Você está na página 1de 99
192 ‘A. C. MORGADO /E, WAGNER / M. JORGE Como os quatro triangulos possuem o mesmo circulo circunscrito e, de acordo com a relagéo 8.5, temos abp , cdp __adq , beq AR AR AR AR => => plab + cd) = qlad + bo) => 8.7 — AREA DO QUADRILATERO CONVEXO Seja ABCD um quadri- IGtero convexo qualquer de diagonais AC = pe BD = q, sendo & 0 Gngulo formado por elas. Sendo S a Grea do qua- drilétero ABCD, podemos es- crever S$ = S(ACD) + S$ (ABC). Sendo DJ = x e BL = y per- pendiculares a AC, teremos 1 1 mae tary —— s-1 (x + y). 7? y). Porém, x -+ y = BD’ = qsen a. Logo, GEOMETRIA I 193 8.8 — AREA DO QUADRILATERO CIRCUNSCRITIVEL c Consideremos 0 quadrilé- tero circunscritivel ABCD da figura. Sejam a, b, ¢, d os comprimentos de seus lados, ro raio do circulo inscrito e | o incentro. Se S é Grea do qua- drilatero e p o semiperimetro, temos A a B S = S(AIB) + S (BIC) + S(CID) + S(DIA) => br cr dr => sa My hy ye m > 7 + 2 + + > 5 la+b+e+d) 7 2 Se 2 Consideremos 0 quadrilétero ABCD da figura. A Lei dos co-senos nos tridn- gulos ABD e CBD fornece BD? = a? + d? ~ 2adcosA BD? = b? + c? ~ 2 be cos Mas, como A + € = 180°, cos C = — cosa. 194 A. C. MORGADO / E. WAGNER / M. JORGE Igualando as expressdes, temos b? +c? + 2becosA = a? + d?— 2adcosA = => 2(ad + be) cosA = a? + d?— b?— ch => a? +d? — bec 2 (ad + be) => cosA = Calculemos agora 1 + cos A. a? + d? — b? — c? + 2ad + 2be 1 = ee 2led + be) Mas 1 + cos = 2 sen? +. Entéo, dso A= ota tbo _ 2 2 (ad + be) => 2 sen? A _tetdt+bodatd+e—b) , 2 2 (ad + be) Sendo 2p o perimetro do quadrildtero, temos 2 sent A. = 2[p — 4) - 2(p — b) 2 2 (ad + bc) a {p — lp — b) => sen? — = ~ a+ bd e, analogamente, a S como 1 ~ cosA = 2 cot A, encontrariamos GEOMETRIA Il 195 A Grea S do quadrilétero a soma das dreas dos triéngulos ADB e CDB. dsenA , besen€ gs = Se sen 2s 7 7 Mas sen A = sen, pois A + € = 150°. Logo, s = SSSR sen = Quadrando, A A S$? = (ad + be)? sen? —— - cos? —— lad + be)? set : 7 (p — alle — blip — dlp — (ad + be}? S$? = (ad + be)” 8.10 — AREA DO QUADRILATERO INSCRITIVEL E CIRCUNSCRI- TIVEL Em um quatrilétero inscritivel, atc=b+d=p. Teremos, entao, 196 A. C. MORGADO / E, WAGNER / M. JORGE 8.11 — PROBLEMAS RESOLVIDOS 301. 302. Calcule x no quadrilétero da figura. x mre 2x42 Solugéio Porque © quadrilétero é circunscritivel, WO+x+6=x4+2x+2 => x=7 Resposta: 7 Calcule a altura de um trapézio retdngulo circunscritivel de bases 15 e 10. 10 Soluséo (25 — x? = x? + 5? => => x= 12 Resposta: 12 GEOMETRIA II 197 303. Calcule 0 comprimento das diagonais do trapézio isésceles da figura. Solugéo 2x De 8.4.2, temos x? x 2x = p? => p = xf3 Resposta: x/3. 304, Calcule as diagonais de um quadrildtero inscritivel em fungéo dos lados. Solugéio Conhecemos as relagdes de Ptolomeu e Hiparco (8.6.1 e 8.6.2) eo + bd Bob ted q ad + be Multiplicando membro a membro, pq 2 = (ee + ba) SP TEE. aes q ad + lac + bdllab + ed) => p= ¢/lect bdllab + ed) ad + be 198 A. C. MORGADO /'E, WAGNER | M. JORGE Dividindo membro a membro, (ac + ba) SOF BE ab + ed PROBLEMAS PROPOSTOS Caleule a menor diagonal do quadrilétero inscritivel ABCD cujos lados AB, BC, 305. Calcule a CD e DA medem respectivamente 1, 2, 2 e 3. A) \/2 ° B) 2 dD) E) NRA, 206. A mediona de Euler do quadrilétero do problema anterior tem comprimento igual a yz 7 [2 7a B) 7 D) = NG 7 —) NRA. 307. © raio do circulo circunscrito ao quadrilétero do problema 305 mede: A v7 3 fi 21 4 5) V2 » y— 3 3 FE) NRA. GEOMETRIA II 199 308. Calcule o comprimento do segmento que une os pontos médios das boses AB CD de um trapézio, conhecendo seus lados: AB = 14, BC = 7, CD =4e DA=5. A) 2 C) 2/3 B) 24/2 D) 4/3 E) NRA. ENUNCIADO RELATIVO AS QUESTOES 309 A 312 A 0 No quadrilétero inscritivel da figu- ro, AB = BC = 4 AD=8 © A=90°. B D c 309. A brea desse quadrilétero mede: A) 32 <) 24 B) 28 Dd) 16 E) NRA. 910, © raio do cireulo inscrito nesse quadrilétero mede: 12 8 Al ao 2 5 3 16 9 B) o) 3 7 B) NRA. 200 A. C, MORGADO / E. WAGNER / M. JORGE 311. © raio do circulo circunscrito a esse quadrilétero mede: A) 9/20 Oo 58 B) 2\/20 dD) V65 E) NRA. 312. A menor diagonal desse quadrilétero mede: — A A) 20 cS v20 5 2 8) — dD) ) 4 20 » > V20 £) NRA. 313. Calevle a érea do quadrilétero ABCD inscritivel cujos lados medem: AB = 2, BC = 3, CD = 4 DA= A) Vis ©) 24/15 8B) 30 D) 2\/30 £) NRA. 314, {CICE — 70] Dois lados consecutivos de um paralelogramo tém por medidas a ¢ b, @ uma das diagoncis tem por me diagonal &: lac Entéo, a medida da outra A) V3 (a? # by = 28 B) \/2 (a C) V/4{a? + by — 3c? D) \/2ab —e E) nada disso. 315. (IME — 66) Em um circulo de 10\/2 de didmetro temos duas cordas medindo 2e 10. Achar a corda do arco soma dos arcos das cordas anteriores. A) 8 c) 8y/2, 8) 6/2 D) 10/2 E) NRA. GEOMETRIA I 201 316. Em um circulo de 10\/2 de didmetro temos duas cordas medindo 2 ¢ 10. Achar @ corda do arco diferenca dos arcos das cordas anteriores. Al 4 © av B) 24/2 D) 44/2 £) 6/2. 317. © quadrilétero cujos vértices so os pontos médios dos lados de um quadrilétero ave possui diagonais perpendiculares: A) pode ser qualquer quadrildtero B) @ um retangulo C) @ um losango D) & um quadrado E) NRA. Num quadrilétero inscritivel ABCD, AD = DC. Se as diagonais desse quadrilé- tero cortam-se em | e se Al = 6, Cl= 4 € BI = 8, 0 maior lado desse quadri- \tero mede: €) 3/33 Dd) V7 CAPITULO 9 RELAGOES METRICAS NO CiRCULO 9.1 — TEOREMA Se duas cordas AB e A’B’ de um circulo concorrem em um ponto P interior ou exterior a esse circulo, 0 produto PA - PB é igual a PA’ - PB’. Demonstracéo A B 8 Realmente, porque AA’ e BB’ sao antiparalelas em relagéo a PA e PA’, efetivamente podemos escrever PA . PB PB’ (v. 3-10-2—I)) 9.2 — TEOREMA Se P é um ponto exterior a um circulo, PAB uma secante qualquer e Pr o segmento da tangente tragada deste ponto ao circulo, entdo PT? = PA - PB. GEOMETRIA I 203 Demonstragéo Da semelhanga dos triangulos PAT © PTB, ov simplesmente notando que TA e TB ainda s&o ontipara- lelas em relagdo'-a PT e PB, de acordo com a relagéio encontrada em 3.10.4 podemos escrever Se por um ponto P tragarmos uma reta que corte um circulo (O, R) nos pontos A e B, chama-se POTENCIA do ponto P em relagiio ao cir- culo ao produto escalar PA — PB* e escreve-se PotyP = PA - PB 1.2 caso — P & exterior ao circulo. PB=PA-PBO = => | Pot) P = PA- PB 9.3 — DEFINICAO oe 2.° caso — P é interior ao circulo. 4 PA - PB = PA- PB - cos 180° => ==> | Pot P= — PA- PB 6 "© produto escolar PA: PB é sendo @ 0 Gngulo que PA forma com ido como sendo igual a PA: PB : cosa, 204 A. C. MORGADO / E. WAGNER / M, JORGE Pelas propriedades anteriores, verificamos que 0 produto PA - PB 6 sempre constante para qualquer reta que contenha P, sendo funsdo apenas da sua posigéo em relagiio ao circulo. 9.4 — TEOREMA A poténcia de um ponto P em relagdio a um circulo pode ser cal- culada por d? — R®, sendo d a distancia de P ao centro do circulo e Ro raio desse circulo. Demonstragéo 1° caso — P é exterior. PA-PB = (PI—IA)(PI+IA) = PIA? = (Po?—OF) — — (OA?—OF) = = PO?-O, = dR. tl 2.° caso — P é interior. — PA.PB = —(IA—PI)(PI-+IA)* = = (PI-IA)(PI-FIA) = = PRIA? = No = (PO?—OP) — f —(OA?—OF) = = PO? — OA? = 7 =a — Concluimos, portanto, * Segmentos néo orientedos. GEOMETRIA II 205 Observemos que: 1) Se P 6 exterior ao circulo, d > R => Pot P > 0. 2) Se P pertence ao circulo, d = R => Pot P= 0. 3) Se P 6 interior ao circulo, d < R ==> Pot P <0. 4) O centro é © ponto de poténcia minima, ou seja, Pot) O = — R% 5) Fung&o poténcia: (Ry — [— RY, + -) d i> d®?—R Pot (R,0) (0,-R?). 6) Se P é exterior ao circulo, Poti) P = PT? 206 A. C. MORGADO /E, WAGNER / M. JORGE 7) Se P @ interior ao circulo, Pot) P= — PT?. 9.5 — EIXO RADICAL Chamamos de Eixo Radical de dois circulos ao lugar geométrico dos pontos de igual poténcia em relagéio a esses circulos. Para a pesquisa do lugar, consideremos dois circulos de centros Ae Be raios Re r, respectivamente. Consideremos ainda M, médio de AB, um ponto P deste lugar e sua projec&o H sobre AB. Potiay P = Pots) P PA? — RY = PBP— Pr? => a) PA? — PB? = GEOMETRIA I 207 2 A PMA — PAt = AR tat 2 AS m cos & : A PMB —> PBE ~ AM mt 2 Om cos. Subtraindo, PA? — PB? = 2ABmcos& e, por a), R?— 1? = 2.AB- MH. (2) Vemos que, como R? — r? 6 constante, 2 - AB - MH também o seré. Desta Ultima, concluimos que MH é constante, ndo dependendo das po- sigées de P. Logo, o L. G. procurado 6 a reta perpendicular a AB, que contém M, cuja posigéo determinaremos a partir de (2). 208 ‘A. C. MORGADO / E. WAGNER / M. JORGE Observemos que: 1) © valor MH encontrado deve ser marcado a partir de M em diregdo ao centro do menor circulo, pois R > r => PA > PB => HA > HB. 2) De qualquer ponto do eixo radical podemos tragar tangentes de mesmo comprimento aos dois circulos. YY VL Poti) P = PT,? Pots P= PTs? => P= Pp PG ER 3) O eixo radical de dois circulos 6 0 lugar geométrico dos centros dos circulos ortogonais aos circulos dados. GEOMETRIA Il 209 Realmente, pois PT, = PBg e AT,P = BT,P = 90°. A) Se dois circulos s&o interiores ou exteriores, o eixo radical nao tem ponto comum com nenhum deles. 210 A. C. MORGADO /E, WAGNER / M. JORGE 5) Se dois circulos séo secantes, o eixo radical é a reta suporte da corda comum. ER Poti) P — Pot) P = 0 Poti) Q = Pote)Q = 0. => P Qe ER 6) Se dois circulos so tangentes, o eixo radical é a reta tangente comum. PotiayP = Poti) P = O ee = ER 1 AB ) ! ER é a tangente comum i Lee le aos circulos. GEOMETRIA II 211 7) Dois circulos conc€ntricos no possuem eixo radical. De fato, se lembrarmos que MH = 2AB temos M>A BA => MH > 0 9.6 — CENTRO RADICAL Chamamos de Centro Radical de trés circulos ao ponto que possvi igual poténcia em relagéo aos mesmos. Consideremos trés circulos de centros A, B e C,ndo colineares, e os eixos radicais ERs» e ERs,c que concorrem em P. P € ERap ==> Poti) P = Pots) P PC ERy¢ ==> Pots P = Potyc) P 212 A. C. MORGADO /E. WAGNER / M. JORGE Portanto, Pots) P = Poti) P, ou seia, P © ERac. 2 ponto P &, ent&o, o Centro Radical. Observemos ainda que: 1) © centro radical é © Gnico ponto de onde se pode tragar tan- gentes de mesmo comprimento aos trés circulos. 2) © centro radical é 0 centro do Gnico circulo ortogonal aos trés circulos dados. 9.7 — PROBLEMAS RESOLVIDOS 319. Calcule na figura o comprimento da tangente tragada de P ao circulo. Solugéo 1? = PA - PB, onde PA=x e PB = 4x Logo, ax. 4x 320. Calcule x na figura. GEOMETRIA II 213 Solugéo Poti) P = d? — R= (6 + x}? — 68 = 1? = 8% 36 + 12x + x? — 36 = 64 x84 12x —64=0 => x — 16 (ndo serve) x=4 Resposie: x = 4 321. Determine as distancias do eixo radical a cada um dos circulos da figura. Solugéo Chamemos de x e y as distincias procuradas e seja M médio de AB. Temos 2 gt m= BoP Ly 2 AB 2 4 = m= Bow Ly 2-24 214 322. 323. A. C. MORGADO /£, WAGNER / M. JORGE Ent&o, x= AM+MH—R x=12+1-8=5 = AM— MH —Fr < y=12-1-4=7 Respostas: x = 5 y=7 Considerando a figura do problema anterior, determine, dos pontos que possuem igual poténcia em relagdio aos dois circulos, aquele cuja poténcia & minima e calcule esse valor. Solugao Se as poténcias séo iguais, © ponto pertence ao eixo radical dos dois circulos e se © valor da poténcia & minimo, 0 ponto Procurado é 0 ponto H da figura do problema 321, pois a dis- tancia a qualquer dos centros é minima. Calcularemos a potén- cia de H em relagéo a cada um dos circulos. Do problema anterior, temos AH = 13 e BH= 11. Entao, Poti) H = AH? — R? = 13? ~ 8? = 169 — 64 = 105 Pot) H = BH? — r? = 11? — 47 = 121 — 16 = 105. Resposta: Pots) H = Pot) H = 105. Considere 0 circulo que passa pelo ponto A de um quadrado ABCD e pelos pontos médios dos lados AB e AD. Prove que a GEOMETRIA II 215 fangente a esse circulo tragada por ¢ tem comprimento igual ao lado do quadrado. Solugéo Consideremos a figura. Verificamos imediatamente que MN e AJ sGo didmetros e, conseqiientemente, AMJN 6 um quadrado de lado — =. Entdo, 2 AC =aV/2 Me 2 2 cl? = CJ. CA = 216 A. C, MORGADO / E. WAGNER / M. JORGE 324. Calcule x na figura sendo PC = 4 cD =5 PE = 2 EF =x. Solugéo Como P pertence ao eixo radical dos circulos, P possui poténcias iguais em relagéo a ambos. Entéo, PC - PD = PE. PF ==> =>A+9 = 2(2 +x) = x= 16 GEOMETRIA I 217 325. Pelo ponto M médio do arco AB de um circulo traga-se uma corda MD que é concorrente com AB em C. Demonstre que MA é tan- gente ao circulo que passa por A, C e D. Solucéo Considerando os _tringulos MAC e MDA da figura, temos Entéo, A MAC ~ A MDA \ MA _ MC o ge ye cw reeueeers MD MA ==> MA? = MC - MD, © que mostra que MA é tangente em A ao circulo que passa por A, C e D PROBLEMAS PROPOSTOS 326. Caleule x ne figura. A) 8 B) 6 cd 5 p) v3 E) NRA. 218 A. C, MORGADO /E. WAGNER / M. JORGE 327. No figura, caleule x sendo 0 raio do circulo igual a 4 e PO = 6. a Vi6 OS Saees B) 13 \ ~ a 15 \ o) Vi7 = E) NRA. KO / @ 0 circulo da figura. Entdo, PotiojA + Potio)B + Potio)C vale: A a8 c) 33 D) 83 £) NRA. 329. Calevle x para que PotioyA + Potio)8 = 0. 8) 3 Cd w/2 D) impossivel E) NRA. GEOMETRIA I 219 330. Calcule x para que PoojA + Pot(o)B Alo 8) 1 ad V2 D) impossivel £) NRA. 331. Calcule x na figura. Ny B) 1 ca 2 yp > i) 2 3 332. Calcule © raio do A) 4/10 B) 24/10 7 ©) 3/10 5 D) impossivel E) NRA. 220 A. CG. MORGADO / E, WAGNER / M, JORGE 333. Em um circulo, as cordas AB e CD so perpendiculares @ cortam-se em |. Tra- ga-se por | uma perpendicular a AD que corta o circulo em E e G e AD em F. (F entre | e G). Se AF = 4, FD = 9 e FG = 5, entéo EI mede: Alo a & 5 6 B) p 2 5 ‘6 E) NRA. 334. Seja P um ponto exterior a um cicculo de centro O © raio R etal que P = Ry/3. Traso-se por P a secante PAB ao circulo, Se PA = R, AB & igual a: A) R C) RV/2, R RV 8) o) v8 2 3 £) NRA. 335. Seo distancia de um ponte ao centro de um circulo aumente de 10%, a sua poténcia em relagéo a esse circulo oumenta de: A) 10% C) n&o @ possivel calcular B) 20% b) 100% e} ENUNCIADO RELATIVO AS QUESTOES 336 E 337 Dois circulos de centros A e Be raios 12 e 8 sdo tais que AB = 20, 336. A distancia de A ao eixo radical desses circulos é: Ay 19 ©) 21 B) 20 bd) 29 E) NRA. 337, © valor da menor poténcia que um ponto pode possuir em relagéo aos dois cir- culos 6: A) 156 c) 204 8) 189 D) 297 E) NRA. GEOMETRIA It 221 338. A distancia do eixo radical dos dois circulos ao maior deles é a3 —— - ae B) 4 7 \ as D) 6 FB) 10 os 339. Num triangulo ABC, a cevicna AD encontra 0 circulo circunscrito em E. Se Al AC = 4,BC = 6e BD 4, entéo DE mede: A Vir B) V7 222 A. C. MORGADO /E. WAGNER / M. JORGE 340. Considere os circulos da figura de raios 10 e 4 e seu tangente em J ao circulo menor, calcule a & © radical. Se OT é 10 do triangulo ATH. 11.881 al —— 150 8) qd 11,227 b) = 100 11.655 2 —_ 182 ENUNCIADO RELATIVO AS QUESTOES 341 & 342 Seja P um ponto de um circulo de didmetro AB e seja PC perpendicular a AB. O circulo de dimetro PC encontra © primeiro em Ee a reta PE corta AB em M. Sabe-se que AB= 166 MA=2. 341. MC mede: A) 3V/2 Oo 42 B) 3y/3° D) 6\/2 6 342, PC mede: A) 34/2 Cc) 44/2 B) 3/3 D) 4/3 GEOMETRIA II 223 343, 344. 345, 346. 347. 348. 349. 350. Dois circulos de raios 3 © 4 s&o ortogonais. Calcule a distancia de um ponto P & reta que contém os centros sabendo que ele possi poléncia igual a 16 em relagdio aos dois circulos. A) 34 a ta 5 — 3 —_— 5 i ) 4 V34 Dd) 3 V34 E) NRA. As cordas AB e CD de um circulo séo perpendiculares e cortam-se em |. Se Al = 4, IB = 6 © Cl = 3, calcule 0 didmetro deste circulo, AS Cc) 5/3 B) 54/2 D) 5/5 E) NRA. Sendo AD a bissetriz interna do @ngulo A do tridngulo ABC, prove que AD? = AB: AC — BD - DC, E dado um triéngulo isésceles ABC, inscrito em um circulo, e um ponto M do pro- longamento da bose BC do tridngulo, Prove que MA” = AB” — MB - MC. Os segmentos das tangentes trogadas de P a dois circulos distintos néo concéntricos stio congruentes. Determine 0 lugar geométrico de P. © Sngulo entre as tangentes tragadas de P ao circulo A € 0 mesmo Angulo for- mado pelas tangentes tragadas deste ponto ao circulo B. Determine o lugar geo- métrico de P. Prove que, se uma secante a dois circulos ortogonais passa pelo centro de um deles, 0s quatro pontos de intersegdo formam uma diviséo harménica. (IME — 67). Dois circulos exteriores possuem didmetros 2 € 10 @ sev e1xo radi- cal dista 5 de um deles. Pede-se: a) © comprimento da tangente comum externa. b) Sendo P © ponto em que o ER corta a tangente comum externa e O e O” 0s centros dos dois circulos, determinar a érea do tridngulo POO’. CAPITULO 10 POLIGONOS REGULARES 10.1 — DEFINICAO Poligono regular é todo poligono que possui lados congruentes e 4ngulos também congruentes. Verificamos, ainda, que todo poligono regular é inscritivel e circunscritivel. 10.2 — CONSTRUGAO Consideremos um circulo dividido em n partes iguais. A partir de um determinads ponto de divistio tragaremos cor- das consecutivas, congruentes, cor- respondentes a p divisdes. Entao, cada corda determina um arco or n AB P Esta operagGo sera repetida, até que voltemos ao ponto de partida. © poligono obtido terd, entéo, género g, e para seu fechamento neces- sitamos dar k voltas no circulo. Ao némero k chamamos de espécie do poligono. Se k = 1, 0 poligono é convexo e se k > 1, 0 poligono é estrelado. GEOMETRIA II Exemplos: divis6es do circulo: construgdo: género do poligono: espécie: divisdes do circulo: construgao: género do poligono: espécie: divisdes do circulo: construgGo: género do poligono: 225 n=5 p=1 g=5 k=1 =8 = p=3 g=8 k=3 n=10 p=4 g=5 226 A. C. MORGADO /E, WAGNER / M. JORGE Verificamos que: 360° n a) © arco correspondente a um lado mede b) A soma dos g arcos é igual a 360°-k, sendo k 0 némero de Voltas necessérias para o fechamento do poligono (espécie do poligono). Entdo, = nk a expresso —., P <) Quando p = 1 e k = 1, © poligono obtide & convexo de gé- nero n, como no primeiro exemplo. d) Quando ne p sdo primos entre si, temos k = pe g = n, como no segundo exemplo. e) Quando n é miltiplo de p, temos tan’ e g=nk P Entéo, k= 1 e g=-", sendo o poligono convexo de gé- fn Pp nero—~. Seria este 0 caso se dividissemos um circulo em 8 partes e unissemos os pontos de dois em dois, obtendo assim um quadrado. GEOMETRIA II 227 f) Quando ne p admitem fatores comuns, temos ii a , ‘ Fi = sendo n’ e p’ primos entre si. P a n’ f ’ fo Entéo, como g = —.- k, concluimos que k = p’ e g =n’, sendo P © poligono estrelado de género n’ 4) (LJ = R2 + RY = 2R? RV2 oc, = Ros 45° ==> 3. — Hexdgono {n - 6, p = 1) Como o hexdgono regular pode ser dividido em 6 triéngulos equildteros congruentes, temos 230 A. C. MORGADO / E. WAGNER / M. JORGE Observasao n= 6, p = 2 forma um tridngulo equilétero. 4 — Octégono convexo (n = 8, p = 1) Pela férmula da duplicagéo, vamos obter |, valor conhecemos. em fungéio de ly, culo = — Para o apétema, temos ae ye ~R2= v2) _, 4 a ytecztva. = Observaséo n= 8, p = 2 forma um quadrado. 5 — Octégono estrelado (n = 8, p = 3) (ls)? 4 (Ry? — (13)? AR? — R{2 — 4/2) = R(4— 24/2) => GEOMETRIA II 231 Notamos ainda que 6 — Dodecdgono convexo (n = 12, p = 1) Novamente pela férmula da duplicagdo a partir de I, = R, temos Ie = y2(* - yr -7) => E, para 0 apétema, sane ye _R@-Vv3) _, 4 |) v Observacées n= 12, p = 2 forma um hexégono regular n= 12, p = 3 forma um quadrado n= 12, p = 4 forma um triangulo equilétero 232 ‘A. C. MORGADO / E. WAGNER / M. JORGE 7 — Dodecdgono estrelado (n = 12, p = 5) (fa)® = (QR = (ha? = = 4R? — R?2(2 — V/3) = = R2(4—24+ 4/3) => Notamos ainda que | 2 = 3 ; logo, 2 af, = RV24 V3 a = 10,p=1) 4 Na a & : Ne figura, onde O 7 36°, AB = Iho j 6 A e AD é bissetriz de A, temos re 72/9 ‘ ae AD = OD = ly ‘ f DB = R— Ip. \ ‘ef ~~ __Y Pelo teorema das bissetrizes, R?=0 ==> tho? + Rho — GEOMETRIA II 233 9 — Decégono estrelado (n = 10, p = 3) © lado do decdégono estrelado If, compreende um arco de 3 X 36° = 108°. Assim, na figura anterior, AC = [iy Mas o trién- gulo ODC € isésceles e assim DC = Re AD = lo Entao, fo — ho +R : R fo = SIV5 — N+ R => 10 — Pentdgono convexo (n = 10, p = 2) a (Is)? = (2R)? ~ (Ifo)? fs . (13)? = 4R? — =. (/5 + 1)? R2(16 — 2/5) (Is)? = 11 — Pentagono estrelado (n = 10, p = 4) : (18? = (2R)? = (he)? wp = an*— Boys — 19 (ep = R66 + 2/5) aR —— 234 ‘A. C. MORGADO /E. WAGNER / M. JORGE Para 0 cdlculo dos apétemas dos decdgonos e pentdgonos, obser- vemos a figura abaixo. Vemos que rm a, = -1° 2 of = he aad, i ay = w= 10.6 — COMPRIMENTO DO CiRCULO jalmente, que os comprimentos de dois cir- Demonstraremos, culos so proporcionais a seus didmetros. Demonstracéo Sejam dois circulos de comprimentos C © C’ e raios Re R’. Seja x um segmento tal que “¢ ae R Consideremos dois poligonos regulares convexos semelhantes ins- critos nos dois circulos. Podemos escrever ao R GEOMETRIA II 235 Como n. I= 2pen. 2p 2p’ R’ mas, por (1), temos = Rr x e entéo lJ reeks 2p’ x ou x=—<. 2p! 2p Como a relagdo Ss & maior que a unidade, x > 2p’. Analoga- ip mente, circunscrevendo dois poligonos regulares semelhantes de peri- metros 2P e 2P’, temos 2P Cc = 2P’ x x= Cc. 2P’. 2P Como a relagéo + & menor que a unidade, x < 2P’. Vemos que x esté compreendido sempre entre 2p’ e 2P’. 236 A. C. MORGADO /E. WAGNER / M. JORGE Quando o némero de lados cresce indefinidamente, x = C’. Vol- tando, entéo, em (1), temos Naturalmente que é constante a relag&o entre o comprimento de um circulo e sev diémetro. Chamamos essa constante de . Entéo, Para que possamos ter uma idéia do némero 7, construimos uma tabela, izando perimetros de poligonos regulares inscritos e circuns- critos divididos por 2R. Os lados desses poligonos foram obtidos pela férmula da duplicagéo do género, a partir do hexdgono regular. Sejam n= n& de lados do poligono 2p 2P = perimetros dos poligonos circunscritos = perimetros dos poligonos inscritos R = raio do circulo : 20 2 2R 2R 6 3,00000 346411 12 3,10582 3,21540 24 3,13262 3,15967 48 3,13935 3,14609 96 3,14103 3,14272 192 3,14145 3,14188 384 3,14156 3,14167 GEOMETRIA II 237 Notamos que os némeros da primeira coluna crescem e os da se- gunda decrescem, tendendo para o nimero m, que apreseniamos com as vinte primeiras decimais, mt = 3,14159265358979323846... 10.7 — COMPRIMENTO DE UM ARCO Seja Cys © comprimento do arco AB. Como este comprimento é pro- porcional & sua medida, temos & em graus 360° — 2nR a — Cos % em radianos 2nrd — 2nR a — Cys 10.8 — CALCULO DE x Consideremos um circulo de raio R e um poligono regular inscrito de n lados e perimetro 2p. 238 ‘A.C. MORGADO /E. WAGNER / M. JORGE Este perimetro € menor que © comprimento do circulo, mas tende a esse valor quando o nimero de lados cresce indefinidamente. Temos r= < e, fazendo R = 1, 2R ¢c r= 2 Consideraremos, agora, poligonos regulares inscritos no circulo. de raio unitério, tendo cada um © dobro do ntmero de lados do anterior. Utilizaremos, para isso, a férmula da duplicagéo dos géneros. Analogamente, tay = yo eeverv2 screveremos ly como In4 +1, sendo 4 0 némero de radicais. Assim, hn t1=y2-V24+V2+va4 com n radicais. GEOMETRIA II 239 Esse poligono possui género iguala 2°*' e seu perimetro é& 2°) tan + 1. Quando © nimero de lado cresce indefinidamente, esse valor- tende para o comprimento do circulo que, para R = 1, é igual ao dobro do nimero r. Assim, dividindo por 2, temos V2+V2+V2+..- com n radicais. 10.9 — PROBLEMAS RESOLVIDOS 351. Calcule a Grea do hexégono regular inscrito em um circulo de raio igual a 6. Solugéo le 4 A Grea do hexdgono regular 6 igual a 6 vezes a Grea do triéngulo equilétero de lado igual a 4. Ent&o, * 5-6. V3 Resposta: 544/3 v. a. 352. Calcule a drea do poligono regular convexo de perimetro 2p © apdtema a. Solugdo Seja 1 0 comprimento do lado e n, seu género. Como o poligono regular pode ser dividido em n tridngulos de base / e altura a, 240 353. 354, ‘A. C. MORGADO /E. WAGNER / M. JORGE temos S=n ‘38 Mas nl = perimetro do poligono = 2p. oe ee Se Resposta: S = pa Calcule © lado do poligono regular convexo de 24 lados. Solugéo. Poderemos calcular Ing partindo de li, que conhecemos pela férmula da duplicagéo do género. R(2R—R y2+ v3) i] ay? - yet Resposta: R ¥ —ytv3 A razGo entre os comprimentos de dois circulos é k. Calcule a tazGo entre suas Greas. GEOMETRIA It 241 Solugéo oS ea 2nR, Rs Si Rt ie So mR Resposta: k?. 355. © comprimento de um circulo de raio R, é igual ao comprimento de um arco de 30° de um circulo de raio R;. Se a drea do pri- meiro é igual a 2, calcule a drea do segundo. Solugéo Comprimento do circulo de raio R, = 2aR; Comprimento do arco de 30° do circulo de raio Rp = 20 — 2er, = —| anh, 360 12 1 Igualando, 2nR, = ——2nR, => 12 feet Re (12 2 ee ae gag, SR S, 144 oe Se Resposta: 288 356. Calcule a Grea da coroa circular limitada pelos circulos inscrito e ciscunscrito a um quadrado de lado 4. 242 ‘A. C. MORGADO /E. WAGNER / M. JORGE Solugéo Av2_, y Wy=4=RV/2=>R= V2 4 a ara p=2 a(R? — r°) S = r[(2./2)? — 22] = 40 Resposta: 4m. 357. Sejam P;, Pz, Ps, Py e Py os vértices de um pentégono regular convexo inscrito em um circulo de raio unitdrio. Calcule o produto. P= P,Pp- P,Ps - PiP,- PiPs Solugéo Como P,P, = PP; =|, PP, = P,P, o, temos P= (1)? - (BF = 1 — 1 =) = 0-2/5) q orev 5) = —|_ (100-20) = 8° = 5. 16 16 Resposta: 5. Observaséo Este problema pode ser generalizado. Cabe ao leitor interes- sado demonstrar que, se P;, Pz, Ps,..., P, so vértices de um GEOMETRIA I 243 poligono regular de n lados inscrito em um circulo de raio igual a od, P,P, - PP; - P\Py PP, =n 358. O comprimento de um circulo 6 127, Um arco AB deste circulo tem comprimento igual a 57. Calcule em graus a medida do arco AB. Solugéo 127 — 360° a = 150° Sr— a Resposta: 150° PROBLEMAS PROPOSTOS 359. A Grea do triéngulo equilétera circunscrito a um circulo de raio uni A) 3y/3 4/3 B) 2/3 D) 6y°3° E) NRA, 360. Caleule a distancia entre dois lados opostos de um hexagono regular de lado 2/3. A) 2/6 co) 4 B) 3\/3 D) eB) 6 361. Colcule a razdo entre as dreas dos quadrades inscrito e circunscrito ao mesmo cireulo. 1 1 ry} cd — 2 4 1 1 8) D) 3 8 E) NRA. 244 362. 363. 364, 365. 366. 367. A.C. MORGADO / E. WAGNER / M. JORGE Celcule a razéo entre as dreas dos tridngulos equildteros inscrito e circunscrite ao mesmo circulo. at o | 2 4 8) = 0) 3 ! 6 1 9 e) Calcule © comprimento do circulo circunscrito a um triéngulo equilétero sabendo que © circulo nele inscrito tem comprimento igual a 8x. A) 16r ©) 32r B) 24x D) 480 B 64r A Grea do circulo circunscrito a um triéngulo equilétero mede 400m. A érea do tridingulo equilétero mede: A) 3007 ©) 600\/3° B) 300\/3 D) 6007 £) NRA. Quantos poligonos regulares n&o semelhantes existem com 48 lados? As a7 B) 6 Dd) 8 9 Quantos poligonos regulares ndo semelhantes existem com 32 lados? Al 4 a6 B) 5 D) 7 £) NRA. Quando se divide um circulo em 84 partes e se une os pontos de divisio de 7 em 7, obtemos: A) um poligono convexo de 84 lados B) um poligono de 84 lados e espécie 7 C)_ um dodecégono de espécie 7 D) um dedecégono convexo E) NRA. GEOMETRIA It 245 368. Quando se divide um circulo em 90 partes © se une os pontos de divisdo de 24 em 24, obtemos: A) um poligono estrelado de 90 lados B) um poligono convexo de 24 lados C)_ um pentadecégono estreiado D) um enedgono convexo E) NRA. 369. Dividindo-se um circulo em 47 partes iguais, quantos poligonos diferentes podem ser construidos? a) 21 ©) 23 B) 22 Dd) 24 E) NRA. 370. © lado de um tridngulo equildtero circunscrito a um circulo de raio R 6: 2 A) RY/3 a =¥ 3 BY 2R\/3- D) 3R\/3- £) NRA. 371. Calcule o perimetro do hexGgono circunscrito a um circule de raio R. 2 7 a) 3 RV/3 Cc) 3Ry/3 B) 2RV/3 D) 4Ry/3 372. Calcule a Grea do hexdgono cujos 5 so 0s pontos médios dos lados de um hexégono regular inscrito em um circulo de raio 4. A) 124/35 C) 24/3" B) 18\/3 D) 30\/3 E) NRA. 373. Caleule @ disténcia entre dois lados opostos de um octégono regular inscrito em um circule de raio unitério. A) 1/2. co 2472 B24) OD) V24N2 £) NRA. 246 374, 375. 4376. 377, 378. A. C. MORGADO /E, WAGNER / M. JORGE Um circulo de roio 1/2 esté dividido em 8 partes iguais, como mostra a figura. A Grea do retdngulo assinalado é. Aaa 8) /2 a2 Dd) 4 E) NRA. Sejam I; e fp 0s lados do pentdgono regular convexo e do decégono regular estrelado inscritos em um circulo de raio 1. Ent&o, (i)® + (Ig) & igual @: al a 4 8) 2 p) 10 E) NRA. Caleule a altura de um trapézio is6sceles inscrito em um circulo de raio 2 so- bendo que as bases esto situadas em semiplanos opostos determinados por um diametro paralelo e s80 iguais aos lados do tridngulo equildtero e hexégono regular inscritos nesse circulo. A) V3 41 co V3 B) V3 -1 Dd V3 +2 &) NRA. © lado do octégono regular inscrito num cireulo de raio R mede Os catetos de um triéngulo reténgulo séo iguais ao lado do hexégono e do dec&gono regulares convexos inscritos num mesmo circulo. A hipotenusa dese tri- Angulo é: A) flo a 8 8) dl E) NRA. GEOMETRIA It 247 379. 380. 381. 382. 383. (CICE — 68) Seja p o perimetro de um poligono regulor de n lados inscrito em um drevlo de raio r. Assinale qual das sequintes relagdes & verdadeira. A) pt 2n\/2r c) p<7r 8) p+in+1/5r D) p>8r ) 3 pave As cordas AB e CD que néo se cortam no interior de um cirevlo de raio R me- e@ RV/2— 1/3. As retas AC e CD ooo saeeeeee dom, respectivamente, V10 + 2y/ formam @ngulo de: A) 36° ©) 57° ov 87° B) 21° ov 51° D) © problema esté indeterminado E) NRA. Considere dois dodecégonos regulares convexos de lados 2 ¢ 4. Calcule 0 lado do dodecégono regular convexo cuja érea seja a soma das Greas dos dois primeiros. Al 6 ° B) £) NRA. Considere um triéngule equilétero e um quadrado inscritos em um circulo de raio unitério, EntGo, I +l, & aproximadamente igual a: Al 3 B) x CC} @ (base dos logaritmos neperianos) 24 o) 7 5 22 ‘6 ‘As duas tangentes trogadas de um mesmo ponto a um circulo de raio 2 deter- minam dois arcos sobre © circulo, sendo 0 menor de comprimento _. © angulo entre as tangentes & A) 100° c) 135° B) 120° D) 150° £) 160° 248 ‘A. C. MORGADO /E. WAGNER / M. JORGE 384, A disténcia entre os pontos A e B é 3. Tragam-se circulos de raio 3 com centros em A eB, que se cortam em MeN. Calcule © perimetro da figura curvilinea AMBN. Alt C) 4r B) 2x D) 6r E) NRA. 385. Considere 0 quadrado de lado 6 da figura. Calcule © perimetro da figura assinalada. A) 6x 8) 8x C) 125 D) 160 E) NRA. } . + 386. Os trés circulos da figura séo tongentes entre si, dois o dois, nos pontos A, B © C. Se o raio de cada um deles é igual a 1, 0 perimetro da figura curvilinea formada pelos maiores arcos AB, BC © CA mede A) 3x B) 4x c) Sr D) 6 GEOMETRIA Il 249 387. 388. 389. 390. 391. Duas diagonais de um pentégono regular de lado L cortam-se segundo dois segmentos me n. Calcule estes segmentos em funcéo de L. Os pontos A, B, C © D séo vértices consecutives de um decdégono regular de lado LL inscrito em um circulo de centro Oe raio R. A diagonal AD corta 0 raio OB em J. Calcule os segmentos AJ e JD. Calcule « razio entre os perimetros dos dodecégonos inscrito e circunscrito a um mesmo cireulo. Considere um pentégono regular convexo ABCDE de centro ©. A reta AO encon- tra BE em M © DC em N. Demonstre que os pontos A, M, O e N formam uma diviséo harménica. (IME — 67) A figura abaixe mostra o octégone MNPQRSTU e um quadrado construido tendo por base MN. Sabendo que a distancia entre o centro do circulo inscrito no octégono e 0 ponto de inter- segGo das diagonais do quadrado é a, determine a érea do quadrado em fungéo de a, APENDICE — HOMOTETIA 1.1 — Dados em um plano os pontos O e A, e um nimero real k # 0, * chama-se homotetia de centro O e razéo (ou caracteristica) k & transformaggio que a todo ponto A faz corresponder um ponto A’ tal que OA’ = k - OA chamaremos de Hom (0, K). homotetia diréta Oo a=, (quadrilétero inscritivel PMLC) B=7 => AVIS. GEOMETRIA II 259 2.3 — Se o ponto P move-se sobre o circulo circunscrito de um arco de medida @, a reta de Simpson move-se de um dngulo de ide 2 ; reser 7 medida no sentido contrério & rotagdo de P. => LAL = N/R) 2.4 — A reta de Simpson de um ponto P divide ao meio o segmento que une 0 ortocentro do tridngulo co ponto P. 2.5 — Os simétricos de um ponto do circulo circunscrito em relagdo aos lados do triangulo inscrito esto sobre uma reta paralela & de Simpson passando pelo ortocentro do triangulo. 2.6 — O 4ngulo formado pelas retas de Simpson de um ponto P em relagdo a dois triéngulos inscritos € © mesmo para qualquer posigdio de P. 260 ‘A. C. MORGADO /E, WAGNER / M. JORGE — A RETA DE EULER — © CIRCULO DOS NOVE PONTOS 3.1 — A distancia de um circuncentro de um triangulo a um dos lados € a metade da distancia do ortocentro ao vértice oposto. A ==== Como GA’ // HA, Ste OB // HB, >e A'B’ |/ AB, & ‘Br 1 A’B’ = —AB, 2 8 i <0. ‘triéngulos OA’B e HAB 1 sGo semelhantes na razGo 2 sendo 3.2 — Em um tridngulo, 0 ortocentro, o baricentro e o circuncentro estdo alinhados. A Como A’ 6 médio de BC, AA’ é uma me- diana, os triangulos AHG e GOA’ sao semelhantes, e sendo On’ 1 ——~ = — a razao HA 2 de semelhanga, en- téo GA’ = GA, 2 sendo G, portanto, 0 ‘baricentro do tridngulo. GEOMETRIA II 261 A reta que contém 0 ortocentro, o baricentro e o circuncentro de um fri@ngulo é chamada reto de Euler do triéngulo. 3.3 — O baricentro de um triangulo divide o segmento que une o 7 = 1 ortocentro ao circuncentro na razdo z Como os tridngulos AHG e GOA’ sao semelhantes na ra- = OA’ zo AX 1, logo HA 2° GO = — GH. 3.4 — Circulo dos neve pontos Transformemos o circulo circunscrito de um triéngulo pela Hom (s, = +) . Seja F o centro do novo circulo. Ele é tal que 262 A. C. MORGADO / E, WAGNER / M. JORGE Logo, © centro do circulo transformado é 0 ponto médio do seg- mento OH. Ora, segundo a Hom (c, — Fes pontos A, Be C transformam-se em A’, B’ e C’ médios dos lados do tridngulo. A Como F é médio de OH, FA = FH, © que mostra pas- sar este circulo também pelos 8 ue € pés das alturas do triéngulo. Da congruéncia dos triangulos FOA’ e FHP), temos on’ = HP, = HA. 2 Logo, P, é médio do segmento HA e, como FA’ = FP,, vemos também que este circulo passa pelos pontos médios dos segmentos que unem o ortocentro aos vértices e que sao chamados de pontos de Euler do tri- Angulo. . . 1 Como transformamos o circulo circunscrito segundo « Hom (c. -s), 2 , ; _ oR © raio do circulo dos nove pontos tem raio Assim, 0 circulo dos nove pontos: _ R a) tem raio —, 2 b) tem centro no ponto F, médio de OH, GEOMETRIA II 263 c) contém A’, BY, C’ > pontos médios dos lados Hy, Ho, Hy —> pés das alturas P., Px, Ps —> pontos médios dos segmentos que unem o ortocentro aos vértices. 3.5 — Os triéngulos ABC, BCH, CAH e ABH possuem o mesmo circulo dos nove pontos. Observacéo: 0 circulo inscrito e os trés circulos exinscritos so cha- mados de circulos tritangentes. 3.6 — Teorema de Feverbach Cada um dos triéngulos ABC, BCH, CAH e ABH definem quatro circulos tritangentes. Estes 16 circulos séo tangentes ao circulo dos nove pontos. — TRIANGULOS PEDAIS 4.1 — Seja P um ponto do plano de um tridngulo ABC e sejam PA, PB, e PC, as perpendiculares tracadas por P aos lados BC AC e AB do tridngulo. Se P n&o pertence ao circulo circunscrito, o triéngulo A,B,C, é chamado tridngulo pedal de P. A 264 ‘A. C. MORGADO /E, WAGNER / M. JORGE 4.2 — Lados do triangule pedal Como AC,PB, é inscritivel, pela Lei dos Senos, BiCi = pa, mas ~-2— = 2R sen A sen A a+ PA 2R BC, = Assim, se x, y e z sGo as distancias de P aos vértices A, B e C, os lados do tridngulo pedal medem ax bx cx e 2R' 2R 2R — AS SIMEDIANAS 5.1 — A isogonal de uma mediana chama-se simediana. 5.2 — A bissetriz de um A Angulo de um tridn- is gulo é também bis- setriz do Angulo for- mado pela mediana e simediana tragadas do mesmo vértice. B GEOMETRIA II 265 5.3 — Se D e E so os pontos em que a mediana e sime- diana encontram o cireulo circunscrito a um triangulo ABC, entéo DE é paralela a BC. Como F é médio de BC e BE = DC, logo DE // BC. 5.4 — A simediana relativa ao lado a de um triéngulo ABC divide ao meio qualquer antiparalela ao lado BC. A A Dy E, a B s c AA’ > mediana AS —* simediana Sa > = z = —— => DM = ME, DE // BC } DM = ME. DE anti // BC \ : rN A demonstragao é ele- mentar. Seja AA’ uma me- diana, DE // BC, sendo M médio de DE. A simetric em relag&o & bissetriz AZ do Gngulo A leva a me- diana AA’ na simediana AS, D em Dy, E em E, e Mem M,. 266 A. C. MORGADO | E. WAGNER / M. JORGE Concluimos imediatamente que a — a’, sendo, portanto, DyE, e BC antiparalelas em relagéo aos lados do Gngulo A, e que, se M & médio do DE, entdio M; 6 médio de D,E\. 5.5 — Em um tridngulo ABC, 0 pé da simediana e o pé da tangente ao circulo circunscrito, tragadas por A, © lado BC. ividem harmonicamente Ora, como € = AED = = BAT, a ontiparalela DE é paralela 4 tangente AT, e, como M é médio de DE, © feixe A(TBSC) & harmé- nico (V. 3.9.2). 5.6 — O ponto S, pé da simediana tracgada pelo vértice A de um tri- a 2 Gngulo ABC, divide o lado BC na razaoF- 7 SB Como a razéo = é : 1B igual a + calcularemos esta Gltima, Da semethanga dos tri- Gngulos ABT e CAT, temos GEOMETRIA It 267 TB-TC 3 sah =S. => mas TA? = TB-TC —> Tc? b? 5.7 — As distancias de qualquer ponto da simediana aos lados adja- centes sGo proporcionais aos préprios lados. A 8 s A Cc Como os triéngulos ASB e ASC possuem mesma altura em relagdo Bc. é 7 R ~. SB a BC, a razdo entre suas Greas é igual a razdo 3 de suas bases. Assim, S(ASB) SB oc? S(ASC) SC b? by 268 A. C, MORGADO / E. WAGNER / M. JORGE 5.8 — As trés simedianas de um triangulo sGo concorrentes. Seja K © ponto de concurso das simedianas S, e Sy. A x Concluimos que = = %, ab B a c ou seja, K ES. © ponto K, de concurso das simedianas, 6 chamado ponto de Lemoine e 6 0 Unico ponto cujas distancias aos lados séio proporcionais aos pré- prios lados. Além disso, devemos notar que o ponto K forma os trién- gulos KBC, KAC e KAB, de Greas proporcionais a a%, b? e c’, respecti- vamente. 5.9 — Se por um ponto de uma simediana (mediana) tragarmos per- pendiculares aos lados adjacentes, 0 segmento que une os pés dessas perpendiculares é perpendicular 4 mediana (simediana) correspondente. A GEOMETRIA II 269 Como AM,MM, € inscritivel, Mi:AM = MiM2M = A‘AC, 0 que mostra ser MiM, perpendicular a AA’. Da mesma forma demonstramos que NN; é perpendicular a AS. Concluimos, ainda, que: 1) MM; e NiN> sGo antiparalelas em relag&o ao dngulo A. 2) Mi,Mz,N2 e Ny; s& conciclicos. De fato, pois se AM; M, = AN, No, os triGngulos AM, Mz e AN, Ny so semelhantes e AM, - AN; = AM: - ANz, demonstrando as proposi- gdes acima. Devemos notar que estas propriedades valem para duas cevianas isogonais quaisquer e as demonstragdes s&o inteiramente andlogas. 5.10 — Comprimento de uma simediana. A B Sejam me s 0 comprimento da mediana e simediana relafivas ao lado a de um tridngulo ABC. A mediana AA’ corta o circulo circunscrito em D, e seja A’D = x. D 270 A. C. MORGADO / E, WAGNER / M. JORGE Sabemos que be = S- AD aber a) ‘AD a a a? mas m-x= 9.8 —> x= — 2 2 4m 2 24 ge AD=mtx=m+-2 = 4mte 4m 4m 4. dpa? + 4) — 0!) +o? Ap = eee = b+e 1 s=ass==5 4a V 2b? +) — a Vale +e) — Levando em (1), be Analogamente, se -—aee 2 9 wpe V2 + ae Vile +e) — bl entGo ab Sap 20 +b?) — 2 272 A. C. MORGADO | E. WAGNER / M. JORGE — AS FORMULAS DE EULER 6.1 — Relag&o dos cinco raios Considerando a figura da pagina anterior, verificamos inicialmente que as bissetrizes Al, e Al, S80 perpendiculares e que EF é um diémetro perpendicular a BC em seu ponto médio D. No trapézio |, JLI,, temos BJ =p => JC = BL CL=p Como D é médio de JL, DF é base média, sendo pr= Bt fe a) 2 Temos ainda BM = p — b = AU — AC = UC = = ICE Se D e E sao médios de RM e Ila, ent@o podemos escrever (2) GEOMETRIA II 273 6.2 — Distancia do incentro ao circuncentro No triéngulo OIE, temos OP = OF? + IE? — 208 - ET, mas 1E* = EC? = 2R - ED => OF = R? + 2R (ED — ET) = R® — 2R (ET — ED) => 6.3 — Distancia do circuncentro a um exincentro No triéngulo Ol,£, temos OR = OF + 624+ 2-0E-ES, mas ER -CE=2R-—D = Ol = R?+ 2R(ED+ES) => => Ol, = VR? + 2R re e, analogamente, Ol, = VR? + 2R ro e Ol, = VR? + QR re 6.4 — Distancia do incentro a um exincentro Temos ll, = 2 El, = 2 Ce WZ = 4. CE => => IP 4. 2R- ED, mas 274 ‘A. C. MORGADO /E, WAGNER / M. JORGE e, anclogamente, 6.5 — Distancia entre dois exincentros Calculemos Il. Fl, = Fl, sendo CF mediana no triéngulo reténgulo I,Cl.. 2CF = gle : Il? = 4 CF = 4. 2R- FD, tt Fe 2 mas FD = = 2VRin fr) |e, analogamente, = 2VRre +r) | © = 2V/Rlre + re) 6.6 — Exemplos 6.6.1 — Calcular 0 raio do circulo circunscrito a um triangulo sabendo que o circuncentro e os exincentros relativos a a e b formam um triéngulo equildtero de 4 m de lado. Solugéo Pelas férmulas de Euler, temos Ol, = VR + OR re Ob = VRF OR 2 Vite + te) Tole GEOMETRIA I 275 Das duas primeiras vemos que re = ty Na Gitima, temos 4 = 2VSR(2r) ou Ren, = 2. Levando na primeira, temos 16=R?7+2-2 6.6.2 — No problema anterior, calcule os raios dos circulos exinscrito e inscrito. Solugéo Do problema anterior, Rere=2 =< | R=2V73 J 3 Calculamos r, e r pelas relagdes 4R=-rtrateor e 1 1 Pligg ty r Ta te re 6.6.3 — Em um tridngulo de lados 4, 6 e 8, calcule, se possivel, © comprimento da tangente tracada pelo circuncentro ao circulo inscrito. Solugéo Calculemos a drea do tridngulo. S = V9N3)N5) = 3V/15 a0. 276 A. C. MORGADO /'E. WAGNER / M. JORGE Os raios dos circulos inscrito e circunscrito medem Vi1S_ 3 S=pr=> 3V15=9r=> r= abe = 4RS —> 4-6-8 =4-R- 3/15 =>R A distancia d entre o incentro e © circuncentro 6 dada por uma das férmulas de Euler. d? = R? — 2Rr gee J 2 bVI5 VIS 15 15 3 a= 1 _ 32 _. 15 3 : gee 26 1S Podemos, entéo, calcular a poténcia do circuncentro em relagdo ao circulo inscrito Poty O= a? — Poty O = 26 — 5 153 71 Poty O = a 15 Como a poténcia é positiva, o circuncentro é exterior ao circulo inscrito e, neste caso, a poténcia é dada pelo quadrado do segmento da tangente. Logo, o comprimento t pedido & GEOMETRIA Ii 277 — INVERSAO 7.1 — Definigao Consideremos um ponto © de um plano Z. Chamamos de inversdio positiva de centro O e raio K a transformagdo em Z que faz corres- ponder a cada ponto P de Z um ponto P’ da semi-reta OP, tal que OP . OP’ = kt Os pontos do circulo de centro O e raio K sGo duplos. Se duas curvas C e C’ s&o inversas, a sua intersegdo esta necessaria- mente sobre este circulo. Os pontos A e A’, B e B’, C e C’ sao pontos inversos e escreveremos A’ = Inv(A), BY = InviB) eC’ = Inv(C) e vice-versa, 7.2 — Produto de inversées de mesmo centro Consideremos a inverstio de centro O e raio K, que leva P em P, e a inversGo de centro O e raio Ky que leva P, em P,. Entéo, OP - OP, = Ky e OP, - OP, = 278 ‘A. C. MORGADO / E. WAGNER / M. JORGE Dividindo membro a membro, obtemos Vemos, ent&io, que o produto de duas inversées de mesmo centro e raios k,\ K, e Ky é uma homotetia de centro O e razéo (&) 1 7.3 — Isegonalidade 7.3.1 — Teorema Se dois pontos A e A’ pertencem, respectivamente, ds curvas inversas C e C’, as tangentes a essas curvas em A e A’ formam &ngulos iguais com a reta AA’. GEOMETRIA II 279 Consideremos os pares de pontos inversos Ae A’ e Be B’. Porque OA - OA’ = OB - OB’, os pontos A, B, A’ e BY perten- cem a um mesmo circulo, sendo re 1’ antiparalelas em relagéio @ O. Se B tende a A, B’ tende a A’ e, quando B = A, BY = A’. © circulo (J) serd, entéo, tangente ds curvas Ce C’ emAe A’, respectivamente, e as retas re r’ sero tangentes a esse circulo e ds curvasC eC’. Vemos imediatamente que 7.3.2 — Teorema Se duas curvas C, e Cy formam dngulo % em um ponto de intersegéo A, as suas inversas C,’ e C,’, na mesma inversdo, formardo Angulo % em um ponto de intersegGo A’, inverso de A. 280 74— A.C. MORGADO / E. WAGNER / M. JORGE Porque os triéngulos MAA’ e NAA’ so isdésceles, pelo teorema anterior, concluimos imediatamente que a’. Transformagéo do circulo por inversdo 7.4.1 — © pélo € um ponto do circulo Quando 0 pélo O de inver- s&o um ponte do circulo, a figura inversa do circulo & uma reta perpendicular ao diémetro que passa por O. Seja A’ do diametro OA tal que OA . OA’ = kK? Consideremos a reta r, que contém A’ e € perpendi- cular a OA. Seja B um ponto do circulo. GEOMETRIA II 281 Vamos provar que B’, ponto que r intercepta OB, é 0 inverso de B. Sendo os triangulos OA’B’ e OBA semelhantes, temos OM O88. og. op = on. 08" OB OA Ent&o, como B’ = Inv (B), mostramos que r= Invic). 7.4.2 — O polo néo pertence ao circulo Quando © pélo de inverséo nao pertence ao circulo, a sua figura inversa & um outro circulo homotético do primeiro, numa homotetia de mesmo centro. Sejam A’ = Inv(A) e B’ = Inv(B). Consideremos o circulo de diametro A’B’. Temos, entéo, OA - OA’ = OB - OB’ = K 282 A. C. MORGADO /E. WAGNER | M. JORGE © que mostra que (C’) é homotético de (C), numa homotetia de centro ©. Temos ainda, considerando uma secante qualquer, AE = &B! —> a0aD~aop'a’ => OP — OCA _, OA’ oD’ OD - OD’ = OA; OA’ Ento, C’ = Inv (C). 7.5 — Distancia entre dois pontos inversos Sejam A’ = Inv(A) BY = Inv(B). Porque as retas AB e A‘B’ so antiparalelas, os triangulos OAB e OB’A’ sGo semelhantes. Logo, ABU _ OB’ AB OA OB’ => AB = AB ne Ke Mas OB! = -. Entao, OB GEOMETRIA I 283 7.6 — Observagao Se dois circulos séo ortogonais, a inversdo cujo pélo é um ponto de um dos circulos transforma estas figuras num circulo e numa reta que passa pelo centro deste. Este fato decorre imediatamente de 7.4 e 7.3.2. 7.7 — Aplicasdes 1) Demonstrar que, em um quadrilétero inscritivel, 0 produto das diagonais é igual & soma dos produtos dos lados opostos. (Teorema de Ptolomeu). Sugestéo Transforme circulo em reta, numa inversdo de pélo A. Como B/D’ = B/C’ + C’D’, aplique o resultado encontrado em 7.4. 284 A.C, MORGADO / E. WAGNER / M. JORGE 2) Considere um quadrilatero ABCD. Prove que, se os circulos circunscritos aos triéngulos ABC e ADC forem ortogonais, os circulos circunscritos aos triéngulos ABD e CBD também o serdo. Sugestao Transforme os circulos (ABC) e (ADC) em retas, por inversdo de pélo A. Lembre que essas retas séo perpendiculares. 3) Considerando 0 quadrilétero do problema anterior, se a, b, ¢ ed s&o os comprimentos dos lados, e p e q, os das diagonais, prove que p’q? = a%? + bd? 4) Os pontos A, B, C e D formam uma diviséo harménica. Trans- formemos, por inverséio de pélo A, os pontos B, C e D. Se 8’ = Inv(B), C’ = Inv(C) e D’ = Inv(D), prove que B’ é 0 ponto médio de C’D’. 5) Se um circulo é tangente internamente ao circulo circunscrito de um tri€ngulo ABC e é tangente em P e Q a dois lados do triéngulo,- prove que o incentro do trigngulo ABC é © ponto médio de PQ. Sugestao Transforme os dois circulos, utilizando uma inversGo de pdlo A eraio Al. RESPOSTAS DOS TESTES 8—B 15—E 31—D 38—A 9—D 16—C 32—C 39 —C 10—D 17—D 33 —B 40—B WW-C 18 —C 34—A 51 —D 12—A 19—C 35—C 52—8 13—C 20—C 36—E 53—-A 14—B 30—C 37 — A 54—C GEOMETRIA It 55—C 56—C 57—D 58 —E 59 —D 60 —A 61—C 62—C 63 —D 64—D 65 —B 66 —B 67 —A 68 —C 69 —C 7O0—D 7I—A 72—C 73—E 74—A 75—B 76—B 77 —B 78—A 79—A 80 —C 91—D 92—C 93 —D 94—D 95—D 96 —B 97 —B 98 —E 99 —A 100 —C 101 —C 102 —D 103 —D 104 —C 105—A 106 —E 107 —E 108 —A 109 —B 110—C W1—B W2—C W3—C 14—C 115—D 1146—D 117 —B 118 —B W9—C 120—A 121—B 122—C 123 —B8B 124—C 125—A 126—D 127 — E 128—C 129 —D 130 —C 131 —B 132 —E 133 — B 134 —B 135—C 136 —C 137 —D 138 —C 139 —B 140—D 155—C 156 —D 157 —D 158 —C 159 —A 160 —E 161—C 162—A 163 —C 164 —D 165 —B 166 —A 167 —D 168 —B 169 —D 170 —C 171 —A 172 —D 173 —B 174—C 175—A 176—D 77—C 178 —D 179—C 180 —B 181—C 206 —C 207 —A 208 —C 209 —C 210—D 211—cC 212—D 213 —C 285 214—D 215—A 216 —E 217 —E 218 —B 219 —C¢ 220 —C 221—D 222 —C¢ 223 —D 224—A 225—C 226—A 227 —B 228—D 229 —E 230 —B 231 —B 232 —D 233 —C 234—¢ 235—E 236 —C 237 —C 238 —D 239 —A 240 —A 241 —B 242 —C 243 —D 244 —E 245 —B 246 —B 247 —D 248 —C 249 —D 250 — B AFINAL solucées para livros, jornais e revistas (2) 3878-0428 8798-049 Honilton Medeiros. 23/09/2007 E membro da comissao de olimpiadas da Sociedade Brasileira de Matematica e tem varios livros publicados no Brasil ¢ no exterior. Uma de suas atividades permanentes é a de preparagao de alunos para os vestibulares do IME e do ITA. MIGUEL JORGE é engenheiro e licenciado em Matematica. Foi professor do IME e leciona na Fundagao Getuilio Vargas ¢ no Colégio Santo Inacio, no Rio de Janeiro. Participou do julgamento de provas em olimpiadas internacionais de Matematica ¢ da elaboragdo de questdes para o Sistema de Avaliagdo do Ensino Basico (SAEB). Além de autor de diversos livros, uma de suas atividades é a de preparagdo de alunos para os vestibulares do IME e do ITA. Lancado pela primeira vez hé quase trinta anos, este Geometria If, considerado um best seller na matéria, retorna ao mercado com a mesma proposta: apresentar a Geometria de forma clara e objetiva. Aqui sGo abordados diversos assuntos e teoremas inexistentes em outras publicagdes brasileiras, tais como: os teoremas de Menelaus e Ceva, para os tridngulos; de Ptolomeu, Euler e Hiparco, para os qua- driléteros; poténcia de um ponto em relagdo a uma circunferéncia; eixo radical; homotetia; inversdo, além de exercicios com variados graus de dificuldade. Indicado para professores e alunos que se prepa- ram para concursos dificeis, como os do IME, do ITA, das escolas militares, ou ainda, os que se preparam para as olimpfadas de Matematica. Honilton Medeiros ISBN 85-903057-1-6 J00NN

Você também pode gostar