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Segunda-feira, 20 de março de 2017 I Série


Número 13

BOLETIM OFICIAL
2 306000 012168

ÍNDICE
ASSEMBLEIA NACIONAL:

Ordem do dia:

Ordem do Dia da Sessão Plenária do dia 20 de Fevereiro e seguintes. ......................................................................... 318

Lei nº 8/IX/2017:

Estabelece as disposições penais materiais e processuais, bem como as disposições relativas à cooperação internacional
em matéria penal, relativas ao domínio do cibercrime e da recolha de prova em suporte electrónico. ................. 318

Resolução nº 27/IX/2017:

Aprova o Cartão Especial de Identificação do Deputado. ............................................................................................... 326

Resolução nº 28/IX/2017:

Decide não aprovar a Conta Geral do Estado referente ao exercício económico do ano de 2013. ................................ 327

Resolução nº 29/IX/2017:

Cria uma Comissão Eventual de Redacção. .................................................................................................................... 327

Despacho substituição nº 20/IX/2017:

Substituindo o Deputado João de Brito Lopes de Pina por Paulo Barbosa Amado Alves de Barros. .......................... 327

CONSELHO DE MINISTROS:

Decreto-lei n.º 11/2017:

Procede à segunda alteração ao Decreto-lei n.º 6/2015, de 23 de janeiro, alterado pelo Decreto-lei n.º 12/2016, de 1 de
março, que define o regime das retenções na fonte das diversas categorias de rendimentos. ................................ 327

MINISTERIO DAS FINANÇAS:

Portaria nº 9/2017:

Aprova o modelo da declaração anual de informação contabilística e fiscal e os respetivos modelos dos mapas e quadros. ...... 328

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318 I SÉRIE — NO 13 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE MARÇO DE 2017

ASSEMBLEIA NACIONAL desenvolve, em execução de um programa, o


tratamento automatizado de dados informáticos,
–––––– bem como a rede que suporta a comunicação
Ordem do Dia entre eles e o conjunto de dados informáticos
armazenados, tratados, recuperados ou
A Assembleia Nacional aprovou a Ordem do Dia abaixo transmitidos por aquele ou aqueles dispositivos,
indicada para a Sessão Plenária do dia 20 de Fevereiro tendo em vista o seu funcionamento, utilização,
e seguintes: proteção e manutenção;
I. Interpelação ao Governo sobre Questões de b) «Dados informáticos», qualquer representação
índole social e que afeta diretamente as famílias de factos, informações ou conceitos sob uma
mais vulneráveis. forma suscetível de processamento num sistema
informático, incluindo os programas aptos
II. Perguntas dos Deputados ao Governo
a fazerem um sistema informático executar
III. Aprovação de Proposta de Lei: uma função;
Proposta de Lei que Institui o regime especial de c) «Dados de tráfego», os dados informáticos relacionados
reforma antecipada dos funcionários dos serviços com uma comunicação efetuada por meio de um
municipais de água e saneamento (SAAS) sistema informático, gerados por este sistema
operando na ilha de Santiago. como elemento de uma cadeia de comunicação,
indicando a origem da comunicação, o destino,
IV. Aprovação de Projecto e Proposta de Resolução:
o trajeto, a hora, a data, o tamanho, a duração
Projecto de Resolução que aprova o novo Cartão de ou o tipo do serviço subjacente;
Identificação dos Deputados.
d) «Fornecedor de serviço», qualquer entidade,
Proposta de Resolução relativa à Conta Geral do pública ou privada, que faculte aos utilizadores
Estado do ano 2013. dos seus serviços a possibilidade de comunicar
por meio de um sistema informático, bem
V. Petição:
como qualquer outra entidade que trate ou
Petição que visa instituir o Dia Nacional contra o armazene dados informáticos em nome e por
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Abuso e Exploração Sexual. conta daquela entidade fornecedora de serviço


ou dos respetivos utilizadores;
VI. Fixação da Acta da Sessão Especial de Investidura
do Presidente da República, realizada no dia 20 de e) «Interceção», o ato destinado a captar informações
Outubro de 2016. contidas num sistema informático, através
de dispositivos eletromagnéticos, acústicos,
Gabinete do Presidente da Assembleia Nacional, 20 de mecânicos ou outros;
Fevereiro de 2017. – O Presidente, Jorge Pedro Maurício
dos Santos f) «Topografia», uma série de imagens ligadas
entre si, independentemente do modo como
–––––– são fixadas ou codificadas, que representam a
Lei nº 8/IX/2017 configuração tridimensional das camadas que
compõem um produto semicondutor e na qual
de 20 de março cada imagem reproduz o desenho, ou parte dele,
Por mandato do Povo, a Assembleia Nacional decreta, de uma superfície do produto semicondutor,
nos termos da alínea b) do artigo 175º da Constituição, independentemente da fase do respetivo fabrico;
o seguinte: g) «Produto semicondutor», a forma final ou intermédia
CAPÍTULO I de qualquer produto, composto por um
substrato que inclua uma camada de material
OBJETO E DEFINIÇÕES semicondutor e constituído por uma ou várias
Artigo 1.º camadas de matérias condutoras, isolantes
Objeto
ou semicondutoras, segundo uma disposição
conforme a uma configuração tridimensional
A presente Lei estabelece as disposições penais materiais e e destinada a cumprir, exclusivamente ou não,
processuais, bem como as disposições relativas à cooperação uma função eletrónica.
internacional em matéria penal, relativas ao domínio do
cibercrime e da recolha de prova em suporte eletrónico. h) «Dados relativos a assinantes», quaisquer informações
que um prestador de serviços possua sobre os
Artigo 2.º assinantes dos seus serviços, sobre a forma
Definições de dados informáticos ou sob qualquer outra
forma, distintas dos dados de tráfego ou de
Para efeitos da presente Lei, considera -se: conteúdo e que permitem determinar, o tipo de
a) «Sistema informático», qualquer dispositivo serviço de comunicação utilizado, as medidas
ou conjunto de dispositivos -interligados ou técnicas adotadas a esse respeito, a duração
associados, em que um ou mais de entre eles do serviço, à identidade, o endereço postal ou

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geográfico e o número de telefone do assinante 4. Se o dano causado for de valor elevado, a pena é de
e qualquer outro número de acesso, bem como prisão até 5 anos ou de multa até 600 dias.
os dados referentes à faturação e ao pagamento,
5. Se o dano causado for de valor consideravelmente
disponíveis com base num contrato ou um acordo
elevado, a pena é de prisão de 1 a 10 anos.
de serviços, ou qualquer outra informação sobre
a localização do equipamento de comunicação 6. Nos casos previstos nos n.ºs 1, 2 e 3 o procedimento
disponível com base num contrato ou num penal depende de queixa.
acordo de prestação de serviços.
Artigo 5.º
CAPÍTULO II Sabotagem informática
DISPOSIÇÕES PENAIS MATERIAIS 1. Quem, sem permissão legal ou sem para tanto estar
Artigo 3.º autorizado pelo proprietário, por outro titular do direito do
sistema ou de parte dele, entravar, impedir, interromper
Falsidade informática
ou perturbar gravemente o funcionamento de um sistema
1. Quem, com intenção de provocar engano nas relações informático, através da introdução, transmissão, deterioração,
jurídicas, introduzir, modificar, apagar ou suprimir dados danificação, alteração, apagamento, impedimento do acesso
informáticos ou por qualquer outra forma interferir num ou supressão de programas ou outros dados informáticos
tratamento informático de dados, produzindo dados ou de qualquer outra forma de interferência em sistema
ou documentos não genuínos, com a intenção de que informático, é punido com pena de prisão até 5 anos ou
estes sejam considerados ou utilizados para finalidades com pena de multa até 600 dias.
juridicamente relevantes como se o fossem, é punido com 2. Na mesma pena incorre quem ilegitimamente
pena de prisão de 1 a 5 anos. produzir, vender, distribuir ou por qualquer outra forma
2. Quando as ações descritas no número anterior disseminar ou introduzir num ou mais sistemas informáticos
incidirem sobre os dados registados ou incorporados em dispositivos, programas ou outros dados informáticos
cartão bancário de pagamento ou em qualquer outro destinados a produzir as ações não autorizadas descritas
dispositivo que permita o acesso a sistema ou meio de no número anterior.
pagamento, a sistema de comunicações ou a serviço de
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3. Nos casos previstos no número anterior, a tentativa


acesso condicionado, o agente é punido com pena de é punível.
prisão até 5 anos.
4. A pena é de prisão de 1 a 5 anos se o dano emergente
3. Quem, atuando com intenção de causar prejuízo a da perturbação for de valor elevado.
outrem ou de obter um benefício ilegítimo, para si ou para
terceiro, usar documento produzido a partir de dados 5. A pena é de prisão de 1 a 10 anos se:
informáticos que foram objeto dos atos referidos no n.º 1 ou
a) O dano emergente da perturbação for de valor
cartão ou outro dispositivo no qual se encontrem registados
consideravelmente elevado;
ou incorporados os dados objeto dos atos referidos no
número anterior, é punido com as penas previstas num b) A perturbação causada atingir de forma grave ou
e noutro número, respetivamente. duradoura um sistema informático que apoie
uma atividade destinada a assegurar funções
4. Se os factos referidos nos números anteriores forem sociais críticas, nomeadamente as cadeias de
praticados por funcionário no exercício das suas funções, abastecimento, a saúde, a segurança e o bem-
a pena é de prisão de 2 a 5 anos. estar económico das pessoas, ou o funcionamento
Artigo 4.º regular dos serviços públicos.
Dano relativo a programas ou outros dados informáticos Artigo 6.º

Acesso ilícito
1. Quem, com intenção e sem permissão legal ou sem
para tanto estar autorizado pelo proprietário, por outro 1. Quem, com intenção e sem permissão legal ou sem
titular do direito do sistema ou de parte dele, apagar, para tanto estar autorizado pelo proprietário, por outro
alterar, destruir, no todo ou em parte, danificar, suprimir titular do direito do sistema ou de parte dele, de qualquer
ou tornar não utilizáveis ou não acessíveis programas ou modo aceder a um sistema informático, é punido com pena
outros dados informáticos alheios ou por qualquer forma de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 120 dias.
lhes afetar a capacidade de uso, é punido com pena de
prisão até 3 anos ou pena de multa até 200 dias. 2. Na mesma pena referida no número anterior incorre
quem, com intenção ilegitimamente, produzir, vender,
2. A tentativa é punível. distribuir ou, por qualquer outra forma, disseminar ou
introduzir num ou mais sistemas informáticos dispositivos,
3. Incorre na mesma pena do n.º 1 quem, com intenção
programas, um conjunto executável de instruções, um
e ilegitimamente, produzir, vender, distribuir ou, por
código ou outros dados informáticos destinados a produzir
qualquer outra forma, disseminar ou introduzir num ou
as ações não autorizadas descritas no número anterior.
mais sistemas informáticos dispositivos, programas ou
outros dados informáticos destinados a produzir as ações 3. A pena é de prisão até 3 anos ou multa se o acesso for
não autorizadas descritas nesse número. conseguido através de violação de regras de segurança.

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4. A pena é de prisão de 1 a 5 anos quando: 4. Quem obter para si ou para outra pessoa pornografia
infantil através do sistema informático é punido com pena
a) Através do acesso, o agente tiver tomado conhecimento
de prisão de 1 a 4 anos.
de segredo comercial ou industrial ou de dados
confidenciais, protegidos por lei; ou 5. Quem detiver ou por qualquer forma tiver a posse
de pornografia infantil através do sistema informático é
b) O benefício ou vantagem patrimonial obtidos forem
punido com pena de prisão de 1 a 4 anos.
de valor consideravelmente elevado.
6. Para efeitos previstos nos números anteriores,
5. A tentativa é punível, pornografia infantil abrange todo o material pornográfico
6. Nos casos previstos nos n.ºs 1, 3 e 5 o procedimento que represente visualmente:
penal depende de queixa. a) Uma pessoa menor de 14 anos de idade, ou pessoa
Artigo 7.º incapaz, com fins exibicionistas ou envolvido
Interceção ilícita em comportamentos sexualmente explícitos;

1. Quem, com intenção e sem permissão legal ou sem para b) Uma pessoa maior de 14 anos e menor de 18
tanto estar autorizado pelo proprietário, por outro titular anos de idade envolvida em comportamentos
do direito do sistema ou de parte dele, e através de meios sexualmente explícitos;
técnicos, intercetar transmissões de dados informáticos c) Qualquer representação, por qualquer meio, de uma
que se processam no interior de um sistema informático, criança menor de 18 anos no desempenho de
a ele destinadas ou dele provenientes, é punido com pena atividades sexuais explícitas reais ou simuladas
de prisão até 3 anos ou com pena de multa. ou qualquer representação dos órgãos sexuais
2. Incorre na mesma pena prevista no número anterior de uma criança para fins predominantemente
quem, ilegitimamente, produzir, vender, distribuir ou por sexuais.
qualquer outra forma disseminar ou introduzir num ou 7. Se a vítima for maior de 14 anos e menor de 18 anos,
mais sistemas informáticos dispositivos, programas ou a pena é de prisão até três anos.
outros dados informáticos destinados a produzir as ações Artigo 10.º
não autorizadas descritas no número anterior.
Pornografia de vingança
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3. A tentativa é punível.
Quem com a intenção e sem permissão legal ou sem
Artigo 8.º para tanto estar autorizado, divulgar ou ameaçar divulgar
Utilização indevida de dispositivos através de um sistema informático, fotos, vídeos ou
qualquer material de conteúdo sexualmente íntimo e
1. Quem, com intenção e ilicitamente, produzir, vender, privado, consentido ou não consentido, de uma pessoa
adquirir ou detiver, para efeitos de utilização, importação com a qual mantém ou manteve relação íntima, com o
ou distribuição para fins comercial qualquer dispositivos propósito de causar danos morais e psicológicos à vítima,
que permita o acesso a sistema ou meio de pagamento, é punido com a pena de prisão até 2 anos ou com pena de
incluindo um programa informática, concebido ou multa de 80 a 200 dias.
adaptado antes de mais para permitir o acesso a sistema
de comunicações ou a serviço de acesso condicionado, Artigo 11º
sobre o qual tenha sido praticada qualquer das infrações Responsabilidade penal das pessoas coletivas e entidades
previstas nos artigos 4º. a 7º., é punido com a pena de equiparadas
prisão de 1 a 5 anos. 1.As pessoas coletivas e entidades equiparadas são
2. Na mesma pena incorre quem ilegitimamente penalmente responsáveis pelos crimes previstos na presente
reproduzir topografia de um produto semicondutor ou lei nos termos e limites do regime de responsabilização
a explorar comercialmente ou importar, para estes fins, previsto no Código Penal.
uma topografia ou um produto semicondutor fabricado 2. A responsabilidade referida no número anterior não
a partir dessa topografia. exclui a responsabilidade criminal das pessoas singulares
3. A tentativa é punível. que tenham cometido a infração.
Artigo 12.º
Artigo 9.º
Perda de bens
Pornografia infantil
1. O tribunal pode decretar a perda a favor do Estado
1. Quem produzir pornografia infantil com o propósito
dos objetos, materiais, equipamentos ou dispositivos
de a divulgar através de um sistema informático é punído
que tiverem servido para a prática dos crimes previstos
com pena de prisão de 2 a 8 anos.
na presente lei e pertencerem a pessoa que tenha sido
2. Quem oferecer ou disponibilizar pornografia infantil condenada pela sua prática.
através do sistema informático é punído com pena de
2. À avaliação, utilização, alienação e indemnização
prisão de 1 a 5 anos.
de bens apreendidos pelos órgãos de polícia criminal que
3. Quem difundir ou transmitir pornografia infantil sejam suscetíveis de vir a ser declarados perdidos a favor
através do sistema informático é punído com pena de do Estado é aplicável o disposto na Lei n.º 18/VIII/2012,
prisão de 1 a 5 anos. de 13 de Setembro.

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CAPÍTULO III independentemente do número de fornecedores de serviço


que nela participaram, o fornecedor de serviço a quem
DISPOSIÇÕES PROCESSUAIS
essa preservação tenha sido ordenada nos termos do
Artigo 13.º artigo anterior indica à autoridade judiciária ou ao órgão
Âmbito de aplicação das disposições processuais de polícia criminal, logo que o souber, outros fornecedores
de serviço através dos quais aquela comunicação tenha
Com exceção do disposto nos artigos 20º e 21º, as sido efetuada, tendo em vista permitir identificar todos
disposições processuais previstas no presente capítulo os fornecedores de serviço e a via através da qual aquela
aplicam -se a processos relativos a crimes: comunicação foi efetuada.
a) Previstos na presente Lei; Artigo 16.º

b) Cometidos por meio de um sistema informático; ou Injunção para apresentação ou concessão do acesso a dados

c) Em relação aos quais seja necessário proceder à 1. Se no decurso do processo se tornar necessário à
recolha de prova em suporte eletrónico. produção de prova, tendo em vista a descoberta da verdade,
Artigo 14.º obter dados informáticos específicos e determinados,
Preservação expedita de dados armazenados num determinado sistema informático, a
autoridade judiciária competente ordena a quem tenha
1. Se no decurso do processo for necessário à produção disponibilidade ou controlo desses dados que os comunique
de prova, tendo em vista a descoberta da verdade, obter ao processo ou que permita o acesso aos mesmos, sob pena
dados informáticos específicos armazenados num sistema de punição por desobediência.
informático, incluindo dados de tráfego, em relação aos
quais haja receio de que possam perder -se, alterar -se 2. A ordem referida no número anterior identifica os
ou deixar de estar disponíveis, a autoridade judiciária dados em causa.
competente ordena a quem tenha disponibilidade ou
controlo desses dados, designadamente a fornecedor de 3. Em cumprimento da ordem descrita nos n.ºs 1 e 2,
serviço, que preserve os dados em causa. quem tenha disponibilidade ou controlo desses dados
comunica esses dados à autoridade judiciária competente
2. A preservação pode também ser ordenada pelo órgão ou permite, sob pena de punição por desobediência, o
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de polícia criminal mediante autorização da autoridade acesso ao sistema informático onde os mesmos estão
judiciária competente ou quando haja urgência ou perigo armazenados.
na demora, devendo aquele, neste último caso, dar notícia
imediata do facto à autoridade judiciária e transmitir-lhe 4. O disposto no presente artigo é aplicável a fornecedores
o relatório no qual mencionam, de forma resumida, as de serviço, a quem pode ser ordenado que comuniquem ao
investigações levadas a cabo, os resultados das mesmas, processo dados relativos aos seus clientes ou assinantes,
a descrição dos factos apurados e as provas recolhidas. neles se incluindo qualquer informação diferente dos dados
relativos ao tráfego ou ao conteúdo, contida sob a forma de
3. A ordem de preservação discrimina, sob pena de dados informáticos ou sob qualquer outra forma, detida
nulidade: pelo fornecedor de serviços, e que permita determinar:
a) A natureza dos dados;
a) O tipo de serviço de comunicação utilizado, as
b) A sua origem e destino, se forem conhecidos; e medidas técnicas tomadas a esse respeito e o
período de serviço;
c) O período de tempo pelo qual deverão ser preservados,
até um máximo de três meses. b) A identidade, a morada postal ou geográfica e o
4. Em cumprimento de ordem de preservação que lhe número de telefone do assinante, e qualquer
seja dirigida, quem tenha disponibilidade ou controlo outro número de acesso, os dados respeitantes
sobre esses dados, designadamente o fornecedor de serviço, à faturação e ao pagamento, disponíveis com
preserva de imediato os dados em causa, protegendo e base num contrato ou acordo de serviços; ou
conservando a sua integridade pelo tempo fixado, de
c) Qualquer outra informação sobre a localização
modo a permitir à autoridade judiciária competente a sua
do equipamento de comunicação, disponível
obtenção, e fica obrigado a assegurar a confidencialidade
com base num contrato ou acordo de serviços.
da aplicação da medida processual.
5. A autoridade judiciária competente pode ordenar 5. A injunção prevista no presente artigo não pode ser
a renovação da medida por períodos sujeitos ao limite dirigida a suspeito ou arguido nesse processo.
previsto na alínea c) do n.º 3, desde que se verifiquem os
6. Não pode igualmente fazer -se uso da injunção prevista
respetivos requisitos de admissibilidade, até ao limite
neste artigo quanto a sistemas informáticos utilizados
máximo de um ano.
para o exercício da advocacia, das atividades médica e
Artigo 15.º bancária e da profissão de jornalista.
Revelação expedita de dados de tráfego
7. O regime de segredo profissional, de função e de
Tendo em vista assegurar a preservação dos dados segredo de Estado previsto no artigo 247.º do Código de
de tráfego relativos a uma determinada comunicação, Processo Penal é aplicável com as necessárias adaptações.

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Artigo 17.º decurso de pesquisa informática legitimamente ordenada
Pesquisa de dados informáticos e executada nos termos do artigo anterior, bem como
quando haja urgência ou perigo na demora.
1. Quando no decurso do processo se tornar necessário à
produção de prova, tendo em vista a descoberta da verdade, 3. Caso sejam apreendidos dados ou documentos
obter dados informáticos específicos e determinados, informáticos cujo conteúdo seja suscetível de revelar
armazenados num determinado sistema informático, a dados pessoais ou íntimos, que possam pôr em causa a
autoridade judiciária competente autoriza ou ordena por privacidade do respetivo titular ou de terceiro, sob pena
despacho que se proceda a uma pesquisa nesse sistema de nulidade, esses dados ou documentos são apresentados
informático, devendo, sempre que possível, presidir à ao juiz, que ponderará a sua junção aos autos tendo em
diligência. conta os interesses do caso concreto.

2. O despacho previsto no número anterior tem um prazo 4. As apreensões efetuadas por órgão de polícia criminal
de validade máximo de 30 dias, sob pena de nulidade. são sempre sujeitas a validação pela autoridade judiciária,
no prazo máximo de 72 horas.
3. O órgão de polícia criminal pode proceder à pesquisa,
sem prévia autorização da autoridade judiciária, quando: 5. As apreensões relativas a sistemas informáticos
utilizados para o exercício da advocacia, e das atividades
a) A mesma for voluntariamente consentida por quem médica, jornalista e bancária e de órgãos de comunicação
tiver a disponibilidade ou controlo desses dados, social estão sujeitas, com as necessárias adaptações, às
desde que o consentimento prestado fique, por regras e formalidades previstas no Código de Processo Penal.
qualquer forma, documentado;
6. O regime de segredo profissional, de função e de
b) Nos casos de terrorismo, criminalidade violenta ou segredo de Estado previsto no artigo 247.º do Código de
altamente organizada, quando haja fundados Processo Penal é aplicável com as necessárias adaptações.
indícios da prática iminente de crime que
ponha em grave risco a vida ou a integridade 7. A apreensão de dados informáticos, consoante seja
de qualquer pessoa. mais adequado e proporcional, tendo em conta os interesses
do caso concreto, pode, nomeadamente, revestir as formas
4. Quando o órgão de polícia criminal proceder à pesquisa seguintes:
nos termos do número anterior:
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a) Apreensão do suporte onde está instalado o


a) No caso previsto na alínea b), a realização da sistema ou apreensão do suporte onde estão
diligência é, sob pena de nulidade, imediatamente armazenados os dados informáticos, bem como
comunicada à autoridade judiciária competente dos dispositivos necessários à respetiva leitura;
e por esta apreciada em ordem à sua validação;
b) Realização de uma cópia dos dados, em suporte
b) Em qualquer caso, é elaborado e remetido à autónomo, que será junto ao processo;
autoridade judiciária competente o relatório
no qual mencionam, de forma resumida, as c) Preservação, por meios tecnológicos, da integridade
investigações levadas a cabo, os resultados das dos dados, sem realização de cópia nem remoção
mesmas, a descrição dos factos apurados e as dos mesmos; ou
provas recolhidas. d) Eliminação não reversível ou bloqueio do acesso
5. Quando, no decurso de pesquisa, surgirem razões aos dados.
para crer que os dados procurados se encontram noutro 8. No caso da apreensão efetuada nos termos da alínea
sistema informático, ou numa parte diferente do sistema b) do número anterior, a cópia é efetuada em duplicado,
pesquisado, mas que tais dados são legitimamente sendo uma das cópias selada e confiada ao secretário
acessíveis a partir do sistema inicial, a pesquisa pode ser judicial dos serviços onde o processo correr os seus termos
estendida mediante autorização ou ordem da autoridade e, se tal for tecnicamente possível, os dados apreendidos
competente, nos termos dos n.ºs 1 e 2. são certificados por meio de assinatura digital.
6. À pesquisa a que se refere este artigo são aplicáveis, Artigo 19.º
com as necessárias adaptações, as regras de execução das
Apreensão de correio eletrónico e registos de comunicações
buscas previstas no Código de Processo Penal. de natureza semelhante
Artigo 18.º
Quando, no decurso de uma pesquisa informática ou
Apreensão de dados informáticos outro acesso legítimo a um sistema informático, forem
encontrados, armazenados nesse sistema informático ou
1. Quando, no decurso de uma pesquisa informática ou
noutro a que seja permitido o acesso legítimo a partir do
de outro acesso legítimo a um sistema informático, forem
primeiro, mensagens de correio eletrónico ou registos de
encontrados dados ou documentos informáticos necessários
comunicações de natureza semelhante, o juiz pode autorizar
à produção de prova, tendo em vista a descoberta da
ou ordenar, por despacho, a apreensão daqueles que se
verdade, a autoridade judiciária competente autoriza ou
afigurem ser de grande interesse para a descoberta da
ordena por despacho a apreensão dos mesmos.
verdade ou para a prova, aplicando-se correspondentemente
2. O órgão de polícia criminal pode efetuar apreensões, o regime da apreensão de correspondência previsto no
sem prévia autorização da autoridade judiciária, no Código de Processo Penal.

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Artigo 20.º para efeitos de recolha de prova, em suporte eletrónico, de
Interceção de comunicações um crime, de acordo com as normas sobre transferência
de dados pessoais previstas na Lei n.º 133/V/2001, de 22
1. É admissível o recurso à interceção de comunicações de janeiro, alterada pela Lei n.º 41/VIII/2013, de 17 de
em processos relativos a crimes: setembro.
a) Previstos na presente Lei; ou Artigo 23.º

b) Cometidos por meio de um sistema informático ou Ponto de contacto permanente para a cooperação
internacional
em relação aos quais seja necessário proceder à
recolha de prova em suporte eletrónico, quando 1. Para fins de cooperação internacional, tendo em
tais crimes se encontrem previstos no artigo vista a prestação de assistência imediata para os efeitos
255.º do Código de Processo Penal. referidos no artigo anterior, a Procuradoria-Geral da
República assegura a manutenção de uma estrutura que
2. A interceção e o registo de transmissões de dados garante um ponto de contacto disponível em permanência,
informáticos só podem ser autorizados durante a instrução, vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, sem
se houver razões para crer que a diligência é indispensável prejuízo de delegação de competência na Polícia Judiciária.
para a descoberta da verdade ou que a prova seria, de
outra forma, impossível ou muito difícil de obter, por 2. Este ponto de contacto pode ser contactado por outros
despacho fundamentado do juiz competente e mediante pontos de contacto, nos termos de acordos, tratados ou
requerimento do Ministério Público. convenções a que Cabo Verde se encontre vinculado, ou em
cumprimento de protocolos de cooperação internacional
3. A interceção pode destinar-se ao registo de dados com organismos judiciários ou policiais.
relativos ao conteúdo das comunicações ou visar apenas a
recolha e registo de dados de tráfego, devendo o despacho 3. A assistência imediata prestada por este ponto de
referido no número anterior especificar o respetivo âmbito, contacto permanente inclui:
de acordo com as necessidades concretas da investigação. a) A prestação de aconselhamento técnico a outros
4. Em tudo o que não for contrariado pelo presente pontos de contacto;
artigo, à interceção e registo de transmissões de dados b) A preservação expedita de dados nos casos de
informáticos é aplicável o regime da interceção e gravação urgência ou perigo na demora, em conformidade
2 306000 012168

de conversações ou comunicações telefónicas constantes com o disposto no artigo seguinte;


dos artigos 255.º, 256.º, 258.º do Código de Processo Penal.
c) A recolha de prova para a qual seja competente
Artigo 21.º nos casos de urgência ou perigo na demora;
Ações encobertas
d) A localização de suspeitos e a prestação de
1. É admissível o recurso às ações encobertas previstas na informações de caráter jurídico, nos casos de
Lei n.º 30/VII/2008, de 21 de julho, nos termos aí previstos, urgência ou perigo na demora;
no decurso de instrução relativo aos seguintes crimes: e) A transmissão imediata ao Ministério Público
a) Os previstos na presente Lei; de pedidos relativos às medidas referidas nas
alíneas b) a d), fora dos casos aí previstos, tendo
b) Os cometidos por meio de um sistema informático, em vista a sua rápida execução.
quando lhes corresponda, em abstrato, pena de
prisão de máximo superior a 5 anos ou, ainda 4. Sempre que atue ao abrigo das alíneas b) a d) do
que a pena seja inferior, e sendo dolosos, os número anterior, a Polícia Judiciária dá notícia imediata
crimes contra a liberdade e autodeterminação do facto ao Ministério Público e remete-lhe o relatório no
sexual nos casos em que os ofendidos sejam qual mencionam, de forma resumida, as investigações
menores ou incapazes, a burla qualificada, levadas a cabo, os resultados das mesmas, a descrição
a burla informática e nas comunicações, a dos factos apurados e as provas recolhidas.
discriminação racial, religiosa ou sexual, as Artigo 24º
infrações económico-financeiras. Preservação e revelação expeditas de dados informáticos
em cooperação internacional
2. Sendo necessário o recurso a meios e dispositivos
informáticos observam -se, naquilo que for aplicável, 1. Pode ser solicitada a Cabo Verde a preservação
as regras previstas para a interceção de comunicações. expedita de dados informáticos armazenados em sistema
informático aqui localizado, relativos a crimes previstos
CAPÍTULO IV no artigo 13º, com vista à apresentação de um pedido
COOPERAÇÃO INTERNACIONAL de auxílio judiciário para fins de pesquisa, apreensão e
divulgação dos mesmos.
Artigo 22.º

Âmbito da cooperação internacional


2. A solicitação específica:
a) A autoridade que pede a preservação;
As autoridades nacionais competentes cooperam com
as autoridades estrangeiras competentes para efeitos de b) A infração que é objeto de investigação ou
investigações ou procedimentos respeitantes a crimes procedimento criminal, bem como uma breve
relacionados com sistemas ou dados informáticos, bem como exposição dos factos relacionados;

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324 I SÉRIE — NO 13 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE MARÇO DE 2017

c) Os dados informáticos a conservar e a sua relação rapidamente à autoridade requerente, por forma a permitir
com a infração; a essa autoridade a apresentação de nova solicitação de
preservação expedita de dados informáticos.
d) Todas as informações disponíveis que permitam
identificar o responsável pelos dados informáticos 11. O disposto nos n.ºs 1 e 2 aplica-se, com as devidas
ou a localização do sistema informático; adaptações, aos pedidos formulados pelas autoridades
cabo-verdianas.
e) A necessidade da medida de preservação; e
Artigo 25.º
f) A intenção de apresentação de um pedido de auxílio Motivos de recusa
judiciário para fins de pesquisa, apreensão e
1. A solicitação de preservação ou revelação expeditas
divulgação dos dados.
de dados informáticos é recusada quando:
3. Em execução de solicitação de autoridade estrangeira
a) Os dados informáticos em causa respeitarem a
competente nos termos dos números anteriores, a
infração de natureza política ou infração conexa
autoridade judiciária competente ordena a quem tenha
segundo as conceções do direito cabo-verdiano;
disponibilidade ou controlo desses dados, designadamente
a fornecedor de serviço, que os preserve. b) Atentar contra a soberania, segurança, ordem
pública ou outros interesses da República
4. A preservação pode também ser ordenada pela Cabo-verdiana, constitucionalmente definidos;
Polícia Judiciária mediante autorização da autoridade
judiciária competente ou quando haja urgência ou perigo c) O Estado terceiro requisitante não oferecer garantias
na demora, sendo aplicável, neste último caso, o disposto adequadas de proteção dos dados pessoais.
no n.º 4 do artigo anterior. 2. A solicitação de preservação expedita de dados
informáticos pode ainda ser recusada quando houver
5. A ordem de preservação especifica, sob pena de
fundadas razões para crer que a execução de pedido de
nulidade:
auxílio judiciário subsequente para fins de pesquisa,
a) A natureza dos dados; apreensão e divulgação de tais dados será recusado por
ausência de verificação do requisito da dupla incriminação.
b) Se forem conhecidos, a origem e o destino dos
mesmos; e Artigo 26.º
2 306000 012168

Acesso a dados informáticos em cooperação internacional


c) O período de tempo pelo qual os dados devem ser
preservados, até um máximo de três meses. 1. Em execução de pedido de autoridade estrangeira
competente, a autoridade judiciária competente pode
6. Em cumprimento de ordem de preservação que lhe proceder à pesquisa, apreensão e divulgação de dados
seja dirigida, quem tem disponibilidade ou controlo desses informáticos armazenados em sistema informático
dados, designadamente o fornecedor de serviço, preserva localizado em Cabo Verde, relativos a crimes previstos no
de imediato os dados em causa pelo período de tempo artigo 13º, quando se trata de situação em que a pesquisa
especificado, protegendo e conservando a sua integridade. e apreensão são admissíveis em caso nacional semelhante.
7. A autoridade judiciária competente, ou a Polícia 2. A autoridade judiciária competente procede com a
Judiciária mediante autorização daquela autoridade, maior rapidez possível quando existam razões para crer
podem ordenar a renovação da medida por períodos que os dados informáticos em causa são especialmente
sujeitos ao limite previsto na alínea c) do n.º 5, desde que vulneráveis à perda ou modificação ou quando a cooperação
se verifiquem os respetivos requisitos de admissibilidade, rápida se encontre prevista em instrumento internacional
até ao limite máximo de um ano. aplicável.
8. Quando seja apresentado o pedido de auxílio referido 3. O disposto no n.º 1 aplica-se, com as devidas adaptações,
no n.º 1, a autoridade judiciária competente para dele aos pedidos formulados pelas autoridades judiciárias
decidir determina a preservação dos dados até à adoção cabo-verdianas.
de uma decisão final sobre o pedido. Artigo 27.º

9. Os dados preservados ao abrigo do presente artigo Acesso transfronteiriço a dados informáticos armazenados
quando publicamente disponíveis ou com consentimento
apenas podem ser fornecidos:
As autoridades estrangeiras competentes, sem necessidade
a) À autoridade judiciária competente, em execução do de pedido prévio às autoridades cabo-verdianas, de acordo
pedido de auxílio referido no n.º 1, nos mesmos com as normas sobre transferência de dados pessoais
termos em que poderiam sê-lo, em caso nacional previstas na Lei n.º 133/V/2001, de 22 de janeiro, alterada
semelhante, ao abrigo dos artigos 15º a 19º; pela Lei n.º 41/VIII/2013, de 17 de setembro, podem:
b) À autoridade nacional que emitiu a ordem de a) Aceder a dados informáticos armazenados em
preservação, nos mesmos termos em que sistema informático localizado em Cabo Verde,
poderiam sê -lo, em caso nacional semelhante, quando publicamente disponíveis;
ao abrigo do artigo 15º.
b) Receber ou aceder, através de sistema informático
10. A autoridade nacional à qual, nos termos do localizado no seu território, a dados informáticos
número anterior, sejam comunicados dados de tráfego armazenados em Cabo Verde, mediante
identificadores de fornecedor de serviço e da via através consentimento legal e voluntário de pessoa
dos quais a comunicação foi efetuada, comunica-os legalmente autorizada a divulgá-los.

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I SÉRIE — NO 13 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE MARÇO DE 2017 325


Artigo 28.º ações, por forma a decidir quem instaura ou prossegue
Interceção de comunicações em cooperação internacional o procedimento contra os agentes da infração, tendo em
vista a eficácia da ação penal.
1. Em execução de pedido da autoridade estrangeira
competente, pode ser autorizada pelo juiz a interceção de 3. A decisão de aceitação ou transmissão do procedimento
transmissões de dados informáticos realizadas por via de é tomada pela autoridade judiciária competente, tendo
um sistema informático localizado em Cabo Verde, desde em conta, sucessivamente, os seguintes elementos:
que tal esteja previsto em acordo, tratado ou convenção a) O local onde foi praticada a infração;
internacional e se trate de situação em que tal interceção
seja admissível, nos termos do artigo 20º, em caso nacional b) A nacionalidade do autor dos factos; e
semelhante. c) O local onde o autor dos factos foi encontrado.
2. É competente para a receção dos pedidos de interceção 4. São aplicáveis aos crimes previstos na presente Lei
a Polícia Judiciária, que os apresentará ao Ministério as regras gerais de competência dos tribunais previstas
Público, para que os apresente ao juiz competente da no Código de Processo Penal.
Comarca da Praia para autorização.
5. Em caso de dúvida quanto ao tribunal territorialmente
3. O despacho de autorização referido no artigo anterior competente, designadamente por não coincidirem o
permite também a transmissão imediata da comunicação local onde fisicamente o agente atuou e o local onde está
para o Estado requerente, se tal procedimento estiver fisicamente instalado o sistema informático visado com a
previsto no acordo, tratado ou convenção internacional sua atuação, a competência cabe ao tribunal onde primeiro
com base no qual é feito o pedido. tiver havido notícia dos factos.
4. O disposto no n.º 1 aplica -se, com as devidas Artigo 30.º
adaptações, aos pedidos formulados pelas autoridades Regime geral aplicável
judiciárias cabo-verdianas.
Em tudo o que não contrarie o disposto na presente
CAPÍTULO V lei, aplicam-se aos crimes, às medidas processuais e à
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS cooperação internacional em matéria penal nela previstos,
respetivamente, as disposições do Código Penal, do Código
Artigo 29º
2 306000 012168

de Processo Penal e da Lei da cooperação judiciária em


Aplicação no espaço da lei penal cabo-verdiana matéria penal.
e competência dos tribunais cabo-verdianos
Artigo 31.º
1. Para além do disposto no Código Penal em matéria Competência da Polícia Judiciária para a cooperação
de aplicação no espaço da lei penal cabo-verdiana, e salvo internacional
tratado ou convenção internacional em contrário, para
efeitos da presente lei, a lei penal cabo-verdiana é ainda A competência atribuída pela presente lei à Polícia
aplicável a factos: Judiciária para efeitos de cooperação internacional é
desempenhada pela unidade orgânica a quem se encontra
a) Praticados por cabo-verdianos, se aos mesmos cometida a investigação dos crimes previstos na presente lei.
não for aplicável a lei penal de nenhum outro
Artigo 32.º
Estado;
Proteção de dados pessoais
b) Cometidos em benefício de pessoas coletivas com
sede em território cabo-verdiano; O tratamento de dados pessoais ao abrigo da presente lei
efetua-se de acordo com o disposto na Lei n.º 133/V/2001,
c) Fisicamente praticados em território cabo-verdiano, de 22 de janeiro, alterada pela Lei n.º 41/VIII/2013, de
ainda que visem sistemas informáticos localizados 17 de setembro.
fora desse território;
Artigo 33.º
d) Que visem sistemas informáticos localizados em Entrada em vigor
território cabo-verdiano, independentemente
do local onde esses factos forem fisicamente A presente Lei entra em vigor 30 dias após a sua
praticados; ou publicação.

e) Praticados por cabo-verdiano ou estrangeiro que se Aprovada em 25 de Janeiro de 2017.


encontrar em território cabo-verdiano ou para O Presidente da Assembleia Nacional, Jorge Pedro
aqui se deslocar ou for encontrado. Mauricio dos Santos
2. Se, em função da aplicabilidade da lei penal cabo- Promulgada em 3 de Março de 2017
verdiana, forem simultaneamente competentes para
conhecer de um dos crimes previstos na presente lei Publique-se.
tribunais estrangeiros, podendo em qualquer um deles ser O Presidente da República, JORGE CARLOS DE
validamente instaurado ou prosseguido o procedimento ALMEIDA FONSECA
penal com base nos mesmos factos, a autoridade judiciária
Assinada em 6 de Março de 2017
competente recorre aos órgãos e mecanismos previstos
na lei de cooperação judiciária em matéria penal para O Presidente da Assembleia Nacional, Jorge Pedro
facilitar a cooperação e a coordenação das respetivas Maurício dos Santos

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326 I SÉRIE — NO 13 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE MARÇO DE 2017

Resolução nº 27/IX/2017 em caso de flagrante delito por crime a que


de 20 de março
corresponda pena de prisão, cujo limite máximo
seja superior a três anos.
A Assembleia Nacional vota, nos termos da alínea g)
do artigo 180º da Constituição, a seguinte Resolução: b) Livre-trânsito em locais públicos de acesso
condicionado.
Artigo 1.º

Objeto c) Licença gratuita de uso e porte de arma de defesa


pessoal.
É aprovado o Cartão Especial de Identificação do
Deputado, a que se refere a alínea d) do artigo 21º do Artigo 7.º
Estatuto dos Deputados, cujo modelo vai em anexo.
Revogação
Artigo 2.º
É revogada a Resolução nº 21/VIII/2011, de 25 de Julho,
Modelo
que aprova o Cartão Especial de Identificação do Deputado.
1. O Cartão de cor Branca tem uma faixa diagonal com
Artigo 8.º
as cores azul, branca e vermelha e é confecionado com o
material PVC, contendo um chip no verso. Entrada em vigor

2. O Cartão possui o nome, a assinatura e uma foto do A presente Resolução entra em vigor no dia seguinte
Deputado e inclui ainda a assinatura do Presidente da ao da sua publicação.
Assembleia Nacional.
3. O chip contém os seguintes dados pessoais dos Aprovada em 22 de Fevereiro de 2017
Deputados:
Publique-se.
a) O primeiro nome, o nome do meio e o último nome;
O Presidente da Assembleia Nacional, Jorge Pedro
b) O Título; Maurício dos Santos
2 306000 012168

c) Grupo Parlamentar a que pertence; ANEXO


d) País;
e) Número de identificação do cartão;
f) Código de identificação pessoal (PIN)
Artigo 3.º

Funcionalidades

O Cartão Especial de Identificação do Deputado reúne em


si várias funcionalidades, nomeadamente, a identificação
do Deputado, o registo automático de presenças, a votação
eletrónica no Plenário e a catalisação de áudios e vídeos
das Sessões Plenárias.
Artigo 4.º

Emissão

O Cartão Especial de Identificação do Deputado é


emitido mediante a solicitação ao Presidente da Assembleia
Nacional.
Artigo 5.º

Perda e ou deterioração

O Deputado pode solicitar ao Presidente da Assembleia


Nacional uma segunda via do Cartão em caso de perda
ou deterioração.
Artigo 6.º

Uso

O Cartão Especial de Identificação do Deputado assegura


o reconhecimento do seu titular e o seu direito a:
a) Não ser detido ou preso preventivamente sem O Presidente da Assembleia Nacional, Jorge Pedro
autorização da Assembleia Nacional, salvo Maurício dos Santos

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I SÉRIE — NO 13 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE MARÇO DE 2017 327

Resolução nº 28/IX/2017 CONSELHO DE MINISTROS


de 20 de março
––––––
A Assembleia Nacional vota, nos termos da alínea a) do
artigo 178º da Constituição da República, a seguinte Resolução: Decreto-Lei nº 11/2017
Artigo único de 20 de março

A Assembleia Nacional, após apreciação, decide não No âmbito das alterações então efetuadas aos códigos
aprovar a Conta Geral do Estado referente ao exercício de imposto sobre o rendimento das pessoas singulares e
económico do ano de 2013. das pessoas coletivas, relativamente à tributação sobre
os rendimentos empresariais e profissionais, prediais e
Aprovada em 22 de Fevereiro de 2017
de capitais torna-se necessário alterar alguns dos artigos
Publique-se. constantes do Decreto-lei n.º 6/2015, de 23 de janeiro,
que define o regime das retenções na fonte das diversas
O Presidente da Assembleia Nacional, Jorge Pedro
categorias de rendimentos.
Maurício dos Santos
Tratam-se de alterações que, no essencial, visam
––––––
harmonizar o mencionado regime com o estabelecido nos
Resolução nº 29/IX/2017 códigos de imposto sobre o rendimento.
de 20 de março
Assim,
A Assembleia Nacional vota, nos termos da alínea m)
No uso da faculdade conferida pela alínea a) do n.º 2 do
do artigo 175º da Constituição, a seguinte Resolução:
artigo 204.º, da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
Artigo 1º
Artigo 1.º
É criada, ao abrigo do número 1 do artigo 172º, do
Objeto
Regimento da Assembleia Nacional, uma Comissão
Eventual de Redação com a seguinte composição: O presente diploma procede à segunda alteração ao
João Gomes Duarte (MPD), Presidente Decreto-lei n.º 6/2015, de 23 de janeiro, alterado pelo
2 306000 012168

Decreto-lei n.º 12/2016, de 1 de março, que define o


João Baptista Correia Pereira (PAICV) regime das retenções na fonte das diversas categorias
Luís António Gomes Alves (MPD) de rendimentos.

José Manuel Sanches Tavares (PAICV) Artigo 2.º

João Carlos Cabral Varela Semedo (MPD) Alteração

Artigo 2º São alterados os artigos 8.º, 10.º e 15.º do Decreto-lei


n.º 6/2015, de 23 de janeiro, que passam a ter a seguinte
A Comissão extingue-se uma vez realizada a redacção
redação:
final dos textos legislativos.
“Artigo 8.º
Aprovada em 20 de Fevereiro de 2017
[…]
Publique-se.
1. Estão sujeitos a retenção na fonte à taxa de 15%
O Presidente da Assembleia Nacional, Jorge Pedro (quinze por cento) por conta do imposto devido a final,
Maurício dos Santos os rendimentos empresariais e profissionais relativos
–––––– à prestação de serviços, obtidos em território nacional,
pagos ou colocados à disposição por entidades que
Gabinete do Presidente disponham ou devam dispor de contabilidade organizada,
incluindo entidades e organismos públicos, e organizações
Despacho substituição nº 20/IX/2017
internacionais e não governamentais.
Ao abrigo do disposto na alínea b) do artigo 24º do
Regimento da Assembleia Nacional, conjugado com o 2. […]
disposto nos artigos 4º, 5º e nº 2 do artigo 6º do Estatuto dos 3. […]
Deputados, defiro, a requerimento do Grupo Parlamentar
do PAICV, o pedido de substituição temporária de 4. […]
mandato do Deputado João de Brito Lopes de Pina, eleito
na lista do PAICV pelo Círculo Eleitoral das Américas, 5. Estão sujeitos a taxa liberatória de 15% (quinze por
pelo candidato não eleito da mesma lista, Senhor Paulo cento) sem opção de englobamento o rendimento resultante
Barbosa Amado Alves de Barros. de atos isolados.
Artigo 10.º
Publique-se.
[…]
Assembleia Nacional, aos 6 de Março de 2017. – O
Presidente da Assembleia Nacional, Jorge Pedro Maurício 1. Estão sujeitos a retenção na fonte à taxa liberatória
dos Santos de 10% (dez por cento) os rendimentos prediais quando

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328 I SÉRIE — NO 13 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE MARÇO DE 2017

pago ou colocado à disposição por entidades que disponham regras de determinação de mais -valias e menos -valias
ou devam dispor de contabilidade organizada, incluindo fiscais, bem como de gastos respeitantes a provisões,
entidades e organismos públicos e organizações internacionais perdas por imparidade, ajustamentos em inventários,
e não-governamentais. amortizações e depreciações, entre outros.

2. As empresas enquadradas na categoria de pequenas Com a presente portaria define-se o modelo da declaração
empresas estão obrigadas igualmente a fazer a retenção anual de informação contabilística e fiscal que permitirá
na fonte à taxa de 10% (dez por cento) sempre que paguem aos sujeitos passivos cumprirem as suas obrigações
ou ponham à disposição rendimentos desta categoria a declarativas.
um particular.
Assim,
Artigo 15.º

[…]
Nos termos do n.º 2 alínea b) do artigo 74º do código do
IRPS e do n.º 2 do artigo 98º e o artigo 103º do código IRPC;
Não existe a obrigação de efetuar a retenção na fonte de
IRPC nos seguintes casos quando esta tenha a natureza No uso da faculdade conferida pela alínea b) do artigo
de pagamento por conta: 205.º e pelo n.º 3 do artigo 264.º da Constituição, manda
o Governo, pelo Ministro das Finanças e Administração
a) […] Pública, o seguinte:

b) Lucros obtidos por entidades a que seja aplicável Artigo 1.º


o disposto no artigo 58.º; Aprovação

c) […]” É aprovado o modelo da declaração anual de informação


Artigo 3.º contabilística e fiscal e os respetivos modelos dos mapas
e quadros, os quais seguem em anexo, fazendo parte
Entrada em vigor
integrante da presente portaria.
O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao Artigo 2º
da sua publicação.
Âmbito
2 306000 012168

Aprovado em Conselho de Ministros do dia 26 de


janeiro de 2017. 1. As pessoas singulares titulares de rendimentos da
categoria B enquadradas no regime de contabilidade
José Ulisses de Pina Correia e Silva - Olavo Avelino organizada devem entregar a declaração anual de informação
Garcia Correia contabilística e fiscal até ao final do mês de Setembro, do
ano seguinte àquele a que respeita o rendimento.
Promulgado em 16 de março de 2017
2. As pessoas coletivas devem entregar a declaração
Publique-se. anual de informação contabilística e fiscal até ao dia 30 de
O Presidente da República, JORGE CARLOS DE julho, do ano seguinte àquele a que respeita o rendimento.
ALMEIDA FONSECA 3. As sociedades sujeitas ao regime de transparência
fiscal e as associações sem fins lucrativos legalmente
––––––o§o–––––– constituídas devem entregar a declaração no prazo referido
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS no número anterior.

4. O modelo da declaração anual de informação


–––––– contabilística e fiscal aprovado destina-se a declarar os
rendimentos do ano de 2015 e seguintes.
Gabinete do Ministro
Artigo 3º
Portaria n.º 9/2017
Procedimento de envio
de 20 de março
A declaração anual de informação contabilística e fiscal
A alínea b) do n.º 2 do artigo 74º do Código do Imposto deve ser enviada por forma eletrónica cujo formato estará
sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (Código do IRPS) disponibilizado no site da DNRE e o preenchimento deve
e o artigo 103.º do Código do Imposto sobre o Rendimento ser efetuado exclusivamente com a utilização de meios
das Pessoas Coletivas (Código do IRPC), preceituam que os mecânicos e informáticos.
respetivos sujeitos passivos estão obrigados à apresentação
da declaração anual de informação contabilística e fiscal, Artigo 4º
até ao final do mês de setembro do ano seguinte ao dos Entrada em vigor
rendimentos da categoria B para os sujeitos passivos de IRPS
e até ao dia 30 de julho do ano seguinte ao dos rendimentos A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao
para os sujeitos passivos de IRPC. da sua publicação.
Integram a declaração anual de informação contabilística Gabinete do Ministro das Finanças, aos 2 de março de
e fiscal um conjunto de quadros que têm em conta as atuais 2017. – O Ministro, Olavo Correia

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I SÉRIE — NO 13 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE MARÇO DE 2017 329

ANEXO

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  3HUGDVSRULPSDULGDGHHPFUpGLWRV

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  /LPLWDomRGHEHQHItFLRVILVFDLV

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330 I SÉRIE — NO 13 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE MARÇO DE 2017

  'HPRQVWUDomRGDWULEXWDomRDXWyQRPD

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  %HQHItFLRVILVFDLVHQWLGDGHVOLFHQFLDGDVQRFHQWURLQWHUQDFLRQDOGHQHJyFLRV

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  %HQHItFLRVILVFDLVFRQWUDWXDLV

  %HQHItFLRVILVFDLVGHGXo}HVjFROHWDUHDOL]DomRGRVLQYHVWLPHQWRVGRFUpGLWRILVFDODRLQYHVWLPHQWR

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1ž/LQKD 3HVVRDVDR6HUYLoRGD(PSUHVD 9DULDomR
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 *HUHQWHV$GPLQLVWUDGRUHVQmRUHPXQHUDGRV     
2 306000 012168

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 7UDEDOKDGRUHVDWHPSRSDUFLDO     

727$/

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1ž/LQKD 1,) 1RPH )XQomR
5HVXOWDGR &DSLWDO $WULEXtGR /HJDO % %

          • 
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727$/

48$'52'2&80(1726&203529$7,926'(&5e',726,1&2%5È9(,6

1ž/LQKD 'HVFULomRGR'RFXPHQWR 'RFXPHQWR 3')


  
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48$'52'$7$65(/(9$17(63(5Ë2'2'(75,%87$d­2',)(5(17('2$12&,9,/

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&HVVDomRGHDWLYLGDGHV  

/LTXLGDomRGHVRFLHGDGH  

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6HJXLQWH

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9DORU7ULEXWDGR &RQWDGH 5HSRVLomR )LVFDOPHQWH
&RQWD )LVFDOPHQWH &RQVWLWXLomR )LVFDOPHQWH &RQWD
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61&5) HP3HUtRGRV RX5HIRUoR 'HGXWtYHO 61&5)
$QWHULRUHV GR61&5) $QXODomR 'HGXWtYHO
$QWHULRUHV
 
           

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‡ ‡ ‡ ‡ ‡ ‡ ‡ ‡ ‡ ‡ ‡ ‡
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727$/

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I SÉRIE — NO 13 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE MARÇO DE 2017 331

48$'523(5'$6325,03$5,'$'((0&5e',726

6DOGRSDUDR
6DOGRGRV3HUtRGRV$QWHULRUHV 0RYLPHQWRVQR([HUFtFLR 'HGXomR 3HUtRGR
6HJXLQWH

9DORU$FHLWH
9DORU7ULEXWDGR &RQWDGH 5HSRVLomR )LVFDOPHQWH
&RQWD )LVFDOPHQWH &RQVWLWXLomR )LVFDOPHQWH &RQWD
1ž/LQKD 7RWDO HP3HUtRGRV *DVWRV H 1mR 7RWDO
61&5) HP3HUtRGRV RX5HIRUoR 'HGXWtYHO 61&5)
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$QWHULRUHV

 
           

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727$/

48$'52'(7(50,1$d­2'2/,0,7('$3(5'$325,03$5,'$'((0&5e',726

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&UpGLWRVHPPRUDKiPDLVGHHDWpPHVHV 

&UpGLWRVHPPRUDKiPDLVGHHDWpPHVHV 

&UpGLWRVHPPRUDKiPDLVGHHDWpPHVHV 

&UpGLWRVHPPRUDKiPDLVGHPHVHV 

727$/

48$'523(5'$6325,03$5,'$'((0,19(17È5,26
2 306000 012168

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UHVtGXRVHUHIXJRV

3URGXWRVHWUDEDOKRVHPFXUVR

727$/

48$'52'(35(&,$d®(6($0257,=$d®(6

48$'526(3$5$'2 ),0'2)2508/È5,2 

48$'520$,6(0(1269$/,$6),6&$,6

48$'526(3$5$'2 ),0'2)2508/È5,2 

48$'52'(021675$d­2'25(,19(67,0(172

1ž/LQKD $QRGD0DLV9DOLD 9DORUGH5HDOL]DomR $QRGH&RQFUHWL]DomRGR5HLQYHVWLPHQWR 5HLQYHVWLPHQWR 6DOGR$SXUDGR(QWUHDV0DLVH0HQRV9DOLDV


     
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727$/

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1ž/LQKD 'HVFULomRGR'RFXPHQWR 'RFXPHQWR 3')


  
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48$'5223(5$d®(6&20(17,'$'(65(/$&,21$'$6

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332 I SÉRIE — NO 13 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE MARÇO DE 2017

(17,'$'(6&2048(07(05(/$d®(6(63(&,$,6

1ž/LQKD 1,) 1RPH'HVLJQDomR 7LSRGH5HODomR

   
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1ž/LQKD 1,) 1RPH'HVLJQDomR 1DWXUH]DGD2SHUDomR

   
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5HFHELGRV 3HUtRGR
       
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727$/

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2 306000 012168

1ž/LQKD $QR )UDomR 'DWD3DJDPHQWR &UpGLWR


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727$/

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1ž/LQKD $QR )UDomR $QR%DVH &ROHWD%DVH  9DORU$SXUDGR


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727$/

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1ž/LQKD $QR )UDomR $QR&UpGLWR )UDomR&UpGLWR &UpGLWR8WLOL]DGR 6DOGR&UpGLWR


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727$/

3$*$0(1726)5$&,21$'26()(78$'26

1ž/LQKD $QR )UDomR 'DWD3DJDPHQWR 9DORU3DJR


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727$/

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1ž/LQKD $QR )UDomR 9DORU$SXUDGR &UpGLWR8WLOL]DGR 9DORU3DJR ,QVXILFLrQFLD3DJDPHQWR


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‡ ‡ ‡ ‡ ‡ ‡ ‡
‡ ‡ ‡ ‡ ‡ ‡ ‡

727$/

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727$/

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1ž/LQKD $QR )UDomR 2ULJHP&UpGLWR 9DORU

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727$/

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I SÉRIE — NO 13 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE MARÇO DE 2017 333

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2 306000 012168

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727$/

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)XQGRVGHSRXSDQoD

)XQGRVGHLQYHVWLPHQWR

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)XQGRVGHSRXSDQoDDo}HV

727$/

48$'52%(1()Ë&,26),6&$,6'('8d®(6$25(1',0(172 48$'5202'(/2%

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'HVFULomR
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334 I SÉRIE — NO 13 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE MARÇO DE 2017

(QFDUJRVFRPDFRQWUDWDomRGHMRYHQVFRPLGDGHQmRVXSHULRUDDQRVSDUDHVWiJLRHGHTXDLVTXHUSHVVRDVSDUD
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(QFDUJRVUHDOL]DGRVSHODHPSUHVDHFRUUHVSRQGHQWHVjDWULEXLomRSHODPHVPDGHEROVDVGHHVWXGRGHPpULWRDMRYHQV
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727$/

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727$/

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0HFHQDWRGHVSRUWLYR

0HFHQDWRHGXFDFLRQDODPELHQWDOMXYHQLOFLHQWtILFRWHFQROyJLFRQRGRPtQLRGDVHJXUDQoDHSDUDDVD~GH

0HFHQDWRSDUDDVRFLHGDGHGHLQIRUPDomR

727$/

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2 306000 012168

48$'52%(1()Ë&,26),6&$,662&,('$'(6*(6725$6'(3$57,&,3$d®(662&,$,6 6*36

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I SÉRIE — NO 13 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE MARÇO DE 2017 335

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336 I SÉRIE — NO 13 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE MARÇO DE 2017

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I SÉRIE — NO 13 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE MARÇO DE 2017 337

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I SÉRIE — NO 13 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE MARÇO DE 2017 339


2 306000 012168

O Ministro das Finanças, Olavo Correia

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340 I SÉRIE — NO 13 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE MARÇO DE 2017


2 306000 012168

I SÉRIE

BOLETIM
O F IC IAL
Registo legal, nº 2/2001, de 21 de Dezembro de 2001

Endereço Electronico: www.incv.cv

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I.N.C.V., S.A. informa que a transmissão de actos sujeitos a publicação na I e II Série do Boletim Oficial devem
obedecer as normas constantes no artigo 28º e 29º do Decreto-Lei nº 8/2011, de 31 de Janeiro.

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