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(Módulo I)
Alguns dos principais objetivos da produção de texto é fazer com que os alunos leiam, compreendam e
interpretem os diversos gêneros textuais existentes, reconheçam os desvios lingüísticos, a falta de coesão,
coerência e estejam aptos a correção do próprio texto e de produções textuais de outros escritores.
Variações lingüísticas
Até aqui falamos sobre as variedades lingüísticas da nossa língua e é a partir dela, que vocês irão
relembrar todos os gêneros textuais para saber exatamente o que fazer ou não em uma produção textual,
em acordo com aquilo que se pede a cada vestibular em específico que vocês farão, vale ressaltar que um
texto de redação ele deve estar necessariamente em 3º pessoa e é um texto dissertativo-argumentativo.
Focaremos na redação do (ENEM) que de um modo geral irá abrange todas as outras.
TIPOLOGIAS TEXTUAIS
TEXTO INJUNTIVO
O texto injuntivo ou instrucional está pautado na explicação e no método para a concretização de uma
ação.
Ele indica o procedimento para realizar algo, por exemplo, uma receita de bolo, bula de remédio, manual
de instruções, editais e propagandas.
PRÉ-VESTIBULAR SOCIAL – POLO ITAGUAÍ
Com isso, sua função é transmitir para o leitor mais do que simples informações, visa sobretudo, instruir,
explicar, todavia, sem a finalidade de convencê-lo por meio de argumentos.
São textos o quais incitam a ação dos destinatários, controlando, assim, seu comportamento, ao fornecer
instruções e indicações para a realização de um trabalho ou a utilização correta de instrumentos e/ou
ferramentas.
Há quem estabeleça uma relação entre os textos injuntivos e prescritivos e, por outro lado, há os que
defendem que são textos sinônimos e pertencem à mesma categoria, compartilhando funções e
finalidades.
No entanto, os linguistas que preferem dividi-los em dois tipos de textos informam que o texto injuntivo,
instrui sem uma atitude coercitiva, recurso marcante nos textos ditos prescritivos.
Para esse grupo de estudiosos, um texto injuntivo pode ser um manual de instruções ou uma receita,
enquanto os textos prescritivos asseguram um tipo de atitude coercitiva, por exemplo, os editais dos
concursos, contratos e leis.
Recursos Linguísticos
A linguagem dos textos injuntivos é simples e objetiva. Um dos recursos linguísticos marcantes e
recorrentes desse tipo de texto é a utilização dos verbos no imperativo, os quais indicam uma "ordem", por
exemplo:
TEXTO DISSERTATIVO
O Texto Dissertativo é um tipo de texto argumentativo e opinativo, uma vez que expõe a opinião sobre
determinado assunto ou tema, por meio de uma argumentação lógica, coerente e coesa.
1. Introdução: Também chamada de "Tese", nesse momento, o mais importante é expor a ideia
central sobre o tema de maneira clara. Importante lembrar que a introdução é a parte mais
importante do texto e, por isso, deve conter a informações que logo serão desenvolvidas.
3. Conclusão: O próprio nome já supõe que é necessário concluir o texto. Em outras palavras, não
deixamos um texto sem concluí-lo e, por isso, esse momento é chamado de "Nova Tese" por ser
um momento de fechamento das ideias, e principalmente da inserção de uma nova ideia, ou seja,
uma "nova tese".
PRÉ-VESTIBULAR SOCIAL – POLO ITAGUAÍ
Tipos de Dissertação
1. Texto Dissertativo-Argumentativo
Nessa modalidade, a intenção é persuadir o leitor, convencê-lo de sua tese (ideia central) a partir de
coerente argumentação, exemplos, fatos.
Segue abaixo exemplos de trechos de textos dissertativos nas duas modalidades, ou seja, argumentativo
e expositivo:
Em pleno século XXI é salutar refletir sobre a importância de preservação do meio ambiente bem como
atuar em prol de uma sociedade mais consciente e limpa.
Já ficou mais que claro que a maioria dos problemas os quais enfrentamos atualmente nas grandes
cidades, foram gerados pela ação humana.
De tal modo, podemos pensar nas grandes construções, alicerçadas na urbanização desenfreada, ou no
simples ato de jogar lixo nas ruas.
A poluição gerada e impregnada nas grandes cidades foi em grande parte fruto da urbanização
desenfreada ou da atuação de indústrias; porém, deveres não cumpridos pelos homens também
proporcionaram toda essa "sujidade". Nesse sentido, vale lembrar que pequenos atos podem produzir
grandes mudanças se realizados por todos os cidadãos.
Portanto, um conselho deveras importante: ao invés de jogar o lixo (seja um papelzinho de bala, ou uma
anotação de um telefone) nas ruas, guarde-o no bolso e atire somente quando encontrar uma lixeira. Seja
um cidadão consciente! Não Jogue lixo nas ruas!
Os Relatórios das Organizações das Nações Unidas (ONU) sobre a gestão e desenvolvimento dos
recursos hídricos alertam para a preservação e proteção dos recursos naturais do planeta, sobretudo da
água.
Sendo assim, as estatísticas apontam para uma enorme crise mundial da falta de água a partir de 2025,
de forma que atingirá cerca de 3 bilhões de pessoas, e que pode provocar diversos problemas sociais e de
saúde pública.
Um dos maiores problemas apresentados pela ONU é a “escassez de água” que já atinge cerca de 20
países no mundo, ou seja, 40% da população do planeta.
Os estudos completam que a água doce do planeta está em risco visto as mudanças climáticas
registradas nas últimas décadas.
PRÉ-VESTIBULAR SOCIAL – POLO ITAGUAÍ
TEXTO NARRATIVO
Texto narrativo é um tipo de texto que esboça as ações de personagens num determinado tempo e
espaço.
Geralmente, ele é escrito em prosa e nele são narrados (contados) alguns fatos e acontecimentos.
Alguns exemplos de textos narrativos são: romance, novela, conto, crônica e fábula.
Estrutura da Narrativa
• Apresentação: também chamada de introdução, nessa parte inicial o autor do texto apresenta os
personagens, o local e o tempo em que se desenvolverá a trama.
• Desenvolvimento: aqui grande parte da história é desenvolvida com foco nas ações dos
personagens.
• Desfecho: também chamada de conclusão, ele é determinado pela parte final da narrativa, onde a
partir dos acontecimentos, os conflitos vão sendo desenvolvidos.
Elementos da Narrativa
• Narrador - é aquele que narra a história. Dividem-se em: narrador observador, narrador
personagem e narrador onisciente.
• Enredo - trata-se da estrutura da narrativa, ou seja, a trama em que se desenrolam as ações. São
classificados em: enredo linear e enredo não linear.
• Personagens - são aqueles que compõem a narrativa sendo classificados em: personagens
principais (protagonista e antagonista) e personagens secundários (adjuvante ou coadjuvante).
• Tempo - está relacionado com a marcação do tempo dentro da narrativa, por exemplo, uma data
ou um momento específico. O tempo pode ser cronológico ou psicológico.
• Espaço - local (s) onde a narrativa se desenvolve. Podem ocorrer num ambiente físico, ambiente
psicológico ou ambiente social.
Tipos de Narrador
Os tipos de narrador, também chamado de foco narrativo, representam a "voz textual" da narração, sendo
classifcados em:
• Narrador Observador - narrado em 3ª pessoa, esse tipo de narrador conhece os fatos porém, não
participa da ação.
• Narrador Onisciente - esse narrador conhece todos os personagens e a trama. Nesse caso, a
história é narrada em 3ª pessoa. No entanto, quando apresenta fluxo de pensamentos dos
personagens, ela é narrada em 1ª pessoa.
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ATIVIDADES PROPOSTAS
O Brasil é um país maior do que os menores e menor do que os maiores. É um país grande, porque,
medida sua extensão, verifica-se que não é pequeno. Divide-se em três zonas climatéricas absolutamente
distintas: a primeira, a segunda e a terceira. Sendo que a segunda fica entre a primeira e a terceira. Há
muitas diferenças entre as várias regiões geográficas do país, mas a mais importante é a principal. Na
agricultura faz-se exclusivamente o cultivo de produtos vegetais, enquanto a pecuária especializa-se na
criação de gado. A população é toda baseada no elemento humano, sendo que as pessoas não nascidas
no país são, sem exceção, estrangeiras. Tão privilegiada é hoje, enfim, a situação do país que os
cientistas procuram apenas descobrir o que não está descoberto, deixando para a indústria tudo o que já
foi aprovado como industrializável e para o comércio tudo o que é vendável. É, enfim, o país do futuro, e
este se aproxima a cada dia que passa.
Em relação ao propósito comunicativo anunciado no título do texto, esse gênero promove uma quebra de
expectativa ao
2- Machado de Assis
Joaquim Maria Machado de Assis foi um dos maiores escritores brasileiros, tendo responsabilidade pela
criação da Academia Brasileira de Letras, onde foi presidente por dez anos. Machado de Assis também foi
o responsável por implantar no Brasil o Realismo na literatura por meio da observação da sociedade
carioca da época em que baseava suas obras.
Além de escritor, Machado também teve inúmeros cargos públicos, chegando até mesmo a ser diretor da
Diretoria do Comércio, na Secretaria de Estado da Agricultura, Comércio e Obras Públicas do Brasil. Suas
principais obras são hoje clássicos da literatura brasileira, tais como “Memórias Póstumas de Brás Cubas”
e “Dom Casmurro”.
A análise dos elementos constitutivos desse texto, como forma de composição, tema e estilo de
linguagem, permite identificá-lo como
Durante as férias escolares de 1958, em Derry, pacata cidadezinha do Maine, Bill, Richie, Stan, Mike,
Eddie, Ben e Beverly aprenderam o real sentido da amizade, do amor, da confiança e... do medo. O mais
profundo e tenebroso medo. Naquele verão, eles enfrentaram pela primeira vez a Coisa, um ser
sobrenatural e maligno, que deixou terríveis marcas de sangue em Derry. Quase trinta anos depois, os
amigos voltam a se encontrar. Uma nova onda de terror tomou a pequena cidade. Mike Hanlon, o único
que permanece em Derry, dá o sinal. Precisam unir forças novamente. A Coisa volta a atacar e eles
devem cumprir a promessa selada com sangue que fizeram quando crianças. Só eles têm a chave do
enigma. Só eles sabem o que se esconde nas entranhas de Derry. O tempo é curto, mas somente eles
podem vencer a Coisa. Em It – A Coisa, clássico de Stephen King em nova edição, os amigos irão até o
fim, mesmo que isso signifique ultrapassar os próprios limites.
Relacionando-se os elementos que compõem esse texto, depreende-se que sua função social consiste em
levar o leitor a:
Assum preto
Luiz Gonzaga
A respeito da tipologia textual e da linguagem utilizadas nesse fragmento, é correto afirmar que se trata de
um texto
Como explica o The New England Journal of Medicine, a paciente, chamada Joanie Simpson, tinha sinais
de infarto, como dores no peito e pressão alta, e apresentava problemas nas artérias coronárias. Ao
fazerem um ecocardiograma, os médicos encontraram o problema: cardiomiopatia de Takotsubo,
conhecida como síndrome do coração partido.
Essa condição médica tipicamente acontece com mulheres em fase pós-menstrual e pode ser precedida
por um evento muito estressante ou emotivo. Nesses casos, o coração apresenta um movimento
discinético transitório da parede anterior do ventrículo esquerdo, com acentuação da cinética da base
ventricular, de acordo com um artigo médico brasileiro que relata um caso semelhante. Simpson foi
encaminhada para casa após dois dias e passou a tomar medicamentos regulares.
Ao Washington Post, ela contou que estava quase inconsolável após a perda do seu animal de estimação,
um cão da raça yorkshire terrier. Recuperada após cerca de um ano, ela diz que não abrirá mão de ter um
animal de estimação porque aprecia a companhia e o amor que os cachorros dão aos humanos. O caso
aconteceu em Houston, nos Estados Unidos.
Disponível em: <https://exame.abril.com.br>. Acesso em: 1 dez. 2017.
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Pelas características do texto lido, que trata das consequências da perda de um animal de estimação,
considera-se que ele se enquadra no gênero
A vaca
Numa noite de temporal, um navio naufragou ao largo da costa africana. Partiu-se ao meio, e foi ao fundo
em menos de um minuto. Passageiros e tripulantes pereceram instantaneamente. Salvou-se apenas um
marinheiro, projetado à distância no momento do desastre. Meio afogado, pois não era bom nadador, o
marinheiro orava e despedia-se da vida, quando viu a seu lado, nadando com presteza e vigor, a vaca
Carola. A vaca Carola tinha sido embarcada em Amsterdam. Excelente ventre, fora destinada a uma
fazenda na América do Sul. Agarrado ao chifre da vaca, o marinheiro deixou-se conduzir, e, assim, ao
romper do dia, chegaram a uma ilhota arenosa, onde a vaca depositou o infeliz rapaz, lambendo-lhe o
rosto até que ele acordasse. Notando que estava numa ilha deserta, o marinheiro rompeu em prantos: “Ai
de mim! Esta ilha está fora de todas as rotas! Nunca mais verei um ser humano!”. Chorou muito, prostrado
na areia, enquanto a vaca Carola fitava-o com seus grandes olhos castanhos. Finalmente, o jovem
enxugou as lágrimas e pôs-se de pé. [...]
SCLIAR, Moacyr. O carnaval dos animais. Editora Movimento. Rio Grande: 1968.
e) caracteriza espaço e tempo com detalhes minuciosos que promovem o envolvimento dos leitores.
Ed Mort só vai
Mort. Ed Mort. Detetive particular. Está na plaqueta. Tenho um escritório numa galeria de Copacabana
entre um fliperama e uma loja de carimbos. Dá só para o essencial, um telefone mudo e um cinzeiro. Mas
insisto numa mesa e numa cadeira. Apesar do protesto das baratas. Elas não vencerão. Comprei um jogo
de máscaras. No meu trabalho o disfarce é essencial. Para escapar dos credores. Outro dia entrei na sala
e vi a cara do King Kong andando pelo chão. As baratas estavam roubando as máscaras. Espisoteei meia
dúzia. As outras atacaram a mesa. Consegui salvar a minha Bic e o jornal. O jornal era novo, tinha só uma
semana. Mas elas levaram a agenda. Saí ganhando. A agenda estava em branco. Meu último caso fora
PRÉ-VESTIBULAR SOCIAL – POLO ITAGUAÍ
com a funcionária do Erótica, a primeira ótica da cidade com balconista topless. Acabara mal. Mort. Ed
Mort. Está na plaqueta.
VERISSIMO, L. F. Ed Mort: todas as histórias. Porto Alegre: L&PM, 1997 (adaptado).
De modo geral, pessoas que sofrem de diferentes transtornos psiquiátricos ou neurológicos podem
apresentar sintomas e características parecidos entre si, às vezes até iguais ‒ alucinações, por exemplo,
são um traço comum tanto em pacientes com esquizofrenia quanto em quem tem Alzheimer. Por esse
motivo, a possibilidade de tais doenças possuírem as mesmas bases biológicas sempre foi levantada por
cientistas. Pesquisa recente, publicada em artigo na revista Science, traz resultados que ajudam a
esclarecer a questão. Pode-se concluir, por exemplo, que grande parte das doenças psiquiátricas, como
ansiedade, depressão e transtorno obsessivo-compulsivo, possuem alto índice de correlação genética
entre si, ou seja, compartilham genes parecidos. Por outro lado, as doenças neurológicas, dentre elas
Alzheimer, Parkinson e epilepsia, apresentam correlação genética pouco significativa comparadas umas
com as outras. Quando cruzadas as informações dos transtornos psiquiátricos com dos neurológicos,
descobriu-se que a correlação genética entre ambos também é baixa, sugerindo que sejam causados por
fatores diferentes, mesmo que compartilhem algumas características. Conforme explica Helena Brentani,
professora da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e uma das autoras, de forma simplificada, pode-
se dizer que a neurologia estuda a relação do cérebro com os demais órgãos do corpo, enquanto a
psiquiatria considera também o relacionamento do indivíduo com o ambiente externo, inclusive as outras
pessoas. A conclusão do estudo reforça a compreensão destes transtornos em categorias separadas: já
que possuem origens diversas, faz sentido que sejam analisados de modo distinto.
Os gêneros textuais podem ser caracterizados, dentre outros fatores, por seus objetivos. Esse fragmento é
um(a)
a) notícia, pois registra um fato cotidiano de interesse popular e apresenta um caráter propagandístico.
c) texto de divulgação científica, pois tem o objetivo de tornar público o conhecimento produzido pelo
segmento científico por meio da pesquisa.
d) relatório, pois enumera as atividades exercidas no meio científico e informa os resultados alcançados
com elas.
e) artigo de opinião, pois predomina uma avaliação pessoal do autor do texto sobre o objeto analisado.
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Em ótima localização
Te vi passando
Pela primeira vez
E à primeira vista
Fiquei assim, sem reação:
Vendo, imóvel.
Com o propósito de realizar uma intervenção artística, o poeta Bruno Félix desperta o interesse de leitores
a partir de uma nova forma de apresentar o gênero textual poema. Sobre esse texto, pode-se afirmar que
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b) o título explora a ambiguidade da expressão “vendo imóvel”, desfeita pelo uso da vírgula no último
verso.
c) o autor inova o gênero poético ao vincular o texto a um meio de comunicação por qual os leitores são
desinteressados.
Cores do Brasil
Ganhou nova versão, revista e ampliada, o livro lançado em 1988 pelo galerista Jacques Ardies, cuja
proposta é ser publicação informativa sobre nomes do “movimento arte naïf do Brasil”, como define o
autor. Trata-se de um caminho estético fundamental na arte brasileira, assegura Ardies. O termo em
francês foi adotado por designar internacionalmente a produção que no Brasil é chamada de arte popular
ou primitivismo, esclarece Ardies. O organizador do livro explica que a obra não tem a pretensão de ser
um dicionário. “Falta muita gente. São muitos artistas”, observa. A nova edição veio da vontade de
atualizar informações publicadas há 26 anos. Ela incluiu artistas em atividade atualmente e veteranos que
ficaram de fora do primeiro livro. A arte naïf no Brasil 2 traz 79 autores de várias regiões do Brasil.
WALTER SEBASTIÃO. Estado de Minas, 17 jan. 2015 (adaptado).
O fragmento do texto jornalístico aborda o lançamento de um livro sobre arte naïf no Brasil. Na
organização desse trecho predomina o uso da sequência
Nuvem de tags, nuvem de palavras ou nuvem de etiquetas é uma lista hierarquizada visualmente que tem
a função de
a) apresentar os itens relacionados a um conteúdo de modo a incitar uma análise de dados visualmente.
b) ilustrar o valor das palavras que se destacam necessariamente em ordem de relevância a respeito de
um tema.
d) fomentar análises críticas a partir da forma como se brinca com dados sobre um conteúdo estipulado.
Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes, pernas, bandeiras
Bombas e Brigitte Bardot
O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia
Eu vou VELOSO, C. Alegria, alegria. In: Caetano Veloso. São Paulo: Phillips, 1967 (fragmento).
É comum coexistirem sequências tipológicas em um mesmo gênero textual. Nesse fragmento, os tipos
textuais que se destacam na organização temática são
a) descritivo e argumentativo, pois o enunciador detalha cada lugar por onde passa, argumentando contra
a violência urbana.
b) dissertativo e argumentativo, pois o enunciador apresenta seu ponto de vista sobre as notícias relativas
à cidade.
c) expositivo e injuntivo, pois o enunciador fala de seus estados físicos e psicológicos e interage com a
mulher amada.
d) narrativo e descritivo, pois o enunciador conta sobre suas andanças pelas ruas da cidade ao mesmo
tempo que a descreve.
e) narrativo e injuntivo, pois o enunciador ensina o interlocutor como andar pelas ruas da cidade contando
sobre sua própria experiência.
PRÉ-VESTIBULAR SOCIAL – POLO ITAGUAÍ
O curupira, como protetor da floresta, voltava-se contra todos aqueles que a destruíam e, por isso, era
visto com grande temor pelos indígenas. Esses povos acreditavam que a figura folclórica aterrorizava e
matava aqueles que entravam na floresta para caçar ou derrubar árvores. O pavor era tão grande que os
indígenas ofereciam presentes quando entravam na floresta para impedir que fossem vitimados pelo
curupira. A lenda fala que a entidade adorava receber fumo e cachaça como presentes. Além de
aterrorizar os caçadores, o curupira também era responsável por fazê-los se perder na floresta e esquecer
o caminho pelo qual sairiam dela.
Uma forma de atormentar os caçadores era o ato de o curupira assoviar continuadamente. Para fugir dele,
caso ele o encontre no meio da floresta, é necessário realizar um nó em um pedaço de cipó. Agora, achar
por conta própria o curupira na floresta é quase impossível, pois seus pés ao contrário tornam sua
localização improvável. Isso porque ele é um habitante nato das florestas, então, para encontrá-lo, é
necessário adentrar na mata densa. Sendo assim, esse ser evita estar nos locais com grande presença
humana, somente indo atrás de humanos quando eles entram na floresta para caçar ou derrubar árvores.
Com destaque à figura folclórica do curupira, esse texto faz referência ao gênero textual lenda, narrativa
fantasiosa que tem o intuito de
b) manter a tradição das narrativas épicas que fazem referência a temas históricos e mitológicos.
d) explicar a origem de episódios misteriosos com o relato de fatos verídicos vivenciados por povos de
gerações anteriores.
Tempo: 1 h 46 min;
Brasil, 2016.
O primeiro filme do grupo humorístico Porta dos Fundos, conhecido por seus mais de 12 milhões de
assinantes no YouTube, estreou para o público brasileiro que curte as esquetes na internet. O desafio do
grupo foi transformar os vídeos curtos em um longa para o cinema, que, apesar de grande investimento do
elenco e dos produtores, não empolga tanto. O enredo conta com a dupla Rodrigo (F. Porchat) e Miguel
(G. Duvivier), que, vencedores em Cannes, no auge de suas carreiras, decidem assinar um contrato
vitalício em que o ator Rodrigo deverá participar de todos os filmes do produtor Miguel. A produção do
filme maluco conta com o ótimo elenco do Porta dos Fundos: uma famosa blogueira, um jornalista de
fofoca, um agente de celebridades, uma diretora de elenco radical, um detetive, um ajudante e atores. O
ponto forte do filme é satirizar justamente o mundo das celebridades da internet e do cinema, ou seja, eles
mesmos neste momento.
PRÉ-VESTIBULAR SOCIAL – POLO ITAGUAÍ
Nesse texto, um trecho que traz uma marca linguística da função avaliativa da resenha é
a) “Porta dos Fundos: contrato vitalício; Diretor: Ian SBF; Tempo: 1 h 46 min; Brasil, 2016.”
b) “O primeiro filme do grupo humorístico Porta dos Fundos [...] estreou para o público brasileiro que curte
as esquetes na internet.”
c) “O enredo conta com a dupla Rodrigo (F. Porchat) e Miguel (G. Duvivier) [...]”.
e) “A produção do filme maluco conta com o ótimo elenco do Porta dos Fundos [...]”.
Ainda no belíssimo cartão que você me deu aqui estou para cobrar-lhe o material para nosso Museu da
Literatura Brasileira: fotos (antigas, modernas, você com Mafalda, com os filhos, com os amigos), textos,
manuscritos, caricaturas, cartas que escritores famosos lhe escreveram – enfim, todas as marcas de sua
passagem quente. Seremos de agora em diante verdadeiramente imortais. É verdade que ninguém quer
saber de museu, mas José Geraldo Nogueira Moutinho e eu bolaremos uma ala erótica, só para iniciados.
Vai ser estimulante.
Meu querido, lembra? Eu te disse um dia que meu pai tinha algo do seu. Aí vai a prova.
Beijo carinhoso,
Lygia
Ah! Por favor, estenda o pedido ao Mario Quintana, sim? O M. Rosenblatt também deve ter bom material.
12/9/75
Disponível em: <https://www.correioims.com.br/carta/todas-as-marcas-de-sua-passagem-quente/>. Acesso em 24 jul. 2021.
Nessa carta destinada ao escritor brasileiro Erico Verissimo, Lygia Fagundes Telles convoca-o a doar
fotografias e manuscritos ao novo Museu da Literatura Brasileira, bem como a estender o convite aos seus
conhecidos. Considerando as características do gênero textual apresentado, esse texto evidencia uma
situação de comunicação
c) íntima, percebida pelo comentário final feito pela autora acerca de um fato antecedente, ressaltando a
aproximação entre os interlocutores.
e) formal, motivada pelo distanciamento entre os interlocutores e o intento argumentativo manifestado pela
remetente.
PRÉ-VESTIBULAR SOCIAL – POLO ITAGUAÍ
Essa campanha se destaca pela maneira como utiliza a linguagem para conscientizar a sociedade da
necessidade de se acabar com o bullying. Tal estratégia está centrada no(a)
Elogiado pela crítica e adorado pelos leitores, As vantagens de ser invisível – que foi adaptado para os
cinemas com Emma Watson, a Hermione de Harry Potter, e Logan Lerman, de Percy Jackson, no elenco –
acaba de ganhar nova reimpressão pela Rocco. Livro de estreia do roteirista Stephen Chbosky, o
romance, que vendeu mais de 700 mil exemplares nos EUA desde o lançamento, está de volta ao topo do
ranking do The New York Times impulsionado pela adaptação para a telona.
PRÉ-VESTIBULAR SOCIAL – POLO ITAGUAÍ
Ao mesmo tempo engraçado e atordoante, As vantagens de ser invisível reúne as cartas de Charlie, um
adolescente de quem pouco se sabe – a não ser pelo que ele conta nessas correspondências –, que vive
entre a apatia e o entusiasmo, tateando territórios inexplorados, encurralado entre o desejo de viver a
própria vida e ao mesmo tempo fugir dela. As dificuldades do ambiente escolar, muitas vezes ameaçador,
as descobertas dos primeiros encontros amorosos, os dramas familiares, as festas alucinantes e a eterna
vontade de se sentir “infinito” ao lado dos amigos são temas que enchem de alegria e angústia a cabeça
do protagonista em fase de amadurecimento. Stephen Chbosky capta com emoção esse vaivém dos
sentidos e dos sentimentos e constrói uma narrativa vigorosa costurada pelas cartas de Charlie
endereçadas a um amigo que não se sabe se real ou imaginário.
Disponível em: <https://www.skoob.com.br/as-vantagens-de-ser-invisivel-2703ed3512.html>. Acesso em 23 jul. 2021.
Tendo como base a sinopse acima, é correto afirmar que esse gênero textual apresenta muitas
semelhanças temáticas e estruturais com
a) a crônica, tendo em vista que é um texto curto, produzido essencialmente para ser veiculado na
imprensa, que aborda aspectos do cotidiano.
b) a resenha, considerando-se que o autor vale-se de juízo de valor ao promover o objeto cultural sobre o
qual se fala no texto.
c) o artigo de opinião, já que ressai a opinião pessoal do autor da sinopse sobre determinado assunto em
prol da iminente persuasão dos interlocutores.
d) o resumo, pois contém uma descrição dos principais aspectos de outro texto de forma encurtada e
informativa.
e) a notícia, haja vista a impessoalidade com que se aborda determinado evento, bem como o veículo de
comunicação de caráter jornalístico comum aos dois gêneros.
Blues da piedade
CAZUZA. Cazuza: o poeta não morreu. Rio de Janeiro: Universal Music, 2000 (fragmento).
Todo gênero apresenta elementos constitutivos que condicionam seu uso em sociedade. A letra de canção
identifica-se com o gênero ladainha, essencialmente, pela utilização da sequência textual
Uma das maiores autoras infantojuvenis do Brasil fala da importância da escola na formação das futuras
gerações de leitores
A senhora criou um curso na Casa da Leitura, no Rio de Janeiro, para ensinar professores a
trabalhar com literatura. Na sua opinião, quais são as principais falhas de formação que eles têm?
Ana Maria Machado Na faculdade, eles aprendem muito sobre pedagogia e psicologia, mas pouco sobre
arte. Têm pouco contato com as obras. Acabam entrando no magistério sem instrumentos para distinguir
arte de não arte, textos bons de ruins. O objetivo do curso é suprir essa falha, tornando-os capazes de
reconhecer, sozinhos e com segurança, a boa literatura. E isso só é possível com interesse e muita leitura.
Ana Maria Muito pouco, porque a formação que recebem não dá ênfase a isso. É uma situação
completamente contraditória. Ninguém contrata um instrutor de natação que não sabe nadar. No entanto,
as salas de aula brasileiras estão cheias de gente que, apesar de não ler, tenta ensinar. Como esperar
que os alunos se interessem?
Isso quer dizer que a literatura não está sendo bem trabalhada nas escolas.
Ana Maria Não só a literatura. A arte em geral, toda a cultura criadora e questionadora. Nas minhas
viagens pelo interior do Brasil tenho conhecido algumas experiências individuais surpreendentes. Mas elas
ainda são mais exceção do que regra dentro do sistema educacional. Esbarram na burocracia, no
currículo, no horário que não reserva um espaço para que as crianças leiam.
O texto corresponde a uma entrevista feita pelo portal educativo Nova Escola com uma das maiores
autoras infantojuvenis do Brasil. A característica que evidencia o texto lido como pertencente ao gênero
discursivo “entrevista” é
a) o tom de conversa íntima entre dois interlocutores, marcado pela dinâmica de perguntas e respostas
completas.
b) o discurso direto, que reproduz integralmente a fala de um dos interlocutores com a intenção de reunir
informações sobre determinado tema.
c) a oralidade, percebida pela utilização de sinais de pontuação que reproduzem aspectos do entrevistado,
como emoção, riso etc.
d) a temática formal, que visa a transmissão de conhecimento sobre determinado assunto a partir de uma
voz de autoridade.
e) a descrição detalhada dos fatos, considerando a importância do registro das experiências vividas pelo
entrevistado a fim de validar sua autoridade sobre o assunto.