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Economia Empresarial
Belém-PA
2022
Igor Victor Mendes Galvão
Belém-PA
2022
INTRODUÇÂO
A crise econômica mundial da década de 1930 eclodiu em 29 de outubro de 1929, após
três meses de quedas consecutivas da produção e dos preços. Neste dia, os americanos jogaram
(venderam) 16 milhões de ações no mercado, o que afundou a Bolsa de Nova York – episódio
conhecido como o Crise de 29 ou como a Grande Depressão.
O crédito fácil e a disseminação de um investimento "podre" pelo mundo todo estão na
raiz da crise financeira de 2008. Por volta de 1998, os bancos dos Estados Unidos começaram
a emprestar dinheiro a muita gente que não tinha como pagar. Mesmo quem estava
desempregado e não tinha renda nem patrimônio conseguia ser aprovado pelo banco para
receber um financiamento. E poderia dar a própria casa como garantia para vários empréstimos.
Esse tipo de crédito era conhecido como “subprime” (de segunda linha). O volume de
financiamentos desse tipo era gigantesco. A crise financeira de 2008, foi um dos piores
desastres econômicos globais dos últimos anos. Originada nos EUA, ela teve início com o
estouro da bolha de hipotecas no mercado financeiro e se alastrou pelo restante do mundo,
com efeitos catastróficos e duradouros.Os instrumentos financeiros envolvidos são bem
complexos, mas o processo que levou à crise pode ser facilmente analisado a partir de incentivos
econômicos e forças de mercado.
Crise de 1929 ou Grande Depressão
A Crise de 1929, também conhecida como Grande Depressão, foi uma forte recessão
econômica que atingiu o capitalismo internacional no final da década de 1920. Marcou a
decadência do liberalismo econômico, naquele momento, e teve como causas a superprodução
da indústria norte-americana, falta de regulamentação da economia, excesso de crédito e
especulação na Bolsa de Valores. Essa crise fez com que milhares de empresas falissem e
milhões de trabalhadores perdessem os seus empregos. Tendo como principais causas:
• Aumento da produção sem que o mercado pudesse absorver as mercadorias produzidas;
• Realização de um elevado número de empréstimos;
• Falta de regulação sobre as transações;
• Recuperação da economia europeia;
• A intensa especulação na bolsa fez com que os valores dos títulos e ações atingissem um
nível elevadíssimo, sem ter quem os comprasse;
• Sem demanda, os preços despencaram. Isso produziu uma onda de desconfiança que
atingiu todos os ramos da economia;
• Com a paralisação da economia, como uma bola de neve, as falências aumentaram e
milhões de pessoas perderam seus empregos.
A quebra da Bolsa de Nova York deu início ao período da Grande Depressão. De 1929
a 1933, os Estados Unidos viveram o pior momento da crise econômica. Porém, a partir de
1933, uma gradual recuperação começou a acontecer no país. De forma geral, os efeitos da
Crise de 1929 foram sentidos até meados da Segunda Guerra Mundial. Entre as consequências
da Crise de 1929 destacam-se o enorme número de falências que aconteceram nos Estados
Unidos, além do aumento exponencial na taxa de desempregados no país. O desemprego nos
Estados Unidos saltou de 4%, antes da crise, para 27% da população depois da quebra da Bolsa
de Valores. O PIB do país diminuiu, a quantidade de importações e exportações teve
decréscimo, a produção industrial foi reduzida e o salário dos trabalhadores decaiu. Além disso,
os efeitos da Crise de 1929 não ficaram restritos aos Estados Unidos e se espalharam por
diferentes países, sobretudo os europeus.
Lá na Europa, o número de desempregados aumentou consideravelmente, e as
consequências da crise econômica serviram de impulso para o crescimento de movimentos
totalitaristas, como o nazismo, na Alemanha, o fascismo, na Itália. Os efeitos da Grande
Depressão só começaram a ser contornados a partir de 1933, quando o governo norte-americano
implantou o New Deal (Novo Acordo), um programa de intervenção do Estado na economia.
O objetivo desse programa era reaquecer a economia dos Estados Unidos. Entre as ações
realizadas, destaca-se, por exemplo, a criação de obras públicas para garantir emprego aos
cidadãos norte-americanos.
Momentos de crise podem trazer oportunidades para quem consegue aprender com eles
e inovar. A grande depressão teve graves consequências também para o Brasil, derrubando as
vendas do café brasileiro nos principais países compradores.
Aqui no Brasil, o maior impacto da Crise de 1929 se deu nas exportações que o país
realizava. O Brasil era o grande produtor internacional de café e os Estados Unidos eram o
maior consumidor desse produto brasileiro. Com a crise, a área que sofreu mais com a recessão
econômica foi a de produção do café – o principal produto de exportação do país. O Brasil era
responsável por cerca de 70% do café comercializado no mundo, e o principal consumidor da
nossa mercadoria eram os Estados Unidos (compravam cerca de 80% do nosso café).
Assim, o preço do café despencou no mercado internacional. Os cafeicultores
pressionaram o governo brasileiro para que uma ação fosse tomada em relação a essa situação.
No auge dessa crise, o país enfrentou transformações políticas profundas com o acontecimento
da Revolução de 1930. O novo governo teve Getúlio Vargas como presidente provisório.
Em 1930, Getúlio Vargas assumiu a presidência e decidiu que o governo compraria as
sacas de café dos cafeicultores e as queimaria. Assim, o Brasil assumiria o prejuízo dos
cafeicultores e ainda destruiria o café para garantir o preço da mercadoria no mercado
internacional. Além disso, foi criado um órgão responsável por cuidar dos negócios do café no
Brasil. Esse órgão ficou conhecido como Conselho Nacional do Café (CNC- 1931).
Crise de 2008
A crise de 2008 começou em razão da especulação imobiliária nos Estados Unidos.
Foi a chamada bolha, causada por um aumento abusivo nos valores dos imóveis. Ao atingir
preços bem acima do mercado, o setor acabou entrando em colapso, pois a supervalorização
não foi acompanhada pela capacidade financeira dos cidadãos de arcar com os custos. Assim,
as hipotecas acabaram não tendo a liquidez esperada, ou seja, houve uma quebra econômica em
razão do aumento dos juros e da inflação, tudo isso por conta dos ativos financeiros, isto é meios
pelos quais as empresas credoras negociam as dívidas com bancos, empresários e instituições
financeiras. Entretanto, no caso dos Estados Unidos, a falta de liquidez trouxe riscos de calote,
o chamado subprime. Eram os financiamentos de segunda linha. Para piorar a situação, o
governo adotou medidas para combater a inflação, como redução dos créditos, ou seja, a
compra e venda de imóveis tão atraente no passado acabou entrando em colapso, com uma
considerável desvalorização.
Com uma situação bem delicada, o mercado financeiro mundial ficou totalmente
desconfiado, tendo em vista que os Estados Unidos são referência no empréstimo de dinheiro a
outros países. Dessa maneira, os bancos criaram barreiras e limitaram o crédito, reduzindo o
poder de investimento das empresas. Conhecida como a crise financeira do capitalismo, a
problemática foi disseminada ao mundo no dia que ficou batizado como segunda-feira negra.
Era 15 de setembro de 2008 quando o banco Lehman Brothers (fundado em 1850)
quebrou, um dos mais tradicionais dos Estados Unidos. Foi um verdadeiro efeito “bola de
neve”, resultando em queda do consumo, diminuição dos lucros e demissões em massa. A
quebra do banco Lehman Brothers levou a crise ao auge. Ações despencaram, títulos foram
desvalorizados e a população ficou à mercê dos esforços governamentais para mudar a situação.
Consequentemente, as bolsas de valores despencaram, fazendo com que os governos de vários
países anunciassem planos de socorro à economia, aplicando bilhões de dólares nos bancos.
A causa de toda a problemática se iniciou dez anos antes, em 1998, quando houve
uma liberação de créditos desenfreada nos EUA, mesmo para pessoas que não tinham
condições de arcar com as parcelas dos empréstimos. Com um volume muito alto de hipotecas,
os bancos uniram os contratos de alto risco aos de baixo, utilizando as garantias (imóveis) como
uma forma de investimentos em pacotes vendidos com a promessa de ganhos promissores. No
entanto, os devedores não arcaram com os seus compromissos, causando um efeito dominó que
abalou a economia, com desemprego e afastamento dos investimentos. Dois anos depois, a crise
financeira atingiu a União Europeia, com impactos na desvalorização do euro e aumento das
dívidas de alguns países, como Grécia, Portugal, Espanha e Itália.
Conclusão
Estratégia e execução são termos definitivos para o sucesso em tempos de crise. Nos
períodos de crescimento, a maioria das empresas é impulsionada pela economia a conseguir bons
resultados, o que acaba nivelando os resultados obtidos. Na crise, é como se a maré estivesse
contra, fazendo com que só os mais preparados consigam fazer progressos, abrindo ainda mais
vantagens sobre seus competidores. Durante a história das crises econômicas, é possível perceber
que as empresas que prosperaram fizeram um movimento contraintuitivo e cresceram quando
todos retraíam.
Tanto a Crise de 29 quanto a de 2008 foram períodos complexos para a sociedade,
onde foram aplicadas diferentes estratégias para a recuperação da economia, pois a economia
sofreu uma grande queda, onde grandes empresas declararam falência e milhares de pessoas
acabaram desempregados, assim marcando o declínio do liberalismo econômico. Em 29, a
grande depressão se deu início, pois havia uma superprodução, falta de regulamentação da
economia, excesso de crédito e especulação na Bolsa de Valores. O período mais crítico foi de
1929 a 1933; logo após, os efeitos da crise foram enfraquecendo-se, principalmente por causa
da intervenção do Estado na economia com o New Deal (Novo Acordo), um programa de
intervenção do Estado na economia, que visava ampliar a intervenção do estado na economia,
ao regular as transações econômicas e a produção, como também realizar obras públicas para
estimular a criação de empregos. O liberalismo entrou em crise, e as ideias de livre mercado
tiveram que ser revistas. Por outro lado, as ideias econômicas baseadas na participação efetiva
do Estado na economia ganharam força não somente nos Estados Unidos, mas no mundo todo.
O Brasil, em virtude de um período muito prospero, não foi atingido de forma tão
intensa com a crise de 2008, mas precisou tomar algumas medidas para que os impactos na
economia não fossem devastadores. Tais medidas estratégicas colaboram para que o país
superasse a crise, com destaque às políticas econômicas anticíclicas, que se basearam em ações
de retração no desenvolvimento da economia brasileira, especialmente relacionadas às políticas
monetárias e fiscais.
Referências Bibliográficas:
https://escolakids.uol.com.br/historia/crise-de-1929.htm
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/crise29.htm
https://www.politize.com.br/crise-financeira-de-2008/
https://blog.runrun.it/crise-economica-americana-1929-2008/
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end%C3%AAncia%20das%20economias%20globais.
https://www.stoodi.com.br/blog/historia/crise-de-2008/
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2016/02/27/entenda-o-que-causou-a-crise-
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https://warren.com.br/magazine/crise-do-subprime/