Você está na página 1de 21

Quem Somos:

A Maçonaria Egípcia do Brasil é uma fraternidade que admite a


participação em grupo em sessões ritualísticas destinadas ao
desenvolvimento místico, espiritual e intelectual. A Ordem é uma fiel
depositária dos segredos da antiguidade e pratica os mistérios das
escolas iniciáticas de ocultismo do antigo Egito. Memphis era a capital
do Egito Antigo e ficava no Delta do Nilo onde o rito de Memphis foi
criado por iniciados em contato com essa civilização. Misraim deriva
da palavra ‘Mizr’ que significa ‘Egito’ em hebraico; Misraim é um rito
maçônico com referências alquímicas, ocultas e egípcias. Até 1881 os
Ritos de Memphis e Misraim seguiam caminhos paralelas e concordes,
no mesmo clima particular, quando então foram unificados por
Giuseppe Garibaldi, que se tornou seu primeiro Grande Hierofante
(alta patente sacerdotal).
Após a Morte de Giuseppe Garibaldi as Lojas Maçônicas do Rito de
Memphis-Misraim passaram por um período de adormecimento
quando no ano de 1900 foram reunidas pelo Italiano Ferdinando
Francesco Degli Oddi. Em 1902 o Inglês John Yarker assumiu a
liderança do Rito, sendo sucedido por grandes nomes: Theodor Reuss;
Gerard Encausse (Papus), Chevillon; Dupont; Robert Ambelaim e em
1973 o Italiano Francesco Brunelli é nomeado por Robert Ambelaim
como responsável pelo Rito na Itália. No ano de 1981, Francesco
Brunelli nomeou Frank G. Ripel para reestruturar o Rito Antigo e
Primitivo de Memphis-Misraim, sendo que no final de março de 2003,
Frank G. Ripel solicita o apoio do espanhol Gabriel López de Rojas
(Fundador e Grão Mestre da Ordem Illuminati) para juntos
promoverem um reavivamento do rito.
A Maçonaria Egípcia do Brasil - Quem Somos
A Maçonaria Egípcia do Brasil possui autorização expedida por Frank
G. Ripel para preservar e continuar a desenvolver os verdadeiros
mistérios da antiguidade através da Maçonaria Egípcia, diferente da
maçonaria tradicional patronada pela Grande Loja Unida da Inglaterra.
Possuimos vasta coletânea de conhecimentos que se formaram através
de muitos séculos, sendo preservados ocultos nos símbolos da Ordem.
É importante ressaltar que este conhecimento não é aquele que pode
ser encontrado em livros de ampla circulação ou em cursos, palestras e
seminários abertos ao grande público. Trata-se de um Conhecimento
que não se cristalizou no tempo, mas foi constantemente enriquecido
pelas muitas mentes brilhantes de místicos, filósofos e cientistas que
fizeram parte da Maçonaria Universal.
Luz, na Maçonaria Egípcia, tem o significado de verdade,
conhecimento, ciência, saber, instrução. A Maçonaria Egípcia do Brasil
oferece a oportunidade de acesso a essa Luz, através do ingresso na
Maçonaria Egípcia, capaz de reorganizar a sua vida e de acrescentar a
ela os elementos necessários que proporcionam um meio mais
completo de viver.
Seja conduzido a novos caminhos, onde nos obstáculos recolhes as
pedras para construir o seu castelo. "Se houver qualquer coisa
virtuosa, amável ou louvável nós a procuraremos", e o objetivo da
Maçonaria Egípcia aberta ao mundo atual são os mesmos há séculos: A
reconstrução do eu interior do ser humano e a busca eterna pela
verdade. Não vamos esperar o acaso, vamos conquistar a felicidade que
almejamos todos os dias!
A Maçonaria Egípcia lhe ensinará à auto lapidar-se mudando seus
pensamentos, mudando seu destino. Auto lapidar-se é tornar-se uma
jóia, que a todos encanta, é tornar-se um imã vivo, é ser a força de
atração, que atrai pessoas, riquezas, e situações que estão em
harmonia com nossos pensamentos dominantes, é transformar pedra
em ouro. "Nada é Impossível". As coisas não acontecem. Nós as
fazemos acontecer!
Os antigos egípcios aprenderam que a encenação dramática de vários
princípios facilitam a instrução, de modo que as lições são mais
facilmente impressas na mente. Os rituais, quando corretamente
empregados, são um poderoso recurso psicológico, cujos benefícios
não podem ser desdenhados. Os nossos Templos são locais para
meditação e pesquisa, onde ocorrem rituais destituídos de qualquer
caráter ou simbolismo religioso. Os rituais místicos proporcionados em
nossas Lojas Maçônicas são, antes de tudo, uma técnica de despertar
psíquico. São psicodramas destinados a acordar a parte mais sutil de
nosso ser, abrindo um canal para altos níveis de consciência. Eles
ajudam a transcender a mente objetiva e facilitam o contato com a
silenciosa Mente Interior, ou Alma. Esses belos rituais, leis e princípios
místicos são demonstrados de maneira dramática, a fim de nos
informar e inspirar, por esse motivo é necessário que todas as
cerimônias ritualísticas sejam realizadas em Templos Consagrados.
Nossos Templos, contudo, não abrigam apenas atividades ritualísticas.
Neles você poderá desfrutar da companhia de outros Maçons Egípcios,
assistir a inspiradoras palestras e participar de estimulantes debates.
Além disso, terá oportunidade de freqüentar uma variedade de eventos
especiais, como seminários e convenções. Ser Maçom Egípcio é um
privilégio especial que lhe é oferecido e proporciona uma
oportunidade rara de enriquecer a experiência humana.
Em nossa Instituição, você terá ainda o conhecimento esotérico, o qual
não objetiva desenvolver puramente a fase intelectual, mas, sobretudo,
estimular e despertar as potencialidades latentes e psíquicas que
jazem em todo indivíduo e que, uma vez acordadas, permitem realizar
coisas maravilhosas; coisas que muitos podem considerar verdadeiros
“milagres”, mas que são apenas a manifestação de Leis Naturais e
Espirituais.
O homem, de fato, ainda usa pouco de seu potencial total, conforme o
reconhece a própria ciência. Os Maçons praticantes do Rito Egípcio de
Memphis-Misraim sabem há séculos como despertar a integralidade da
capacidade psíquica e espiritual humana, através de um processo
testado e comprovado que reúne teoria e prática numa caminhada
ascensional harmoniosa e gradual.
Nossas atividades e serviços são mantidos através de contribuições
mensais e donativos recebidos dos membros filiados. Os nossos
ensinamentos não são cobrados. As contribuições são para cobrir as
diversas despesas da instituição, bem como para possibilitar o
funcionamento de todas as divisões da Ordem. Elas são mantidas em
valores justos e acessíveis,pois nossa missão é colaborar na evolução
da humanidade. Por não ser uma organização comercial, a Ordem não
objetiva o lucro, apenas o necessário para manter suas atividades em
benefício de seus Membros.
Temos por finalidade levar a nossa filosofia e cultura a todas as
pessoas, incentivando-as ao verdadeiro princípio da virtude,
constituindo-se assim, como uma instituição essencialmente filosófica
e solidária entre seus membros.
Nossa missão como instituição iniciática é perpetuar, desenvolver,
transmitir conhecimentos e colaborar na evolução da humanidade, de
modo que às pessoas vivam melhor e evoluam cada vez mais,
individual e socialmente.
Se você tem uma vida familiar harmoniosa, bom relacionamento com
os que circundam sua vida profissional e social, bons costumes,
espírito associativo, lealdade a si mesmo, fidelidade aos compromissos
assumidos, é tolerante, é perseverante, não tem discriminação de cor,
raça ou religião, então você poderá ser aceito nessa verdadeira Ordem
fraternal, a Maçonaria Egípcia do Brasil. Seja bem-vindo à toda uma
vida de aprendizado que o capacitará a viver benefícios reais e práticos
cotidianamente.
HISTÓRIA DO RITO DE MEMPHIS-MISRAIM
Essa Obediência Maçônica, que celebrou seu bicentenário
em 1988, surgiu quando os dois Ritos, de Memphis e de
Misraim, foram reunidos em 1881, por Giuseppe Garibaldi, que
se tornou seu primeiro Grão-Mestre.
O Rito de Misraim foi fundado em Veneza em 1788. Sua
filiação veio através de Cagliostro, que o erigiu com os Graus
Menores da Grande Loja da Inglaterra e os Altos Graus da
Maçonaria Templária Alemã.
O Rito de Memphis foi constituído em Montauban em
1815, por Franco-Maçons que em 1799 haviam participado com
Napoleão Bonaparte da Missão do Egito. A esses dois Ritos
foram adicionados os Graus Iniciáticos que vieram de
Obediências Esotéricas do século XVIII: do Rito Primitivo e do
Rito dos Philadelphos, entre outros.

O Rito de Misraim

A primeira menção ao Rito foi feita em Veneza em 1788.


Ele se difundiu rapidamente em Milão, Gênova e Nápoles e
apareceu na França com Michel Bedarride, que recebeu o Grão-
Mestrado em 1810, em Nápoles, do Irmão De Lasalle. De 1810
a 1813 os três Irmãos Bedarride desenvolveram o Rito na
França, de certa forma sob a proteção do Rito Escocês. Ilustres
Maçons pertenceram a ele, como o Conde Muraire, Soberano
Grande Comendador do Rito Escocês Antigo e Aceito, o Duque
Decazes, o Duque de Saxe-Weimar, o Duque de Leicester e o
Tenente Coronel de Teste, entre outros.

O Rito de Memphis

A maioria dos membros que acompanharam Bonaparte na


Missão do Egito eram Maçons pertencentes a antigos Ritos
iniciáticos: Philalètes, Irmãos Africanos, Rito Primitivo e
Grande Oriente de França. No Cairo eles descobriram uma
sobrevivência gnóstico-hermética e no Líbano entraram em
contato com a Maçonaria drusa, a mesma encontrada por Gérard
de Nerval, remontando assim à Maçonaria "operativa" que
acompanhava os seus protetores, os Templários.
Conseqüentemente, os Irmãos da Missão do Egito decidiram
renunciar à filiação maçônica vinda da Grande Loja da
Inglaterra. E assim nascia em 1815 o Rito de Memphis , em
Montauban, sob a direção de Samuel Honis e Marconis de
Negre, com numerosas Lojas no exterior e personalidades
ilustres em suas fileiras, como Louis Blanc e Giuseppe
Garibaldi, ele que em breve se tornaria o unificador de Memphis
e de Misraim.

O Rito de Memphis-Misraim

Até 1881 os Ritos de Memphis e Misraim seguiam rotas


paralelas e concordes, no mesmo clima particular. Os Ritos
começaram então a agrupar Maçons interessados no estudo do
simbolismo esotérico da Maçonaria, gnose, cabala e até mesmo
no hermetismo e no ocultismo.
O Rito de Memphis-Misraim perpetua sua Tradição na
fidelidade aos princípios de liberdade democrática e das ciências
iniciáticas.

MEMPHIS-MISRAIM
Um Rito do Futuro

O Rito de Memphis-Misraim, através de seus Rituais e do


seu repositório iniciático, põe à disposição do Franco-Maçom os
instrumentos de que ele necessita para resgatar os valores que
sustentam a verdadeira evolução, de acordo com o destino que
orienta para o aperfeiçoamento individual e a harmonia
universal.
Toda a Maçonaria é em essência iniciática, e a Luz dada
ao profano é a mesma, qualquer que seja a Obediência que a
difunde. É somente no desenvolver dessa Luz que se definem as
diferentes orientações.
A Franco-Maçonaria de amanhã será mais unida,
contribuindo para que o ser humano esteja amplamente
comprometido com os ideais de amor e solidariedade.
De acordo com a sensibilidade e as aspirações de cada um,
apoiados em fundamentos humanistas, sociais, espirituais e
esotéricos, os seus membros estão distribuídos em diferentes
Obediências e praticam vários Ritos.
Porém, quaisquer que sejam as suas especificidades, todos
os Ritos se encontram nos três primeiros níveis, ou graus, que
constituem um centro não dogmático de aperfeiçoamento
individual e são a base da Maçonaria Universal.

O RITO E SEUS PRINCÍPIOS


A Franco-Maçonaria do Rito Antigo e Primitivo de
Memphis-Misraim ®, instituição humanitária, filosófica,
iniciática e espiritual, tem por base essencial a crença em um
Poder Supremo expresso e invocado sob o nome de GRANDE
ARQUITETO DO UNIVERSO ou SUBLIME ARQUITETO
DOS MUNDOS.
Ela não impõe limite à livre pesquisa da VERDADE e é
para garantir essa liberdade que ela exige de todos a tolerância.
A Franco-Maçonaria recomenda aos seus membros o
respeito às leis dos países em que habitam e considera a
obrigação do trabalho como uma lei imperiosa.
A Franco-Maçonaria é uma associação de seres humanos
independentes, livres e de bons costumes, que estão sujeitos
apenas à sua própria consciência e que se comprometem a pôr
em prática um ideal de paz, de amor e de fraternidade.
A Franco-Maçonaria tem por objetivo o aperfeiçoamento
moral da humanidade e propaga uma verdadeira filantropia, pelo
emprego de fórmulas simbólicas e esotéricas, que só podem ser
reveladas e explicadas pela INICIAÇÃO.
Seu objetivo é a aplicação da ARTE REAL, formando
iniciados, isentos de quaisquer influências, livres, mestres
soberanos de si mesmos, que pensem com independência, sem
sofrer a tirania dos preconceitos reinantes, tendo sacudido o jugo
das paixões, e conscientes de suas responsabilidades.
A Franco-Maçonaria, avessa a quaisquer influências
sectárias, impõe aos seus membros o respeito aos outros, sejam
quais forem as suas opiniões, a fim de constituir um centro
permanente de união fraternal onde reine plena harmonia de
pensamentos.
O Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraim admite
mulheres em absoluta igualdade aos homens, praticando o Rito
em Lojas Masculinas, Lojas Femininas e Lojas Mistas.

FRANCO-MAÇONARIA
Uma Escola de Iniciação

História e Origens

É útil e importante conhecer a filiação institucional da qual


a Franco-Maçonaria é o resultado e a continuação.
Todos os historiadores, pesquisadores e comentaristas
concordam em dizer que a Franco-Maçonaria tem suas origens
nas Confrarias de Construtores das grandes catedrais européias
da Idade Média.
Essas Confrarias tinham íntima ligação com a Ordem do
Templo. Não só acompanharam os Cavaleiros Templários como
corpo de ofício especializado, encarregado das construções e
fortificações, como, após a dissolução do Templo, por força da
Inquisição, serviram de abrigo a muitos Cavaleiros que em seu
seio se refugiaram. Dessa forma, a ligação da Maçonaria com a
Ordem do Templo se assevera inegável, não apenas na qualidade
de iniciadora, mas também como depositária das principais
tradições.
Essas associações construtoras ligadas aos Templários
eram herdeiras das Corporações de Bizâncio que, por sua vez,
tiveram origem nos collegia romanos, especialmente os tignarii,
carpinteiros e construtores de casas, criados pelo rei Numa por
volta de 715 antes da nossa era. Mas, vestígios de agrupamentos
profissionais, particularmente de construtores, nos levam aos
gregos - heterias, dionisianos - e até aos egípcios.
Após a queda de Roma ocorreram muitas perturbações na
ordem social e o que restou das Confrarias integrou-se nas
Ordens Monásticas que, então, se multiplicavam no mundo
cristão. Os fortes muros dessas instituições ofereciam um
refúgio seguro para a manutenção da tocha das artes e ciências,
e permitiram aos Construtores escapar da repressão e circularem
com liberdade. Assim, construíram igrejas e monumentos nos
séculos VI e VII. Aos poucos a crescente paz da segurança
material e a migração dos artífices permitiram que as
fraternidades de Mestres Construtores se reagrupassem.
Cada Corporação tinha uma sede na qual os artífices se
reuniam em determinados dias para confraternizar, unidos por
sentimentos de intensa solidariedade. Lá eles também faziam,
presididas pelo Mestre da Confraria, refeições em comum cujo
sentido religioso era incontestável. Segredos da Arte de
Construir eram transmitidos e zelosamente guardados. Sua
reputação como Construtores os fez serem requisitados pelos
nobres da época.
Para os Antigos Construtores todos os atos da vida
estavam permeados de significado religioso. O trabalho tinha
um caráter sagrado porque simbolizava a criação dos seres e das
coisas pela Divindade. Desse modo eles trabalhavam nos
canteiros ou nas Lojas, onde somente pessoas da profissão eram
admitidas e os segredos da Arte de Construir eram transmitidos
de Mestre a Aprendiz. Mas isso não era tudo, porque as
imponentes catedrais foram e ainda são o Verdadeiro Livro
Esotérico da Sabedoria no qual os Mestres daquele tempo
inscreveram, ocultos nos símbolos, o Conhecimento herdado
dos Mistérios da Antigüidade. Durante a construção desses
monumentos os membros se reuniam para trabalhar na pesquisa
metafísica e nos ensinamentos filosóficos.
O fim do grande período "operativo" da construção
marcou o início do trabalho "especulativo", no qual o aspecto
filosófico do trabalho iniciático continuou até os dias de hoje.
Sem dúvida, o recuo na história, através das Confrarias de
Construtores, nos leva às importantes Escolas Iniciáticas do
Antigo Egito.

FRANCO-MAÇONARIA
Uma Sociedade de Iniciação

A Franco-Maçonaria moderna almeja construir o Templo


Interior e, para isso, símbolos são colocados à disposição dos
afiliados para permitir que todos, através de seus próprios
esforços, criem as relações necessárias ao seu próprio
crescimento espiritual.
A Franco-Maçonaria é uma autêntica instituição
iniciadora porque transmite a verdadeira iniciação e traz, por
meio de seus rituais e símbolos, o ensinamento das antigas
escolas de mistérios, dos quais é depositária e herdeira.
A Iniciação confere uma influência espiritual particular,
formalizada por ritos cuja efetividade ultrapassa a interpretação
dada e encontra sua vastidão na legitimidade de sua filiação.
Todo passo iniciático autêntico visa despertar o Iniciado.
A melhor das instruções não pode dar o Conhecimento, porque
o despertar não pode ser provocado senão por uma introspecção
sistemática, que deve ser sustentada pelo conhecimento de
profundos mecanismos psíquicos.

O NOME DO RITO
Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraim

Rito: É o conjunto de regras e cerimônias praticadas em


nossa Tradição. O Rito é um caminho iniciático em si mesmo.
Antigo: Originalmente em nosso Rito encontramos o
Rito de Misraim (Veneza, Itália-1788) e o Rito de Memphis
(Montauban, França-1815). Foi o Grão-Mestre Giuseppe
Garibaldi quem preparou e viabilizou a fusão dos dois Ritos em
l88l.
Primitivo: O atual Rito de Memphis-Misraim tem uma
primeira filiação que vem do Rito Primitivo, de Paris, em 1721,
e do Rito Primitivo dos Philadelphos, Narbonne, em 1779.
Memphis: Cidade do antigo Egito, situada no delta do
Nilo. Ali foi criado o Rito por iniciados que estavam em contato
com essa antiga civilização.
Misraim: Essa palavra é a forma plural de "egípcio". O
Rito aparece em Veneza, num grupo de inianos. A patente
constitucional foi dada por Cagliostro.

Soberano Santuário

Termo específico do Rito de Memphis-Misraim. É a


Direção do Rito como um todo, seguindo antigas Tradições.

HISTÓRIA E DOUTRINA

O Rito de Memphis-Misraim é uma junção de dois ritos: o de Memphis,


constituído em 1815, e o de Misraim, constituído em 1788. A fusão foi realizada,
em 1881, por Giuseppe Garibaldi, que foi o primeiro Grão-Mestre Geral da
Obediência.

O Rito de Misraim surgiu em Veneza em 1788, quando um grupo ligado a uma


seita protestante antitrinitária (dos “Sociniens”), solicitou uma patente de
constituição a Cagliostro, que se encontrava em Trento. O grupo desejava,
todavia, trabalhar de acordo com o Rito Templário e não com o ritual mágico-
cabalístico de Cagliostro. Este, somente lhes deu a luz Maçónica, com os três
primeiros Graus da Maçonaria Britânica e os Graus superiores da Maçonaria
alemã, de marcante tradição templária.

Misraim é o plural de egípcio, mas o Rito Egípcio só lhe transmitiu a


personalidade obediencial. A partir de 1788, o Rito espalhou-se rapidamente
por Nápoles, Génova e Milão, chegando a França em 1810, tendo-se ali
desenvolvido bastante, sob a protecção do Rito Escocês, já que à sua frente, se
encontravam nomes ilustres do Escocismo francês. Sendo absolutamente
anticlerical e antimonarquista, foi dissolvido por obra da política da Restauração
(Restauração é a época que se estende desde o restabelecimento dos Bourbons,
em 1814, até à sua queda, em 1830, com os reinados de Luis XVIII e Carlos X).
Clandestino durante dezoito anos, restaurado em 1838, novamente dissolvido
em 1841, novamente saído da clandestinidade em 1848, o Rito de Misraim
caminhou para a fusão com o Memphis, em 1881.

O Rito de Memphis foi constituído pelos Maçons que participaram na


Campanha do Egipto, com Napoleão Bonaparte. A maior parte dos membros
desta missão eram Maçons dos antigos Ritos Iniciáticos: Rito Primitivo, Rito
Hermético, Irmãos Africanos, Philalètes (alusivo à ilha de Philae, e no Alto
Egipto, antigamente consagrada à deusa Isis), além de muitos do Grande
Oriente de França. Tendo descoberto, no Cairo, uma sobrevivência gnóstico-
hermética e, depois, no Líbano, a Maçonaria drusa, que remontava aos Maçons
operativos e que tinha acompanhado os Templários, seus protectores, os
Maçons que acompanhavam Bonaparte decidiram renunciar à filiação Maçónica
vinda, anteriormente, da Grande Loja de Londres, juntando-se num novo Rito,
que nada devia a Inglaterra, então a grande inimiga da França. E assim nasceu o
Rito de Memphis, em Montauban, 630 quilómetros ao sul de Paris, em 1815. Da
mesma maneira que o Rito de Misraim reuniu os jacobinos com saudade da
república e os carbonários, o Rito de Memphis juntou os soldados da antiga
Grande Armada e os bonapartistas fiéis. O Grande Oriente, todavia, ainda
monarquista, na sua maioria, obtém a dissolução do Rito, embora esta não
tenha durado, pois ele ressurgiu em 1826, sob a égide do mesmo Grande
Oriente. Dissolvido novamente em 1841, tornou-se clandestino só reaparecendo
em 1848, com a república; novamente dissolvido em 1850, reaparece em 1853,
unindo-se ao Grande Oriente em 1862, até à sua união com o Rito de Misraim
em 1881.

A partir de 1881, o rito passou a ser de Memphis-Misraim, tendo esta unificação


sido realizada por Garibaldi, o grande Maçon e carbonário, herói do Novo e
Velho Mundo, iniciado no Brasil, mais precisamente no Rio Grande do Sul na
Loja “Asilo da Virtude”. Isto não é de estranhar, pois no século XIX, os Ritos de
Misraim e Memphis foram as duas Obediências onde se recrutaram os
Carbonários que fariam, em 1870, a unificação da Itália: Garibaldi, Mazzini e
Cavour entre os principais Herdeiros e depositários das velhas Obediências
iniciáticas do século XVIII. O Rito de Misraim representava-as em 90 Graus e o
de Memphis em 95; o Rito de Memphis-Misraim, em decorrência disto, ficou
com 95 graus.
Estes 95 graus, todavia, devem ser considerados como um simples caminho
onde se encontram os velhos Graus Maçónicos que não são mais praticados e
não como uma escala de valores. Na realidade, os acordos de 1863 com o
Grande Oriente da França e de 1896 com a Grande Loja Simbólica Escocesa
(futura Grande Loja de França) apoiam-se apenas nos 33 graus clássicos do Rito
de Perfeição, seguido pelo Escocês Antigo e Aceito. As Oficinas superiores do
Rito de Memphis-Misraim praticam, obrigatoriamente, os seguintes Graus: 90º
(Mestre Eleito dos Nove), 18º (Cavaleiro Rosa-Cruz), 30º (Cavaleiro Kadosh), 32º
(Príncipes do Real Segredo) e 33º (Soberano Grande Inspector Geral); os graus
66º, 90º e 95º são honoríficos e concedidos aos velhos Maçons, como
recompensa pelo seu valor e a sua fidelidade. Os demais graus são facultativos
e deixados ao critério dos obreiros dos graus superiores.

Hoje, o Rito de Memphis-Misraim está espalhado por diversos países,


principalmente da América do Sul e Central (Argentina, Chile, Bolívia, Venezuela,
Colômbia, Haiti), mas também na Europa (França, Itália, Suíça, Bélgica, Países
Baixos), além da Austrália. Ele perpetua as tradições de fidelidade aos princípios
democráticos e às ciências iniciáticas. É deísta, mas sem qualquer intransigência,
adoptando a definição da “Religião Maçónica”, definida pelas Constituições de
Anderson, de 1723, a qual consiste na “moral geral das pessoas honestas”.

DISPOSIÇÃO E DECORAÇÃO DO TEMPLO


A disposição do templo é como em todas as outras Lojas. No Oriente, todavia,
atrás do Venerável, um Painel representa uma Porta de marfim e ouro, fechada
e sem uma fechadura aparente, flanqueada por duas colunas de estilo egípcio,
entre as quais está, em parte, estendido um véu transparente azul celeste, ou
azul turquesa, cobrindo uma parte da porta. Acima da porta está o Delta, com
um ponto no meio.

No centro do templo há um grande rectângulo (como o Tapete de outros ritos),


com lajes brancas e negras, num total de cento e oito casas; sobre este
rectângulo, em três dos ângulos, estão três colunas, dispostas em esquadria,
com base para o Ocidente, com um foco de luz sobre cada uma delas . No
centro deste rectângulo, há uma pequena mesa, representando um fragmento
de Obelisco egípcio, sobre a qual se encontra o Livro da Sabedoria, um foco de
luz e um incensório, ou caçoula para queimar perfumes. Os perfumes têm a
seguinte composição: 3 partes de pó de incenso, 2 partes de pó de mirra, 1
parte de pó de benjoim e 1/2 parte de açúcar em pó.

As mesas dos oficiais são recobertas de tecido azul turquesa, debruado na cor
violeta. Sobre a mesa do Venerável há um candelabro de três braços, enquanto
que sobre a mesa de cada vigilante há um candelabro com um só foco de luz.
Os Aprendizes tomam lugar na coluna “J”, como nos Ritos Moderno e
Adonhiramita.
A Câmara de Reflexão é muito simples: há apenas um crânio humano
verdadeiro, um castiçal com uma vela acesa, material de escrita, uma mesa,
banco sem encosto e uma caçoula com brasas, sobre as quais é queimado pó
de mirra, com perfume dos funerais antigos.

PARAMENTOS
Os Aprendizes e Companheiros usam avental branco, aqueles com a abeta
levantada e estes com a abeta abaixada: o avental dos Companheiros poderá
ter cordão que o prende na cor violeta. Os mestres usam aventai branco com
orla azul turquesa e com três rosetas da mesma cor, formando os três ângulos
de um triângulo equilátero (um na abeta e dois no corpo do avental). Os oficiais
usam, à tiracolo, uma faixa azul turquesa, com orla violeta. O Venerável e os Ex
Veneráveis usam a mesma faixa, mas com orla dourada. Todos os obreiros, em
Loja, usam luvas brancas.

ALGUMAS PARTICULARIDADES RITUALÍSTICAS


1. Os Obreiros entram de acordo com a hierarquia de Graus e Cargos: os Aprendizes à
frente, seguidos dos Companheiros, Mestres, Oficiais, Visitantes (que sejam Mestres) e,
finalmente, o Venerável, com o Mestre de Cerimónias abrindo o cortejo.
2. Quando da verificação se todos os presentes são Maçons, todos os Obreiros se viram
para o Oriente (isto deve acontecer em qualquer rito) e os Vigilantes passam em
revista os Irmãos da sua Coluna, cruzam-se diante do Oriente e tornam-se a cruzar no
Ocidente, quando voltam aos seus lugares; à sua passagem, os obreiros colocam-se, um
após outro, à ordem.
3. Os três focos de luz das colunas do rectângulo central são acesos pelo Experto e pelo
Mestre de Cerimónias; o Mestre de Cerimónias também acende o foco sobre o obelisco.
O 1º Vigilante acende a sua luz na coluna da Força e o 2º Vigilante na da Beleza,
enquanto que o Mestre de Cerimónia leva ao Venerável, uma vela acesa naquela do
obelisco, para que ele acenda o candelabro de três braços. Finalmente, o Mestre de
Cerimónias aviva as brasas da caçoula dos perfumes.
4. É o Venerável Mestre que abre, em qualquer lugar (como no Rito de York), o Livro da
Sabedoria, colocando, sobre ele, o Esquadro e o compasso na posição do Grau e, sobre
estes dois instrumentos, a Régua.
5. A bateria é feita como nos Ritos Moderno e Adonhiramita, por dois golpes seguidos e
um mais espaçado: 0 – 0 — 0. Na abertura e no encerramento dos Trabalhos, a bateria
é tripla, acompanhada da aclamação.
6. A aclamação é: Liberdade! Igualdade! Fraternidade! Huzzé! Huzzé! Huzzé!.
7. Na Cerimónia de Iniciação também ocorre o desnudar parcial do candidato e a retirada
dos seus metais.
8. As três viagens são como o Rito Moderno, com o Experto representando,
respectivamente, o pai (Meu filho, vinde comigo), o mestre (meu discípulo,
(acompanhai-me) e o amigo (meu amigo, apoie-se em mim) do candidato, em cada
uma das três fases da existência humana.
9. Não há a Cerimónia da Taça Sagrada de outros Ritos. Todavia, no início da cerimónia é
dado, para que o candidato beba, um copo com a Bebida do Esquecimento (que é uma
infusão fria de espinheiro-alvar), enquanto que, próximo do final, antes do juramento e
de lhe ser dada a luz, o candidato é convidado a ingerir a Bebida da Memória (que é
uma infusão de genciana). Nesta parte, o Venerável explica, depois da Bebida do
Esquecimento, que se fez do candidato um corpo morto, sem vontade própria, a
Bebida da Memória fará dele um Maçon activo, um verdadeiro Filho da Viúva.
10. Depois do compromisso, o Mestre de Cerimónias perfura, com a ponta de uma espada,
o Testamento Filosófico do Recipiendário, que estava em poder do Venerável, e
queima-o numa das chamas do altar, enquanto o Venerável explica que “a palavra
humana altera-se e apaga-se, mas aquilo que é confiado ao fogo, perdura
eternamente”.
11. Quando a Luz é dada ao neófito, a Estrela Flamejante fulgura durante um breve
instante. A Estrela simboliza a “Senhora do Ocidente”, ou seja, a Isis antiga, e brilha na
cerimónia de recepção dos três Graus Simbólicos, mas de maneira diferente em cada
uma delas.
12. No final de cada Sessão é formada a Cadeia de União Fraternal e, antes dela, há a
cerimónia do Beijo de Paz com os obreiros de pé e à ordem, o Venerável abraça o
Irmão que está imediatamente à sua direita e o Beijo da Paz circula do Norte ao
Ocidente, do Ocidente ao Sul, para voltar através do Irmão que está mais próximo da
sua esquerda (há um ritual abreviado, onde esta passagem é abolida).

Conheça os 18 principais deuses egípcios e suas histórias

1. Ámon - O Oculto

2. Mut - A Deusa Mãe


3. Osíris - Senhor dos Mortos

4. Seth - O Deus do Caos


5. Ísis - A Deusa da Ressurreição

6. Hórus - O Restaurador da Ordem


7. Anúbis - O Embalsamador Divino

8. Rá - O deus do Sol
9. Thoth - O deus do Conhecimento e da Sabedoria

10. Hator - A deusa da Maternidade

11. Sekhmet - A Deusa da Guerra e da Cura


12. Wadjet - A Protetora do Faraó

13. Maat - A Deusa da Verdade


14. Bastet - A Deusa Felina

15. Anuket - A Deusa da Fertilidade

16. Ammit - A Deusa Devoradora de Almas


17. Ptah - O Deus de Mênfis

18. Bes - O Deus Anão

Você também pode gostar