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MATEMÁTICA e SUAS

TECNOLOGIAS
ENSINO MÉDIO

Material Organizado pelos Professores: Adalberto Dornelles Bán


Adriane Vaz Huber

Porto Alegre – RS - 2021

Matemática e suas Tecnologias – Ensino Médio – 2021


NEEEJACP MENINO DEUS – PORTO ALEGRE - RS

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POLÍGRAFO DE MATEMÁTICA

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

ÁREA DO CONHECIMENTO: MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

Prof. Adalberto Dornelles Bán

Profª. Adriane Vaz Huber

1 CONJUNTOS NUMÉRICOS

2 TEORIA DOS CONJUNTOS

3 SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES

4 FUNÇÃO

5 FUNÇÃO POLINOMIAL DO 1º GRAU

6 FUNÇÃO POLINOMIAL DO 2º GRAU

7 SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS

8 TRIGONOMETRIA

9 GEOMETRIA PLANA

10 GEOMETRIA ESPACIAL

11 ANÁLISE COMBINATÓRIA

12 PROBABILIDADE

13 NOÇÕES DE MATEMÁTICA FINANCEIRA

14 NOÇÕES DE ESTATÍSTICA

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1 CONJUNTOS NUMÉRICOS inteiro, o número −𝑘 também é número inteiro.
Dizemos que 𝑘 e −𝑘 são simétricos ou opostos
1.1 COMO SURGIRAM OS NÚMEROS? (algumas bibliografias de nível superior os
chamam de inversos aditivos).
Os números foram criados pouco a pouco. A cada
nova dificuldade ou necessidade, o homem foi Simetria em relação ao zero:
juntando novos tipos de números aos já existentes.
Com o tempo, por questões práticas, foi preciso
agrupá-los formando estruturas com características
peculiares e associar as propriedades comuns.

1.2 NÚMEROS NATURAIS

A necessidade de contar surgiu com o início da


civilização dos povos. Povos primitivos contavam Limitação desse conjunto numérico: A soma, a
apenas um, dois e muitos. Esses três conceitos, subtração e multiplicação de dois números inteiros
sozinhos, já resolviam seus problemas. Depois outras quaisquer tem como resultado sempre um número
quantidades (três, quatro, etc.) foram sen- do inteiro, mas a divisão de dois números inteiros
incorporadas. A ideia dozero só surgiu mais tarde. quaisquer nem sempre tem como resultado um
Os números utilizados para contar formam hoje o que número inteiro. Por exemplo:
chamamos de conjunto dos números  [(+5) + (−2)] ∈ ℤ,
naturais, simbolizado por ℕ e definido assim:  [(−7) − (+3)] ∈ ℤ,
ℕ = { 0, 1, 2, … , 𝑛, … }  [(+6) ∙ (−4)] ∈ ℤ
 [(−10): (+5) ∈ ℤ, mas [(+5): (−10)] ∉ ℤ
Limitação desse conjunto numérico: A soma de
dois números naturais quaisquer tem como resultado 1.4 NÚMEROS RACIONAIS
sempre um número natural, mas a diferença de dois
números naturais quaisquer nem sempre tem como [(+5) + (−2)] ∈ ℤ
resultado um número natural. Por exemplo, Divisões como essa somente tem resposta com a
 (5 + 2) ∈ ℕ e (2 + 5) ∈ ℕ criação dos números fracionários
 (5 − 2) ∈ ℕ, mas (2 − 5) ∉ ℕ 𝟑 𝟖 𝟏
, , etc
𝟓 𝟕 𝟏𝟎

1.3 NÚMEROS INTEIROS


Para que também a divisão fosse sempre
possível foi criado um conjunto numérico mais
(2 − 5) ∉ ℕ amplo que o conjunto dos números inteiros, o
Subtrações como essa somente tem resposta com a conjunto dos números racionais, simbolizado
introdução dos números negativos:
por ℚ e definido assim:
−1, −2, −3, −4, … 𝒂
A união dos números naturais com os números negativos ℚ = {𝒙; 𝒙 = , 𝒄𝒐𝒎 𝒂, 𝒃 ∈ ℤ 𝒆 𝒃 ≠ 𝟎}
𝒃
forma o conjunto dos números inteiros, simbolizado Podemos representar os números racionais por
por ℤ e definido assim: pontos pertencentes a uma reta orientada.
ℤ = {… , −𝑛, … , −2, −1, 0, 1, 2, … , 𝑛, … }
Veja os exemplos abaixo:
Podemos separar os inteiros em três categorias:
 Os positivos: 1, 2, 3, 4, …
 O zero: 0
 Os negativos: −1, −2, −3, −4, …

Portanto, de maneira geral, se 𝑘 é um número

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Seguem exemplos abaixo de números que são Exemplos de números irracionais:
números racionais:  √2 = 1,41421356 …
𝟏𝟒  3√5 = 1,70997594…
 𝟖 = 𝟐; = 𝟕; −𝟓; −𝟐; … (números inteiros)  √7 = 2,64575131 …
𝟒 𝟐
𝟏𝟑 𝟔
 𝟑; ;− ; … (frações)  𝜋 = 3,14159265 … (número pi)
𝟕 𝟓 𝟓 𝟐𝟒 𝟏  Φ =𝟏+√5 = 1,61803399 … (número de
 𝟐, 𝟓 = 𝟐; −𝟎, 𝟏𝟐𝟓 = − 𝟖; … (números decimais exatos) ouro) 𝟐
𝟏 𝟏𝟎
 −𝟎, 𝟏𝟔𝟔 … = − ; 𝟑, 𝟑𝟑𝟑 … = ; … (dízimas periódicas)
𝟔 𝟑 Vejamos, agora, como construir um ponto na reta
numérica que tenha abscissa um número
Limitação desse conjunto numérico: A figura a seguir irracional: Num quadrado de lado 𝟏, como na
mostra um triângulo retângulo cujos catetos medem 1 figura abaixo.
unidade. Veja o cálculo para encontrar a sua
hipotenusa, utilizando o Teorema de Pitágoras:

Pelo teorema de Pitágoras 𝒅𝟐 = 𝟏𝟐 + 𝟏𝟐 ⇒


x2 = 12 + 12 𝒅𝟐 = 𝟐 ⇒ 𝒅 = √𝟐 .
x2 = 2 Assim a abscissa de P é √𝟐 que é número
Que número que elevado ao quadrado dá 2? irracional.
Resposta: x = 1,41421356237309...
A resposta x = 1,41421356237309... é um número 1.6 NÚMEROS REAIS
decimal que não pode ser escrito em forma de fração
(não é número decimal exato e não é dízima periódica), Da união do conjunto dos números racionais com
portanto, é um número não-racional − os pitagóricos o o conjunto dos números irracionais surge o
chamaram de incomensuráveis. conjunto dos números reais, simbolizado por ℝ
e definido assim:
1.5 NÚMEROS IRRACIONAIS ℝ = {𝑥; 𝑥 é 𝑛° 𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝑜𝑢 𝑥 é 𝑛º 𝑖𝑟𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙}
Observe a resolução da equação abaixo: A representação dos números reais em
𝑥2 = 12 + 12 diagramas:
𝑥2 = 2
𝑥 =√2 = 1,41421356 … ∉ ℚ

Equações como essa não tem resposta em ℚ, a resposta


foi possível pela descoberta de um novo conjunto
numérico, o conjunto dos números irracionais,
simbolizado por 𝕀 e representado por números decimais
que são dízimas aperiódicas (números decimais de
casas decimais infinitas e sem período).
Podemos definir o conjunto dos irracionais como:
𝒂 Os diagramas mostram que o conjunto ℕ é
𝕀 = {𝒙; 𝒙 ≠ , 𝒄𝒐𝒎 𝒂, 𝒃 ∈ ℤ 𝒆 𝒃 ≠ 𝟎} subconjunto de ℤ, o conjunto ℤ é subconjunto de
𝒃
Ou seja, os números de que estão contidos em 𝕀 não ℚ e ℚ, por sua vez, é subconjunto de ℝ; 𝕀 é
podem ser frações com números inteiros. subconjunto de ℝ. Simbolicamente,
ℕ⊂ℤ⊂ℚ⊂ℝe𝕀⊂ℝ

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Limitação desse conjunto numérico: b) Representar o conjunto B dos números pares,
A equação 𝑥2 + 1 = 0 não tem solução em ℝ, pois: entre chaves.
𝒙𝟐 + 𝟏 = 𝟎 ⇒ 𝒙𝟐 = −𝟏 ⇒ 𝒙 = ±√−1 Resolução:
e não existe um número real 𝒙 que elevado ao quadrado B = {0, 2, 4, 6, ...}.
resulte −1. Por isso, foi criado um conjunto numérico
mais amplo que o conjunto dos números reais, o Observação:
conjunto dos números complexos, simbolizado por No exemplo anterior, o conjunto A é finito (tem
ℂ. número limitado de elementos) e o conjunto B é
infinito (tem número ilimitado de elementos).
Nota: O *(asterisco) é usado para indicar a supressão
do zero. 2.3.2 Por diagrama de Venn1
Exemplo: Representar o conjunto C das vogais,
Exemplos: por diagrama.
ℕ* = { 1, 2, 3 … } Resolução:
ℤ* = {… , −2, −1, 1, 2, … }

2 TEORIA DOS CONJUNTOS

2.1 CONCEITO

Conjunto é qualquer coleção de objetos, pessoas,


números, etc. Observação: Não se representa conjuntos
infinitos em diagramas.
Exemplos:
 Uma sala de aula é um conjunto de alunos;
2.3.3 Por propriedade
 Um bairro é um conjunto de casas.
Exemplos:
2.2 ELEMENTOS DE CONJUNTOS
a) A = {x/ x é vogal}
O conjunto A é formado por todas as vogais.
São objetos que formam esse conjunto. b) B = {x/ x é número natural menor que 6}
O conjunto B é formado por todos os números
2.3 REPRESENTAÇÃO DE CONJUNTOS naturais menores que seis.
Os conjuntos são representados por letras maiúsculas
2.4 IGUALDADE DE CONJUNTOS
e quando os elementos são letras, essas são letras
minúsculas. Dois conjuntos são iguais quando possuem os
mesmos elementos.
2.3.1 Por chaves
Exemplo:
Exemplos:
Conjunto A das letras da palavra arte:
a) Representar o conjunto A dos dias da semana, entre A = {a, r, t, e}
chaves.
Conjunto B das letras da palavra reta:
Resolução:
B = {r, e, t, a}
A = {domingo, segunda, terça, quarta, quinta, sexta,
Logo A = B.
sábado}.

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John Venn (1834-1923), matemático inglês.

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2.5 CONJUNTO UNITÁRIO 2.7.3 Outros símbolos matemáticos

É o conjunto que possui um único elemento. Operadores Símbolos

Exemplo: A = {x/ x é dia da semana que começa com Igual =


a letra D}
Resolução: A = {domingo}. Diferente ≠

2.6 CONJUNTO VAZIO Maior que >

É o conjunto que não possui elementos. O conjunto vazio Menor que <
é representado por { } ou ∅.
Maior ou igual a ≥
Exemplo: B = {x/ x é mês do ano com 32 dias}
Resolução: B = ∅
Menor ou igual a ≤
2.7 SÍMBOLOS MATEMÁTICOS
Tal que /
2.7.1 Símbolos de pertinência

Entre elementos e conjunto utiliza-se os símbolos ∈ 2.7.4 União de conjuntos


(pertence) ou ∉ (não pertence).
Exemplo: Seja A = {1, 3, 5, 6}, segue que 1 ∈ A, 2 ∉ A, Dado os conjunto A e B, define-se como união
3 ∈ A, 4 ∉ A, 5 ∈ A, 6 ∈ A. dos conjuntos A e B ao conjunto representado por
A 𝖴 B, formado por todos os elementos
2.7.2 Subconjuntos pertencentes a A ou B. Simbolicamente,
A 𝖴 B = {x / x ∈ A ou x ∈ B }
Quando todos os elementos de um conjunto A qualquer
pertencem a outro conjunto B, diz- se, então, que A é um Exemplo: Sejam os conjuntos A = {1, 2, 3, 4} e
subconjunto de B, ou A está “dentro” de B, ou A está B = {3, 4, 5, 6}, A 𝖴 B = {1, 2, 3, 4, 5, 6}.
contido em B, simbolicamente A ⊂ B. E ainda, por A está Em diagramas,
“dentro” de B, B contém A, simbolicamente B ⊃ A.

Observações:
i. Todo conjunto de A é subconjunto dele próprio, ou
seja, A ⊂ A;
ii. O conjunto vazio, por convenção, é subconjunto de
2.7.5 intersecção de conjuntos
qualquer conjunto, ou seja, ∅ ⊂ A.
Dados os conjuntos A e B, define-se como
Exemplos:
intersecção dos conjuntos A e B ao conjunto
a) A = {1, 3, 7} é subconjunto de B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7,
representado por A ∩ B, formado por elementos
8}, pois cada elemento que pertence ao conjunto A
per- tencentes aos conjuntos A e B, ao mesmo
também pertence ao conjunto B, A ⊂ B. tempo, isto é, elementos comuns, que se repetem
b) Consideramos P o conjunto dos números naturais em A e B. Simbolicamente,
pares e ℕ o conjunto dos números naturais, temos: A ∩ B = {x / x ∈ A e x ∈ B }
P = {0, 2, 4, 6, 8, 10, ...} e
ℕ = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, ...} Observação: Quando A ∩ B = ∅, os conjuntos A
Neste caso P ⊂ ℕ, pois todos os elementos de P e B são chamados disjuntos.
pertencem a ℕ.

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Exemplo: Sejam os conjuntos A = {1, 2, 3, 4} e ⟹ – 6 + 6 = 0 (verdade);
B = {3, 4, 5, 6}, A ∩ B = {3, 4}. E ainda,
Em diagramas, 32 – 5 ∙ 3 + 6 = 0 ⟹
⟹ 9 – 15 + 6 = 0
⟹ – 6 + 6 = 0 (verdade).

Observação:
4 não é solução da equação x2 ‒ 5x + 6 = 0, pois
fazendo a verificação:
42 – 5 ∙ 4 + 6 = 0 ⟹
3 SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES ⟹ 16 ‒ 20 + 6 = 0
⟹‒4+6=0
3.1 EQUAÇÃO ⟹ 2 = 0 (falso).
Observe, agora, a seguinte equação linear
É toda sentença na qual 3x + 2y = 18.
 possui incógnita (variável, letra); Dizemos que:
 possui igualdade.  O par (4, 3) é uma solução da equação, pois
3 ∙ 4 + 2 ∙ 3 = 18 (verdade);
Exemplos:  O par (6, 0) é uma solução da equação, pois
a) x + 6 = 10 3 ∙ 6 + 2 ∙ 0 = 18 (verdade);
b) x2 – 5x + 6 = 0  O par (5, 1) não é solução da equação, pois
3 ∙ 5 + 2 ∙ 1 = 18 (falso).
Observações:
a) 6 + 4 = 10 não é equação, é uma expressão 3.4 SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
numérica.
b) x + 6 não é equação, é uma expressão algébrica Quando é utilizada mais de uma equação
(binômio). chamamos sistema de equações.
3x – y = 10
3.2 EQUAÇÕES LINEARES Exemplo: { é um sistema linear 2×2
2𝑥 + 5𝑦 = 1
Dizemos que: nas incógnitas x e y.
 3x + 2y = 7 é uma equação linear nas incógnitas x e y;
coeficientes 3 e 2; termo independente 7. 3.5 RESOLUÇÃO DE SISTEMAS LINEARES
 2x + 3y – 2z = 10 é uma equação linear nas incógnitas
x, y e z; coeficientes 2, 3 e – 2; termo independente 10. Resolver um sistema linear significa descobrir o
 x – 5y + z – 4t = 0 é uma equação linear nas incógnitas seu conjunto solução S, formados por todas as
x, y, z e t; coeficientes 1, – 5, 1 e – 4; termo independente soluções do sistema. Vamos resolver sistemas
0. lineares 2 × 2 pelo método da substituição e
Pela definição, não são equações lineares: pelo método da adição.
xy = 10; x2 – 5x + 6 = 0; x2 – xy – yz + z2 = 1
Exemplos:
3.3 VERIFICAÇÃO EM EQUAÇÕES
1) Resolva os sistemas lineares abaixo pelo
método da substituição:
A solução da equação x + 6 = 10 é 4, pois fazendo a
verificação 4 + 6 = 10 (verdade). x + y = 10
2 a) { ⟹isolando uma incógnita numa
As soluções da equação x – 5x + 6 = 0 são 2 e 3, pois x−y = 2
fazendo as verificações: das equações, por exemplo em x − y = 2 ⟹ x =
22 – 5 ∙ 2 + 6 = 0 ⟹ 2 + y, e substituindo na outra equação,obtemos :
⟹ 4 – 10 + 6 = 0

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x + y = 10 ⟹ 28 + y + y = 10⟹ 2 + 2y = 10 ⟹ A × B = {(x,y) / x ∈ A e y ∈ B }
2y = 8 ⟹ y = 2 ⟹ x = 4 Observação:
Substituindo o valor de x = 4 em qualquer uma das
A × B, lê-se: “A cartesiano B”
equações do sistema, por exemplo em x + y = 10,
segue, x + y = 10 ⟹ 4 + y = 10 ⟹ y = 6
Exemplo: Sejam A = {0, 1, 2} e B = {2, 4}.
Então, (6, 4) é o único par que é solução do sistema.
Determine
3x − y = 10 a) A × B.
b) { ⟹ isolando uma incógnita numa das b) B × A.
2x + 5y = 1
Resoluções:
equações, por exemplo em 3x − y = 10 ⟹
a) A × B = {(0,2), (0,4), (1,2), (1,4), (2,2), (2,4)}
y = 3x − 10, e substituindo na outra equação, obtemos:
2x+5y=1 ⟹ 2x+5(3x − 10)=1⟹ b) B × A = {(2,0), (2,1), (2,2), (4,0), (4,1), (4,2)}.
2x + 15x − 50 = 1 ⟹ 17x=51 ⟹ x=51 ⟹x=3
17 4.2 RELAÇÃO
Substituindo o valor de x = 3 em qualquer uma das
equações do sistema, por exemplo em 2 x+5y=1, segue, É um subconjunto de um produto cartesiano,
2 ∙ 3 +5 y = 1 ⟹ 6 +5 y = 1 ⟹ y = – 1 determinado por uma sentença matemática.
Então, (3, – 1) é o único par que é s olução do sistema.
Exemplo:
2) Resolva os mesmos sistemas lineares pelo método Sejam A = { 1, 2, 3, 4} e B = {1, 2, 3, 4} e A × B=
da adição: {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (2,1), (2,2), (2,3), (2,4),
(3,1), (3,2), (3,3), (3,4), (4,1), (4,2), (4,3), (4,4)}.
x + y = 10
c) {
x − y = 2 ⟹ somando as duas equações, a) O conjunto R de A × B, tais que x = y;
obtemos: 2x = 12 ⟹ x = 12 ⟹ x = 6 b) O conjunto R de A × B, tais que y é o dobro de
2
Substituindo o valor de x = 6 em qualquer uma das x;
equações do sistema, por exemplo em x+y=10, segue, c) O conjunto R de A × B, tais que x é o dobro de
x + y = 10 ⟹ 6 + y = 10 ⟹ y = 4 y.
Então, (6, 4) é o único par que é solução do sistema. Resoluções:
a) R= {(1,1), (2,2), (3,3), (4,4)}.
3x − y = 10
d) { ⟹ multiplicando a 1ª equação por 5, b) R= {(1,2), (2,4)}.
2x + 5y =15x
1 − 5y = 50 c) R= {(2,1), (4,2)}.
obtemos: ⟹ somando as duas
{
2x + 5y = 1
4.3 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE RELAÇÃO
equações, resulta:17x=51⟹ x=51 ⟹x=3
17
Substituindo o valor de x = 3 em qualquer uma das Dados os conjuntos A = {0, 1, 2, 3} e B = {0, 1, 2,
equações do sistema, por exemplo em 2 x+5y=1, segue, 3, 4, 5}, a relação R tal que y = x + 1, seguem as
2 ∙ 3 +5 y = 1 ⟹ 6 +5 y = 1 ⟹ y = – 1 representações gráficas.
Então, (3, – 1) é o único par que é s olução do sistema.
4.3.1 Por diagramas
4 FUNÇÃO R = {(0,1), (1,2), (2,3), (3,4)}

4.1 PRODUTO CARTESIANO

Dados dois conjuntos não vazios A e B, denomina-se


produto cartesiano de A por B o conjunto formado pelos
pares ordenados nos quais o 1º elemento pertence ao
conjunto A e o 2º elemento pertence ao conjunto B.
Simbolicamente,

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4.3.2 No plano cartesiano 5.2 DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO

5 FUNÇÃO POLINOMIAL DO 1º GRAU


Dados os conjuntos A e B, não vazios, e uma
5.1 NOÇÃO INTUITIVA DE FUNÇÃO relação R de A em B, quando para todo elemento
x ∈ A, existe um único f(x) ∈ B, dizemos que R é
Observe a tabela abaixo que relaciona o número de uma função f de A emB.
litros de gasolina e o preço a pagar.
Notação: f: A → B.
Nº de litros Preço (R$)
5.3 DOMÍNIO, IMAGEM E CONTRADOMÍNIO
1 2,10
DE FUNÇÃO
2 4,20
3 6,30
4 8,40
5 10,50
⋮ ⋮
x 2,10 ∙ x

Observe: O conjunto A chama-se domínio da função (Df),


As grandezas “nº de litros” e “preço” são variáveis; o conjunto B contradomínio da função (CDf) e
 Para cada quantidade em litros de gasolina colocada o elemento f(x) ∈ B chama-se imagem de x pela
há um único preço; função. O conjunto imagem da função é Imf = {f(x)
 O preço a ser pago depende do número de litros de ∈ B/ x ∈ A}. Os diagramas ao lado serão
gasolina a ser colocado, isto é, o preço está em função simbolizados, a partir de agora, simplesmente,
do número de litros colocados; assim f: A → B.
 Para x litros de gasolina comprada, o preço a ser pago
será 2,10 vezes x, isto é P = 2,10 ∙ x Exemplo: Sejam A = {0, 1, 2} e B = {0, 1, 2, 3, 4,
P – preço a ser pago é a variável dependente; 5, 6}, f: A → B, definida por f(x) = x + 1.
x – número de litros de gasolina é a variável Determine:
independente. a) O esboço em diagramas;
b) O domínio da função;
Exemplos: c) a imagem da função;
d) o contra domínio da função.
 A população de um determinado país está em função Resolução:
do tempo; a)
 A área de um quadrado está em função de seu lado.

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b) Df = {0, 1, 2} chamados de coeficientes.
c) Imf = {1, 2, 3} f: ℝ → ℝ significa que a função é definida do
d) CDf = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6} domínio números reais ao contra domínio
números reais.
Observações:
 O domínio 0 tem imagem 1, simbolicamente f(0)=1; Exemplos:
 O domínio 1 tem imagem 2, simbolicamente f(1)=2; a) f(x) = 5x ‒ 3, no qual a = 5 e b = ‒ 3;
b) f(x) = ‒ 2x + 7, no qual a = ‒ 2 e b = 7;
 O domínio 2 tem imagem 3, simbolicamente f(2)=3.
c) f(x) = 11x, onde a = 11 e b = 0.
5.4 ESTUDO DO DOMÍNIO
5.7 O GRÁFICO
É o conjunto com todos os possíveis valores de x.
O gráfico da função polinomial do 1º grau é uma
Exemplo: Calcular o domínio de cada função: reta.

Exemplo: Construir o gráfico da função f(x) = 2x


a) f(x) = 2x ‒ 5
‒1, definidas de ℝ em ℝ.
Resolução: fica implícito que x pode ser qualquer número
real, logo, Df = ℝ.  Para x = 1, f(x) = 2 ∙ 1 – 1 = 1; portanto (1,1) é
ponto do gráfico;
b) 𝑓(x) =2𝑥−3
 Para x = 2, f(x) = 2 ∙ 2 ‒ 1= 3; portanto (2,3) é
𝑥−2 outro ponto do gráfico;
Resolução: x pode ser qualquer número real, com  Marcamos os pontos (1,1) e (2,3) no plano
exceção do 2, pois se x = 2, o denominador será 0 (zero) cartesiano e traçamos a reta passando pelos
e não existe fração com denominador zero. Logo o Df = pontos.
ℝ ‒ {2}.
x f(x)
5.5 GRÁFICO DE FUNÇÃO NO PLANO 1 1
CARTESIANO 2 3

 Construir uma tabela com os valores de 𝑥 escolhidos


convenientemente e calcular os respectivos valores de
f(x);
 A cada par ordenado (x, f(x)) associar um ponto no
plano cartesiano;
 Marcar o número suficiente de pontos, até que seja
possível esboçar o gráfico.

5.6 FUNÇÃO POLINOMIAL DO 1º GRAU

Observação:
Em função polinomial do 1º grau o domínio são os
números reais, simbolicamente x ∈ ℝ, portanto x
é infinito, porém sabemos que para construir uma
Chama-se função polinomial do 1º grau, a qualquer reta são necessários, pelo menos, dois pontos,
função f: ℝ → ℝ dada por uma lei da forma f(x) = ax + com isso apenas dois valores de x são suficientes
b, onde a e b são números reais fixos, com a ≠ 0; x e para construir o gráfico da função do 1º grau.
f(x) são chamados variáveis. Os números a e b são

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5.8 PARTE VARIÁVEL E PARTE FIXA Substituindo os valores de a e b em y = ax + b, a
função do gráfico acima é y= 1 x
5
A função polinomial do 1º grau f(x) = ax + b tem uma
Sendo x= tempo em dias e y= altura em cm.
parte variável (ax) e uma parte fixa (b).
f(x) = parte variável + parte fixa No 30º dia implica x = 30 substituindo em y= 1 x,
5
f(x) = ax + b segue,
Observação:Lucro = venda ‒ custo y= 1 . 30 ⟹ y = 6 cm
5
Exemplo: Uma revendedora de cosméticos vende um
perfume por R$ 100,00, que custou R$ 70,00. Qual é No 30º dia a planta terá a altura 6 cm.
o lucro da vendedora?
Resolução: 5.10 RAIZ OU ZERO DA FUNÇÃO DO 1º GRAU
L = 100 ‒ 70
L = 30
Resposta: O lucro da vendedora é de R$ 30,00.

5.9 PROBLEMAS QUE ENVOLVEM FUNÇÃO DO


1º GRAU

Vários problemas envolvem função do 1º grau e recaem


em sistemas lineares. É o valor de x para f(x) = 0.
Exemplo: Um botânico mede o crescimento de uma Exemplo: Obter o zero da função de f(x) = 2x ‒ 6:
planta, em centímetros, todos os dias. Ligan- do-se os Resolução:
pontos colocados por ele num gráfico, resulta a figura f(x)=0 ⟹ 2x ‒ 6 = 0 ⟹ x=6 ⟹ x=3
seguinte. Se for mantida sempre esta relação entre 2
tempo e altura, determine a altura que a planta terá no
30º dia.

Observação: No plano cartesiano o zero ou raiz


da função é a abscissa do ponto onde o gráfico
Resolução: corta o eixo x.
Os pares ordenados do gráfico são (5,1) e (10,2);
substituindo os pares ordenados na forma genérica da 5.11 CRESCIMENTO / DECRESCIMENTO E O
função do 1º grau y = ax + b, segue, COEFICIENTE ANGULAR / COEFICIENTE
{1 = a ∙ 5 + b {
(5a + b = 1 ) × (−1) LINEAR
2 = a ∙ 10 + b ⟹ 10a + b = 2 ⟹
{ −5a − b = −1 Consideremos a função f(x) = 3x ‒ 1,
10a + b = 2 x aumenta
5a = 1⟹ a=1
5
x –1 0 1 2 3 4 5
f(x) –4 –1 2 5 8 11 14
f(x) aumenta

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Quando aumentamos os valores de x, os
correspondentes valores de f(x) também aumentam.
Dizemos que a função f(x) = 3x ‒ 1 é crescente, o
coeficiente a = 3. Observemos o seu gráfico:

5.12 FUNÇÃO LINEAR

Dada à função polinomial do 1° grau f(x) = ax


+ b quando b = 0 a função é chamada função
Agora, consideremos f(x) = ‒ 3x ‒ 1, linear.
x aumenta Geometricamente,
f(x) = 2x f(x) = ‒ 2x
x –2 –1 0 1 2 3 4
f(x) 5 2 –1 –4 –7 – 10 – 13
f(x) diminui

Quando aumentamos os valores de x, os


correspondentes valores de f(x) diminuem. Dizemos
que a função f(x) = ‒ 3x ‒ 1 é decrescente, coeficiente
a = ‒ 3. Observemos o seu gráfico:

Observações:
 O gráfico da função linear passa sempre pela
origem (0,0).
 Se a função não for linear é chamada função
afim.

5.13 FUNÇÃO IDENTIDADE

Dada à função polinomial do 1° grau f(x) = ax + b


quando b = 0 e a = 1 a função é chamada função
identidade. Geometricamente,
De um modo geral, dada a função do 1º grau f(x) = ax + f(x) = x ou y = x
b quando
 a > 0 → a função é crescente;
 a < 0 → a função é decrescente.
O coeficiente a é chamado de coeficiente angular. O
coeficiente b, de coeficiente linear.
Quando x = 0 ⟹ (0,b), isto é no plano cartesiano o
coeficiente linear é a ordenada do ponto onde o gráfico
corta o eixo y.
Geometricamente:
Observe que pela definição, função identidade é
um caso particular de função linear.

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12
5.14 FUNÇÃO CONSTANTE ligamos os pontos assim obtidos.

A partir da função f(x) = ax + b, quando a = 0 a função


é chamada função constante. Observe, pela definição,
que a função constante não é função polinomial do 1º
grau. Geometricamente,
f(x) = 2 f(x) = ‒ 2

O gráfico da função constante é uma reta paralela ao


eixo de x.
6 FUNÇÃO POLINOMIAL DO 2º GRAU Para evitar a determinação de um número muito
grande de pontos e obter uma boa
6.1 DEFINIÇÃO representação gráfica, vamos destacar três
pontos importantes características do gráfico da
Chama-se função polinomial do 2º grau a qualquer
função do 2º grau:
função f: ℝ → ℝ dada por uma lei da forma f(x) = ax2 +  Concavidade;
bx + c, onde a, b e c são números reais fixos
 Zero da função ou raiz da função;
(coeficientes) e a ≠ 0; x e f(x) são números reais
 Vértice.
variáveis ou chamados simples mente de variáveis.

Exemplos: 6.3 CONCAVIDADE


a) f(x) = 3x2 ‒ 4x + 1, onde a = 3, b = ‒ 4 e c = 1;
Ao construir o gráfico de uma função polinomial
b) f(x) = x2 ‒ 1, onde a = 1, b = 0 e c = ‒ 1; do 2º grau, y = ax2 + bx + c, a ≠ 0, se
c) f(x) = 2x2 + 3x + 5, onde a = 2, b = 3 e c = 5;  a > 0 a parábola tem a concavidade voltada
d) f(x) = ‒ x2 + 8x, onde a = ‒ 1, b = 8 ec = 0; para cima;
e) f(x) = ‒ 4x2, onde a = ‒ 4, b = 0 e c =0.  a < 0 a parábola tem a concavidade voltada
para baixo.
Observação:
f: ℝ → ℝ significa que a função é definida do domínio 6.4 RAIZ OU ZERO DA FUNÇÃO
nos números reais, ao contra domínio nos números
reais. Chama-se raiz ou zero da função polinomial do 2º
grau f(x) = a𝐱𝟐 + bx + c, a ≠ 0, o número real x tais
6.2 O GRÁFICO que f(x)= 0.

O gráfico de uma função polinomial do 2º grau é uma Exemplo:


curva chamada parábola.
Determinar as raízes da função f(x) = x2 ‒ 6x + 5.
Exemplo: Construir o gráfico da função y= x2 + x: Resolução:
Resolução: Primeiro atribuímos alguns valores a f(x) = 0 ⟹ x2 ‒ 6x + 5 = 0 (equação do 2º grau)
variável x e calculamos as respectivas imagens f(x), ∆ = 16
formando os pares ordenados (x, f(x)), que em x’ = 1 ou x” = 5
seguida são representados no plano cartesiano,

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Interpretação geométrica das raízes: As fórmulas para calcular o vértice da parábola
V(xv, yv) são:
𝑏
xv=− e

yv=− 4𝑎
2𝑎

6.6 CONSTRUINDO O GRÁFICO

Agora que já conhecemos as principais


características da parábola, podemos esboçar
com mais facilidade o gráfico da função polinomial
do 2º grau.

Observações:

 A reta que passa por V e é paralela ao eixo dos


y é o eixo de simetria da parábola;
As raízes são abscissas dos pontos em que parábola  Para x = 0, temos y = a ∙ 02 + b ∙ 0 + c = c ⟹
intercepta o eixo x. y = c, gerando, portanto o par ordenado (0,c), que,
no plano cartesiano, é o ponto em que a parábola
Observação: corta o eixo y.
A quantidade de raízes reais de uma função do 2º grau
depende do valor obtido para o ∆ = 𝐛𝟐 ‒ 4ac, chamado Observe geometricamente na figura abaixo:
discriminante, a saber:
 Quando ∆ é positivo, há duas raízes reais e distintas;
 Quando ∆ é igual à zero, há somente uma raiz real
(ou duas raízes reais e iguais);
 Quando ∆ é negativo, não há raiz real.

6.5 VÉRTICE DA PARÁBOLA (xv,yv)

 Quando a > 0, a parábola tem concavidade voltada


para cima e um ponto mínimo V;
 Quando a < 0, a parábola tem concavidade voltada
para baixo e um ponto máximo V;
 O ponto V é chamado vértice da parábola.
Observe os gráficos: 6.7 COMPORTAMENTOS DA PARÁBOLA EM
RELAÇÃO AOS COEFICIENTES a E b
a>0 a<0
De um modo geral, a parábola tem
comportamento em relação ao eixo do y e sua
concavidade em relação aos coeficientes a e b da
função do 2º grau, f(x) = ax2 + bx + c,
respectivamente, conforme o esquema:

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a>0eb<0 a>0eb>0 7SEQUÊNCIAS OU SUCESSÕES

Sequências ou sucessões são conjuntos de


objetos de qualquer natureza, organizados ou
escritos numa ordem bem determinada.

Observações:
 Para representar uma sequência, escrevemos
seus elementos, ou termos, entre parênteses.
a<0eb>0 a<0eb<0
 É importante destacar que, ao contário do que
ocorre em um conjunto, qualquer alteração na
ordem dos elementos de uma sequência altera a
própria sequência.

Exemplos:

 O conjunto (janeiro, fevereiro, março, abril...


dezembro) é chamado seqüência ou sucessão
6.8 VALOR MÍNIMO OU VALOR MÁXIMO dos meses do ano.
 O conjunto ordenado (0, 1, 2, 3, 4, 5...) é
Seja a função polinomial do 2º grau, f(x) = ax2 + bx + c, chamado sequência ou sucessão dos números
a ≠ 0, se naturais.
 a > 0, yv é o valor mínimo da função;
 a < 0, yv é o valor máximo da função. 7.1 SEQUÊNCIAS LÓGICAS

Exemplo: Uma bola é lançada ao ar. Suponha que sua Sequências lógicas são sequências que possuem
altura h, em metros (m), t segundos (s) após o um padrão lógico de construção, sejam elas
lançamento, seja h = ‒ t2 + 4t + 6. Determine: numéricas, entre objetos, figuras, letras, pessoas
a) o instante em que a bola atinge a sua altura máxima; etc.
b) a altura máxima atingida pela bola;
c) quantos segundos depois do lançamento ela toca o Exemplos:
solo
Resolução: a) Qual é o próximo termo da sequência (10, 13,
𝑏
a) Só calcula o xv=− , ou seja: 17, 22, 28, ...)?
2𝑎
4
xv=− 2∙(−1) ⟹ xv=−
4 =2
−2 Resolução:
Resposta: 2 segundos A diferença entre os números vai aumentando
em uma unidade:
b) Basta substituir na equação ℎ = ‒ 𝑡2 + 4𝑡 + 6 o 13 – 10 = 3
valor 𝑡 = 2 e calcular o valor, obtendo: 17 – 13 = 4
ℎ(2) = ‒ 22 + 4 ∙ 2 + 6 ⟹ ℎ(2) = ‒ 4 + 8 + 6 22 – 17 = 5
⟹ ℎ(2) = 10 28 – 22 = 6
Resposta: 10 metros Então, a próxima diferença tem que ser 7, logo
35 – 28 = 7.
c) Se a bola demora 2 segundos para subir, vai precisar O próximo número será 35.
de 2 segundos para descer, então: 2+2=4
Resposta: 4 segundos

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b) As figuras foram dispostas segundo determinado 7.3 PROGRESSÕES ARITMÉTICAS (PA)
padrão.
Progressão aritmética é toda sequência numérica
onde um termo qualquer (a partir do segundo) é a
soma do termo anterior por um número fixo.
Esse número fixo razão r da PA.

Exemplos:

a) Seja a sequência (2, 5, 8, 11, ...).


5=2 + 3
A figura que substitui corretamente o ponto de 8=5 + 3
interrogação é: 11=8 + 3
Portanto a razão é r = 3.

b)(0, 5, 10, 15, ...), r = 5.


c)(12, 10, 8, 6, 4, 2, 0, ...), r = –2.
d)(2, 2, 2, 2, ...), r = 0.
Resolução: e)(0, 1, 2, 3, 4, ...), r = 1.
Em cada linha apresentada, as cabeças são formadas
por quadrado, triângulo e círculo. 7.3.1 Classificação de PA
No entanto, na 3ª linha já há cabeças com círculo e com
triângulo. Portanto a cabeça da figura que está faltando  Uma PA é crescente quando a razão r > 0: Itens
é um quadrado. a), b), e e).
As mãos das figuras estão levantadas, em linha reta ou  Uma PA é decrescente quando r < 0: Itens d).
abaixadas. Assim, a figura que falta deve ter as mãos  Uma PA é constante quando r = 0: Item d).
levantadas.
Nas figuras as duas pernas estão ou abaixadas, ou uma 7.3.2 Termo geral de uma PA
perna levantada para a esquerda ou uma levantada
para a direita. Então a figura que está faltando na 3ª De um modo geral, seja a PA: (𝑎1, 𝑎2, 𝑎3,...), onde
linha deve ter uma perna levantada para a esquerda. 𝑎1 é o primeiro termo da PA, a 2 é o segundo
Resposta : C. termo, assim por diante e r é a razão da PA,
segue,
7.2 SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS 𝑎2 = 𝑎1 + 𝑟
𝑎3 = 𝑎2 + 𝑟 = 𝑎1 + 𝑟 + 𝑟 = 𝑎1 + 2𝑟
Sequências numéricas são conjuntos de números reais 𝑎4 = 𝑎3 + 𝑟 = 𝑎1 + 2𝑟 + 𝑟 = 𝑎1 + 3𝑟
dispostos numa certa ordem. Uma seqüência numérica 𝑎5 = 𝑎4 + 𝑟 = 𝑎1 + 3𝑟 + 𝑟 = 𝑎1 + 4𝑟
pode ser finita ou infinita. ⋮
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1) 𝑟
Exemplos: Logo, a fórmula do termo geral de uma PA é:
 (3, 6, 9, 12) é uma seqüência finita. 𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1) 𝑟
 (5, 10, 15...) é uma seqüência infinita. Exemplo: Seja a PA (3, 5, 7, 9, ...). Calcule o 10º
termo.
Representação de uma sequência: Resolução:
A representação matemática de uma sucessão é dada 𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1) 𝑟 ⟹ 𝑎10 = 𝑎1 + (10 − 1) 𝑟 ⟹
da seguinte forma: (𝑎1, 𝑎2, 𝑎3 ,..., 𝑎𝑛−1, 𝑎𝑛, …), em que: 𝑎10 = 𝑎1 + 9 𝑟 ⟹ 𝑎10 = 3 + 9 ∙ 2 ⟹
𝑎1 é o primeiro termo; 𝑎2 é o segundo termo;...; 𝑎𝑛 é o 𝑎10 = 3 + 18 ⟹ 𝑎10 = 21
enésimo termo.

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Observações (Propriedades): e) (−4, −12, −36, −108, . . . ), 𝒒 = 3.
 Na PA finita : (𝑎1, 𝑎2, 𝑎3, 𝑎4), os termos 𝑎2 e 𝑎3 são f) (10, 10, 10, 10, ...), 𝒒 = 1.
equidistantes aos termos 𝑎1 e 𝑎4. Veja: g) (4, −8, 16, −32, . . . ), 𝒒 = −2.
𝑎2 + 𝑎3 = 𝑎1 + 𝑟 + 𝑎3 = 𝑎1 + 𝑎3 + 𝑟 = 𝑎1 + 𝑎4 h) (−81, 27, −9, 3, . . . ), 𝒒 = −3.
Isso é válido de um modo geral e dizemos que, numa
PA finita, a soma de dois termos equidistantes dos 7.4.1 Classificação de PG
extremos é igual a soma dos extremos.
 Da definição de PA decorre que, se 𝑎1, 𝑎2 e 𝑎3 estão  Crescente: Quando q > 1 e os termos são
em PA, então: positivos ou quando 0 < q < 1 e os termos são
𝑎2 = 𝑎1 + 𝑟 ⟹ 𝑟 = 𝑎2 − 𝑎1 negativos. Itens a), b), e c).
𝒂𝟑 = 𝒂𝟐 + 𝒓 ⟹ 𝒓 = 𝒂𝟑 − 𝒂𝟐  Decrescente: Quando 0 < q < 1 e os termos
𝒂 + 𝑎1 são positivos ou quando q > 1 e os termos são
⟹ 2a2 = 𝒂𝟑 + 𝑎1 ⟹ 𝒂𝟐 = 𝟑
2 negativos. Itens d) e e).
Ou seja, de um modo geral, dado três termos  Constante: Quando q = 1. Item f).
consecutivos de uma PA, o termo do meio é média  Oscilante: : Quando q < 0. Itens g) e h).
aritmética dos outros dois.
7.4.2 Termo geral de uma PG
Exemplo: Sabendo que os números da sequência (y,
7, z, 15) estão em progressão aritmética, quanto vale a De um modo geral, seja a PG: (𝑎1, 𝑎2, 𝑎3,...), onde
soma y + z? 𝑎1 é o primeiro termo da PG, a 2 é o segundo
Resolução: termo, assim por diante e q é a razão da PG,
Para encontrar o valor de z, podemos usar a segue,
propriedade que diz que quando temos três termos 𝑎2 = 𝑎1 ∙ 𝑞
consecutivos o termo do meio será igual a média 𝑎 3 = 𝑎 2 ∙ 𝑞 = 𝑎 1 ∙ 𝑞 ∙ 𝑞 = 𝑎 1 ∙ 𝑞2
aritmética dos outros dois. Assim, temos: 𝑎 4 = 𝑎 3 ∙ 𝑞 = 𝑎 1 ∙ 𝑞2 ∙ 𝑞 = 𝑎 1 ∙ 𝑞3
7 + 15 22 𝑎 5 = 𝑎 4 ∙ 𝑞 = 𝑎 1 ∙ 𝑞3 ∙ 𝑞 = 𝑎 1 ∙ 𝑞4
𝑧= = = 11
2 2 ⋮
Sendo 𝑧 = 11, então a razão será igual a: 𝑎𝑛 = 𝑎1 ∙ 𝑞𝑛−1
𝑟 = 11 − 7 = 4 Logo, a fórmula do termo geral de uma PG é:
Desta forma, y será igual a: 𝑎𝑛 = 𝑎1 ∙ 𝑞𝑛−1
𝑦= 7 − 4 = 3
Portanto: 𝑦 + 𝑧 = 3 + 11 = 14 Exemplo: Seja a PG (3, 6, 12, 24, ...). Calcule o
Resposta: 𝑦 + 𝑧 = 14 10º termo.
Resolução:
7.4 PROGRESSÃO GEOMÉTRICA (PG) A razão é 𝑞 = 2, 𝑎1 = 3 e 𝑛 = 10.
Então,
Progressão geométrica é toda sequência onde um 𝑎𝑛 = 𝑎1 ∙ 𝑞𝑛−1 ⟹ 𝑎10 = 𝑎1 ∙ 𝑞10−1 ⟹
termo qualquer (a partir do segundo) é o produto do 𝑎10 = 𝑎1 ∙ 𝑞9 ⟹ 𝑎10 = 3 ∙ 29 ⟹
termo anterior por um número fixo. Esse número fixo é 𝑎10 = 3 ∙ 512 ⟹ 𝑎10 = 1536
chamado de razão q.
Observações (Propriedades):
Exemplos:  Na PG finita : (𝑎1, 𝑎2, 𝑎3, 𝑎4), os termos 𝑎2 e 𝑎3
a) A sequência (2, 10, 50, 250, . . . ). são equidistantes aos termos 𝑎1 e 𝑎4. Veja:
10 = 2 ∙ 𝟓 𝑎2 ∙ 𝑎3 = 𝑎1 ∙ 𝑞 ∙ 𝑎3 = 𝑎1 ∙ 𝑎3 ∙ 𝑞 = 𝑎1 ∙ 𝑎 4 ⟹
50 = 10 ∙ 𝟓 𝒂𝟐 ∙ 𝒂𝟑 = 𝒂𝟏 ∙ 𝒂𝟒
250 = 50 ∙ 𝟓 Isso é válido de um modo geral e dizemos que,
Portanto a razão é 𝒒 = 5. numa PG finita, o produto de dois termos
b) (1, 2, 4, 8, . . . ), 𝒒 = 2. equidistantes dos extremos é igual ao produto dos
c) (−40, −20, −10, −5, . . . ), 𝒒 =1/2. extremos.
d) (27, 9, 3, 1, … ), 𝒒 =1/3.  Da definição de PG decorre que, se 𝑎1, 𝑎2 e 𝑎3

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estão em PG, então: Do estudo dos triângulos e em especial do
𝑎2
𝑎2 = 𝑎1 ∙ 𝑞 ⟹ 𝑞 = triângulo retângulo, temos:
𝑎1 Â = 90º
e
𝑎3 B̂ + Ĉ = 90º (ângulos complementares)
𝑎3 = 𝑎2 ∙ 𝑞 ⟹ 𝑞 = 𝑎2 = 𝑏2 + 𝑐2 (teorema de Pitágoras)
𝑎2 𝑎3 𝑎2
⟹ = ⟹ 𝒂 𝟐 =𝒂 ∙ 𝒂 Os lados do triângulo retângulo possuem nomes
𝟐 𝟏 𝟑
𝑎1 𝑎2 especiais:
• a é o maior lado, chamado de hipotenusa;
Ou seja, de um modo geral, dado três termos • b e c são os catetos. Em relação a B̂ , b é o
consecutivos de uma PG, o termo do meio é média cateto oposto e c é o cateto adjacente. Da
geométrica dos outros dois. mesma forma, em relação a Ĉ, c é o cateto
oposto e b é o cateto adjacente.
Exemplo: Sabendo que os números da sequência
(3, 𝑥, 12, 𝑦) estão em progressão geométrica crescente, 8.1 RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS NO
calcule 𝑥 ∙ 𝑦. TRIÂNGULO RETÂNGULO
Resolução:
Para encontrar o valor de 𝑥, podemos usar a Seja o triângulo retângulo ABC:
propriedade que diz “dado três termos consecutivos de
uma PG, o termo do meio é média geométrica dos
outros dois”.
Assim, temos:
𝑥2 = 3 ∙ 12 ⟹ 𝑥2 = 36 ⟹ 𝑥 = ±√36 ⟹ 𝑥 = ±6
Para 𝒙 = −𝟔 , temos: (3, −6, 12, 𝑦), não serve porque
seria uma PG oscilante.
Para 𝒙 = 𝟔 , temos: (3, 6, 12, 𝑦). Resta calcular 𝑦, onde
usaremos a propriedade “numa PG finita, o produto de
dois termos equidistantes dos extremos é igual ao O seno do ângulo B̂ é a razão entre a medida do
produto dos extremos”. cateto oposto ao ângulo B̂ e a medida da
Então: hipotenusa, isto é,
𝑎2 ∙ 𝑎3 = 𝑎1 ∙ 𝑎4 ⟹ 6 ∙ 12 = 3 ∙ 𝑦 ⟹ 72 = 3𝑦
⟹ 𝒚 = 𝟐𝟒. 𝐜𝐚𝐭𝐞𝐭𝐨 𝐨𝐩𝐨𝐬𝐭𝐨 𝐚𝐨 â𝐧𝐠𝐮𝐥𝐨 B̂
Por fim, calculando 𝑥 ∙ 𝑦 = 6 ∙ 24 = 144 𝒔𝒆𝒏 B̂ =
𝐡𝐢𝐩𝐨𝐭𝐞𝐧𝐮𝐬𝐚
Resposta: 𝑥 ∙ 𝑦 = 144
O cosseno do ângulo B̂ é a razão entre a medida
8TRIGONOMETRIA do cateto adjacente ao ângulo B̂ e a medida da
hipotenusa, isto é,
A palavra trigonometria significa medida dos três
ângulos de um triângulo, e determina um ramo da 𝐜𝐚𝐭𝐞𝐭𝐨 𝐚𝐝𝐣𝐚𝐜𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐚𝐨 â𝐧𝐠𝐮𝐥𝐨 B̂
matemática que estuda a relação entre as medidas dos 𝒄𝒐𝒔 B̂ =
𝐡𝐢𝐩𝐨𝐭𝐞𝐧𝐮𝐬𝐚
lados e dos ângulos de um triângulo. A trigonometria
estuda todos os triângulos, mas em especial o triângulo A tangente do ângulo B̂ é a razão entre a medida
retângulo. Esse triângulo possui um ângulo de 90°: do cateto oposto ao ângulo B̂ e a medida do
cateto adjacente, isto é,

𝐜𝐚𝐭𝐞𝐭𝐨 𝐨𝐩𝐨𝐬𝐭𝐨 𝐚𝐨 â𝐧𝐠𝐮𝐥𝐨 B̂


𝒕𝒈 B̂ =
𝐜𝐚𝐭𝐞𝐭𝐨 𝐚𝐝𝐣𝐚𝐜𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐚𝐨 â𝐧𝐠𝐮𝐥𝐨 B̂

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18
8.2 RELAÇÕES FUNDAMENTAIS A hipotenusa é a escada. A parede onde a escada
está apoiada é o cateto oposto ao ângulo de 60°;
I) Relação entre seno e cosseno de um mesmo ângulo. a distância entre a parede e o "pé" da escada é o
Deriva do teorema de Pitágoras: cateto adjacente.

𝐬𝐞𝐧 𝟐𝐱 + 𝐜𝐨𝐬𝟐𝐱 = 𝟏 (para todo x) a) Queremos o valor do cateto adjacente, que


chamaremos de 𝑥, e aplicando a relação e
II) Relação seno, cosseno e tangente de um mesmo substituindo so valores:
ângulo. Deriva da definição de tangente:
cateto adjacente ao ângulo 60º
𝐬𝐞𝐧 𝐱 cos 60º = ⟹
𝐭𝐠 𝐱 =
𝐜𝐨𝐬 𝐱
(para todo cos x≠ 0) hipotenusa

8.3 ÂNGULOS NOTÁVEIS 1 x


= ⟹𝑥=2𝑚
2
4
São ângulos com uma maior taxa de utilização e uma
maior facilidade para determinar o valor do seno, b) Queremos o valor do cateto oposto, que
cosseno ou da tangente. chamaremos de 𝑦, e aplicando a relação e
substituindo so valores:

cateto oposto ao ângulo 60º


sen 60º = ⟹
hipotenusa

√3 y
= ⟹ 𝑥 = 2 √3 𝑚
2 4

Também podemos solucionar com o uso do


teorema de Pitágoras:
Exemplo: Observe a figura,
42 = 22 + 𝑦2 ⟹ 16 = 4 + 𝑦2 ⟹ 12 = 𝑦2 ⟹
𝑦 = √12 ⟹ 𝑦 = 2√3 𝑚

1 GEOMETRIA PLANA

A geometria plana é o estudo de figuras


bidimensionais.

Sabendo que a escada tem 4 m de comprimento e 9.1 ÁREA E PERÍMETRO


forma um ângulo de 60° com o chão. Determine:
a) o comprimento da sombra da escada no piso. Área e perímetro são duas medidas distintas,
b) a altura da sombra da escada na parede. onde a área é a medida de uma superfície e o
Resolução: perímetro é a medida do comprimento de um
Esquematizando o problema: contorno.

Exemplo: Observe um campo de futebol:

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 O quadrado é um caso particular de retângulo
de lados iguais, logo a área do quadrado cujo lado
mede 𝑃 é igual a 𝑃 ∙ 𝑃 = 𝑃𝟐 , isto é, A = 𝑃𝟐
 Teorema de Pitágoras (para o cálculo da
diagonal d): 𝐝𝟐 = 𝑃𝟐 + 𝑃𝟐;
 Perímetro: P = 𝑃 + 𝑃 + 𝑃 + 𝑃 ⟺ P = 4𝑃.

9.4 TRIÂNGULO
O perímetro é a medida do seu contorno (em vermelho)
e a área é a medida da sua superfície, o interior do A área do triângulo pode ser calculada de
contorno (gramado, em verde). diferentes modos, dependendo dos elementos
conhecidos. Vejamos alguns:
9.2 RETÂNGULO
9.4.1 Triângulo qualquer
Sendo:
b – base do retângulo; Conhecidos um lado b (base) e a altura
h – altura do retângulo. correspondente h, a área do triângulo é igual à
metade do produto da base b pela altura h, ou
𝐛∙𝐡
seja, A =
𝟐

Características do retângulo:
 Tem lados opostos com medidas iguais e
paralelos;
 Todos os ângulos internos são retos (medida de 90°);
 A área do retângulo é dada por: A = b ∙ h
9.4.2 Triângulo equilátero
 Teorema de Pitágoras (para o cálculo da diagonal d): Sendo 𝑃 o lado do triângulo equilátero.
𝐝𝟐 = 𝐛𝟐 + 𝐡𝟐;
 Perímetro: P = 2b +2h ⟺ P = 2 (b+h).

9.3 QUADRADO

Sendo 𝑃 lado do quadrado.

Características do triângulo equilátero:


 Todos os lados têm medidas iguais;
 Todos os ângulos internos têm medidas iguais;
 Perímetro: P = 𝑃 + 𝑃 + 𝑃 ⟺ P = 3𝑃;
𝑃𝟐 ∙ √𝟑
A área é calculada por: A =
𝟒

Características do quadrado:
 Todos os lados têm medidas iguais e os lados opostos
9.5 HEXÁGONO REGULAR
paralelos;
 Todos os ângulos internos são retos; O hexágono regular é um polígono que é
formado por seis triângulos equiláteros.

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Sendo 𝑃 o lado do triângulo equilátero e também o lado b) Da região não colorida.
do hexágono regular.

Resolução:
a) São 4 triângulos, cuja base é 2 e a altura é 2,
𝐛∙𝐡
então: Acolorida = 4 ∙ Atriângulo ⟹ Acolorida = 4 ∙
𝟐
⟹ Acolorida = 4 ∙ 𝟐 ∙ 𝟐 ⟹ A = 8 cm2
colorida
Características do hexágono regular: 𝟐
 Como em todo polígono regular os lados e ângulos b) A região não colorida é a subtração da área
internos tem medidas iguais; quadrado maior (com lado 4 cm) da área colorida
 A área do hexágono regular será igual a: (=8cm2), ou seja:
2
𝑃 ∙ √3 Anãocolorida =Aquadrado − Acolorida= 42 – 8 = 16 – 8 = 8
Ahexágono regular = 6 ∙ Atriângulo equilátero = 6 ∙ = ⟹ Anãocolorida= 8 cm2
𝑃2 ∙ √3 4
3∙ ⟹ A 2
= 3 ∙ 𝑃 ∙ √3
hexágono regular
2 2 2) O piso (fundo) de uma piscina circular tem 2,80
m de diâmetro (internamente). Quanto mede o
 Perímetro: P = 𝑃 + 𝑃 + 𝑃 + 𝑃 + 𝑃 + 𝑃 ⟺ P = 6𝑃 contorno interno e qual é a área do piso dessa
piscina? (Use  valendo 3.)
9.6 CÍRCULO Resolução:
Como o diâmentro é 2,80 o raio será 1,40.
Sendo: Contorno interno ( perímetro ) ⟹
𝝅 – o número irracional 3,141592 …; C = 2∙ 𝜋 ∙ 𝑟 = 2∙ 3 ∙ 1,4 = 8,4
r – raio. ⟹ C = 8,4 m
Área do piso = A=𝝅 ∙ 𝒓𝟐=3∙ 1,42=3∙ 1,96 =5,88
⟹ A = 5,88 m2

2 GEOMETRIA ESPACIAL

A geometria espacial é a análise de sólidos no


espaço, ou seja, é a geometria para objetos
tridimensionais.
Características:
 A área do círculo é calculada por:A=𝝅 ∙ 𝒓𝟐; 10.1 PRISMA RETO REGULAR
 A medida do diâmetro do círculo é igual a medida de
dois raios, ou seja: D = 2 ∙ 𝒓; Denomina-se prisma reto regular a todo sólido
 O comprimento do círculo, que é ocontorno do círculo geométrico limitado por dois polígonos regulares
congruentes e paralelos denominados bases do
(perímetro) é dado por: C = 2∙ 𝝅 ∙ 𝒓.
prisma e faces.
Exemplos:
Vale lembrar que polígono regular é aquele que
tem todos os lados e ângulos internos de mesma
1) Calcule a área:
medida.
a) De toda parte colorida da figura;

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As arestas laterais são perpendiculares a cada base. O
prisma reto contém faces laterais com o formato de
retângulos.
A denominação de um prisma é feita de acordo com o
tipo de sua base, por exemplo: prisma triangular é o
prisma cuja base é um triângulo; prisma quadrangular é
o prisma cuja base é um quadrilátero; prisma
pentagonal é o prisma em que a base é um pentágono
e prisma hexagonal é o prisma em que a base é um
hexágono.
A𝑃 = 3 ∙ Aretângulo = 3 ∙ 𝑃 ∙ h
Observação: Nem sempre o prisma terá três
faces, então a fórmula para calcular a área lateral
de prisma não é fixa, um prisma pode ter 4 faces,
5 faces, etc. A fórmula varia conforme o número
de faces do prisma.
 Área da base (Ab): É a área do polígono que
constitui a base.
.
10.1.1 Elementos do prisma

 Aresta da base (𝑃): é o lado do polígono da base.


 Aresta lateral (L): é o lado de uma face lateral.
Como no exemplo acima o polígono da base é um
 Altura (h): é a distância entre os planos das bases.
triângulo equilátero, logo,
 Vértices: são as interseções entre as arestas da
base. 𝑃𝟐 ∙ √𝟑
Ab = ATriângulo Equilátero =
No prisma reto a aresta lateral tem o mesmo valor da 𝟒
altura (L=h).
Observação: A fórmula da área da base de um
10.1.2 Áreas e volume prisma não é fixa, varia conforme o polígono da
 Área lateral (Aℓ): É a soma das áreas de todas as base. No exemplo acima se tratava de prisma
𝑃𝟐 ∙ √𝟑
triangular regular daí a fórmula foi , mas,
faces laterais do prisma. 𝟒
por exemplo, se fosse um prisma quadrangular
No exemplo abaixo, temos um prisma triangular regular. regular a fórmula para calcular a área da sua base
Sua área lateral é constituída de três faces seria 𝑃2.
retangulares, logo,
Área total (At): É a soma das áreas de todas as
faces do prisma. Em um prisma pode-se calcular
a área total pela soma entre a área lateral e as

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áreas das duas bases:
At = A𝑃 + 2 ∙ Ab

Volume (V): É um número que associado a uma unidade


conveniente fornece a quantidade de espaço ocupado
pelo sólido. O volume é o produto da área da base Ab
pela altura h, ou seja:
V = Ab ∙ h
Área
Exemplo: Um objeto de decoração tem o formato de um At = A𝑃 + 2 ∙ Ab ⟹
prisma triangular regular. As arestas da base medem 8 ⟹ At = ac + ac + bc + bc + 2 ∙ ab ⟹
cm cada e a altura do objeto é de 20 cm, conforme a
figura a seguir, calcule a área total e o volume. ⟹ At = 2ab +2ac + 2bc

Volume
V = Ab ∙ h ⟹ V= a ∙ b ∙ c

Exemplo: Qual é o volume de concreto


necessário para fazer uma laje de 20 cm de
espessura em uma sala de 4 m por 3 m?
Resolução:
As dimensões devem estar na mesma unidade de
Resolução: medida, então: 20 cm = 0,2 m
Para o cálculo da área total é necessário calcular a área A laje possui formato de paralelepípedo, logo:
da base e a área lateral.
A base é um triângulo equilátero, então a área da base V = a ∙ b ∙ c = 0,2 ∙ 4 ∙ 3 = 2,4 ⟹ V = 2,4 m3
seá a área de um triângulo equilátero:
10.3 CUBO
𝑃2 ∙ √3 82 ∙ √3 64 ∙ √3
Ab = = = = 16 3 cm
√ 2
4 4 4 É todo paralelepípedo que apresenta arestas
iguais. No cubo todas as seis faces apresentam o
Como a base é um triângulo, isso gera três faces formato quadrado.
laterais:
A𝑃 = 3 ∙ 𝑃 ∙ h = 3 ∙ 8 ∙ 20 = 480 cm2
Área total:
At = A𝑃 + 2 ∙ Ab = 480 +2 ∙ 16√3 = (480 +32√3) cm2
Para o cáculo do volume:
V = Ab ∙ h = 16√3 ∙ 20= 320√3 cm3
Resposta: Área total = At = (480 +32√3) cm2
e Volume = V = 320√3 cm3 Área
At = 6 ∙ Aquadrado ⟹ At = 6 ∙ 𝑃2
10.2 PARALELEPÍPEDO RETÂNGULO
Volume
É todo prisma em que as bases são retangulares. O
paralelepípedo apresenta a forma que costumamos em V = Ab ∙ h ⟹ V = a ∙ a ∙ a ⟹ V = a 3
nosso cotidiano chamar de caixa. Observação: O cubo também é chamado de

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hexaedro regular (hexa = seis e edro = face). Área da base (Ab)
Área de cada base é a área do círculo do raio R:
Exemplo: Uma indústria precisa fabricar 10 000 caixas Ab = 𝝅 R2
cúbicas de papelão com 20 cm de aresta.
Desprezando as abas, calcule: Área total (At)
a) A área total de uma caixa.
É a soma entre a área lateral e as áreas das duas
b) Quantos m2 de papelão serão necessários para bases do cilindro:
confeccionar uma caixa? At = A𝑃 + 2 ∙ Ab ⟹ At = 2 𝜋 R h + 2 𝜋 R2
c) Quantos m2 de papelão serão necessários para ⟹ At = 2 𝝅 (Rh + R2)
confeccionar as 10 000 caixas.
Resolução:
Volume (V)
a) At = 6 ∙ 202 = 2 400 cm2 Como o cilindro circular reto possui duas bases
b) At = 2 400 cm2 = 0,24 m2 paralelas e congruentes, como o prisma, calcula-
c) 10 000 ∙0,24 = 2 400 m2 se o seu volume pela mesma expressão do
prisma:
V = Ab ∙ h ⟹ V = 𝝅 R2 ∙ h
10.4 CILINDRO CIRCULAR RETO
Exemplo: Uma lata de refrigerante tem diâmetro
É o sólido obtido pela rotação completa de um retângulo
em torno de um de seus lados. A base do cilindro de igual a 8 cm e altura de 10 cm. Quantos cm3 de
revolução é um círculo. líquido podem ser colocados dentro dessa lata?
Resolução:
Diâmetro = 8 ⟹ raio = 4
V = 𝜋 R2 ∙ h ⟹ V= 𝜋 42 ∙ 10 ⟹ V = 160 𝜋 cm3

11 ANÁLISE COMBINATÓRIA

11.1 PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA


CONTAGEM (PFC)

Se um evento é composto por duas etapas


sucessivas e independentes de tal maneira que o
Área lateral (Aℓ) número de possibilidades na 1ª etapa é m e o
Para determinar a área lateral do cilindro é necessário número de possibilidades na 2ª etapa é n, então
planificar sua superfície lateral. Fazendo-se esse o número total de possibilidades do evento
processo verifica-se que a planificação resultará em um ocorrer é dado por m ∙ n.
retângulo de mesma altura que o cilindro e cuja base é
o comprimento do círculo da base do cilindro. Observação: Um evento pode ter um número
ilimitado de etapas.

Exemplo: De quantas maneiras diferentes pode-


se vestir uma pessoa que tenha 5 camisas, 3
calças, 2 pares de meias e 2 pares de sapatos?
Resolução:
Opções de camisa: 5
Opções de calças: 3
Opções de meias: 2
A𝑃 = 2 𝝅 R ∙ h Opções de sapatos: 2

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Logo, pelo PFC, teremos: 5 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 2 = 60 maneiras Esse tipo de arranjo recebe o nome de
diferentes. permutação simples. Indicamos por P n o número
de permutações simples de n elementos:
11.2 FATORIAL DE UM NÚMERO Pn= 𝒏!

Seja n um número natural não-nulo, o fatorial de n é Exemplo: Quantos anagramas têm a palavra
o produto de fatores decrescentes de n até 1, isto é, EDITORA?
Observação: Os anagramas são alterações da
n! = n ∙ (n ‒ 1) ∙ (n ‒ 2) ... 3 ∙ 2 ∙ 1; para n ∈ ℕ*. sequência das letras de uma palavra.
Resolução:
Por convenção: 0! = 1. A palavra EDITORA possui 7 letras distintas,
então, nesse caso basta calcularmos a
Exemplo: 5! = 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 = 120 permutação e 7 elementos:
P7= 7! = 7 ∙ 6 ∙ 5 ∙4 ∙3 ∙ 2 ∙ 1 ⟹ P7=5040
11.3 ARRANJO SIMPLES
É um caso particular do princípio funda mental da 11.5 COMBINAÇÃO SIMPLES
contagem, no qual os elementos são distintos nos
grupos formados. É a quantidade de conjuntos de p elementos
É a quantidade de agrupamentos de p elementos utilizando-se de n elementos, sendo n ≥ p:
distintos utilizando-se de n elementos dados, sendo n≥ C = 𝒏!
n,p
p, ou seja: 𝒑! ∙(𝒏−𝒑)!
A = 𝒏! no qual:
 Cn,p é a quantidade de conjuntos formados;
n,p
(𝒏−𝒑)!
no qual:  n é a quantidade total de elementos dados
 An,p é a quantidade de grupos formados; (geralmente a maior);
n é a quantidade total de elementos dados  p é a quantidade de elementos nos conjuntos
(geralmente a maior); (geralmente a menor).
 p é a quantidade de elementos nos gruposformados
(geralmente a menor). Observação: Vale lembrar, que em conjunto a
ordem dos elementos não importa.
Exemplo: Quantos números de dois algarismos
distintos podemos escrever com os algarismos 1, 2, 3, 4, Exemplo: Numa prova de 10 questões, o aluno
pode fazer apenas 6. De quantas maneiras
5,6, 7, 8 e 9? diferentes ele poderá escolher essas questões?
Resolução: Resolução:
Percebe-se aqui que é uma questão de
n =9 e p =2 combinação, pois não importa em que ordem o
9! aluno irá escolher as questões, e sim quais
An,p=
𝑛! ⟹ A 9,2 = 9!
= =
9∙8∙7!
⟹ questões.
(𝑛−𝑝)! (9−2)! 7! 7!
A9,2 = 9 ∙ 8 = 72 números
n =10 e p =6
11.4 PERMUTAÇÃO SIMPLES 𝒏!
Cn,p= ⟹ C10,6= 10!
=
10!

É um caso particular de arranjo simples, no qual n é 𝒑! ∙(𝒏−𝒑)! 6!(10−6)! 6!4!
igual a p, isto é 10 ∙ 9 ∙ 8 ∙7 ∙ 6 ! 10 ∙ 9 ∙ 8 ∙7
C10,6= 6!∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1
= ⟹
4∙3∙2∙1
𝒏! 𝒏! 𝒏! C10,6 = 210 maneiras
An,n= = = = 𝒏!
(𝒏−𝒏)! 𝟎! 𝟏

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Resolução:
11.6 ARRANJO OU COMBINAÇÃO? a) O espaço amostral de um dado são todas as
possibilidades de resultados ao lançarmos um
Tanto o arranjo como a combinação são
dado, logo  = {1, 2, 3, 4, 5, 6};
agrupamentos de p elementos distintos escolhidos a
b) Evento A: “ocorrência de número ímpar” do
partir de um conjunto de n elementos. A diferença é
espaço amostral do dado, logo A = {1, 3, 5}.
que, no arranjo se mudarmos a ordem dos elementos
de certo agrupamento, obteremos um novo
12.3 CÁLCULO DE PROBABILIDADE
agrupamento (altera a natureza), enquanto que na
combinação mudando a ordem dos elementos de certo
A probabilidade de ocorrer um evento A,
agrupamento, obtemos o mesmo agrupamento (não
altera a natureza). indicada por P(A), é um número que mede
essa chance e é dado por:
12 PROBABILIDADE
𝐧ú𝐦𝐞𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐞𝐥𝐞𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐀 𝒏 (𝑨)
P(A) = =
Há certos fenômenos (ou experimentos) que, embora 𝐧ú𝐦𝐞𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐞𝐥𝐞𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝛀 𝒏 (𝛀)
sejam repetidos muitas vezes e sob condições
idênticas, não se pode determinar o seu resultado com Exemplo: Consideremos o experimento
precisão antes de ocorrê-lo. Por exemplo, no aleatório do lançamento de uma moeda perfeita.
lançamento de uma moeda perfeita, o resultado é
Qual é a probabilidade de sair cara?
imprevisível; não se pode determiná- lo antes de ser
realizado. Não sabemos se sairá exatamente “cara” ou Resolução:
“coroa”. Aos fenômenos desse tipo é dado o nome de Usando c para cara e k para coroa, segue:
fenômenos aleatórios. Espaço amostral:  = {c, k} ⟹ n() = 2
Evento A: ocorrência de cara → A = {C} ⟹
Pelo fato de não sabermos o resultado exato de um ⟹ n(A) = 1.
fenômeno aleatório é que buscamos os resultados 𝒏 (𝑨) 1
prováveis, as chances, as probabilidades de um
Portanto, P(A) = =
𝒏 (Ω) 2
determinado resultado ocorrer. A teoria das
Temos que, no lançamento de uma moeda, a
probabilidades é um ramo da Matemática que cria,
elabora e pesquisa modelos para estudar experimentos probabilidade de sair cara é 1 ou 50%
2
ou fenômeno aleatórios.
Comentário: Isso não significa que, se jogarmos
12.1 ESPAÇO AMOSTRAL duas vezes a moeda, numa das jogadas sairá
“cara” e, na outra, sairá “coroa”. Significa que,
É o conjunto formado por todos os resulta- dos após um grande número de jogadas, em
possíveis de um fenômeno aleatório. É simbolizado aproximadamente 50% (metade) delas sairá
pela letra grega ômega . “cara”.

12.2 EVENTO 12.4 PROBABILIDADE DE EVENTOS


COMPLEMENTARES
É qualquer subconjunto de um espaço amostral. É
Seja, no lançamento de um dado, o evento A “sair
simbolizado por uma letra maiúscula do nosso
alfabeto. número par” → A = {2, 4, 6} e o evento B “sair
número ímpar” → B = {1, 3, 5}. Note que A ∩ B =
Exemplo: No lançamento de um dado e registro dos  e A 𝖴 B = , A e B são chamados eventos
res. Determine: complementares. Sendo 𝐀̅ notação para
a) O espaço amostral ; “complementar do evento A”, segue a expressão,
b) O evento A: ”ocorrência de número ímpar” 𝐏(𝐀) + 𝐏( 𝐀̅ ) = 𝟏 ou 𝐏 (𝐀̅ ) = 𝟏 − 𝐏(𝐀)

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12 1
Exemplo: No lançamento de um dado perfeito, P (B) = =
qual é a probabilidade de não sair o 6? 36 3
Resolução: P(A ∩ B) = P(A) ∙ P(B) = 1 ∙ 1 = 1
A = sair o 6 2 3 6
𝐀̅ = não sair o 6 P(A 𝖴 1 1 1
1 B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B) = + – ⟹
P(A) = 2 3 6
6 4 2
1 5 P(A 𝖴 B) = 6 = 3
P(𝐀̅ ) = 1 − =
6 6 Logo, a probabilidade de se obter soma par ou
𝟐
soma múltipla de 3 é ou aproximadamente 67%.
12.5 EVENTOS INDEPENDENTES 𝟑

Dois eventos A e B são eventos independentes, se a 12.7 PROBABILIDADE CONDICIONAL


probabilidade de ocorrer um deles não depende do fato
de ter ou não ter ocorrido o outro. Segue a expressão, É a probabilidade de ocorrer um evento A
P(A ∩ B) = P(A) ∙ P(B) condicionado ao fato de que ocorreu um evento B
que restringiu o espaço amostral .
12.6 PROBABILIDADE DA UNIÃO DE DOIS EVENTOS
Exemplo: Ao retirar uma carta de um baralho de
Conhecendo as probabilidades de dois eventos 52 cartas, qual é a probabilidade de sair um “ás
quaisquer A e B e procuramos a probabilidade de vermelho” sabendo que ela é de “copas”?
ocorrer o evento A 𝖴 B, ou seja, conhe cendo P(A) e Resolução:
P(B) querendo encontrar P(A 𝖴 B), utilize a expressão, O espaço amostra de um baralho:
P(A 𝖴 B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B)  = {(ás, ouro), (ás, copas), (ás, paus), (ás,
espada), (dois, ouro), … (rei, paus)} → n() = 52
Exemplo: No lançamento simultâneo de dois dados O evento B: “sair copas”
perfeitos distinguíveis, qual é probabilidade de se obter B = {(ás, copas), (dois, copas), … (rei, copas)} →
soma par ou soma múltipla de 3? n(B) = 13
Resolução: O evento A: “ás vermelho” condicionado ao
Veja a tabela de lançamentos de dois dados, D1 e D2: evento B.
: A = {(ás, copas)} → n(A) = 1, logo a probabilidade
de ocorrer o evento 𝐴 condicionado ao evento B é
1
P(A) =
13
Assim, ao retirar uma carta de um baralho de 52
cartas, a probabilidade de sair “ás vermelho”
1
sabendo que ela é de “copas” é de ou
13
aproximadamente 7,7 %.

13 NOÇÕES DE MATEMÁTICA FINANCEIRA

Evento A: soma par Entre inúmeras aplicações da Matemática está a


Evento B: soma múltipla de 3 de auxiliar na resolução de problemas de ordem
financeira, como cálculo do valor de prestações,
18 1 pagamentos de impostos, rendimento de
P(A) = =
36 2 poupança e outros.

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13.1 PORCENTAGEM 13.2 JUROS SIMPLES
13.2
Percentagem ou Porcentagem (do latim per centum, Juros simples é um acréscimo calculado sobre o
significando "por cento", "a cada centena"). A valor inicial de uma aplicação financeira ou de
porcentagem é uma forma usada para indicar uma uma compra feita a crédito, por exemplo.
fração de denominador 100 ou qualquer representação O valor inicial de uma dívida, empréstimo ou
equivalente a ela. investimento é chamado de capital. A esse valor
Permite a comparação de grandezas diferentes e de é aplicada uma correção, chamada de taxa de
tornar mais fácil a manipulação de cifras muito grandes juros, que é expressa em porcentagem.
ou muito pequenas, em quadros, gráficos, tabelas etc. Os juros são calculados considerando o período
As tabelas mostram exemplos de números percentuais de tempo em que o capital ficou aplicado ou
na forma equivalente em fração e em número decimal: emprestado.
Então, definimos:
 Capital (C): é o dinheiro que se empresta
(aplica) ou que se pede emprestado;
 Taxa (i): é o percentual que se paga ou que se
recebe pelo aluguel do dinheiro;
 Montante (M): o total (capital + juros) que se
paga ao final do empréstimo;
 Prazo: é o tempo (t) ou período (n) que
decorre desde o início até o final de uma operação
financeira.
A taxa i é indicada em relação a um intervalo de
tempo:
5% a.d. = 5% ao dia
10% a.m. = 10% ao mês
35% a.a. = 35% ao ano
A taxa i e o tempo t devem ter sempre a mesma
unidade de medida.
O juro decorrente da aplicação do capital C,sob
uma taxa i, durante um período de tempo t, é dado
pela expressão:
J=C∙i∙t
O montante obtido através da aplicação do capital
C, obtendo-se um juro J, é igual a:
Esta outra tabela exemplifica a transformação de uma
parte de uma quantidade em relação ao seu total, M=C+J
em números percentuais Juntando-se as duas expressões, temos:
M = C + J ⟹ M = C + C ∙ i ∙ t ⟹ M = C ∙ (1 + it)
portanto, a expressão do montante também
pode ser:
M = C ∙ (1 + i ∙ t)

Exemplos:

1) Um produto que custava R$ 1 200,00, por


ocasião da Black Friday, teve um desconto de
40%. Determine:

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28
a) O valor do desconto. C = 600
b) O preço do produto em promoção. i = 2,5% a.m.= 2,5 = 0,025 a.m.
100
Resolução: t = 1 ano = 12 meses
40
a)
100
∙ 1200 = 480
J = C ∙ i ∙ t ⟹ J = 600 ∙ 0,025 ∙ 12 ⟹
O valor do desconto foi de R$ 480,00. J = 180 ⟹ J =R$180,00
b) 1200 – 480 = 720
O preço do produto em promoção é de R$ 720,00. M = C + J ⟹ M = 600 + 180 ⟹
M = 780 ⟹ M =R$780,00
2) Uma mercadoria, cujo preço à vista é de R$
680,00, tem um acréscimo de 5% no seu preço se for 14 NOÇÕES DE ESTATÍSTICA
paga em 3 prestações iguais. Qual é o valor de cada
prestação? O uso da pesquisa é bastante comum nas várias
Resolução: atividades humanas, por exemplos:
5  As indústrias fazem pesquisa entre os
5% de R$ 680,00 ⟹ ∙ 𝟔80 = 34 (acréscimo) consumidores para o lançamento de um novo
100 produto;
680 + 34 = 714 (o preço em 3 prestações)  As pesquisas eleitorais fornecem elementos
714 : 3 = 238 (o valor de cada prestação) para que os candidatos direcionem as suas
Então, o valor de cada prestação é R$ 238,00. campanhas;
 Emissoras de TV fazem pesquisas que
1) Um bônus de um trabalhador era de R$ 840,00 e determinam em suas programações.
passou a ser de R$ 966,00. Qual foi a porcentagemde
aumento? 14.2 FREQUÊNCIAS ABSOLUTA E RELATIVA
Resolução:
966 – 840 = 126  Frequência absoluta (FA) : é o número de
126 18 3 15 vezes que um valor da variável é citado.
= = = ⟹ 15%  Frequência relativa (FR): registra a
840 120 20 100 frequência absoluta em relação ao total de
Logo a porcentagem de aumento foi de 15%. citações.

1) Paulo gastou 40% que tinha e ainda ficou com a Exemplo: Pedro: brasileiro; Ana: brasileira;
quantia de R$ 87,00. Quanto ele tinha e quanto gastou, Ramón: espanhol; Laura: espanhola; Cláudia:
em reais? brasileira; Sérgio: brasileiro; Raúl: argentino;
Nélson: brasileiro; Sílvia: brasileira; Pablo:
Resolução:
espanhol.
Se ele gastou 40%, a quantia de R$ 87,00 corresponde Determine:
a 60% do que possuía. a) a frequência absoluta (FA);
60 b) a frequência relativa (FR).
60% de x = R$ 87,00 ⟹ ∙ x = 87 ⟹
100 Resolução:
87 ∙ 100
𝑥= ⟹ x =145 (quanto Paulo tinha) Nesse exemplo a variável é ”nacionalidade”.
60
Paulo gastou = 145 – 87 = 58 A frequência absoluta (FA) da nacionalidade:
Portanto, Paulo tinha R$ 145,00 e gastou a Brasileiros: 6
quantia de R$ 58,00. Espanhóis: 3
Argentino: 1
2) Quanto rendeu (juros) a quantia de R$ 600,00, Total: 10
aplicada a juros simples, com a taxa de 2,5% ao mês, A frequência relativa (FR) da nacionalidade:
no final de 1 ano? Quanto foi resgatado (montante)?

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6 Escrevendo em pares ordenados (julho, 350),
Brasileiros: 6 em 10 ou ou 60%
10 (Agosto, 300), (Setembro, 400), ... Usando eixos
3 cartesianos, localizamos os seis pares ordenados
Espanhois: 3 em 10 ou ou 30% e construímos um gráfico de segmentos.
10
1
Argentino: 1 em 10 ou ou 30%
10

14.3 TABELA DE FREQUÊNCIA

É a tabela que mostra a variável, seus valores, a


frequência absoluta (FA) e frequência relativa (FR).
Assim, continuando com o mesmo exemplo, temos:

Nacionalidade FA FR
Brasileira 6 60%
Espanhola 3 30%
Argentina 1 10%
Total 10 100%
A posição de cada segmento indica crescimento,
decréscimo ou estabilidade. Já a inclinação do
Exemplo: Um grupo de alunos foi consultado sobre o
segmento sinaliza a intensidade do crescimento
time paulista de sua preferência, e os votos foram
ou decrescimento.
registrados assim: Observando o gráfico anterior, concluímos que:
 Julho para Agosto as vendas caíram;
 Agosto para Setembro as vendas
cresceram;
 Setembro para Outubro as vendas
Construa a tabela de frequência correspondente a essa permaneceram estáveis;
pesquisa.  Outubro para Novembro as vendas
Resolução: cresceram;
 Novembro para Dezembro as vendas
Time FA FR cresceram;
Santos 2 10%  O crescimento de Agosto para Setembro
Palmeiras 4 20% foi maior do que o para Novembro a
8 40% Dezembro.
Corinthians
São Paulo 6 30% 14.3.2 Gráfico de barras ou coluna
Total 20 100%
A partir do “desempenho em Química”
14.4 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA demonstrado pelos alunos de uma classe, um
professor elaborou a seguinte tabela:
14.3.1 Gráfico de segmentos ou linha

A tabela que segue mostra a venda de livros em uma


livraria no 2º semestre de determinado ano.

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Com os dados da tabela é possível construir o gráfico de 14.3.4 Histograma
barras:
Quando uma variável tem seus valores indicados
por classes (intervalos), é comum o uso de um
tipo de gráfico conhecido por histograma.
Exemplo: Consideremos a “altura” (em
centímetros) dos alunos de uma classe, agrupada
em intervalos, e a seguir os histogramas
correspondentes às frequências absolutas e
relativas:
Histograma com as classes (intervalos)
relacionadas às frequências absolutas:

Em geral, utiliza-se o gráfico de barras para comparar as


frequências dos valores de uma mesma variável em um
determinado momento.

14.3.3 Gráfico de setores

Em um shopping Center há três salas de cinema e o


número de espectadores em cada uma delas num
determinado dia da semana foi de 300 na sala A, 200 na B
e 500 na C.
Veja essa situação representada em uma tabela de
frequências e depois em um gráfico de setores:

Os segmentos que ligam em sequência os pontos


médios das bases superiores formam um gráfico
de segmentos conhecido como polígono do
histograma.

No gráfico de setores o círculo todo indica o total (1000


espectadores ou 100%) e cada setor indica a ocupação
de uma sala.

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14.5 MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL Se as notas obtidas por um aluno foram 6,0; 7,5;
7,5; 5,0 e 6,0, dizemos que a moda é 6,0 e 7,5 e
A partir das idades das pessoas de um grupo, podemos que a distribuição é bimodal.
estabelecer uma única idade que caracteriza o grupo Observação: Quando não há repetição de
todo. números, como, por exemplo, para os números 7,
Considerando as temperaturas de vários momentos em 9, 4, 5 e 8, não há moda (amodal).
um mês qualquer, podemos determinar uma só
temperatura que dá uma ideia de todo o período. 14.4.3 Mediana (Me)
Avaliando as notas de um aluno no bimestre, podemos
registrar com apenas uma nota seu aproveitamento. A mediana é outra medida de tendência central.
Em situações como essas, o número obtido é a medida Assim, dados n números em ordem crescente ou
da tendência central dos vários números usados. A decrescente, a mediana será:
média aritmética é a mais conhecida entre as medidas  O número que ocupar a posição central se n for
de tendência central. Além dela, vamos estudar ímpar;
também a mediana e a moda.  A média aritmética dos dois números que
estiverem no centro se n for par.
14.4.1 Média aritmética (MA)
Exemplos:
Exemplo: Considerando um grupo de pessoas com a) Numa classe, foram anotadas as faltas durante
um período de 15 dias: 3, 5, 2, 0, 2, 1, 3, 4, 5, 7,
idades 22, 20, 21, 24 e 20 anos. Calcular a média
0, 2, 3, 4 e 7. Calcular a mediana defaltas.
aritmética das idades.
Resolução: Resolução:
Primeiro colocamos em ordem crescente (ou
22 + 20 + 21 + 24 + 20 107
MA = = = 21,4 decrescente) os números dados. Segue:
5 5

Dizemos, então, que a média aritmética ou simplesmente


a média de idade do grupo é 21,4 anos. A quantidade de termos é 15, portanto ímpar, o
Assim, generalizando, podemos afirmar que, os dados os termo mediano é o 8°, que é o do meio, ou seja a
n valores x1, x2, x3,..., xn de uma variável, a média mediana são 3 faltas.
aritmética é o número obtido da seguinte forma: Simbolicamente, Me = 3 faltas.
b) As idades dos alunos de uma equipe são 12,
𝑥1 +𝑥2 +𝑥3 +⋯+ 𝑥𝑛 16, 14, 12, 13, 16, 16 e 17 anos. Calcular a
MA = mediana das idades.
𝑛 Resolução:
Inicialmente colocamos em ordem crescente (ou
14.4.2 Moda (Mo) decrescente):

Em estatística, moda é a medida de tendência central


definida como o valor mais frequente de um grupo de
valores observado.
No exemplo do grupo de pessoas com idades de 2, 3,
2, 1, 2 e 50 anos, a moda é 2 anos (Mo = 2) e demonstra Como temos uma quantidade par de valores (8),
mais eficiência para caracterizar o grupo que a média fazemos a média aritmética entre os dois centrais,
aritmética. que são o 4° e o 5° termos:
Se a temperatura medida de hora em hora, das 6h às 14+16 30
Me= = = 15
11h, apresentou os resultados 14°C, 15°C, 15°C, 18°C, 2 2
20°C e 25°C, então dizemos que nesse período a moda
foi 15°C, ou seja, Mo = 15°C. Simbolicamente, Me = 15 anos.

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REFERÊNCIAS

DANTE, L.R. Matemática: Contexto & Aplicações. 1ª.Ed. São Paulo: Ática, 2000, v.1, 2 e 3.

EDUCA MAIS BRASIL . Disponível em <https://www.educamaisbrasil.com.br>. Acesso em


18/12/2020.

GAY, M.R.G. Projeto Araribá: Matemática. 4ª Ed. SãoPaulo: Moderna, 2014, v.2.

GIOVANNI, J.R.; BONJORNO, J.R. Matemática: Uma nova abordagem. São Paulo: FTD, 2000, v.1, 2 e
3.

IEZZI, G.; DOCE, O.; MACHADO, A. Matemática e Realidade: Ensino Fundamental. 4. Ed. São
Paulo:Atual, 2000.

LIMA, E.L. Curso de Análise. 11ª Ed. Rio de Janeiro: Associação Instituto Nacional de Matemática Pura
e Aplicada, 2004, v.1. (Projeto Euclides).

PAIVA, M. Matemática. 1ª Ed. São Paulo: Moderna, 1999, v.único. (Coleção base).

PROFESSOR GILBERTO SANTOS. Disponível em <https://gilsilva10.wixsite.com/inicio/apostilas-de-


matematica>.Acesso em 12/01/21.

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