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REV.

FRANCESA(1789-1799)
Sobre o conceito de Revolução como ruptura:

Hannah Arendt: “Não se dispunha de uma palvra que pudesse designar


uma comoção social por meio da qual a população subjugada (a burguesia)
se tornasse ela mesma a classe de senhores”.

Senhores/ prop. privada - bens de produção

Divisão de classes antes da revolução:

População da França: 25 milhões de pessoas – 20 milhões no campo, 5 milhões nas


cidades. (majoritariamente rural)

Primeiro estado: 120 mil membros do clero: alto clero (bispos  e abades) e baixo clero
(padres e vigários).

Segundo estado: 350 mil membros: nobreza palaciana (rica e vinculada ao rei), nobreza
provincial (empobrecida) e a nobreza de toga (burgueses que compraram títulos).

Terceiro Estado: 4,5 milhões na cidades: alta burguesia (financeira, mercantil e


manufatureira), média burguesia (médicos, advogados, jornalistas etc.) e baixa
burguesia (artesãos, lojistas etc.). O povo (era o grosso da população urbana): artesãos,
aprendizes, proletários etc. 20 milhões: camponeses e servos (+/- 4 milhões).

Os impostos eram cobrados apenas do terceiro estado.

As regras que definiam o funcionamento do estado já eram baseadas em critérios


econômicos.

1786 – Tratado com a Inglaterra: vinhos franceses x manufaturas inglesas – a indústria


francesa entra em crise.

Dívida externa francesa: 5 bilhões de libras. Meio circulante de 2,5 bilhões de libras..
2 bilhões de libras: apoio a independência dos EUA.

1788 – Grande seca: aumento generalizado dos preços dos alimentos.

Revolução de 1789: inauguração político-ideológico de um novo mundo.

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Baseado no liberalismo econômico. (Adam Smith)

A substituição de Deus como ideia reguladora da sociedade teve como resultado a criação da
ideia de que o destino do Humanidade estava nas mãos dela.

A busca da felicidade individual levaria ao aumento de riqueza do conjunto da sociedade. A


benevolência toma o lugar da caridade, pois o fundamental agora não é fazer o bem ao
próximo e sim sentir-se bem ao fazê-lo.

Racionalismo: tudo deve ser pautado pela razão, ou seja, é racional = é útil.

Quadro político
Iluminismo: movimento geral de mudança no pensamento europeu

Duas linhas de pensamento podem ser definidas em grandes linhas:

A crença no progresso no qual os avanços do homem passam a ser resultado de suas


ações na terra e seu horizonte de realização é o tempo humano.

a crença num retorno ao mundo tradicional (Religião cristã): o tempo vai da queda
ao fim do mundo e, somente então, após o julgamento final, haveria possibilidade de
felicidade verdadeira.

Liberalismo Clássico burguês (Origens séc XVII e XVIII): era marcado por uma visão de
mundo na qual o uso da Razão era o único meio legitimar a ação do homem. Todas as outras
formas de concepção do mundo estariam marcadas pelo obscurantismo. Todas as outras
formas de concepção do mundo estariam marcadas pelo obscurantismo.

Adversários do pensamento burguês: Igreja Católica, Nobreza e monarquia absolutista.

A questão não é só religiosa e sim pela legitimidade do poder político

O progresso no liberalismo é contínuo e permanente.

Época Feudal: conceito político

Idade Média: conceito religioso - o período entre a encarnação do Verbo (de jesus) e a
realização do Reino de Deus.

Idade das Trevas: conceito ideológico- termo cunhado pelos iluministas para se referir ao
período de pleno domínio da religião católica.

Associação entre o Direito Natural e a felicidade do Indivíduo:

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Thomas Hobbes (1588-1679): a única condição de felicidade do indivíduo é se submeter
totalmente ao poder do soberano.

John Locke (1632-1704): se o governante ameaça a felicidade dos súditos ele pode ser,
legitimamente, derrubado pelos seus governados.

Fase positiva: na luta contra o absolutismo o pensamento liberal apontava a melhoria da


vida do conjunto do povo como resultado natural de suas prescrições.

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