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Ainda que muito tenham sido os avanços relativos a práxis psiquiátrica com a
colocam para que haja de fato um fim das práticas manicomiais. Um obstáculo que se
autores colocam como uma não reformada, ainda que tenha tido uma Reforma
Psiquiátrica de outras ordens (Onocko-Campos et al., 2013). Ainda nos deparamos com
Tendo isso em vista, ainda se coloca como componente que intensifica o uso de
tratamento, mas no contexto brasileiro pouco se discute sobre esse ponto. Assim,
Silveira e Moraes (2017) apontam que uma estratégia que se colocou na tentativa de
pelas siglas GAM, a qual diz respeito a práticas que visem maior cuidado por parte dos
este pode influenciar na vida do indivíduo que o utiliza. Se faz necessário que os
cogestão são os principais deles; os usuários devem ser estimulados pelos profissionais
em saúde mental a serem protagonistas em seu tratamento (autonomia) e também sejam
vontade de uso. No Canadá, o GAM foi composto por um conjunto de métodos que
que fosse cada vez mais horizontalizada em desacordo com a hierarquização vertical das
A partir disso, foi necessário que a GAM nascida em Quebec fosse adaptada
melhor dessa possível estratégia de cuidado, uma vez que as necessidades destes são
outras. Muitos aspectos exigiram que essa adaptação fosse feita, mas a principal delas
aponta para a estrutura linguística do texto, onde foi utilizado frases curtas e de mais
fácil compreensão, visto que o perfil educacional dos dois países possui grande
diferença (Silveira & Moraes, 2017). Além disso, temas como sexualidade e religião
também foram incluídos, uma vez que são temas de grande pertinência para o perfil
populacional brasileiro.
À vista disso, a GAM chega ao Brasil num contexto que desfruta da herança dos
qual práticas de humanização tem ganhado, aos poucos, maior espaço nos serviços de
saúde mental, de maneira semelhante como ocorreu no Canadá. Todavia, os serviços
estudo realizado em um CAPS, que são identificados diversos obstáculos para o uso do
GAM, tais como uso de linguagem técnica por parte dos profissionais, relações
desiguais de poder, medo, entre outros. Além disso, os usuários reportam que, quando
ameaças por parte da equipe. Outros relatam que, após a leitura compartilhada do guia,
pediram para ter acesso aos seus prontuários e às bulas, mas enfrentaram entraves dos
profissionais.
de mudanças nas práticas no que se refere a valorizar de forma mais enfática o papel do
com os autores que, ainda que houve avanços no que tange as práticas psiquiátricas,
muitas outras ainda não foram reformadas e seguem uma lógica manicomial que poucos