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11 Ficha 16 11.

1 A Guerra Fria
Consulta as pp. 140 a 147 do Manual

Meta 18 Conhecer e compreender os efeitos da nova “ordem mundial” do após-

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-guerra em Portugal

1 Lê a fonte.

A
Observações:

Promessas de abertura do regime


Em 5 de outubro de 1945 é publicado um decreto que dissolve a Assembleia Nacional e marca novas elei-
ções de deputados para o dia 19 de dezembro. […] Anuncia uma “liberdade de imprensa suficiente para
que possam ser apreciados sem restrição os atos do Governo”, promete amnistia para crimes políticos e
afirma que será defendida a liberdade efetiva dos cidadãos contra prisões arbitrárias. Ao mesmo tempo
previne que a solução ao regresso do governo dos partidos políticos está fora de causa. Mas prevê as can-
didaturas da oposição.
J. Hermano Saraiva, História de Portugal, vol. 9, Quidnovi, 2004
Prof.

1.1. Seleciona a opção correta.


a) Segundo a fonte A, após a 2.ª Guerra Mundial, em Portugal:
seguiu-se a linha europeia da democratização.
Turma:

X Salazar simulou uma certa abertura do regime.


recusou-se abertamente a tendência democrática.
b) Perante pressões políticas externas, Salazar:
X dissolveu a Assembleia Nacional, decretou uma amnistia e aligeirou a censura.
N.º

substituiu a ditadura por uma democracia.


reforçou o regime autoritário e repressivo do Estado.

2 Observa a fonte.

B 2.1. Que crítica sugere o cartoon holandês?


Do ponto de vista internacional, a posição de Salazar

quanto à descolonização suscitou contestações e o

corte de relações diplomáticas com o nosso país, pois

Portugal parecia não querer abdicar das colónias afri-

canas.
Nome:

“Com Portugal e a NATO, por uma África branca” –


cartoon holandês de 1970, sobre a posse de
colónias por Portugal.

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11.1. A Guerra Fria

3 Observa a fonte.

C 3.1. Consideras que Portugal se aproximou ou se


isolou da comunidade internacional após a 2.ª
Guerra? Justifica a tua resposta.
Portugal aproximou-se da comunidade internacional,

beneficiando, por exemplo, do programa americano

de apoio à reconstrução da Europa, conhecido por

Plano Marshall: “1432 mil contos recebeu Portugal”. E

o receio de um ataque soviético serviu de justificação

A integração portuguesa para a integração de Portugal na aliança militar do

Atlântico Norte – OTAN.

4 Analisa as fontes.
D E
Eleições de 1958
No vasto salão [do Café Chave de Ouro], viam-se cerca de duas centenas de pes-
soas.
A primeira pergunta que surgiu foi a seguinte:
– Se fosse eleito presidente da República o que faria do presidente do Conselho?
– Obviamente demitia-o!
O mesmo jornalista perguntou:
– Qual a sua opinião sobre o candidato da União Nacional?
Cartaz da campanha de Norton
O Sr. general Humberto Delgado acentuou que não lhe interessava pronunciar-se
de Matos, nas eleições de 1949
sobre o candidato da União Nacional e comentou:
– Qualquer que ele seja, irá sempre defender a Ditadura! Irromperam aplausos
entre a assistência.
Jornal de Notícias, de 11 de maio de 1958

4.1. Ordena cronologicamente os seguintes acontecimentos, do mais antigo ao mais recente.


5 Eleição do Presidente Américo Tomás.

2 Campanha de Norton de Matos.

3 Eleição do Presidente Óscar Carmona.

1 Formação do MUD (Movimento de Unidade Democrática).


4 Campanha de Humberto Delgado.

4.2. Dos candidatos acima mencionados, quais foram os candidatos da oposição e quais foram
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candidatos do regime?
Óscar Carmona e Américo Tomás foram candidatos do regime, enquanto Norton de Matos e Humberto Delgado

foram candidatos da oposição.

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11.1. A Guerra Fria

5 Assinala com um V as afirmações verdadeiras e com um F as falsas. Corrige as falsas.

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F Norton de Matos foi o candidato do regime às eleições presidenciais de 1949.
V Em 1949, os candidatos do MUD acabaram por desistir, devido aos entraves do regime.
V Em 1958 houve outro momento de forte oposição ao regime.
F O general Humberto Delgado contou com o apoio de uma reduzida parte da população.
F Segundo resultados oficiais, Humberto Delgado obteve 76% dos votos.
V O país continuou a viver em ditadura.
Norton de Matos foi o candidato da oposição às eleições presidenciais de 1949.

O general Humberto Delgado contou com o apoio de uma significativa parte da população.

Segundo resultados oficiais, Américo Tomás obteve 76% dos votos.

6 Analisa as fontes.

F %
G
50
Temos, e rapidamente, que mudar de via para nos industrializar-
40 mos a fundo […] Temos de adotar uma nova política industrial que,
rejeitando a autarcia, procure estimular o equilíbrio da balança co-
30
mercial na base do desenvolvimento da exportação de produtos
que possamos produzir em condições de custo internacional-
20
mente concorrenciais e que favoreçam, ao mesmo tempo, o rápido
crescimento do valor acrescentado pelos fatores produtivos nacio-
10
nais […].
0 Rogério Martins (secretário de Estado da Indústria entre 1969 e 1972), Caminho de
Setor primário Setor secundário Setor terciário País Novo, edição de autor, 1970

1950 1960 1970 1981


Distribuição da população portuguesa por
setores de atividade

6.1. Como justificas o tardio desenvolvimento económico português visível na fonte F?


Até meados da década de 50, Portugal era um país essencialmente agrícola, cerca de 50% da população traba-

lhava no setor primário.

6.2. Explica as transformações económicas verificadas em Portugal nas décadas de 1950 e 1960.
Portugal, à semelhança do que acontecia em outros países neste período, aplicou um modelo de economia plani-

ficada: “Temos de adotar uma nova política industrial […]”. A partir dos finais da década de 50, foram postos em

prática Planos de Fomento (1953-58 e 1959-64) para o desenvolvimento industrial do país. O número de empre-

gados na indústria cresceu e verificou-se uma redução do número de ativos agrícolas, setor que perdeu o lugar de

atividade dominante, como se pode constatar na fonte F.

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