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Docente Mônica Giusti Rigo 2º Nível Direito Processual Penal III Peça profissional prática

Você na condição de advogado é procurado por Helana Rocha,ela relata ser mãe de Giancarlo Mattos.

Ela relata que Giancarlo foi denunciado pela prática do seguinte fato delituoso:

No dia 10 de novembro de 2015, por volta das 05h50min, em via pública, na Praça Getúlio Vargas, nesta
cidade, o denunciado, Giancarlo Mattos, com vontade livre e consciente, tentou subtraiu, para si, coisa
alheia móvel, qual seja, uma motocicleta Honda/CG 150 Titan ES, de cor preta, ano 2008, placas GGG-2020,
de propriedade da vítima Miriam Azevedo, avaliada em R$ 4.500,00 (quatro mil e quinhentos reais).

Na ocasião, o Giancarlo iniciou a subtração do veículo suprarreferido, não concluindo o intento furtivo em
decorrência de circunstâncias alheias a sua vontade, quais sejam, o disparo do alarme da motocicleta e a
chegada da Brigada Militar, que recebeu informação de que o denunciado, nas proximidades da Prefeitura
Municipal, após tirar um objeto do bolso, tentava furtar o bem.

Ele foi preso em flagrante. O bem foi apreendido e restituído.

No caso, a materialidade do delito restou comprovada pelo auto de prisão em flagrante, auto de apreensão,
auto de restituição, auto de avaliação, bem como pelos depoimentos colhidos em audiência.

A vítima, Miriam Azevedo, narrou que chegou do trabalho a noite, deixou sua moto em frente a sua casa e
foi dormir. Por volta das 6 horas da manhã acordou, porque o alarme da moto disparou, então pegou a
chave e desceu, quando chegou na rua a moto estava jogada no chão e uma viatura chegou, porque já tinha
um brigadiano e o guarda da praça, que então relataram que o réu havia furtado. Quando desceu o réu já
estava preso e quem prendeu foi a Brigada Militar. O Brigadiano disse que o réu tentou ligar a moto e não
conseguiu. A moto não chegou a ser levada, porque o réu se assustou, jogou no chão e saiu correndo. A
moto ficou um pouco danificada, quebrou o pisca e arranhou um pouco. Não conversou com o réu no dia
dos fatos, ele estava dentro da viatura.

O policial militar Fláviano Rubens Alves, contou que no dia da ocorrência recebeu ligação do guarda
municipal Jackson que o réu, que já era conhecido por furtar veículos na cidade, estava tentando furtar
motos que estavam na praça, na frente da prefeitura. Foram até o local e visualizaram o réu conduzindo uma
moto, empurrando, com a alarme acionado, mas quando ele viu a viatura largou a moto no chão e tentou
fugir. Conseguiram efetuar a prisão dele no momento. No flagrante o réu disse que “estava bem louco” e
confessou a prática do ato. Não tinha sinais de embriaguez, o réu estava bem lúcido. O denunciado foi
empurrando a moto, porque não conseguiu ligar.

O guarda municipal André Vilciano, disse que no dia dos fatos era madrugada, ouviu um barulho, então
chamou a Brigada Militar. O denunciado tirou uma chave do bolso, tentou ligar uma moto e não conseguiu,
então foi tentar ligar uma segunda, a moto da vítima Miriam, e ele estava distante uma quadra do local
quando reparou isso e chamou a BM. O réu estava com conduta de quem estava tentando levar a moto e o
alarme disparou. A Brigada efetivou a prisão. A moto caiu quando a camionete da Brigada chegou, mas não
sabe se ela ficou danificada. Não sabe se o réu estava carregando a moto. Isso tudo ocorreu na frente da
casa de Miriam. Não conversou com o réu na oportunidade.
Em seu interrogatório, Giancarlo, confessou que furtou a motocicleta, mas disse que não se lembra de ter
tentado fugir, nem dos fatos, porque tinha tomado medicamentos e não havia ingerido bebidas alcoólicas.

Giancalo foi absolvido impropriamente em sentença datada de 12 de março de 2020. O Juízo a quo aplicou
medida de segurança de internação psiquiátrica, com base no artigo 97, § 1º, do Código Penal, pelo período
mínimo de 03 anos. O paciente está preso cautelarmente desde novembro de 2016.

O réu foi submetido a perícia em agosto de 2021,na qual se constatou a cessação da periculosidade de
Giancarlo, porém ele permanece internado em estabelecimento psiquiátrico.

O processo está tramitando na Vara de Execuções Criminais da Comarca de Passo Fundo, RS.

Helana Rocha requer a você que faça pedido para que ocorra a substituição da internação por tratamento
ambulatorial.

Realize a peça profissional cabível.

Utilize o modelo abaixo:

Felipe, NOVAES,. Manual de Prática Penal. Disponível em: Minha Biblioteca, (7th edição). Grupo GEN, 2021.
p. 484.

https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786559640348/epubcfi/6/38[%3Bvnd.vst.idref
%3Dchapter08]!/4/1114[sec8-13]/4

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