Sumário
GRUPO DE TRABALHO I: Mulher, trabalho e regulação .................................... 13
GRUPO DE TRABALHO II: Sindicato, classe e ação coletiva............................... 39
GRUPO DE TRABALHO III: Acesso à justiça e direito processual do trabalho
........................................................................................................................................ 53
GRUPO DE TRABALHO IV: A reforma trabalhista e o direito individual do
trabalho ......................................................................................................................... 72
GRUPO DE TRABALHO V: Trabalho, identidades e interseccionalidade ........... 87
GRUPO DE TRABALHO VI: Direito do trabalho e os fundamentos do
capitalismo ................................................................................................................... 109
GRUPO DE TRABALHO VII: Reestruturação produtiva, empregadores
complexos e terceirização ........................................................................................... 132
GRUPO DE TRABALHO VIII: Reforma(s) trabalhista(s) e direito coletivo do
trabalho ....................................................................................................................... 157
GRUPO DE TRABALHO IX: Tempo, saúde, subjetividade e trabalho .............. 178
GRUPO DE TRABALHO X: Revisita crítica aos fundamentos históricos,
filosóficos e sociais do direito do trabalho ................................................................ 194
GRUPO DE TRABALHO XI: Direito do trabalho: novos objetos, novas
perspectivas ................................................................................................................. 213
GRUPO DE TRABALHO XII: Precariedade e direito social ................................ 230
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CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
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CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
__________________________________________________
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CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
O acesso à justiça após o advento da Lei 13.467: uma abordagem histórica da limitação
do acesso à jurisdição trabalhista no Brasil (Thales Ribeiro Correa)
__________________________________________________
4
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
Virtus in medio, ou in veritas? Parte II (Lara Porto Renó, Mariana Benevides da Costa e
Marilu Freitas)
_______________________________________________
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CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
Uma reflexão queer sobre corpos, contratos de trabalho e Direito do Trabalho (Pedro
Augusto Gravatá Nicoli; Flávio Malta Fleury)
Diálogos entre o anarquismo e os estudos queer: um acordo sine qua non para
construção de um projeto verdadeiramente libertário (Rafael Borges de Souza Bias;
Ariston Flávio Freitas da Costa)
_______________________________________________
6
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
Uma classe em formação? os (des)caminhos da classe nos dias atuais (Daniel de Faria
Galvão)
Remuneração igual para trabalho de igual valor: Karl Marx e a agenda 2030. (Cleber
Lúcio de Almeida; Wânia Guimarães Rabêllo de Almeida; Maria Antonieta Fernandes)
Capitalismo flexível e periférico: o sentido da reforma trabalhista no Brasil e um
balanço de seus resultados (Pedro Daniel Blanco Alves; Pietro Rodrigo Borsari)
7
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
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Reforma trabalhista: um ajuste justo para quem? (Natália das Chagas Moura; Maria
Rosaria Barbato)
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CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
___________________________________________________
Trabalho vivo na obra de Christophe Dejours: um conceito analítico útil para o direito
do trabalho? (Cristiane dos Santos Silveira)
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CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
_____________________________________________
Direito do Trabalho e (ausência de) liberdade contratual: uma revisita às teorias não
contratualistas das relações de trabalho, à luz da filosofia de Arthur Schopenhauer
(Alfredo Massi)
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CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
Trabalho decente, crise econômica e reforma trabalhista no Brasil: uma leitura a partir
da teoria do valor e da crítica da forma jurídica (Deise Lilian Lima Martins; Leila
Giovana Izidoro; Regiane de Moura Macedo)
_____________________________________________________
Consciência de classe na era da uberização: precisamos falar sobre Marx (Marcos Paulo
da Silva Oliveira; Maria Cecília Máximo Teodoro)
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CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
___________________________________________________
Política neoliberal e reforma trabalhista: a ineficácia da agenda 2030 das Nações Unidas
para o desenvolvimento sustentável (Tiago Muniz Cavalcanti; Juliana Teixeira Esteves)
Desvendando alguns aspectos da imposição da teoria do medo para promover as
reformas da previdência (Patrícia Borges Orlando de Oliveira)
12
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
____________________________
GRUPO DE TRABALHO I
MULHER, TRABALHO E REGULAÇÃO
_____________________________________________
1
Acadêmica de Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Bolsista do Programa de Iniciação
à Docência (PID - UFPR) na monitoria da disciplina de Direito Constitucional B (2018). Integrante da
Clínica de Direitos Humanos junto a Faculdade de Direito (CDH|UFPR). Integrante do Grupo de
Pesquisa Trabalho e Direitos (UFPR). E-mail: tayanetanello@hotmail.com
13
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAGED, 2015. Ter trajetória semelhante e ocupar mesmo cargo ainda não é suficiente
para dar a mulher um salário igual ao do homem. O Estado de S. Paulo. ALEMI, Flávia.
Diferença salarial entre homens e mulheres sobe conforme escolaridade. Estadão,
São Paulo, 08 de Março 2016. Disponível em
http://economia.estadao.com.br/noticias/sua-carreira,diferenca-salarial-entre-homens-
emulheres-sobe-conforme-escolaridade,1841086. Acesso em 07 jun 2018.
14
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
____________________________________________________
Resumo: Em janeiro de 2018, o Brasil ratificou a Convenção 189 da OIT que traz em
seu escopo a equalização do trabalho doméstico ao ―trabalho comum‖. Em breve análise
e segundo a própria OIT, a convenção representa um passo importante para efetivação
dos direitos trabalhistas àqueles e àquelas que realizam o trabalho doméstico.
Entretanto, ainda que sob a aparência de ―vitória‖, a ratificação cumpre um dúplice
papel estratégico. Diante desses fatos, o artigo pretende, em primeiro lugar, leva em
conta o fato de que o trabalho doméstico no Brasil é composto em sua ampla maioria
por mulheres – mormente negras, com baixos níveis de escolaridade e renda. Doutra
parte, remonta a historicidade da ratificação da supracitada Convenção, ocorrida em
janeiro de 2018, meses após a promulgação da contrarreforma trabalhista, traz inúmeros
retrocessos ao trabalho dos grupos mais vulneráveis da sociedade. Vulnerabilidade, bem
dizer, que se assenta balizada por questões de gênero, raça e classe, o que nos leva, a
partir de uma análise interseccional, perceberem serem as trabalhadoras que mais
sofrem com os reflexos das novas normas serem as pretas com baixa escolaridade e
renda, que estão na linha de frente dos trabalhos mais precários. Por essa razão,
sustentamos dois diagnósticos teóricos, amparados na crítica marxista ao Direito,
quanto aos efeitos da ratificação da Convenção 189, da OIT, quais sejam: (1) tendo em
vista que a convenção busca equalizar os trabalhos domésticos e comum, aparentando
uma vitória à categoria doméstica pela suposta efetivação de seus direitos fundamentais,
2
Graduanda do 9º período em Direito pela Universidade Federal de Lavras. Membra do Grupo de
Pesquisa ―Trabalho e Capital‖ (GPTC).E-mail: odaragonzagadeandrade@gmail.com
15
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016 [1981].
____________________________________________________
3
Mestranda na PUC Minas, na linha de pesquisa Direito do Trabalho, Modernidade e Democracia.
Procuradora do Conselho Regional de Farmácia. Membro do Grupo de Pesquisa RED - Retrabalhando o
Direito, da PUC Minas, coordenado pelos Professores Doutores Maria Cecília Máximo Teodoro Ferreira
e Márcio Túlio Viana. Email: adv.danieladuarte@gmail.com.
16
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
Resumo: No artigo pretende-se analisar da divisão sexual do trabalho, com enfoque nas
atividades realizadas pelas mulheres. Em que pese o crescente ingresso das mulheres no
mercado de trabalho, em razão de fatos diversos, tanto as mulheres quanto as demais
pessoas que se identificam com o gênero feminino ainda permanecem relegadas a
atividade de menor prestígio e visibilidade. Desse modo, proceder-se-á a uma pesquisa
bibliográfica com o objetivo de verificar que apesar de ao longo do desenvolvimento do
capitalismo ter ocorrido o aumento da saída da esfera doméstica para o trabalho
considerado produtivo, a mulher e demais pessoas do gênero feminino ainda se vêm
atreladas a uma divisão de tarefas, que não raramente lhes destinam postos de trabalhos
em serviços precários, terceirizados, part time, dentre outros, como atendimentos em
centrais de telemarketing. Assim, restará claro que ainda prevalecem os efeitos da
divisão sexual do trabalho, dos primórdios do capitalismo, tendo em vista que as
funções destinadas ao emprego de mulheres e pessoas do gênero feminino em sua maior
parte são atividades consideradas invisíveis pela sociedade. Isso verifica-se seja no
trabalho doméstico, ou fora do lar em atividades repetitivas e monótonas, mas que são
pouco combatidas por esses empregados que já possuem consciência de que
dificilmente encontrarão serviços com melhores condições de trabalho, remuneração e
visibilidade perante a comunidade em que estão inseridos, conforme ressaltam Ricardo
Antunes e Ruy Braga na obra Infoproletários (2009). Nesse contexto, ainda será
estudada a obra Teto de Vidro, da Professora Maria Cecília Máximo Teodoro, que
evidenciará que a própria legislação protetiva da mulher se torna um óbice à sua
ascensão profissional. Mesmo os mecanismos protetivos propostos pelo legislador
pátrio contribuem para que a mulher permaneça em situação de desvantagem ante o seu
oposto. Dessa forma, concluir-se-á que mesmo o avanço tecnológico e as mutações no
sistema capitalista não foram suficientes para permitir uma elevação ao patamar de
igualdade entre os gêneros, mantendo-se ainda a mulher e o gênero feminino em
ocupações menos prestígio e maior precariedade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
4
Mestranda na PUC Minas, na linha de pesquisa Direito do Trabalho, Modernidade e Democracia.
Advogada. Membro do Grupo de Pesquisa RED - Retrabalhando o Direito, da PUC Minas, coordenado
pelos Professores Doutores Maria Cecília Máximo Teodoro Ferreira e Márcio Túlio Viana. Email:
flavinhamaria02@hotmail.com.
17
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI258792,71043-O+direito+do+trabalho+da+
mulher+enquanto +teto+de+vidro+no+mercado+de. Acesso em: 7 jul 2018.
____________________________________________________
5
Doutoranda e Mestre em Direito do Trabalho pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da PUC/MG
PUC/MG. Professora de Direito do Trabalho da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e
Escola Superior Dom Helder Câmara. Professora da Escola Superior de Advocacia da OAB/MG –
ESA/MG. Pesquisadora, autora de artigos jurídicos. Advogada. Integrante do grupo de pesquisa RED –
Retrabalhando o Direito. E-mail: dafonseca.thais@gmail.com.
6
Mestrando em Direito do Trabalho pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da PUC/MG. Graduado
em Direito pela PUC/MG. Professor do Instituto Elpídio Donizetti. Pesquisador em Direito e autor de
artigos jurídicos. Bolsista CAPES. Integrante do grupo de pesquisa RED – Retrabalhando o Direito.
Advogado. E-mail: marcosbrumal@hotmail.com.
7
Doutoranda e Mestre em Direito do Trabalho pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais. Professora Universitária. Coordenadora do Curso de Direito da
Faculdade Pitágoras – Divinópolis. Integrante do grupo de pesquisa RED – Retrabalhando o Direito.
Advogada. E-mail:danielle_dinali@hotmail.com
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CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
poder formatos mais agressivos, e que embora pareça apresentar sempre novos
contornos, os efeitos são tão ou mais avassaladores que os percebidos do processo da
acumulação primitiva. Embora não se intente contradizer Marx, tal qual como proposto
por Silvia Federici, buscar-se-á, na análise dos achados da feminista, elementos para
explicar como o capital intenta de modo mais incisivo contra as mulheres trabalhadoras,
e inferir pela continuidade de um quadro de maior precarização do trabalho da mulher
frente ao trabalho do homem, retratando, em cores sombrias, mas, sobretudo reais, um
passado que, de uma maneira ou de outra, ainda persiste para muitas mulheres.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
SOUTO MAIOR, Jorge Luiz. Sem uma seção especial de justiça para a "reforma
trabalhista". Revista eletrônica [do] Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região,
Curitiba, PR, v. 6, n. 61, p. 182-189, jul./ago. 2017.
SOUTO MAIOR, Jorge Luiz; SEVERO, Valdete Souto. Os 201 ataques da “reforma”
aos trabalhadores. 08 mai. 2017. Disponível em: <http://www.jorgesoutomaior.com
/blog/os-201-ataques-da-reforma-aos-trabalhadores>. Acesso em 04 out. 2017.
TEODORO, Maria Cecília Máximo; SOUZA, Miriam Parreiras de. Tópicos de Direito
Material e Processual do Trabalho. In: TEODORO, Maria Cecília Máximo; MELLO,
Roberta Dantas (Coord.). Equiparação da licença paternidade à licença maternidade.
São Paulo: LTr, 2015. p. 110-120.
________________________________________________
20
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
8
Doutorando em Direito do Trabalho pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Mestre
em Direito do Trabalho pela Universidade de São Paulo (2013). Mestre em Direito Social pela
Universidade Paris I - Panthéon-Sorbonne (2011, reconhecido pela UFPR em 2014). Pesquisador no
Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Email:
emaildozeca@gmail.com.
21
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
HIRATA, Helena. Nova divisão sexual do trabalho? Um olhar voltado para a empresa
e a sociedade. São Paulo: Boitempo, 2002
HUMPHREY, John; HIRATA, Helena. Hidden inequalities: women and men in the
labour process. IV Encontro. Associação Brasileira de Estudos Populacionais. Anais.
V. 1, 1984.
22
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
MUNCK, Ronaldo. The precariat: a view from the South. Third World Quarterly,
Vol. 34, No. 5, 2013.
____________________________________________________
23
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
Resumo: O presente trabalho tem como escopo fazer uma análise sobre as implicações
da Reforma Trabalhista quanto ao labor da mulher. O Direito do Trabalho, segundo a
teoria da ―Internalização acrítica do pensamento liberal globalizante‖, de Maurício
Godinho, tem sido direcionado, assim como a maiores das esferas da vida em
sociedade, pelos anseios do capital, surgindo o fenômeno da Reforma Trabalhista
justamente para viabilizar o capitalismo, tornando a mão de obra cada vez mais
precária. Tal episódio, contudo, não se restringe ao Brasil, mas já foi e ainda continua
ocorrendo em várias partes do globo terrestre. Isto porque, a diretriz neoliberal vigente
impõe a utilização ou precificação do trabalho como uma simples mercadoria. Neste
espectro, a presença da mulher no mercado de trabalho cresceu bastante ao longo das
décadas e possui uma tendência de expansão cada vez maior. Todavia, tal realidade não
reflete a igualdade de condições entre o trabalho dos homens e mulheres, mas sim,
diametralmente o oposto, com diferenças salariais, pouca ocupação de cargos superiores
e discriminações. Em tendo a mulher conquistado alguns direitos por sua condição
cultural e biológica materna, torna-se essa preterida ao homem no âmbito do trabalho,
com fins de evitar um custeio maior. Nesse contexto, faz-se necessário pensar em um
contramovimento ao da Reforma Trabalhista, como a ampliação da licença paternidade,
para equiparar as condições de trabalho entre os gêneros, com a finalidade de
possibilitar uma escolha mais justa entre os gêneros com a ampliação das condições de
igualdade, conforme já estabelecidos no Chile e em vários países europeus.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
10
Danielle de Jesus Dinali é Doutoranda e Mestre em Direito Privado - Trabalho pelo Programa de Pós-
Graduação em Direito da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Professora Universitária.
Coordenadora do Curso de Direito da Faculdade Pitágoras – Divinópolis. Advogada. Integrante do Grupo
de Pesquisa RED - Retrabalhando o Direito, da PUC Minas. E-mail: danielle_dinali@hotmail.com
24
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
SOUTO MAIOR, Jorge Luiz. Sem uma seção especial de justiça para a "reforma
trabalhista". Revista eletrônica [do] Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região,
Curitiba, PR, v. 6, n. 61, p. 182-189, jul./ago. 2017.
SOUTO MAIOR, Jorge Luiz; SEVERO, Valdete Souto. Os 201 ataques da “reforma”
aos trabalhadores. 08 mai. 2017. Disponível em:<http://www.jorgesoutomaior.com
/blog/os-201-ataques-da-reforma-aos-trabalhadores>.Acesso em 04 out. 2017.
TEODORO, Maria Cecília Máximo; SOUZA, Miriam Parreiras de. Tópicos de Direito
Material e Processual do Trabalho. In: TEODORO, Maria Cecília Máximo; MELLO,
Roberta Dantas (Coord.). Equiparação da licença paternidade à licença maternidade.
São Paulo: LTr, 2015. p. 110-120.
TEODORO, Maria Cecília Máximo; MIRAGLIA, Lívia Mendes Moreira. Alguns dos
efeitos econômicos, arrecadatórios e sociais da Reforma Trabalhista. In: Melo,
Raimundo Simão de; Rocha, Cláudio Jannotti da. (Org.). Constitucionalismo, trabalho,
seguridade social e as reformas trabalhista e previdenciária. 1ed.São Paulo: LTR, 2017,
v. 1, p. 144-155.
____________________________________________________
11
Mestranda em Direito do Trabalho e graduada pela UFMG. Pesquisadora membro do Grupo de
Pesquisas Trabalho e Resistências (UFMG). Advogada. E-mail: aysla.teixeira@gmail.com
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CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
26
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
ALEKSIÉVITHC, Svetlana. A guerra não tem rosto de mulher. Trad: Cecília Rosas.
1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.
BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo: A experiência vivida. São Paulo: Difusão
Europeia do Livro, 1967.
FONSECA, Cláudia. Ser mulher, mãe e pobre. In: PRIORE, Mary Del (org.). História
das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2017.
27
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
LAVINA, Lena; CORDILHA, Ana Carolina; CRUZ, Gabriela Freitas da. Assimetrias
de gênero no mercado de trabalho no Brasil: Rumos da formalização. In: ABREU, Alice
Rangel de Paiva; HIRATA, Helena; LOMBARDI, Maria Rosa (Org.). Gênero e
trabalho no Brasil e na França: perspectivas interseccionais. 1. ed. São Paulo:
Boitempo, 2016.
MELO, Hildete Pereira de; CASTILHO, Marta Reis. Trabalho reprodutivo no Brasil:
quem faz? Disponível em <http://www.uff.br/econ/download/tds/UFF_TD215.pdf>.
Acesso em: 2 jul. 2018.
UNITED NATIONS. The World's Women 2015. Chapter 4: Work. 2015. Disponível
em: <https://unstats.un.org/unsd/gender/chapter4/chapter4.html>. Acesso em: 17 maio
2018.
____________________________________________________
28
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
12
Danielle de Jesus Dinali é Doutoranda e Mestre em Direito Privado - Trabalho pelo Programa de Pós-
Graduação em Direito da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Professora Universitária.
Coordenadora do Curso de Direito da Faculdade Pitágoras – Divinópolis. Advogada. Integrante do Grupo
de Pesquisa RED - Retrabalhando o Direito, da PUC Minas. E-mail: danielle_dinali@hotmail.com
13
Pós-Doutora em Direito do Trabalho pela Universidade de Castilla-La Mancha com bolsa de pesquisa
da CAPES. Doutora em Direito do Trabalho e da Seguridade Social pela USP- Universidade de São
Paulo. Professora de Direito do Trabalho do Programa de Pós-Graduação em Direito e da Graduação da
PUC/MG. Professora Convidada do Mestrado em Direito do Trabalho da Universidade Externado da
Colômbia. Coordenadora do Grupo de Pesquisa RED - Retrabalhando o Direito, da PUC Minas. E-mail:
cecimax@pucminas.br
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CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
teria um lugar de fala. Contudo, será que apenas eles, cada um dos subgrupos,
individualmente, poderão abordar suas bandeiras? Talvez essa nova divisão também não
represente mais um instrumento contra as lutas feministas? Neste contexto, a
fragmentação do feminismo, em diversos microgrupos e o lugar de fala serão objeto de
análise no presente trabalho, a fim de se debater como e se tais institutos refletem um
avanço às lutas em voga.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
30
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
____________________________________________________
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CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SOUTO MAIOR, Jorge Luiz; SEVERO, Valdete Souto. Os 201 ataques da “reforma”
aos trabalhadores. 08 mai. 2017. Disponível em: <http://www.jorgesoutomaior.com
/blog/os-201-ataques-da-reforma-aos-trabalhadores>. Acesso em 04 out. 2017.
TEODORO, Maria Cecília Máximo; SOUZA, Miriam Parreiras de. Tópicos de Direito
Material e Processual do Trabalho. In: TEODORO, Maria Cecília Máximo; MELLO,
Roberta Dantas (Coord.). Equiparação da licença paternidade à licença
maternidade. São Paulo: LTr, 2015. p. 110-120.
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CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
____________________________________________________
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
14
Filiação institucional: Faculdades Milton Campos. Membro pesquisador do grupo de pesquisa RED –
Retrabalhando o Direito, da PUC-Minas, vinculada à Rede Nacional de Grupos de Pesquisas e Estudos
em Direito do Trabalho e da Seguridade Social (RENAPEDTS). Pós-doutora em Direito pela Universidad
Nacional de Córdoba/ARG. Doutora e mestra em Direito Privado pela PUC-Minas. Advogada.
waniag@uai.com.br
Doutoranda e Mestre em Direito do Trabalho pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da PUC/MG
PUC/MG. Professora de Direito do Trabalho da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e
Escola Superior Dom Helder Câmara. Professora da Escola Superior de Advocacia da OAB/MG –
ESA/MG. Pesquisadora, autora de artigos jurídicos. Advogada. Integrante do grupo de pesquisa RED –
Retrabalhando o Direito. E-mail: dafonseca.thais@gmail.com.
³ Mestranda em Direito do Trabalho pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da PUC/MG. Graduada
em Direito pela Faculdade Kennedy de Minas Gerais. Servidora do TJMG. Integrante do grupo de
pesquisa RED – Retrabalhando o Direito. E-mail: tallufernandes@gmail.com.
33
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. 9 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
FERRAJOLI, Luigi. Derecho y garantías. La ley del más débil. Madrid: TROTTA,
2004.
MARTINS, Ana Maria Guerra. Direito internacional dos direitos humanos. Coimbra:
Almedina, 2017.
RAMOS, André de Carvalho. Curso de Direitos Humanos. Ed. Saraiva, 2017, 5ed.
SEN, Amartya. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Companhia das Letras,
2000.
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34
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
Resumo: Não é de hoje que o movimento feminista classista vem alertando seus pares
no sentido de que ―quando uma mulher avança, nenhum homem retrocede‖. Apesar
disso, observamos, cotidianamente, a fragmentação da classe trabalhadora calcada no
machismo, o que se reflete inclusive nas lutas e no modo como estas são conduzidas.
Ainda observamos uma espécie de comoção seletiva que minimiza, ignora e/ou
invisibiliza o sofrimento e a redução de direitos de negras, negros e mulheres em geral.
É dentro deste contexto que o capital, não à toa, acaba por eleger essa parcela da
população para ―testar‖ suas ―inovações‖ no campo de precarização das relações de
trabalho e retirada de direitos trabalhistas. A Lei Complementar 150/2015, por exemplo,
que veio reduzir os direitos garantidos às empregadas domésticas pela tão custosa
Emenda Constitucional 72/2013, já trazia em seu bojo a regulamentação da jornada
12x36 mediante acordo escrito entre as partes (art. 10 da Lei Complementar 150/2015)
de modo idêntico ao posteriormente expandido para a totalidade dos empregados pela
Lei 13.467/2017, em seu art. 59-A. Um caso claro, portanto, de retrocessos que primeiro
experimentam as mulheres e, depois, a classe trabalhadora como um todo. De maneira
ainda mais contundente, temos o exemplo da UBER que, com a chegada da
transnacional ao Brasil, fez reverberar nos mais diversos ambientes acadêmicos e
institucionais, o termo, já recorrente, da ―uberização‖ das relações de trabalho, ou seja, a
exploração do trabalho de brasileiros sob a roupagem de contrato de trabalho
―autônomo‖. Oras, há quantos anos a Avon não já faz o mesmo com uma gama
significativa de trabalhadoras ―vendedoras autônomas‖ de produtos cosméticos por
todos os rincões do Brasil? Por que não se falar, então, em ―avonização‖ das relações de
emprego? A proposta deste artigo é, portanto, analisar os retrocessos que primeiro
foram impostos às mulheres membras da classe trabalhadora e, ainda, o quanto a
constatação precisa desse cenário pode nos ajudar a entender e combater os movimentos
do capital rumo à precarização de um número cada vez maior de trabalhadoras e
trabalhadores, para que sigamos cientes de que o que atinge a uma, atinge a todas e
todos, cedo ou tarde, direta ou indiretamente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
15
Especialista e mestra em Direito do Trabalho pela FDUSP e membra do GPTC/USP (Grupo de
Pesquisa Trabalho e Capital). E-mail: claudiaurano@hotmail.com
16
Bacharela em direito, estudante do curso de especialização em Direito do Trabalho na FDUSP e
membra do GPTC/USP (Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital). E-mail: helena.pontes3103@gmail.com
35
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
BARROS, Alice Monteiro. Curso de Direito do Trabalho. 8ª Ed. São Paulo: LTr,
2012.
DAVIS, Angela. Mulheres, Raça e Classe, tradução Heci Regina Candiani, São Paulo:
Boitempo, 1ª ed., 2016.
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 10ª Ed. São Paulo:
LTr, 2011.
MAEDA, Patrícia. A era dos zeros direitos: trabalho decente, terceirização e contrato
zero horas. São Paulo: Ltr, 2017.
SOUTO MAIOR, Jorge Luiz, Valdete Souto. Resistência: aportes teóricos contra o
retrocesso trabalhista – 1ªed. – São Paulo: Expressão Popular, 2017.
____________________________________________________
Resumo: O presente artigo tem como objetivo analisar os efeitos perversos aos quais a
Reforma Trabalhista (Lei 13.467/17) expõe o nascituro quando autoriza o trabalho da
gestante em ambiente insalubre. Muito questionada pela forma em que foi aprovada e
pelo caráter nocivo das ―modernizações trazidas‖, a Reforma Trabalhista rompe
paradigmas essenciais de proteção ao trabalhador, acarretando na maior precarização
das relações de trabalho. A Lei 13.467/17 alterou significativamente a redação dos
artigos 394-A e 396 da CLT. As modificações impostas possuem o potencial de expor
trabalhadoras gestantes, lactantes e o próprio nascituro à riscos desconhecidos. A
incerteza quanto aos impactos da autorização do labor da gestante em local insalubre
chocou até mesmo a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e
Obstetrícia), destacando, em nota, que tal medida traz prejuízos para a mulher
trabalhadora grávida e para os próprios médicos. Ressalta-se que predomina nesse
tópico a incerteza a qual se expõe toda uma geração de nascituros, sobre os quais não se
sabe quais sequelas incidirão diante de tamanha desvalorização e desrespeito às
garantias constitucionais. A análise dos efeitos nocivos da Reforma Trabalhista quanto à
17
Bacharelanda em Direito pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), membra do Grupo de
Pesquisa Processo, Trabalho e Previdência: diálogos e críticas, estagiária em Ministério Público do
Estado do Espírito Santo, e-mail: thaynahcampos01@gmail.com
36
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
saúde e segurança da trabalhadora gestante não pode ser feita apenas no âmbito do
direito do trabalho, não há como dissociar aqui a grande relação que tal modificação
possui com a medicina, em especial com o ramo da ginecologia e obstetrícia, que
especificamente se encarrega do acompanhamento da mulher gestante. Os impactos de
tal alteração chamaram atenção de entidades médicas e de grande parte dos
doutrinadores do direito do trabalho, além da sociedade que sofre diretamente os efeitos
dessa perversa mudança. Logo, restou claro que esse importante aspecto se destacava
dos demais por expor toda uma geração de crianças à ambientes insalubres. Importante
destacar que até mesmo locais salubres podem oferecer riscos a uma gravidez,
imensurável então os prejuízos gerados pela exposição contínua à agentes insalubres
durante período tão importante. A reforma trabalhista ignora o direito fundamental a um
meio ambiente de trabalho hígido, adequado e salubre, enfraquecendo a proteção
constitucional garantida às trabalhadoras gestantes e lactantes, expondo-as a ambientes
que podem causar graves prejuízos ao perfeito desenvolvimento do nascituro.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil (1988). Promulgada em 05
de outubro de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03
/Constituicao/Constituicao.htm. Acesso em: 05.2018.
37
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. 12ª Edição, revista,
atualizada e ampliada. São Paulo: Malheiros Editores, 2004.
PEREIRA, Maria da Conceição Maia. Visão crítica do art. 394-A da CLT: proibição
do trabalho da gestante ou lactante em ambiente insalubre. Dissertação (Mestrado em
Direito) – Faculdade de Ciências Humanas, Sociais e da Saúde, Universidade Fumec.
Belo Horizonte:2017.
38
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
GRUPO DE TRABALHO II
SINDICATO, CLASSE E AÇÃO COLETIVA
_____________________________________________
_____________________________________________
18
Professor of Private International Law at Universidade Federal do Paraná (UFPR), Brazil. Visiting
Scholar at Fordham University/NY (2015) E-mail: tatyanafriedrich@yahoo.com
19
Msc., Professor of Labor Law at ACADEMIA BRASILEIRA DE DIREITO CONSTITUCIONAL,
Brazil. Labor Prosecutor in Brazil (Ministério Público do Trabalho). E-mail: <alberto.oliveira
@mpt.mp.pr>.
39
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
20
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Mestranda em Direito. E-
mail: tamaraf.fernandespereira@gmail.com
21
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Doutora em Direito.
Professora Adjunta. Subchefe do Departamento de Direito do Trabalho e Introdução ao Estudo do
Direito. Professora do corpo permanente do Programa de Pós-Graduação de Direito da UFMG e membro
do colegiado. E-mail: mr_barbato@hotmail.it
40
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
41
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
1976.
____________________________________________________
SINDICALISMO E GREVE
Caminhos entrelaçados entre “o princípio da prevalência das relações sindicais
sobre as relações individuais” em Everaldo Gaspar e “as novas possibilidades das
lutas operárias” em Márcio Túlio Viana.
Resumo: O presente artigo tem como objeto demonstrar os caminhos entrelaçados entre
o ―princípio da prevalência das relações sindicais sobre as relações individuais‖
desenvolvido pelo professor Everaldo Gaspar Lopes de Andrade e ―as novas
possibilidades das lutas operárias‖ apontadas pelo professor Márcio Túlio Viana, na
contextualização do Sindicalismo e da Greve em um cenário de crise, como
instrumentos emancipatórios e contra-hegemônicos. Esta abordagem parte da
22
Mestrando em Direito no Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de
Pernambuco (PPGD-UFPE). Pós-graduado em Direito do Trabalho e Previdenciário pela Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas). Membro do Grupo de Pesquisa ―Direito do
Trabalho e Teoria Social Crítica‖. E-mail: abarreto.adv@gmail.com
23
Mestrando em Direito no Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de
Pernambuco (PPGD-UFPE). Pós-graduado em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho pela
FADEPE. Membro do Grupo de Pesquisa ―Direito do Trabalho e Teoria Social Crítica‖. E-mail:
saviodelano93@gmail.com
24
Mestranda em Direito no Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de
Pernambuco (PPGD-UFPE). Pós-Graduada em Direito Constitucional Aplicado com capacitação para
ensino no magistério superior pela Faculdade Damásio de Jesus. Membro do Grupo de Pesquisa ―Direito
do Trabalho e Teoria Social Crítica‖. E-mail: tietabitu@gmail.com
42
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
_____________________________________________
25
Graduando na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná. Membro do Grupo de Pesquisa
Clínica de Direito do Trabalho – Trabalho e Direitos. E-mail: mike_conradt@yahoo.com.br
43
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
44
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
RODRIGUEZ, José Rodrigo. Como decidem as cortes? Para uma crítica do direito
(brasileiro). 1. ED. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2013.
_____________________________________________
27
Doutor em direito pela Universidade de Deusto/ES. Professor associado de Direito do Trabalho na
UFPE, na Universidade Maurício de Nassau/PE, na Esmatra VI. E-mail: egasparandrade@uol.com.br
28
Mestrando em Direito no Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de
Pernambuco (PPGD-UFPE). Pós-graduado em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho pela
FADEPE. Membro do Grupo de Pesquisa ―Direito do Trabalho e Teoria Social Crítica‖. E-mail:
saviodelano93@gmail.com
45
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
_____________________________________________
29
Acadêmica do curso de Ciências Jurídicas e Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Atualmente, é vinculada ao grupo de pesquisa Trabalho e Capital, orientado pelas professoras Sonilde
Kugel Lazzarin e Valdete Souto Severo. Email: mpbpinheiro@gmail.com
46
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
__________________________________________________
Resumo: O presente trabalho tem como intuito analisar o panorama das greves
ocorridas no Brasil no período de 2015-2017, a partir dos balanços produzidos pelo
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – DIEESE, que
utiliza dados obtidos pelo Sistema de Acompanhamento de Greves (SAG) e por notícias
veiculadas em jornais impressos ou eletrônicos da grande mídia e da imprensa sindical.
Além disso, a análise será realizada também a partir de levantamento bibliográfico
sobre o tema. A greve ―não é simplesmente uma paralisação do trabalho, mas uma
cessação temporária do trabalho, com o objetivo de impor a vontade dos trabalhadores
ao empregador‖ (BARROS, 2012, p.1033). A retrospectiva histórica brasileira
demonstra que por diversos períodos a greve foi proibida ou restrita a ponto de
30
Doutoranda em Direito do Trabalho e da Seguridade Social pela FD-USP. Mestra em Direito pela
FDRP-USP. Especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho e Bacharela em Direito pela
PUC-Campinas. Advogada. Integrante do Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital (GPTC), vinculado à
FD-USP. E-mail: giovana.labigalini@gmail.com.
31
Especialista em Direito do Trabalho pela FD-USP. Especialista em Direito Constitucional e Bacharela
em Direito pela PUC-Campinas. Assessora Jurídica do Ministério Público do Trabalho (PRT
Campinas/SP). Integrante do Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital (GPTC), vinculado à FD-USP. E-
mail: luaraposo@yahoo.com.br.
47
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROS, Alice Monteiro. Curso de Direito do Trabalho. 8ª Ed. São Paulo: LTr,
2012
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 10ª Ed. São Paulo:
LTr, 2011.
MELO, Raimundo Simão de. A greve no direito brasileiro. 4ª Ed. São Paulo: LTr,
2017.
48
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
_____________________________________________
32
Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela UFRGS, Especialista em Direito do Trabalho e Direito
Processual do Trabalho (FEMARGS/FMP) e atualmente estudante do curso de Especialização em Direito
Previdenciário (ESMAFE-RS). Pesquisador no grupo Trabalho e Capital: retrocesso social e avanços
possíveis, coordenado pelas professoras Sonilde Lazzarin (UFRGS) e Valdete Severo (FEMARGS).
Advogado militante. E-mail: ronaldo.lacerdafp@gmail.com.
49
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
_____________________________________________
50
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
coisificação do homem no reino das mercadorias sem qualquer via de resistência leva a
um processo de integração sem precedentes. O proletariado fabril vivencia a redução de
seu peso social e sua força política, sendo que suas manifestações de confronto com a
ordem se restringem à luta econômica, buscando sua inserção na dinâmica da
concorrência na sociedade burguesa. Devido ao acelerado processo de retirada de
direitos nos setores industriais, o que observamos, principalmente com o agravamento
das crises econômicas, é uma redução dos salários e a precarização do trabalho fabril.
No Brasil, esta tendência tem estado cada vez mais premente com os mecanismos de
ajuste fiscal do Estado e medidas de retirada de direitos trabalhistas e sociais. Caso essa
tendência se confirme e se intensifique, é possível que esses setores passem a se
movimentar e se organizar, à revelia do nível de amoldamento de suas, majoritariamente
burocratizadas e aristocratizadas, direções sindicais. Esse potencial de mobilização não
se daria necessariamente via estrutura sindical, podendo inclusive manifestar-se, como
já tem ocorrido em alguns casos, ―por fora‖ dos seus respectivos sindicatos. Dessa
forma, pensarmos os sujeitos da luta em movimento, além de nos desafiar a
compreender o surgimento de ―novos sujeitos‖, nos leva a considerar transformações
que podem alterar a condição dos ―velhos sujeitos‖. Já os ―novos sujeitos sociais‖
emergem da constituição de um excedente de trabalhadores permanentemente excluídos
do mercado de trabalho formal. Nesse sentido, como potencial de mudança social, a
periferia e a favela substituiriam a fábrica. Aqui estaria uma consequência do
surgimento desse amplo contingente de excluídos permanentes: sua organização nos
movimentos sociais urbanos e rurais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
51
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
_____________________________________________________
Resumo: O presente artigo tem como objeto de estudo o papel dos sindicatos em defesa
das trabalhadoras e trabalhadores contemporâneos. O trabalho busca compreender de
que forma, no cenário global multitudinário em que vivemos não há uma aderência das
diversidades aos sindicatos e, como isso contribui com sua crise de organização e
atividades, como a greve. Parte-se do ponto onde será discutido como se traduz a
verdadeira legitimidade de ser porta-voz de trabalhadores e trabalhadoras, mostrando os
grandes desafios dos sindicatos atuais em lutar contra o enfraquecimento dessa
representatividade. Desse modo, será feita uma reflexão acerca das primeiras formas de
organização sindical no Brasil, buscando revelar que apesar da narrativa histórica que
aponta o início da história do sindicalismo brasileiro com chegada dos imigrantes
europeus no início do século XX, devemos considerar que os trabalhadores negros que
foram trazidos ao Brasil forçadamente no período da escravidão, já haviam
desenvolvido formas de resistência e união e por isso dão origem ao sindicalismo
brasileiro. Para Álvaro Pereira Nascimento (2016) nas irmandades religiosas e terreiros
de candomblé, encontrava-se parte importante das lideranças operárias, esses, eram
lugares pontuais para a construção de identidades, com sociabilidade, regras e formas de
ajuda mútua marcantes. Busca-se, com esse mergulho, na origem do sindicalismo
brasileiro, demonstrar que a exaltação à composição do sindicato tradicional do início
do século XX, formado por trabalhadores brancos, héteros e imigrantes, influenciou no
afastamento dos negros, indígenas, mulheres e pessoas LGBT do âmbito sindical. O que
traz reflexos no enfraquecimento das greves e dos sindicatos. Por fim, Sendo necessário
recobrar a força dos sindicatos em tempos em que as políticas neoliberais vêm trazendo
projetos concretos de desmontes aos direitos trabalhistas. Pretende-se apresentar
possíveis caminhos a serem seguidos pelos sindicatos a partir do estudo dos ciclos dos
35
Aluno em disciplina isolada no Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de
Minas Gerais (PPGD-UMG). Pós-graduado em Direito do Trabalho e Previdenciário pela Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas). Membro do Grupo de Pesquisa ―Trabalho e
Resistências‖ (UFMG). E-mail: rodrigogondim.pl@gmail.com.
52
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
movimentos sociais que Sidney Tarrow apresenta em seu livro ―O poder em movimento
- Movimentos sociais e confronto político‖(2009). Acredita-se portanto que, o
protagonismo do sindicato pode ser retomado a partir da contribuição que os teóricos
dos movimentos sociais tem a oferecer.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SUPIOT, Alain. Crítica del derecho del trabajo. Traducción: José Luis Gil y Gil.
Madrid: Ministerio de Trabajo y Asuntos Sociales de España, 1996, p. 59-88.
53
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
36
Thales Ribeiro Corrêa. Graduando no 9° período do curso de direito da Universidade Federal de Lavras
(UFLA). Membro pesquisador do GPTC - Lavras. Orientando do Prof. Dr. Gustavo Seferian Scheffer
Machado.
54
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
______________________________________________________
37
Acadêmico de Direito da Universidade Federal do Espírito Santo, cursando o 10º período, integrante
do Grupo de Pesquisa ―Processo, Trabalho e Previdência: Diálogos e Críticas‖ liderado pelos professores
Adib Pereira Neto Salim, Brunela Vieira de Vincenzi e Cláudio Janotti da Rocha. E-mail para contato:
arnon.amorim@yahoo.com.
38
Acadêmica de Direito da Universidade Federal do Espírito Santo, cursando atualmente o 8º período,
integrante do Grupo de Pesquisa ―Processo, Trabalho e Previdência: Diálogos e Críticas‖ liderado pelos
professores Adib Pereira Neto Salim, Brunela Vieira de Vincenzi e Cláudio Janotti da Rocha e estagiária
no escritório Brito & Simonelli Advocacia e Consultoria. E-mail para contato: gcezarette@gmail.com.
55
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
______________________________________________________
56
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
aperfeiçoar e tornar mais efetivo o sistema processual (MOREIRA, 2003, p. 105). Aliás,
desde a promulgação da CLT em 1943, a sociedade mudou completamente. Apesar
disso, sua estrutura mantém-se inconsonante com os novos ditames sociais, marcados
pela subjetividade e pela ―complexidade incontrolável e espantosa da vida moderna‖,
em que não há como dominar o conjunto social como um todo (FLICKINGER, 2014, p.
11). Nesse contexto, vê-se que algumas mudanças repercutiram no Processo
Trabalhista. Especificamente no que tange à Reforma em questão, Mauro Schiavi (2017,
p. 17-18) explica que a Lei n. 13.467/17 teve uma preocupação muito intensa em
assegurar o acesso à justiça pelo reclamado, em vários de seus dispositivos, tais como:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MOREIRA, José Carlos Barbosa. "Breve notícia sobre a reforma do processo civil
alemão", In Revista de Processo, vol.111, julho-setembro de 2003, p. 105.
______________________________________________________
57
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
Resumo: O Texto a ser apresentado visa demonstrar que com o advento da lei
13.467/2017, apelidada por muitos juristas e acadêmicos como a "deforma trabalhista",
que alterou os artigos 790-B caput e parágrafo 4o., 791-A parágrafos 3o. e 4o. e 844
parágrafos 2o.,3o. e 4o., promulgada por um governo ilegítimo, surge num processo de
desconstrução dos direitos sociais, como vetor para desfragmentação do estado
democrático de direito social e do exercício pleno da cidadania. A "deforma" em
questão visa destruir toda uma lógica forjada em torno da dignidade do ser humano, da
Justiça Social, da consolidação dos Direitos Universais de Proteção a Pessoa Humana,
criando um abismo entre os(as) trabalhadores(as) e a própria Justiça, em especial, a
Justiça do Trabalho, órgão que tem vocação específica para proteção destas pessoas,
quase sempre hipossuficientes. A alteração legislativa visa criar o caos, a insegurança
jurídica, ao contrário do que foi propalado na grande mídia, abrindo-se a possibilidade
de condenação em custas processuais, honorários advocatícios, honorários periciais, na
contramão da evolução dos direitos sociais, possibilitando aquele cujo direito foi
reconhecido perdê-lo para quem o violou. A ruptura deste estado social é medida que
objetiva impedir a luta pela implementação dos direitos sociais previstos
constitucionalmente, ainda que timidamente na atual Constituição, impedindo a
escalada das conquistas da equalização entre o capital e o trabalho, evidenciando uma
intenção sórdida de bloquear o acesso ao judiciário dos menos favorecidos. Constituição
Federal de 1988 não é nenhum um modelo de eficácia, mas deu um grande passo, é
certo, no que tange aos direitos sociais, porém o pouco que se conquistou não pode ser
subtraído dos(as) cidadãos(ãs), dos(as) trabalhadores(as), que buscam diariamente
recompor os direitos violados, quase todos em estado de miserabilidade. A justiça
gratuita integral proporciona a busca da recomposição desses direitos, sem o que, as
ofensas aos direitos trabalhistas e sociais se agravarão e perpetuarão, pois há um corte
no acesso ao Judiciário. A reconstrução dos direitos sociais, em especial da classe
trabalhadora, retomará o seu rumo com a revogação total da lei 13.467/17, com a
implementação dos direitos previstos na Constituição Federal de 1988, há 30(trinta)
anos ignorados, tais como: a limitação da jornada diária de 8 horas, proteção contra a
despedida arbitrária, direito de greve oportunidade que os(as) trabalhadores(as) decidam
sobre a oportunidade e interesses que devam proteger, igualdade dos trabalhadores
domésticos aos demais e muitos outros. Deverão ser equalizadas as relações entre o
capital e o trabalho, implementando-se o princípio da igualdade, o acesso pleno e
gratuito à Justiça para os que necessitarem, respeitando-se os princípios da vedação ao
retrocesso, da inafastabilidade da jurisdição, recomposição plena dos direitos lesados e
outros.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
41
Advogada Especialista em Direito Empresarial pela Universidade Mackenzie. Especialista em Direito
do Trabalho pela Universidade São Paulo FDUSP, Aluna Especial no curso de Pós-Graduação na
Universidade São Paulo FDUSP, Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital - GPTC -
FDUSP. Email: carlaadvogada@carlaadv.com.br. Fone.(11) 99951-3230.
58
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
CESARINO JR, Antonio Ferreira, Direito Social Brasileiro 1o. volume 1963, Livraria
Freitas Bastos S/A;
CUNHA, Paulo Ferreira da, Direitos Humanos Teorias e Práticas - Valor e sentido
dos Direitos Sociais, Almedina, janeiro 2003;
SOUTO MAIOR, Jorge Luiz: SEVERO, Valdete Souto, Resistência Aportes Teóricos
contra o Retrocesso Trabalhista, Expressão Popular, 1a. Edição 2017;
59
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
SILVA, Homero Batista Mateus da, Comentários à Reforma Trabalhista, Revista dos
Tribunais, 1a. e 2a. Edição, 2017;
______________________________________________________
60
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
42
É Analista Judiciário – especialidade Direito no TRT19. Assistente jurídico em Gabinete de
Desembargadora do Trabalho/TRT19. Ex-Professor da Universidade Estadual de Alagoas. Especialista
em Direito pela Universidade Federal de Alagoas/UFAL. Licenciando em Ciências Sociais pela UFAL.
Mestrando em Direito pela UFAL, onde integra o grupo de pesquisa direito privado e contemporaneidade
(linha de pesquisa: tutela processual das relações privadas). E-mail:
andre.ferreira@trt19.jus.br.http://lattes.cnpq.br/0465338247634201
61
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
______________________________________________________
43
Graduanda do curso de Direito da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), e-mail:
daniellagstefanelli@gmail.com
44
Doutora Filosofia e Filosofia do Direito pela Johann Wolfgang Goethe Universität – Frankfurt am
Main. Professora da UFES, e-mail: bruvicenzi@googlemail.com. Membros do grupo ―Processo, Trabalho
e Previdência: Diálogos e Críticas‖.
62
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DUXBURY, Neil. The nature and authority of precedent. New York: Cambridge
University Press, 2008. [versão digital]
63
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
GOODHART, Arthur L. Determining the ratio decidendi of a case. In: The Yale Law
Journal, v. 40, n. 2. New York: JStor, 1930.
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direito processual do trabalho. 15. ed.
São Paulo: Saraiva, 2017.
MARINONI, Luiz Guilherme. Precedentes obrigatórios. 3.ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2013.
______________________________________________________
64
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SCHIAVI, Mauro. Manual de Direito Processual do Trabalho. 10. ed. São Paulo:
LTr, 2016.
45
Aluna da graduação em Direito pela Universidade Federal do Espírito Santo. Cursando o 8º período em
2018/1. Presidente do Projeto de Extensão ―Liga Universitária de Direito da UFES‖ (LUDUFES).
Membro do Grupo de Pesquisa ―Processo, Trabalho e Previdência: Diálogos e Críticas‖. Membro do
Núcleo de Estudos em Processo e Tratamento de Conflito (NEAPI). E-mail: elisalabanca@gmail.com.
65
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito Processual do Trabalho. São Paulo: Atlas, 2015.
______________________________________________________
Resumo: Tendo em vista o impacto que a tutela jurisdicional entregue à pessoa gera, a
fim de se garantir que ela se dê de forma justa, igualitária e efetiva, por vezes, faz-se
necessário o reexame das decisões. Isso decorre da natural irresignação humana, que
custa em aceitar uma decisão que a ele não é favorável, bem como da admissão, pelo
sistema judiciário, de que suas decisões podem, sim, estarem eivadas de error in
judicando ou error in procedendo. O fundamento jurídico do sistema recursal é, nesse
cenário, o duplo grau de jurisdição, que permite a reanálise de uma decisão por órgão de
hierarquia geralmente superior e colegiado. Questiona-se, no entanto, a natureza jurídica
do instituto em princípio, garantia constitucional ou direito fundamental. A partir dessa
análise, torna-se possível compreender o tratamento conferido ao ―duplo grau‖ pela
Corte Interamericana de Direitos Humanos, que o entende como garantia, e o tratamento
conferido pelo ordenamento jurídico brasileiro, que o recebe de uma forma
principiológica, admitindo o sopesamento desse instituto, que, pois, não se faz absoluto.
Nesse ponto, merece destaque a interpretação do Direito Processual do Trabalho, que
através de figuras como a ―remessa necessária‖ e o ―preparo‖, parece acolher o
entendimento do ordenamento jurídico pátrio para permitir, assim, a relativização do
princípio do duplo grau de jurisdição, tido pela CIDH como absoluto. Outro ponto que
será submetido à discussão trata do rito sumário, também conhecido como rito de
alçada, que prevê a recorribilidade restrita da sentença, mitigando o efetivo duplo grau
de jurisdição, e a sua atual vigência no ordenamento jurídico brasileiro.
46
Larissa Curto Santana, e-mail: larissacurtos@gmail.com, é graduanda do 9º período do curso de
Direito pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), integrou o grupo de estudos ―Flexibilização
Judicial dos Bens Impenhoráveis‖ e integra o grupo de pesquisa ―Processo, Trabalho e Previdência:
Diálogos e Críticas‖. Atuou como estagiária na Procuradoria Trabalhista da PGE/ES de janeiro de 2016 a
agosto de 2016. Desde junho de 2017, atua como estagiária conciliadora (TJ/ES).
66
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
______________________________________________________
Resumo: O presente trabalho tem por escopo analisar o artigo 855-A da CLT, incluído
pela Reforma Trabalhista (Lei n. 13.467/2017). O mencionado artigo aduz que será
aplicado ao Processo do Trabalho o incidente de desconsideração da personalidade
jurídica previsto no Código de Processo Civil de 2015 nos artigos 133 a 137. O Direito
do Trabalho tem como objetivo a busca de "meios legais de se proteger o trabalhador,
colocando-o, sob o prisma jurídico, em igualdade com o empregador" (ALMEIDA,
2001, p. 152), ao passo que, o Direito Processual do Trabalho visa "propiciar o acesso
dos trabalhadores à Justiça, tendo em vista garantir os valores sociais do trabalho, a
composição justa do conflito trabalhista, bem como resguardar a dignidade da pessoa
humana do trabalhador" (SCHIAVI, 2017, p. 12). Partindo dessa hipossuficiência
delegada ao trabalhador na esfera trabalhista, é que a desconsideração da personalidade
jurídica ganha relevo. O instituto aparece para evitar que fosse transferido ao
empregado os prejuízos da pessoa jurídica, ou melhor, da empresa empregadora, de que
o obreiro não tinha meios hábeis de evitar (ALMEIDA, 2001, p. 158). Dessa forma, a
análise a ser feita é se tal incidente de desconsideração do Processo Civil é compatível
com as peculiaridades que se fazem presentes no Processo do Trabalho. A conclusão é
que, não obstante a necessidade de uma regulamentação processual do instituto da
desconsideração da personalidade jurídica, o incidente civilista, nos moldes em que foi
estabelecido, apresenta-se incompatível com o Processo do Trabalho. As partes na
processualística trabalhista não possuem paridades de armas e, dessa forma,
impossibilitar a decretação de ofício do incidente pelo juiz, limitando tal decretação
apenas às partes sem assistência de advogado, seria lesar a parte mais fraca da relação
processual, qual seja, o obreiro. Em se tratando de Teoria Menor, deveria ser
possibilitada a aplicação ex officio do incidente (GAMA, 2016, p. 61-85). Até o fato de
ser um instrumento incidental é incompatível com o Processo do Trabalho. O
magistrado da Justiça do Trabalho deve zelar para que o processo chegue ao fim, com
todos os direitos concedidos em sentença adimplidos, sem que seja instaurado
incidentes que suspendam o curso da ação (LEITE, 2017, p. 596-597). Além disso, não
obstante alegarem que o princípio do contraditório não era devidamente respeitado
anteriormente à criação do incidente, não vejo como correta tal alegação. Isto porque, o
47
Graduanda do curso de Direito da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), email:
mjfmansur@gmail.com.
48
Doutora em Filosofia e Filosofia do Direito pela Johann Wolfgang Goethe Universität - Frankfurt am
Main. Professora da UFES, email: bruvicenzi@googlemail.com. Membros do grupo "Processo, Trabalho
e Previdência: Diálogos e Críticas".
67
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
sócio, ao ser legitimado passivamente, era citado para integrar a lide executória
(ALMEIDA, 2001, p. 168), além de que era possibilitado a esse sócio embargar a
execução para se discutir sua responsabilidade e legitimidade passiva para atuar no polo
passivo do processo executório (CORRÊA, 2017, p. 131).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Amador Paes de. Execução de Bens dos Sócios. Obrigações mercantis,
tributárias, trabalhistas. Da desconsideração da personalidade jurídica. 4ª ed. São
Paulo: Saraiva, 2001.
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direito processual do trabalho. 15ª ed.
São Paulo: Saraiva, 2017.
______________________________________________________
68
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, Mariana Cattel Gomes; BAPTISTA, Adriane Nakagawa. In: PINTO, Ana
Luiza Baccarat da Motta; SKITNEVSKY, Karin Hlavnicka (Coord.). Arbitram
nacional e internacional. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. 16ª ed. São Paulo: LTr,
2017.
ELIAS, Thiago Luis Carballo. Natureza jurídica da arbitragem. In: PINTO, Ana Luiza
Baccarat da Motta; SKITNEVSKY, Karin Hlavnicka (Coord.). Arbitram nacional e
internacional. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
69
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do Trabalho. 15ª ed.
São Paulo: Saraiva, 2017.
SCHIAVI, Mauro. Manual de Direito Processual do Trabalho. 12ª Ed. São Paulo:
LTr, 2017.
______________________________________________________
70
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVIM, José Manuel de Arruda. Manual de direito processual civil. 9. ed. Vol. 2.
São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005.
ASSIS, Araken de. Manual da execução. 18. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais,
2016.
CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de direito processual civil. Vol. 1. 21. ed. Rio
de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2011;
71
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
DIDIER JÚNIOR, Fredie et al. Curso de direito processual civil: execução. 7. ed. rev.,
ampl. e atual. Vol. 5. Salvador, JusPodivum, 2017.
______. Manual de direito processual do trabalho. 12. ed. São Paulo: LTr, 2017.
SILVA NETO, Manoel Jorge e. Constituição e processo do trabalho. São Paulo: LTr,
2007.
SILVA, Homero Batista. Comentários a reforma trabalhista. 1 ed. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2017.
GRUPO DE TRABALHO IV
A REFORMA TRABALHISTA E O DIREITO
INDIVIDUAL DO TRABALHO
_______________________________________________________
54
Professora associada da Faculdade Nacional de Direito e do Programa de Pós-Graduação em Direito da
Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Doutora em Ciências Jurídicas e mestre em Teoria do
Estado e Direito Constitucional pela PUC-Rio. Ex-bolsista produtividade em pesquisa 2 do CNPq.
Coordenadora do grupo Configurações Institucionais e Relações de Trabalho - CIRT-UFRJ.
Desembargadora do Trabalho (TRT-1). Correio eletrônico: sayonara@direito.ufrj.br
72
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
55
Professor substituto de Direito do Trabalho da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. Mestre
em Teorias Jurídicas Contemporâneas pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade
Federal do Rio de Janeiro - PPGD/UFRJ. Integrante do grupo de pesquisa Configurações Institucionais e
Relações de Trabalho - CIRT. Bacharel em História pela UFF e em Direito pela UFRJ. Correio
eletrônico: tpgondim@gmail.com
56
Graduanda em Direito pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), integrante do programa de iniciação científica e do grupo de pesquisa Configurações
Institucionais e Relações de Trabalho (CIRT/UFRJ). Correio eletrônico: nathaliamarbly@gmail.com
73
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HARVEY, David. Condição pós-moderna: 17ª ed. São Paulo: Edições Loyola, 2008.
__________________________________________________
Resumo: O presente artigo tem por escopo promover uma análise das características e
requisitos típicos do empregado intermitente, introduzido no ordenamento jurídico
57
Técnica em Administração pelo Instituto Federal do Espírito Santo - Campus Venda Nova do
Imigrante. Graduanda em Direito pela Universidade Federal do Espírito Santo – UFES; Pesquisadora do
Grupo de Pesquisa Processo, Trabalho e Previdência: diálogos e críticas (UFES). E-mail:
danielaulianar@gmail.com.
74
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
pátrio por meio da ―Reforma Trabalhista‖, previsto no art. 443 da CLT, o que autoriza a
―prestação de serviço subordinada mediante alternância de períodos de atividade e de
inatividade, sem remunerar o empregado pelo tempo em que se encontrar aguardando o
chamado do empregador” (ROCHA, Cláudio Jannotti da; PORTO, Lorena
Vasconcelos). Portanto, o que se percebe é justamente a flexibilização de jornada e do
salário do empregado (DELGADO, Mauricio Godinho; DELGADO, Gabriela Neves),
constituindo assim um verdadeiro retrocesso jurídico, social e econômico. Tem-se,
ainda, que o pano de fundo desta nova modalidade empregatícia é na verdade a
transferência da alteridade do empregador ao empregado, hipótese que viola o cerne do
próprio Direito do Trabalho: a proteção ao empregado. Diante deste contexto, tem-se
como tema problema para o artigo ora proposto: a modalidade empregatícia do
intermitente é constitucional? A primeira hipótese é demonstrar a sua
inconstitucionalidade por violar o direito constitucional fundamental de todo empregado
a receber salário mínimo (art. 7º, IV e VII da CR/88), bem como a sua respectiva
aposentadoria. A segunda hipótese é que na derradeira hipótese de ser considerado
como constitucional, esta modalidade empregatícia deverá ser interpretada
sistemicamente, em consonância, principalmente, com a Constituição da República, e
por isso deve lhe ser garantido o valor do salário mínimo mensal, independentemente da
jornada de trabalho imposta pelo empregador, bem como a contribuição mensal junto a
Previdência Social de um salário mínimo a titulo de salário contribuição. A metodologia
utilizada neste artigo é a qualitativa, na modalidade descritiva, consubstanciada na
pesquisa bibiliográfica e documental, por meio da análise da doutrina nacional sob a
perspectiva jurídica brasileira e internacional. O marco teórico a ser utilizado são os
Professores Maurício Godinho Delgado e Gabriela Neves Delgado (A Reforma
Trabalhista no Brasil: com os comentários à Lei n. 14.467/2017. 2ª ed. ver.,atual. e
ampl. São Paulo: LTr 2018). A discussão será em torno da ausência de limitação legal
para a contratação intermitente em cada estabelecimento; da precarização de direitos
trabalhistas básicos, tais como a segurança e a continuidade da relação de emprego; da
discrepância do §6º do novo art. 452-A da CLT com os efeitos naturalmente desejados
com a garantia de férias remuneradas, tendo em vista a previsão de pagamento ao
trabalhador, ao fim de cada prestação de serviços, de todas as contraprestações
referentes ao trabalho; bem como a sanção estipulada pelo §4º do 452-A da CLT, que dá
ao empregador a possibilidade de retenção ou desconto do salário do trabalhador como
forma de cobrança da multa, bem como a exigência, a título de compensação, de
prestação de serviços não remunerada, o que pode vir a caracterizar situações análogas à
escravidão. Em suma, abordar-se-á a realidade na qual serão inseridos inúmeros
trabalhadores que se verão compelidos a celebrar diversos contratos de trabalho
intermitentes concomitantes, sujeitando-se à insegurança e à conveniência de seus
empregadores.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
75
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
_________________________________________________________
Resumo: O presente estudo tem por objetivo analisar como as alterações no Direito do
Trabalho pela Lei 13.467/17 (reforma trabalhista) podem influenciar na contratação de
pessoas com deficiência pelas empresas, que são obrigadas a preencher de 2% a 5% dos
seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas com deficiência habilitadas,
conforme Lei 8.213/91, artigo 93, caput, conhecido como Lei de Cotas. O Substitutivo
do Projeto de Lei 6.787/16, elaborado pela Comissão Especial da reforma trabalhista,
pretendia alterar diretamente o artigo 93 em comento, excluindo da base de cálculo da
cota as funções consideradas incompatíveis com a deficiência, além de isentar as
empresas da multa no caso de descumprimento da cota por motivos alheios à vontade
do empregador. O texto final da reforma trabalhista, porém, não contemplou essa
alteração direta no artigo 93 da Lei 8.213/91. Ainda assim, as alterações na CLT, em
especial a introdução da figura do contrato de trabalho intermitente em seu artigo 443, e
as alterações na Lei 6.019/74, com a ampliação do objeto do contrato de terceirização,
instigam algumas reflexões importantes. Pode haver contratação de pessoa com
deficiência na modalidade intermitente? Essa contratação será considerada para fins da
Lei de Cotas? E no caso da terceirização de todas as atividades de uma empresa? Como
fica a obrigação legal da tomadora de contratar trabalhadores com deficiência? Para
responder a essas perguntas, o presente estudo faz uma revisão bibliográfica sobre o
tema, analisando-o à luz da Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência (Decreto 6.949/09), primeiro tratado internacional a ingressar no
ordenamento jurídico pátrio pelo quórum do artigo 5º, §3º da CF/88, e da Lei 13.146/15
(Lei Brasileira da Inclusão), de forma crítica e no contexto geral de retrocesso social
(DELGADO, 2018, p. 39-40) representado pela reforma trabalhista. Os resultados do
presente estudo reforçam o antigo argumento empresarial da falta de qualificação
profissional (CEZAR, 2009, p. 71-85), justificando a precarização do trabalho da pessoa
com deficiência e ameaçando a existência da Lei de Cotas, compreendida ainda no viés
assistencialista e de caridade, e não como forma de emancipação da pessoa com
deficiência. Nesse sentido, a reforma trabalhista vai na contramão da história e dos
avanços legislativos, também no campo da deficiência, evidenciando seu caráter
58
Mestre e Doutora em Direito do Trabalho pela USP. Bacharel em Direito pela UNESP/Franca.
Pesquisadora do GPTC - USP e do NADIR - FFLCH/USP. Servidora pública e membro da Comissão de
Acessibilidade do TRT da 2ª Região/São Paulo. E-mail: katiacezar@usp.br
76
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CEZAR, Katia Regina. Pessoas com deficiência intelectual e inclusão trabalhista: lei
de cotas. São Paulo: LTr, 2012.
LEITE, Flávia Piva Almeida; RIBEIRO, Lauro Luiz Gomes; FILHO, Waldir Macieira
da Costa (Coord.). Comentários ao Estatuto da Pessoa com Deficiência. São Paulo:
Saraiva, 2016.
MAIOR, Jorge Luiz Souto. Curso de Direito do Trabalho: teoria geral do direito do
trabalho. Volume I, Parte I. São Paulo: LTr, 2012.
77
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
_____. Trabalho assalariado e capital & salário, preço e lucro. São Paulo: Expressão
Popular, 2006.
_____________________________________________
59
Graduando em Direito pela Universidade Federal do Paraná. Pesquisador bolsista pelo CNPq. Membro
do Grupo de Pesquisa Trabalho e Direitos, sob coordenação do Prof. Dr. Sidnei Machado, junto à
Universidade Federal do Paraná. Membro da diretoria executiva da Câmara Nacional de Arbitragem
Trabalhista - CANATRA. Membro fundador do Núcleo Discente de Direito do Trabalho da UFPR. E-
mail: phegarcia.ufpr@gmail.com.
78
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
__________________________________________________
SUBORDINAÇÃO E AUTONOMIA
A necessária ressignificação da subordinação ante o art. 442-B da CLT
60
Advogado. Bacharel em Direito pela Faculdade Zumbi dos Palmares (2009-2013). Especialista em
Direito e Processo do Trabalho pela Universidade Anhanguera-UNIDERP (2014-2015) e em Direito do
Trabalho pela Faculdade de Direito da USP (2016-2017). Pós-Graduando em Economia do Trabalho e
Sindicalismo pelo Instituto de Economia da UNICAMP (2018). Membro do Grupo de Pesquisa Trabalho
e Capital - GPTC (2016-2018). E-mail: fabriciomax2@gmail.com.
79
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
80
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
____________________________________________________
Resumo: Antes mesmo dos retrocessos legislativos pelos quais passou o Direito do
Trabalho após a configuração de um novo cenário político decorrente do impeachment
da presidenta Dilma Roussef, é inegável que já existia um movimento de significativo
aumento do número de trabalhadores que prestam serviços de forma autônoma no
Brasil. A chamada Lei da Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017), vigente desde 11 de
novembro de 2017, acrescentou à CLT o art. 442-B, alterando a forma de contratação de
trabalhadores autônomos e possibilitando que estes prestem serviços com exclusividade
sem reconhecimento do vínculo empregatício, favorecendo a ampliação dessa natureza
de contratação. Após, com a criação da figura do Microempreendedor Individual (MEI)
pela Lei Complementar 128/2008, o crescimento do trabalho autônomo se tornou ainda
mais exponencial. Ocorre que, com o acréscimo do referido artigo pela Reforma
Trabalhista, as contratações de trabalhadores autônomos exclusivos podem acabar por
legitimar o desvirtuamento do vínculo empregatício, estimulando ainda mais a
pejotização e, assim, retirando os direitos e garantias às quais os trabalhadores
autônomos teriam acesso se configurado o vínculo empregatício. Desse modo, ante o
62
Graduada em Direito pela Universidade Federal do Paraná. Pós graduanda em Direito do Trabalho e
Previdenciário pela Escola da Associação dos Magistrados do Trabalho do Paraná. Advogada sindical.
Membro do Grupo de Pesquisa Trabalho e Direitos. E-mail: gvarelladeoliveira@gmail.com.
63
Mestre e Doutor em Direito das Relações Sociais pela UFPR. Professor de Direito do Trabalho e da
Seguridade na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná. Advogado. E-mail:
sidneimchd@gmail.com.
64
Graduanda em Direito pela Universidade Federal do Paraná. Membro do Grupo de Pesquisa Trabalho e
Direitos. E-mail: thaislg@livel.com.
81
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
________________________________________________________
Resumo: A sociedade passa por diversas mudanças ao longo do tempo de acordo com o
contexto histórico, cultural, religioso, entre outros. Com o intuito de acompanhar o
desenvolvimento na esfera do trabalho, o Governo brasileiro afirmou ser necessária a
atualização e reforma do texto da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT),
flexibilizando formas de trabalho que surgiram com o desenvolvimento social, dentre
elas: o contrato de trabalho intermitente (DELGADO, 2017). Essa inovadora
modalidade de contrato de trabalho foi criada por meio da Lei nº 13.467/17, cujo
trabalhador se submete à prestação de serviços e períodos de inatividade, isto é, não há
continuidade laboral, porém, presente está a subordinação do empregado ao
empregador, mesmo nos períodos de inatividade (SCHUCK, 2018). Essa nova figura
contratual introduzida no ordenamento jurídico se diferencia de outros tipos de contrato
65
Graduanda em Direito pela Universidade Federal do Espírito Santo. Integrante do Grupo de Estudos
Mundo do Trabalho e Cidadania, que compõe a RENAPEDTS, sob orientação do Professor Me. Adib
Pereira Netto Salim. Endereço de e-mail: cardoso.joanac@gmail.com.
82
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LUCHETE, Felipe. Supremo recebe 16ª ação contra mudanças da reforma trabalhista.
Revista In: Consultor Jurídico, 2 fev. 2018. Disponível em:
<https://www.conjur.com.br/2018-fev-02/supremo-recebe-16-acao-mudancas-reforma-
trabalhista>. Acesso em: 09 jul. 2018.
83
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
<https://drive.google.com/file/d/1wx4XkN0OCXQ3u2u3gkXi95lZzjOG_iWk/view>.
Acesso em: 09 jul. 2018.
__________________________________________________
Resumo: Uma das figuras novas trazidas pela ―reforma‖ trabalhista, sem dúvida uma
das mais terríveis, é o contrato intermitente. Com origem no ―zero hours contract‖ -
atualmente muito criticado e debatido na Inglaterra - foi introduzido no Brasil sem o
devido debate público, bem como explicações sobre sua funcionalidade. Do modo como
foi positivado e vem sendo implantado parece mesmo que só veio para fazer inchar as
estatísticas de pessoas empregadas. No entanto, considerando-se a justificativa, contida
no relatório apresentado pelo Deputado Rogério Marinho, de que ―o trabalho prestado
nessa modalidade contratual poderá ser descontínuo para que possa atender a demandas
específicas de determinados setores, a exemplo dos setores de bares e restaurantes ou de
turismo‖ algumas questões surgem: se o escopo era atender a demanda específica de
setores que tem variações previsíveis de serviços, era necessária a introdução dessa
figura alienígena ao ordenamento pátrio considerando-se as já elastecidas relações de
emprego permitidas pela Lei 6.019 desde 1974? se objetivo era atender a determinado
setor, não deveria, no bojo da regulamentação, estar restrita a essas atividades
econômicas o uso do polêmico e precarizante contrato, reafirmando sua condição de
exceção? se o que se tem é necessidade de extranumerário para atender a necessidade de
executarem serviços imprevistos ou para substituições de outros empregados que faltem
à escala, por que não se ampliou a utilização do empregado em sobreaviso do serviço
ferroviário para tais setores necessitados desse tipo de mão de obra? sendo
absolutamente absurda uma relação de emprego em que não haja onerosidade, poder-se-
ia aplicar as regras do sobreaviso ao contrato intermitente, com o fito de restituir o
respeito a princípios tão caros ao Estado Democrático de Direito como o Princípio da
Interpretação conforme a Constituição, Cidadania e Dignidade da Pessoa Humana, do
valor social do trabalho e do pleno emprego, bem como da vedação do retrocesso
social? Destarte, o objetivo desse artigo é, essencialmente, comparar as duas figuras que
nos parecem tão similares e antagônicas como irmãs gêmeas de gênios opostos: contrato
intermitente e sobreaviso.
66
Bacharela em direito, estudante do curso de especialização em Direito do Trabalho na FDUSP e
membra do GPTC/USP (Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital). E-mail: helena.pontes3103@gmail.com
84
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho, São Paulo: Ltr, 5ª ed.
Revê ampl, 2009.
PLÁ, Américo Rodriguez. Princípios de Direito do Trabalho, São Paulo: LTr, 3ª ed.
facsimilada, 2015.
SOUTO MAIOR, Jorge Luiz, Valdete Souto. Resistência: aportes teóricos contra o
retrocesso trabalhista – 1ªed. – São Paulo: Expressão Popular, 2017.
______________________________________
85
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
que se autonomiza e saber, se, de fato, à luz da sua realidade laboral cotidiana, ele é um
trabalhador autônomo - e por que motivações – ou se, ao contrário, ele é um trabalhador
subordinado, a suportar defraudação contratual. Virtus in medio, ou in veritas, indaga-se
desde a epígrafe? Quer dizer, que verdade se embute nessas figuras insurgentes e
intermediárias entre empregado e empreendedor? São trabalhadores subordinados a se
camuflarem de autônomos? E por que mais se concentram nos países periféricos? Sob
tais diretrizes, então, a pesquisa inova trabalho anterior, para aprofundá-lo e perscrutar o
descolamento obreiro do contrato formal de emprego, taxinomizando-o, doravante,
histórica e socioeconomicamente, sobre o lastro epistemológico da divisão internacional
do trabalho. E, nessa contextura, com base em dados estatísticos de recente publicação
periódica, conclui que o trabalho autônomo apresenta distintas feições, concentrando-se,
majoritariamente, nos países de economia periférica, enquanto é de tímida verificação,
nos países centrais. Para ilustrar, ranqueamento de 2016, no qual, o Brasil ocupa o
terceiro lugar da modalidade, com cerca de 32,9% da sua população economicamente
ativa, enquanto, os EUA, com apenas 6,4%, se coloca na décima quinta posição.
Outrossim, com variações, a certificação inovadora de que, no Brasil, o trabalho
autônomo dependente ora se encontra nos diferentes setores da economia, isto é, no
âmbito rural, na indústria e na prestação de serviços, não raro, associado à remuneração
por produtividade, terceirização, trabalho intermitente e, no caso específico do setor
terciário, ao teletrabalho e às chamadas plataformas digitais para prestação de serviço.
Além disto, percebe-se estreita relação entre o trabalho autônomo dependente e a
intensificação quantitativa e qualitativa do trabalho, com quadros de adoecimento do
trabalhador e acidentes de trabalho típicos. Eis o que se depreende do arcabouço fático
levantado, do qual, ressai a seguinte proposição: mesmo que, na formalidade, alegue-se
ausência de subordinação jurídica no trato dessa relação laboral, o trabalhador
autônomo dependente é economicamente subordinado ao tomador de seu serviço,
sujeitando-se, por consequência, a indistintas situações reais de direção e controle
patronais, a demonstrarem verdadeira relação de emprego, stricto sensu, e a desafiarem
ruptura do modelo, para tutela do hipossuficiente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de direito do trabalho – 10 ed. - São Paulo: Ltr,
2011.
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CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
http://forbes.uol.com.br/carreira/2018/07/15-paises-com-mais-trabalhadores-autonomos,
acesso em 08 de julho de 2018.
GRUPO DE TRABALHO V
TRABALHO, IDENTIDADES E
INTERSSECCIONALIDADE
_________________________________________
87
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BIROLI, Flávia Gênero, MIGUEL, Luís Felipe. Raça, classe: opressões cruzadas e
convergências na reprodução das desigualdades. Mediações - Revista de Ciências
Sociais. Londrina, vol.20, n. 2, 2015, Disponível em
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/24124
88
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
__________________________________________
70
Graduanda em Direito pela Universidade Federal de Lavras (UFLA). Integrante do Grupo de Pesquisa
Trabalho e Capital (USP) e do Núcleo de Estudos em Trabalho, História e Direitos Sociais (UFLA).
Pesquisadora do Programa de Iniciação Científica do CNPQ sob orientação do Prof. Gustavo Seferian
Scheffer Machado. E-mail: bru.maria.marques@gmail.com.
71
Graduanda em Direito pela Universidade Federal de Lavras (UFLA). Integrante do Grupo de Pesquisa
Trabalho e Capital (USP) e do Núcleo de Estudos em Trabalho, História e Direitos Sociais (UFLA).
Pesquisadora do Programa de Iniciação Científica do FAPEMIG sob orientação do Prof. Gustavo
Seferian Scheffer Machado. E-mail: mariane.brasil96@gmail.com
89
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
Resumo: O presente trabalho tem como finalidade abordar o papel da dimensão da raça
na conformação do mercado de trabalho brasileiro, propondo investida específica
quanto ao trato da marginalização e superexploração (MARINI,1973) da força de
trabalho de negras e negros. Apoiando-se nos escritos marxianos acerca do exército
industrial de reserva e da superpopulação relativa, serão abordadas as peculiaridades e
as reconfigurações destas categorias na sociedade brasileira, sobretudo, a partir do
conceito de franja marginal, idealizado nos estudos de Clóvis Moura. Para tanto, busca-
se aporte teórico nos textos de Marx, em especial, nos escritos de O Capital, Livro 01,
(MARX,2013) e dos Grundrisse (MARX,2011), os quais indicam uma análise precisa
sobre a constituição o papel dos componentes populacionais no mercado de trabalho.
Paralelamente, será dado um destaque à ideia de franja marginal, presente nos trabalhos
de Clóvis Moura, principalmente, no texto ―Escravismo, colonialismo, imperialismo e
racismo‖ produzido em 1983. Para atingir o objetivo proposto pretende-se abordar três
aspectos. Inicialmente, para possibilitar esse estudo é fundamental traçar as definições
de exército industrial de reserva e superpopulação relativa desde a obra marxiana, bem
como a categoria mouriana, contextualizando-a no papel de determinar para a baixa de
salários da classe trabalhadora ativa no Brasil. Para tanto, se demonstrará que a franja
marginal distingue-se do modelo clássico europeu proposto por Marx, uma vez que é
composta pela população negra, assumindo, portanto, uma contradição suplementar do
modo de produção capitalista na particularidade brasileira. Analisa-se, ainda, o modo
como a dimensão da raça é operacionalizada na história brasileira para formação de uma
grande massa marginalizada e superexplorada de trabalhadores e trabalhadoras. Em
seguida, almeja-se abordar como negras e negros ficam à margem da construção das
relações de trabalho capitalistas no Brasil e são relegados a postos de trabalho precários,
ao desemprego e à marginalidade laboral. Para tanto, serão destacados dados
estatísticos, sobretudo advindos do PNAD, para sinalização de tal fato. Daqui desponta
nossa hipótese mais forte, que associa o processo de exclusão social da população negra
na formação histórica brasileira, baseada no mito da democracia racial, à ampliação da
precariedade dos postos de trabalho, intensificada, atualmente, nos retrocessos na
legislação social brasileira, sobretudo, nos marcos legais da contrarreforma trabalhista
(Lei n.13.467/17) e da terceirização do setor público. Assim, levando em conta que a
marginalização da população negra representou, no Brasil, assim como em todos os
países da periferia do capital, um grande trunfo do desenvolvimento capitalista,
estimulando alterações substanciais na superexploração dessa força de trabalho e
entoando concepções históricas burguesas de que estes sujeitos não participaram dos
processos de lutas sociais, esperamos poder evidenciar tais questões de raça , sinalizar
os impactos de tais mudanças na vida da classe trabalhadora e fomentar futuro
aprofundamento do estudo sobre o papel do direito no processo de legalização da
superexploração e marginalização dos postos de trabalho ocupados por negras e negros.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
90
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
MARX, Karl. Grundrisse. São Paulo: Boitempo, 2011. Tradução de: Mário Duayer e
Nélio Schneider.
___________. O capital. Livro I. São Paulo: Boitempo, 2013. Tradução de: Rubens
Enderle.
_________________________________________
72
Mestranda em Administração pelo Centro de Pós-graduação e Pesquisa em Administração da
Universidade Federal de Minas Gerais. Pesquisadora do núcleo de Estudos Críticos: Trabalho e
Marxologia (Nec-TraMa). Bacharela em Administração pela Universidade Federal de Viçosa. Atualmente
é bolsista CAPES pela UFMG. E-mail: paulacristina.m.fernandes@gmail.com
73
Mestranda em Administração pelo Centro de Pós-graduação e Pesquisa em Administração da
Universidade Federal de Minas Gerais. Pesquisadora do núcleo de Estudos Críticos: Trabalho e
Marxologia (Nec-TraMa). Bacharela em Administração pela UFMG. E-mail:
mariliaduartesouza@gmail.com
74
Doutoranda em Administração pelo Centro de Pós-graduação e Pesquisa em Administração da
Universidade Federal de Minas Gerais. Mestre/UFS e Bacharela em Administração. Professora Assistente
no Centro Multidisciplinar Bom Jesus da Lapa da Universidade Federal do Oeste da Bahia - UFOB.
Pesquisadora do grupo de pesquisa Núcleo de Estudos Críticos Trabalho e Marxologia (NEC-TraMa). E-
mail: jannaferraz@me.com
91
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
trabalho, isto é, haveria uma distinção de tarefas e atribuições entre homens e mulheres
baseada nas relações sociais desiguais e nos papéis que se esperam ser cumpridos pelas
diferentes categorias de sexos. Assim, nosso objetivo consiste em analisar a reprodução
da divisão sexual do trabalho no sistema prisional em sua mediação pelo Estado. O
método pode ser caracterizado por um estudo qualitativo, a coleta de dados foi realizada
em 17 unidades prisionais, com entrevistas (detentos, agentes e profissionais liberais) e
análise documental. Após o tratamento dos dados realizamos uma análise crítica
tomando por horizonte à concepção marxiana da teoria do valor capital-trabalho.
Percebemos que o trabalho dos/as agentes é desenvolvido em condições precárias de
reprodução da vida, entretanto, no caso das agentes mulheres, a situação se agrava em
razão da opressão gênero. Às agentes ficam "naturalmente" destinadas às atividades de
limpeza, cozinha e o processo de revista de alimentos e sacolas, enquanto aos agentes
são atribuídas atividades como a segurança, transporte, muralhas, entre outros. Tal
como ocorre na maior parte dos lares brasileiros, o trabalho doméstico é atribuído à
mulher, pois os homens devem se ocupar do trabalho de "verdade", ou seja, o trabalho
produtivo. A divisão sexual do trabalho também se estende às atividades laborais que
são realizadas pelas detentas que ocupam apenas 10% dos escassos postos de trabalho.
Ademais, o Estado oferece cursos distintos para homens e mulheres, isto é, mesmo no
cárcere, as ofertas de vagas são restritas e excludentes, tipificando a existência de
trabalhos ―masculinos versus femininos‖. Para eles, a formação se destina à construção
civil, serviços de baixa complexidade (garçom, pintor, artesanatos, artísticos, etc) e
atividades agropecuárias. Enquanto para elas os cursos são cabeleireira, manicure,
limpeza de pele, confeitaria, padaria, cozinheira, e afins. Dá-se a impressão, de que os
cursos para a profissionalização para os homens têm maior relevância, dado sua relação
com o processo produtivo e os cursos para as mulheres, por sua vez, aparecem como
"gasto". Concluímos que o sistema prisional foi concebido e produzido a partir das
necessidades e valores tidos como masculinos, isto é, reproduzindo as relações de
opressão e de exploração existentes além dos muros prisionais, impulsionando a
reprodução da divisão sexual do trabalho e empobrecendo ainda mais a força de
trabalho. Cabe ressaltar as implicações desse fato para a ressocialização desses
indivíduos, homens e mulheres, cuja opressão e exploração são mobilizados para extrair
até a última gota de possibilidade de humanização.
___________________________________
75
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
92
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
DAVIS, Angela. Mulheres, Raça e Classe. 1ª ed. São Paulo: Boitempo, 2016.
MAIOR, Jorge Luiz Souto. Curso de Direito do Trabalho. Volume I – Parte II. São
Paulo: Ltr, 2017.
______________________________________________
93
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MBEMBE, Achille. “Necropolítica”. In: Arte & Ensaios, n. 32, Rio de Janeiro, UFRJ,
dez.2016, p. 122-151.
94
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
___________________________________________________
95
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Lei nº 11.324, de 19 de Julho de 2006 - Altera dispositivos das Leis nos
9.250, de 26 de dezembro de 1995, 8.212, de 24 de julho de 1991, 8.213, de 24 de julho
de 1991, e 5.859, de 11 de dezembro de 1972; e revoga dispositivo da Lei no 605, de 5
de janeiro de 1949.
96
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
JESUS, Carolina Maria de Jesus. Quarto de despejo – Diário de uma favelada. 9. ed.
– São Paulo: Ática, 2007.
97
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
QUIJANO, Aníbal. El Trabajo. Argumentos. 146, Anõ 26. Núm. 72, mayo-agosto
2013.
______________________________________________
Tainã Góis
98
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Hirata, Helena & Kergoat, Danièle. A classe trabalhadora tem dois sexos, Estudos
Feministas, 2 (3): 93-100, 1994.
99
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
______________________________________________
100
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BUTLER, Judith. Cuerpos que importan: sobre los límites materiales y discursivos
del “sexo”. Traducción: Alcira Bixio. 1ª edición. Buenos Aires: Paidós, 2002.
LÓPEZ, Daniel J. García. ¿Teoria jurídica queer?: Materiales para una lectura
queer del derecho. AFD, 2016 (XXXII), p. 323-348. Disponível em:
<https://www.boe.es/publicaciones/anuarios_derecho/abrir_pdf.php?id=ANU-F-2016-
10032300348_ANUARIO_DE_FILOSOF%CDA_DEL_DERECHO_%BFTeor%EDa_
jur%EDdica_queer?_Materiales_para_una_lectura_queer_del_derecho>. Acesso em: 25
de junho de 2018.
101
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
MORINI, Cristina. Por amor o a la fuerza: feminización del trabajo y biopolítica del
cuerpo. Traducción: Joan Miquel Gual Bergas. 1ª edición. Madrid: Traficantes de
sueños, 2014.
SALIH, Sara. Judith Butler e a Teoria Queer. Tradução: Guacira Lopes Louro. 1ª
edição. 2ª reimpressão. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.
SUPIOT, Alain. Crítica del derecho del trabajo. Traducción: José Luis Gil y Gil.
Madrid: Ministerio de Trabajo y Asuntos Sociales de España, 1996, p. 59-88.
SUPIOT, Alain. ¿Por qué un derecho del trabajo? Traducción: José Luis Gil y Gil.
Documentación laboral. n. 39. 1993, p. 11-28.
VALDES, Francisco. Afterword & Prologue: Queer Legal Theory, 83 Cal. L. Rev.
344 (1995), p. 344-377. Disponível em: <
https://scholarship.law.berkeley.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1695&context=califor
nialawreview>. Acesso em: 23 de junho de 2018.
_____________________________________________
102
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
103
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
DARDOT, Pierre & LAVAL, Christian. A nova razão do mundo: ensaios sobre a
sociedade neoliberal. São Paulo: Boitempo, 2016.
DAVIS, Angela. Mulheres, Raça e Classe. Tradução de Heci Regina Candiani. São
Paulo: Boitempo, 2016.
__________________________________________________
104
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CANDIDO, Antonio. Vários escritos. 1ª ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2011.
MARX, Karl. O capital. Livro I. São Paulo: Boitempo, 2013. Tradução de: Rubens
Enderle.
SATIE, Luis. Direito e estética: nota crítica. Revista Direito GV São Paulo. 6(2). p.
631-640, 2010.
_________________________________________________
105
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
Resumo: Já há alguns séculos o tema da sexualidade humana tem sido trabalhado pela
produção científica, seja ela do campo das ciências biológicas/médicas, seja do campo
social/humano. Como Foucault bem aborda na sua obra História da Sexualidade I: a
vontade de saber (2017), esses estudos passaram (e ainda passam) por critérios morais,
discursivos e normativos que, resumidamente, impõem normas sexuais sobre os corpos
dos indivíduos. A subordinação a essas normas acaba por conformar o sujeito, trata-se
de uma subjetivação que também é sujeição; em outras palavras, o sujeito é conformado
a partir das normas às quais está sujeito (note-se, aqui, a utilização do termo ―sujeito‖
enquanto substantivo e adjetivo). Essas normas têm ainda a função, e a consequência, de
se criar um padrão de ―normalidade‖ social, atribuindo de humanidade e valor aqueles
que se adequam ao padrão, enquanto aqueles que se revelam dissidentes tendem a ser
estigmatizados (GOFFMAN, 1988). Dessa maneira, expor-se-á a situação de uma
camada estigmatizada da população: a de travestis e transexuais, no âmbito do trabalho
formal do mercado de emprego. Essas pessoas são frequentemente discriminadas pela
sociedade em geral e estima-se que sua maioria esteja às margens do mundo do
trabalho, seja na prostituição ou em outras formas precárias de prestação de serviço sem
o reconhecimento de direitos trabalhistas. Muito em razão disso, quando um emprego é
ofertado a alguma travesti ou transexual, seu empregador toma para si uma figura quase
messiânica de salvador. Tal situação faz com que não sejam raros pedidos exagerados
para com essa(e) empregada(o), que não pode decepcionar em nenhuma situação. Esse
cenário de superexploração ainda é corroborado pelo fato de as pessoas estigmatizadas
terem retiradas de si seu aspecto individual, sendo-lhes imbuída uma generalidade de
representação, dessa maneira, qualquer erro cometido é associado a todo o grupo que
aquele indivíduo pertence; se uma travesti erra no trabalho ela não ―mancha‖ apenas sua
imagem, mas a imagem de todas as outras travestis. Diante disso a realidade da
subordinação no emprego para essas pessoas será trazida à tona na pesquisa, que se
valerá de métodos qualitativos de obtenção de informações com a realização de
pesquisas semiestruturadas com trabalhadoras(es) trans e travestis que já tiveram
experiência no mercado formal de emprego.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGAMBEN, Giorgio. Homo sacer: o poder soberano e a vida nua. Trad. Henrique
Burigo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007.
106
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
_________________________________________
107
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
____________________________________________
76
Servidora do Tribunal Regional do Trabalho da 2.ª Região. Mestranda e Especialista em Direito do
Trabalho pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Pesquisadora do GPTC. E-mail:
larajob@hotmail.com
77
Servidora do Ministério Público do Estado de São Paulo. Mestranda em Direito do Trabalho pela
Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. E-mail: ticianenatale@gmail.com
78
Advogada Trabalhista. Doutoranda em Direito do Trabalho pela Faculdade de Direito da Universidade
de São Paulo. Pesquisadora do GPTC. E-mail: gabrielacaramuru@gmail.com
108
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
GRUPO DE TRABALHO VI
109
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
79
Mestrando em Direito do Trabalho na Universidade Federal de Minas Gerais sob a orientação do prof.
Pedro Augusto Gravatá Nicoli, na Área de Concentração ―Direito e Justiça‖, na Linha de Pesquisa
―História, Poder e Liberdade‖. Integrante do grupo ―Trabalho e Resistência‖, da UFMG, sob a
coordenação dos profs. Daniela Muradas, Maria Rosaria Barbato e Pedro Augusto Gravatá Nicoli. E-
mail: mttoledo7@gmail.com
80
Mestranda em Direito do Trabalho na Universidade Federal de Minas Gerais sob a orientação da profª.
Maria Rosaria Barbato, na Área de Concentração ―Direito e Justiça‖, na Linha de Pesquisa ―História,
Poder e Liberdade‖. Integrante do grupo ―Trabalho e Resistência‖, da UFMG, sob a coordenação dos
profs. Daniela Muradas, Maria Rosaria Barbato e Pedro Augusto Gravatá Nicoli. E-mail:
natmoura7@hotmail.com
110
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTUNES, Ricardo Luis Coltro. O caracol e sua concha. Ensaios sobre a nova
morfologia do trabalho. São Paulo: Boitempo, 2011.
BECK, Ulrich. Sociedade do Risco: rumo a uma outra modernidade. São Paulo:
Editora 34, 2010.
111
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
HOBSBAWM, Eric. A era dos extremos. O breve século XX 1914-1991. Trad. Marcos
Santarita. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
112
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
________________________________________________________
81
Mestrando em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) na linha de pesquisa
―História, Poder e Liberdade‖ e área de estudo ―Trabalho e Democracia‖. Integrante do grupo de pesquisa
―Trabalho e Resistências‖ da UFMG.
113
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
transformações sociais e seus impactos sobre a teoria das classes, entender a classe
como relação e processo e, ao final, demonstrar que a teoria da classe como relação e
processo serve não apenas para clarificar a formação das classes na sociedade inglesa do
século XVIII, mas para ajudar a evidenciar os caminhos da classe no momento atual.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HARDT, Michael, NEGRI, Antonio. Império. 4ª ed.. Rio de Janeiro: Record, 2002.
__________________________________________________
Resumo: O presente artigo tem por objetivo demonstrar o avanço destruidor da direita
em todo o continente, e, no Brasil, bem como traçar a ofensiva do capital, para superar
sua própria crise. Isso, através da metamorfose de gerência nas relações trabalhistas,
mediante a acumulação flexível implementada no processo de reestruturação produtiva
com o escopo de retomar-se as taxas de lucro para o capital, intensificando-se, ainda
mais, a exploração da força de trabalho humana. Logo, a investida neoliberal e o
82
Doutora em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (2010). Professora Adjunta da
Universidade Federal de Pernambuco. Coordena o Grupo de Pesquisa "Direito do Trabalho e Teoria
Social Crítica". (juliana.teixeira2@gmail.com).
83
Graduada em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco. Mestranda em Direito do Trabalho
pela Universidade Federal Pernambuco, integrante do grupo de pesquisa "Direito do Trabalho e Teoria
Social Crítica". (lima.danietty @hotmail.com).
114
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
____________________________________________
115
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
116
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
_____________________________________________________________
Resumo: Pretende-se lançar um olhar para algumas das causas que levaram à aprovação
da Lei 13.467, de 13 de junho de 2017, investigando os fatores da realidade política,
econômica e social do Brasil que a viabilizaram ou, mais precisamente, quais são as
explicações, a partir de uma perspectiva marxista, para essa mudança qualitativa no
patamar dos direitos trabalhistas constitucionalizados. Importante na análise, localizar
historicamente as (1) mobilizações populares de junho de 2013, (2) greves de 2014, (3)
manifestações de 2015, (4) o impeachment da presidente Dilma Rousseff e (5) a
―Operação Lava Jato‖. Sabe-se que várias reformas precarizantes foram tentadas nas
últimas décadas, muitas das quais implementadas. É, todavia, inegável que a
modificação referenciada impacta a proteção social trabalhista estruturalmente, o que
86
Juliana Benício Xavier é mestre em direito público pela Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais (2010-2013). Doutoranda em Direito do Trabalho pela Universidade de São Paulo (2018-).
Membro do Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital. julianabenicio@usp.br
87
Maria da Glória Ferreira Trogo é graduada em direito pela Universidade Federal de Ouro Preto (2010-
2013). gloriatrogo@gmail.com
117
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIEESE. Balanço das greves em 2013 - nº 79. dezembro. 2015. Disponível em:
<https://www.dieese.org.br/balancodasgreves/2013/estPesq79balancogreves2013.pdf>.
Acesso em 01 jan. 2018.
118
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
MARX, Karl. Crítica da Filosofia do Direito de Hegel. São Paulo, Boitempo, 2005.
SINGER, André. Brasil, junho de 2013: Classes e ideologias cruzadas. São Paulo,
Sielo, 2013. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-33002013000300003>.
Acesso em 20 out. 2017.
ORTELLADO, Pablo; SOLANO, Esther. Nova direita nas ruas? Uma análise do
descompasso entre manifestantes e convocantes dos protestos antigoverno de 2015.
Perseu: História, Memória e Política, v. 11, p. 169-181, 2016.
_______________________________________________________
119
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COCCO, G., LAZZARATO, M., HOPSTEIM, G., & (Org). As Multidões e o Império
Entre lo alização da uerra e Universalização de ireitos Rio de Janeiro: DP&A,
2002.
120
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
LESSA, S. Para além de Marx cr tica da teoria do tra alho imaterial São Paulo:
Xamã, 2005.
SUNDARARAJAN, A. The sharing economy: the end os employment and the rise of
crowd-based. Cambridge: The MIT Press, 2016.
__________________________________________________________
Anne Ferreira91
Leura Dalla Riva92
Elsa Cristine Bevian93
91
Estudante de graduação em Direito na Universidade Regional de Blumenau (FURB), estagiária no
Tribunal de Justiça de Santa Catarina - Juizado Especial Cível e Criminal, bem como no Centro Judiciário
de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC) da Comarca de Pomerode/SC. Integra o Grupo de
Pesquisas Trabalho e Dignidade, Constituição e Transnacionalização, assim como o Grupo de Estudos em
Teorias da Justiça - GETJUS. Contato: anneferreira99@gmail.com.
92
Acadêmica de Direito da Universidade Regional de Blumenau – FURB. Estagiária do Ministério
Público Federal na Procuradoria da República do Município de Blumenau/SC. Integra o Grupo de
Pesquisas Trabalho e Dignidade, Constituição e Transnacionalização, assim como o Grupo de Estudos em
Teorias da Justiça - GETJUS. Contato: leura-d@hotmail.com
93
Doutora em Ciências Humanas (UFSC). Docente do Departamento de Direito da Universidade
Regional de Blumenau (FURB) e leciona as disciplinas de Direito do Trabalho, Seguridade Social e
Direitos Humanos. Coordena o Grupo de Pesquisas Trabalho e Dignidade, Constituição e
121
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
Transnacionalização, que integra a RENAPEDTS, assim como o Grupo de Estudos em Teorias da Justiça
- GETJUS. Contato: elsabevian@gmail.com.
122
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KREIN, Dari José; MARACCI, Denis Gimenez; SANTOS, Anselmo Luis dos
(Organizadores). Dimensões críticas da reforma trabalhista no Brasil. – Campinas,
SP: Curt Nimuendajú, 2018.
NOBRE, Marcos. Choque de democracia – razões da revolta. São Paulo: Cia. Das
Letras, 2013.
____________________________________________________________
94
Filiação institucional: PPGD/PUC-Minas. Membro pesquisador do grupo de pesquisa RED –
Retrabalhando o Direito, da PUC-Minas, vinculado à Rede Nacional de Grupos de Pesquisas e Estudos
em Direito do Trabalho e da Seguridade Social (RENAPEDTS). Pós-doutor em Direito pela Universidad
Nacional de Córdoba/ARG. Doutor em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais. Mestre em
Direito pela PUC-SP. Juiz do Trabalho. cleberlucio@uai.com.br
95
Filiação institucional: Faculdade Milton Campos. Membro pesquisador do grupo de pesquisa RED –
Retrabalhando o Direito, da PUC-Minas, vinculada à Rede Nacional de Grupos de Pesquisas e Estudos
em Direito do Trabalho e da Seguridade Social (RENAPEDTS). Pós-doutora em Direito pela Universidad
Nacional de Córdoba/ARG. Doutora em Direito Privado pela PUC-Minas. Mestre em Direito Privado
pela PUC-Minas. Advogada. waniag@uai.com.br
Mestranda em Direito do Trabalho pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da PUC/MG. Graduada
em Direito pela Faculdade Kennedy de Minas Gerais. Servidora do TJMG. Integrante do grupo de
pesquisa RED – Retrabalhando o Direito. E-mail: tallufernandes@gmail.com.
123
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DOWBOR, Ladislau. A era do capital improdutivo: por que oito famílias têm mais
riqueza que a metade da população do mundo? São Paulo: Autonomia Literária, 2017.
HARVEY, David. Os limites do capital. Tradução Magda Lopes. 1 ed. São Paulo:
Boitempo, 2013.
MARX, Karl. O Capital. Tradução Rubens Enderle. São Paulo: Boitempo, 2013.
MÉSZÁROS, István. Para além do capital: rumo a uma teoria da transição. Tradução
Paulo Cézar Castanheira, Sérgio Lessa. 1 ed. rev. São Paulo: Boitempo, 2011.
124
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
RUBIN, Isaak Illich. A teoria marxista do valor. São Paulo: Polis, 1987.
____________________________________________________
96
Bacharel em direito pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), mestrando em direito pela
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), sob orientação do Professor Dr. David Gomes. Membro
no Núcleo de Estudos Direito Modernidade e Capitalismo (UFMG) e do Grupo de Pesquisa Trabalho e
Capital (GPTC/USP). E-mail: rayannkmassahud@gmail.com
97
Acadêmico de Direito na Universidade Federal de Lavras, atualmente é aluno em mobilidade
acadêmica na Faculdade de Direito da Universidade de Brasília ,é monitor da disciplina Teoria da
Constituição (UFLA) e Teoria Geral do Estado ( UNB). Pesquisa Teoria do Direito com ênfase em Teoria
Crítica. É membro dos núcleos de estudos Direito, Modernidade e Capitalismo (UFMG), do Grupo de
Estudos Percursos, Narrativas e Fragmentos: História do Direito e do Constitucionalismo (UNB) e do
Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital no Direito Social vinculado à Faculdade de Direito do Largo de
São Francisco (USP).
E-mail: caparelifelipe@gmail.com
125
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
_______________________________________________________
A OUROBOROS CAPITALISTA
Porque a constituição recíproca das violências no capitalismo nos aponta seu fim
126
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
127
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
______________________________________________________________________
99
Mestranda em Direito pela UFMG. Membro do Diverso - Núcleo Jurídico de Diversidade Sexual e de
Gênero, do grupo de pesquisa Trabalhar as/às margens e do grupo de pesquisa Trabalho e resistências.
E-mail: barbara_a_duarte@yahoo.com.br
128
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ENGELS, Friedrich. A origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado.
Trabalho relacionado com as investigações de L. H. Morgan. 9. ed. Tradução de
Leandro Konder. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1984. p. 03.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã: crítica da mais recente filosofia
alemã em seus representantes Feuerbach, B. Bauer e Stirner, e do socialismo alemão em
seus diferentes profetas (1845-1846). Trad. Rubens Enderle et al. São Paulo: Boitempo,
2007. p. 36-37.
__________________________________________________________
129
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
Resumo: O presente resumo trata de uma proposta de elaboração de artigo que busca
uma abordagem dos contextos gerais que envolveram a formatação do varguismo no
Brasil e do peronismo na Argentina, a partir da formação econômica de seus
capitalismos dependentes. A relação entre centro e periferia influenciou, e influencia,
uma série de conformações políticas, econômicas e sociais nos chamados países
periféricos. Num sistema-mundo interconectado as relações entre desenvolvimentos
nacionais torna-se importante objeto de reflexão, ainda mais se considerarmos, como
José Luis Fiori, que ―nenhum caso de desenvolvimento econômico nacional bem-
sucedido consegue ser entendido e explicado isoladamente ou a partir de fatores
exclusivamente endógenos‖ (FIORI, 214, p.37). A relação entre centro e periferia foi
desde sempre muito abordada por diversos autores. Caio Prado Jr. define o sentido da
colonização brasileira, por exemplo, como algo voltado para o comércio exterior, como
algo ―voltado para fora do país e sem atenção a considerações que não fôssem o
interêsse daquele comércio‖ (PRADO JR, 1961, p.26). No caso Argentino, por
exemplo, Miguel Murmis e Juan Carlos Portantiero – no que seja talvez a mais
importante obra argentina sobre a gênese do peronismo – afirmam que a
industrialização argentina foi um processo comandado por uma elite conservadora de
proprietários de terras que apoiou um crescimento industrial sem transformações
econômicas estruturais e orientado a interesses internacionais (MURMIS E
PORTANTIERO, 2012, pp.61-63). No mesmo sentido, Florestan Fernandes – ao
escrever sobre a sociedade de classes no capitalismo dependente brasileiro – afirma que
existe uma espécie de ―pacto sagrado‖ entre a burguesia nacional que antes de um
desenvolvimento capitalista moderno busca a sua própria manutenção enquanto classe
exploradora. E mais do que isso, a acomodação de interesses entre as classes burguesas
e as classes subalternas, como uma expectativa de sujeição passiva de uma classe à
outra seria a ―espinha dorsal do subdesenvolvimento‖ (FERNANDES, 2008, pp.85-86).
As formações econômicas nacionais, fora do eixo central da alta acumulação, impõem
que condições severas de pobreza, subdesenvolvimento e atraso convivam, e em certa
medida se conformem, com áreas de acúmulo de riqueza, modernidade e suposto
avanço. Entendemos que o reconhecimento dessa nossa condição – de nações que não
fazem parte do centro que majoritariamente se beneficia da expansão capitalista – é
fundamental para a colocação do problema de superação de nosso estado de coisas.
Varguismo e peronismo foram, a seu tempo e em seus países, uma forma nacional de
lidar com suas estruturas subdesenvolvidas. A adoção de políticas com forte conteúdo
social e de regulação das relações entre capital e trabalho em ambos os fenômenos
políticos nos interessa nesse contexto na medida em que podemos, com sua exploração,
entender melhor o caminho que nos trouxe até o contemporâneo e nos municiarmos de
subsídios para enfrentarmos os desmontes e retrocessos sociais que estão sendo
impostos aos que vivem da venda de sua força de trabalho.
100
Advogado. Graduado, mestre e doutorando em Direito do Trabalho e da Seguridade Social pela
Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Membro do Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital,
GPTC-USP. E-mail: josecarlos.callegari@gmail.com
130
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
131
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
________________________________________
101
Advogado Trabalhista. Graduado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas
(PUCC). Especialista em Direito do Trabalho pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo
(USP). Pesquisador do Núcleo de Pesquisa e Extensão ―O Trabalho além do Direito do Trabalho:
dimensões da clandestinidade jurídico-laboral‖ (USP). andre@carvalhoribeiro.adv.br. Membro do Grupo
de Pesquisa: O Trabalho além do Direito do Trabalho: dimensões da clandestinidade jurídico-laboral.
132
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
BIBLIOGRAFIA PRELIMINAR
133
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
ASSIS NETO, Sebastião; JESUS, Marcelo de; MELO, Maria Izabel de. Manual de
direito civil. Volume único. 2. ed. Salvador: Juspodivm, 2014.
CASO de trabalho escravo envolve Luigi Bertolli e Cori. MPT, São Paulo, 22 mar.
2013. Disponível em: <http://portal.mpt.mp.br/wps/portal/portal_mpt/mpt/noticias>.
Acesso em: 03 jan. 2018.
CHI, Jung Yun. O bom retiro dos coreanos: descrição de um enclave étnico.
Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São
Paulo, 2016.
CJF. Primeira Jornada de Direito Civil. Brasília: CJF, 2003. p. 47-49. Disponível em:
<http://www.cjf.jus.br/cjf/CEJ-
Coedi/jornadascej/Jornada%20de%20Direito%20Civil%201.p df/view>. Acesso em: 15
fev. 2018.
134
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
COM Animale e A. Brand, Brasil registra 37 marcas de moda envolvidas com trabalho
escravo nos últimos oito anos. Repórter Brasil, São Paulo, 19 dez. 2017. Disponível
em: <http://reporterbrasil.org.br/2017/12/com-animale-e-a-brand-brasil-registra-37-
marcas-de-moda-envolvidas-com-trabalho-escravo-nos-ultimos-oito-anos/>. Acesso
em: 08 jan. 2018.
CONFECÇÕES são processadas por trabalho escravo. MPT, São Paulo, 19 fev. 2014.
Disponível em: <http://portal.mpt.mp.br/wps/portal/portal_mpt/mpt/noticias>. Acesso
em: 03 jan. 2018.
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de direito do trabalho. 14 ed. São Paulo: LTr,
2015.
DIEESE; CUT. Terceirização e Desenvolvimento: uma conta que não fecha. São
Paulo: Central Única dos Trabalhadores, 2014. Disponível em:
<https://cut.org.br/system/uploads/ck/files/Dossie-Terceirizacao-e-
Desenvolvimento.pdf>. Acesso em: 22 set. 2016.
DONA da marca Cori disse desconhecer trabalho escravo. Exame, São Paulo, 18 abr.
2013. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/negocios/dona-da-marca-cori-disse-
desconhecer-trabalho-escravo/>. Acesso em 03 jan. 2018.
ESCRAVAS da Moda. Repórter Brasil, São Paulo, 19 ago. 2010. Disponível em:
<http://reporterbrasil.org.br/2010/08/escravas-da-moda/>. Acesso em 08 jan. 2018.
135
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
KAWAY, Mina; VIDAL, Pedro Walter G. Tang. Dumping social: relação das
multinacionais e dos sujeitos de direito público interno e externo com as normas de
trabalho. Revista Eletrônica do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, v. 4, n.
136
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
KHOURI, Juliana Mouawad. Pelos caminhos de São Paulo: a trajetória dos sírios e
libaneses na cidade. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas, Universidade de São Paulo, 2013.
LOCATELLI, Piero. Brooksfield Donna, marca da Via Veneto, é flagrada com trabalho
escravo. Repórter Brasil, São Paulo, 20 jun. 2016. Disponível em:
<http://reporterbrasil.org.br/2016/06/brooksfield-donna-marca-da-via-veneto-e-
flagrada-com-trabalho-escravo/>. Acesso em: 03 jan. 2018.
MANIK, Julfikar Ali; Yardley, Jim. Building collapse in Bangladesh leaves scores
dead. The New York Times, Nova Iorque, 25 abr. 2013. Disponível em:
<http://www.nytimes.com/2013/04/25/world/asia/bangladesh-building-collapse.html>.
Acesso em 06 fev. 2018.
137
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
MELO, Luís Antônio Camargo de; et al. O novo direito do trabalho: a era das cadeias
produtivas. In: MIESSA, Élisson; CORREIA, Henrique (Org.). Estudos aprofundados
MPT. vol. 2. Salvador: Juspodivm, 2015. p. 217-234.
MULLANY, Gerry. Workers face police gunfire amid unrest in Cambodia. The New
York Times, 3 jan. 2014. Disponível em:
https://www.nytimes.com/2014/01/04/world/asia/cambodia-protests.html. Acesso em:
06 jan. 2018.
OIT. Decent work in global supply chains. Report IV. 105th International Labour
Conference. Geneva: ILO, 2016. p. 1. Disponível em:
http://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---ed_norm/---
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Disponível em: <http://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---asia/---ro-
bangkok/documents/publication/wcms_528512.pdf>. Acesso em: 17 out. 2017.
___. Resolution concerning decent work in global supply chains. 105th International
Labour Conference. Geneva: ILO, 2016.
OLIVEIRA NETO, Alberto Emiliano de; PEREIRA, Ricardo José Macedo de Britto.
Liberdade sindical e terceirização: a reconstrução do conceito de categoria. Revista do
MPT, n. 48, set. 2014. São Paulo: LTr, 2015. p. 89-111.
ONU. Guiding principles on business and human rights. Nova Iorque, Geneva: UN,
2011.
138
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
PYL, Bianca; HASHIZUME, Maurício. Roupas da Zara são fabricadas com mão de
obra escrava. Repórter Brasil, São Paulo, 16 ago. 2011. Disponível em:
http://reporterbrasil.org.br/2011/08/roupas-da-zara-sao-fabricadas-com-mao-de-obra-
escrava/. Acesso em: 03 jan. 2018.
RELIVING the Rana Plaza factory collapse. The Guardian, Londres, 24 abr. 2015.
Disponível em: <https://www.theguardian.com/cities/2015/apr/23/rana-plaza-factory-
collapse-history-cities-50-buildings>. Acesso em 06 fev. 2018.
139
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
RESPOSTA da Animale. Repórter Brasil, São Paulo, 19 dez. 2017. Disponível em:
<http://reporterbrasil.org.br/2017/12/resposta-da-animale/>. Acesso em 03 jan. 2018.
ROBBINS, Ira P. The ostrich instruction: deliberate ignorance as a criminal mens rea.
The Journal of Criminal Law Criminology, Northwestern University School of Law,
USA, v. 81, Summer 1990, p. 196. Disponível em:
<https://scholarlycommons.law.northwestern.edu/cgi/viewcontent.cgi?referer=https://w
ww.goog le.com.br/&httpsredir=1&article=6659&context=jclc>. Acesso em: 15 fev.
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ROTA de entrada evita fronteira vigiada. Folha de São Paulo, 16 mar. 2003.
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1603200321.htm>.
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SANTOS, Enoque Ribeiro dos. O dumping social nas relações de trabalho. Formas de
combate. Revista Eletrônica do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, v. 4,
n. 43, ago. 2015, p. 62-75. Disponível em:
<https://ead.trt9.jus.br/moodle/course/view.php?id=122>. Acesso em: 30 maio 2017.
SÃO PAULO. Lei nº 14.946 de 28 de janeiro de 2013. In: Diário Oficial do Estado de
São Paulo, São Paulo, SP, 29 jan. 2013. Disponível em:
https://www.al.sp.gov.br/norma/?id=169311. Acesso em: 03 jan. 2018.
SEGATTI, Ana Elisa Alves Brito; et al. Trabalho escravo: reflexões sobre a
responsabilidade na cadeia produtiva. Revista do MPT, n. 48, set. 2014. São Paulo:
LTr, 2015. p. 67-88.
140
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
SILVA, Leda Maria Messias da; NOVAES, Milaine Akahoshi. Dumping social e
dignidade do trabalho no meio ambiente de trabalho: propostas para a redução da
precarização. Revista Eletrônica do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, v.
4, n. 43, ago. 2015, p. 22-39. Disponível em:
<https://ead.trt9.jus.br/moodle/course/view.php?id=122>. Acesso em: 30 maio 2017.
SUSSEKIND, Arnaldo; et al. Instituições de direito do trabalho. 16. ed. vol. 1. São
Paulo: LTr, 1996.
THE TRUE COST. Direção e roteiro: Andrew Morgan. Produção: Michael Ross. EUA:
Untold Creative e Life is My Movie Entertainment, 2015. 92min. Disponível em:
<https://www.netflix.com/title/80045667>. Acesso em 03 fev. 2018.
141
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
_______________________________________________________
Resumo: Diante das recentes reformas legislativas que atingiram o âmbito do Direito
do Trabalho e do Direito Previdenciário, especialmente com o advento da denominada
Lei da Terceirização (Lei n. 13.429/2017, que alterou as disposições sobre o trabalho
temporário nas empresas urbanas previstas na Lei 6.019/1974), vivencia-se hoje um
cenário jurídico e social em que remanescem incertezas acerca do conteúdo e da
extensão da aplicação desta nova lei. Interessante ponto de discussão se dá acerca da
possibilidade, trazida pela nova Lei, de extensão da aplicação do contrato de trabalho
temporário às atividades-fim, o que se torna mais evidente quando se consideram tais
atividades no âmbito do serviço público, notoriamente no da administração pública
indireta, das concessionárias e permissionárias. Estas reflexões podem ser feitas no
campo doutrinário ou mesmo na seara das ciências sociais. Sabendo-se não ser tal
discussão estanque, mas por opção metodológica e pragmática, foi feita uma abordagem
jurisprudencial, uma vez que as discussões havidas nos tribunais são reflexo das
discussões que existem na sociedade, e que posterior ou concomitantemente são
captadas pela doutrina. Neste diapasão, o trabalho objetiva analisar como os tribunais
têm recepcionado a Lei 13.429/2017, especialmente quanto à possibilidade de
terceirização de atividades-fim na administração pública indireta. Para isso, se
identificará, a partir das decisões nacionais, o conteúdo jurídico da noção de atividade-
fim, tendo como paradigma a edição da referida Lei. Ainda, serão enunciados os limites
e vedações, apontados pela jurisprudência, à terceirização de serviço público,
indicando-se eventuais situações de sua admissibilidade, bem como os parâmetros
102
Acadêmico de Direito da Universidade Federal do Paraná. Pesquisador e extensionista da Clínica de
Direito do Trabalho da UFPR (CDT-UFPR). Bolsista do Programa de Iniciação à Docência. Contato:
gabriel_percegona @hotmail.com
103
Professor Adjunto de Direito do Trabalho na graduação do Curso de Direito da Universidade Federal
do Paraná (UFPR). Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFPR.
Colaborador do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFPR. Doutorado em Direito (UFPR),
com pós-doutorado na Université Paris Nanterre. Líder do Grupo de Pesquisa Clínica de Direito do
Trabalho.
142
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
adotados para tanto, apreciando sua suficiência e adequação diante de uma compreensão
constitucional e principiológica do Direito do Trabalho. O trabalho permitirá, ainda,
monitorar a transição ocasionada pela edição da supramencionada lei. Desta maneira,
buscando-se perceber a construção do conceito de atividade-fim da administração
indireta, suas modificações e permanências ao longo do tempo, são analisadas decisões
do Tribunal Superior do Trabalho, do ano de 2008 até 2018. Por serem recentes as
alterações promovidas pela Lei 13.429/2017, também são analisadas decisões dos
Tribunais Regionais do Trabalho, visando-se a se perceber, de forma mais imediata, os
impactos da referida lei na orientação e no entendimento destes tribunais. Assim, em
conclusão, o trabalho se insere no contexto de percepção das alterações sociais e
jurídicas promovidas pela Lei da Terceirização, tendo o condão de identificar os
caminhos de transição, os pontos controvertidos e as discussões de principais
repercussões no âmbito dos tribunais pátrios, contribuindo-se para o fomento dos
debates jurídicos acerca desta temática.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MELLO FILHO, Luiz Philippe Vieira de; DUTRA, Renata Queiroz. A terceirização de
atividade-fim: caminhos e descaminhos para a cidadania no trabalho. Revista do
Tribunal Superior do Trabalho. Porto Alegre, v. 80, n. 3, p. 187-214, jul./set. 2014.
_____________________________________________________
104
Graduada em Direito pela Universidade Federal do Espírito Santo. Advogada, OAB 28.854/ES.
Possui experiência na área de Direito, com ênfase em Direito do Trabalho. Endereço eletrônico:
estelaleticia.ribeiro@gmail.com.
143
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
144
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
CLOT, Yves. A função Psicológica do Trabalho. Tradução: Adail Sobral. 2ª ed. Rio
de Janeiro: Vozes. p. 69.
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 17º ed. São Paulo:
LTr, 2018. p. 808.
145
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
___________________________________________________
105
Advogado. Pós-graduando em Economia do Trabalho e Sindicalismo pela Unicamp. Especialista em
Direito do Trabalho pela USP, onde integra o Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital. E-mail:
pedrodbalves@gmail.com
106
Sociólogo. Graduando em Serviço Social pela Faculdade Paulista de Serviço Social, onde concluiu a
Especialização em Trabalho Social com Famílias. Bacharel em Ciências Sociais pela USP. E-mail:
assintosa@gmail.com
146
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
147
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
BIBLIOGRAFIA PRELIMINAR
CUT. Terceirização e desenvolvimento: uma conta que não fecha. Dossiê acerca do
impacto da terceirização sobre os trabalhadores e propostas para garantir a igualdade de
direitos. São Paulo: CUT, 2014.
FREITAS, Luiz Carlos de. ―Caminho é investir na educação e não reorganizar para
economizar‖. El País, 28 nov. 2015. Entrevista concedida a Marina Rossi. Disponível
em: <brasil.elpais.com>. Acesso em: 07 jul. 2018.
_____________________________________________________________
148
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
149
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MORAES FILHO, Evaristo de; MORAES, Antônio Carlos Flores de. Introdução ao
direito do trabalho. 9. ed. São Paulo: LTr, 2003.
__________________________________________________________
Resumo: A terceirização é hoje um fenômeno cada vez mais recorrente tanto nos
setores públicos como privados de trabalho no Brasil, reflexo da globalização da
economia, na qual empresas procuram expandir seus mercados concomitantemente com
108
Graduada em Direito pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Pesquisadora do Grupo de
Estudos Mundo do Trabalho e Cidadania vinculado ao curso de Direito da Universidade Federal do
Espírito Santo (UFES). E-mail: annamariarp.02@gmail.com
150
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
a redução de custos. Prática esta que tende a aumentar tendo em vista recente alteração
legislativa que teve como intenção expandir a terceirização ao incluir como lícita a
possibilidade de terceirização das atividades principais da empresa. Ocorre que os
impactos da terceirização nas relações de trabalho são os mais diversos, principalmente
no que tange à precarização do trabalho com grande prejuízo à dignidade, saúde e
segurança do trabalhador e consequentemente o aumento de ações perante a Justiça do
Trabalho. Nesse contexto entra em foco a situação do trabalhador que objetivando
receber as verbas que lhe são de direito – na maior parte das vezes – enfrenta uma dupla
execução. Essa dupla execução advém do entendimento firmado pelo Tribunal Superior
do Trabalho (TST) e recentemente ratificado pela Lei 13.429/2017 de que a
responsabilidade da tomadora de serviço frente o inadimplemento da empresa
prestadora é subsidiária (Súmula 331, V do TST) e, portanto, primeiro deve se exaurir
todos os meios de satisfação da dívida com o devedor principal, para só então atingir o
patrimônio do devedor subsidiário. Perante tal problemática, ponderar os efeitos do
entendimento sumulado pelo TST, no que diz respeito à responsabilização subsidiária
figura como objeto da pesquisa. Elenca-se em face disto um objetivo de ordem geral:
analisar o impacto da terceirização na execução trabalhista. Para isso, de maneira
específica, buscou-se através da análise do direito fundamental à tutela efetiva
juntamente com os princípios que regem a execução trabalhista embasamento teórico a
fim de verificar se o entendimento jurisprudencial atual está em compatibilidade com o
ordenamento pátrio. Bem como a realização de um estudo mais aprofundado sobre os
fundamentos jurídicos que sustentam a aplicação da responsabilidade solidária da
tomadora de serviços. Desse modo, a partir da pesquisa bibliográfica sobre o tema
observou-se que a depender do tipo de responsabilidade da empresa tomadora de
serviço frente ao inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte da empresa
interposta, diferente será a efetividade da tutela prestada. O direito fundamental à tutela
efetiva implica em uma resposta célere por parte do Estado em concretizar direito
reconhecido na fase de conhecimento, embora não esteja previsto expressamente na
Constituição de 1988, decorre dos princípios por ela adotados. No que pesa o
entendimento jurisprudencial de que a reponsabilidade aplicada ao caso é subsidiária,
foi traçada uma crítica à súmula 331 do TST tendo em vista a existência de base legal
para a caracterização de responsabilidade solidária. A solidariedade melhor se coaduna
com os princípios pátrios e ainda que haja um choque desses princípios, trata-se da
proteção de direitos trabalhistas detentores de condição de direitos fundamentais além
de ser valor fundamental do Estado Democrático de Direito. A reponsabilidade solidária
atua como meio de garantir uma execução mais efetiva, uma vez que não mais o
trabalhador deverá suportar o ônus de uma dupla execução.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
151
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. 11 ed. São Paulo: LTr,
2017.
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho, São Paulo: LTr, 2002
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito do Trabalho, São Paulo: Saraiva,
2017.
MAIOR, Jorge Luiz Souto. Revista do Direito Trabalhista. nº 02. Fevereiro de 2000.
SCHIAVI, Mauro. Manual de Direito Processual do Trabalho, São Paulo: LTr, 2016.
__________________________________________________
152
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
Resumo: Pretende-se discutir de que forma o papel exercido por empregadores por
meio do poder fiscalizatório pode implicar em uma restrição da liberdade do empregado
em relação ao consumo de produtos ou serviços de empresas concorrentes. Inicialmente,
serão abordados os critérios e limites existentes no ordenamento jurídico trabalhista
sobre a possibilidade de controle do comportamento do empregado, especialmente no
contexto do ciberpoder diretivo (MELO, 2018, p. 65), caracterizado pela possibilidade
de o empregador expandir seus domínios para as plataformas de relacionamento social,
permitindo o controle dos empregados de forma mais incessante e intrusiva. Dessa,
forma, pretende-se trabalhar a ideia desenvolvida por Chaves Júnior (2009) da cultura
do ―Big Brother no trabalho‖, que perfaz a ideia da onipresença online patronal, de
forma que o controle obreiro deixa de estar limitado tão somente ao ambiente
empresarial ou ao período da jornada de trabalho, permitindo o controle quase total do
trabalhador (MELO, 2018, pp. 66-67), fiscalizando vida profissional, política, religiosa,
afetiva, social e pessoal, acabando com as barreiras físicas para o exercício do poder
fiscalizatório, em evidente ingerência indevida por parte do empregador. Em seguida,
busca-se demonstrar que tal controle que, como salientado, permite o monitoramento
das atividades do empregado mesmo fora do horário de serviço, possibilita que o
empregador exerça domínio e demonstre sua autoridade nas escolhas que o trabalhador
faz em sua vida privada, como lugares que frequenta e produtos que consome ou, em
especial, o que demonstra consumir nas redes sociais. Ainda, essa fiscalização indevida
não só fere o direito à intimidade do trabalhador como também viola sua liberdade de
escolha e de consumo, o que ocasiona em uma restrição abusiva ao extrapolar o direito
de supervisionamento da empresa para além da relação contratual de trabalho com o
empregado. Esses aspectos serão avaliados em um contexto de disputa concorrencial,
analisando se, para além da violação trabalhista, tal conduta do empregador também
poderia ser entendida como anticoncorrencial, implicando em prejuízos em relação ao
direito à livre concorrência.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
109
Mestranda em Direito do Trabalho e graduada pela UFMG. Pesquisadora membro do Grupo de
Pesquisas Trabalho e Resistências (UFMG). Advogada. E-mail: aysla.teixeira@gmail.com
110
Mestrando em Direito Econômico e graduado pela UFMG. Bolsista da CAPES.
153
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. 10 ed. São Paulo: LTr,
2016.
CHAVES JÚNIOR, José Eduardo de Resende. E-mail corportativo não pode ser
violado. Consultor Jurídico, 14 set. 2009. Disponível em:
<https://www.conjur.com.br/2009-set-14/mail-corporativo-nao-violado-apesar-
jurisprudencia>. Acesso em: 07 abr. 2018.
COUTINHO, Aldacy Rachid. Poder Punitivo Trabalhista. São Paulo: LTr, 1999.
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. 16 ed. rev. e ampl. São
Paulo: LTr, 2016.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: história da violência nas prisões. 10. ed. Rio de
Janeiro: Graal, 1979.
__________________________________________________
154
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
_________________________________________________________
111
Doutorando em Geografa pelo Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas.
Possui projeto de pesquisa na linha de concentração de Geografia do Trabalho. Sua pesquisa se concentra
no campo da Geografia, tendo como interesse principal as formas de exploração da força de trabalho na
contemporaneidade. Email: Flavior_lima@hotmail.com
155
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
112
Mestrando em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) na linha de pesquisa
―História, Poder e Liberdade‖ e área de estudo ―Trabalho e Democracia‖. Integrante do grupo de pesquisa
―Trabalho e Resistências‖ da UFMG.
156
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BECK, Ulrich. Sociedade de risco: rumo a uma outra modernidade. Trad. Sebastião
Nascimento. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2011.
CURRAN, Dean. Risk society and the distribution of bads: theorizing class in the risk
society. The British Journal of Sociology, Londres, v. 64, n. 1, p. 44-62, 2013a.
________. What is a critical theory of the risk society? A reply to Beck. The British
Journal of Sociology, Londres, v. 64, n. 1, p. 75–80, 2013b.
_____________________________________________
157
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
113
Graduando em direito pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). E-mail:
<anselmo.bacelar@gmail.com>; Brunela Vieira de Vincenzi, doutora em Filosofia e Filosofia do Direito
pela Johann Wolfgang Goethe Universität – Frankfurt am Main. Professora da UFES. E-mail:
<bruvincenzi@googlemail.com>. Membros do grupo ―Processo, Trabalho e Previdência: Diálogos e
Críticas‖
114
Cabe ressaltar que, na América Latina, outros problemas surgiram. A região como um todo passou por
um processo de industrialização (fulcral para o desenvolvimento de um movimento sindical) de forma
muito particular se comparada ao que se deu na Europa. Como eram países com histórico de colonização,
o processo de industrialização não teve caráter emancipatório das dependências em relação às antigas
metrópoles e aos Estados Unidos, perpetuando a ideia de desigualdade interna e externa nos países latino-
americanos (GALEANO, 2003 [1971], pp. 306-308).
158
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TRINDADE, José Damião de Lima. História Social dos Direitos Humanos. São
Paulo: Petrópolis, 2002
______________________________________________________________________
REFORMA TRABALHISTA
Um ajuste justo para quem?
115
Mestranda em Direito do Trabalho na Universidade Federal de Minas Gerais sob a orientação da profª.
Maria Rosaria Barbato, na Área de Concentração ―Direito e Justiça‖, na Linha de Pesquisa ―História,
Poder e Liberdade‖. Integrante do grupo ―Trabalho e Resistência‖, da UFMG, sob a coordenação dos
profs. Daniela Muradas, Maria Rosaria Barbato e Pedro Augusto Gravatá Nicoli. E-mail:
natmoura7@hotmail.com
159
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
Resumo: Para Dardot e Laval (2016, p. 17) ―o neoliberalismo pode ser definido como o
conjunto de discursos, práticas e dispositivos que determinam um novo modo de
governo dos homens segundo o princípio universal da concorrência‖. Afigura-se,
entretanto, imprescindível demonstrar as reais motivações que engendraram a reforma
das leis trabalhistas, como Lei nº. 13.429 (Lei da terceirização) em março de 2017, a Lei
n.º 13.446 (Rentabilidade de contas FGTS) em maio de 2017, a Lei nº 13.456 (Prazo de
vigência do Programa Seguro-Emprego) em junho de 2017 e a Lei n.º 13.467
(conhecida como a Lei da Reforma trabalhista) em julho de 2017. Essa série
sequenciada de alterações legislativas no ano de 2017 foi articulada em afinado concerto
entre os poderes legislativo e executivo com o objetivo de cumprir o receituário
neoliberal internacional visando implantar políticas públicas e políticas econômicas de
austeridade (KLIASS, 2018). Apontar os atores internacionais que estão à frente dessa
governança global torna-se indispensável para compreender como a reforma trabalhista
foi gestada e implementada. Tornou-se célebre o receituário conhecido como Consenso
de Washington, o qual buscava firmar prescrições de políticas e reformas propostas
pelos organismos multilaterais na renegociação das dívidas externas dos países da
América Latina (DELGADO, 2006, p. 95). Nesse mesmo intercâmbio de influências
neoliberais, em 2015 o então Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, encomendou ao
Banco Mundial um estudo acerca da qualidade dos gastos públicos do governo federal
(KLIASS, 2017). Em 21 de novembro de 2017, esse Banco publicou o Relatório, Um
Ajuste Justo: Análise da eficiência e equidade do gasto público no Brasil, exatos dez
dias após a reforma trabalhista entrar em vigor (BRASIL, 2017). A mais importante
conclusão desse relatório foi no sentido de que “o governo rasileiro gasta mais do que
pode e, além disso, gasta mal” (BANCO MUNIDAL, 2017, p. 7). Em 07 de março de
2018 o Banco Mundial publicou outro relatório Emprego e crescimento: a agenda da
produtividade e dentre as principais proposições desse documento oficial para alcançar
um ajuste dos gastos públicos estão: o aumento da abertura comercial do Brasil e a
redução dos salários dos trabalhadores (BANCO MUNDIAL, 2018, p. 32; 67).
Constata-se a recorrência do discurso da culpabilização do Direito do Trabalho, ao
relacionar o fortalecimento dos direitos sociais como causa do desemprego ou com a
falta de emprego. Nas palavras de Tarso Genro, o Direito do trabalho foi eleito o
―inimigo número um do neoli eralismo” (BAYLOS, 1999, p.18), o que justifica os
ataques às leis trabalhistas brasileiras, julgadas como inflexíveis por aquele organismo
multilateral. Pretende-se, portanto, demonstrar como a reforma trabalhista cumpriu o
receituário neoliberal ao legalizar o contrato intermitente (art. 443 §3º c/c art. 452-A da
CLT), permitindo que o trabalhador possa estar formalmente contratado, mas não
receber absolutamente nenhum valor em contrapartida. Esse tipo de contrato também
denominado zero hora evidencia ainda mais o caráter fetichista do salário, ao passo que
torna invisível o trabalho não pago, expressão máxima da mais valia (MARX, 2015, p.
610).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
116
Doutora em Direito do Trabalho. Professora Adjunta na UFMG. Subchefe do Departamento de Direito
do Trabalho e Introdução ao Estudo do Direito. Professora do corpo permanente do Programa de Pós-
Graduação de Direito da UFMG e membro do colegiado. mr_barbato@hotmail.it
160
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
HARVEY, David. Para entender o capital. Livro I. São Paulo: Boitempo Editorial,
2013.
161
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
MANCUSO, Eduardo. Para compreender Marx por meio de suas obras. Outras
Palavras, 28 jun. 2018. Disponível em: <https://outraspalavras.net/destaques/para-
compreender-karl-marx-por-meio-de-suas-obras/> Acesso 29 jun 2018.
MARX, Karl; O Capital. Crítica da economia política. Livro I. São Paulo: Boitempo
Editorial, 2015.
SOUZA JÚNIOR, Antonio Umberto de; SOUZA, Fabiano Coelho de; NETO, Platon
Teixeira de Azevedo. Reforma trabalhista: análise comparativa e crítica da lei nº
13.467/2017. São Paulo: Rideel, 2017.
______________________________________________________________________
117
Advogado trabalhista e pesquisador do Grupo de Estudos Mundo do Trabalho e Cidadania, vinculado
à Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). E-mail: eliassouza-sd2@live.com.
162
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
decisões judiciais sobre a ultratividade, e da nova redação dada pela Lei n. 13.467/2017
(Reforma Trabalhista) ao parágrafo 3º do artigo 614 da CLT, que vedou expressamente
a eficácia ultrativa das normas coletivas. Verificam-se, portanto, novos ingredientes
capazes de instigar o debate sobre a temática, que, registre-se, há mais de duas décadas,
tem sido objeto de acaloradas discussões doutrinárias e jurisprudenciais, em razão,
principalmente, das alterações legislativas e constitucionais ocorridas ao longo do
tempo e do grande impacto da matéria no dia a dia do trabalhador e da classe patronal.
Ao final, com fundamento na Carta Magna e em instrumentos internacionais atinentes
ao assunto, identificou-se que a nova redação do parágrafo 3º do artigo 614 da CLT
viola o princípio da vedação ao retrocesso (artigo 7º, caput, da CF), uma vez que o
vácuo normativo gerado pelo fim da ultratividade esvazia significativamente o
patrimônio jurídico do obreiro; fulmina o prestígio e o estímulo aos acordos e
convenções coletivos (artigo 7º, inciso XXVI, da CF, artigo 4º da Convenção da OIT nº
98 e artigos 5º e 8º da Convenção da OIT nº 154), como instrumentos autônomos de
produção jurídica, visto que a extinção da eficácia ultrativa tende a desestimular a classe
patronal à negociação; ofende a regra prevista no parágrafo 2º do artigo 114 da CF, que
reconhece expressamente o fenômeno da ultratividade das cláusulas normativas; e, no
campo doutrinário, colide com os objetivos e princípios do Direito Coletivo do Trabalho
(ex. princípio da equivalência entre os contratantes coletivos). No desenvolvimento
deste trabalho, foi adotado o método de abordagem hipotético-dedutivo, com a
utilização da técnica de pesquisa bibliográfica, através da coleta de dados em revistas,
livros e sítios eletrônicos de órgãos jurisdicionais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, Francisco Rossal de. et. al. Nova redação da Súmula n. 277 do Tribunal
Superior do Trabalho – A ultraeficácia das cláusulas normativas: Críticas,
questionamentos e desafios. Revista LTr. São Paulo, v. 78, n. 03, p. 263-280, 2014.
163
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
COELHO, Diego Jean. Ultratividade das cláusulas coletivas: da súmula 277 do TST
à reforma trabalhista. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/59249/ultratividade-
das-clausulas-coletivas-da-sumula-277-do-tst-a-reforma-trabalhista/2>. Acesso em: 05
dez. 2017.
164
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 15. ed. São Paulo:
LTr, 2016.
HUBERMAN, Leo. A história da riqueza do homem. 16ª ed. [...] Zahar, 1981.
165
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
PILAU, Léo Simões dos Santos. Os Reflexos da Atual Súmula nº 277 do TST na
Negociação Coletiva Trabalhista: as (Des)vantagens da Incidência da Ultratividade
nos Contratos de Trabalho. Revista Síntese Trabalhista e Previdenciária, v. 28, n. 331,
jan. 2017.
_____________________________________________________________________
166
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
118
Professora associada da Faculdade Nacional de Direito e do Programa de Pós-Graduação em Direito
da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Doutora em Ciências Jurídicas e mestre em Teoria do
Estado e Direito Constitucional pela PUC-Rio. Ex-bolsista produtividade em pesquisa 2 do CNPq.
Coordenadora do grupo Configurações Institucionais e Relações de Trabalho (CIRT-UFRJ).
Desembargadora do Trabalho (TRT-1). Correio eletrônico: sayonara@direito.ufrj.br
119
Professora assistente da Faculdade Nacional de Direito. Mestre em Teoria do Estado e Direito
Constitucional pela PUC-Rio. Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Integrante do grupo Configurações Institucionais e Relações de
Trabalho (CIRT-UFRJ). Advogada. Correio eletrônico: danielegabrichgueiros@gmail.com
120
Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ). Integrante do grupo Configurações Institucionais e Relações de Trabalho (CIRT-UFRJ).
Advogado. Correio eletrônico: hflima92@gmail.com
167
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
168
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
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169
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
170
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
MAIOR, Jorge Luiz Souto Maior. História do Direito do trabalho no Brasil: curso de
direito do trabalho, volume I: parte II. São Paulo: LTr: 2017.
MAIOR, Jorge Luiz Souto; SEVERO, Valdete Souto (coordenadores) [et al.].
Resistência: aportes teóricos contra o retrocesso trabalhista. 1° edição - São Paulo:
Expressão Popular, 2017.
MASCARO, Alysson Leandro. Estado e Forma Política. São Paulo: Boitempo, 2013.
______________________________________________________________________
171
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
Tatiana Silvério
Kapor123
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
123
Integrante do Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital (GPTC/USP), Historiadora pela UNICAMP,
professora, pós graduanda em Economia do Trabalho e Sindicalismo – CESIT/UNICAMP, graduanda em
Direito E-mail: tatikapor@gmail.com / proftatikapor@gmail.com
172
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
KREIN, José Dari. GIMENEZ, Denis Maracci. SANTOS, Anselmo Luis (orgs).
Dimensões críticas da reforma trabalhista no Brasil. Campinas, SP: Curt
Nimuendajú, 2018.
___________________________________________________________________
___
124
Graduado em direito, advogado trabalhista, participa do “Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital” na
FDUSP e especializando em direito do trabalho pela USP. E-mail: Francesco.scotoni@gmail.com
173
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
categorias no Brasil. Entretanto, é possível perceber que, ainda que realizada pela e para
as classes empresariais do Brasil, a lei traz consigo um novo cenário jurídico no qual as
forças antagônicas no universo trabalhista irão se chocar. Nesse sentido, cita-se, a título
de exemplo, o negociado sobre o legislado ou a retirada da ultratividade da convenção
coletiva. Todavia, é possível notar que esse cenário não é monolítico e que as
consequências engendradas na luta política são contraditórias, não atuando,
necessariamente, em favor dos proprietários dos meios de produção. O fenômeno da
greve dos professores e professoras das escolas particulares em São Paulo ocorrida,
entre março e maio deste ano, evidenciou tais contradições, demonstrando que na práxis
da luta política a realidade material se monstra muito mais complexa, se impondo frente
às vontades teoricamente estruturadas no texto legislativo pelo legislador. Tal percepção
foi possível a este pesquisador no trabalho junto aos e às professoras durante o processo
de mobilização da categoria, estando este presente em debates sobre as alterações
legislativa com pais, mãe, professores e professoras, bem como nos atos e atividades
políticas do movimento. Nesse sentido, o presente ensaio busca realizar uma analise do
contexto fático da última negociação coletiva da referida categoria, na qual a nova
legislação foi colocada à prova, para tentar explicitar quais as contradições engendradas
nesse novo cenário político e quais as tendências que se apresentaram na luta desses
trabalhadores e trabalhadoras e de seu sindicato. A partir de informações extraídas por
meio da observação participante e das alterações legislativas, buscaremos extrair as
principais características do movimento grevista e suas consequências, elencando
apontamentos sobre o que se pode esperar, quais as consequências antecipadas pelos
patrocinadores da lei e por onde se pode avançar nesse novo contexto.
___________________________________________________________________
___
125
Acadêmico de Direito da Universidade Federal do Espírito Santo, cursando o 10º período, integrante
do Grupo de Pesquisa ―Processo, Trabalho e Previdência: Diálogos e Críticas‖ liderado pelos professores
Adib Pereira Neto Salim, Brunela Vieira de Vincenzi e Cláudio Janotti da Rocha. E-mail para contato:
arnon.amorim@yahoo.com.
126
Acadêmica de Direito da Universidade Federal do Espírito Santo, cursando atualmente o 8º período,
integrante do Grupo de Pesquisa ―Processo, Trabalho e Previdência: Diálogos e Críticas‖ liderado pelos
174
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
___________________________________________________________________
___
professores Adib Pereira Neto Salim, Brunela Vieira de Vincenzi e Cláudio Janotti da Rocha e estagiária
no escritório Brito & Simonelli Advocacia e Consultoria. E-mail para contato: gcezarette@gmail.com.
127
Acadêmico de Direito da Universidade Federal do Espírito Santo, cursando o 10º período, integrante
do Grupo de Pesquisa ―Processo, Trabalho e Previdência: Diálogos e Críticas‖ liderado pelos professores
Adib Pereira Neto Salim, Brunela Vieira de Vincenzi e Cláudio Janotti da Rocha. E-mail para contato:
arnon.amorim@yahoo.com.
175
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
Resumo: O presente artigo tem por objetivo analisar o fim da Contribuição sindical
compulsória (com nova redação do artigo 578 da CLT inserida pela Lei 13.467/2017) e
o impacto prático no desmantelamento da luta sindical num sistema jurídico onde
vigora a unicidade sindical. No presente será demonstrado o contexto histórico que foi
inserido o princípio da unicidade sindical, sua estrita relação com o Estado, por meio do
corporativismo, bem como a imprescindibilidade da contribuição sindical obrigatória
no vigor da unicidade sindical para sua existência. Fundamentando-se em métodos
descritivos, bibliográficos e jurisprudenciais, a presente demonstrará que o sustentáculo
e a mantença dos sindicatos no Brasil com a vigência da unicidade sindical é viabilizada
pela contribuição compulsória. Portanto, com seu fim, deve-se analisar os impactos
causados e vislumbrar alternativas com o fito de promover cada vez maior aos
sindicatos representantes das categorias, de maneira que surge a pluralidade sindical
como uma via capaz de possibilitar às trabalhadoras e trabalhadores brasileiros a devida
representação nas relações de emprego, possibilitando a liberdade de escolher o
sindicato que melhor lhes proteja e represente seus interesses. Ademais, demonstrar-se-á
que o ordenamento jurídico alterado pela Lei nº 13.467/17 ensejará a precarização da
luta sindical por questões financeiras e fragilizará de maneira preocupante a
representação das trabalhadoras e trabalhadores. Por fim, será analisada a Proposta de
Emenda à Constituição nº 369/2005, de autoria do Poder Executivo, a qual prevê a
modificação do artigo 8º da Constituição Federal para regular a pluralidade sindical,
sistema esse que vigora em 150 países, sendo recomendado pela Convenção 48 da OIT.
___________________________________________________________________
___
128
Acadêmica de Direito da Universidade Federal do Espírito Santo, cursando atualmente o 8º período,
integrante do Grupo de Pesquisa ―Processo, Trabalho e Previdência: Diálogos e Críticas‖ liderado pelos
professores Adib Pereira Neto Salim, Brunela Vieira de Vincenzi e Cláudio Janotti da Rocha e estagiária
no escritório Brito & Simonelli Advocacia e Consultoria. E-mail para contato: gcezarette@gmail.com.
129
Socióloga. Pesquisadora vinculada ao Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital da USP. Doutoranda em
Ciências Sociais pela Unicamp. Mestre em Sociologia e Direito pela UFF. Licenciada em Ciências
Sociais pela UERJ. Bacharela em Direito pela UFRJ e em Ciências Sociais pela UERJ.
176
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COSTA, Sergio Amad. A questão do imposto sindical. Rev. adm. empres. [online].
1986, vol.26, n.3
130
Economista. Mestre em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp. Bacharel em economia pela
Unicamp. Pesquisador do Cesit-Unicamp. Pesquisa na área de Economia Social e do Trabalho. Atua
como Analista Socioeconômico de Projetos na ONG ITS BRASIL. Em sua dissertação de mestrado
debateu as características da base de filiados e sua propensão à sindicalização entre 2003 e 2015.
177
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
________________________________________
GRUPO DE TRABALHO IX
TEMPO, SAÚDE, SUBJETIVIDADE E TRABALHO
_____________________________________________
André Porto131
______________________________________________________
TELETRABALHO
131
E-mail de contato: ap1610674@gmail.com, Bacharel em Direito pela Universidade Federal do
Espírito Santo. Servidor Público do Estado do Espírito Santo. Pesquisador interessado nos temas da seara
trabalhista e afins. Participante do Grupo de Estudos Processo, Trabalho e Previdência: Diálogos e
Críticas (UFES).
178
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Almiro Eduardo de; SEVERO, Valdete Souto. Direito à desconexão nas
relações sociais de trabalho. São Paulo: LTr, 2016.
132
Graduada em Direito pela Universidade Federal do Espírito Santo, integrante do Grupo de Estudos
Processo, Trabalho e Previdência: Diálogos e Críticas (UFES), podendo ser contatada pelo endereço
eletrônico patricia.amoriim@hotmail.com.
133
Graduada em Direito pela Universidade Federal do Espírito Santo, integrante do Grupo de Estudos
Processo, Trabalho e Previdência: Diálogos e Críticas (UFES), podendo ser contatada pelo endereço
eletrônico yasmimfm@hotmail.com.
179
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
BORBA, Cássio dos Santos. Adicional de horas extras: conceito, objetivo, natureza
jurídica, hipóteses, divisor, integrações e reflexos. Revista eletrônica: acórdãos,
sentenças, ementas, artigos e informações, Porto Alegre, RS, v. 13, n. 202, p. 50-66,
abr. 2017.
LIMA, Francisco Meton Marques de. Reforma Trabalhista: entenda ponto por ponto.
São Paulo: LTr, 2017.
MOLINA, André Araújo. Dano existencial por violação dos direitos fundamentais ao
lazer e à desconexão do trabalhador. Revista LTr: legislação do trabalho, v. 81, n. 4, p.
465-477, abr. 2017.
180
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
__________________________________________
181
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
trabalho imaterial sua principal fonte de riquezas. Tal feito, revela a tomada da
subjetividade do trabalhador como insumo da produção da mercadoria fetichizada.
Aquilo que era a emancipação do trabalhador frente à exploração de sua mão-de-obra,
ou seja, o tempo de não trabalho, se tornou fonte do saber necessário à produção nesta
nova forma de organização do Capital, ensejando a necessidade de resistência à esse
processo de coisificação do trabalhador, em vista de preservação de sua dignidade
humana. Diante disso, percebe-se que, na década de 1970, o Capitalismo passou por
modificações saindo de um modelo industrial, baseado no fordismo, para um modelo
Pós-Industrial, que possui no trabalho imaterial a sua principal fonte de riquezas. Trata-
se de um Capitalismo Cognitivo que, conforme a Teoria da Ação Comunicativa (cf.
HABERMAS, 2011), na organização do trabalho, substitui um modelo de sociedade
produtivista para uma sociedade comunicativa. Neste cenário, o saber oriundo da
experiência da vida, ou seja, fundamentalmente, do tempo de não trabalho, é que produz
o valor-conhecimento característico da atual forma de organização do Capital,
substituindo o valor-trabalho do Capitalismo Industrial. Para tanto, há uma tomada da
subjetividade do trabalhador que, diante da absolutização da mercadoria, é ele próprio
coisificado, tornando-se um estranho a si mesmo e um mero insumo na produção. Tal
situação agride a dignidade humana deste trabalhador que exerce o trabalho imaterial,
localizado, principalmente, em um estágio da produção, a saber: no marketing, na
propaganda e no uso eficaz da mídia. O que se vende, não é mais um produto para
atender uma necessidade humana, mas um objeto absolutizado que se torna necessidade
por si só e se impõe. Assim, é preciso que se crie a resistência frente a essa tomada da
subjetividade do trabalhador, de forma a garantir que sua dignidade humana seja
respeitada e o trabalho convirja para a sua preservação, na forma da vontade do
Constituinte, expressa na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
(CR/88). Neste sentido, o presente artigo visa estabelecer uma provocação à reflexão
das condições do trabalhador imaterial, explorado em sua subjetividade e transformado
em insumo da produção, passando pela análise do conceito da dignidade humana e de
outros a ela inerentes, dos reflexos do Capitalismo Pós-Industrial no ser humano, para
assim chegar à análise do trabalhador que exerce o trabalho imaterial de forma
precarizada e da resistência que garanta a preservação de sua dignidade humana.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
182
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
GIA%20E%20A%20REFLEX%C3%83O%20FILOSOFICA%20SOBRE%20A%20VI
DA%20HUMANA.pdf>. Acesso em 4 dez. 2017.
DARWIN, Charles. A origem das espécies e a seleção natural. São Paulo: Madras,
2014.
HARARI, Yuval Noah. Sapiens: uma breve história da humanidade. 16ª ed. Porto
Alegre: L&PM, 2016.
HEIDEGGER, Martin. Ser e Tempo. 10ª ed. Petrópolis: Ed. Vozes, 2015.
SARTRE, Jean-Paul. O ser e o nada. 24ª ed. Petrópolis: Ed. Vozes, 2015.
183
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
______________________________________________________________
Thais de Almeida136
Resumo: Este artigo situa-se no campo de análise dos impactos da reforma trabalhista,
com especial atenção para as alterações no campo da saúde do trabalhador. O objetivo é
analisar o disposto no parágrafo único do art. 611-B da CLT com redação dada pela Lei
13.467/2017, que desvincula as normas relativas à jornada de trabalho e intervalos do
regime de saúde, higiene e segurança do trabalho. Para seu desenvolvimento, elaborou-
se um estudo bibliográfico multidisciplinar, tendo como fontes primárias as normas
nacionais e internacionais a respeito da jornada de trabalho e saúde, higiene e segurança
do trabalho. Como fontes secundárias, utilizou-se artigos, teses, dissertações e ensaios
relacionados ao tema, com o intuito de investigar a relação entre jornada de trabalho e
saúde do trabalhador. Delineou-se, assim, o seguinte itinerário de pesquisa:
inicialmente, busca-se contextualizar a reforma trabalhista no âmbito das medidas de
austeridade (FERREIRA, 2012; SILVA, EMERIQUE, BARISON, 2018). Na
sequência, passa-se à análise das alterações promovidas pela reforma trabalhista nos
dispositivos sobre jornada de trabalho e limites da negociação coletiva. Verifica-se que
o art. 611-B elenca um rol de matérias de indisponibilidade absoluta e, portanto,
infensas à redução ou supressão por meio de negociação coletiva, dentre as quais
situam-se aquelas relativas a ―saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou
em normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho‖ (inciso XVII). Em seu
parágrafo único, todavia, estabelece que ―regras sobre duração do trabalho e intervalos
não são consideradas como normas de saúde, higiene e segurança do trabalho para fins
do disposto neste artigo‖. Vasta doutrina acerca do tema, entretanto, vai de encontro a
tal proposição, identificando o regime jurídico das normas de proteção à saúde e higiene
do trabalho e caracterizando a jornada de trabalho como integrante desse complexo de
normas de ordem pública (DELGADO, 2018; CATALDI, 2018; OLIVEIRA, 2011).
Por essa razão, apresenta-se uma revisão bibliográfica acerca da relação entre jornada
de trabalho e saúde do trabalhador, como substrato para a análise que se seguirá. Passa-
se, por fim, a analisar a referida alteração legislativa sob a ótica dos limites da
autonomia privada coletiva (ABUD, 2018), dos princípios que regem o regime dos
136
Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Trabalho e Direitos (CDT-UFPR). Mestra em Direitos Humanos e
Democracia pela UFPR. Especialista em Direito do Trabalho. Professora do curso de Pós-Graduação em
Direito e Processo do Trabalho e Direito Previdenciário da Universidade Estácio de Sá (Curitiba- PR). e-
mail: thaisbuarque@yahoo.com.br
184
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 17ª ed. São Paulo,
LTr, 2018.
185
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
PIOVENSAN, Flavia. Proteção dos direitos sociais: desafios do ius commune sul-
americano. Revista TST. Brasília, vol. 77, nº 4, out-dez2011.
_________________________________________________________________
TEMPO DE TRABALHO
Quando o pouco é insuficiente, quando o muito é demais
Nara Abreu137
Pedro Augusto Gravatá Nicoli138
186
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOURDIEU, Pierre. A precariedade está hoje por toda parte. In: BOURDIEU, Pierre.
Contrafogos. Táticas para enfrentar a invasão neoliberal. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 1998. p. 119-127.
187
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
___________________________________________________
Resumo: Segundo Karl Marx, a lógica do sistema capitalista de produção tem por base
a ―avidez por mais trabalho‖, para tanto a luta do capital pauta-se na busca constante
pela apropriação de todo tempo livre do trabalhador para a produção de mercadorias,
impedindo-o de ter vida (descanso, lazer, convívio familiar) fora do trabalho. É dentro
dessa perspectiva que analisaremos as alterações promovidas pela Lei n, 13.467/17 com
relação ao tempo do trabalho, notadamente, no que diz respeito aos temas das horas in
itinere, das férias, da jornada 12x36, do trabalho intermitente, do intervalo para refeição
e descanso, procurando revelar que se pretendeu, de fato, promover uma apropriação do
tempo livre do trabalhador. A regulamentação do tempo de trabalho da forma como
realizada pela ―reforma‖ vai toda no sentido de permitir a realização de mais trabalho,
sem, ao menos, o pagamento da remuneração adicional correspondente, sob o ponto de
vista jurídico-formal. As alterações propostas, como será demonstrado, ao contrário do
que se anunciou, não se destina a melhorar o nível de empregos e a prova disso está
precisamente no conjunto de normas que tratam do tempo de trabalho, pois se há algo
que o jurídico-formal pode pretender nesta seara é a redução da jornada normal de
trabalho, proibindo ou impondo restrições à prática de horas extras.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
139
Mestranda em Direito do Trabalho e da Seguridade Social pela Universidade de São Paulo.
Especialista em Direito do Trabalho pela Universidade de São Paulo (2013). Pesquisadora do Grupo de
Pesquisa Trabalho e Capital, da Universidade de São Paulo, São Paulo – SP – Brasil (desde 2013). E-
mail: gimagalhaes15@gmail.com
188
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
___________________________________________
189
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
_______________________________________________________
“BURNOUT”
Os impactos da reforma trabalhista à saúde mental da classe trabalhadora
Vinícius A. G. Cidral141
141
Graduando (2015/2019) do curso de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), membro do
Grupo de Pesquisa Clínica de Direitos Fundamentais (CDT-UFPR) - Trabalho e Direitos, sob
coordenação do Sidnei Machado. Membro do NUDT-UFPR (Núcleo Discente de Direito do Trabalho da
UFPR) e estagiário do MPT-PR. Email: viniciusgcidral@gmail.com
190
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
patologia que mais incapacita para o trabalho. É notório que o ambiente laboral tem
profunda ligação com a saúde mental dos trabalhadores que o vivenciam. No Brasil,
com o advento da Reforma Trabalhista e das demais mudanças político-jurídicas, a
classe trabalhadora tem sido a principal prejudicada. Tendo como pano de fundo o
aduzido panorama, o intuito do presente trabalho é, em um primeiro momento,
caracterizar a identidade do "louco", principal polo passivo dos impactos, para, então,
analisar os grilhões político-jurídicos que o prende. Para tanto, busca-se situar o
trabalho como elemento constitutivo da condição de loucura, cuja precarização estreita
os laços de similitude entre o trabalhador e o "anormal" dos estudos foucaultianos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
______. Microfísica do Poder. 29. ed. Rio de Janeiro: Edições Graal, 2011.
191
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI21843,21048Revisao+Constitucional+e+Dir
eitos+Sociais
SOUTO MAIOR, Jorge Luiz. Carta aberta aos terceirizados e à comunidade jurídica.
Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 8a. Região, v. 44, p. 135-148, 2011.
SOUTO MAIOR, Jorge Luiz. 2014. Velhas e novas ameaças do neoliberalismo aos
direitos trabalhistas. Disponível em <http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Principios-
Fundamentais/Velhas-e-novas-ameacas-do-neoliberalismo-aos-direitos-dos-
trabalhadores/40/32475>.
________________________________________________________
Ailana Ribeiro142
142
Integrante do grupo de pesquisa ―Retrabalhando o Direito‖ (RED). Professora de Direito do Trabalho
no Instituto de Educação Continuada (IEC) da PUC Minas. Mestre em Direito do Trabalho, pela PUC
Minas. Professora o Instituto de Educação Continuada da Puc Minas. Servidora do Tribunal Regional do
Trabalho da 3ª Região. Email: ailanasribeiro@gmail.com
192
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
BIBLIOGRAFIA PRELIMINAR:
193
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
_________________________________________________
GRUPO DE TRABALHO X
REVISITA CRÍTICA AOS FUNDAMENTOS
HISTÓRICOS, FILOSÓFICOS E SOCIAIS DO DIREITO
DO TRABALHO
_________________________________________________
194
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMADO, João Leal. Dinâmica das relações de trabalho nas situações de crise (em
torno da flexibilização das regras juslaborais). Brasília. Colóquios do STJ. 2009.
Disponível em:
<http://www.stj.pt/ficheiros/coloquios/coloquiodtotrabalho2009_lealamado.pdf>.
Acesso em: 09.11.2017.
AZNAR, Guy. Trabalhar menos para trabalharem todos. São Paulo: Página Aberta.
1995.
BERNARDO, Marcia Hespanhol. Trabalho duro, discurso flexível: Uma análise das
contradições do toyotismo a partir da vivência de trabalhadores. São Paulo:
Expressão Popular, 2009.
BRASIL. Decreto-lei n.º 5.452, 1º maio de 1943. Rio de Janeiro, 1943. Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm>. Acesso em: 22 nov.
2017.
195
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
CAMPANA, Priscila; BOSCHI, Olga Maria. A falácia do discurso da doação das leis
trabalhistas: Recuperando outras memórias históricas. Brasília: Revista de Informação
Legislativa, n.181, v. 46, 2009
196
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
DAL ROSSO, Sadi. O debate sobre a redução da jornada de trabalho. 1ª ed. São
Paulo: Associação Brasileira de Estudos do Trabalho - ABET, 1998.
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 9ª. ed. São Paulo:
LTr, 2010.
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 11 ed. São Paulo: Ltr,
2012.
JANON, Renato da Fonseca. Reforma trabalhista: reduzir direitos não gera emprego.
Carta Capital, São Paulo, 19 set. 2016. Disponível em <
http://justificando.cartacapital.com.br/2016/09/19/reforma-trabalhista-reduzir-direitos-
nao-gera-emprego/>. Acesso em 05.11.2017.
197
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
LIMA, Jacob Carlos; SOARES, Maria José Bezerra. Trabalho flexível e o novo
informal. Salvador: Caderno CRH, n. 37, 2002.
MALHEIROS, José Vitor; SOUZA, Teresa de. Manuel Castells: ―Não precisamos de
inventar outra estratégia de Lisboa‖. PÚBLICO – notícias de Portugal e do mundo,
análise, opinião e investigação. 10 de março de 2005. Disponível em:
<https://www.publico.pt/2005/03/10/economia/noticia/manuel-castells-nao-precisamos-
de-inventar-outra-estrategia-de-lisboa-1217814/amp > Acesso em: 23 nov. de 2017.
MPT afirma que reforma trabalhista não vai gerar mais emprego. Carta Capital, São
Paulo, 17 fev. 2017. Disponível em <
http://justificando.cartacapital.com.br/2017/02/17/mpt-afirma-que-reforma-trabalhista-
nao-vai-gerar-mais-emprego/>. Acesso em 05.11.2017.
198
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
SCHREIBER, Mariana. A reforma trabalhista vai gerar empregos? Por que a questão
divide especialistas. Uol Economia, Brasília, 26 abril de 2017. Disponível em <
http://www.bbc.com/portuguese/brasil-39714346>. Acesso em 05.11.2017.
___________________________________________
Alfredo Massi144*
144
Aluno do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Minas Gerais de
2018, em nível de Mestrado, para a Linha de Pesquisa ―História, Poder e Liberdade‖, Área de Estudo
―Trabalho e Democracia‖. Especialista (Pós-Graduação lato sensu) em Direito do Trabalho pela
Universidade Cândido Mendes. Graduado em Direito pela Faculdade Mineira de Direito – Pontifícia
199
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
200
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho. Brasília: Diário Oficial da União, 1943.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm>.
Acesso em: 09.07.2018.
CESARINO JÚNIOR, Antônio Ferreira. Direito Social. São Paulo: LTR, 1980.
___________________________________________________
201
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERRANTE, Vera Lúcia. FGTS: Ideologia e Repressão. São Paulo: Editora Ática,
1978.
LONGO, Ivan. Greve dos petroleiros: ―A Justiça tinha que aplaudir. E não
reprimir‖. Disponível em: <https://www.revistaforum.com.br/greve-dos-petroleiros-a-
justica-tinha-que-aplaudir-e-nao-reprimir/>, Acesso em: 09 de julho de 2018.
202
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
______________________________________________________
146
Filiação institucional: PPGD/PUC-Minas. Membro pesquisador do grupo de pesquisa RED –
Retrabalhando o Direito, da PUC-Minas, vinculado à Rede Nacional de Grupos de Pesquisas e Estudos
em Direito do Trabalho e da Seguridade Social (RENAPEDTS). Pós-doutor em Direito pela Universidad
Nacional de Córdoba/ARG. Doutor em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais. Mestre em
Direito pela PUC-SP. Juiz do Trabalho. cleberlucio@uai.com.br
147
Filiação institucional: Faculdade Milton Campos. Membro pesquisador do grupo de pesquisa RED –
Retrabalhando o Direito, da PUC-Minas, vinculada à Rede Nacional de Grupos de Pesquisas e Estudos
em Direito do Trabalho e da Seguridade Social (RENAPEDTS). Pós-doutora em Direito pela Universidad
Nacional de Córdoba/ARG. Doutora em Direito Privado pela PUC-Minas. Mestre em Direito Privado
pela PUC-Minas. Advogada. waniag@uai.com.br
203
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ALMEIDA, Cleber Lúcio de; ALMEIDA, Wânia Guimarães Rabêllo de. Direito do
Trabalho e Constituição: a constitucionalização do Direito do Trabalho no Brasil. São
Paulo: LTr, 2017.
_________________________________________________________
204
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
205
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
se-á com o artigo formular, assumindo o caráter tático a que o Direito do Trabalho deve
se prestar na luta das trabalhadoras e trabalhadores (SEFERIAN, 2017), propor uma
recomposição na abordagem histórica do Direito do Trabalho, desde a perspectiva
preferencial dos pobres – em tributo às sínteses de Puebla – e voltada à libertação
daquelas e daqueles que trabalham.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
150
Especialista em Direito da Seguridade Social pela Universidade Cândido Mendes. Mestrando em
Direito do Trabalho e da Seguridade Social pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.
Advogada. Integrante do grupo de pesquisa Direitos Humanos, Centralidade do Trabalho e Marxismo
(DHCTEM).
151
Especialista em Direito do Trabalho pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.
Mestranda no Programa de Pós-graduação em Direitos Humanos da Universidade de São Paulo.
Pesquisadora. Integrante do Núcleo de estudos sobre teoria e prática da greve no direito sindical brasileiro
contemporâneo (NETEPGreve). Email: leila.izidoro@gmail.com.
152
Especialista em Direito do Trabalho pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.
Mestranda em Direito do Trabalho e Seguridade Social pelo programa de pós-graduação da Faculdade de
Direito da Universidade de São Paulo. Advogada. Integrante do Núcleo de estudos sobre teoria e prática
da greve no direito sindical brasileiro contemporâneo (NETEPGreve) da Faculdade de Direito da
Universidade de São Paulo. Email: regianemmadv@gmail.com.
206
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
Resumo: O objetivo deste estudo é realizar uma análise crítica do conceito de ―trabalho
decente‖, desenvolvido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), refletindo
sobre os limites e possibilidades da luta jurídica, especialmente em contextos de crises
econômicas. Adotaremos como referencial teórico a crítica da forma jurídica
pachukaniana e a teoria do valor marxiana, numa perspectiva de emancipação da classe
trabalhadora e de superação da exploração. Para a pesquisa proposta, utilizaremos como
base o relatório publicado pela OIT, em outubro de 2015, intitulado Labour market
reforms since the crisis: Drivers and consequences, no qual são analisados fatores
determinantes e consequências a curto prazo das reformas trabalhistas implementadas
em 111 países, no período de 2008 a 2014. Elegemos tal documento dada a sua
importância ao identificar os primeiros movimentos dos Estados nacionais em resposta
aos efeitos da crise inaugurada em 2008. Nossa investigação se concentrará,
especialmente, no contexto brasileiro e na aprovação da chamada Reforma Trabalhista
(Lei 13467/2017), relacionando-a com o cenário internacional. Dessa forma, também
serão apreciados, subsidiariamente, documentos elaborados pelo Banco Mundial e pelo
Fundo Monetário Internacional, no período de 2015 a 2018, em matéria de políticas
trabalhistas. Por meio do suporte teórico e metodológico, esperamos abordar os
elementos causais da referida reforma e as tendências identificáveis em termos de
transformações no mundo do trabalho. A partir desse cenário, pretendemos demonstrar
a hipótese de que as normas jurídicas em questão são resultados de políticas trabalhistas
que possuem uma determinação material, e que o direito localiza-se como um
mecanismo de reprodução das relações de produção no capitalismo.
BIBLIOGRAFIA PRELIMINAR
207
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. Volume I. Tomo I. 2 ed. São
Paulo: Nova Cultural, 1985.
RUBIN, Isaak Illich. A teoria marxista do valor. São Paulo: Polis, 1987.
SINGER Paul. O pano de fundo da crise financeira. In: Revista USP nº 85,
março/maio, 2010, págs. 63-69.
____________________________________________________________
Tainã Góis153
153
Integrante do Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital da Faculdade de Direito da Universidade de São
Paulo – SP, Brasil mestranda em Direito Coletivo do Trabalho. E-mail: tain4gois@gmail.com.
208
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
____________________________________________________
209
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
154
Graduada em História pela Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes, Atualmente é
graduanda em Direito pela Universidade Federal de Lavras – UFLA; Mestranda em Educação pela
mesma universidade; Membra do Grupo de Pesquisa em Gênero, Sexualidade e Diversidade, FESEX/
UFLA, Membro do Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital, GPTC/USP; Membra coordenadora da
Associação de pós graduandas/os da UFLA. simone.fernandes@direito.ufla.br/
simonereisdireito@gmail.com/ (38) 991171889.
210
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
__________________________________________________________
211
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
Referências Bibliográficas
IASI, Mauro Luís. Ensaios sobre Consciência e Emancipação. São Paulo: Expressão
Popular, 2011.
MÉSZÁROS, Istvan. A Educação para além do Capital. São Paulo: Boitempo, 2008.
_____________________________________________________
212
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
________________________________________
GRUPO DE TRABALHO XI
DIREITO DO TRABALHO: NOVOS OBJETOS, NOVAS
PERSPECTIVAS
_____________________________________________
157
Mestranda em Direito no Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal do Paraná.
Pós-Graduada Lato Sensu em Direito Constitucional pela Academia Brasileira de Direito Constitucional.
Integrante do núcleo de pesquisa Clínica de Direito do Trabalho - UFPR. E-mail:
gabrielacportella@gmail.com
213
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
ADVOCACIA E IDEOLOGIA
Reflexões preliminares sobre o trabalho livre/ subordinado nas firmas jurídicas
158
Mestrando em Direito no Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de
Pernambuco (PPGD-UFPE). Pós-graduado em Direito do Trabalho e Previdenciário pela Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas). Membro do Grupo de Pesquisa ―Direito do
Trabalho e Teoria Social Crítica‖. E-mail: abarreto.adv@gmail.com.
159
Professora adjunta de Direito do Trabalho na Universidade Federal de Pernambuco. Doutora em
Direito pela Universidade Federal de Pernambuco. Membra da Academia Pernambucana de Direito do
Trabalho e do Instituto Ítalo-Brasileiro de Direito do Trabalho. Coordenadora do Grupo de Pesquisa
―Direito do Trabalho e Teoria Social Crítica‖. E-mail: juliana.teixeira2@gmail.com
214
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
_______________________________________________
Resumo: Os autores pretendem escrever um texto capaz de, seguindo a trilha a teoria
jurídico-trabalhista crítica forjada na Escola do Recife, ampliar os cânones da proteção,
a partir da Economia da Cultura. Seguindo o rastro do Relatório da Comissão Mundial
de Cultura e Desenvolvimento editado pela UNESCO (1997), o desenvolvimento
econômico é indissociável do desenvolvimento cultural, ―novos espaços devem ser
criados para expressões culturais tais como a música, o teatro amador e as artes.‖ Já
Bourdieu (2005), em a economia das trocas simbólicas, ao procurar reunir o
conhecimento da organização interna do que passou a chamar campo simbólico, deixa
transparecer que a sua eficácia se consolida na medida em que consegue ordenar o
mundo natural e social por meio de discursos, mensagens e representações que, em
resumo, se instituem enquanto alegorias que aparecem como uma estrutura real das
relações sociais, ou um fenômeno visto pelos marxistas enquanto fundamentos
ideológicos que legitimam um sistema arbitrário enquanto sistema de dominação capaz
de encobrir as condições objetivas e as bases materiais sobre as quais o poder se
institui. A partir de Terezinha Ferrari (2012), procurarão apreender a dinâmica de
produção e de circulação de mercadorias e seus vínculos com a organização do espaço-
tempo social da cidade, enquanto verdadeira ―fabricalização da cidade, no contexto da
ideologia da circulação‖. Por fim, demonstrarão que é possível redefinir padrões de
160
Mestre em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco/UNICAP, Recife/PE/Brasil. Integrante
da linha de pesquisa ―Direito do Trabalho e Teoria Social Crítica‖ da Universidade Federal de
Pernambuco/UFPE. amarosport@ibest.com.br
161
Doutoranda em Direito na linha de pesquisa ―Direito do Trabalho e Teoria Social Crítica‖ da
Universidade Federal de Pernambuco/UFPE, Recife/PE/Brasil. mariaclarabp1@gmail.com
162
Mestranda em Direito na linha de pesquisa ―Direito do Trabalho e Teoria Social Crítica‖ da
Universidade Federal de Pernambuco/UFPE, Recife/PE/Brasil. tietabitu@gmail.com
215
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
____________________________________________________________
163
Doutor em Direito. Universidade de Deusto-Espanha. Professor adjunto da Faculdade de Direito do
Recife – graduação, mestrado e doutorado, e integrante do Grupo de Estudo e Pesquisa em Direito do
Trabalho e Teoria Social Crítica. E mail: egasparandrade@uol.com.br
164
Mestranda em Direito no Programa de Pós Graduação em Direito da Universidade Federal de
Pernambuco. Integrante do Grupo de Estudo e Pesquisa em Direito do Trabalho e Teoria Social Crítica. E
mail: raissasaldanhamenezes@gmail.com
165
Doutora em direito pela Universidade Federal de Pernambuco e integrante do Grupo de Pesquisa em
Direito do Trabalho e Teoria Social Crítica da UFPE.
216
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
versão analítica, ampliar o objeto do direito do trabalho, para incluir outras alternativas
de trabalho e rendas compatíveis com a dignidade humana, especialmente aquelas que
decorrem da economia solidária, para fazer frente à competitividade destrutiva, à
precarização de direitos e ao retrocesso social. Tendo como a priori a crítica já presente
na sociologia clássica - Marx, Weber e Durkheim, o texto põe em relevo a Economia
Solidária/Social enquanto pressuposto capaz de articular o Princípio da Solidariedade
com o Princípio da Proteção Social. Procura revelar a competitividade autofágica, os
efeitos de uma subordinação ainda mais complexa, multifacetada e cruel, a
clandestinização das relações de trabalho e, em seguida, colocar em relevo o trabalho
propriamente livre. No rastro dos estudos acadêmicos produzidos naquele e em outros
programas, os autores deste texto procurarão avançar no conceito de solidariedade, para
abarcar, a partir dos conflitos individuais e coletivos de trabalho, os sentidos da
emancipação social. Na medida em que a sociedade moderna gira em torno da
circulação de mercadoria – da subordinação da força do trabalho ao capital -, redefinir o
Direito à Cidade, na concepção de Lefebvrè, significa compreendê-la como espaço
construído pelo homem em que se reproduzem ao mesmo tempo as desigualdades
sociais sustentadas por aquela ideologia e os instrumentos de resistência provenientes
da luta de classe. Um cenário privilegiado para conceber a economia social e solidária, a
partir dos estudos desenvolvidos por Boaventura de Souza Santos, Paul Singer, Luiz
Inácio Gaiger e tantos outros.
________________________________________________
166
Graduando em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais. Membro do Grupo de Pesquisa
Trabalho e Resistências. E-mail: eugeniocorassa1@gmail.com
167
Professora substituta da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).
Doutora em Direito do Trabalho pela UFMG em cotutela com a Università degli Studi di Roma Tor
Vergata. Membro do grupo de pesquisa Trabalho e resistências na UFMG. E-mail:
flaviamaximo87@gmail.com
168
Conforme Christensen (2016), a tecnologia disruptiva descreve inovações que rompem com padrões
organizacionais empresariais, criando novos mercados e categorias de clientes. A inovação disruptiva é
217
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
alterar o paradigma das relações laborais existentes, começou-se a lidar com uma nova
morfologia social do trabalho na gig-economy169. Nessa nova economia, que é
diametralmente oposta à economia de compartilhamento170, o trabalhador executa
atividades já existentes, como o de transporte de passageiros, mas agora efetuado por
aplicativos de transporte, ou o de entrega de mercadorias, atualmente realizado por
motofrentistas vinculados a aplicativos, de forma não-eventual, em que o tempo
produtivo é controlado por tecnologias, em uma falaciosa autonomia. Assim, a gig-
economy altera a dinâmica da troca metabólica entre o tempo vital e o de produção, em
virtude da desmedida da jornada de trabalho. Além disso, a subordinação jurídica é
ocultada, pois os trabalhadores são controlados por meios digitais, instituindo uma nova
roupagem de reificação das relações laborais devido à incipiência do contato humano.
Portanto, apesar de se expressar em formas diferentes de trabalho, a especificidade da
gig economy se traduz na utilização do próprio ser humano como um serviço, mediante
tecnologias disruptivas que visam minimizar os custos e o tempo de transação. Esta
particular forma de comodificação do ser humano está inserida na lógica do algorithmic
management171, para invisibilizar a subordinação jurídica e a não-eventualidade, de
modo que esta não se enquadre no núcleo protetivo da relação de emprego. Em
consequência dessa pulverização da classe trabalhadora na gig-economy, dificulta-se a
organização coletiva, bem como a articulação de resistências. Não obstante, surgiram
experiências que tentam organizar tais multidões no crowdwork, assim como no
trabalho sob demanda via apps. Nesse sentido, a presente pesquisa jurídico-sociológica
visa compreender a dinâmica de intermediação do trabalho humano na gig-economy,
para verificar as possibilidades de organização coletiva desses trabalhadores, no intuito
de construir novas formas de resistência.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
efetuada mediante novas tecnologias, mas também por meio do desenvolvimento de modelos que
exploram tecnologias já existentes.
169
Conforme De Stefano (2016, p. 1), a gig economy é um mercado de trabalho que se distingue pela
prevalência de contratos de curto prazo ou de trabalho autônomo. Esta economia inclui duas formas de
trabalho: crowdwork e trabalho sob demanda via apps. O crowdwork refere-se a atividades de trabalho
que envolvem tarefas mediante plataformas online. Já no trabalho sob demanda via apps, a execução de
atividades tradicionais de trabalho é canalizada por aplicativos gerenciados por empresas que também
intervêm na definição de padrões mínimos de qualidade de serviço.
170
Segundo Botsman (2013), uma economia de compartilhamento é construída sobre redes distribuídas
de indivíduos e comunidades conectadas, em oposição a instituições centralizadas, baseada nas relações
entre pessoas (people to people).
171
O controle do trabalho mediante um algoritmo consiste em diretivas provenientes de uma fórmula
matemática disposta no interior do aplicativo ou plataforma online, que recebe um input de dados e
responde com um output de dados.
218
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
BALAKRISHNAN, Anita. Scandals may have knocked $10 billion off Uber‟s value,
a report says. Disponível em <https://www.cnbc.com/2017/04/25/uber-stock-price-
drops-amid-sexism-investigation-greyballing-and-apple-run-in--the-information.html>
Acesso em 23 de agosto de 2017.
BENSINGER, Greg. Uber Posts $708 Million Loss as Finance Head Leaves.
Disponível em <https://www.wsj.com/articles/uber-posts-708-million-loss-as-finance-
head-leaves-1496272500> Acesso em 23 de agosto de 2017.
FIEGERMAN, Seth. Uber is losing billions. Here‟s why investors don‟t care.
Disponível em <http://money.cnn.com/2017/06/01/technology/business/uber-losses-
investors/index.html> Acesso em 23 de agosto de 2017.
JONES, Nicola. Uber drivers are gaming the system and even going offline en
masse to force „surge‟ pricing. Disponível em
<http://www2.warwick.ac.uk/newsandevents/pressreleases/uber_drivers_are/> Acesso
em 23 de agosto de 2017.
LEE, Min Kyung; KUSBIT, Daniel; METSKY, Evan; DABBISH, Laura. Working
with Machines: The Impact of Algorithmic and Data-Driven Management on
Human Workers. Human-Computer Interaction Institute, Heinz College. Carnegie
219
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
MOROZOV, Evgeny. Cheap cab ride? You must have missed Uber‟s true cost.
Disponível em < https://www.theguardian.com/commentisfree/2016/jan/31/cheap-cab-
ride-uber-true-cost-google-wealth-taxation?CMP=fb_gu> Acesso em 23 de agosto de
2017.
SCHEIBER, Noam. How Uber Uses Psychological Tricks to Push Its Drivers‟
Buttons. Disponível em
<https://www.nytimes.com/interactive/2017/04/02/technology/uber-drivers-
psychological-tricks.html?mcubz=1> Acesso em 27 de agosto de 2017.
_______________________________________________
172
Graduanda (2015/2019) do curso de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), membra do
Grupo de Pesquisa Clínica de Direitos Fundamentais (CDT-UFPR) - Trabalho e Direitos. E-mail:
amandafoltram@gmail.com
173
Professor Adjunto de Direito do Trabalho na graduação do Curso de Direito da Universidade Federal
do Paraná (UFPR). Doutorado em Direito (UFPR), com pós-doutorado na Université Paris Nanterre.
Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFPR (Capes 6). Líder do Grupo de
Pesquisa Clínica de Direito do Trabalho (CDT-UFPR) - Trabalho e Direitos. E-mail:
sidneimachado.ufpr@gmail.com
220
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
_____________________________________________________
174
Disponível em<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm>.Acesso 05 de Jul.
2018.
175
Disponível em<https://www.laboral-social.com/sites/laboral-
social.com/files/NSJ058529_0.pdf>.Acesso 05 de Jul. 2018.
176
Mestrando em Direito do Trabalho pelo PPGD-PUC/MG. Graduado em Direito pela PUC/MG.
Professor do Instituto Elpídio Donizetti. Pesquisador em Direito e autor de artigos jurídicos. Bolsista
CAPES. Advogado. Membro do grupo de pesquisa Retrabalhando o Direito (RED) da PUC Minas. E-
mail: marcosbrumal@hotmail.com.
177
Pós-Doutora em Direito do Trabalho pela Universidade de Castilla-La Mancha, com bolsa de pesquisa
da CAPES; Doutora em Direito do Trabalho e da Seguridade Social pela USP- Universidade de São
Paulo; Mestre em Direito do Trabalho pela PUC/MG; Graduada em Direito pela PUC/MG; Professora de
221
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
222
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
SOUTO MAIOR, Jorge Luiz. Sem uma seção especial de justiça para a "reforma
trabalhista". Revista eletrônica [do] Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região,
Curitiba, PR, v. 6, n. 61, p. 182-189, jul./ago. 2017.
SOUTO MAIOR, Jorge Luiz; SEVERO, Valdete Souto. Os 201 ataques da “reforma”
aos trabalhadores. 08 mai. 2017. Disponível em:
<http://www.jorgesoutomaior.com/blog/os-201-ataques-da-reforma-aos-trabalhadores>.
Acesso em 04 out. 2017.
_____________________________________________________
PRIMEIRO ESBOÇO
223
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
178
Bacharel em direito pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), mestrando em direito pela
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), sob orientação do Professor Dr. David Gomes. Membro
no Núcleo de Estudos Direito Modernidade e Capitalismo (UFMG) e do Grupo de Pesquisa Trabalho e
Capital (GPTC/USP). E-mail: rayannkmassahud@gmail.com
179
Mestranda em Direito do Trabalho e graduada pela UFMG. Pesquisadora membro do Grupo de
Pesquisas Trabalho e Resistências (UFMG). Advogada. E-mail: aysla.teixeira@gmail.com
180
Isso não quer dizer que não haja produções, por exemplo, a tese de doutoramento do professor
Ricardo Pazello, que se fundamenta na relação entre direito e o movimento decolonial. Conferir:
PAZELLO, Ricardo Prestes. Direito insurgente e movimentos populares: o giro descolonial do poder e a
crítica marxista ao direito. 2014. 545 f. Tese (Doutorado em Direito) – Programa de Pós-Graduação em
Direito, Setor de Ciências Jurídicas, da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2014.
224
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
______________________________________________
225
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FLORES, Joaquín Herrera. A reinvenção dos direitos humanos; tradução de: Carlos
Roberto Diogo Garcia – Florianópolis: Fundação Boiteux, 2009.
226
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
______________________________________________________
183
Professor Adjunto da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Professor Titular do Centro
Universitário do Distrito Federal (UDF), em Brasília-DF, e de seu Mestrado em Direito das Relações
Sociais e Trabalhistas. Doutor e Mestre em Direito pela Faculdade Mineira de Direito da Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Coordenador e pesquisador do Grupo de Pesquisa:
Processo, Trabalho e Previdência: diálogos e crítica, da UFES. Membro da Rede Nacional de Grupos de
Pesquisas e Estudos em Direito do Trabalho e da Seguridade Social (RENAPEDTS). Pesquisador. Autor
de livros e artigos publicados no Brasil e no Exterior. Advogado.
184
Graduando em Direito pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e integrante do Grupo de
Pesquisa Processo, Trabalho e Previdência: diálogos e críticas (UFES). Estagiário no núcleo de direito
previdenciário da Defensoria Pública da União, em Vitória/ES. E-mail: andremduarte96@gmail.com
227
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
______________________________________________________________________
Resumo: Pretende-se discutir de que forma o papel exercido por empregadores por
meio do poder fiscalizatório pode implicar em uma restrição da liberdade do empregado
em relação ao consumo de produtos ou serviços de empresas concorrentes. Inicialmente,
serão abordados os critérios e limites existentes no ordenamento jurídico trabalhista
sobre a possibilidade de controle do comportamento do empregado, especialmente no
contexto do ciberpoder diretivo (MELO, 2018, p. 65), caracterizado pela possibilidade
de o empregador expandir seus domínios para as plataformas de relacionamento social,
permitindo o controle dos empregados de forma mais incessante e intrusiva. Dessa,
forma, pretende-se trabalhar a ideia desenvolvida por Chaves Júnior (2009) da cultura
do ―Big Brother no trabalho‖, que perfaz a ideia da onipresença online patronal, de
forma que o controle obreiro deixa de estar limitado tão somente ao ambiente
empresarial ou ao período da jornada de trabalho, permitindo o controle quase total do
trabalhador (MELO, 2018, pp. 66-67), fiscalizando vida profissional, política, religiosa,
afetiva, social e pessoal, acabando com as barreiras físicas para o exercício do poder
fiscalizatório, em evidente ingerência indevida por parte do empregador. Em seguida,
185
Mestranda em Direito do Trabalho e graduada pela UFMG. Pesquisadora membro do Grupo de
Pesquisas Trabalho e Resistências (UFMG). Advogada. E-mail: aysla.teixeira@gmail.com
186
Mestrando em Direito Econômico e graduado pela UFMG. Bolsista da CAPES.
228
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
busca-se demonstrar que tal controle que, como salientado, permite o monitoramento
das atividades do empregado mesmo fora do horário de serviço, possibilita que o
empregador exerça domínio e demonstre sua autoridade nas escolhas que o trabalhador
faz em sua vida privada, como lugares que frequenta e produtos que consome ou, em
especial, o que demonstra consumir nas redes sociais. Ainda, essa fiscalização indevida
não só fere o direito à intimidade do trabalhador como também viola sua liberdade de
escolha e de consumo, o que ocasiona em uma restrição abusiva ao extrapolar o direito
de supervisionamento da empresa para além da relação contratual de trabalho com o
empregado. Esses aspectos serão avaliados em um contexto de disputa concorrencial,
analisando se, para além da violação trabalhista, tal conduta do empregador também
poderia ser entendida como anticoncorrencial, implicando em prejuízos em relação ao
direito à livre concorrência.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. 10 ed. São Paulo: LTr,
2016.
CHAVES JÚNIOR, José Eduardo de Resende. E-mail corportativo não pode ser
violado. Consultor Jurídico, 14 set. 2009. Disponível em:
<https://www.conjur.com.br/2009-set-14/mail-corporativo-nao-violado-apesar-
jurisprudencia>. Acesso em: 07 abr. 2018.
COUTINHO, Aldacy Rachid. Poder Punitivo Trabalhista. São Paulo: LTr, 1999.
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. 16 ed. rev. e ampl. São
Paulo: LTr, 2016.
229
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: história da violência nas prisões. 10. ed. Rio de
Janeiro: Graal, 1979.
_________________________________
230
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
231
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
Brasil tem 155 mil pessoas em situação de escravidão, diz ONG. BBC. 17/11/2014.
Disponível
em<http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/11/141117_escravidao_brasil_mund
o_pai>. Acesso em: 16 mai. 2017.
FRANÇA, Polyana Imolesi Silveira de; França Robson Luis de. A dimensão
ontológica do trabalho e a relação com o reducionismo ao economicismo do
trabalho docente no ensino superior. Disponível em<
www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/jornada/.../txt.../Polyana%20Franca.doc>.
Acesso em: 14 mai. 2017.
MARX, Karl. O capital: O processo de produção do capital, 20. ed. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2002; v. 1, [livro 1 e 2].
MESZÁROS, I. Para além do capital: rumo a uma teoria da transição. Trad. Paulo
Cezar Castanheira e Sérgio Lessa. São Paulo: Boitempo, 2006.
OLIVEIRA, Fernando César. Dieese: mesmo crescendo nos últimos dez anos,
emprego no setor bancário é 70% do total há duas décadas. Agência Brasil.
Disponível em: http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/a-diminuicao-de-empregos-no-
setor-bancario. Acesso em:14 mai. 2017.
232
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
RAMOS, Lauro; REIS, José Guilherme Almeida. Emprego no Brasil anos 1990.
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Disponível em:
http://www.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/TDs/td_0468.pdf. Acesso em: 14
mai. 2017.
______________________________________________________________________
188
Membro do Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital (USP). Graduando Direito PUC-Campinas,
Bacharel em Economia pela UNICAMP e Técnico do IBGE. caiomelojf@gmail.com
233
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
______________________________________________________________________
189
Doutorando em Direito do Trabalho e Teoria Social Crítica pela Universidade Federal de Pernambuco
(PPGD-UFPE). Mestre em Direito do Trabalho pela PUC-SP. Professor da Escola Superior do Ministério
Público da União (ESMPU). E-mail: tiagoufpe@gmail.com
190
Professora da Universidade Federal de Pernambuco (PPGD-UFPE). Mestre em Ciência Política
(PPGCP-UFPE) e Doutora em Direito (PPGD-UFPE). E-mail: juliana.teixeira2@gmail.com
234
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
desconexão entre teoria e prática, entre palavra e atitude, apenas demonstra o descaso
global com todos os princípios, objetivos e metas estabelecidos na Agenda 2030,
desvelando sua ineficácia e a prevalência do poderio do capital no direcionamento das
estratégias de governo, ultrapassando e rompendo barreiras. Diante da expansão da
sociedade do consumo, do avanço do ultraliberalismo globalizado e da crescente
mundialização do capital, os objetivos traçados pelo documento se revelam
inverossímeis. O atendimento integral das metas estabelecidas, dentro do prazo
assinalado, se possível for, exige a reinvenção da ordem social atualmente vigente ou
uma drástica decomposição do mundo social em sua plenitude, de modo a construir um
formato de sociabilidade inteiramente distinto.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
EDELMAN, Bernard. O direito captado pela fotografia. Elementos para uma teoria
marxista do direito. Centelha: Coimbra, 1976.
HARVEY, David. Condição Pós-Moderna. 13 ed. São Paulo: Edições Loyola, 2004.
PRANDI, José Reginaldo. O trabalhador por conta própria sob o capital. Ed.
Símbolo: São Paulo, 1978.
235
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
______________________________________________________________________
Resumo: Esta pesquisa busca fazer uma análise da atual crise do Sistema de Seguridade
Social brasileiro, a fim de avaliar a hipótese de ataque a direitos sociais dos
trabalhadores. Para tanto, iniciar-se-á com uma breve discussão das características da
sociedade do trabalho na contemporaneidade – marcada pelo chamado desemprego
estrutural – e seus efeitos transcendentes na eficácia do sistema de Previdência Social,
apresentando-se dados estatísticos coletados durante a pesquisa. O estudo tomará por
base as influências da ascensão do capitalismo financeiro e do ultraliberalismo global
para o modelo de proteções sociais estabelecido (englobando, aqui, os direitos de
natureza trabalhista e previdenciária), que, após o Consenso de Washington, tem sido
alvo de constantes ataques e restrições. Uma das características desse ultraliberalismo é
a ofensiva contra as várias formas de tutela estatal das relações sociais oriundas do
período do welfare state, que se encontra em franco desmonte ante o fortalecimento das
ideias neoliberais. O Sistema de Previdência Social Brasileiro foi instituído com base
em uma sociedade notadamente marcada pelo emprego formal/assalariado,
majoritariamente calcado no modelo social-democrata. Todavia, as novas estruturações
191
Bacharela em Direito e Pós-graduada lato sensu em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho pela
Universidade Católica de Pernambuco. Mestranda em Direito do Trabalho pela Universidade Federal de
Pernambuco. Integrante do Grupo de Pesquisa Direito do Trabalho e Teoria Social Crítica da UFPE. E-
mail: vanessaggmoraes@gmail.com
192
Bacharel em Direito e Mestre em Direito do Trabalho pela Universidade Federal de Pernambuco. Pós-
graduado lato sensu em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho pela Universidade Católica de
Pernambuco. Integrante do Grupo de Pesquisa Direito do Trabalho e Teoria Social Crítica da UFPE. E-
mail: fburil@gmail.com
193
Professora Adjunta de Direito do Trabalho da Faculdade de Direito do Recife/UFPE, doutora em
neoconstitucionalismo e mestre em ciência política pela Universidade Federal de Pernambuco. Integrante
do Grupo de Pesquisa Direito do Trabalho e Teoria Social Crítica da UFPE
236
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BALERA, Wagner. Sistema de Seguridade Social. 7ª ed. São Paulo: Ltr, 2014
BEHRING, Elaine Rossetti. ALMEIDA, Maria Helena Tenório de. (Orgs.). Trabalho e
Seguridade Social: percursos e dilemas. São Paulo: Cortez Editora, 2008.
194
Dados do IBGE DE 2016. Disponível em:
<ftp://ftp.ibge.gov.br/Trabalho_e_Rendimento/Pesquisa_Mensal_de_Emprego/fasciculo_indicadores_ibg
e/2016/pme_201602pubCompleta.pdf>. Acesso em: 09 de julho de 2018. p.30
195
Dados do IBGE de 2016. Disponível em:
<ftp://ftp.ibge.gov.br/Tabuas_Completas_de_Mortalidade/Tabuas_Completas_de_Mortalidade_2016/tabu
a_de_mortalidade_2016_analise.pdf>. Acesso 05 jul. 2018
237
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
SUPLICY, Eduardo. Renda de Cidadania – a saída é pela porta. 7.ed. São Paulo:
Cortez Editora. 2013.
______________________________________________________________________
238
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
HERMENÊUTICA TRABALHISTA
Interpretação das Inovações Trabalhistas Promovidas pela Lei 13.467/2017 à Luz
dos Princípios do Direito do Trabalho e da Sistemática Constitucional de
Efetivação de Direitos Sociais
196
Professora Substituta da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pesquisadora do grupo
Configurações Institucionais e Relações de Trabalho (CIRT). Advogada. adv.jessica.brasil@gmail.com
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Faculdade Nacional de Direito.
239
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PISARELLO, Gerardo. Los derechos sociales y sus garantias: elementos para una
reconstrucción. Madrid: Trotta, 2007.
______________________________________________________________________
197
Juliana Benício Xavier é mestre em direito público pela Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais (2010-2013). Doutoranda em Direito do Trabalho pela Universidade de São Paulo (2018-).
Membro do Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital. julianabenicio@usp.br
198
Maria da Glória Ferreira Trogo é graduada em direito pela Universidade Federal de Ouro Preto (2010-
2013). gloriatrogo@gmail.com
240
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
gênero. De outro, visa à extinção das entidades sindicais, essenciais para garantir a ação
de trabalhadoras e trabalhadores na defesa e ampliação da proteção social, além de ter
trazido para o âmbito do processo do trabalho vários instrumentos de cerceamento ao
acesso à justiça. Para se falar de edificação e destruição do Estado Social utilizar-se-á
como referência estudos de Alysson Mascaro, que no ―Estado e forma política‖ decifra
as relações havidas entre Estado e capital, as quais fazem com que aquele ceda às
pressões deste com vistas ao desmonte dos direitos sociais. Invocar-se-á, ainda, ―Os
limites do bem-estar no Brasil‖, de Flávio Batista, por meio do qual analisa a limitação
das contribuições que o direito pode dar para a emancipação humana. Com a finalidade
de tratar da escalada repressiva, recorrer-se-á à Loïc Wacquant que, apesar de se dirigir
ao contexto estadunidense, fornece importantes chaves para se compreender a
criminalização como forma gestão da miséria. A leitura da Lei 13.467, de 13 de julho de
2017, será feita com base em ―A reforma trabalhista no Brasil com os comentários à Lei
nº 13.467/2017‖ de Gabriela Neves Delgado e Maurício Godinho Delgado, bem como
se utilizando do ―Manual da Reforma Trabalhista: pontos e contrapontos‖ de Valdete
Souto Severo e Jorge Luiz Souto Maior. Por fim, para lidar com conceitos como
―aumento da taxa de lucro‖ e ―exploração da força de trabalho‖, recorrer-se-á ao Livro I
de ―O Capital‖, de Karl Marx.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. Livro I. São Paulo: Boitempo,
2013.
MASCARO, Alysson Leandro. Estado e forma política. São Paulo: Boitempo, 2013.
WACQUANT, Loïc. Punir os pobres: a nova gestão da miséria nos Estados Unidos. 3ª
ed. Rio de Janeiro: Revan, 2007.
______________________________________________________________________
241
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
199
Bacharel em História pela FFLCH/USP, graduando em Direito pela Faculdade de Direito/USP e
membro do Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital (GPTC), vinculado à Faculdade de Direito da USP. E-
mail: gustavo.carneiro.silva@usp.br.
242
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SOUTO MAIOR, Jorge Luiz; SEVERO, Valdete Souto. Resistência: Aportes teóricos
contra o retrocesso trabalhista. São Paulo: Expressão Popular, 2017.
WACQUANT, Loïc. Punir os Pobres: A nova gestão da miséria nos Estados Unidos.
Rio de Janeiro: Revan, 2007.
_____________________________________________________________________
243
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
200
, mestre e bacharel em Direito, professora universitária e membro do Núcleo de Estudos: ―O Trabalho
além do Direito do Trabalho: dimensões da clandestinidade jurídico – laboral‖ Faculdade de Direito da
Universidade de São Paulo, e-mail:patriciaborlando@gmail.com
201
PONDE, Danit Zeava Falbel. O conceito de medo em Winnicott. Winnicott e-prints, São Paulo , v.
6, n. 2, p. 82-131, 2011 .
202
BOSCHETTI, I, Seguridade social e projeto ético-político do Serviço Social: que direitos para qual
cidadania? Serviço Social e Sociedade, São Paulo, v. 79, p. 114, 2004.
203
Thaís Neves de Menezes Costa, Assistente Social pela UNB, participante do Concurso Nacional de
Teses e Monografi as da Fundação ANFIP de Estudos da Seguridade Social.
244
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 18ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
BALERA, Wagner. Direito previdenciário. 10ª. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2014.
_____. Lei nº 6.880, de 09 de dezembro de 1980. Estatuto dos Militares. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6880.htm>. Acesso em 04/05/2018.
245
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
HORVATH JÚNIOR, Miguel. Direito previdenciário. 6ª. ed. - São Paulo: Quartier
Latin, 2006.
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CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
204
Criado através das raízes de resistência norte-mineira da cidade de Montes Claros (MG), interrompeu
a graduação em Direito pela Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES e atualmente é
graduando em Direito pela Universidade Federal de Lavras – UFLA. Compõe o Grupo de Pesquisa
Trabalho e Capital – GPTC, é estudante-militante da Federação Nacional dos e das Estudantes de Direito
– FENED e atua no movimento social de juventude Levante Popular.
247
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PoEMAS. Antes fosse mais leve a carga: avaliação dos aspectos econômicos, políticos
e sociais do desastre da Samarco/Vale/BHP em Mariana (MG). Mimeo, 2015.
Disponível no site: http://www.ufjf.br/poemas/
Zonta, M.; Trocate, C. (Orgs.), Antes fosse mais leve a carga: reflexões sobre o
desastre da Samarco/Vale/BHP Billiton. Marabá, PA: Editorial iGuana, 2016,
237p. Coleção – (A Questão Mineral. v.2).
______________________________________________________________________
205
Professor da UFPR - Universidade Federal do Paraná. Doutor e Mestre em Direitos Humanos (USP).
Email: maseraujunior@hotmail.com. Grupo de Pesquisa: Clínica de Direito do Trabalho – UFPR.
206
Estudante do 5º ano do Curso de Direito da Universidade Federal do Paraná. Email:
melissaalbuquerque95@gmail.com
248
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 13. Ed. São Paulo:
LTr, 2014, p. 196.
249
CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
<https://www.jorgesoutomaior.com/blog/reforma-trabalhista-em-tempos-de-golpes-e-
golpismos-contra-a-classe-trabalhadora>. acessos em 08 de jul. de 2018.
SOUTO MAIOR, Jorge Luiz. Curso de Direito do Trabalho: Teoria Geral do Direito
do Trabalho, vol. I – Parte I. São Paulo: LTr, 2011.
______________________________________________________________________
Resumo: A democracia, desde seu berço na Grécia Antiga, nasce para ser um modo de
regulação das regras sociais, a fim de evitar a violência contra ou entre a sociedade
civil. Traduz-se a regulação pelo Estado de Direito, no qual as normas jurídicas, válidas
para todos, se caracterizam pela imparcialidade, impessoalidade e universalidade. As
regras que a constituem não são, por isso mesmo, arbitrárias, mas resultado do pacto
constitucional, garantido pelo voto de todos os cidadãos. Após experimentar fase de
inédito desenvolvimento com a democracia, desde o fim do golpe militar que perdurou
durante duas décadas no Brasil (1964-1984), o país se defronta com o golpe parlamentar
(2016), traduzido no impeachment, e com este, um pacote de reformas, através das quais
os pilares dos avanços sociais, arduamente conquistados, com muita luta e resistência,
são revogados, num verdadeiro retrocesso social. O impasse político exposto torna-se
superado com a força da ruptura democrática, capaz de viabilizar as reformas
207
Graduada em Direito pela FURB – Universidade Regional de Blumenau (2017). Integrante do Grupo
de Pesquisas Trabalho e Dignidade, Constituição e Transnacionalização. Contato:
viviane_bosa@hotmail.com.
208
Doutora em Ciências Humanas (UFSC). Docente do Departamento de Direito da Universidade
Regional de Blumenau (FURB), onde leciona as disciplinas de Direito do Trabalho, Seguridade Social e
Direitos Humanos. Coordena o Grupo de Pesquisas Trabalho e Dignidade, Constituição e
Transnacionalização, que integra a RENAPEDTS, assim como o Grupo de Estudos em Teorias da Justiça
- GETJUS. Contato: elsabevian@gmail.com.
209
Mestre em Desenvolvimento Regional pela Universidade Regional de Blumenau (FURB). Juiz do
Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região/SC. Membro do Instituto de Pesquisas e Estudos
Avançados da Magistratura e do Ministério Público do Trabalho (IPEATRA) e da Comissão Editorial da
Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região/SC, nºs 27, 28 e 29, anos 2014/2015, 2016 e
2017. Integra o Grupo de Pesquisas Trabalho e Dignidade, Constituição e Transnacionalização. Contato:
oscarkrost@hotmail.com.
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CADERNO DE RESUMOS
IV ENCONTRO DA RENAPEDTS
autoritárias, em geral contra o povo, por meio da violência política contra a sociedade
civil. O regime político democrático aceito pelo senso comum – com representação da
sociedade, se afasta e muito, do sentido etimológico da democracia e das características
da democracia clássica grega, da qual herdamos não apenas a palavra, mas também boa
parte do imaginário associado a ela (MIGUEL, 2014). Esta democracia representativa é
uma contradição, pois trata-se de um governo do povo, no qual o povo não está presente
na tomada de decisões. Miguel (2014) afirma que há desigualdade formal no acesso às
decisões, existem diferentes potenciais de apropriação dos espaços de participação
política, regulados pelas assimetrias sociais, há manipulação da determinação da
vontade coletiva. Afirma ainda que há problemas fundamentais quanto à nossa
representação política: 1) a separação entre governantes e governados – quem governa
exerce de fato a soberania que pertence nominalmente ao povo; 2) a formação de uma
elite política distanciada da massa da população – o grupo governante tende a exercer
permanentemente o poder, sem alternância; 3) a ruptura do vínculo entre a vontade dos
representados e a vontade dos representantes, produzindo novos interesses, distintos dos
interesses da base. Vivenciamos a monopolização das funções representativas por um
grupo específico e a falta de tensão entre representantes e representados. A democracia
perdeu seu sentido originário, pois o individualismo jurídico da ordem liberal e o
individualismo sociológico subjacente a ele, são questionáveis. A política da violência
mostra-se cada vez mais, através de manobras parlamentares, como a aprovação da
reforma trabalhista e a lei da terceirização. O fato é que nossa democracia está com
problemas, o povo não sabe o teor das reformas aprovadas, não se identifica com os
políticos e acredita em ilusões que a mídia majoritária divulga. Como vamos recuperar
tamanho retrocesso social? Só com muita educação e persistência...
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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