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Empresarial e Consumerista
Profª. Tatiana C. dos Reis Filagrana
Profª. Sônia Adriana Weege
Indaial – 2019
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Profª. Tatiana C. dos Reis Filagrana
Profª. Sônia Adriana Weege
F478l
CDD 342.14
Impresso por:
Apresentação
Prezado acadêmico! O presente livro didático foi escrito para que
você possa entender e se aperfeiçoar nas disciplinas de Direito Empresarial,
Direito do Consumidor e Direito do Trabalho.
III
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – DIREITO EMPRESARIAL.......................................................................................... 1
TÓPICO 3 – SOCIEDADE...................................................................................................................... 35
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 35
2 HISTÓRICO............................................................................................................................................ 36
3 CONCEITO............................................................................................................................................. 37
4 CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES........................................................................................... 39
5 SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS....................................................................................... 40
5.1 SOCIEDADE EM COMUM............................................................................................................. 40
5.2 SOCIEDADE EM COMUM (IRREGULAR OU DE FATO)......................................................... 41
6 LEGITIMIDADE PASSIVA E RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS....................................... 43
7 A CAPACIDADE DE SER TITULAR DE DIREITOS E DEVERES DAS SOCIEDADES
DE FATO E A QUESTÃO DA LEGITIMIDADE PROCESSUAL ATIVA................................... 44
8 SOCIEDADES EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO.......................................................................... 45
9 SOCIEDADES PERSONIFICADAS.................................................................................................. 46
9.1 SOCIEDADES SIMPLES.................................................................................................................. 46
9.1.1 Sociedades simples (em sentido estrito)............................................................................... 47
9.1.2 Cooperativas............................................................................................................................. 47
10 SOCIEDADES EMPRESÁRIAS........................................................................................................ 50
11 SOCIEDADE EM NOME COLETIVO............................................................................................ 50
VII
12 SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES.................................................................................. 51
13 SOCIEDADES LIMITADAS............................................................................................................. 52
14 SOCIEDADES POR AÇÕES.............................................................................................................. 53
15 SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES............................................................................ 53
16 SOCIEDADES ANÔNIMAS............................................................................................................. 54
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................................ 55
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 57
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 58
VIII
3 PROTEÇÃO COMERCIAL................................................................................................................ 111
4 PRÁTICAS COMERCIAIS ABUSIVAS.......................................................................................... 111
5 CLÁUSULAS ABUSIVAS.................................................................................................................. 113
6 CONTRATOS DE ADESÃO.............................................................................................................. 114
RESUMO DO TÓPICO 4...................................................................................................................... 115
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 116
IX
3 AVISO PRÉVIO.................................................................................................................................... 158
3.1 AVISO PRÉVIO TRABALHADO.................................................................................................158
3.2 AVISO PRÉVIO INDENIZADO....................................................................................................159
4 DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO......................................................................................................159
5 FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO – FGTS...................................................160
LEITURA COMPLEMENTAR..............................................................................................................167
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................172
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................173
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................175
X
UNIDADE 1
DIREITO EMPRESARIAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 3 – SOCIEDADE
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico! No presente tópico será apresentada a evolução histórica
do Direito Comercial. Traçaremos uma linha do tempo e analisaremos os motivos
pelos quais o Direito que antes era denominado exclusivamente de Direito
Comercial, passou a ser citado como Direito Empresarial.
Em 1850, quando foi editado o Código Comercial, Lei nº 556, havia uma
divisão clara entre o que eram considerados atos de natureza comercial, e os
atos de natureza eminentemente civis. Esta divisão era em decorrência da Teoria
dos Atos de Comércio, teoria esta reafirmada no Regulamento 737, editado no
mesmo ano do Código Comercial Brasileiro, que em seu Art. 19, delineava quais
seriam os atos especificamente comerciais. Esta Teoria dos Atos de Comércio foi
trazida pelo Código Francês, de 1808, que serviu de influência ao nosso Código
Comercial brasileiro.
3
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
Neste sentido, surge a necessidade dos atos negociais serem vistos sob
outro ângulo e protegidos legalmente de forma diferente. Assim, com a alteração
do Código Civil, pela Lei nº 10.406/02, os atos negociais passam a não ser
diferenciados como atos de comércio ou atos civis, mas sim, atos que fazem parte
do Direito Empresarial. O Código Civil, alterado, traz a Teoria da Empresa.
Com o advento da Teoria da Empresa tem-se uma visão mais ampla sobre
atividades comerciais, que agora são denominadas de empresariais. O empresário
passa a ser o centro das negociações, o objeto da legislação empresarial volta-se
para a atividade empresarial em si, ou seja, a forma como o empresário lida com
suas atividades e seus negócios.
4
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO EMPRESARIAL
No século XXV a.C. foi realizada uma reforma jurídica, onde se coibia
a usura e os monopólios, na cidade de Lagash, na Suméria (Iraque), outrossim,
temos como uma das legislações mais antigas e conhecidas, as Leis de Ur Nammu,
século XXI a.C., que vigia na Suméria (que conhecemos atualmente como Iraque),
na cidade de Ur, proibiam o cultivo em terras de propriedade alheia, limitavam
juros e tabelavam os preços, no mesmo sentido, posteriormente, as Leis de Lipt
Ishtar, século XX a.C., as Leis de Eshnunna e as Leis de Hamurábi, estas do século
XVIII a.C.
FIGURA 1 - ESCAMBO
5
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
ATENCAO
“Surgem, então, no século VII a.C., as primeiras moedas com características das
atuais: são pequenas peças de metal com peso e valor definidos e com a impressão do cunho
oficial, isto é, a marca de quem as emitiu e garante o seu valor.
As moedas refletem a mentalidade de um povo e de sua época. Nelas podem ser
observados aspectos políticos, econômicos, tecnológicos e culturais. É pelas impressões
encontradas nas moedas que conhecemos, hoje, a efígie de personalidades que viveram há
muitos séculos. Provavelmente, a primeira figura histórica a ter sua efígie registrada numa
moeda foi Alexandre, o Grande, da Macedônia, por volta do ano 330 a.C.” Disponível em:
<http://portaldaeconomia.com.br/moedas/dinheironomundo.shtml>. Acesso em: 22 fev. 2019.
6
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO EMPRESARIAL
NOTA
7
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
E
IMPORTANT
O Código Comercial francês, em 1808, trazia em seu escopo uma teoria que
distingue os atos propriamente comerciais e os atos de natureza civil, selecionando
assim, a legislação a ser utilizada em cada caso, ou seja, ao tratarmos de um ato
negocial de natureza comercial, utilizaríamos o Código Comercial para dirimir
eventuais litígios, se o ato tivesse natureza civil, a legislação civil seria utilizada,
neste caso. Esta teoria serviu de base para o Código Comercial brasileiro, editado
em 1850, por D. Pedro II, que deixou de ser aplicado, em 2003, quando entrou em
vigor o Código Civil, alterado pela Lei nº 10.406/02.
8
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO EMPRESARIAL
Inicia-se uma nova fase no Direito Comercial, que passa a ser denominada
Direito Empresarial, trazendo em seu escopo, a Teoria da Empresa.
ATENCAO
DICAS
10
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO EMPRESARIAL
11
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
12
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO EMPRESARIAL
E
IMPORTANT
Assim, quem montasse uma pequena birosca à beira mar para vender
latinhas de cerveja e lucrar poucas centenas de reais por mês era
comerciante e estava submetido ao Direito Comercial: compra e venda
de efeitos moveis. Em contraste, uma grande imobiliária, que faturasse
milhões por mês, não era considerada comerciante, pois sua atuação
não estava incluída na relação do art. 19 do Regulamento.
13
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
ATENCAO
4 TEORIA DA EMPRESA
O que muda com a Teoria da Empresa?
14
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO EMPRESARIAL
TUROS
ESTUDOS FU
Passamos a analisá-los:
15
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
16
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO EMPRESARIAL
c) Perfil funcional: a empresa é vista sob o ponto de vista da atividade que realiza
(produção e circulação de bens e serviços). Teixeira (2014, p. 48), conceitua: “A
empresa significa a atividade empresarial, sendo uma organização produtiva
a partir da coordenação pelo empresário dos fatores de produção (capital,
trabalho, matéria-prima e tecnologia) para alcançar sua finalidade (que é o
lucro)”.
[...] a palavra empresa significa atividade, que por sua vez é exercida
pelo empresário. Essa atividade é o conjunto de atos coordenados
pelo empresário. Mas, modernamente, a expressão empresa, como
atividade econômica, contempla a soma de todos os perfis apontados
por Asquini.
17
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
ATENCAO
18
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• A legislaçao mais antiga conhecida: Leis de Ur Nanmu, século XXI a.C., vigentes
na Suméria, na cidade de Ur. Trazem normas que proíbem o cultivo em terras
de propriedade alheia, limitam juros e tabelam preços.
• A moeda foi inventada pelos lídios. Lidia ficava onde hoje é o planalto central
da Turquia.
19
AUTOATIVIDADE
20
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
No presente tópico iremos analisar o que, de acordo com a legislação
empresarial, denominados de empresário e o motivo de sua atividade ser
observada sob outro ângulo.
21
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
ATENCAO
“[...] O empresário pode ser tanto uma pessoa física, como também uma pessoa
jurídica. Sendo uma pessoa física, o empresário é chamado de empresário individual; sendo
uma pessoa jurídica, o empresário pode ser tanto uma empresa individual de responsabilidade
limitada (EIRELI), como uma sociedade empresária” (COMETTI, 2013, p. 20).
22
TÓPICO 2 | CAPACIDADE DE SER EMPRESÁRIO
ATENCAO
“[...] no caso de uma sociedade empresaria, sendo esta sempre uma pessoa
jurídica, quem exerce a atividade é a própria sociedade, e não os sócios que a integram, daí o
fato de não ser necessária a capacidade civil plena para tornar-se sócio, sendo-a exigida tão
somente para o exercício da administração social” (GOMES, 2013, p. 45).
E
IMPORTANT
Assim, apontamos que, mesmo menor, ele poderá ser empresário, tendo
em vista a sua emancipação e também em outras hipóteses:
23
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
Neste sentido, temos que o menor poderá sim ser empresário, podendo
inclusive sofrer as sanções previstas na legislação empresarial, sendo responsável
por seus atos negociais, essa responsabilização ocorre tendo em vista ao Princípio
da Boa Fé contratual que menciona que os terceiros devem ser resguardados,
quando estes forem terceiros de boa-fé.
DICAS
3 IMPEDIMENTOS E INCAPACIDADE
Os impedidos de exercer atividade empresarial diferem dos impedimentos
civis, eis que uma pessoa poderá ser considerada plenamente capaz, mas não
pode atuar frente às atividades empresariais.
24
TÓPICO 2 | CAPACIDADE DE SER EMPRESÁRIO
a) Falido não reabilitado: Lei nº 11.101/2005, Art. 102, caput, cc art. 181, § 1º
A decisão que decreta a falência já impossibilita o devedor de exercer
qualquer atividade empresarial.
Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005
Regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e
da sociedade empresária.
Art. 102. O falido fica inabilitado para exercer qualquer atividade
empresarial a partir da decretação da falência e até a sentença que extingue suas
obrigações, respeitado o disposto no § 1o do art. 181 desta Lei.
Parágrafo único. Findo o período de inabilitação, o falido poderá requerer
ao juiz da falência que proceda à respectiva anotação em seu registro.
Art. 181. São efeitos da condenação por crime previsto nesta Lei:
I - a inabilitação para o exercício de atividade empresarial;
II - o impedimento para o exercício de cargo ou função em conselho de
administração, diretoria ou gerência das sociedades sujeitas a esta Lei;
III - a impossibilidade de gerir empresa por mandato ou por gestão de negócio.
§ 1º Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser
motivadamente declarados na sentença, e perdurarão até 5 (cinco) anos após a
extinção da punibilidade, podendo, contudo, cessar antes pela reabilitação penal.
§ 2º Transitada em julgado a sentença penal condenatória, será notificado
o Registro Público de Empresas para que tome as medidas necessárias para
impedir novo registro em nome dos inabilitados.
25
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
E
IMPORTANT
26
TÓPICO 2 | CAPACIDADE DE SER EMPRESÁRIO
ATENCAO
4 NOME EMPRESARIAL
O nome de uma empresa é sua identificação social e para tanto, precisa ser
protegida, bem como, possui obrigações atinentes à sua atividade empresarial.
27
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
E
IMPORTANT
E, ainda, para complementar: “[...] o nome empresarial não pode ser igual
a outro já inscrito (CC, art. 1.163). Nos casos em que isso acontecer, será necessário
realizar alguma alteração para se obter distinção” (TEIXEIRA, 2014, p. 83).
ATENCAO
28
TÓPICO 2 | CAPACIDADE DE SER EMPRESÁRIO
4.1 FIRMA
A firma é constituída pelo nome civil do empresário individual ou pelo
nome dos sócios da empresa, ex.: João da Silva ME.
4.2. DENOMINAÇÃO
A denominação é utilizada quando se quer identificar o objeto da empresa
em seu nome empresarial. Ex.: Macedônia Indústria de Calçados Ltda. “[...] a
denominação deve designar o objeto da empresa e pode adotar por base o nome
civil ou qualquer outra expressão linguística (que a doutrina costuma chamar de
elemento fantasia)” (COELHO, 2013, p. 99).
DICAS
29
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
5 ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
Como mencionamos e de acordo com o artigo 1.142 da Lei nº 10.406/02
da legislação empresarial, “Considera-se estabelecimento todo complexo de
bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade
empresária” (Código Civil Brasileiro, 2002, s.p.)
E
IMPORTANT
ATENCAO
“A empresa é uma atividade exercida pelo empresário. Para ele poder exercer sua
atividade, é necessário um estabelecimento em que estarão conjugados bens na intenção
de alcançar o lucro (mas pode-se dizer que, para o exercício de uma atividade intelectual,
também se requer um estabelecimento)” (TEIXEIRA, 2014, p. 77).
30
TÓPICO 2 | CAPACIDADE DE SER EMPRESÁRIO
DICAS
6 REGISTRO EMPRESARIAL
Para que possamos considerar que uma empresa está atuando no mercado
devidamente, necessário que a mesma esteja registrada nos órgãos competentes,
dependendo do tipo societário.
E
IMPORTANT
31
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
32
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
33
AUTOATIVIDADE
34
UNIDADE 1
TÓPICO 3
SOCIEDADE
1 INTRODUÇÃO
E, ainda:
Cabe salientar que, nos termos do artigo 983, as sociedades simples, assim
como as sociedades empresárias, poderão ser constituídas sob qualquer tipo
societário (nome coletivo, comandita, limitada).
Por fim, iremos tratar a respeito da dissolução dos tipos societários frente
ao Princípio da Preservação da Empresa.
35
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
2 HISTÓRICO
Mas, afinal, o que é sociedade perante a legislação empresarial atual?
Mas será que foi sempre assim? Havia esse respeito ao Princípio da Livre
Iniciativa? É o que veremos.
DICAS
36
TÓPICO 3 | SOCIEDADE
Entretanto, com o passar dos anos, tal sociedade foi perdendo o sentido,
pois já havia a necessidade de dividir aquele bem em quotas partes, para que
também, cada um de seus herdeiros pudesse administrar sua parte, visando
sempre a um bem comum. O foco não é mais o vínculo natural familiar, mas a
affectio societatis.
3 CONCEITO
Vamos analisar o conceito de sociedade? Podemos afirmar que sociedade
nada mais é que uma união entre pessoas através de uma relação contratual,
formando assim, um ente que possui personalidade jurídica, que é capaz de
contratar com terceiros, sendo que traz uma demanda de responsabilidades
e direitos. “Sociedade é um ente que tem natureza contratual, ou seja, é um
contrato” (TEIXEIRA, 2014, p. 224).
37
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
E
IMPORTANT
“[...] as pessoas jurídicas podem ser de direito pulico (interno e externo, por
ex., União, Estados, Municípios, Autarquias, ONU etc.) e de direito privado (associações,
fundações, partidos políticos entidades religiosas, empresas individuais de responsabilidade
limitada, sociedades) (TEIXEIRA, 2014, p. 224).
ATENCAO
“[...] quando trata da partilha dos resultados, está se referindo aos resultados
decorrentes da exploração da atividade econômica. Esses resultados podem ser lucros ou
prejuízos” (TEIXEIRA, 2014, p. 225).
38
TÓPICO 3 | SOCIEDADE
• sociedades em comum;
• sociedades em conta de participação;
• sociedades simples empresárias;
• sociedade em nome coletivo;
• sociedade em comandita simples;
• sociedades Limitadas;
• sociedades por ações.
39
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
E
IMPORTANT
40
TÓPICO 3 | SOCIEDADE
NOTA
ESQUEMA DE ESTUDO:
PROVA: Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente por escrito podem provar
a existência da sociedade, mas os terceiros podem prová-la de qualquer modo.
BENS SOCIAIS: Os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por qualquer
dos sócios, salvo pacto expresso limitativo de poderes, que somente terá eficácia contra o
terceiro que o conheça ou deva conhecer.
41
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
42
TÓPICO 3 | SOCIEDADE
O art. 990, também do Código de 2002, faz referência à norma do 1.024, não
com a clareza que seria de se esperar. Pela atual redação, pode se dar a impressão
de que apenas o sócio que contratou com a sociedade está impedido de invocar
o benefício de ordem. Contudo, a parte inicial do art. 990 não deixa dúvida do
contrário, “na medida em que sendo solidária e ilimitada a responsabilidade de
todos os sócios, a todos os sócios deveria ser negado o benefício de ordem, e, não
somente o que tenha representado a sociedade na transação com terceiros”.
43
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
44
TÓPICO 3 | SOCIEDADE
45
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
E
IMPORTANT
9 SOCIEDADES PERSONIFICADAS
As sociedades personificadas são as sociedades que possuem personalidade
jurídica, que advém do registro da sociedade nos órgãos responsáveis.
DICAS
46
TÓPICO 3 | SOCIEDADE
Nesse sentido conceitua o art. 966, § único do Código Civil (2002, s.p.):
“Art. 966 [...] Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão
intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de
auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento
de empresa”.
Assim, por não ter essa personalidade jurídica, também não possui o
direito de requerer a recuperação de empresas, prevista na legislação empresarial.
E
IMPORTANT
9.1.2 Cooperativas
Outro tipo de sociedade simples são as cooperativas. As cooperativas
visam satisfazer os interesses dos cooperados, os lucros são divididos entre os
cooperados, buscando sempre proporcionar vantagens econômicas aos mesmos.
E, ainda, o mesmo autor afirma: “As cooperativas não têm objeto econômico
próprio, pois são destinadas à viabilização das atividades de seus associados”,
podendo “prestar-se tanto ao interesse dos produtores como dos consumidores
(cooperativas de compra)” (VERÇOSA apud FRANCO, 2012, p. 238).
47
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
NOTA
CAPITAL SOCIAL
O capital social será fixado em estatuto e dividido em quotas-parte que serão
integralizadas pelos associados, observado o seguinte:
a) o valor das quotas-parte não poderá ser superior ao salário mínimo;
b) o valor do capital é variável e pode ser constituído com bens e serviços;
c) nenhum associado poderá subscrever mais de 1/3 (um terço) do total das quotas-parte, salvo
nas sociedades em que a subscrição deva ser diretamente proporcional ao movimento
finan
ceiro do cooperado ou ao quantitativo dos produtos a serem comercializados,
beneficiados ou transformados ou ainda, no caso de pessoas jurídicas de direito público
nas Cooperativas de eletrificação, irrigação e telecomunicação;
d) as quotas-parte não podem ser transferidas a terceiros estranhos à sociedade, ainda que
por herança.
48
TÓPICO 3 | SOCIEDADE
DENOMINAÇÃO SOCIAL
Neste tipo societário será sempre obrigatória a adoção da expressão “Cooperativa”
na denominação, sendo vedada a utilização da expressão “Banco”.
ADMINISTRAÇÃO
A Sociedade Cooperativa será administrada por uma diretoria ou conselho de
administração ou ainda outros órgãos necessários à administração previstos no estatuto,
composto exclusivamente de associados eleitos pela assembleia geral, com mandato nunca
superior a quatro anos sendo obrigatória a renovação de, no mínimo, 1/3 do conselho de
administração.
FORMA CONSTITUTIVA
A Sociedade Cooperativa constitui-se por deliberação da assembleia geral dos
fundadores, constantes da respectiva ata ou por instrumento público.
COOPERATIVA DE TRABALHO
Considera-se Cooperativa de Trabalho a sociedade constituída por trabalhadores para
o exercício de suas atividades laborativas ou profissionais com proveito comum, autonomia e
autogestão para obterem melhor qualificação, renda, situação socioeconômica e condições
gerais de trabalho. A regulamentação das Cooperativas de Trabalhos é determinada pela Lei
12.690/2012.
COOPERATIVAS SOCIAIS
A Lei nº 9.867/1999 dispõe sobre a criação e o funcionamento de Cooperativas
Sociais, constituídas com a finalidade de inserir as pessoas em desvantagem no mercado
econômico, por meio do trabalho, fundamentadas no interesse geral da comunidade em
promover a pessoa humana e a integração social dos cidadãos.
COOPERATIVAS DE CRÉDITO
As Cooperativas de Crédito têm por objetivo fomentar as atividades do cooperado
via assistência creditícia. É ato próprio de uma cooperativa de crédito a captação de recursos, a
realização de empréstimos aos cooperados bem como a efetivação de aplicações financeiras
no mercado, o que propicia melhores condições de financiamento aos associados.
TRIBUTAÇÃO
IRPJ
Os resultados (sobras) decorrentes dos atos cooperativos não são tributáveis pelo IRPJ,
conforme Lei 5.764/71, art. 3.
49
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
10 SOCIEDADES EMPRESÁRIAS
As sociedades empresárias são as que exercem atividade empresarial, de
forma organizada, com fins lucrativos e profissionalismo.
ATENCAO
“[...] a sociedade será da espécie empresária sempre que explorar atividade com
profissionalismo, fins lucrativos e de modo organizado” (COMETTI, 2013, p. 77).
50
TÓPICO 3 | SOCIEDADE
E
IMPORTANT
51
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
ATENCAO
13 SOCIEDADES LIMITADAS
A Sociedade Limitada é a mais comum em nosso cotidiano. Anterior a
alteração do Código \civil pela Lei nº 10.406, em 2002, esse tipo societário era
conhecido como: “Sociedade por Quotas de Responsabilidade Limitada”,
conforme assim determinava o Decreto nº 3.708/19.
E
IMPORTANT
52
TÓPICO 3 | SOCIEDADE
ATENCAO
53
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
16 SOCIEDADES ANÔNIMAS
As sociedades anônimas são regulamentadas por lei própria, Lei nº
6.404/76, conhecida por Lei das S.A. Este tipo societário sempre será sociedade
empresária.
E
IMPORTANT
54
TÓPICO 3 | SOCIEDADE
LEITURA COMPLEMENTAR
SOCIEDADES EMPRESÁRIAS
Angelo Mestriner
55
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
56
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
57
AUTOATIVIDADE
58
UNIDADE 2
LEGISLAÇÃO CONSUMEIRISTA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
59
60
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Na presente Unidade 2 analisaremos os conceitos primordiais que
perfazem a legislação consumerista, tais como: consumidor, fornecedor, produto
e serviço. Serão apontadas a base constitucional que ensejou a promulgação do
Código de Defesa do Consumidor.
61
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO CONSUMEIRISTA
ATENCAO
62
TÓPICO 1 | CONCEITO: CONSUMIDOR, FORNECEDOR, PRODUTOS E SERVIÇOS
Tem-se que as relações sociais são as relações que não possuem implicações
jurídicas.
63
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO CONSUMEIRISTA
TUROS
ESTUDOS FU
64
TÓPICO 1 | CONCEITO: CONSUMIDOR, FORNECEDOR, PRODUTOS E SERVIÇOS
ATENCAO
65
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO CONSUMEIRISTA
Física
Pessoa
Jurídica
Consumidor
Adquire
* CORRENTES:
* Finalista Produto/Serviço
* Maximalista
Utiliza
66
TÓPICO 1 | CONCEITO: CONSUMIDOR, FORNECEDOR, PRODUTOS E SERVIÇOS
E
IMPORTANT
CONSUMIDOR
O Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 2º, define consumidor como toda pessoa
física ou jurídica que adquire produto ou utiliza serviço como destinatário final.
O que é ser destinatário final?
É a pessoa que adquire o produto para consumo próprio ou de sua família.
Neste sentido, está excluída a pessoa que adquire produto como insumo para implementar
em seu ramo de trabalho.
Exemplo 1 – “uma cabelereira que adquire um secador de cabelos para utilizar em seu salão
de belezas não é considerada consumidora, pois ela não é destinatária final, o destinatário
final será o cliente do salão, o secador não será para seu uso pessoal ou de sua família, mas
sim para ser utilizado como ferramenta de seu trabalho”.
Exemplo 2 – “uma cabelereira que tendo seu secador no salão de beleza, adquire outro
secador para seu uso pessoal ou de sua família, neste caso, como comprou o aparelho para
uso pessoal, ela é consumidora, porque é destinatária final”.
O Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 2º parágrafo único, artigo 17 e artigo 29,
prevê mais uma forma de consumidor, é o consumidor por equiparação.
Consumidor por equiparação é toda coletividade, ainda que indetermináveis, que haja
intervindo nas relações de consumo. Vamos exemplificar:
Exemplo 1 - “uma empresa de água não toma os cuidados necessários para garantir a
qualidade do produto, pondo em risco toda a coletividade”.
Não se sabe quantas pessoas foram atingidas, nem quem pode estar sendo lesado pela má
qualidade da água, assim mesmo toda essa coletividade está amparada pelo código.
Exemplo 2 – “uma empregada doméstica que ao ligar o liquidificador da patroa (que é a
consumidora) perde um dedo devido um acidente com o aparelho”.
A empregada neste caso também está protegida pelo CDC, pois, apesar de ter sido a patroa
quem adquiriu o liquidificador o defeito do produto a atingiu, tornando-a consumidora por
equiparação.
Exemplo 3 – “uma imobiliária de uma cidade litorânea anuncia pela imprensa a venda de um
loteamento cujos lotes ficam de frente para o mar, mas na realidade somente alguns poucos
lotes tem essa característica, pois os demais ficam de frente para um morro”.
Está claro que a imobiliária fez propaganda enganosa, assim, toda a coletividade é
consumidora por equiparação, pois o número de pessoas atingidas por essa publicidade
é indeterminável. Desta forma todos que ajuizarem ação contra a imobiliária estarão no
exercício de um legítimo direito por serem consumidores por equiparação.
Exemplo 4 – “uma pessoa compra maionese, faz uma salada e serve para alguns amigos. A
maionese estava estragada e todos passam mal”.
Todos os amigos são consumidores por equiparação, pois foram atingidos pelo defeito do
produto.
Exemplo 5 - “uma pessoa compra uma televisão e a dá de presente a um amigo, este amigo,
feliz da vida, recebe a televisão e a leva pra casa, porém ao ligar o aparelho este não funciona”.
Esse amigo que recebeu o aparelho de TV é consumidor por equiparação e pode pleitear
junto ao fornecedor providências para que conserte o aparelho ou o substitua.
67
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO CONSUMEIRISTA
DICAS
3 CONCEITO DE FORNECEDOR
Consoante ao que estudamos até aqui, temos que o fornecedor é uma das
partes de suma importância na relação consumerista, eis que ele tem o condão de
compor tal relação. A análise que se faz para conceituarmos fornecedor, refere-se
à atividade que ele exerce dentro da relação consumerista.
68
TÓPICO 1 | CONCEITO: CONSUMIDOR, FORNECEDOR, PRODUTOS E SERVIÇOS
ATENCAO
Com relação aos entes despersonalizados, são aquelas sociedades que não
possuem personalidade jurídica (pessoas jurídicas de fato), ou seja, aquelas que
não possuem seus atos constitutivos registrados no cartório oficial competente. A
lei não quis também afastar tais entidades, pois em não havendo personalidade
69
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO CONSUMEIRISTA
jurídica, em regra, estas não poderiam ser sujeitos de direitos nem obrigações e,
com isso, não poderiam ser demandadas em juízo no caso de futuros danos ao
consumidor. O CDC afastou esse problema incluindo-as no rol de fornecedor
(PORTAL DA EDUCAÇÃO, 20-?).
Por fim, não menos importante, temos que analisar a teoria criada por
Leonardo Roscoe Bessa referente ao fornecedor equiparado.
E
IMPORTANT
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) discorda dessa teoria. Entende que o veículo
de comunicação que veicula publicidade enganosa ou abusiva e, nos termos da teoria em
comento, seria um exemplo de fornecedor equiparado, não vem sendo responsabilizado,
conforme entendimento expresso no REsp 1.157.228: “A responsabilidade pela qualidade
do produto ou serviço anunciado ao consumidor é do fornecedor respectivo, assim
conceituado nos termos do art. 3º da Lei n. 8.078/1990, não se estendendo à empresa de
comunicação que veicula a propaganda por meio de apresentador durante programa de
televisão, denominada ‘publicidade de palco’” (REsp. 1.157.228, Rel. Ministro Aldir Passarinho
Junior, 4ª T., DJe 27-4-2011).
70
TÓPICO 1 | CONCEITO: CONSUMIDOR, FORNECEDOR, PRODUTOS E SERVIÇOS
ATENCAO
FONTE: <https://jusday.jusbrasil.com.br/artigos/485608129/direito-do-consumidor-amostra-
gratis>. Acesso em: 8 mar. 2019.
Pertinente aos serviços, estes, em linhas gerais são definidos como qualquer
atividade fornecida ou prestada no mercado de consumo (NUNES, 2015 p. 142).
71
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO CONSUMEIRISTA
ATENCAO
72
TÓPICO 1 | CONCEITO: CONSUMIDOR, FORNECEDOR, PRODUTOS E SERVIÇOS
73
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO CONSUMEIRISTA
Bolzan (2015, p. 105) diz que é muito comum, no nosso país, que os
prestadores de serviço ignorem o artigo sexto no que diz respeito à descontinuidade
do serviço sem aviso prévio, menciona o autor, que “O STJ, apesar de admitir a
interrupção por força do inadimplemento, não admite em alguns casos, como por
exemplo se afetar a dignidade da pessoa humana ou unidades públicas essenciais,
como hospitais ou escolas”.
DICAS
74
TÓPICO 1 | CONCEITO: CONSUMIDOR, FORNECEDOR, PRODUTOS E SERVIÇOS
E
IMPORTANT
Marcos Boechat
75
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
76
AUTOATIVIDADE
77
78
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
No tópico anterior mencionamos a respeito dos conceitos de consumidor,
bem como analisamos as teorias que ensejaram este referido conceito, quais
sejam: Teoria Maximalista, Finalista e Mitigada.
Colaciona-se:
79
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO CONSUMEIRISTA
ATENCAO
80
TÓPICO 2 | PRINCÍPIOS DA LEGISLAÇÃO CONSUMERISTA
UNI
DIREITOS FUNDAMENTAIS
FONTE: FILAGRANA, Tatiana C. dos Reis. O princípio da dignidade da pessoa humana frente
aos direitos fundamentais elencados na Constituição Federal de 1988. Revista Humus, v. 7,
n. 22, 2018.
81
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO CONSUMEIRISTA
E
IMPORTANT
“Tem-se dito que se a Lei nº 8.078/90 se tivesse limitado a seus primeiros sete
artigos, ainda assim o consumidor poderia receber uma ampla proteção, pois eles refletem
concretamente os princípios constitucionais de proteção ao consumidor e bastaria aos
interpretes compreender seus significados. Isso é verdade e mais: ver-se-á que as normas
posteriormente estipuladas no CDC concretizam mais ainda esses princípios e direitos
básicos” (NUNES, 2017, p. 174).
4 PROTEÇÃO E NECESSIDADE
A legislação consumerista surge exatamente para proteger o consumidor,
sendo que o art. 1º contempla esse caráter protecionista e de interesse social.
Transcrevemos: “Art. 1° O presente código estabelece normas de proteção e
defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5°,
inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições
Transitórias” (BRASIL, 1990, s.p.).
82
TÓPICO 2 | PRINCÍPIOS DA LEGISLAÇÃO CONSUMERISTA
ATENCAO
5 TRANSPARÊNCIA
O princípio da transparência interliga-se diretamente ao da informação,
tendo em vista que é direito do consumidor conhecer os produtos e serviços que
lhe são oferecidos.
83
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO CONSUMEIRISTA
6 HARMONIA
O princípio da harmonização encontra-se de forma explicita no art. 4º,
III CDC, tendo como objetivo primordial a compatibilização dos interesses e
direitos dos consumidores com o desenvolvimento econômico e tecnológico dos
fornecedores.
E
IMPORTANT
Outrossim, importante observar que os princípios, por sua vez, são normas
dotadas de alto grau de abstração e alta carga valorativa, regendo todo o sistema
jurídico. A dinâmica de aplicação dos princípios é diferente da observada nas
regras, pois havendo conflito entre princípios, um não excluirá o outro; apenas
afastará sua incidência a fim de regular determinado caso concreto. Isso importa
em dizer que um princípio apenas preponderará sobre o outro, sem, contudo,
anulá-lo. (GUBEISSI, 2011).
7 VULNERABILIDADE
Consoante os princípios que estamos estudando, passamos a analisar um
princípio de suma importância que é o da vulnerabilidade. A vulnerabilidade
refere-se à fragilidade do consumidor, sendo tal fragilidade decorrente de dois
aspectos: um de ordem técnica e outro de cunho econômico. Nunes (2015, p. 106)
corrobora:
84
TÓPICO 2 | PRINCÍPIOS DA LEGISLAÇÃO CONSUMERISTA
8 INTERVENÇÃO DO ESTADO
A intervenção do Estado se faz necessária, tendo em vista a proteção do
consumidor para lhe assegurar o acesso aos produtos e serviços essenciais, mas
garantir a qualidade e adequação de tais produtos e serviços.
Está previsto nos artigos 5º, XXXII, e 170, ambos da Constituição Federal,
que determina que o Estado tem o dever de promover a defesa do consumidor, e
no artigo 4º, II, e alíneas do CDC. Com base neste princípio o Estado tem obrigação
de atuar nas relações de consumo coma finalidade de proteger a parte mais fraca,
a saber, o consumidor, por meios legislativos e administrativos, e para garantir o
respeito aos interesses deste.
ATENCAO
FONTE: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php/principal.php?n_link=revista_
artigos_leitura&artigo_id=17716>. Acesso em: 8 mar. 2019.
9 BOA-FÉ
O princípio da boa-fé, no Código de Defesa do Consumidor, previsto no art.
4º, visa viabilizar os ditames constitucionais da ordem econômica equilibrando os
interesses tangentes à proteção do consumidor e o desenvolvimento econômico
e psicológico.
85
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO CONSUMEIRISTA
10 DEVER DE INFORMAR
Observamos que o princípio da informação reza que todas as informações
a respeito dos produtos e serviços deverão ser prestadas ao consumidor de forma
clara e precisa, conforme preconizado no art. 31, da legislação consumerista.
Colaciona-se:
E
IMPORTANT
O dever de informação deve ser apreendido, antes de mais nada, como uma
premissa principiológica da hermenêutica contratual brasileira. Aqui invoco a contribuição de
José Reinaldo de Lima Lopes, para quem no art. 6º, II e III do CDC, temos direitos básicos. O
inciso II, por exemplo, traz a educação como direito básico. A educação como direito básico,
conforme o art. 6º, II, se constitui em um pressuposto de interpretação para a aplicação do
direito. O inciso III traz o direito à informação. Pressupondo que o consumidor tem direito
à educação e à informação, em caso de conflito deve-se indagar se o fornecedor lhe deu a
educação/informação para o consumo.
86
TÓPICO 2 | PRINCÍPIOS DA LEGISLAÇÃO CONSUMERISTA
LEITURA COMPLEMENTAR
87
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO CONSUMEIRISTA
Por isso é que a boa-fé objetiva veio, na lei consumerista brasileira, como
cláusula geral, regra padrão de conduta, um princípio ao qual se pode socorrer na
falta da lei, porquanto é ele maior que a norma, é um princípio, um mandamento
nuclear, cujo respectivo desrespeito colocará todo um sistema em xeque, posto
que lhe é o norteador.
88
TÓPICO 2 | PRINCÍPIOS DA LEGISLAÇÃO CONSUMERISTA
89
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
90
AUTOATIVIDADE
91
92
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, convidamos você, acadêmico, a analisar todas as implicações
jurídicas referentes à responsabilidade na legislação consumerista.
E
IMPORTANT
93
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO CONSUMEIRISTA
Segue:
Art. 12, CDC. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional
ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente
da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos
consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação,
construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou
acondicionamento de seus produtos, bem como por informações
insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.
E
IMPORTANT
94
TÓPICO 3 | RESPONSABILIDADE NA LEGISLAÇÃO CONSUMERISTA
ATENCAO
DICAS
95
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO CONSUMEIRISTA
96
TÓPICO 3 | RESPONSABILIDADE NA LEGISLAÇÃO CONSUMERISTA
FONTE: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?artigo_id=186&n_
link=revista_artigos_leitura>. Acesso em: 1 abr. 2019.
97
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO CONSUMEIRISTA
ATENCAO
98
TÓPICO 3 | RESPONSABILIDADE NA LEGISLAÇÃO CONSUMERISTA
DICAS
Rizzatto Nunes
[...]
Registro, por fim, e apenas corroborando tudo o que foi dito, que o CDC intitula
a seção que cuida do tema como "Da responsabilidade pelo fato do produto e do
serviço", porque a norma, dentro do regramento da responsabilidade objetiva, é dirigida
mesmo ao fato do produto ou serviço em si.
É o "fato" do produto e do serviço causadores do dano o que importa.
Costuma-se também falar em “acidente de consumo” para referir ao fato do produto ou
do serviço. Algumas observações são necessárias a respeito disso.
A expressão "acidente de consumo", muito embora largamente utilizada, pode
confundir, porque haverá casos de defeito em que a palavra "acidente" não fica muito
adequada. Assim, por exemplo, fazer lançamento equivocado no cadastro de devedores
do Serviço de Proteção ao Crédito é defeito do serviço, gerando responsabilidade pelo
pagamento de indenização por danos materiais, morais e à imagem. Porém, não se
assemelha em nada a um "acidente"; comer algum alimento e depois sofrer intoxicação
por bactéria que lá estava gera, da mesma maneira, dano, mas ainda assim não se
assemelha propriamente a acidente.
De outro lado, a lei fala em "fato" do produto. A palavra fato permite uma conexão
com a ideia de acontecimento, o que implica, portanto, qualquer acontecimento.
Lembro, de todo modo, que se tem usado tanto "fato" do produto e do serviço
quanto "acidente de consumo" para definir o defeito. Porém, o mais adequado é guardar
a expressão "acidente de consumo" para as hipóteses em que tenha ocorrido mesmo
um acidente: queda de avião, batida do veículo por falha do freio, quebra da roda-
gigante no parque de diversões, etc., e deixar fato ou defeito para as demais ocorrências
danosas. Em qualquer hipótese, aplica-se a lei.
O estabelecimento da responsabilidade de indenizar nasce, portanto, do nexo
de causalidade existente entre o consumidor (lesado), o produto e/ou serviço e o dano
efetivamente ocorrido. Fica, assim, demonstrada, a teoria — e a realidade — fundante
da responsabilidade civil objetiva estatuída no CDC, assim como as amplas garantias
indenizatórias em favor do consumidor que sofreu o dano — ou seus familiares ou,
ainda, o consumidor equiparado e seus familiares.
FONTE: <https://www.migalhas.com.br/ABCdoCDC/92,MI244495,51045-A+base+da+resp
onsabilidade+objetiva+no+Codigo+de+Defesa+do+Consumidor>. Acesso em: 1 abr. 2019.
99
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO CONSUMEIRISTA
E
IMPORTANT
VICIOS DE QUALIDADE:
100
TÓPICO 3 | RESPONSABILIDADE NA LEGISLAÇÃO CONSUMERISTA
101
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO CONSUMEIRISTA
E
IMPORTANT
102
TÓPICO 3 | RESPONSABILIDADE NA LEGISLAÇÃO CONSUMERISTA
FONTE:<http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,a-responsabilidade-civil-e-o-
comercio-eletronico,591157.html>. Acesso em: 1 abr. 2019.
4 OFERTA E PUBLICIDADE
Agora iremos analisar a respeito da oferta e da publicidade, ou seja, a
ligação que existe entre elas.
103
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO CONSUMEIRISTA
5 OFERTA
A oferta está elencada no Art. 30 do Código de Defesa do Consumidor
(BRASIL, 1990, s.p.), sendo:
ATENCAO
104
TÓPICO 3 | RESPONSABILIDADE NA LEGISLAÇÃO CONSUMERISTA
6 PUBLICIDADE
A publicidade tem por objetivo primordial promover os produtos e
serviços comercialmente. Sendo seus elementos: necessidade de veicular a
informação e objetivo comercial da publicidade.
ATENCAO
FONTE:http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_
leitura&artigo_id=1082.
105
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO CONSUMEIRISTA
DICAS
106
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu:
• Oferta.
• Vinculação da oferta.
• Publicidade.
• Enganosa.
• Por comissão.
• Por omissão.
• Abusiva.
107
AUTOATIVIDADE
a) ( ) 15 dias.
b) ( ) 30 dias.
c) ( ) 5 anos.
d) ( ) 10 anos.
108
UNIDADE 2
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Importante observarmos que a pessoa jurídica é distinta da pessoa de seus
sócios e, sendo assim, os bens da pessoa jurídica não devem confundir-se com os
bens dos sócios.
A doutrina define:
Vejamos:
109
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO CONSUMEIRISTA
Vamos a eles:
110
TÓPICO 4 | DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
E
IMPORTANT
3 PROTEÇÃO COMERCIAL
As relações contratuais, anterior ao surgimento do Código de Defesa do
Consumidor eram tuteladas pelo Código Civil, onde havia uma bilateralidade
nas obrigações assumidas.
111
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO CONSUMEIRISTA
ATENCAO
112
TÓPICO 4 | DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
5 CLÁUSULAS ABUSIVAS
As cláusulas abusivas são aquelas clausulas que oneram de forma excessiva
o consumidor e, por esse motivo devem ser declaradas nulas pelo magistrado.
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais
relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:
I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do
fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos e serviços
ou impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas relações
de consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a
indenização poderá ser limitada, em situações justificáveis;
II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já paga,
nos casos previstos neste código;
III - transfiram responsabilidades a terceiros;
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que
coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam
incompatíveis com a boa-fé ou a equidade;
V - (Vetado);
VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor;
VII - determinem a utilização compulsória de arbitragem;
VIII - imponham representante para concluir ou realizar outro negócio
jurídico pelo consumidor;
IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato,
embora obrigando o consumidor;
X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do
preço de maneira unilateral;
XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente, sem
que igual direito seja conferido ao consumidor;
XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de sua
obrigação, sem que igual direito lhe seja conferido contra o fornecedor;
XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o conteúdo
ou a qualidade do contrato, após sua celebração;
XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de normas ambientais;
XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção ao consumidor;
XVI - possibilitem a renúncia do direito de indenização por benfeitorias
necessárias (BRASIL, 1990, s.p.).
A doutrina preleciona:
São cláusulas abusivas as que caracterizam lesão enorme ou violação
ao princípio da boa-fé objetiva, funcionando estes dois princípios
como cláusulas gerais do Direito, a atingir situações não reguladas
expressamente na lei ou no contrato. Norma de Direito Judicial impõe
aos juízes torná-las operativas, fixando a cada caso a regra de conduta
devida (AGUIAR JR, 1994, s.p.).
E, ainda:
ATENCAO
FONTE:<http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_
id=11277&revista_caderno=10>. Acesso em: 1 abr. 2019.
6 CONTRATOS DE ADESÃO
Salutar mencionarmos que o contrato de adesão é um instrumento
cujas cláusulas são preestabelecidas unilateralmente pelo parceiro contratual
economicamente mais forte, ou seja, o fornecedor. Não existe um “acordo de
vontades”, por isso tais contratos tem uma atenção especial por parte da legislação
consumerista.
E
IMPORTANT
O Contrato de adesão pode se mostrar bastante perigoso, haja vista que, por
inexistir discussão para elaboração do contrato, o fornecedor acaba que inserindo cláusulas
manifestamente vantajosas ao seu favor e desvantajosas para o consumidor, por exemplo:
cláusula que desonerem o fornecedor de uma responsabilidade pelo fato ou vício do produto
ou serviço, cláusula de juros abusivos, cláusula de eleição de foro em favor do estipulante e
dentre outros (MIRAGEM, 2009, p.122).
114
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
° Proteção comercial.
° Práticas comerciais abusivas.
° Cláusulas abusivas.
° Contratos de adesão.
115
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Certo.
b) ( ) Errado.
a) ( ) Certo.
b) ( ) Errado.
a) ( ) Certo.
b) ( ) Errado.
116
UNIDADE 3
LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
117
118
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
No presente tópico analisaremos os conceitos primordiais que perfazem a
legislação trabalhista. Serão examinadas, também, a área do Direito em que ela se
situa e a divisão interna que caracteriza o ramo justrabalhista.
Passamos a estudar!
119
UNIDADE 3 | LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
120
TÓPICO 1 | CONCEITO: DIREITO DO TRABALHO E PRINCÍPIOS TRABALHISTAS
Amauri Mascaro (1977, p. 235, apud OLIVEIRA JÚNIOR, 2017, s.p.) revela
que,
ao contrário do direito comum, o direito do trabalho, quando houver
muitas normas sobre a mesma matéria, a pirâmide para se chegar à
conclusão de qual norma aplicar, não serão a Constituição Federal,
leis federais, convenções coletivas ou regulamento da empresa,
obrigatoriamente, mas, sim, aquela norma que forma mais favorável
dentre as várias diferentes em vigor.
Para se ter garantia, o Ministério do Trabalho fiscaliza para que não haja
coação por parte dos empregadores.
121
UNIDADE 3 | LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
UNI
122
TÓPICO 1 | CONCEITO: DIREITO DO TRABALHO E PRINCÍPIOS TRABALHISTAS
ATENCAO
5 CONCEITO DE EMPREGADOR
A Consolidação das Leis do Trabalho dispõe que “considera-se
empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da
atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços”
(art. 2º).
123
UNIDADE 3 | LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
ATENCAO
Art. 2º ...
§ 1º Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação
de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência,
as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos,
que admitirem trabalhadores como empregados.
a) Pessoalidade
O trabalho prestado deve ser pessoal, ou seja, a própria pessoa deve
desenvolver, não poderá terceirizar o serviço para que outro o execute. Assim,
podemos afirmar que o que se contrata não é o serviço como resultado, mas o
serviço prestado pessoalmente por alguém.
124
TÓPICO 1 | CONCEITO: DIREITO DO TRABALHO E PRINCÍPIOS TRABALHISTAS
b) A não eventualidade
O serviço prestado deve ser contínuo, não eventual. “As obrigações das
partes se prolongam no tempo, com efeitos contínuos” (ROMAR, 2018, p. 131).
Importante esclarecer que o serviço não precisa ser prestado todos os dias.
Apenas que ele tenha um caráter de permanência, não importando o tempo de
duração, não podendo ser um trabalho esporádico.
c) A subordinação
A subordinação nada mais é do que “a sujeição do empregado às ordens
do empregador, é o estado de dependência do trabalhador em relação ao seu
empregador” (ROMAR, 2018, p. 133).
ATENCAO
125
UNIDADE 3 | LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
e) Alteridade
A alteridade nada mais é do que o risco pertencer apenas ao empregador.
Muitos doutrinadores não consideram a alteridade como um requisito, porém
de acordo com Renzeti Filho (2015, p. 22) “está previsto no caput do artigo 2º da
CLT que determina que o empregador é aquele que assume os riscos da atividade
econômica”.
a) TRABALHO AUTÔNOMO
O trabalhador autônomo não possui o critério de subordinação, que é um
dos elementos essenciais para se estabelecer vínculo de emprego. “O prestador
de serviços desenvolve o serviço ou obra contratada, de forma autônoma, com
profissionalidade e habitualidade, atuando por conta e risco próprio, assumindo
o risco da atividade desenvolvida” (RENZETTI, 2015, p. 24).
b) TRABALHO EVENTUAL
[...] podemos dizer que o trabalho eventual tem a ver com a necessidade
ocasional da atividade do trabalhador para o empreendimento.
Nesta hipótese, em regra, não há fixação do trabalhador para o
empreendimento. Nesta hipótese, em regra, não há fixação do
trabalhador a um único tomador, e a natureza do trabalho corresponde
a eventos ocasionais, certos determinados e de curta duração
(RENZETTI, 2015, p. 24).
c) TRABALHO AVULSO
“Com a intermediação do sindicato ou do Órgãos de Gestão de Mão de
Obra (Ogmo), o trabalhador avulso presta serviços a diversos tomadores, sem
se fixar especificamente a nenhum deles. O trabalhador avulso é comumente
encontrado no setor portuário” (RENZETTI, 2015, p. 24).
ATENCAO
126
TÓPICO 1 | CONCEITO: DIREITO DO TRABALHO E PRINCÍPIOS TRABALHISTAS
d) TRABALHO VOLUNTÁRIO
O trabalho voluntário possui uma legislação própria, a Lei nº 9.608/1988,
que disciplina todas as garantias e direitos dos trabalhadores dessa categoria.
Em 2016, alguns artigos sofreram alterações, dentre eles estão os três primeiros
artigos que são de suma importância para o entendimento. Vejamos:
127
RESUMO DO TÓPICO 1
128
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Pessoalidade.
b) ( ) Alteridade.
c) ( ) Não eventualidade.
d) ( ) Onerosidade.
e) ( ) Subordinação.
a) ( ) Contrato de estágio.
b) ( ) Empreiteiro de construção civil autônomo.
c) ( ) Trabalho voluntário para instituição de caridade.
d) ( ) Acompanhante de idoso, remunerado e com trabalho diário.
e) ( ) Associado de cooperativa.
129
130
UNIDADE 3
TÓPICO 2
CONTRATOS TRABALHISTAS
1 INTRODUÇÃO
Prezado acadêmico. Seguiremos com nosso estudo acerca de legislação.
No tópico anterior mencionamos os conceitos básicos do direito do trabalho, bem
como os conceitos de empregado, empregador e as suas relações.
Não é por outra razão que nos contratos individuais de trabalho é nulo todo
ato destinado a desvirtuar, impedir ou fraudar as disposições da lei (CLT, art. 9º),
nenhum interesse de classe ou particular deve prevalecer sobre o interesse público
(CLT, art. 8º, parágrafo único), as relações contratuais de trabalho podem ser objeto
de livre estipulação das partes em tudo que não contravenha às disposições de
proteção ao trabalho (CLT, art. 444), e nos contratos individuais de trabalho só é
lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, ainda assim
131
UNIDADE 3 | LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
132
TÓPICO 2 | CONTRATOS TRABALHISTAS
133
UNIDADE 3 | LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
ATENCAO
Teletrabalho
FONTE:<https://www.todacarreira.com/tipos-contratos-trabalho-modalidades-criadas-
alteracoes-reforma-trabalhista/ > Acesso em: 7 jun. 2017.
134
TÓPICO 2 | CONTRATOS TRABALHISTAS
3.1 INTERRUPAÇÃO
Como já mencionado, no caso da interrupção, o trabalhador não presta
serviço, mas recebe salário e o período conta como serviço prestado para fins de
aposentadoria.
135
UNIDADE 3 | LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
b) licença paternidade;
NOTA
136
TÓPICO 2 | CONTRATOS TRABALHISTAS
3.2 SUSPENSÃO
Renzetti (2016, p. 99) afirma que:
137
UNIDADE 3 | LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
UNI
c) greve;
UNI
138
TÓPICO 2 | CONTRATOS TRABALHISTAS
f) faltas injustificadas;
INTERRUPÇÃO SUSPENSÃO
Sem trabalho/com salário Sem trabalho/ sem salário
Não há prestação de serviço Não há prestação de serviço
Há contagem de tempo de serviço Não há contagem de tempo de serviço
Há recolhimento do FGTS Não há recolhimento do FGTS
FONTE: Renzetti (2015, p. 90)
139
RESUMO DO TÓPICO 2
140
AUTOATIVIDADE
a) ( ) I e II.
b) ( ) I, III e IV.
c) ( ) III e IV.
d) ( ) II e IV.
e) ( ) I, II e III.
a) ( ) Férias anuais.
b) ( ) Licença remunerada por duas semanas em caso de aborto criminoso.
c) ( ) Aposentadoria por invalidez.
d) ( ) Auxílio doença até o 15º dia.
e) ( ) Licença paternidade.
141
142
UNIDADE 3
TÓPICO 3
REMUNERAÇÃO X SALÁRIO
1 INTRODUÇÃO
Já sabemos os conceitos de empregado, empregador, trabalhador, bem
como como se estabelece os vínculos entre eles. No tópico anterior estudamos
os contratos, como eles se formam e de que forma podem der interrompidos ou
suspensos.
143
UNIDADE 3 | LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
2 REMUNERAÇÃO
Sabendo agora o que significa salário, vamos analisar o que é a remuneração.
3 SALÁRIO
Ter um salário é um direito fundamental instituído pela Constituição
Federal, pois não há outra forma de subsistência para com o indivíduo. “Salário é o
principal direito do empregado. É o conjunto de parcelas contraprestativas pagas
diretamente pelo empregador ao empregado pelos serviços por ele prestado”
(RENZETTI, 2015, p. 71). O parágrafo 1º do artigo 457 da CLT assim define:
§ 1º Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações
legais e as comissões pagas pelo empregador.
144
TÓPICO 3 | REMUNERAÇÃO X SALÁRIO
DICAS
Importante fazer a leitura dos artigos 457 ao 467 da CTL, pois estes trazem as
regras da remuneração do empregado.
145
UNIDADE 3 | LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
Para ficar ainda mais completo o seu estudo trouxemos o que é salário in
natura. Leia:
Blog do RH
Conceito
146
TÓPICO 3 | REMUNERAÇÃO X SALÁRIO
Natureza retributiva
147
UNIDADE 3 | LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
148
TÓPICO 3 | REMUNERAÇÃO X SALÁRIO
Vedações legais
FONTE: <https://www.metadados.com.br/blog/o-que-e-salario-in-natura-ou-salario-
utilidade-e-quais-beneficios-o-compoe/>. Acesso em: 17 jun. 2019.
149
UNIDADE 3 | LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
4 EQUIPARAÇÃO DE SALÁRIO
O artigo 461 da CLT trata da equiparação de salário, ou seja, quando os
empregados possuem a mesma função e mesma carga horária, dentro de uma
empresa não poderão receber remuneração diferente.
150
RESUMO DO TÓPICO 3
151
AUTOATIVIDADE
152
UNIDADE 3
TÓPICO 4
VERBAS TRABALHISTAS
1 INTRODUÇÃO
Já sabemos os conceitos de empregado, empregador, trabalhador, bem
como se estabelecem os vínculos entre eles. Estudamos ainda os contratos, como
eles se formam e de que forma podem der interrompidos ou suspensos.
153
UNIDADE 3 | LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
2 FÉRIAS
Todo empregado tem direito às férias a cada ano trabalhado. Esse direito
está previsto em nossa Constituição Federal, portanto, não poderá ser suprimido.
“Elas têm por objetivo que o empregado desfrute de um tempo de descanso para
reestabelecer as suas energias físicas, o seu equilíbrio emocional, o seu convívio
com a família, dentre outros aspectos” (RENZETTI, 2015, p. 101).
Art. 7º, XVII, da CF/88: “gozo de férias anuais remuneradas com, pelo
menos, um terço a mais do que o salário normal”.
QUADRO 3 - EXEMPLIFICATIVO
154
TÓPICO 4 | VERBAS TRABALHISTAS
Veja o que diz o parágrafo primeiro do artigo 134: "§ 1º Desde que haja
concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos,
sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais
não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um".
156
TÓPICO 4 | VERBAS TRABALHISTAS
157
UNIDADE 3 | LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
ATENCAO
3 AVISO PRÉVIO
O aviso prévio é o tempo que um funcionário precisa trabalhar quando
pede demissão, e que também é um direito dele ao ser mandado embora. Esse
período corresponde a no mínimo 30 dias, e o empregado receberá o pagamento
destes dias trabalhados em sua rescisão.
158
TÓPICO 4 | VERBAS TRABALHISTAS
Mais que uma forma de reforçar o orçamento das famílias em uma época
repleta de comemorações especiais, esse dinheiro extra também representa
um papel importante na economia do país. O valor extra movimenta grande
quantidade de recursos, pois aumenta as vendas nos comércios, gera maior
demanda nas indústrias e, ambos, também contribuem para a geração de novos
empregos. Só em 2016, segundo o Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o pagamento do décimo terceiro foi
responsável por injetar R$ 197 bilhões na economia, o que equivale a 3% do
Produto Interno Bruto (PIB)” (TAFNER, 2018, s.p.).
159
UNIDADE 3 | LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
ATENCAO
• desastre natural;
• após 3 anos sem registro em carteira;
• aposentadoria;
• idade igual ou superior a 70 anos;
• falecimento do trabalhador;
• doença grave ou em estágio terminal, câncer e portadores de HIV;
• financiamento de casa própria ou quitação de dívida imobiliária.
E, por fim, devemos ainda mencionar que o governo atual estuda uma
forma de liberar o FGTS para os empregados mesmo não estando em nenhuma
das condições acima, para poder movimentar a economia.
160
TÓPICO 4 | VERBAS TRABALHISTAS
161
UNIDADE 3 | LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
"Se você liberar (o saque do FGTS) sem junção com outras reformas,
isso vai ter um efeito limitado, com renda transitória, que vai responder àquele
momento, com aquelas demandas pontuais e isso não vai se refletir em aumento
de renda permanente das famílias", diz.
Ela lembra, no entanto, que não é possível ter certeza do que cada
família fará com o dinheiro. "Uma vez que há a disponibilidade desse recurso
para as famílias, acredita-se que a 'renda extra' seja destinada para consumo,
pagamento de dívidas e investimento", diz.
"O FGTS é uma fonte barata de crédito para quem pega os recursos
emprestados. Em tese, isso deveria favorecer políticas de habitação e saneamento.
Na prática, é como se o trabalhador financiasse empreiteiras", diz Nery.
162
TÓPICO 4 | VERBAS TRABALHISTAS
Nery também aponta que também interessa à Caixa, por ser o agente
operador do FGTS, que não haja uma grande diminuição nos recursos do fundo.
"Como está, quem defende mesmo é o setor da construção civil e a Caixa, que
tem o monopólio da administração dos recursos e cobra taxas altas para fazer
isso. São centenas de milhões de contas."
163
UNIDADE 3 | LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
164
TÓPICO 4 | VERBAS TRABALHISTAS
Para que qualquer mudança entre vigor, precisa ser aprovada pelo
Congresso e, depois, sancionada pelo presidente.
FONTE: <https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/06/14/liberacao-do-fgts-a-vista-a-queda-
de-braco-pelos-bilhoes-dos-trabalhadores.ghtml> Acesso em: 17 jun. 2019.
165
UNIDADE 3 | LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
UNI
Com essa medida provisória o trabalhador poderá sacar até R$ 500,00 reais
de suas contas ativas ou inativas junto ao FGTS. Além do que, poderá agendar um
saque a cada ano nesse mesmo valor no mês de seu aniversário. Porém apenas
para o trabalhador que tiver interesse. Vejamos:
166
TÓPICO 4 | VERBAS TRABALHISTAS
LEITURA COMPLEMENTAR
O aviso prévio figura em primeiro lugar nos últimos três anos. No aviso
prévio, é definido se o funcionário terá de trabalhar por 30 dias ou se será
indenizado pelo período em caso de pedir demissão ou ser demitido sem justa
causa. A nova lei trabalhista trouxe a demissão por acordo entre empregador e
empregado e, com ela, a possibilidade de o aviso prévio ser reduzido pela metade,
ou seja, pago pelo período de 15 dias.
Nos últimos três anos, outros cinco assuntos ficaram no topo do ranking:
multa de 40% do FGTS, férias proporcionais, 13º salário proporcional, multa do
artigo 467 da CLT (50% de acréscimo sobre o valor das verbas rescisórias devidas
e não pagas perante a Justiça) e multa do artigo 477 da CLT (pagamento do valor
do salário em caso de o empregador não anotar a dispensa do empregado na
Carteira de Trabalho nem pagar as verbas rescisórias no prazo).
167
UNIDADE 3 | LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
168
TÓPICO 4 | VERBAS TRABALHISTAS
Ou seja, se o juiz entender que o empregado agiu de má-fé, ele poderá ser
multado e terá ainda de indenizar a empresa e pagar honorários do advogado
da parte contrária. Antes esse risco financeiro não existia e o trabalhador poderia
ganhar um valor ou nada, mas não tinha custos previstos.
A nova lei trabalhista estipula ainda tetos nas indenizações por danos
morais, dependendo da gravidade das ofensas. O teto varia de 3 a 50 vezes o
último salário contratual do ofendido.
"As multas dos artigos 477 e 467 identificam o não pagamento de verbas
rescisórias, e aviso prévio, férias e 13º salários são direitos mínimos constitucionais.
Esse quadro demonstra que grande parte dos empregadores não paga verbas
rescisórias do contrato de trabalho", diz.
169
UNIDADE 3 | LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
E queda de 10,8% nos processos julgados – foram 2,44 milhões entre janeiro e
dezembro de 2018 ante 2,74 milhões em 2017.
Movimentação
Processual
1º Grau
Recebidos Resíduos
1.748.074 2.700.965
Fase de Fase de
Conhecimento Execução
Pendentes Encerradas
Solucionados
de Iniciadas 729.437
2.446.389
Julgamento 798.910
1.180.773
A nova lei trabalhista trouxe mudanças para o trabalhador que entra com
ação na Justiça contra o empregador. Na prática, o processo pode ficar mais caro
para o empregado e inibe pedidos sem procedência.
• Nova lei trabalhista traz mudanças para trabalhador que entrar na Justiça
• Número de ações judiciais dispara na véspera da mudança da lei trabalhista
170
TÓPICO 4 | VERBAS TRABALHISTAS
A nova lei estabelece que quem perder a ação terá de pagar entre 5% e 15%
do valor da sentença para os advogados da parte vencedora, que são os chamados
honorários de sucumbência. Além disso, para ter acesso à Justiça gratuita, o
reclamante tem de provar que o salário dele equivale a 40% do limite máximo
dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, que hoje corresponde a R$
5.645,80.
Magalhães lembra que o trabalhador tem prazo até dois anos para entrar
com processo contra o ex-empregador.
FONTE: <https://g1.globo.com/economia/concursos-e-emprego/noticia/2019/02/22/mesmo-
com-mudancas-na-clt-aviso-previo-e-verbas-rescisorias-ainda-lideram-pedidos-na-justica-do-
trabalho.ghtml>. Acesso em: 11 ago. 2019.
171
RESUMO DO TÓPICO 4
• As férias a que o trabalhador tem direito a usufruir, desde que cumpra certos
requisitos.
172
AUTOATIVIDADE
a) ( ) 30 dias corridos.
b) ( ) 24 dias corridos.
c) ( ) 18 dias corridos.
d) ( ) 12 dias corridos.
e) ( ) 7 dias corridos.
( ) Certo.
( ) Errado.
173
174
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