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DÉFICIT DE PAIXÃO

A grande constatação é que nós perdemos a paixão pelo Evangelho de Cristo. O que ficou foi a megalomania de nossos sonhos de
grandeza, mas isto não é paixão, é apenas ambição.

Nós somos filhos de um tempo no qual não há paixão. Para nós, paixão é uma coceira ardente e incomoda, e que logo passa...é
coisa de criança.

Sim, nós ainda não conhecemos a paixão como ela é: loucura. E se é por Deus, é mais loucura ainda...

O fato é que somos assim, não porque nos falte conhecimento, mas paixão; ou seja: falta vontade ardente.

A maioria sabe até muita coisa—pelo menos o suficiente—, a fim de poder tomar decisões...e andar...seguindo e segundo Jesus.

Saber a gente sabe, mas quase ninguém está disposto a seguir, a se mover, a andar após Jesus.

Nossa sociedade cristã é apenas uma massa de espectadores exigentes e caprichosos. Quase ninguém quer viver com Deus, mas a
maioria gosta de saber que alguém ou alguns o fazem. E no dia que esses “seres vicários” deixarem de realizar o que deles é
esperado, então conhecerão a única paixão que os cristãos têm: a paixão pelo juízo!

Ninguém parece desejar conhecer por si mesmo e para si mesmo. A maioria quer apenas saber para oprimir os outros. E tal
motivação jamais gerará conhecimento de Deus, posto que Deus é amor.

Como é que gente que não ama pode dizer que conhece ao Deus que é amor?

O conhecimento que a maioria dos cristãos têm acerca de Jesus é um conhecimento de terceira ou quarta mão. Já é um
conhecimento viciado pela “igreja” e pelos seus escribas e anciãos, e praticada com ardor pelos seus fariseus.

Assim, nossa maior maldição é a mediocridade, e nossa grande morte é nossa presunção de vida.

O que precisamos saber é que a vontade de Deus é uma só: Ele quer encontrar adoradores que o adorem em espírito e em verdade.
E isto só acontece quando nossa vontade de conhecer a Deus não se satisfaz com a mediação de terceiros.

O conhecimento de Deus é pessoal, e a verdade da Palavra só se atualiza como tal se se fizer acompanhar da paixão que Segue...a
Jesus...e a nenhum outro.

O que passar disso é “prosa”, é proselitismo, e jamais realizará a vida de ninguém.

Caio

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