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Agrupamento de Escolas de Constância

Bibliotecas Escolares
Coroa concebida por:

Alexandra Lisboa de Abrantes

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~4~
Índice
Prefácio .................................................................................................5
A Coroa da Rainha Constância .......................................................................6
Jardim de Infância de Constância –3 e 5 anos – História I .......................................9
Jardim de Infância de Constância- 4 e 5 anos - História II .....................................17
Jardim de Infância do Centro Escolar Santa Margarida –3 anos - História III ................21
Jardim de Infância do Centro Escolar Santa Margarida –4 anos - História IV ................22
Jardim de Infância do Centro Escolar Santa Margarida –5 anos - História V .................24
Jardim de Infância de Montalvo – Sala 1 - História VI ...........................................26
Jardim de Infância de Montalvo – Sala 2 - História VII ..........................................30
1º Ciclo Constância –1º e 4º ano - História VIII ...................................................34
1º Ciclo Constância –2ºano - História IX ...........................................................36
1º Ciclo Constância –3º ano - História X ...........................................................39
1º Ciclo do Centro Escolar Santa Margarida –1º ano - História XI .............................41
1º Ciclo do Centro Escolar Santa Margarida –1º e 2º ano - História XII .......................43
1º Ciclo do Centro Escolar Santa Margarida –2º ano - História XIII ............................45
1º Ciclo do Centro Escolar Santa Margarida –3º ano - História XIV ............................50
1º Ciclo do Centro Escolar Santa Margarida –4º ano - História XV .............................60
1º Ciclo de Montalvo – 1º e 2º ano - História XVI .................................................65
1º Ciclo de Montalvo –3º e 4º ano - História XVII .................................................68
Sala de Ensino Estruturado - Escola Luís de Camões – História XVIII ........................70

~5~
Agradecimentos

A equipa da Biblioteca Escolar, agradece a todos os que se envolveram no projeto,


Rios de Histórias, ao longo do ano letivo 2011/2012, elaborado no âmbito do Projeto a
Ler+.
Este livro acabou por ser escrito a muitas mãos, por todos os alunos do pré-escolar,
1º ciclo e da turma de ensino estruturado do Agrupamento de Escolas de Constância.
Os Rios vão continuar aqui! Mas estas histórias irão viajar até onde a imaginação
nos deixar.
Boas leituras.

~6~
Prefácio

O segredo das palavras…

Sentei-me à beira rio,


Olhei a água.
Toquei-a com a ponta dos dedos,
Senti um arrepio.
Fechei os olhos,
Ouvi uma voz
Que me segredou:
Menino,
Empresta-me as tuas palavras,
Ensina-me
A senti-las.
Ajuda-me a encontrar as minhas palavras,
Mistura-as com as tuas.
Deixa-as voar,
Fugir.
Menino,
Toca nas minhas palavras,
Dá-lhe cor,
Solta-as
E deixa-as fluir
Em rios de histórias.

Anabela Rodrigues Diogo


Junho 2012

~7~
A COROA DA RAINHA CONSTANCIA

Era uma vez uma princesa chamada Constância.


Vivia num reino onde todos eram felizes.
As crianças brincavam alegremente co m peixes do rio e com os pássaros que
esvoaçavam de árvore em árvore.
Todos os anos, por altura da primavera e do desabrochar das flores Constância dava uma
grande festa a todos os súbditos.
Um dia…
Constância ao preparar-se para a grande festa perdeu um anel nas águas do rio….
A princesa começou a chorar e correu a avisar todos:
.- Perdi o Anel dos Desejos….
Palavras não eram ditas e já uma grande nuvem escura tapava o sol.
Os pássaros pousaram nas árvores e taparam as suas cabecinhas com as asas.
As flores perderam a cor e fecharam-se como que envergonhadas da sua nudez de
beleza e frescura.
As crianças ficaram estáticas nas suas brincadeiras e o sorriso desapareceu-lhes dos
lábios.
A princesa a pouco e pouco foi perdendo toda a sua beleza.
O reino de Constância transformou-se num lugar triste e deserto.
Constância cada vez chorava mais e cada lágrima que rolava do seu rosto caia no chão e
dirigia-se a um pequeno regato.
Passaram-se muitos dias e tudo continuava na mesma, exceto o regato que cada vez
estava mais volumoso.
Um dia, estando Constância a tocar e a sentir a frescura das águas do rio, ouviu uma
música vinda de muito longe…
A musica começou a aproximar-se e as águas do rio abriram-se. Do meio delas, surgiu
um homem que disse:
- Constância, sou o Rei dos Rios e estou aqui para te ajudar. O rio formado pelas tuas
lágrimas, fez com que eu viesse salvar o teu reino. O Anel dos Desejos que perdeste foi
levado por uma bruxa maquiavélica. Mas os seus poderes ficaram nas águas do rio. Os
peixes que sentem a falta da alegria do teu reino juntaram-nos e fizeram esta prenda
para ti.

~8~
Constância, surpresa, viu o Rei dos Rios pegar numa coroa e dirigir-se a ela.
O Rei depositou-lhe a coroa na cabeça e disse:
- A partir de hoje, Constância, não deixarás de usar esta coroa mágica que te dará todos
os poderes do anel.
- Que quereis em troca?-Perguntou a princesa reconhecida.
O Rei dos Rios tocou na coroa e nos seus bicos apareceram seis símbolos.
- Constância, como recompensa só quero que tenhas seis deveres para com as crianças do
teu reino. Estão representados na tua coroa para que nunca mais os esqueças:

 Todas as crianças do teu reino terão que ter sempre


um sorriso.

 Tens que fazê-las constantemente felizes. Jamais a


tristeza terá aqui lugar.

 As crianças terão que crescer no meio da maior


brincadeira, dando-lhes oportunidades de serem elas
próprias e de realizarem os seus sonhos.


 Para que tudo isto aconteça tens que estar
permanentemente atenta a qualquer perigo que possa pôr
em risco esta felicidade.

 Deverás guardá-las durante a noite para que o seu
sono seja tranquilo e que os sonhos sejam bonitos.

 Tens ainda o dever de proteger as árvores, as flores


e os animais do teu reino.

~9~
Palavras não eram ditas e já o Rei dos Rios tinha desaparecido.
Os peixes vieram todos à tona da água e acenaram a Constância com as suas
barbatanas.
E O MILAGRE DEU-SE:
O sol voltou a brilhar.
Os pássaros esvoaçaram de árvore em árvore, não parando de chilrear.
As árvores ficaram muito verdes, as flores abriram num bailado de cor.
E as crianças voltaram a brincar no meio da maior algazarra.

Constância, mais bonita do que nunca com a sua coroa na cabeça, resolveu dar
início a uma grande Festa em honra dos Rios e do seu Rei.

História: Anabela Rodrigues

~ 10 ~
História I

“Constância, mais bonita do que nunca com a sua coroa na cabeça, resolveu dar
início a uma grande festa em honra dos rios e do seu rei.”
O rei dos rios, quando chegou à festa vinha acompanhado pela bruxa que,
entretanto, ao tirar o anel dos desejos do seu dedo transformou-se numa bruxa muito
boa. Esta bruxa era a mesma que tinha levado o anel dos desejos quando o encontrou no
rio, ficando a princesa constância muito triste. A bruxa praticando uma boa ação
entregou o anel ao rei dos rios e juntos chegaram à festa, convidados pela princesa.

~ 11 ~
A bruxa e o rei dos rios quiseram fazer uma surpresa a constância e resolver
fazer um espetáculo onde convidaram todas as crianças do reino. A festa realizava-se
num jardim onde existiam muitas flores e as crianças lançaram pétalas ao ar e estas
transformaram-se em borboletas que voavam à volta da princesa constância.

~ 12 ~
O reino ficou ainda mais feliz. As borboletas tinham o dever de proteger os rios
e os peixes que aí moravam.

A festa continuou. As crianças brincavam, riam e cantavam alegremente lindas


melodias. Como forma de agradecimento por aquele dia, as crianças ofereceram à
princesa constância uma nova coroa também com seis bicos. A nova coroa era
diferente da outra que a princesa tinha pois esta destinava-se a todas as crianças do
mundo.

~ 13 ~
Em cada bico estava um símbolo com direitos para as crianças do mundo
inteiro e a princesa constância teria de viajar por todas as terras para que estes
direitos fossem cumpridos.

São estes os direitos aí representados:

1 – as crianças devem sorrir sempre.

~ 14 ~
2 – As crianças devem brincar.

3 – As crianças devem ter bons sonhos e dormir sossegadas.

~ 15 ~
4 – As crianças devem ter amigos.

~ 16 ~
5 – As crianças devem ser amadas.

6 – As crianças devem viver num mundo de paz.

~ 17 ~
E a partir desse dia a princesa constância com a sua nova coroa viajou, viajou
por esse mundo tornando-o mágico.

Com pózinhos de perlimpimpim a história chegou ao fim.

~ 18 ~
História II
Uma história de encantar

Que vamos continuar...

A contar!

Quando chegou a primavera a festa aconteceu no jardim.

Todas as pessoas do reino estavam presentes vestidas com os seus fatos coloridos.

Num dos cantos da sala havia, uma grande mesa, com um bolo de chocolate,
decorado com morangos e flores coloridas de açúcar. No buraco que havia no meio do
bolo, um coração vermelho para toda a gente do reino mostrar que estava agradecida ao
Rei dos Rios.

Havia música e todos dançavam divertidos.

~ 19 ~
A princesa Constância, com a sua coroa dos desejos, sentada na sua cadeira cor-de-
rosa cheia de flores, sorria. Também ela estava muito feliz!
De repente, ouviu-se um ruído assustador, parecido com um trovão. Todos pararam!
Ficaram estáticos! A música deixou de tocar. Algumas crianças começaram a chorar...
- Ah! Ah! Ah! - Ouviu-se alguém a rir. E todos voltaram a
cabeça...
Lá estava a bruxa que queria estragar a festa.

- Porque é que eu não fui convidada? - Perguntou muito zangada.


- Crianças, vou levar-vos a todas para o meu castelo e este reino ficará triste, sem
cor e gargalhadas! Mas antes vou acabar com esta festa!...
A bruxa olhou para o bolo e zangada, esticou os braços deixando aparecer as duas
mãos com umas unhas muito cumpridas e afiadas que queriam destruir o bolo.
Quando a bruxa estava quase a destruir o bolo, apareceu um cavaleiro montado no
seu cavalo castanho e com a sua espada pôs-se a frente da bruxa fazendo-a tropeçar.

Deitada no chão,
assustada a bruxa disse:

~ 20 ~
- Não me faças mal! Eu só queria vir, também, à festa! - E dizendo isto, começou a
soluçar.
O príncipe olhou para a princesa Constância sem saber o que fazer.
A princesa levantou-se e disse-lhe:
- Obrigada, príncipe amigo por não teres deixado a bruxa estragar a nossa festa da
primavera. E quanto a ti, bruxa, és bem vinda a esta festa mas porta-te bem! Crianças...
já sabem o que têm de fazer...
As crianças enxugando as lágrimas foram buscar a bruxa e desapareceram com ela.
O príncipe e a princesa ao som da música, que tinha voltado a tocar, dançavam
rodopiando muito felizes.

De repente, as crianças apareceram trazendo a bruxa com um vestido colorido,


cheio de flores e puseram-se todos a dançar, felizes.

~ 21 ~
O príncipe casou-se com a princesa. A bruxa já não era má e assustadora e o
reino?... O reino voltou novamente a ficar como estava antes, feliz, cheio de cor e
barulho.

A princesa, que nunca deixava a sua coroa, continuou com a ajuda do príncipe e da bruxa
a cumprir os seus deveres para com as crianças do reino.

~ 22 ~
História III
A coroa da Rainha Constância

A Rainha Constância pôs a coroa na cabeça e foi para o seu castelo.


Foi dormir e sonhou com a bruxa que lhe tinha roubado o anel dos desejos. A rainha
Constância conseguiu tirar-lhe o anel, deu um pontapé na mão da bruxa e o anel saltou e
foi parar ao chão. A rainha Constância apanhou-o logo e pô-lo no dedo e pediu o desejo
da bruxa desaparecer, e aconteceu mesmo a sério, na realidade, não era só um sonho.

E assim todos ficaram contentes e felizes no reino da rainha Constância.

~ 23 ~
História IV
A coroa da rainha Constância
A festa começou e todos cantavam e dançavam muito felizes.
Havia flores de todas as cores espalhadas pelas ruas. No rio, os barcos estavam enfeitados
com bandeiras feitas pelos meninos e meninas do reino.
A alegria era tanta que ninguém reparou na chegada da Bruxa Maquiavélica.
A Bruxa queria roubar a coroa da Princesa Constância. Disfarçou-se de fada e foi falar
com a Princesa e pediu para que ela lhe mostrasse a coroa. Mas a princesa disse que não
podia tirar a coroa porque era mágica e se a tirasse ficava sem poderes.
A Bruxa atirou sobre si o seu pó mágico e tornou-se invisível e assim aproximou-se da
princesa e roubou-lhe a coroa.

Ao verem que a coroa desapareceu da cabeça da princesa, todos os meninos juntaram-se


com os seus pinceis e tintas e atiraram-nos para cima da Bruxa e todos os habitantes do

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reino, cercaram a Bruxa e mandaram-na ao rio onde os peixinhos a morderam e ela largou
a coroa, que por magia caiu novamente na cabeça da Princesa Constância.
A Bruxa desapareceu para nunca mais voltar.
A Princesa ficou muito feliz por todos a terem ajudado e desse dia em diante a Princesa
cumpriu todos os desejos do Rei dos Rios.
E todas as crianças do reino de Constância são felizes e têm sempre um sorriso.
Todas as noites, a Princesa Constância, vai a casa de cada menino, dá-lhe um beijinho e
deseja BONS SONHOS.

~ 25 ~
História V

A Coroa da Rainha Constância

A Princesa Constância passeava pelos jardins do seu palácio, vigiando o seu reino
com a coroa na cabeça. Muito feliz olhava para as flores, para os passarinhos, e sorria.
Nisto apareceu um pássaro muito bonito, tinha penas muito coloridas e bico amarelo. A
princesa seguiu o pássaro com o olhar e este pousou no seu ombro. Olhou-a muito
fixamente nos olhos. A princesa ficou hipnotizada, não se mexia, só olhava para o
pássaro.
O pássaro transformou-se numa bruxa
toda vestida de preto. Ela queria a
coroa da princesa, para ficar com o seu
reino.
O sol escondeu-se atrás das nuvens e o
céu ficou cinzento. Todo o reinou parou.
O céu cinzento encheu-se de
relâmpagos.
-Dá-me já essa coroa. Gritou a bruxa.
A princesa obedeceu às ordens da bruxa e ia entregar-lhe a coroa mas tocou no sol e
como por magia começaram a aparecer crianças de todos os lados, por entre as flores,
árvores do jardim e muito felizes cantavam lindas canções. O seu canto irritou a bruxa
que tapava os ouvidos com as mãos, abanava a cabeça de um lado para o outro, mas o
canto das crianças não lhe saía da cabeça e a bruxa esqueceu-se do feitiço que tinha
feito à princesa.
Ao acordar a princesa olhou para a coroa e
colocou-a na cabeça e sem querer tocou
no moinho. Uma coisa muito bonita
aconteceu no reino da princesa
Constância, as crianças fizeram uma roda
à volta da bruxa, riam, saltavam,
cantavam….
Esta alegria contagiou a bruxa. As suas

~ 26 ~
roupas negras e feias ficaram alegres com as cores do arco iris. O chapéu preto foi levado
pelos pássaros. O cabelo esvoaçava ao vento e as verrugas desapareceram, ficando a ver-
se um rosto bonito.
A bruxa deixou de ser feia, má, rabugenta e passou a ser amiga da princesa e das
crianças.
Este milagre deveu-se aos poderes da coroa da Princesa Constância.
Ainda se conta este feito.
A princesa Constância viveu alegre e contente durante muitos anos, sempre a vigiar o seu
reino e nunca tirou a coroa.

~ 27 ~
História VI

A Coroa da Rainha Constância

Na festa em honra dos Rios e do seu Rei, todos estavam felizes. Todos, menos um
peixinho que observava com a cabecinha fora de água toda a alegria, mas dos seus olhos
corriam lágrimas!
Constância, que levava muito a sério o seu papel de guardiã, reparou no peixinho. Tentou
aproximar-se, mas ele mergulhou nas águas do Rio.

Todos os dias, apesar da alegria que reinava, Constância aproximava-se do rio e


procurava com o olhar o peixinho misterioso. Por vezes via-o ao longe...

~ 28 ~
Os dias iam passando, as crianças brincavam felizes, dormiam tranquilas, cuidavam
dos jardins e dos animais, mas a Rainha continuava a pensar naquele peixinho, porque
não estaria feliz como todos os habitantes do seu reino?
Ela não desistiu de procurar, porque quando queremos uma coisa não podemos desistir
dela mesmo que dê muito trabalho.
Certo dia meteu-se num bote e deixou-se levar pela corrente. O vento soprava e quando
se apercebeu já estava muito longe e não conseguia voltar.

~ 29 ~
Constância desesperada debruçou-se sobre o rio e chorou. O peixinho que a vigiava de
perto bebeu uma das suas lágrimas. Subitamente as águas agitaram-se e delas em vez de
um peixe saiu um lindo príncipe.

O príncipe subiu para o bote e contou a sua história, ele tinha sido transformado pela
bruxa má em peixe.
Apaixonaram-se um pelo outro, casaram-se e tiveram seis filhos.

~ 30 ~
A primeira chamava-se Maria Sorriso e era ela que fazia sorrir todas as crianças do
reino.
A segunda era a Joana Feliz e era a responsável pela felicidade de todos.
O terceiro era o João Sonhador ele ajudava os outros a concretizarem os seus sonhos.
O quarto era o André Vigilante, era muito atento e não deixava que ninguém fosse
magoado.
O quinto era o Santiago protetor, a sua tarefa era vigiar as crianças durante a noite para
que o seu sono fosse tranquilo.
sexto era o Vicente Natureza, que protegia os animais e as plantas do reino.Com a ajuda
dos filhos e do marido a Rainha Constância foi feliz para sempre.

~ 31 ~
História VII
A Coroa da Rainha Constância

Foi um dia cheio de sol sem nuvens que tudo aconteceu. As crianças brincavam
alegres em redor do rio sob o olhar atento da princesa Constância, que olhava as águas
calmas do rio, grata ao seu rei que lhe concedera de novo os seus poderes.

Era já final de tarde. O cheiro a churrasco e a pão com chouriço andava no ar,
quando uma pequena embarcação surge, ainda ao longo, no rio Zêzere, tornando
As águas bravas à medida que avançava. De súbito, uma voz profunda soa:

~ 32 ~
- Princesa Constância, pensavas que te ia deixar de novo com todos os teus poderes?
Voltei para dominar o reino de Constância?

- Quem és tu criatura desconhecida?! – Respondeu a princesa, com uma voz tímida.

A princesa, assustada, chama todas as crianças presentes e começam a fugir de mãos


dadas, escondendo-se por entre a ramagem verdejante que envolve o rio.

O vento torna-se cada vez mais forte, soltando a coroa da princesa, que cai na
margem esquerda do rio.

~ 33 ~
De repente, aparece um enorme vulto roxo, de cabelos grisalhos encarnados e longas
unhas verdes: era a bruxa má.
Ela preparava-se para agarrar a coroa flutuante na água... Assim que esta a agarra,
o rio forma uma onda gigante, os peixes destroem a embarcação, as árvores soltam as
suas amarelas folhas como que laminas afiadas e a bruxa malvada cai na água, pedindo
perdão, acabando por se abater num rochedo e levado pela corrente.

Seguiram-se uns minutos de silêncio. Entretanto, as águas do rio abrem-se novamente


com o seu rei de cabelo e barba brancos, capa azul brilhante, segurando a coroa dourada
da princesa, que diz:

~ 34 ~
- Constância e os seus súbditos, estarei sempre aqui para vos proteger! Que a festa
continue!

O rei desaparece no nevoeiro. A festa continuou, de acordo com as suas ordens


pela noite dentro e todo o reino, cantou e dançou encantado.

~ 35 ~
História VIII

A coroa da rainha Constância


Todos os dias, depois de acordar, a princesa Constância tomava um banho com
cheiro a rosas. Depois, limpava a sua pele a uma toalha muito macia, e penteava os seus
longos cabelos.
Em cima da sua mesa-de-cabeceira estava a coroa mágica. Com as duas mãos,
agarrava nela cuidadosamente e colocava-a na cabeça; só depois tomava o pequeno-
almoço e saía à rua.
A primeira coisa que fazia era cumprimentar as pessoas e sobretudo as crianças.
Depois, dirigia-se à beira do rio e observava a água, a areia, as pedras, cumprimentava os
peixes e as algas.
Os peixes acenavam à Constância com as barbatanas e as algas faziam um movimento de
dança para cumprimentarem a princesa.
Um dia, a princesa comunicou-lhes que iria haver uma grande festa em honra dos
Rios e do seu Rei. Decidiu que a festa iniciaria no dia 1 de junho, por ser o dia Mundial da
Criança, e duraria 6 dias pois era o número de deveres que ela tinha prometido ao Rei dos
Rios cumprir para com as crianças.
As crianças daquele reino andavam sempre com um sorriso porque eram felizes. A
Constância fazia com que as coisas lhes corressem bem; falava-lhes carinhosamente e
elas sentiam-se importantes.
A princesa gostava de fazer jogos educativos com as crianças, concursos
interessantes, e tinha muito cuidado com cada uma delas. Fazia-as pensar, racionar e
refletir. Gostava que elas ouvissem e vissem tudo com muita atenção e só depois agissem.
Para que tivessem um sono tranquilo, contava-lhes histórias alegres e explicava-lhes as
coisas quando elas tinham medos.
Para que as crianças protegessem a natureza ela ensinava-as e, por isso, aquele país
tornava-se cada vez mais lindo.
No dia 1 de junho era o dia da grande festa! No rio, viam-se muitos barcos e nas
suas velas estavam desenhadas crianças a sorrir e a brincar e a Constância a olhar sempre
por elas.
Os peixinhos saltavam à volta dos barcos e nas margens dos rios viam-se os pais a dizerem
adeus aos seus filhos.

~ 36 ~
Foi um dia muito bonito!

~ 37 ~
História IX
A festa dos Rios

Numa linda manhã de primavera, a rainha Constância acordou muito feliz, porque
ia organizar uma festa em honra do Rei dos Rios.
A festa realizar-se-ia na segunda-feira, a seguir ao domingo de páscoa, e todos os
habitantes de Constância seriam convidados.
A rainha marcou uma reunião com todos os empregados do palácio, para as 21h do
dia 20 de março.
No dia da reunião, os empregados do palácio, Filipe, João, Leonor, Catarina, Mafalda,
Duarte e o secretário da rainha Pedro Afonso, reuniram-se no salão nobre do palácio.
– Boa Noite, meus senhores e minhas senhoras!- disse a rainha com grande altivez ao
entrar no salão.
– Vossa alteza real! - os empregados curvaram-se diante de sua majestade, com
muito respeito e alguma curiosidade.
– Vou dar uma festa no palácio! Preciso que tomem atenção! Todos vão ter de
trabalhar com grande empenho!- disse a rainha.
– Senhor Pedro Afonso, é preciso convidar os habitantes da vila!
– Dona Leonor e dona Mafalda é preciso limpar o palácio e enfeitá-lo com as flores
mais belas do jardim!
– Dona Catarina terá de confecionar a refeição e preparar as mesas para receber
todos os convidados!
Todos ficaram perplexos, pois a rainha nunca tinha dado uma festa no palácio! E tanto
trabalho que teriam de fazer!...
– Filipe, João, Duarte! O vosso trabalho será receber os convidados e oferecer-lhe de
comer e de beber.- disse a rainha aos três homens. Saíram todos da sala e juntaram-se na
cozinha.
– Meu Deus como faremos??!! Temos tanto trabalho e só faltam duas semanas!!- disse
a Leonor
– Temos de nos ajudar!-disse a Catarina com um ar muito aflito. Há tanta comida pra
fazer!
– Eu gostaria de vos pedir que se unissem! Um por todos e todos pela rainha
Constância! Mãos à obra!- pediu o secretário.

~ 38 ~
Durante duas semanas houve muita azáfama no palácio, para que tudo estivesse
impecável no dia da festa.
O tempo foi passando. Todos trabalharam afincadamente: as senhoras ajudaram na
jardinagem, os homens ajudaram nas limpezas e na cozinha e o secretário coordenou
todo o trabalho e ainda convidou todo o povo de Constância.
A manhã acordou muito solarenga. Os passarinhos cantavam, as flores sorriam e
toda a natureza estava feliz. O grande dia tinha chegado!
O povo de Constância tinha enfeitado as ruas, as janelas e as varandas, com flores
de todas as cores e feitios.
No palácio tudo estava pronto!
– Leonor, Leonor!- chamou a rainha.
Leonor, que estava na cozinha correu até ao quarto e perguntou:
– O que aconteceu, minha rainha!!??
– Procura no meu guarda-roupa o vestido da cor do fogo e do Sol!
Leonor tirou o vestido e colocou-o em cima da cama. A rainha levantou-se, vestiu-se,
calçou os sapatos dourados, penteou-se e colocou a coroa na cabeça. Depois saiu do
quarto e dirigiu-se ao jardim.
– Que beleza!!O jardim está lindo!- exclamou a rainha ao João( jardineiro do
palácio).
Depois entrou na cozinha. Os pratos e as travessas estavam prontas, com muita comida e
boa apresentação.
– Bravo! Trabalharam muito bem! Parabéns!- disse a rainha a todas as empregadas.
Às dezasseis horas os convidados começaram a chegar. Uns vinham a pé, outros de cavalo
e alguns de charrete. Entraram no salão e esperaram pela rainha.
Ouviram-se as cornetas...nesse momento entrou a rainha acompanhada pelo sr.
Pedro Afonso, secretário da rainha.
– Bem vindos ao palácio real!!! A partir de hoje faremos sempre, nesta altura do ano,
uma festa para homenagear o Rei dos Rios! É por causa dele que hoje estamos aqui. Viva
o Rei dos Rios! Viva o povo de Constância!
Todos se levantaram e aplaudiram com muito entusiasmo! A rainha levantou-se do
trono e dirigiu-se ao centro da sala. Nesse momento a música começou a ouvir-se.
- Estão todos convidados para a festa! Dancem, comam e bebam!
A festa foi muito animada e terminou pela madrugada. A partir dessa data nunca

~ 39 ~
mais ninguém se esqueceu do Rei do Rios, nem da bondade da rainha Constância.

Vitória, Vitória, terminou a história...

~ 40 ~
História X

A COROA DA RAINHA CONSTÂNCIA


A Festa

Na festa estavam a princesa, o rei, um príncipe de um reino vizinho, todos os


peixes do rio e todas as crianças do reino. A festa teve fogo-de-artifício, muita animação,
os melhores dançarinos do mundo e muita comidinha para todos os convidados.

A princesa estava feliz, o rei


orgulhoso, os peixes dançavam com as suas
barbatanas, em fila, à roda da princesa e as
crianças brincavam alegremente.

Estava a criançada a jogar à

“Verdade ou consequência”, quando uma


das meninas que teve de se aproximar do
rio, para tocar na água, escorregou, caiu e
molhou-se toda.

De repente, ouviu-se um grande trovão, viu-se uma nuvem de fumo que tapou a
menina e esta ficou transformada em bruxa. Era a bruxa maquiavélica que voltava a
Constância para se apoderar da Coroa dos Desejos! Ela não gostava de crianças!
Ainda conseguiu roubar a coroa da cabeça da princesa, mas as crianças cercaram-
na e o príncipe, com a sua espada, conseguiu recuperá-la e devolveu-a à princesa. A
princesa ficou muito corada e agradeceu aquele gesto ao príncipe. A bruxa jurou nunca
mais voltar ao reino de Constância.

~ 41 ~
Mais tarde, quando a princesa discursava, publicamente, agradecendo ao Rei dos
Rios e aos peixinhos por lhe terem oferecido a coroa que iria proteger as suas crianças,
ouviu-se uma vozinha vinda do meio do rio, que perguntou:
- Princesa, afinal só as crianças deste reino é que merecem ser protegidas?!
- Quem falou?!
- Sou eu, a Tágide. Seria bom levarmos a felicidade a todas as crianças do mundo.
- Partilho da tua opinião - disse a princesa. E os peixinhos aplaudiram com as suas
barbatanas dizendo:
- Nós ajudamos… Nós ajudamos!
Então a princesa ordenou:
- Ide por esse Tejo, espalhai-vos pelos oceanos e levai os poderes destas águas para
que todas as crianças do mundo tenham sempre um sorriso, sejam constantemente felizes
e realizem todos os seus sonhos.
E assim foi. O mundo ficou muito melhor!

Passado algum tempo, a princesa


Constância não parava de pensar no príncipe
que lhe devolveu a coroa e resolveu
escrever-lhe uma carta. Começou o namoro
e, daí a duas semanas, casaram e tiveram
muitas crianças.

Viveram felizes para sempre!

~ 42 ~
História XI

Rios… de histórias
A Princesa Constância vivia feliz no seu reino. Depois de o Rei dos Rios lhe ter dado
a Coroa com seis símbolos tudo corria bem. A Natureza estava muito verde e as crianças
muito contentes.
Quase todos os meses, ela dava uma linda festa e convidava sempre o Rei dos Rios
e a sua família.
O Rei dos Rios estava casado com uma linda Tágide e tinha um filho da mesma
idade da princesa e que se chamava Zêzere. O Príncipe Zêzere gostava da Princesa
Constância.
Numa das festas dadas pela princesa, apareceu a Bruxa Maquiavélica que lhe tirou
a Coroa. As crianças voltaram a ficar tristes, todas as plantas começaram a secar e as
aves esconderam-se nos ninhos.

O Rei dos Rios apareceu novamente e deu-lhe uma Pulseira mágica, porque tinha os seis
símbolos iguais aos da Coroa. Tudo voltou a ser como dantes, mas o Rei dos Rios avisou a
princesa para ter cuidado e não perder a pulseira, porque a Bruxa estava cada vez mais
forte.

~ 43 ~
Ao ouvir a conversa do seu pai, o Príncipe Zêzere foi a casa da bruxa para
recuperar a Coroa e o Anel dos Desejos. Como a Bruxa não estava em casa, foi fácil o
príncipe entrar e tirar os dois objetos.

Quando a bruxa ficou sem estes poderes transformou-se numa pessoa normal,
muito boazinha.
O príncipe foi logo para junto da princesa e deu-lhe a Coroa e o Anel. E como
gostavam muito um do outro, os dois resolveram casar.
No dia do casamento, a princesa usou o Anel dos Desejos, a Coroa e a Pulseira.
Tudo à volta deles estava ainda mais belo e as pessoas estavam muito felizes.
Nada podia estragar a felicidade da Princesa Constância e do Príncipe Zêzere…

~ 44 ~
História XII
A COROA DA RAINHA

Era uma vez uma princesa chamada Constância. Ela vivia num reino com pássaros,
flores e crianças muito felizes.

Quando a princesa se estava a arranjar para a festa da primavera perdeu o seu


anel dos desejos no rio e logo apareceu uma nuvem escura por cima do reino.

Os pássaros taparam as suas cabecinhas com as asas; as flores fecharam; e as


crianças perderam a alegria.

Quando a princesa muito triste foi ao pé do rio apareceu-lhe o Rei dos rios e disse-
lhe que estava ali para a ajudar e que o anel tinha sido tirado pela bruxa mas os seus
poderes não.

Os peixes que sentiram falta de alegria fizeram-lhe uma coroa com os mesmos
poderes do anel e o rei ofereceu-lha.

~ 45 ~
Em troca, ela apenas teria que cumprir alguns desejos: alegrar as crianças, deixá-
las brincar e faze-las felizes, olhar por elas, guardá-las e deixá-las sonhar e ainda
proteger a Natureza: as árvores, as flores e os animais.

O rei desapareceu, o sol voltou a brilhar e tudo voltou ao que era dantes e
Constança com a coroa na cabeça deu início à festa em honra do rei dos rios.

~ 46 ~
História XIII

A COROA DA RAINHA CONSTÂNCIA


Era uma vez uma princesa que se chamava Constância e que vivia num reino onde
todos viviam felizes.

Todos os anos a princesa fazia uma festa, por altura da primavera. Nos
preparativos da mesma, acabou por perder o seu Anel dos Desejos…

O reino de Constância transformou-se num lugar triste e deserto.

A princesa Constância só parou de chorar quando o rei lhe deu uma Coroa Mágica,
com os mesmos poderes do Anel que tinha ficado perdido no rio.

~ 47 ~
Só que uma bruxa muito má, já tinha em seu poder o Anel dos Desejos e também
queria a Coroa.

A bruxa saiu do seu castelo, pegou na vassoura e rumou até ao reino da princesa
Constância.

~ 48 ~
A princesa, mal ouviu o riso maquiavélico da bruxa a aproximar-se, gritou bem alto
para que todos no reino se escondessem. E disse:

-Vem aí a bruxa maquiavélica!

A malvada, mal avistou a princesa, correu para lhe roubar a Coroa, mas “o feitiço
virou-se contra o feiticeiro”, e o anel caiu-lhe do dedo.

~ 49 ~
Furiosa tentou recuperá-lo, mas foi impedida pelos guardas do castelo que
entretanto apareceram para socorrer a sua princesa.

Os guardas do castelo acabaram por levar a bruxa malvada para as masmorras, e aí


ficou presa até ficar bem velhinha.

~ 50 ~
A partir desse dia, a princesa que se tornou Rainha, ficou a guardiã das tão
preciosas joias, o Anel dos Desejos e a Coroa que o rei dos rios lhe tinha dado.

Neste reino todos puderam viver felizes e respirar de alívio pois nunca mais a
malvada bruxa lhes iria perturbar a paz.

~ 51 ~
História XIV

A coroa da Rainha Constância

A princesa Constância vivia muito feliz, no seu reino com os seus súbditos.

Havia muita felicidade, as crianças brincavam contentes e todas as primaveras


Constância dava uma grande festa.

~ 52 ~
Um dia, ao preparar-se para festa, no seu castelo, apareceu uma bruxa má e a partir daí
tudo correu mal. A princesa ficou sem o seu anel dos desejos.

A princesa foi perdendo a sua beleza, as crianças ficaram tristes, alguns animais
morreram e as plantas não cresciam. O reino de Constância transformou-se num local
triste, sombrio e deserto. A princesa, chorava, chorava, chorava, sem parar.
A partir daí, as suas lágrimas deram origem a um regato e a cada dia que passava,
tornava-se mais volumoso, formando um rio.

~ 53 ~
Certo dia, as águas abriram-se e veio em auxílio da princesa o Rei dos Rios, que lhe deu
uma coroa mágica feita pelos peixes.

Assim que a princesa colocou a coroa na cabeça, tudo mudou. A princesa


recuperou os seus poderes.

As crianças, os animais e as plantas ficaram contentes e o sol voltou a brilhar.

~ 54 ~
Entretanto, a bruxa maquiavélica ao aperceber-se da felicidade de todos apareceu em
cima de um furacão e lançou bolas de fogo em todas as direções.

~ 55 ~
Quando a princesa apareceu, a bruxa malvada atirou uma bola de fogo na sua
direção. A princesa, recorrendo aos poderes mágicos da coroa, criou um escudo à sua
volta e lançou a bola de fogo de volta à bruxa. A bruxa, que quase morreu, fugiu
assustada.

Os dias iam passando no reino maravilhoso de Constância, onde agora todos viviam muito
felizes.
Um dia, quando a princesa olhava pela janela ouviu os seus súbditos gritando:
- A bruxa maquiavélica voltou! – Gritavam as pessoas
A princesa Constância foi ver o que se passava, viu a bruxa e perguntou-lhe:

~ 56 ~
- Porque voltaste? - Perguntou a princesa
- Quero viver no teu reino e ser feliz! - Exclamou a bruxa
- Vou conceder-te esse desejo. - Disse a princesa
- Estou a sentir o meu coração a ficar bondoso. - Disse a bruxa
- São os poderes mágicos da coroa, a partir de hoje, a tua vida vai mudar e o teu
nome será FELICIDADE - Disse a princesa.

No reino, fez-se uma grande festa, em honra da bruxa, que


se tornou boa e resolveu praticar o bem, ajudando os que mais precisavam.
A princesa, decretou que todos os anos por esta altura se realizassem festas em
honra da paz e da harmonia do reino.
Os anos foram passando, passando…
Três anos depois a princesa conheceu um príncipe, pelo qual se apaixonou.

~ 57 ~
Realizou-se o casamento, a princesa passou a ser rainha e o príncipe passou a ser
rei.
A princesa teve seis filhos: o João, a Catarina, o António, a Beatriz, o Henrique e a
Inês.

~ 58 ~
Quando os seus seis filhos faziam anos fazia-se uma grande festa e as pessoas que
viviam no reino traziam muitos presentes. Os filhos da princesa ficavam muito felizes
porque todas as crianças gostam de presentes.

No dia em que a filha mais nova fez anos, o Rei e a Rainha decidiram festejar o seu
aniversário. Nesse dia, realizaram também a festa em honra dos Rios e do seu Rei.

~ 59 ~
A festa foi grande, alegre e divertida, todas as crianças participaram. Houve muitos
jogos, muita comida, muita felicidade e ninguém se aborreceu.

Mais tarde apareceu um arco iris no céu, com as suas sete cores violeta, vermelho, verde,
amarelo, azul claro, azul escuro, castanho.

As crianças ficaram muito contentes e agradeceram à Rainha e ao Rei.


- Obrigado crianças, foi com prazer e alegria que dei esta bela festa, fico muito
grata. – Disse a rainha.
A Rainha e o Rei ensinaram e educaram muito bem os seus seis filhos.

~ 60 ~
Constância cumpriu os seus deveres para com as crianças, para com os animais e para
com as plantas.

O Reino da Constância foi feliz, durante muitos e muitos anos.

~ 61 ~
História XV

A coroa da Rainha Constância

"(...) Constância, como recompensa só quero que tenhas seis deveres para com as
crianças do teu reino (...)".

E assim foi...
Constância zelou sempre por cumprir as suas obrigações para com as crianças,
animais e plantas do seu reino: não houve mais tristeza no rosto das crianças, estavam
sempre felizes, cresciam rodeadas de brincadeira, sendo-lhes proporcionadas
oportunidades para serem elas próprias e para poderem realizar os seus sonhos, estando
permanentemente vigiadas e, à noite, guardadas para que o seu sono fosse descansado.
Quanto às árvores, às flores e aos animais, estes não mais sentiram medo e insegurança.
Os anos passaram e a princesa foi coroada Rainha.
Casou-se com o Rei mais belo de todos os tempos, Miguel.
Desta união, nasceram seis filhos: as princesas
Beatriz, Leonor e Joana e os príncipes Afonso, Pedro e o
benjamim João.
Joana era uma princesa alegre como um dia de sol.
Ao seu lado, ninguém conseguia estar triste.
Beatriz era doce e a bondade em pessoa. Todos se
sentiam bem junto a si. Possuía um sorriso contagiante.
Por sua vez, Leonor era a princesa divertida, criativa
e dinâmica. Com ela por perto, ninguém sentia tédio.
Dos príncipes, Afonso era o irmão protetor e cuidadoso. Zelava pelo bem estar de
todos.
João adorava as estrelas. Rara era a noite em que o mesmo não perdia horas a
contemplá-las e aos planetas. Era o príncipe sonhador.
Por fim, Pedro era o mais sensível. Gostava de admirar a Natureza e de conversar
com os animais e as plantas. Quando encontrava alguma planta ou animal doente, logo
ele os tratava.

~ 62 ~
Para além dos filhos biológicos, Constância adotara ainda Fernando, filho da sua
aia Henriqueta que morrera vítima de peste. Fernando era um menino traquina e
irrequieto. Passava os dias a planear e a pregar partidas a todos os que se atravessavam à
sua frente. Um dia, aproveitara a distração dos cozinheiros do castelo e salgara toda a
comida que seria servida num banquete oferecido a um rei de um reino distante. Noutro,
colocara, na cama da princesa Joana, um sapo enorme e horripilante... Era um
verdadeiro "pestinha"!
Os anos passaram e, um dia, muito doente e já moribunda, Constância manda
chamar, à beira da sua cama, os filhos. Com voz débil e muito fraca, dirige-se-lhes:
- Meus filhos, sabeis que está na hora de eu partir... No entanto, não o posso fazer
sem ter a certeza que irão assegurar o cumprimento dos deveres prometidos ao Rei dos
Rios. Não devereis interromper-me... Assim, princesa Beatriz ficareis responsável pelo
sorriso na boca das crianças. Jamais qualquer criança deverá perder o sorriso. Vós,
princesa Joana, ficareis encarregue da felicidade das crianças do nosso reino. Devereis
mantê-las constantemente felizes... Agora, princesa Leonor... devereis fazer com que
todas as crianças possam brincar e realizar todos os seus sonhos... Afonso, meu querido
príncipe, sei que convosco as crianças estarão protegidas. Devereis estar constantemente
atento a todos e quaisquer perigos que as possam ameaçar... Meu querido João, devereis
guardar as noites das crianças, cuidando para que os seus sonhos sejam
bonitos...Aaaahhh!! Sensível Pedro... Vós sereis o protetor da Natureza. Lembrai-vos de
que dela dependemos... A minha coroa será partilhada por todos...assim como o reino...
Confio em vós... Quanto a vós, Fernando, não julgueis que me esqueci de vós... julgo que
ainda não estais à altura ... Tereis que aprender a respeitar... Aaaahhhh!
Dito isto, a rainha Constância fechou os olhos e soltou um último suspiro. (...)

~ 63 ~
O tempo passou.
Os seis filhos da rainha Constância cuidaram para que os seus últimos desejos
fossem cumpridos.
Mas, um dia, o sol não nasceu... O reino ficou às escuras e muito sombrio. Os
animais e as plantas desapareceram, sem explicação.
São convocados todos os ministros, as fadas e os feiticeiros do reino para uma
reunião urgente. E é aí que dão pela falta do príncipe Pedro. Procuraram-no por toda a
parte, mas não o encontraram. Lembram-se, então, que Pedro adorava ir para o rio.
Dirigem-se às suas margens e nem sinal dele. De repente, das águas calmas ouve-se
uma voz.
- Vejo que estais preocupados com o vosso irmão...
Das águas do rio, surgiu o Rei dos Rios que continua...
- Ide até ao Vale da Tristeza. Lá encontrareis um castelo assombrado guardado por
cíclopes. Pedi ajuda às fadas. Ide rapidamente. O vosso irmão Fernando quer vingar-se
porque pensa que foi esquecido pela vossa Mãe.
Rapidamente, dirigiram-se até ao Bosque Encantado onde as fadas se prontificam
para os ajudar. Juntas, produzem um pó mágico que tudo transforma em estátuas.
Seguem na direção do Vale da Tristeza. Sabem que o alcançaram porque, após
atravessar montes e vales, chegam a um vale atravessado por um rio que há muito deixou
de ter água. Nas suas margens, a terra é seca e estéril. As árvores, de troncos enrugados
e sem folhas, pareciam fantasmas. Não se ouvia um som. O cenário era sombrio e
assustador.

~ 64 ~
No cimo de uma pequena colina, avistaram o castelo. À sua volta, circulavam
ciclopes gigantescos e com um ar medonho.

Em silêncio, os seis irmãos caminharam até perto do castelo. Necessitavam


urgentemente de uma manobra de diversão... O príncipe João teve uma ideia: chamar os
ciclopes, levando-os a juntarem-se, enquanto que as fadas lhes atiravam o pó mágico.
Dito e feito!
Os ciclopes foram transformados em estátuas e, assim, os irmãos entraram no
castelo. Subiram até à torre e aí, amarrado, encontraram o príncipe Pedro. Soltaram--no
e, quando se preparavam para sair, Fernando atravessa-se à sua frente:
- Parai !! Daqui ninguém sai!
- Quem sois vós para nos impedir? - perguntou a princesa Leonor. - Como ousais
fazer-nos mal depois de serdes tratado como um irmão?!
- Não! A vossa Mãe não me deixou nenhum símbolo...
- E por que razão? - questionou Pedro ainda com voz fraca. - Vós passais a vida a
pregar partidas, a fazer mal.
- Será que nada contou para vós? - perguntou novamente a princesa Leonor. -
Tratámos-vos como nosso irmão de sangue...
- Sim... é verdade! Perdão...
- Então, estais arrependido? - perguntou, ansiosa, a princesa Joana.
- Não, dei um arroto! - respondeu Fernando, com ar de gozo.
Os seis irmãos não queriam acreditar no que estavam a ouvir.

~ 65 ~
- Estou a brincar... Lamento sinceramente todo o mal que vos causei. Peço-vos
perdão, humildemente... Sinto-me envergonhado...- disse Fernando.
- O que interessa é terdes reconhecido o vosso erro! - afirmou a bondosa princesa
Beatriz, correndo para o irmão e abraçando-o.
E, tal como desaparecera, o sol voltou a brilhar. As árvores cobriram-se de folhas.
Os passarinhos encheram os ares com os seus pios. Os animais regressaram aos campos e,
à boca das crianças, voltaram os sorrisos e a felicidade aos seus corações!

~ 66 ~
História XVI

A Coroa da Princesa

A princesa Constância estava muito feliz porque tinha recebido uma coroa mágica.

Essa coroa tinha o poder de tornar


todos felizes, sorridentes, de realizarem
os seus sonhos e que a tranquilidade fosse
uma constante durante a noite.

Além disso a princesa tinha o dever de proteger todos os seres vivos da floresta, e
de estar sempre atenta para que nenhum perigo atingisse o reino.
Certa noite, enquanto todos dormiam um feiticeiro invejoso, lançou uma magia e
roubou a coroa da felicidade.

~ 67 ~
A princesa ficou muito triste porque o dia não amanheceu, os pássaros não
cantaram e as crianças não foram para a rua brincar. Tudo dormia.
Assim passaram dias, meses, anos… e tudo ficou triste, escuro e gelado.
Triste, Constância resolveu pôr-se a caminho e ir procurar ajuda junto da Rainha
da Natureza.

A Rainha vivia num castelo


situado no alto da colina mais rochosa
e distante da floresta.

Constância, de madrugada meteu


pés ao caminho e andou, andou e andou…
uma fada apareceu no seu caminho e
levou Constância pelos ares, só a
deixando junto do castelo.

Foi então que Constância viu a majestosa Rainha da Natureza.


- Constância sei o que tens sofrido. Vou mandar o meu rouxinol encantado que fará
o feiticeiro dormir e a coroa ficará livre.
- Obrigada boa rainha.
Então Constância pôs-se a caminho. Andou, andou e andou…

~ 68 ~
Ao fim de muito tempo alcançou o seu reino e descobriu maravilhada que tudo
voltara ao normal e que a coroa mágica estava agora protegida por um rouxinol mais
brilhante que o Sol.

~ 69 ~
História XVII
A coroa da rainha Constância
Constância fez o seu dever e todas as crianças do reino viveram felizes, até que, o
rei dos rios apareceu e disse:
- Constância vem comigo.
O rei dos rios levou Constância dentro de uma bolha mágica que faz com que
Constância respire debaixo de água. O rei mostrou-lhe uma sereia que lhe disse:
- Sempre que acabares de fazer uma boa ação cantarei para o teu povo. Mas, não
lhe contes que eu existo. Diz apenas que quando o teu povo estiver feliz, uma voz
cantará de alegria.
Constância percebeu a lição. Quando voltou, foi para o seu palácio e a meio do
caminho Constância reparou que uma criança tinha caído e estava ferida. Lembrou-se do
que a sereia lhe disse e ajudou-a.
A sereia vendo isto na bola de cristal, que o rei dos rios lhe tinha dado, começou a
cantar uma música muito bela. O povo ficou admirado. De onde sairia esta voz tão bela?
Constância lembrou-se da sereia e disse:
- Quando vocês estão felizes, uma voz canta de alegria.
O povo não acreditou, mas contudo percebeu o que Constância tentava dizer.
O rei dos rios deu uma recompensa a Constância, um anel com dois peixes feito
pelo seu ajudante, pois ele tinha de se ir embora para outros rios. Constância chorou,
pois o rei dava-lhe os melhores conselhos. O rei disse-lhe que voltaria pois o rio Tejo era
o melhor rio que tinha habitado.

~ 70 ~
E lembrou-lhe a felicidade do povo. Ela agradeceu a ajuda e o rei disse-lhe que a sereia
ficaria
por lá para adormecer as crianças e ajudá-las a serem muito felizes.
Constância ficou mais aliviada. E continuou assim, a fazer felizes todos os
habitantes do reino…

~ 71 ~
História XVIII

Há muitos, muitos anos…

Há muitos, muitos, muitos anos, vivia num castelo uma rainha muito bonita. A rainha
chamava-se Constância e o castelo Almourol.

Um dia, quando a rainha estava a dormir, uma bruxa malvada roubou-lhe o seu anel
mágico. Com a magia do anel a rainha conseguia abrir todas as portas do castelo. Sem
este estava trancada no quarto para o resto da vida.

~ 72 ~
A rainha ficou tão triste que chorava e soluçava tão alto que um mágico ouviu.

O mágico agarrou no seu helicóptero e pousou na torre do castelo. Depois, desceu pela
chaminé que dava para o quarto da rainha.
O mágico disse-lhe: - Alteza venha comigo que eu vou ajudá-la.
Naquele instante, disse as palavras mágicas: - Rapapão!!!

~ 73 ~
Num abrir e fechar de olhos estavam no meio do deserto, diante da bruxa malvada.
O mágico agitou a sua varinha mágica e disse: Abracadabra!!!

De repente o anel saltou do bolso da bruxa malvada e apareceu no dedo da rainha


Constância.

~ 74 ~
O mágico, que estava encantado pela bruxa, era afinal um lindo e bondoso príncipe.
A rainha Constância apaixonou-se por ele e viveram muito felizes para sempre.
Juntos formaram o reino de Constância.

Vitória, vitória… acabou-se esta linda história!

~ 75 ~
Ficha técnica

Autores:
Anabela Cristina Rodrigues Diogo
Jardins de Infância do Agrupamento
Escolas de 1º ciclo do Agrupamento
Sala de Ensino Estruturado – Escola Luís de Camões

Editor:
Biblioteca Escolar Carlos Cécio
Agrupamento de Escolas de Constância
Apartado 14
2259-909 Constância
Biblioteca@aeconstancia.edu.pt
Ano de edição: Junho de 2012

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Biblioteca Escolar Carlos Cécio
Ano letivo 2011/2012

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