português, que viveu na segunda metade do século XV e que se destacou, sobretudo, pelas duas viagens que fez ao longo da costa sudeste africana, as quais, na verdade, viriam a abrir caminho para que Bartolomeu Dias dobrasse o Cabo da Boa Esperança. Não existem registos quanto às suas datas de nascimento e morte, mas sabe-se que tinha origens na região de Trás-os- Montes, mais especificamente de Vila Real. Foi no reinado de D. João II que Diogo Cão continuou, a partir do cabo de Catarina, a exploração da costa sudeste africana, com o objetivo de encontrar a ligação entre o Oceano Atlântico e o Oceano Índico. Assim, na primeira viagem, em 1482, o navegador e a sua tripulação alcançaram o Congo e descobriram não só a foz do Zaire, mas também uma passagem ao sul do continente. A segunda viagem aconteceu um ano depois e a armada chegou, desta vez, à Serra Parda. Diogo Cão estabeleceu relações importantes e amistosas com os nativos, deixando padrões de pedra nos locais, as quais assinalavam os principais pontos atingidos durante as suas duas viagens.