486 CAPITULO 11, INTEGRAIS INDEFINIDAS onde C € R € arbitrto, isto &, Jiats) ax = nts) x4C, paracada x € (0,00), onde C € R ¢ arbitrétio 11.6 Outra técnicas para o calculo de integrais indefinidas A seguir exibiremos outas técnicas para encontrar inteprais indefinidas. 11.6.1 Integrais indefinidas envolvendo expressdes dos tipos: a? — xa’, para a £0 fixado. Comegaremos pela substituigées trigonométricas ou hiperbélicas, Observagao 11.6.1 SejaaeR, a £0 fivado. Fara tentarmes encontrar uma integral indefinida que nuoluem expressées do tipo (i) &—x (@) e+x (wi) 2 tentaremes uma mudanga de varidvets do tipo: (@) Para o caso (i), tentaremes: x= asen(®) (118) ou = atgh{u), (41.9) para@ el ouwe). (i) Para o caso (1), tentare! atg(®) (11.10) ou x (11.11) para 0 el ouwes, (it?) Para o caso (xii), tentaremos: (11.12) x= accsh{u) (11.13) para@elcuue),115, OUTRA TECNICAS 455 Observagéo 11.6.2 Observemos que 0s 1,J sdc subconyunios de R de modo que as funcao envolvida. sega byetora sobre a sua imagem, diferencidueis e suas funcdes anversas também deverdo ser diferencidueis nos seus respectives doménios. Utilizamos, em geral, as seguintes identidades trigométricas ow hiperbélicas: (@) Fara 0 caso (i), se utilizarmos a mudanga de varidueis (11.8), poderemes precisar das seguintes relagées: e * sen(a) =cos(0), (11.14) sen?(0) + cos*(0) a para 0 € I, Se ulitizarmos a mudanga de varidueis (11.9), precisaremos das relagdes: tgh*(u) + sech*(uJ=1 0 € A tent) = sxch?t), (11.15) para ue J. (@") Fara o case (it'), se utilizarmos a mudanca de varidveis (11.10), poderemos precisar das relacdes: a 1+ te?(8) = sec*(8)_ ey tel) = sec710), (11.16) para @ eI. Se utilizarmes a mudanca de varidveis (11.11), precisaremos das relacdes: ccsh?(u) — senb?(u) e fen =cosh(u), (ata) para ue J. (i) Para o caso (iii), se wtitizarmos a mudanca de varidveis (11.12), poderemos precisar das relaces: 1+ to2(@) = sec(@) A sec(0) = sec(8) ta(8), (11.18) para 0 € I. Se ulitizarmes a mudanca de varidveis (11.12) poderemos precisar das relagées: a © Scosh(u) 2eu) — sen? cosh*(u) — senh*(u) an senh(u), (11.19) para we J. Vale chservar que as substituicés cu seja, funedes brjetoras, Fara isto teremas, em geral, que restrigir os doménios das fungdes enuoluidas, conveniente- mente, para este fim. acima deverdo, na verdade, ser mudangas de varideeis, Apliquemes isto ao seguinte exemple:456 CAPITULO 11. INTEGRAIS INDEFINIDAS Exemplo 11.6.1 Fara a >0 firado, caleular a integral indefinida 1 [ara ® ‘A integral indefinida acima envolve uma expressto de tigo (ii). Neste case tentaremos a mudanga do tipo (11.10), iste & consideraremes a mudanca de varidveis (ou seja, uma funcéo kijetera, ver figura ab Com isto, pelo Tecrema da Substituig&o para Integrais Indefinidas, teremos: weatel0) Be (— ax ( decaf te ]d0-esec0) a0 » ace t | ! séc!(0) a6 atgiOr + ; 1 + — sect(0) 40 = + {1 a0 Toye al 31 x) V6 qaxcte (~) FC, paracada xem, isto 6, 1 ae = Sarctz (*) +C, paracada xeR. z Fedemes aplicar a mesma técnica para c: Exemplo 11.6.2 Fara a >0 firado, calcular a integral indefinida para x € (~a,a),457 Esta integral é do tipo (i) e tentaremcs uma mudanca de varidveis do tipo (11.8), isto é: = asen(@}, assim teremos dx = a-F,[sen(0)] d = acos{®) 48 (11.20) (Observemos que na verdade a mudanca de varidveis deverd ser da forma (uma funcSc bijetcra, ver figura abaixo): (E32) 4 Heal 22 : 0° 4 x asenio) xt Com iste, pelo Teorema da Substituis&o para Inteprais Indefinidas, teremos: (2 | acento) ao~af 1 cos(0) 40 ye —lasen(0)? vo? [1 = sen?(0)] 1 soap] a | ae oosle) 0 S| costo) 40 Vat es8) a | Teest0) Ree ‘cos?(@) -os(0}] 2 cxelty>0 "2 aesen(£) x 2 Jrao-o4c Sets) arcsen (2) +0, a para cada x € (—a, a), onde C € R é arkitréric. Fortanto, a= arcen (2) + , para cada x €(—a,a), @ onde C € R é arbitrario. ‘Temos mais um exemple interessante, Exemplo 11.6.3 Para a>0 firado, calewlar a integral indefinida 1 [ote para x € (—00,—a) U(a,00),458 CAPITULO 11. INTEGRAIS INDEFINIDAS Resoluga Neste caso temos que a int gal indefinida acima é do tipe (ii) ¢ assim poderfamos fazer a mudanga de varidveis da forma (11.13), isto (ser uma fungic biietora, ver figura ataixc) (0,00) + — (a,00) u + x= acosh(u) * xaremos como exercicio para 0 leitor a aplicago desta mucanca de varidveis a intepral definida acima e os célculos para encontré-a, ‘Um outro mode de encontrar a integral indefinida acima seria: al (a) allel} =x-a > du a} = 1 ba dv=a nha s eds a (Jee | $4») = tint) —iniwin +e 1 C, paracada x € (—00,—a)U(a, Jqlntlx— al) —In{k+ al] +C, paracada x € (-2e,—a) U (a, 1 x = 5 [ni|x— a!) ~In(lx + al)] + 2a » Paracada x € (—o0,—a) U (a, 00), onde C € R € arbitrétio, Observagio 11.6.3 A idéia de como resoluer a integral indefinida acima estaré, como veres mos, diretamente relacicnada com ¢ modo come resolveremos integrais indefinidas enrol fungdes racionais, GC método para en uma secdo mais adia rendo trar a mtegral indefinida de fu les racionais, ser desenvoluido em A seguir exitiremos varios cercicios resolvidos.11.8, OUTRA TECNICAS 45g Exercicio 11.6.1 Fara a> 0 fizads, calcular a integral andefinida ae ax, Bara x € (—00,—a) U (a, 00), Resolug: Observemos que deveremes ter x? — a? > 0.2 x # 0 ou, equivalentemente, |x] > ae x # 0, cu ainda, x € (00, a) U(a,o0) (como a > 0 teremos, necessariamente, que x # 0). Neste caso estamos no caso (iii) acima e tentaremos uma mudanga de varidveis de tipo (11.12), iste € [sec(0)]40 = asec(®) tz(@) 40, (11.21) =asec(®), assim teremos dx = conde [s28) vee we (0 - J. se xe la, Assim a mudanga de varidveis ser4 da forma (tama fungo bijetera, veja figura abaixo): (3)o(»¥) (00,4) U(a,00) asec(0) 0 wx460 CAPITULO 11. INTEGRAIS INDEFINIDAS Com isto, pelo Tecrema da Substituicao para Integrais Indefinidas, teremos: asec(0) tg(0) a0 = | ? [ sec(o)!? 1] te(0) a0 tesco Iter) | Vette te(0) a0 = | al, |tg(0)Ita(0) 40 J a BEI0,F Ul, )> tel0}>0 af te?(0) do (eect PI gf [sectoy 1] a= [ secro)ao fray] =altg(0) —0)+C 00, )utm§ > tg(0}>0 aljtg(@)|-el+C=a lv ta?) -9] +c a[ Vecta)—1+0] +c V3 sce (3)] ve=4[y a [= a = Ve =a? + aaresec (5) +C, paracada b> a, onde C ER € arbitratio, Fertanto, = 2 — ae = Vea + aaresec(*) +, paracada >a, onde C € R € anbitrazio, Outro exemplo ¢ dado pelo: Exerefeio 11.6.2 Calcular a integral indefinida para |x| <2. Resolugao: Esta integral € do tipo (i) (a = 2) ¢ tentaremos uma mudanga de varidveis de tipo (11.8), isto € x=2sen(0}, assim teremos dx = 28 sen(0)] d0 = 2ces(0) do (11.22) (Observemos que na verdade a mudanga de variaveis deverd ser da forma (uma fungio bijetora, ver figura abaixo) ED 22145, OUTRA TECNICAS 461 Com isto, pelo Teorema da Substituigto para Inteerais Indefinidas, teremos: | 1 Acos(0) 40 = 2 —} og(0) a0 4— asen(e)?}” y sae) V afi—senta)]}? cos(@) a8 cos(8} do = Tay lf cce2yoy an lan” 5 eco ao Tsen(0) | 8el-F$)=90 1 C, paracada Il <2, cnde C € R é arbitrario. Portanto, para cada [xl <2, ende C € R é arbitrério. ‘Temos também o: Exercicio 11.6.3 Fara a> 0 fizade, calcular a integral endefinida [vi ax, ara lk| > a.462 CAPITULO 11. INTEGRAIS INDEFINIDAS Resoluga Esta integral indefinida ¢ de tipo (iii) e assim tentaremes uma mudanca de varidveis de tipo (11.13), isto & . 4 f f x= accsh(w), imlicando que dx = a(cosh(u) = asenh(u) du, (11.23) mais especificamente, consideraremes a seguinte mudanca de varidveis (uma functo bijetora, ver figura akaixc): (0,00) + — (a,00) uo x Sacosh(u) Logo, relo Teorema da Substituigo para Integrais Indefinidas, teremos: | fea ax" | Viaccshtu)i? — e2 asenh(u) du Jvev ccs I asenh(u) du wens at | sential senh(u) du = o | jsenh(ullsenb(u) de 50 semh(u)>0-) senafu)l= “ @| senh?(u) du sensu se aebizw=t 2 shia 1 | ae 2 =a 5 fecsniauy du 5 au] weawgrtin © [ccshivi 5 av J au] 2 2 2 senh(y) por = [ cconiau) —ul +c psenhto) ul + 0°" SF [5 senbi2u) —u] a z = [Lesenttw) coshtw) uu) + = [F2senbtw) ceshtus)— u] wo senblu)>09 senhlu) eae } cebu} "Sly (cost#{u) 1) cosh(w) —u] +.¢ coi 5 a? { (2) 1] Eaton @}- c =3ve 4 aceesh (=)+¢, paracada Ixl>a11.5, OUTRA TECNICAS 463 Fortanto av x 1 x | ve=eae Vata Sarccosh (2) +c, paracada >a. Outro exercicio resolvide € dado pele: Exercicio 11.6.4 Fara a> 0 fivade, caleular a integral indefinida [ve—Ha, Esta integral é do tipo (i) e tentaremos uma mudanca de varidveis do tipo (11.8), isto é: x=asen(®), implicando que dx = a-Z [sen(@)] = acos(@) 49. (11.24) Observemos que na verdade a mudanga de varidveis deveré ser da forma (uma fungc bijetora, ver figura abaixo):464 CAPITULO 11. INTEGRAIS INDEFINIDAS Com isto, pelo Tecrema da Substituicao para Integrais Indefinidas, teremos: [vera fy a-ofy = a ¥aE Yeoe%(o) costo) a0 a? | ccs] ces) a0 ?—[asen(0))} aco 2 [1 — sen?(0)] costa) do goes 1 — sen?(0} 1 a 8 + 5 sen() scn(0}"122 128 srcsen (*) +4 ara cada hl < aesen (2 pa hl A integral indefinida acima € do tipo (i) ¢ tentaremes uma mudanga de varidveis do tipo (11.8), iste €: x=asen(0), implicando que (11.25)466 CAPITULO 11. INTEGRAIS INDEFINIDAS (Observemos que na verdade a mudanca de variveis deverd ser da forma (uma funcio bijetcra, ver figura abaixo): FF) MO 4 aa) \40) a + x asen( / 4 ‘Ser4 vistc mais adiante que 1 — _ a0 =| cossec(a) a8 = ssec(@) + cotgl (11.26 lan” | ‘esse (8) a In [cossec(®) + cotg(a] + C (11.26) am lem diss para 0 € (3,5) \10), além disso gy (1129) X yl tia ’ sen(0) E> impliaré que cossec(®) = ry =e =¥ (1.27) Com isto, pelo Tecrema da Substituigio para Integrais Indefinidas, teremos: ; wat guia pyle lasent@P oy ag (VO [1 sex] oyao Sa [a Va? y/cos*(8) ( = [SVS eos 0 = | (9) 40 Jay — tov e0 = [So sion 4>0,0e(-$ 3) e0s10\>0_ ( cos?(8) 1 of Sar? =| Sa - i 1 sen(a) w=al] | 4 J =x a9| seni0) J & (125) of-tn [cossetoy + SF +cosiay} +c sen(8),145, OUTRA TECNICAS 487 —r {0 [esse « oS +yi- ao} +e ‘at = a? o=y +C=0-aln(l)+C, cuseja, C segue que ulx) -{ ix on (2S) va » Faracada x € (0,a) Assim a trajetéria de objeto ne planc horizontal seré dada pela figura abaixo: Daqui em diante, nosso cbjetive principal ser4 encentrar integrais indefinidas envelvendo fungSes racionais, cu sea, encontrar integrais indefinidas do tipo: | PES) a, aos nde p € 4 sto fangoes polinomiais, Comesaremes por alguns casos particulares antes de tratar da situaglo geral acima. 11.6.2 Integrais indefinidas do tipo: ax. a we +pxtq J+ px+q Se p,q € R sfo fixados, para os tipes de integrais indefinidas acima, completaremes ¢ quadrado na fangic pelinomial do 2.a grau que est4 ne denominadbr, isto é, agiremes da seguinte forma: Temos que epee a habe (x42) More468 CAPITULO 11. INTEGRAIS INDEFINIDAS Se considerarmos a mudanca de variaveis (uma func&c bijetoral) Ra Rg x ax4Po used ento temos as sequites possibilidades: @) Se 4q=P? 7 0, teremcs: 2 Py ye Sepetq=(x+8) =w, =xpressfo incial é um quadrado perfeito e assim podemos calcular a integral indefinida (ii) Se tomando-se teremes : 2. Py ( [9oP) wey Bereta (x8) + (5G +e, e assim, rodemos aplicar as técnicas da secac anterior para calcullar a integral indefinida obtida. Na verdade estaremos no caso (ii) da Observagio (11.6.1) (iii) Se tomandosse teremes 2 ttpeta (+8)-(y e assim, podemos aplicar as técnicas da sectc anterior para calcular a integral indefinida obtida. Na verdade estaremos no caso (iii) da Observagtio (11.6.1) Resuminde teremos: wet Bopdunde (7 = au lave ares |11.8, OUTRA TECNICAS 46g e cada uma das integrais indefinidas do lado direito das igualdades acima, podem ser encontradas utilizande as técnicas desenvolvidas em segbes anteriores. De mede semelhante teremos: weet BS aude F 1 ES J du ful ago “| Vein vie Fa? € cada uma das integrais indefinidas do lado diteito das igualdades acima, podem ser encontradas aplicando-se as técnicas desenvolvides em segtes antericr Como aplicagto temos o: Exemplo 11.6.4 Calewlar a integral indefinida 1 ax. loa * Resolugao: Neste caso temos que o dencminador da fungo racional em questo pode ser escrite na seguinte forma (completando quadradcs): M4 Ie tS (K+IP +4, que corresponde ao caso (fi) acima. Logo 1 Twente 2su “| ax -f—_ > 2 Jaxx 3°” laa Brempls (1161) Vo farctg assim : Load x41] 6 a ax =F enctg [SE] +c ls 2 FS] Fodemes ter situagdes em que teremos qué arlicar varias técnicas para obter a inteeral indefinida, come no exemplo: Exemplo 11.6.5 Calewlar a integral ind rida | sen(x) ax cos*(x) + 2cos(x) +5410 CAPITULO 11. INTEGRAIS INDEFINIDAS (Observemes que | sentx) dy We aU sete “| ay) come) + 2008(x) +5 vidi 1 Bx 4 =-|~—— dua iste €, 3 > 5 xt) dx = Fn (e + 2e+5)) —Farcte (5) +c. A seguir temos c seguinte exercicio resolvido: Exerefeio 11.6.8 Calcular integral indefinida [-« Vode + 3x42 Resolugio: Deixaremes come exercicio para ¢ leitcr encontrar intervalos I ¢ J tais que seja um mudanga de varidveis (isto é, bijetora). Logo a du =F (2x4 3x42) dv = (4x + 3) dx,414 CAPITULO 11. INTEGRAIS INDEFINIDAS ¢ assim temos que dx a 43 13 1 fates gy BP 2) Vat 3xt2 2) Vote 3x42 wt ett2 3 dutta) dx —1 | 1, 1B | zhae-z -l Ma +] 1 ax ay By Pp 2) ax $2 wend z —VE 2 * z V-2x? + 3x42 isto & | 2x-8 V2? + 3x 42 11.6.4 Integrais indefinidas envolvendo poténcias de fungées trigonométricas 1.6.4.1 Integrais indefinidas envolvendo poténcias da fungio seno ¢ cosseno Comegaremos tratande de integrais indefinidas envolvendo poténcias fmpar das fungdes cossenc € set Proposigao 11.6.1 Sejan © N. Entéo coe) dx = Fe (®) EU sent) 4 € oe &\ kt wee Demonstragio: Consideremos a seguinte mudanga de varidveis (¢ bijetora, ver figura ab: (41.28)