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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIENÊNCIAS E TECNOLOGIA


LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL
II nível
Regime Laboral
𝟓𝟎 grupo

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II

Ajumate Juma Cafuro

Amália da Berta Elizete Nhaca

Jeremias Pedro Magul

Narciso Absalão Mabessa

Uzeide Alberto Rabala

Valentim Roques Valentim

MATERIAIS POLIMERICOS ( COMPOSITOS DE MATRIZ POLIMERICA)

Beira, Setembro de 2022


Ajumate Juma Cafuro
Amália da Berta Elizete Nhaca
Jeremias Pedro Magul

Narciso Absalão Mabessa

Uzeide Alberto Rabala

Valentim Roques Valentim

MATERIAIS POLIMERICOS ( COMPOSITOS DE MATRIZ POLIMERICA)

Trabalho orientado pelo Docente da cadeira de


Materiais de construção, do curso de Engenharia
Civil, nivel 2, regime laboral, com fins de caracter
avaliativo, do departamento de Engenharia Civil,
como sendo um dos requisitos para obtenção do
titulo de Engenheiro Civil, lecionado por:

Msc. Eng. Cesário José Cassamo

Beira, Setembro de 2022


Introdução

A especificação de placas pétreas como revestimento e/ou ornamentação, principalmente pelos


projetistas, arquitetos e engenheiros, se popularizou nos últimos anos, fato comprovado pelo
crescente número de projetos com amplas áreas revestidas por uma grande diversidade de tipos
de rochas visando a integração de aspectos práticos e estéticos.

Especificações incorretas, de granitos ornamentais, são frequentes por projetistas e engenheiros,


aspectos que resulta nas profusas patologias pétreas observadas num elevado número de obras
públicas e privadas. Tal fato reflete-se em desabonos para os granitos naturais como matéria-
prima nobre, para os autores dos projetos com especificações erradas e numa crescente
substituição de rochas naturais por "granitos sintéticos" e cerâmicas, cujas características
técnicas são bem definidas e constantes por resultarem processos industriais padronizados e
rigorosamente controlados. Por outro lado existe um crescente número de clientes cada vez mais
exigentes, sob o aspeto estético de rochas ornamentais. A simultaneidade destes dois fatos faz
com que cresça a necessidade do projetista ter noções mais detalhadas sobre a ampla
variabilidade das rochas ornamentais, sua natureza e características para garantir uma correta
escolha em termos de estética, resistência, durabilidade, assentamento, limpeza e manutenção. O
domínio, algo mais profundo, deste conhecimento, que ora não passa da noção de dureza, brilho,
cor e movimento, permitirá ao projetista a especificação correta dos materiais para os diferentes
ambientes criados em seu projeto. Estes incluem, entre outros, ambientes húmidos, ambientes de
grande trânsito, ambientes de ampla variação térmica, ambientes que necessitam de intensa e
frequente limpeza, ambientes submetidos a grandes cargas, etc. e inseridos em ecossistemas com
variáveis graus de agressão física e química. O domínio da especificação correta de granitos
ornamentais permitirá a diminuição das frequentes patologias pétreas observadas em ambientes
onde as rochas naturais foram incorretamente especificadas.
Objectivos

Objectivos gerais

➢ Transmitir o conhecimento sobre rochas ornamentais;


➢ Esclarecer todas as dúvidas sobre sobre rochas ornamentais.

Objectivos específicos

➢ Apresentar as possíveis definições das rochas ornamentais;


➢ Apresentar as possíveis características,objectio do uso das rochas ornamentais.
Metodologia

Este trabalho foi feito de acordo com exigências estabelecidas de acordo com o tema. Este
trabalho foi feito através da investigação, via internet, documentos online e PDF´s.
Resumo

As rochas, ou materiais pétreos, contém informações que são imprescindíveis para o


entendimento acerca da evolução da Terra e, desde tempos muito antigos, tem facilitado a vida
do Homem, que encontrou maneiras de aproveitá-la para o seu benefício. Atualmente, esses
materiais têm muitas aplicações, mas nada que supere aquelas ligadas ao setor da construção
civil, onde são entendidos como matérias primas. Deste conjunto de matérias primas, parte é
formada por rochas identificadas como ornamentais por conta de determinados tipos de
aplicações. Outras, em estado bruto ou beneficiadas, são utilizadas na produção de argamassas,
tijolos, elementos estruturantes etc.

As rochas têm a sua formação relacionada com a atuação de diferentes processos geológicos, que
se desenvolvem desde profundos níveis da crosta ou do manto até a superfície da Terra.

Esta seção fornece uma breve visão geral de alguns dos principais tipos de rocha, adequados para
uso em aplicações de rochas ornamentais.
Rochas

Rocha é um agregado sólido que ocorre naturalmente e é constituído por um ou mais


minerais ou mineraloides. O estudo científico das rochas é chamado de petrologia, um ramo da
geologia, e os termos populares pedra e calhau se referem a pedaços ou fragmentos soltos de
rochas. Para ser considerada uma rocha, esse agregado tem que ter representatividade à escala
cartográfica (ter volume suficiente) e ocorrer repetidamente no espaço e no tempo.

Figura 1: variedades de tipos de rochas

Tipos de rochas

As rochas podem ser classificadas de acordo com sua composição química, sua forma estrutural,
ou sua textura, sendo mais comum classificá-las de acordo com os processos de sua formação.

Quanto a sua formação podem ser:

Ígneas ou Magmáticas são rochas que resultam da solidificação e consolidação do magma.


O magma é um material pastoso que, há bilhões de anos, deu origem às primeiras rochas de
nosso planeta, e ainda existe no interior da Terra. As rochas ígneas podem, de maneira geral, ser
classificadas sob dois critérios: texturais e mineralógicos.

Rochas ígneas são divididos da seguinte forma:

Vulcânicas ou extrusivas - são formadas por meio de erupções vulcânicas, através de um


rápido processo de resfriamento na superfície. Alguns exemplos dessas rochas são o basalto e
a pedra-pomes, cujo resfriamento dá-se na água. O vidro vulcânico é um tipo de rocha vulcânica
de resfriamento rápido.
Plutônicas ou intrusivas - são formadas dentro da crosta por meio de um processo lento de
resfriamento. Alguns exemplos são o granito e o diabásio.

Sedimentares durante milhares de anos, uma rocha vai se partindo em pedaços e vão ficando
cada vez menores e sendo arrastados para outros lugares. Então, esses pequenos fragmentos vão
se acumulando, se apertando e se depositando uns sob os outros, formando novas rochas que, por
serem constituídas por sedimentos acumulados, recebem o nome de Rochas
Sedimentares. Fazem parte de 80% da superfície dos continentes.

E dividem-se em:

Detríticas - são as rochas formadas a partir de detritos de outras rochas. Alguns exemplos são
o arenito, o argilito, o varvito e o folhelho.

Quimiogénicas - resultam da precipitação de substâncias dissolvidas em água. Alguns exemplos


são o sal-gema, as estalactites e as estalagmites.

Biogénicas - são rochas formadas por restos de seres vivos. Alguns exemplos são o calcário
conquífero, formado através dos resíduos de conchas de animais marinhos. Possui o mineral
calcite e o carvão, formado a partir dos resíduos de vegetais.

Rochas Metamórficas

São as rochas formadas através da deformação de outras rochas, magmáticas, sedimentares e até
mesmo outras rochas metamórficas.

Rochas metamorficas podem ser: ardósia, filito, xisto, gnaisse, granulito, quartzito, marmore,
anfibolito e hamfels.

Rochas ornamentais

O termo Rocha Ornamental é amplo e engloba as denominadas Rochas para Revestimento. Esse
termo pode ser entendido como todos os materiais pétreos com função estética e/ou estruturante
em uma obra de construção civil, que foram extraídos na forma de blocos ou placas.
Rochas ornamentais é o nome dado às rochas naturais que foram extraídas e moldadas em
determinadas dimensões ou especificações para uso em edificações e construções, e na produção
de esculturas, monumentos e estátuas.

As rochas, ou materiais pétreos, contém informações que são imprescindíveis para o


entendimento acerca da evolução da Terra e, desde tempos muito antigos, tem facilitado a vida
do Homem, que encontrou maneiras de aproveitá-la para o seu benefício. Atualmente, esses
materiais têm muitas aplicações, mas nada que supere aquelas ligadas ao setor da construção
civil, onde são entendidos como matérias primas (Costa et al. 2000, 2002, 2009). Deste conjunto
de matérias primas, parte é formada por rochas identificadas como ornamentais por conta de
determinados tipos de aplicações. Outras, em estado bruto ou beneficiadas, são utilizadas na
produção de argamassas, tijolos, elementos estruturantes etc.

Figure 2: Exposição de rochas ornamentais – Foto: Rafael Bosi

Processo de formação das rochas ornamentais

As rochas têm a sua formação relacionada com a atuação de diferentes processos geológicos, que
se desenvolvem desde profundos níveis da crosta ou do manto até a superfície da Terra, assim
identificados os seguintes processo de formação

• Magmatismo – responsável pela formação de rochas ígneas plutônicas e vulcânicas, como


granitos e basaltos;
• Sedimentação – responsável pela formação de rochas sedimentares, por exemplo, de
arenitos, calcários, dolomitos e folhelhos;
• Metamorfismo – responsável pela formação de rochas metamórficas, tais como ardósias,
xistos, mármores, quartzitos e gnaisses;
• Alteração/Intemperismo, Retrabalhamentos e Metassomatismo – esse conjunto de processos
são responsáveis por alterações e modificações em materiais pétreos previamente formados,
impondo aos mesmos diversificadas variações cromáticas e composicionais.

Indústria de rochas ornamentais

As rochas ornamentais são um dos materiais mais sustentáveis usados na construção,


revestimento, pavimentação e outras aplicações, sua popularidade agora está novamente
aumentando e, com o equipamento certo.
Hoje, sete países - China, Índia, Turquia, Irã, Itália, Brasil e Espanha – respondem por cerca de
dois terços da produção mundial de rochas ornamentais.
Nos últimos 20 anos, a produção global de rochas ornamentais cresceu rapidamente,
especialmente no caso de projetos de construção em que os arquitetos fazem uso cada vez maior
da ampla variedade de cores, texturas e acabamentos que a pedra natural pode oferecer.

Figure 3: locais de produção

O Método de separação

As rochas ornamentais são separadas por técnicas precisas e cuidadosas, como serragem e
perfuração de precisão. As rochas ornamentais são grandes blocos de pedra obtidas da massa de
rocha natural, e são extraída e moldada em certas dimensões por corte ou separação por outros
meios.

Produtos para rochas ornamentais

O tamanho do bloco individual das rochas ornamentais produzidos depende de uma série de
fatores, incluindo a homogeneidade da própria rocha, a capacidade do operador da pedreira de
manipular a pedra bruta e o uso final para a pedra, uma vez que tenha ganhado seu formato. Um
tamanho de bloco típico pode ser na ordem de 6 m3 (200 pés3), que se relaciona a um bloco que
pesa de 10 – 18 t, dependendo da densidade.

As características físicas da massa da rocha (o seu grau de homogeneidade e se há linhas de


fragilidade definidas, como fratura ou laminação regular), bem como o tamanho do recurso e do
mercado para seus produtos e os recursos financeiros do operador, desempenham um papel na
decisão do design e da capacidade da pedreira.

Em uma operação em larga escala, o primeiro estágio da produção é soltar blocos individuais que
podem conter milhares de metros cúbicos de material, a partir de bancos de pedreira de 10 m ou
mais de altura.

Por outro lado, uma pedreira pequena pode ter uma produção muito limitada, produzir blocos
brutos pesando de 5 a 10 t e ter uma altura de banco menor, adequada para a tecnologia de
produção disponível. No entanto, o conceito geral é o mesmo: produzir blocos brutos que podem
então ser processados em um produto de valor mais alto. Olhado dessa forma, o bloco bruto é um
ativo valioso por si só e tem de ser manuseado cuidadosamente - pequenos blocos fragmentados
e irregulares têm menos valor comercial do que os grandes. Como resultado, blocos de alto valor
são tratados com cuidado.

Por exemplo, alguns operadores usam um "travesseiro" de solo ou areia para apoiar blocos de
pedras brutas recém soltas enquanto estão sendo manuseados na pedreira. Para materiais mais
duros, como granito ou outras rochas intrusivas, os blocos geralmente são separados da face da
pedreira por meio da perfuração de uma linha de furos estreitamente espaçados e precisamente
alinhados e, em seguida, com a inserção de cunhas e calços (às vezes, chamados de "bujões" e
"cunhas"). Introduzir as cunhas nos furos faz com que a rocha rache sequencialmente ao longo
da fileira de furos, permitindo assim que o bloco seja solto. Uma rocha mais macia, como o
mármore, pode ser cortada com serras de arame impregnadas com diamante, enquanto blocos de
calcário macio (mas não cristalino) são frequentemente cortados com o uso de serras mecânicas.
Materiais em grandes volumes, como a ardósia, podem ser soltos pelo uso cuidadoso de
explosivos de baixa energia, como pólvora, colocados em furos pré-perfurados ao longo de um
banco de pedreira.

O objetivo aqui, naturalmente, é soltar a pedra bruta o suficiente sem fragmentá-la, o que a
tornaria inútil para uso em telhados de ardósia ou fabricação de monumentos. Pequenas
quantidades de explosivos também podem ser usadas para soltar blocos de material mais duro do
fundo do banco da pedreira. Os blocos de pedras são movidos da pedreira para a unidade de
processamento através de grandes carregadores dianteiros e caminhões basculantes. Os blocos
brutos podem, então, ser armazenados na pedreira como inventário ou levados imediatamente
para processamento em alguma fábrica; eles são frequentemente integrados com a operação de
extração de pedras, ou ficam localizados nas proximidades para reduzir os custos de transporte.

Os blocos brutos são submetidos a uma série de etapas de processamento, dependendo do


produto final necessário. Isso geralmente envolve o uso do corte húmido com fios impregnados
com diamante ou serras circulares para produzir blocos dimensionados com precisão ou placas
finas – após o qual, se necessário, é realizado o polimento ou brunimento.

A espessura das placas individuais depende novamente do uso final, sendo que o revestimento
arquitetónico ou a pavimentação comercial exigem uma seção mais espessa do que, por exemplo,
o material destinado ao uso como revestimento de interiores ou de paredes. As pedreiras
individuais geralmente são operações bastante pequenas que suprem a demanda local. Além
disso, as empresas de rochas ornamentais às vezes têm várias pedreiras para diferentes tipos de
pedras ou cores, as quais operam intermitentemente, dependendo da demanda por uma pedra em
particular. Os escombros de pedra que não podem ser usados são britados e vendidos como
agregado de construção.
Critério para a seleção de equipamentos

Esta seção fornece uma breve visão geral de alguns dos principais tipos de rocha, adequados para
uso em aplicações de rochas ornamentais. É importante lembrar que, em cada tipo de rocha, pode
haver amplas variações nas características físicas e estéticas, fornecendo aos usuários finais uma
ampla gama de materiais à sua escolha. Por outro lado, os usuários também podem ficar
limitados pela não disponibilidade de tipos específicos de rocha em distâncias de transporte
econômicas, o que significa que na prática o intervalo de seleção para uma aplicação específica
pode ser bastante limitado.

Flexibilidade e precisão da perfuração são fatores-chave na seleção do equipamento adequado


para a produção de matérias-primas para a DSI. A necessidade de flexibilidade resulta da prática
típica de pedreiras da DSI, com blocos individuais sendo selecionados com base em sua
adequação para o uso final pretendido, e a probabilidade de que o bloco permaneça intacto
enquanto é obtido da face da pedreira. Como resultado, o equipamento de perfuração deve ser
muito móvel e manobrável, ao mesmo tempo em que deve fornecer o nível de precisão de
perfuração necessário em termos de linearidade, alinhamento e paralelismo dos furos, para
produzir fileiras de quebra precisas para a produção de blocos de alta qualidade.

Os diâmetros dos furos usados para perfuração na DSI são tipicamente menores que 45 mm,
dado que o objetivo dos furos é fornecer uma linha de fragilidade dentro da massa da rocha para
divisão, em vez de conter explosivos, como observado nas pedreiras convencionais. No entanto,
os furos também precisam ser estreitamente espaçados, para que a propagação de trincas entre
eles seja melhorada assim que o processo de cunha começar. Além disso, o desvio do furo deve
ser minimizado para alcançar uma quebra mais perfeita possível. Isso, por sua vez, impõe
restrições sobre a profundidade do furo que pode ser alcançada com perfuração de passagem
única em diâmetros pequenos, pois o uso de uma perfuratriz de extensão feita de aço tem mais
probabilidade de resultar em aumento do desvio com a profundidade, a menos que haja sistemas
de controlo rígidos instalados.
Propriedades mineralógicas de importância para as rochas ornamentais

Dentre as principais propriedades mineralógicas de maior influência nas características das


rochas ornamentais, destacam-se quatro: dureza, clivagem, fraturas e alterabilidade.

Dureza

Dureza é a resistência ao risco. Para os minerais foi definida uma escala relativa e progressiva de
dureza, denominado de escala de Mohs.

Clivagem

Clivagem são planos de rompimento potenciais ou reais, paralelos, que refletem planos de
fraqueza na estrutura cristalina regular dos minerais.

Os minerais podem ter 1, 2, 3, 4, 5 e 6 planos de clivagem, mais ou menos próximos. As micas


são minerais caracterizados por um sistema de clivagem muito bem desenvolvido e cerrado. Fato
que permite “esfoliá-las”, subdividindo um mineral mais espesso em numerosas folhas finas. As
serpentinas e o talco também apresentam esse tipo de clivagem.

A clivagem tem várias implicações. Quando for bem desenvolvida segundo uma direção
permitirá o desgaste do mineral por atrito (óleo lubrificante com grafita ou molibdenita retrata
este aspeto). No contato entre as peças atritantes a grafita é esfoliada pelo atrito, impedindo o
desgaste das peças. Num lápis de grafite o simples atrito da grafite sobre o papel destaca mini-
placas ao longo da clivagem, que se fixam ao papel, constituindo a escrita). Desta maneira,
espessos minerais de biotita, presentes num granito, podem, por atrito de passantes, desgastar-se
(antes do quartzo e do feldspato), escareando e tornando sua superfície irregular.

Clivagens bem desenvolvidas também facilitam a infiltração, permitindo a fixação de sujeiras na


subsuperfície das rochas, originando manchas e Minerais com clivagens bem desenvolvidas e
grandes coeficientes de dilatação não devem ser expostos a amplas variações térmicas, ou seja,
em áreas com baixas temperaturas noturnas e grande incidência de calor durante o dia. As
sucessivas dilatações e contrações destes minerais enfraquecem progressivamente a trama da
rocha e aumentam as infiltrações de agentes líquidos.
Fraturas

Fraturas são fendas irregulares em minerais não controladas por sua estrutura cristalina. A maior
ou menor facilidade de um mineral ao fraturamento (ou quebra) depende do seu coeficiente de
elasticidade. Suas causas são variadas, tais como a contração do mineral por resfriamento após a
sua formação a altas temperaturas (rochas magmáticas), esforços tectônicos (rochas
metamórficas) e descompressão durante o alçamento de rochas de níveis mais profundos da
Terra para a sua superfície por isostasia, epirogénese ou falhamentos.

Minerais que sofrem quebra são denominados de quebradiços e têm deformações elásticas. A
quebra depende tanto do valor do esforço aplicado quanto da velocidade de sua aplicação. A
elevada pressões e temperatura os materiais quebradiços adquirem características dúcteis e têm
deformações plásticas. As baixas temperaturas, uma barra de ferro quando quebrada rompe-se; a
elevada temperaturas pode ser soldada a golpes.

Minerais duros e fraturados podem ser arrancados (escoriados) da trama rochosa por atrito ou
impacto. O fraturamento também permite a infiltração de agentes líquidos e gasosos, que
provocam a alteração do mineral. O mineral granada, que empresta um vistoso salpicado
vermelho em muitos granitos, gnaisses e migmatitos é caso típico de mineral de alta dureza e
intenso fraturamento. Como tal estas rochas não devem ser utilizadas em áreas de intenso tráfego
ou sujeitos a impactos (quebra de objetos).

Alterabilidade

Minerais silicóticos são mais ou menos inertes aos agentes do intemperismo e a produtos da
indústria química e de limpeza.

O quartzo resiste a todos os agentes com exceção do ácido fluorídrico, que não tem uso em
residências.

Os feldspatos se alteram para minerais de argila a exemplo de caolim.

Normalmente é um processo moroso, mas que pode ser acelerado por agentes agressivos de
limpeza ou em casos de cristais muito fraturados e com clivagens bem desenvolvidas. A
alteração incipiente do feldspato implica na perda de seu brilho original nacarado (brilho
feldspato verniz), diminui a sua dureza, mas não causa manchamento notável na rocha.

Os feldspatoides reagem com ácidos originando uma superfície externa gelatinosa, facilmente
removível por atrito e durante a limpeza da rocha.

A alteração de micas escuras, anfibólios, piroxénios e granadas sempre se associa à liberação de


óxido de ferro, que mancha a rocha, comprometendo sua estética.

Carbonatos, por sua vez, são facilmente solúveis em ácidos.

Sulfetos, muitas vezes frequentes em ardósias quer sob forma de cristais isolados ou agrupados
em nódulos, oxidam originando grandes manchas castanhas. Também a granada, quando
alterada, libera muito óxido de ferro.

Comum é a oxidação de itabiritos (rocha quartzo-ferrífera) com especularia (magnetita), com o


desenvolvimento de filmes e manchas castanho-avermelhadas.

Desta maneira, cuidados expressos devem ser tomados na escolha e manutenção dos
revestimentos naturais, atentando-se aos diferentes tipos de ambientes onde serão aplicados, cada
um com solicitações específicas, além dos agentes de limpeza utilizados na sua limpeza e
manutenção.

A alteração deixa a rocha sempre mais frágil e porosa facilitando a infiltração de agentes fluidos.
Trata-se, portanto, de um processo auto-realimentador de efeito crescente.

Os granitos amarelos merecem cuidados particulares. A coloração amarela primária é muito rara.
Geralmente a cor é secundária, resultante da liberação de soluções com óxidos de ferro por
minerais com ferro (biotitas, anfibólios, piroxénios, granadas, olivinas, óxidos), que sofreram
alteração. Uma cor amarela homogênea indica que estas soluções foram capazes de percolar e
tingir homogeneamente a rocha, fato que só é possível se a mesma for bastante porosa
Influências, locais e tipos de aplicação de rochas ornamentais

Ao longo da história do Homem, materiais pétreos sempre foram utilizados nas edificações de
construções civis, administrativas ou religiosas, bem como de monumentos. No primeiro caso,
verifica-se a existência de algum comprometimento das edificações pelo emprego de materiais
com custos reduzidos por essa proximidade, mas de baixo desempenho, considerando as suas
características tecnológicas. Vale lembrar que essas características nem sempre foram levantadas
e, com frequência, aspectos estéticos foram impostos aos tecnológicos.

Atualmente, esses são os principais locais de aplicação dos materiais pétreos:

• Edificações públicas (aeroportos, estações de metrô etc.);


• Edificações comerciais (shoppings etc.);
• Edificações residenciais (móveis de decoração, revestimentos de cozinhas e banheiros,
revestimento de fachadas, lareiras etc.);
• Decoração Urbana (passeios, praças etc.);
• Arte funerária (urnas funerárias);
• Arte Sacra (esculturas sacras);
• Criação artística (arte estatuária etc.).

Figure 4: cozinha ornamentada

Por outro lado, considerando os tipos de aplicações e ambientes, podem ser relacionados os
seguintes:
• Aplicações sem tratamento: aplicações em estado bruto, envolvendo recortes, manuais ou
com uso de equipamento adequado, mas sem beneficiamento e normalmente encontradas
em:
o Elementos estruturantes;
o Revestimentos.
• Aplicações com tratamento: normalmente aplicações com beneficiamento para
revestimentos internos ou externos
o Polimento – obtido por meio de abrasão progressiva com uso de pastas;
o Apicoamento – obtido por uso de pontões ou máquina especial;
o Levigada – obtido por abrasão grossa;
o Flameado – obtido por meio de aquecimento superficial;
o Lustro – obtido com a utilização de ceras, pastas e resinas especiais;
o Tingimento – obtido pela aplicação de corantes.
• Ambientes:
o Externos ou internos;
o Secos ou úmidos;
o Com exposição ou não a correntes de ventos;
o Com exposição a longos períodos de insolação ou a variações térmicas muito intensas.

Condições para aplicação das rochas ornamentais

Com já destacado, rochas ornamentais correspondem a tipos litológicos extraídos em blocos ou


placas, que podem ser cortados em formas diversas e beneficiados através de esquadrejamento,
polimento e lustro para posterior aplicação.

Dentre o conjunto de fatores que influenciam as aplicações dessas rochas destacam-se:

o Proximidade e disponibilidade de materiais, que em inúmeras situações levaram à utilização


de materiais inadequados;
o Fatores intrínsecos, que são aqueles diretamente relacionados com as características e
propriedades das rochas, como composição mineralógica e texturas;
o Fatores extrínsecos, relacionados com o meio, como por exemplo, condições climáticas;
o Condições históricas e tradições, que envolvem, por exemplo, a utilização de materiais
pétreos na arte funerária;
o Fatores macroeconômicos e diversificação industrial.

Considerando esse conjunto de fatores, destaca-se uma constante atuação integrada de alguns,
com resultados explicados sempre pela atuação, por exemplo, de fatores intrínsecos
(relacionados com as composições e propriedades dos materiais) versus os fatores extrínsecos
(relacionados com o meio). Rochas muito porosas, ou formadas por minerais de fácil dissolução,
sofrerão desgastes consideráveis se aplicadas em ambientes poluídos e atingidos por chuvas
ácidas, por exemplo. A presença de filossilicatos, como as micas, a existência de bandamentos
composicionais e a atuação de processos deformacionais, relacionados com diversos eventos
tectônicos, poderão, em quantidades adequadas, modificar significativamente as texturas das
rochas, propiciando o desenvolvimento prévio de estruturas planares ou de foliações. Essas
modificações, em conjunto ou individualmente, poderão restringir ou mesmo comprometer as
aplicações dessas rochas. Por meio dos planos das foliações poderá ocorrer com maior facilidade
a circulação de fluídos (água), o que significa aumento das condições de absorção. Outro fator,
relacionado à presença desses planos, se refere à redução da capacidade de resistência desses
materiais. Dependendo do uso e da posição dos cortes dos blocos em relação a esses planos, se
paralelos ou perpendiculares, ocorrerá com certeza uma redução da capacidade de resistência à
compressão, por exemplo.

Dessa forma, pode-se afirmar que as composições mineralógicas e as texturas das rochas, assim
como as condições do meio, serão sempre determinantes nas condições de resistência e no grau
de alterabilidade dos materiais aplicados. Uma vez expostas e aplicadas, pode-se igualmente
afirmar que as atuações de processos de alteração e de degradação também interferem nas
características estéticas destes materiais pétreos, provocando principalmente variações
cromáticas nos mesmos.
Os nomes das rochas ornamentais

Nesta questão dos nomes para as rochas ornamentais, se observa junto ao setor que cuida das
suas comercializações, o emprego de denominações que podemos identificar como comerciais ou
de fantasia. Em algum momento após o processo de extração, já nas fases de beneficiamento,
comercialização e aplicação, estas rochas recebem estas denominações, que não mostram
nenhuma relação com a sua história de formação, ou com a sua Geologia.

Iniciativas têm sido colocadas em prática, buscando fazer com que estas denominações se façam
acompanhar de informações identificadas como petrográficas (critério petrográfico), e que
envolvem dados sobre conteúdos mineralógicos e feições texturais (Costa 2013) destes materiais
disponibilizados para comercialização e aplicação. Com a adoção deste critério para a definição
dos nomes das rochas, que do ponto de vista petrográfico podem ser granitos, sienitos, gabros,
mármores, gnaisses, xistos, arenitos, calcários ou outras, nomes de fantasia seriam acrescentados
aos nomes petrográficos corretos. Essa ausência de informações ou de conexões geológicas para
os nomes destas rochas também leva a outra questão importante e que tem a ver com o
desconhecimento acerca das suas propriedades tecnológicas, o que poderá comprometer suas
aplicações nos projetos arquitetónicos.

Os nomes comercias

Cercadas por modismos, estas denominações buscam chamar a atenção dos consumidores e por
si só pouco dizem sobre as reais características das rochas envolvidas.

Como exemplos podemos encontrar nomes como Granito Blue Pearl para
um sienito, Granito Verde Butterfly para um charnockito e Granito Matriz para um xisto. No dia-
a-dia do mercado que cuida da difusão e comercialização desses bens, os nomes petrográficos, já
indicados anteriormente, ainda não são bem conhecidos e, segundo a classificação comercial,
foram subdivididos em praticamente dois grandes grupos, a saber: o dos granitos e o dos
mármores comercias. Vale destacar que, com base nessa classificação comercial, um xisto, que é
uma rocha metamórfica foliada (ex. Granito Matriz), e um granito sensu strictu (ex.
Granito RubyRed) são indistintamente identificados como granitos, ainda que apresentem
petrografias e propriedades completamente distintas (Figura 3). Outro exemplo vem
do serpentinito, que embora seja rico em serpentina e, portanto, mostrando composição
mineralógica muito distinta, é comercialmente identificado como sendo um mármore que, por
sua vez, é rico em carbonatos. Os denominados Mármore Verde Alpi, Mármore Verde
Guatemala ou ainda o Verde Rajasthan são bons exemplos. Nesta mesma direção, podem ser
ainda mencionados os chamados granitos pretos ou negros absolutos, como o Granito Preto São
Gabriel, que de fato são gabros de grão fino.

Identificação comercial para rochas ornamentais com propriedades muito distintas. À esquerda,
tem-se uma chapa para um granito matriz, que é uma rocha metamórfica (xisto) e, à direita, uma
de um Granito Ruby Red, que é rocha ìgnea (granito) (Fonte: Costa 2013).

Ainda segundo a classificação comercial, o grupo dos granitos pode ser subdividido em função
da presença ou ausência de arranjos texturais, representados por estruturas planares (foliações)
ou por estruturas tais como bandeamentos. Nesses casos, há o destaque para aqueles que se
apresentam com essas orientações e que, por conta disso, são chamados de granitos
movimentados (anisotrópicos) em contraposição aos não movimentados (isotrópicos). Para os
granitos anisotrópicos, é a distribuição preferencial dos constituintes minerais que confere o
caráter movimentado às rochas que, pelo critério petrográfico, correspondem a gnaisses,
enquanto os granitos isotrópicos correspondem a granitos verdadeiros, ou a outras rochas com
distribuição homogênea dos seus constituintes mineralógicos. Dentre os tipos de granitos
comerciais movimentados, podem ser citados: o granito Giallo Califórnia, um ortognaisse, ou
o Granito Verde Eucalipto, um paragnaisse, e ainda o granito verde São Francisco, que
corresponde a um gnaisse magmático. Alguns granitos isotrópicos, ou mesmo algumas rochas
vulcânicas, após deformação intensa, como consequência da atuação de processos como o da
milonitização, adquirem essa feição movimentada, como nos casos dos granitos isotrópicos
identificados como o granito madeira e granito olho de Pomba, e da rocha vulcânica ácida,
identificada como granito azul Conduru.

Na comercialização de rochas ornamentais, e novamente sob a influência de modismos, materiais


movimentados apresentam padrões ou arranjos que se destacam pela beleza ou estética. Com
predomínio para colorações esverdeadas, essas rochas, que são de fato gnaisses, sempre
ocuparam lugar de destaque no conjunto de rochas ornamentais do Brasil. (Imagens retiradas do
Portfolio Rochas Ornamentais e de Revestimento de Minas Gerais – produzido no âmbito do
PEET – Programa Estadual de Extensão Tecnológica / Grupo de Trabalho Rochas Ornamentais).

No entanto, essa chamada movimentação da rocha deverá exercer grande influência nos
parâmetros de caracterização tecnológica para essas rochas, seja nos granitos movimentados ou
em outras rochas ornamentais com presença de estruturas planares, bem como outras
descontinuidades. A existência destas descontinuidades, por exemplo, poderá implicar na
redução da resistência à flexão e à compressão, determinando significativos aumentos nas taxas
de porosidade e de absorção. Esses efeitos podem ser minimizados com estudos de cortes para
esses materiais com direções apropriadas, paralelas ou perpendiculares às estruturas presentes.

De todo modo, e para se evitar aplicações inadequadas, se entende ser importante aliar às
denominações comerciais das rochas, todas as suas informações petrográficas e tecnológicas.

Os nomes das rochas ornamentais com base em critérios petrográficos

As rochas ígneas, metamórficas e sedimentares são constituídas por minerais ou associações de


minerais com arranjos muito particulares (texturas) e, em função disso, receberão nomes
petrográficos que foram propostos após acordos envolvendo inúmeras sociedades e instituições
internacionais da área das Geociências, como é o caso da . Como resultado foi proposto, por
exemplo, o diagrama conhecido como QAPF, ou diagrama de Streckeisen (Figura 6),
internacionalmente aceito para a classificação de rochas ígneas, plutônicas e boa parte das
vulcânicas.

Diagrama de Streckeisen empregado para a classificação de rochas ígneas, nesse caso apenas
para as plutônicas, como granitos, sienitos e gabros (Fonte: adaptado de Ciccolella 2016).

A quase ausência de informações petrográficas junto aos setores que trabalham com as rochas
ornamentais e o crescente entendimento da necessidade de uma uniformização para
denominações de rochas com aplicação ornamental acabou por provocar o desenvolvimento de
uma ação coordenada pela ABNT, com participação de diversas instituições e pesquisadores
envolvidos com o tema. Desta iniciativa resultaram atualizações e complementações para a
norma identificada como: ABNT NBR 15012:2013 – Rochas para revestimentos de edificações –
Terminologia (ABNT 2013). Com seu conteúdo atual, essa norma contempla definições e
terminologia não só para as rochas, mas também para todas as etapas do processo produtivo, da
extração até o beneficiamento. A seguir são apresentados termos petrográficos mais comuns que
constam da mesma e que são relacionados com materiais pétreos comumente utilizados na
indústria da construção civil.

As rochas ornamentais são muito diversificadas, sendo usadas para muitos fins visando a
estetitica das quais destacamos:

Granito
Esse termo deve ser utilizado para identificar rochas plutônicas intrusivas de origem magmática
e composição ácida, pegmatíticas ou não, e constituídas essencialmente por quartzo, feldspatos
alcalinos e, em menor conteúdo, por feldspatos cálcicos e por micas, granada, sillimanita,
cordierita ou ainda, mas raramente, por ortopiroxênio. Nos casos dos granitos, as denominações
petrográficas e comerciais coincidem. Atualmente, dos materiais disponíveis no mercado,
enquadram-se nesse tipo rochas tais como: Granito Ruby Red e Granito Verde Ubatuba.

Figure 5: As cores das rochas ornamentais. (Fonte: Costa 2013).

Considerando as colorações mais frequentes, os granitos podem ser identificados como:

Granito cinza – essa é a coloração da maioria dos granitos e se deve pela presença frequente e
predominante de minerais primários como feldspatos esbranquiçados e quartzo acinzentado.
Exemplos: Granito Cinza Mauá e Granito Cinza Andorinha.

Granito amarelo ou alaranjado – resultando os primeiros de alterações de feldspatos e os


últimos de minerais máficos e óxidos contendo ferro, que se transformam em limonita, um óxido
de ferro hidratado que provoca manchamentos de cor laranja ou ocre. Essas rochas apresentam
colorações que fazem com que estes tipos sejam mais raros.

Granito branco – essa coloração resulta da ausência ou de conteúdos muito baixos em minerais
máficos, com predomínio de feldspatos e quartzo com tonalidades esbranquiçadas.
Exemplos: Granito Nepal e Granito Branco Itaúnas.

Granito vermelho ou róseo – no primeiro, a coloração dá-se por conta da presença na rocha de
feldspato alcalino naturalmente com essa coloração. Exemplos: Granito Rosa
Raissa, Granito Vermelho Bragança e Granito Ruby Red. É de se destacar que alguns granitos
podem apresentar coloração rósea, que deve ser entendida como resultado de processos de
alteração de seus minerais contendo ferro.

Granito verde – no caso destes granitos, a coloração é conferida pela presença de minerais
secundários de coloração verde, como clorita, ocupando espaços em microfissuras e clivagens de
feldspatos, que primariamente são esbranquiçados. Esses granitos são identificados
pela petrografia como charnockitos. Comercialmente, podem ser destacados os
exemplos: Granito Verde Pavão e Granito Verde Ubatuba.

No caso dos granitos propriamente ditos (sensu strictu), é possível ainda diferenciá-los, com base
na petrografia, entre granitos com composições próximas ou afastadas do chamado ponto
mínimo de fusão (minimum melting), como nos casos do Granito Branco Cotton e
do Granito Rosa Iris.

Figure 6: amostra de granito e sua


aplicação
Gnaisse
Esse termo se aplica à identificação de rocha metamórfica de granulação média a grossa, que
apresenta estrutura de bandamento, normalmente identificado pela alternância de bandas claras e
escuras, regulares ou não, e estruturas planares normalmente definidas pela disposição de
minerais micáceos (biotita ou muscovita) ou prismáticos (anfibólios, granadas etc.). Em outro
ponto da norma, também se encontra uma definição para o termo migmatito, que corresponde a
uma rocha também com estruturação gnáissica, mas apresentando caráter híbrido, pois em parte
é metamórfica e em parte ígnea. Exemplos de gnaisses ornamentais, comercialmente
identificados como granitos são: Granito Lilás Gerais, Granito Giallo California e Granito Verde
São Francisco.

Figure 7: amostra de gnaisse

Sienito
O termo se aplica para os casos de rochas magmáticas essencialmente constituídas por feldspatos
alcalinos, às vezes por feldspatoides, raramente contendo quartzo. Podem conter ainda minerais
máficos, como biotita, anfibólios e piroxênios. Embora sieníticas, essas rochas são denominadas
comercialmente como sendo granitos, como nos exemplos: Granito Marrom Itarantim
e Granito Café Imperial. No conjunto, as rochas que fazem parte desse grupo podem ainda ser
diferenciadas por conta das inúmeras variações cromáticas que podem apresentar, com destaque
para as seguintes tonalidades:

Sienitos marrons – essa coloração se deve à presença de diminutas inclusões de lamelas de


ilmenita e agulhas de rutilo em feldspatos e minerais máficos (Figura 8), como nos casos dos
sienitos identificados como: Granito Café Imperial e Granito Marrom Caldas.

Sienitos azuis – nesses casos a coloração é conferida pela presença de um fedspatoide


identificado como sodalita, como no caso do sienito comercialmente identificado
como: Granito Azul Bahia, ou pela coloração que resulta de uma propriedade do próprio
feldspato, como no caso do Granito Azul da Noruega.

Sienitos brancos – essa coloração se deve pela presença predominante de feldspatos, ausência de
inclusões que podem provocar variações cromáticas e pela presença subordinada de minerais
máficos (anfibólio), como no caso do sienito identificado como Granito Ás de Paus (Figura 9).).

Gabro
Corresponde a uma rocha magmática de composição básica, normalmente contendo feldspatos
cálcicos, com teor de anortita > 50%, minerais máficos como piroxênios e, mais raramente,
olivinas. Pela petrografia, se houver predomínio dos ortopiroxênios sobre os clinopiroxênios,
deve ser identificado como um norito. No caso dos gabros, a principal característica para os
ornamentais está na coloração, que deve ser preta e homogênea, o que é alcançado apenas
quando a rocha apresenta granulação mais fina, não destacando a coloração mais esbranquiçada
dos feldspatos sobre os minerais máficos presentes. Com essas características, destaca-se um
desses gabros, que é comercialmente identificado como Granito Preto São Gabriel.

Figure 8: amostra de gabro e sua


aplicação

Quartzito
O termo deve ser empregado para rochas metamórficas resultantes da transformação de arenitos
e com granulação variando entre a fina e a média. Considerando a petrografia, sabe-se que os
quartzitos com alto grau de recristalização e granulação predominantemente fina, quando
constituídos essencialmente por quartzo, mostram textura granoblástica e podem apresentar
propriedades tecnológicas (resistências) que são típicas dos granitos verdadeiros (sensu strictu).
Nesses casos, a extração será a partir de blocos, sendo possível a obtenção de chapas regulares,
em teares apropriados, com posterior processo de beneficiamento envolvendo o polimento, por
exemplo. Ao contrário desses primeiros, os quartzitos com alto conteúdo em minerais micáceos,
como os mineiros Quartzito São Tomé e Quartzito Lages, podem apresentar foliação até muito
bem desenvolvida em função da disposição preferencial destes filossilicatos, não permitindo a
extração de blocos e o corte regular de chapas. Quartzitos puros mostram coloração
esbranquiçada, como o mineiro São Tomé Bianco, mas em função da presença de determinados
minerais, como a dumortierita ou a cianita, ou ainda de minerais opacos alterados, observa-se
uma variação na coloração destas rochas entre tons de azul e cinza azulado, como os
baianos Quartzito Azul Imperial e Quartzito Azul, e entre o rosa e o amarelado para os
mineiros: Quartzito Rosinha do Serro e Amarilio São Tomé, respectivamente. No mercado,
encontram-se ainda rochas ricas em quartzo, mas pouco recristalizados que, a partir da análise
petrográfica, são melhor caracterizados como sendo meta-arenitos, como no caso
do Quartzito Rosa Aurora, e ainda aquelas com altos conteúdos em feldspatos, que
correspondem a meta-arcósios, como é o caso do Quartzito Pink.

Figure 9:amostra de quartzito e sua aplicação

Mármore e calcário
Enquanto o mármore é definido como sendo uma rocha metamórfica, constituída essencialmente
por cristais de calcita e/ou dolomita recristalizados e com textura granoblástica,
o calcário corresponde a uma rocha sedimentar carbonática de granulação normalmente fina e
constituída predominantemente por cristais de calcita (carbonato de cálcio), mas podendo conter
dolomita (carbonato de cálcio e magnésio). Normalmente brancos, tanto um quanto o outro
podem mostrar variações cromáticas em função da presença de outros minerais e de fósseis. No
caso dos mármores, a variação de granulação entre fina e grossa pode ser explicada em função da
variação do grau metamórfico, que deve ser mais alto naqueles de grão mais grosso. Em função
da presença de minerais como o diopsídio, anfibólios e micas, os mármores podem mostrar
grande variedade de cores, com tonalidades variando entre o verde, o amarelo, o rosa, o salmão,
o marrom, e outros. Com qualificação ornamental, destacam-se os tipos de mármores de grão
fino, com larga aplicação no setor estatuário, como os italianos Bianco Carrara Venato, o Bianco
Statuario Venatino e o Bianco Statuario. Para os calcários e mármores destinados a outras
aplicações, podem ser destacados os calcários Bege Bahia (Bahia) e o Crema Marfil (Espanha) e
os mármores mineiros: Aurora Pérola, Bordeaux e Jacarandá (Distrito de Cachoeira do Campo),
e Preto Florido e Verde Jaspe (Município de Campos Altos).

Figure 10: amostra de calcário e mármore

Ardósia
Uma ardósia pode ser descrita como sendo uma rocha de granulação muito fina, constituída
essencialmente por minerais filossilicatos (sericita), que apresenta foliação muito penetrativa
(clivagem ardosiana) e que resulta da transformação metamórfica de baixo grau de
uma rocha sedimentar. Por conta dessas características, apresenta delaminação em placas com
espessuras reprodutíveis e superfícies muito planas. Considerando a normatização internacional,
podem ser encontrados dois termos relacionados com as ardósias. Um deles está relacionado com
o tipo metamórfico e com clivagem ardosiana, enquanto o outro está relacionado com o tipo
sedimentar. Ambas mostram intensa variação cromática e apresentam propriedades muito
semelhantes.

Esteatito e Serpentinito
Segundo a norma, o primeiro termo se aplica a uma rocha metamórfica magnesiana, de
granulação fina, maciça e constituída essencialmente por talco, enquanto o segundo tem a ver
com o resultado da alteração de rochas ultrabásicas e ultramáficas, tais como dunitos e
peridotitos. Nesses casos, ocorrem transformações mineralógicas com substituição de olivinas
primárias por serpentinas, podendo ainda ocorrer a formação de anfibólios, cloritas e carbonato a
partir de piroxênios. O produto dessas transformações é o denominado serpentinito.
Normalmente em sequência, e em determinadas áreas, quando o serpentinito é colocado em
contato com a sílica (SiO2), e havendo aumento da temperatura, ocorre uma reação que forma
talco e assim resulta o esteatito (Pedra Sabão). Quando a rocha é constituída quase que
exclusivamente pelo mineral talco, recebe a denominação de Pedra Talco e, normalmente,
destina-se ao setor estatuário (Figura 10). Com qualidade ornamental podem ser mencionados
exemplos de serpentinitos estrangeiros, como os comercialmente denominados Verde Vittoria e
Verde Guatemala, e um de Minas Gerais, que já não é mais produzido, que é o Verde Boiadeiro.

Figure 11: Pedra Talco. (Fotografia: A.G. Costa).

Xistos
Seguindo as indicações petrográficas e o exposto na norma, tem-se que os xistos representam
rochas metamórficas com granulação variando de fina até média, mostrando foliação
(xistosidade) definida pela disposição preferencial de minerais micáceos, normalmente
abundantes, mas também de prismáticos. Podem conter, além de quartzo, minerais como:
granada, andaluzita, estaurolita, cordierita, clorita, anfibólios, sillimanita, epidotos e feldspatos.
A presença ou a ausência desses últimos minerais pode ser consequência do grau metamórfico e
da composição da rocha. Exemplos de xistos comercializados são: Granito Matrix
e Granito Blackmoon.
Ainda que privilegiando os termos petrográficos, a norma manteve um conjunto de
denominações comerciais para rochas ornamentais, que já se encontram consagradas no
mercado, como é o caso da Pedra Sabão para esteatitos e de denominações
como: pedra Mineira, pedra São Tomé e pedra Luminária para quartzitos, todas oriundas de
Minas Gerais. Ainda para Minas, tem-se a pedra Lagoa Santa, que corresponde a
uma rocha metamórfica com alguma xistosidade. A pedra Madeira e a pedra Miracema (ou
Paduana) correspondem a milonitos graníticos extraídos na divisa de Minas Gerais com o estado
do Rio de Janeiro, no município de Santo Antônio de Pádua. Outros nomes consagrados
são: pedra Pirenópolis (quartzito/Goiás), pedra Morisca (arenito/Piauí) e pedra Cariri
(calcário/Ceará).

Caracterização tecnológica das rochas ornamentais.

As rochas ornamentais utilizadas para revestimento são submetidas a diversos tipos de


solicitações desde a sua extração, passando pelo beneficiamento, até a sua aplicação e,
principalmente, o seu uso. Estas solicitações são causadas, sobretudo pela ação das intempéries,
pela poluição ambiental, pelo ataque de produtos de limpeza e outros líquidos agressivos, pelo
desgaste abrasivo, pelo impacto com outros corpos, etc. Assim, o conhecimento dos índices
físico-mecânicos destas rochas diante das diversas solicitações é de fundamental importância
para o seu dimensionamento e a correta especificação em seus mais variados campos de
aplicação.
Amostragem

Para a realização dos ensaios tecnológicos básicos, a amostra que deverá ser encaminhada aos
laboratórios corresponderá a dois cubos, com medidas aproximadas entre 30cm e 40cm de
arestas, livre de fraturas ou quebras e devidamente identificados.

Ensaios

• Análise petrográfica

Corresponde aos estudos macroscópicos e microscópicos da rocha e consiste na descrição dos


minerais e suas inter-relações, na observação da existência e intensidade de microfi ssuras, no
grau de alteração das rochas e minerais, além de possibilitar a classificação formal da rocha.

• Índices físicos
o Densidade aparente
o Porosidade aparente
o Absorção de água

A densidade aparente permite calcular o peso da rocha, importante parâmetro para o cálculo de
cargas em edificações. A porosidade aparente é a relação entre o volume de vazios e o volume
total. A absorção d’água é a capacidade de assimilação ou incorporação de água pela rocha.
• Resistência à compressão uniaxial

Esse ensaio busca encontrar a maior carga por unidade de área que a rocha pode suportar sem
romper, ou seja, possibilita a determinação da tensão de ruptura da rocha quando submetida a
esforços compressivos (foto 10). Sua finalidade é avaliar a resistência da rocha quando utilizada
como elemento estrutural e obter um parâmetro indicativo de sua integridade física para
utilização como revestimento de edificações.

• Resistência ao congelamento

e degelo Os sistemas de tensões gerados pela expansão do gelo, seguidos da distensão pelo
degelo, promovem lentamente a redução da resistência das rochas ou até a sua completa
desagregação. Naquelas rochas que apresentam como característica uma alta absorção d’água e,
como consequência, grande quantidade de poros, o enfraquecimento será ainda mais
preocupante.

• Resistência à flexão (módulo de ruptura)

Esse ensaio consiste em avaliar a aptidão da rocha para uso em revestimento ou elemento
estrutural e também fornece um parâmetro indicativo de sua resistência à tração. O ensaio de
módulo de ruptura ou flexão por carregamento em três pontos (foto 12) visa a determinar a
tensão que provoca a ruptura da rocha quando submetida a esforços fletores.

• Flexão por carregamento em quatro pontos

Este ensaio orienta o cálculo da espessura em função da área das placas de rochas que sofrem
esforços fletores, durante o transporte e após sua colocação em fachadas com a utilização de
sistemas de ancoragens metálica para sua fixação.

• Coeficiente de dilatação térmica linear

Considerando que as rochas se dilatam e se comprimem, quando submetidas a alterações


contínuas e bruscas de temperatura, é bastante importante caracterizar a reação do material
rochoso a este parâmetro. Estabelecer esse coefi ciente é muito importante, pois ele defi nirá os
espaçamentos que deverão ser utilizados durante os procedimentos de assentamento.
• Resistência ao impacto de corpo duro

Esse ensaio consiste em aferir a resistência da rocha ao impacto, sendo determinada através da
medição da altura de queda de um corpo sólido que provoca ruptura do corpo de prova.

• Resistência à abrasão (desgaste Amsler)

Esse ensaio visa a verificar a redução da altura em mm que a rocha apresentaria após um
percurso abrasivo. A medida de desgaste é particularmente importante para materiais que se
destinam a revestimentos de pisos, uma vez que procura simular em laboratório a solicitação por
abrasão, devido ao tráfego de pessoas ou veículos.

Como funciona o processo de produção de rochas ornamentais*

As rochas ornamentais são aquelas usadas com propósito decorativo. Possuem origem mineral e
as principais são: granito, mármore, quartzito, arenito, esteatito (pedra sabão), entre outras. A
maioria dos minérios são rochas magmáticas e metamórficas (como granito e mármore) e são
encontrados em locais chamados de escudos cristalinos. Ao encontrar essas jazidas, começa o
processo de extração, que é chamado de “lavra”.*

Tipos de extração

Existem diversas formas de se fazer o processo de extração de mineral de rochas ornamentais,


mas os principais são os métodos de lavra.

Tipos de extração

Existem diversas formas de se fazer o processo de extração de mineral de rochas ornamentais,


mas os principais são os métodos de lavra.

Antes de começar os processos, é preciso fazer estudos do local, que servem para localizar o
mineral, identificar o potencial de aproveitamento e planejar a melhor maneira de se fazer os
procedimentos de exploração. Existem dois tipos de lavra para obtenção do material para
produção e venda de rochas ornamentais:
Lavra a céu aberto

Nesse tipo de extração, que é o mais utilizado, os minérios estão mais próximos a superfície. As
minas que lavram materiais para uso em construção civil, como é o caso das rochas ornamentais,
são chamadas de pedreiras. As pedreiras a céu aberto podem ser em cava, encostas ou de
nivelamento.

Dentre os métodos estão a lavra do tipo fossa, lavra do tipo poço, lavra por bancadas baixas,
lavra por bancadas altas e a lavra por desabamento.

Lavras subterrâneas

Esse método extrai minérios de rochas ornamentais que estão mais profundos. No processo, são
abertos espaços subterrâneos que são explorados por meio de sondas e serviços topográficos. O
impacto ambiental na superfície é pequeno, mas possui uma maior dificuldade na execução dos
processos e um custo mais alto que a lavra a céu aberto.

Lavra de matacão

Matacões são partes específicas das rochas e sua lavra é realizada através do aproveitamento de
partes deslocadas do maciço. Esse tipo de lavra é mais fácil e exige equipamentos e mão-de-obra
mais simples.

É de extrema importância fazer análises da pedreira para determinar que método de lavra é o
melhor a ser feito para a obtenção do minério de rochas ornamentais, para que o procedimento
seja feito adequadamente, evitando um menor aproveitamento da jazida, e consequentemente,
diminuindo gastos.

Manutenção das rochas ornamentais

A limpeza deve ser sistemática e realizada com esfregão de pano, apenas umedecido em água ou
com pequena diluição de detergentes com pH neutro. Deve-se evitar o excesso de água, bem
como de produtos de limpeza abrasivos (palha de aço, sapólio) ou ainda quimicamente
agressivos (ácidos em geral, amoníaco, álcool, acetona, querosene, água sanitária, soda cáustica,
removedores e solventes). Qualquer substância potencialmente manchante por ataque químico ou
absorção superficial, derramada sobre o revestimento, deve ser removida com a máxima rapidez,
sendo ainda importante evitar o contato dos revestimentos com materiais ferruginosos oxidáveis.
Conclusão

Pelo exposto no presente trabalho, verifica-se que para uma correta escolha e seleção da rocha a
ser empregada em uma rocha é necessário o conhecimento de sua origem, características,
propriedades, métodos de assentamento e principais patologias.

Através do conhecimento da origem e forma de ocorrência da rocha é possível classifica-la em


ígnea, sedimentar e metamórfica.

Pelas propriedades dos materiais pétreos é possível se conhecer um pouco mais sobre aspectos
como a dureza, clivagem, fraturas e alterabilidade.

Materiais pétreos sempre foram utilizados nas edificações de construções civis, administrativas ou
religiosas, bem como de monumentos.

Em cada tipo de rocha, pode haver amplas variações nas características físicas e estéticas,
fornecendo aos usuários finais uma ampla gama de materiais à sua escolha. Por outro lado, os
usuários também podem ficar limitados pela não disponibilidade de tipos específicos de rocha em
distâncias de transporte econômicas, o que significa que na prática o intervalo de seleção para uma
aplicação específica pode ser bastante limitado.

As rochas ornamentais utilizadas para revestimento são submetidas a diversos tipos de solicitações
desde a sua extração, passando pelo beneficiamento, até a sua aplicação e, principalmente, o seu
uso.

Finalmente, pelo conhecimento de método de separação as rochas ornamentais são separadas por
técnicas precisas e cuidadosas, como serragem e perfuração de precisão. As rochas ornamentais
são grandes blocos de pedra obtidas da massa de rocha natural, e são extraída e moldada em
certas dimensões por corte ou separação por outros meios.
Referências Bibliográficas

Associação Brasileira de normas técnicas. NBR 12768 – Rochas para revestimento – Análise
petrográfica. Rio de Janeiro, 2003.

Associação Brasileira de normas técnicas. NBR 15012 - Rochas para revestimento de


edificações – Terminologia. Rio de Janeiro, 2003.

CHIODI FILHO, Cid; RODRIGUES, Eleno de Paula. Guia de aplicação de rochas em


revestimentos. São Paulo: Abirochas, 2009.

FRAZÃO, Ely Borges; Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental. Tecnologia


de rochas na construção civil. São Paulo: ABGE, 2002. 132p.

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