sendo esse período
chamado de tempo de geração.

2.2.3 A importancia da bacteria

A importância das bactérias é visível em diversos meios. Elas auxiliam: digestão de


ruminantes, tratamento de esgoto, produção de antibióticos, fabricação de laticínios
etc.

As bactérias não são somente organismos causadores de doenças! Elas contribuem, e


muito, para melhorar a qualidade ambiental e de vida de diversas espécies. No
sistema digestório de alguns organismos, como ruminantes e cupins, por exemplo,
determinadas bactérias auxiliam na quebra de algumas substâncias, como a celulose.

O que diz respeito a cadeias alimentares, muitos destes indivíduos, juntamente com
determinados tipos de fungos, são capazes de decompor a matéria orgânica oriunda
de organismos mortos e seus resíduos, liberando para o ambiente diversos nutrientes
de composição mais simples, sendo estes aproveitados por outros seres vivos.

2.2.4. As doencas causadas por bacterias

1. Infecção urinária

A infecção urinária é uma das infecções mais comuns causadas por bactérias,
podendo acontecer devido a um desequilíbrio da microbiota da região genital, ou
devido ao fato de segurar o xixi, não realizar a higienização íntima adequada, beber
pouca água durante o dia ou possuir pedras nos rins, por exemplo.

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Várias são as bactérias que podem causar infecção urinária, sendo as principais
Escherichia coli, Proteus sp., Providencia sp. e Morganella spp..

Principais sintomas: Os principais sintomas relacionados à infecção urinária são dor


e ardor ao urinar, urina turva ou com presença de sangue, febre baixa e persistente,
vontade frequente de fazer xixi e sensação de não conseguir esvaziar a bexiga.

Como tratar: O tratamento para infecção urinária é indicado pelo médico quando há
sintomas e o microrganismo é identificado, sendo normalmente indicado o uso de
antimicrobianos, como o Ciprofloxacino, por exemplo. No entanto, quando não
existem sintomas, o médico pode optar por não realizar tratamento com antibióticos
para evitar o surgimento de bactérias resistentes.

Como é feita a prevenção: A prevenção das infecções urinárias é feita por meio do
controle das causas. Assim, é importante realizar a higiene íntima adequadamente,
evitar segurar o xixi por muito tempo e beber pelo menos 2 litros de água por dia, por
exemplo.

2. Meningite

A meningite corresponde à inflamação do tecido que envolve o cérebro e a medula


espinhal, a meninge, e pode ser causada por diversas espécies de bactérias, sendo as
principais Streptococcus pneumoniae, Mycobacterium tuberculosis, Haemophilus
influenzae e Neisseria meningitidis, que podem ser adquiridas por meio de secreções
de pessoas diagnosticadas com a doença.

Principais sintomas: Os sintomas da meningite podem surgir cerca de 4 dias após o


acometimento das meninges, podendo haver febre, dor de cabeça e ao movimentar o
pescoço, aparecimento de manchas roxas na pele, confusão mental, cansaço excessivo
e rigidez muscular no pescoço.

Como tratar: O tratamento da meningite normalmente é feito no hospital, para que o


médico possa avaliar a evolução da pessoa e prevenir complicações. Assim, é
necessário o uso de antibióticos, de acordo com a bactéria responsável, podendo ser
indicado o uso de Penicilina, Ampicilina, Cloranfenicol ou Ceftriaxona, por exemplo,
que devem ser utilizados conforme orientação do médico.

Como é feita a prevenção: A prevenção da meningite deve ser feita principalmente


por meio da vacinação contra a meningite, que deve ser tomada ainda em criança.
Além disso, é importante que as pessoas com meningite usem máscara e evitem
tossir, falar ou espirrar perto de pessoas saudáveis para evitar o contágio.

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3. Clamídia

A clamídia é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria


Chlamydia trachomatis, que pode ser transmitida através da relação sexual oral,
vaginal ou anal sem preservativo, além de também poder ser transmitido da mulher
para o filho durante o parto normal quando o tratamento não foi realizado
corretamente.

Principais sintomas: Os sintomas da clamídia podem surgir até 3 semanas após a o


contato com a bactéria, podendo ser notado dor e ardor ao urinar, corrimento peniano
ou vaginal branco amarelado e semelhante a pus, dor pélvica ou inchaço dos
testículos, por exemplo. Como tratar: O tratamento para clamídia deve ser feito sob
orientação do ginecologista ou urologista, sendo indicado o uso de antibióticos,
como Azitromicina ou Doxiciclina, para promover a eliminação da bactéria e alívio
dos sintomas. É importante que o tratamento seja feito pela pessoa infectada e pelo
(a) parceiro (a), mesmo que não existam sintomas aparentes, pois assim é possível
prevenir a infecção.

Como é feita a prevenção: Para prevenir a infecção pela Chlamydia trachomatis, é


importante usar preservativo em todas as relações sexuais e fazer o tratamento de
acordo com a indicação do médico, mesmo que não existam sinais ou sintomas
aparentes.

4. Gonorreia

A gonorreia é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria


Neisseria gonorrhoeae que é transmitida através da relação sexual vaginal, anal ou
oral desprotegida.

Principais sintomas: Na maioria dos casos a gonorreia é assintomática, no entanto


alguns sintomas podem aparecer até 10 dias depois do contato com a bactéria,
podendo ser notado dor e ardor ao urinar, corrimento branco-amarelado, inflamação
da uretra, incontinência urinária ou inflamação no ânus, quando a infecção aconteceu
por meio da relação sexual anal.

Como tratar: O tratamento para gonorreia deve ser feito de acordo com a orientação
médica, sendo normalmente recomendado o uso de antibióticos, como Azitromicina
ou Ceftriaxona, e abstinência sexual durante o período de tratamento.

20
É importante que o tratamento seja feito até o fim, mesmo que não existam sinais e
sintomas aparentes, pois assim é possível garantir a eliminação da bactéria e prevenir
o desenvolvimento de complicações, como doença inflamatória pélvica e
infertilidadeComo é feita a prevenção: Para prevenir a transmissão e contágio da
gonorreia, é importante utilizar camisinha em todas as relações sexuais.

5. Sífilis

Assim como a clamídia e a gonorreia, a sífilis também é uma infecção sexualmente


transmissível, causada pela bactéria Treponema pallidum, cujo o contágio pode
acontecer através da relação sexual desprotegida ou contato direto com as lesões da
sífilis, já que são ricas em bactérias. Além disso, a sífilis pode ser transmitida de mão
para filho durante a gestação ou no momento do parto, quando a doença não é
identificada e/ou tratada corretamente.

Principais sintomas: Os sintomas iniciais da sífilis são feridas que não doem ou
causam desconforto que podem aparecer no pênis, ânus ou região genital feminina e
desaparecer espontaneamente. No entanto o desaparecimento dessas lesões não é
indicativo de que a doença está solucionada, mas sim de que a bactéria está se
espalhando pelo organismo através da corrente sanguínea, podendo dar origem à
sífilis secundária e terciária. Como tratar: O tratamento da sífilis deve ser
recomendado pelo urologista ou ginecologista de acordo com o estágio da doença em
que a pessoa se encontra e gravidade dos sintomas. De forma geral, o tratamento é
feito por meio de injeções de penicilina benzatina, que é capaz de promover a
eliminação da bactéria.

Como é feita a prevenção: A prevenção da sífilis é feita por meio do uso de


preservativo em todas as relações sexuais, assim é possível evitar entrar em contato
com as lesões. Além disso, no caso da gestante com sífilis, para prevenir a infecção
do bebê, é importante que o tratamento seja feito de acordo com a orientação do
médico, pois assim é possível diminuir a quantidade de bactérias circulantes e
diminuir o risco de transmissão.

6. Hanseníase

A hanseníase, também conhecida como lepra, é uma doença causada pela bactéria
Mycobacterium leprae e que pode ser transmitida por meio do contato com secreções
nasais de pessoas com lepra, principalmente.

Principais sintomas: Essa bactéria possui predileção pelo sistema nervoso, podendo
causar paralisia muscular, por exemplo. No entanto, os sintomas mais característicos
da hanseníase são as lesões formadas na pele, que acontecem devido à presença da

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bactéria no sangue e na pele. Assim, os sintomas mais característicos da hanseníase
são ressecamento da pele, perda da sensibilidade e presença de lesões e feridas nos
pés, nariz e olhos, o que pode resultar em cegueira.

Como tratar: O tratamento para a hanseníase deve ser indicado pelo infectologista
assim que o diagnóstico é feito para que haja chances reais de cura. Assim, o
tratamento geralmente é feito com vários medicamentos com o objetivo de eliminar a
bactéria e evitar a progressão da doença e o surgimento de complicações. Os
medicamentos mais indicados são Dapsona, Rifampicina e Clofazimina, que devem
ser utilizados conforme a orientação do médico.

Além disso, devido às deformidades que podem surgir, pode ser necessária a
realização de procedimentos para correção e, até mesmo, acompanhamento
psicológico, uma vez que as pessoas com hanseníase podem sofrer discriminação
devido a sua aparência

Como é feita a prevenção: A forma de prevenção mais eficaz contra a lepra é o a


detecção da doença em fases iniciais e início da terapia assim que é estabelecido o
diagnóstico. Dessa forma, é possível prevenir a ocorrência dos sintomas e de
complicações e o contágio de outras pessoas.

7. Coqueluche

A coqueluche é uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis,


que entra no organismo através das vias respiratórias, aloja-se nos pulmões e leva ao
desenvolvimento dos sintomas respiratórios, sendo mais comum de acontecer nas
crianças e que pode ser facilmente prevenida por meio da vacinação.

Principais sintomas: Os sintomas iniciais da coqueluche são semelhantes aos de uma


gripe, sendo observada febre baixa, coriza e tosse seca, por exemplo. No entanto, à
medida que a infecção evolui é possível haver crises de tosse súbita em que a pessoa
sente dificuldade para respirar e que terminam em uma inspiração profunda, como se
fosse um gripo.

Como tratar: O tratamento para coqueluche envolve o uso de antibióticos, como


Azitromicina, Claritromicina ou Eritromicina, por exemplo, que deve ser utilizado
conforme a orientação do médico.

Como é feita a prevenção: Para prevenir a coqueluche é recomendado evitar ficar


em locais fechados por muito tempo e lavar as mãos com água e sabão de forma
frequente, além de ser recomendado tomar a vacina DTPA, que está prevista no plano

22
de vacinação da criança e que garante proteção contra coqueluche, difteria,
tuberculose e tétano. Saiba mais sobre vacina DTPA.

2.2.5 As doenças causadas por bacterias registradas em Timor-Leste

1.Sífilis

De acordo com os últimos dados da OMS publicados em 2020, as mortes por sífilis
em Timor-Leste atingiram 12 ou 0,17% do total de mortes. A taxa de mortalidade
ajustada por idade é de 0,46 por 100.000 habitantes, posiciona Timor-Leste no 59º
lugar do mundo.
2.Tuberculose

Em 2021 o ministerio de saúde (MS) resistou, entre janeiro e março deste ano, 874
doentes com tuberculose, dos quais 349 em Dili, revelou a Diretora Nacional de
controlo de doenças,Josefina Clarinha João.

Do número total de pessoas testadas,Baucau regista 86 infetadas (51%), Covalima 68


(76%), Bobonaro 49 (37%), Ermera 46 (27%), Manufahi 42 (66%), Líquiça 39
(44%), Viqueque 39 (37%), Ainaro 35 (40%), Manatuto 31 (42%),Lautêm 27 (27%),
Aileu 22 (33%) e na região administrativa especial de Óe-Cusse Ambeno (RAEOA)
41 (43%).

3.Colera

Os factores de risco para aparecer uma epidemia estão aí. São as condições de
habitação que não são muito favoráveis, bem como a higiene, o saneamento e a falta
de água potável em vários campos. Portanto, os riscos neste momento p ara aparecer
nomeadamente uma epidemia de cólera e surtos de diarreia estão aí", salientou.

"Mas do ponto de vista medicamentosa, o Serviço Nacional de Saúde está a fazer


todos os possíveis e o Ministério da Saúde está a trabalhar com outras i nstituições
para reduzir esses riscos, fazendo o possível para que esses campos tenham acesso a
água potável e condições mínimas de tratamento e higiene", adiantou.

23
2.3. Protozoarios.

Os protozoários fazem parte do Reino Protista, assim como as algas. Esses


microorganismos são unicelulares (de uma só célula), eucariontes (com um núcleo) e,
geralmente, são heterotróficos (sem capacidade de produzir seu próprio alimento,
portanto, se alimentam de outros seres vivos).
 
Eles costumam ter um tipo de vida livre e são encontrados em ambientes aquáticos,
geralmente na água doce, salobra ou  água salgada, ou em lugares úmidos, rastejando
pelo solo ou sobre matéria orgânica em decomposição. Algumas espécies acabam se
associando a outros organismos para viver, como os parasitas. 

Protozoário é um termo popular para indicar organismos predominantemente unicelulares,


cuja origem é grega, onde proto significa primeiro e zoo, animal. Acredita-se que as
primeiras observações destes organismos foram feitas por Antonie van Leeuwenhoek entre o
século XVII e XVIII.

2.3.1. Estruturas gerais de protozoarios

Os protozoários pertencem ao Reino Protista, juntamente com as algas.

Por serem eucariontes, apresentam núcleo individualizado e sua única célula exerce
todas as funções que normalmente há nos multicelulares: respiração, excreção e
reprodução.

Uma característica típica de suas células é a presença de vacúolos contráteis ou


pulsáteis, com função de realizar regulação osmótica.

Devido à diferença de concentração entre o citoplasma e o ambiente externo, há


entrada constante de água por osmose. Assim, o vacúolo controla a quantidade de
água, recolhendo e eliminando o excesso.

.2.3.2. Grupos do protozoarios.

Rizópodos

Os rizópodos utilizam pseudópodos (“falsos pés”)


para se locomover. O mais famoso representante
deste grupo é a ameba, que obtém seu alimento
com o processo chamado fagocitose, e fazendo a
digestão em seus vacúolos digestivos.

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Flagelados

Os flagelados utilizam o movimento de um único e


longo flagelo para se locomover, são de vida livre
e muitos deles são parasitas de seres humanos. É o
caso do Trypanosoma cruzi, causador da doença de
Chagas.

Ciliados

O meio que os ciliados usam para se locomover é


através do batimento de cílios, que são filamentos
menores e mais numerosos do que os flagelos.
Geralmente aparecem na água doce ou salgada
com matéria vegetal em decomposição. A forma
de reprodução é sexuada, em que uma célula
transmite material genético para outra célula.
Depois da conjugação, as células realizam a
reprodução assexuada. Um exemplo de protozoário ciliado é os do gênero
Paramecium, que costumam habitar poças de água suja.

Esporozoários

Os esporozoários, por sua vez, não apresentam


organelas locomotoras nem vacúolos contráteis. Eles
são levados pelo ambiente, que pode ser o ar, a água
ou algum animal. Um exemplo desse tipo de
protozoário é o Plasmodium vivax, responsável por
provocar a malária.

25
2.3.3. Tipos de doenças humanos causados por protozoarios.

1. Leishmaniose

A leishmaniose é uma parasitose causada pelo protozoário do gênero Leishmania que,


de acordo com a espécie responsável pela infecção, pode causar sintomas que variam
de leves a graves. Uma das espécies mais frequentemente encontradas no Brasil é a
Leishmania braziliensis, que normalmente está relacionada a manifestações clínicas
mais graves.

A transmissão das espécies de Leishmania acontece por meio a picada de uma


mosca do gênero Lutzomyia, popularmente chamado de mosquito-palha, que ao picar
as pessoas, por exemplo, deposita o parasita que estava localizada no seu sistema
digestivo. De acordo com a espécie e sintomas apresentados pelo paciente, a
leishmaniose pode ser classificada em Leishmaniose tegumentar ou cutânea,
Leishmaniose mucocutânea e Leishmaniose visceral, cada uma apresentando
características específicas.

Sintomas: No caso da leishmaniose cutânea, os sintomas iniciais normalmente


aparecem entre duas semanas e três meses após a infecção pelo protozoário, sendo
normalmente observado o aparecimento de um ou mais nódulos no local da picada
que pode evoluir para uma ferida aberta e indolor em poucas semanas.

No caso da leishmaniose mucocutânea, as lesões são mais sérias e evoluem


rapidamente para lesões abertas envolvendo as mucosas e cartilagens, principalmente
nariz, faringe, e boca. Essas lesões podem resultar em dificuldade para falar, engolir
ou respirar, o que pode aumentar o risco de infecção e resultar no óbito, por exemplo.

Já na leishmaniose visceral, os sintomas possuem evolução crônica e geralmente há


febre frequente, aumento do baço e do fígado, anemia, perda de peso e edema,
devendo ser tratado rapidamente, uma vez que as pessoas com esse tipo de
leishmaniose podem evoluir rapidamente para um quadro de caquexia e,
consequentemente, óbito.

Como é feito o tratamento: O tratamento para a leishmaniose é feito quando as


lesões iniciais são muito grandes, multiplicam-se ou resultam em sintomas
debilitantes, sendo indicado o uso de Antimoniais Pentavalentes, como a Anfotericina
B, Pentamidina e Aminosidina, por exemplo, que devem ser usados de acordo com o
tipo de leishmaniose e orientação do médico.

26
Como prevenir: para prevenir a leishmaniose, é importante usar repelente, blusas de
mangas compridas ou calças compridas, além de colocar telas nas janelas e nas
portas, por exemplo, uma vez que dessa forma é possível prevenir a picada do
mosquito infectado pelo protozoário.

2. Tricomoníase

A tricomoníase é uma doença infecciosa e sexualmente transmissível que é causada


pelo protozoário Trichomonas sp., sendo a espécie mais comumente encontrada o
Trichomonas vaginalis. A infecção por esse parasita pode acontecer tanto em homens
quanto em mulheres, causando sintomas semelhantes às infecções urinárias.

Principais sintomas: Nas mulheres, os sintomas da tricomoníase demoram cerca de


3 a 20 dias para aparecer, podendo haver corrimento de cor amarelo-esverdeado e de
odor forte, dor durante as relações sexuais, dor ao urinar e aumento da vontade para
fazer xixi. Nos homens, os principais sintomas são corrimento claro, viscoso e pouco
abundante e desconforto ao urinar.

Como é feito o tratamento: O tratamento para a tricomoníase é feito com o uso de


antibióticos de acordo com a orientação médica, sendo normalmente indicado o uso
de Tinidazol ou Metronidazol, por exemplo. É importante que tanto a pessoa
infectada quando o seu parceiro realizem o tratamento para a tricomoníase mesmo
que não existam sintomas.

Como prevenir: no caso da tricomoníase, a prevenção envolve o uso de preservativo


em todas as relações sexuais, já que esse protozoário é transmitido por via sexual.

3. Doença de Chagas

A Doença de Chagas, também conhecida como Tripanossomíase Americana, é uma


doença infecciosa causada pelo parasita Trypanosoma cruzi. Essa doença é
transmitida por meio da picada do inseto popularmente conhecido como barbeiro, que
imediatamente após picar a pessoa, defeca, liberando o parasita, e quando a pessoa
coça o local, acaba por espalhar o protozoário e permitir sua entrada no organismo.

Apesar da picada do barbeiro ser a forma mais comum de transmissão do parasita, a


doença de Chagas também pode ser adquirida por meio de transfusão de sangue
contaminado, de mãe para filho durante a gravidez ou parto e através do consumo de
alimentos contaminados pelo barbeiro ou seus excrementos, principalmente cana de
açúcar e açaí.

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Principais sintomas: Os sintomas da doença de chagas variam de acordo com a
imunidade do hospedeiro, podendo ser assintomática, em que o parasita ficar no
organismo por anos sem causar sintomas, ou ter sintomas que variam de leve a grave
de acordo com a quantidade de parasitas no organismo e sistema imunológico da
pessoa.

Os principais sintomas relacionados à doença de Chagas são febre, edema no local da


picada, aumento do fígado e do baço, inchaço e dor dos gânglios linfáticos e mal estar
geral. Além disso, é comum que haja comprometimento cardíaco, levando ao
aumento do coração, e inchaço das pálpebras.

Como é feito o tratamento: O tratamento para a doença de chagas ainda não está
muito bem estabelecida, no entanto normalmente é indicado que os pacientes com
Chagas sejam tratados com o uso de Nifurtimox e Benzonidazol.

Como prevenir: uma forma de prevenir a doença de chagas é colocando telas e


mosquiteiros em janelas e portas, pois assim é possível evitar a entrada do inseto no
ambiente e, assim prevenir a picada. Além disso, é recomendado dar preferência ao
consumo de alimentos de origem vegetal pasteurizados.

4. Giardíase

A giardíase é uma parasitose causada pelo protozoário Giardia lamblia, que é a única
espécie do gênero Giardia capaz de infectar e causar sintomas nas pessoas. Essa
doença é mais comum em crianças e pode ser transmitida por meio da ingestão de
cistos de Giardia lamblia presente na água, alimentos ou ambiente contaminado,
além do contato direto com pessoas contaminadas, sendo esta forma de transmissão
comum em locais em que há muitas pessoas e não possui condições sanitárias
adequadas.

Principais sintomas: Os sintomas de giardíase surgem 1 a 3 semanas após o contato


com o protozoário e são principalmente intestinais, podendo haver cólicas
abdominais, aumento da produção de gases intestinais, má digestão, perda de peso
não intencional e diarreia que pode se leve e persistente ou intensa.

Como é feito o tratamento: O tratamento para a giardíase envolve o uso de


antibióticos e antiparasitários, como o Metronidazol, Secnidazol, Tinidazol ou
Albendazol, que deve ser usado conforme orientação do médico. Além disso, devido
à diarreia, é importante que a pessoa beba bastante líquidos durante o tratamento com
o objetivo de prevenir a desidratação, que é comum nesses casos.

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Em casos mais graves, quando a diarreia é intensa e persistente, é recomendado que a
pessoa seja encaminhada para o posto de saúde ou hospital mais próximo para que
receba soro diretamente na veia e, assim, possa ser evitada a desidratação.

Como prevenir: para prevenir a giardíase, é importante lavar as mãos regularmente,


higienizar os vegetais antes de consumir, principalmente os que são consumidos crus,
e beber apenas água filtrada ou devidamente tratada através da fervura.

5. Amebíase

A amebíase é uma doença infecciosa muito comum em crianças, é causada pelo


parasita Entamoeba histolytica e é transmitida principalmente por meio da ingestão
de cistos presentes na água ou nos alimentos contaminados com fezes. Quando os
cistos entram no organismo, permanecem alojados na parede do trato digestivo e
liberam as formas ativas do parasita, que se reproduzem e dirigem-se para o intestino
da pessoa, causando sintomas digestivos.

Principais sintomas: A Entamoeba histolytica pode permanecer no organismo sem


causar sintomas por anos, no entanto é mais comum que cerca de 2 a 4 semanas após
o contágio comecem a aparecer os sintomas. Os principais sintomas relacionados à
amebíase são desconforto abdominal, diarreia, enjoo, náusea, cansaço excessivo e
presença de sangue ou secreção nas fezes.

Como é feito o tratamento: O tratamento da amebíase é simples e deve ser feito com
o Metronidazol de acordo com a orientação do médico. Apesar de ser uma parasitose
de tratamento fácil, é importante que seja iniciado assim que surjam os primeiros
sintomas, já que a Entamoeba histolytica é capaz de ultrapassar a parede do intestino
e espalhar-se pela corrente sanguínea, atingindo outros órgãos e causando sintomas
mais graves.

Como prevenir: para prevenir a amebíase, é importante ter atenção à higienização


dos alimentos antes de consumi-los, além de ser importante beber apenas água
filtrada ou fervida.

6. Malária

A malária é causada pela picada do mosquito fêmea do gênero Anopheles infectado


pelo parasita do gênero Plasmodium spp. As principais espécies do parasita
encontradas no Brasil são Plasmodium malariae, Plasmodium falciparum e
Plasmodium vivax. Esse parasita, ao entrar no corpo, vai para o fígado, onde se

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multiplica, e depois chega na corrente sanguínea, sendo capaz de destruir as
hemácias, por exemplo.

Apesar de ser pouco frequente, a transmissão da malária também pode acontecer por
meio de transfusão de sangue contaminado, compartilhamento de seringas
contaminadas ou acidentes em laboratório, por exemplo.

Principais sintomas: O período de incubação da malária, que é o tempo entre o


contato com o agente causador da doença e o aparecimento dos primeiros sintomas,
varia de acordo com a espécie de protozoário. No caso do P. malariae, o período de
incubação é de 18 a 40 dias, o do P. falciparum é de 9 a 14 dias e o do P. vivax é de
12 a 17 dias.

Os sintomas iniciais da malária são semelhantes aos de outras doenças infecciosas,


havendo mal estar, dor de cabeça, cansaço e dor muscular. Normalmente esses
sintomas antecedem os sintomas característicos da malária, que geralmente estão
relacionados com a capacidade do parasita entrar nas hemácias e destruí-las, como
por exemplo febre, suor, calafrio, náuseas, vômitos, dor de cabeça e fraqueza.

Nos casos mais graves, principalmente quando a infecção acontece em crianças,


gestantes, adultos não imunes e pessoas com o sistema imunológico comprometido,
pode haver convulsões, icterícia, hipoglicemia e alterações do estado de consciência,
por exemplo.

Como é feito o tratamento: Para tratar a malária, o médico normalmente indica o


uso de medicamentos antimaláricos, que são fornecidos gratuitamente pelo SUS, de
acordo com a espécie de Plasmodium, gravidade dos sintomas, idade e estado
imunológico da pessoa. Assim, pode ser recomendado o uso de Cloroquina,
Primaquina ou Artesunato e Mefloquina, por exemplo. 

Como prevenir: para prevenir a malária, é indicado usar roupa de cor mais clara e
tecido fino, usar repelente à base de DEET, colocar telas de proteção em janelas e
portas e evitar as áreas com maior número de casos de malária. Além disso, caso a
pessoa vá para algum lugar com muitos casos de malária, pode ser indicado pelo
médico, em alguns casos, a realização de tratamento profilático com alguns
medicamentos antimaláricos.

. Toxoplasmose

A toxoplasmose é uma doença infecciosa causada pelo protozoário Toxoplasma


gondii, que possui como hospedeiro definitivo os gatos, e intermediário os humanos.
Assim, as pessoas podem ser infectadas por esse parasita por meio da ingestão de

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cistos de Toxoplasma gondii presentes no solo, água ou alimentos, por meio da
ingestão de fezes dos gatos infectados ou por meio da transmissão mãe-filho, também
chamada de transplacentária, que acontece quando a gestante adquire toxoplasmose e
não faz o tratamento adequado, podendo o parasita passar pela placenta e infectar o
bebê.

O diagnóstico da toxoplasmose é feito principalmente por meio de testes


imunológicos que indicam a concentração de anticorpos contra o parasita circulantes
no sangue. Além dos testes imunológicos, o médico deve levar em consideração os
sintomas apresentados pelo paciente, apesar de muitas vezes os sintomas serem
semelhantes a outras parasitoses.

Principais sintomas: Na maioria das vezes a toxoplasmose é assintomática, no


entanto em gestantes e pessoas com o sistema imunológico comprometido os
sintomas podem aparecer entre 5 a 20 dias de acordo com a forma de contágio. Os
principais sintomas relacionados com a toxoplasmose são aparecimento de ínguas no
pescoço, dor de cabeça, manchas vermelhas pelo corpo, febre e dor muscular.

Como é feito o tratamento: O tratamento para a toxoplasmose é feito com o objetivo


de eliminar o parasita do organismo, sendo normalmente recomendado pelo médico o
uso de medicamentos, como por exemplo a Pirimetamina associada a Sulfadiazina.
Durante a gravidez, em caso de diagnóstico de toxoplasmose, é importante que o
tratamento seja realizado rapidamente para evitar malformações fetais e complicações
durante a gestaçãoComo prevenir: a principal forma de prevenção da toxoplasmose
é através da higienização adequada dos alimentos antes de consumir. Além disso,
como esse protozoário possui o gato como hospedeiro, é importante também levar o
gato regularmente ao veterinário e usar luvas e máscaras de proteção quando for
trocar a caixa de areia, por exemplo.

2.3.4 Tipos de doenças causadospo protozoarios em Timor-Leste.

1.Malária

Em Timor-Leste realizados testes em 2006, detetou-se uma redução na incidência de


casos de malária para cerca de 97%, ou seja, 223/1000 habitantes. Em 2013, este
valor desceu drasticamente para 1.042 casos confirmados (ou seja, 1/1000
habitantes). Este êxito deve-se, em parte, à introdução, em 2008, de um teste de
diagnóstico rápido, denominado monovalent e, ainda, em 2010, ao uso dos testes de
diagnóstico rápido bivalent, nos centros de saúde de todo o território. Com o novo
programa nacional de controlo da malária assistiu-se à revisão dos protocolos clínicos

31
para o tratamento da Malária, com recurso à terapia Arthemether Combination
Therapy (ACT), que, em 2007, contribuiu para  a redução de casos de malária, de
42% para 33%.

O Ministério da Saúde, em 2008, realizou uma campanha em todos os centros de


saúde, no sentido de as pessoas suspeitas de malária fazerem um teste antes de
receberem tratamento. Isso quer dizer que, nos centros, deixaram de dar tratamento
aos utentes, apenas com base em sintomas de malária.

2.4. Fungos.

Os fungos são organismos agrupados, segundo a classificação de Whittaker, no


Reino Fungi. Esses organismos podem ser encontrados em diferentes ambientes e
são importantes ecologicamente, pois realizam o papel de decompositores, e também
economicamente, pois são usados desde a medicina até em nossa alimentação. Além
disso, alguns fungos destacam-se porque causam doenças.

2.4.1 Características gerais dos fungos

Os fungos são organismos unicelulares ou multicelulares que apresentam células


eucariontes, ou seja, com núcleo delimitado por membrana. Esses organismos são
heterotróficos, não apresentando plastos ou qualquer pigmento fotossintetizante. A
hifa é a unidade estrutural dos fungos e seu conjunto é denominado de micélio, que,
por sua vez, é responsável pelo desenvolvimento do fungo e pela absorção de
nutrientes.

 Eucariontes: apresentam membrana nuclear envolvendo o material genético.


 pluricelulares ou unicelulares: são formados por muitas células ou por uma
única célula.
 heterótrofos: são organismos que não produzem seu próprio alimento e, por
esse motivo, dependem de outros seres vivos para obtê-lo.

Os principais representantes do reino Fungi são os cogumelos, os bolores, as orelhas-


de-pau e as leveduras (ou fermentos).

2.4.2 Habitat dos fungos.

Os fungos podem ser encontrados nos mais variados tipos de habitat. Eles
ocorrem desde interior ou exterior de animais, inclusive dos humanos, na água, no
solo e em plantas, incluindo nos alimentos que comemos.

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Precisam de um ambiente quente e úmido para se reproduzirem, portanto, sua
maior diversidade ocorre em regiões tropicais.

2.4.3. Clasificação dos fungos.

Os fungos podem ser classificados em diferentes filos. Aqui consideraremos sete


filos, os quais estão descritos a seguir:

Chytridiomycota.:Nesse grupo a grande maioria de seus representantes é de água


doce, com poucas espécies marinhas e terrestres. Como característica mais marcante,
observa-se a presença de uma estrutura de propagação no ambiente aquático flagelada
(zoósporo flagelado).

Neocallimastigomycota:Esses fungos anaeróbios são encontrados, em sua maioria,


vivendo no sistema digestório de mamíferos herbívoros. Produzem zoósporos não
flagelados.

.Blastocladiomycota :São fungos encontrados no ambiente aquático, solo e


parasitando insetos. Possuem reprodução sexuada por meio da fusão de gametas e
reprodução assexuada com zoósporo com apenas um flagelo.

2.4.4 Doenças causados por fungos.

1. Pano branco

Também conhecida como micose de praia, esta infecção tem o nome científico de
Ptiríase versicolor, e é provocada pelo fungo Malassezia furfur, que provoca manchas
arredondadas na pele. Geralmente, as manchas são de cor branca, pois o fungo
impede a produção de melanina quando a pele é exposta ao sol, e são mais comuns no
tronco, abdômen, face, pescoço ou braços.

Como tratar: O tratamento costuma ser feito com cremes ou loções a base de
antifúngicos, como Clotrimazol ou Miconazol, indicados pelo dermatologista. No
caso de lesões muito grandes, pode ser indicado o uso de comprimidos, como
Fluconazol.

2. Candidíase

Existem várias espécies de fungos que fazem parte da família Candida, sendo a mais
comum a Candida albicans que apesar de habitar naturalmente o organismo,
principalmente a mucosa da boca e da região íntima, pode causar diversos tipos de
infecção no organismo, sobretudo quando as defesas imunes estão prejudicadas.

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As regiões do corpo mais afetadas são dobras da pele, como virilhas, axilas e entre os
dedos das mãos e dos pés, as unhas, e também pode atingir mucosas, como boca,
esôfago, vagina e reto. Além disso, a infecção pode ser grave a ponto de se
disseminar pela corrente sanguínea a atingir órgãos como pulmões, coração ou rins,
por exemplo.

Como tratar: O tratamento para candidíase é feito principalmente com pomadas


antifúngicas como Fluconazol, Clotrimazol, Nistatina ou Cetoconazol. No entanto,
nos casos mais graves ou na infecção no sangue e órgãos do corpo, podem ser
necessário antifúngicos em comprimido ou na veia.

3. Esporotricose

Esta micose pode ultrapassar a pele e atingir também a região subcutânea e os


gânglios. Esta infecção é provocada por fungos da família Sporothrix spp., que
habitam a natureza e estão presentes no solo, plantas, folhas e madeira, por exemplo,
por isso, infectam principalmente fazendeiros, jardineiros ou agricultores.

Este fungo também pode de ser transmitido pela arranhadura de gatos contaminados.
Geralmente, a infecção da pele provoca o surgimento de caroço indolor, avermelhado
e que cresce gradualmente. Em alguns casos, principalmente nas pessoas com a
imunidade comprometida, pode haver o surgimento de diversas lesões, assim como
pode se espalhar pela corrente sanguínea e infectar pulmões, ossos, articulações,
testículos e, até, o cérebro.

Como tratar: O tratamento é feito com antifúngicos de uso oral ou venoso, como
Itraconazol, por 3 a 6 meses, e nos casos mais graves pode ser necessário o uso de
antifúngicos venosos, como a Anfotericina B, podendo durar por 12 meses.

4. Aspergilose

É a infecção causada pelo fungo Aspergillus fumigatus, que afeta principalmente os


pulmões, apesar de também provocar alergias ou atingir outras regiões das vias
respiratórias, causando sinusites ou otites, por exemplo.

Este fungo é encontrado no ambiente, podendo estar inclusive dentro de casa, em


ambientes úmidos, como cantos da parede ou banheiros. Ao invadir os pulmões
através da respiração, o Aspergillus fumigatus provoca lesões, chamadas de bolas
fúngicas ou aspergilomas, que podem causar tosse, falta de ar, catarro com sangue,
perda de peso e febre.

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Como tratar: O tratamento para aspergilose é feito com antifúngicos potentes, como
Itraconazol ou Anfotericina B, que devem ser usados de acordo com a orientação do
medico.

5. Paracoccidioidomicose

Também chamada de blastomicose sul americana, esta infecção é provocada por


fungos da família Paracoccidioides, que habita o solo e as plantas, por isso essa
infecção é mais comum na área rural.

A transmissão acontece principalmente através do ar, ao se inalar o fungo, que


penetra nos pulmões e na corrente sanguínea, provocando sintomas como falta de
apetite, emagrecimento, tosse, falta de ar, febre, coceira, feridas na pele e surgimento
de ínguas.

Como tratar: O tratamento para essa infecção geralmente é longo, podendo durar de
meses a anos, sendo normalmente indicado pelo médio o uso de antifúngicos, como
Itraconazol, Fluconazol, Cetoconazol ou Voriconazol, por exemplo. Nos casos mais
graves, em que o pulmão não desempenha sua função corretamente ou o fungo
atingiu outros órgãos, o tratamento deve ser realizado no hospital.

6. Histoplasmose

É uma infecção provocada pelo fungo Histoplasma capsulatum, cuja transmissão


acontece pela inalação dos fungos presentes na natureza.

A doença costuma se desenvolver em pessoas com a imunidade enfraquecida, como


por doenças imunológicas, AIDS ou desnutridos, por exemplo, ou pessoas que inalam
uma grande quantidade de fungos. Os sinais e sintomas que podem ocorrer são tosse,
dor do peito, falta de ar, suor, febre e perda de peso.

Como tratar: Quando a pessoa é saudável, a infecção por esse fungo pode
desaparecer sem qualquer tratamento específico. No entanto, em casos mais graves,
principalmente quando o sistema imunológico está comprometido, o médico pode
recomendar o uso de antifúngicos sistêmicos, como o Itraconazol, Cetoconazol ou a
Anfotericina B, por exemplo, evitando que o fungo atinja a corrente sanguínea e
chegue a outros órgãos, havendo complicações graves.

7. Mucormicose

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A mucormicose, também conhecida como doença do fungo negro, é uma infecção
causada pelo fungo Rhizopus spp., que pode ser encontrado naturalmente na
vegetação, solos, frutas e produtos em decomposição.

A transmissão dessa doença acontece por meio da inalação de esporos do fungo, o


que leva ao aparecimento de sintomas como dor de cabeça, secreção nasal e nos
olhos, vermelhidão no rosto, tosse com catarro, febre e, nos casos mais graves,
convulsões e perda da consciência.

Como tratar: o tratamento é feito através da injeção de medicamentos antimicóticos


por via intravenosa ou uso do medicamento por via oral, como a Anfotericina B ou o
Posaconazol, de acordo com a orientação do médico. Além disso, caso seja verificada
necrose dos tecidos, pode ser também indicada a realização de cirurgia para retirar as
partes afetadas pelo fungs.

2.4.5. Doenças causadas por fungos registradas em Timor-Leste.

1. Doenças de lepra.

A organização não governamental da missão da lepra em Timor-Leste (MLTL),


prestou , desde 2004, cuidados medicos a cerca de de três mil leprosos no país,
revelou a Diretora da MLTL, Afliana Lisnahan dos Reis.

O número de casos de lepra regista anualmente um aumento por falta de tratamento


médico. Reportamos aproximadamente três mil leprosos entre 2004 e 2021.

Recordem-se que as autoridades de saúde registraram, no ano passado, 150 casos de


lepra em oito municipios e na região administrative especial Oé-cusse ambeno, sendo
que Baucau conta com 30 ,Dili 28, Covalima 19, Ainaro 18, Manatuto 17, RAEOA
15, Liquiça 7, Lautém 2 e Viqueque um.

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Capítulo III
Consideração final

3.1 Conclusão

Os microorganismos são seres que tomam parte importante do nosso planeta.


Eles são pequenos organismos que realizam grande parte no processo de natureza.
Eles ocupam toda a parte do nosso planeta.
Mas os microorganismos também podem causar varias problemas para nos,
especialmente o nosso saúde.Por isso atravez de neste trabalho que fala sobre “ Os
estudos dos microorganismos e os seus impactos para a saúde humana” é serve para
aumentar mais o nosso conhecimento sobre a vida dos microorganismos , e depois
pode ajudar-nos a resolver o problema que enfrentamos do nosso dia a dia
especialmente relativa com a saúde humana.

3.2 Sugestão
Sugestão Depois de aprender sobre microbiologia, espero que possamos aproveitar ao
máximo este materia para que possamos entender mais sobre microbiologia, estou
ciente e admito que ainda existem muitos erros e deficiências que devem ser cobertos.
Portanto, aceito graciosamente críticas e sugestões de leitores com o propósito e
propósito de melhorar e completar o que está faltando em meu artigo.

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