Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Considerando a conjuntura que Portugal viveu entre 1807 e 1820, e apesar da ação
repressiva exercida por Beresford, a agitação revolucionária cresceu entre a burguesia.
- em janeiro de 1820, uma revolução liberal na vizinha Espanha pôs fim ao absolutismo
e facilitou a entrada em Portugal de muita propaganda liberal (panfletos, jornais…);
A CONSTITUIÇÃO DE 1822
A CONSTITUIÇÃO DE 1822
O RADICALISMO DO VINTISMO
A ação política das Cortes Constitucionais (do vintismo) foi a mais radical do
liberalismo português, demasiado progressista para o seu tempo
O RADICALISMO DO VINTISMO
Questão 3
– Humilhação imposta ao rei D. João VI, quando chegou a Lisboa e foi impedido de
receber honras e cumprimentos, nomeadamente por parte do Corpo Diplomático;
– Falta de transparência das Cortes, reunidas em “sessão secreta”;
Questão 4
O Arto. 1.o, que pretende “manter a liberdade, segurança” de todos os Portugueses;
O Arto. 7.o, que defende a liberdade de pensamento e sua comunicação como “um
dos mais preciosos direitos do Homem”.
Questão 5
– Acabar com a prática da usura (empréstimos particulares com juros arbitrários);
– Facilitar as transações entre particulares (pagamentos, por exemplo);
Questão 6
Escolher dois:
– Os forais e os privilégios deles decorrentes, nas terras da Coroa, do clero e dos grandes proprietários;
– Os tributos que recaíam sobre as terras e os camponeses,
– Os serviços pessoais exigidos aos camponeses (as jeiras);
– Os roubos praticados sobre os camponeses, por exemplo pelos bandos de malfeitores.
Questão 7
Com a reforma dos forais, que libertou os camponeses das obrigações senhoriais a que estavam sujeitos, como as
jeiras ou o relego.
UNIDADE 4. A REVOLUÇÃO DE 1820 E AS DIFICULDADES DE IMPLANTAÇÃO DA ORDEM LIBERAL (1820-1834)
• Entre 1808 e 1821, D. João VI residiu no Brasil, ● exigem o regresso de D. João VI a Portugal,
transformando a colónia brasileira em sede da ficando o seu filho mais velho, príncipe D.
monarquia portuguesa – doc. 15B Pedro, como regente do Brasil – doc. 18 A e B
• Em 1815, o Brasil é elevado ao estatuto de ● decretam o regresso do Brasil ao estatuto
Reino – doc. 15A de colónia (reposição do exclusivo colonial) e
o regresso do príncipe D. Pedro – doc. 18C
• Grande desenvolvimento económico e
cultural (abertura dos portos ao comércio
estrangeiro, instalação de indústrias e diversas Resultado da política antibrasileira vintista:
instituições de ensino e culturais, crescimento
demográfico… ) – doc. 15C ● D. Pedro manifesta o seu apoio aos desejos
autonomistas brasileiros – doc. 19A
• Primeiras rebeliões nacionalistas brasileiras –
a revolta da Inconfidência Mineira do ● D. Pedro declara a independência do Brasil,
Tiradentes (1789) e a revolução Republicana a 7 de setembro de 1822 (só reconhecida por
de Pernambuco (1817) – doc. 16 Portugal em 1825), tornando-se o primeiro
imperador do Brasil – doc. 19B
• Crescimento dos anseios autonomistas da
burguesia colonial brasileira, influenciada ● Perdida a mais rica colónia portuguesa, o
pelos movimentos de independência das governo vintista enfrenta o descontentamento
colónias espanholas na América – doc. 17 da burguesia comercial portuguesa.
UNIDADE 4. A REVOLUÇÃO DE 1820 E AS DIFICULDADES DE IMPLANTAÇÃO DA ORDEM LIBERAL (1820-1834)
Questão 2
Condições económicas:
– Abertura dos portos do Brasil ao comércio estrangeiro OU fim do exclusivo
colonial, em 1808 (Doc. 5A);
– Autorização para o estabelecimento de manufaturas no Brasil, também em
1808 (Doc. 5A);
Condições políticas:
– Elevação do Brasil a Reino, em 1815 (Doc. 15A);
– Instalação da corte no Rio de Janeiro, que passou a ser a capital do Reino
Unido de Portugal e Brasil (Doc. 15B);
– Ambiente separatista da América espanhola (Doc. 15C).
Condições sociais:
– Forte conjunto populacional OU demografia em crescimento (Doc. 15C);
– Forte colónia branca, com padrões de vida elevados e que aspirava a um
protagonismo crescente, em virtude de no Brasil estar instalada a sede do
Reino (Docs. 15C e 17).
UNIDADE 4. A REVOLUÇÃO DE 1820 E AS DIFICULDADES DE IMPLANTAÇÃO DA ORDEM LIBERAL (1820-1834)
Questão 3
A revolução liberal de 1820 e as exigências dos Portugueses,
descontentes com a ausência do monarca no Brasil.
Questão 4
Decreto de 29 de setembro de 1821 (Doc. 18C) – retirava do
Brasil um possível dirigente da autonomia local, o príncipe D.
Pedro, que, criado no Brasil, mostrava simpatia pela causa
brasileira, e era especialmente querido pela população local.
Decreto de 29 de dezembro de 1821 (Doc. 18C) – retirava a
autonomia judicial ao Brasil, submetendo-o aos tribunais de
Portugal.
Decreto de 9 de abril de 1822 (Doc. 18C) – fazia o Brasil
regressar ao exclusivo comercial com a metrópole, retirando-
lhe a liberdade de comércio dada em 1808.
UNIDADE 4. A REVOLUÇÃO DE 1820 E AS DIFICULDADES DE IMPLANTAÇÃO DA ORDEM LIBERAL (1820-1834)
Questão 5
• Expectativas no príncipe regente D. Pedro – os brasileiros não
queriam que o príncipe saísse do Brasil, pois viam-no como um
dos seus, um patriota que os defendia da prepotência das Cortes
(“Soberano Congresso”) de Lisboa.
• Situação delicada em que o príncipe se encontrava – perante
os brasileiros, o príncipe devia ficar no Brasil e defender os seus
direitos e liberdades; já, perante seu pai, o rei D. João VI, teria de
se comportar como filho obediente e súbdito fiel, e acatar as
ordens do Soberano Congresso (das Cortes) de Lisboa.
• Desfecho da questão brasileira – o príncipe D. Pedro colocou-
se do lado dos interesses brasileiros, não acatando as ordens das
Cortes de Lisboa e proclamando a independência do Brasil, em 7
de setembro de 1822.
UNIDADE 4. A REVOLUÇÃO DE 1820 E AS DIFICULDADES DE IMPLANTAÇÃO DA ORDEM LIBERAL (1820-1834)
Questão 1
• Argumento usado pela rainha para não jurar a Constituição de 1822 – tinha
declarado, em tempos, “nunca jurar na sua vida”.
• Sanções de que foi alvo – perda de todos os direitos “inerentes à qualidade
de cidadã e à dignidade de rainha”; exílio num país estrangeiro.
• Expediente usado para não cumprir uma das sanções – a “unânime
declaração de dez médicos” de que a viagem para um país estrangeiro faria a
rainha correr perigo de vida.
Questão 2
Escolher quatro:
– Destruição dos direitos nacionais;
– Redução de poderes do rei;
– Ultrajes à magistratura;
– Desprestígio da nobreza;
– Ultrajes à religião e ao clero.
Questão 3
Quando proclama que a obra do golpe de abril de 1824 (a Abrilada) se faria sentir “esmagando… a pestilenta cáfila
de pedreiros livres” (Doc. 21B), o infante D. Miguel contrariava OU negava as intenções, proferidas na Vila-Francada,
de não querer “tomar vinganças”, pretendendo “a união de todos os portugueses e um total esquecimento das
opiniões passadas.” (Doc. 21A).
UNIDADE 4. A REVOLUÇÃO DE 1820 E AS DIFICULDADES DE IMPLANTAÇÃO DA ORDEM LIBERAL (1820-1834)
1828 D. Miguel regressa a Portugal e jura fidelidade à Carta Constitucional e à rainha (doc.
D. Miguel 24A), mas uns meses depois convoca as Cortes à maneira antiga (por ordens), e
restaura o proclama-se rei absoluto (doc. 24B). Segue-se uma perseguição implacável aos
absolutismo simpatizantes do Liberalismo – doc. 24D
D. Pedro abdica do trono brasileiro e vai para a ilha Terceira (Açores) onde organiza a
resistência liberal e assume a regência do reino em nome da filha – doc. 25A e B
1832-1834 O exército liberal desembarca no Mindelo e ocupa a cidade do Porto, seguindo-se a
Guerra civil guerra civil entre liberais e absolutistas (ou miguelistas) – dossiê, p. 96
Vitória dos liberais: D. Miguel assina a Convenção de Évora Monte, partindo de novo
para o exílio, e a Monarquia Constitucional é reposta com D. Maria II
UNIDADE 4. A REVOLUÇÃO DE 1820 E AS DIFICULDADES DE IMPLANTAÇÃO DA ORDEM LIBERAL (1820-1834)
GUERRA CIVIL
1832-1834
LIBERAIS ABSOLUTISTAS
D. PEDRO D. MIGUEL
Questão 4
Motivo da abdicação – o facto de já ser imperador do Brasil e não dever
acumular esse cargo com o de rei de Portugal.
Condições em que abdicou – morte de D. João VI e problema delicado da
sucessão, dado que o filho mais velho (D. Pedro) era imperador do Brasil, e o
outro filho (D. Miguel) era adepto do absolutismo e estava exilado.
Questão 5
• Reforço dos poderes do rei:
– O rei é considerado representante da Nação (Art.o 12.o);
– O rei nomeia os membros da Câmara dos Pares (Art.o 39.o);
– O rei pode sancionar, ou não, os decretos OU as leis (Art.o 59.o);
– Além do poder executivo, o rei detém um novo poder, o poder moderador,
“a chave de toda a organização política” (Art.o 71.o).
• Proteção dos estratos privilegiados:
– Os Pares são nomeados pelo rei, a título vitalício e hereditário, para a
Câmara dos Pares, uma Câmara Alta que faz parte das Cortes (Art.o 39.o);
– São garantidas as regalias da nobreza hereditária (Art.o 145.o, §31.o).
• Introdução do sufrágio censitário:
– Só podiam votar os cidadãos com um rendimento anual a partir de cem mil
réis.
UNIDADE 4. A IMPLANTAÇÃO DO LIBERALISMO EM PORTUGAL. ANTECEDENTES E CONJUNTURA (1807-1820)
Questão 6
• [legitimidade de D. Pedro IV e sua descendência] enquanto no Doc. 24A D.
Miguel reconhece D. Pedro IV e sua filha D. Maria II como legítimos reis de
Portugal e lhes jura fidelidade, no Doc. 24B D. Miguel diz que “leis claríssimas e
terminantes” excluem D. Pedro e os seus descendentes do trono de Portugal,
desde a morte de seu pai, D. João VI;
• [Carta Constitucional de 1826] enquanto no Doc. 24A D. Miguel jura cumprir e
fazer cumprir a Carta Constitucional de 1826, no Doc. 24B D. Miguel declara a
Carta Constitucional como nula, pois foi outorgada por D. Pedro que não reunia
condições legais para ser rei; e no Doc. 24C apresenta-se como rei absoluto, o que
significa que não respeita a lei constitucional;
• [atitude para com D. Maria II] enquanto no Doc. 24A D. Miguel reconhece D.
Maria II como legítima rainha de Portugal, na qualidade de filha e herdeira do
legítimo rei D. Pedro IV, jura-lhe fidelidade e a entrega do trono logo que ela
atinja a maioridade, no Doc. 24B declara que a descendência de D. Pedro está
excluída do trono; daí que D. Miguel usurpe a coroa a D. Maria II, assumindo-se
como o legítimo rei no Doc. 24C.
Questão 7 D. Pedro considera que o governo e o reinado de seu irmão D. Miguel representam uma usurpação, em
virtude de este ter desrespeitado o juramento de fidelidade que fez à rainha legítima, D. Maria II, e à Carta
Constitucional, de a ter destronado e de reinar como um tirano, ao restabelecer o absolutismo e desrespeitar os
direitos dos portugueses. Daí o corte de relações da Europa com Portugal.
Questão 8 – Para repor a legitimidade da sua filha como rainha de Portugal, D. Pedro:
– abdicou do trono brasileiro para vir à Europa defender a causa de D. Maria II;
– criou um governo de Regência nos Açores, em nome da filha, para governar Portugal e organizar a resistência;
– desembarcou, com um exército, no continente (no Mindelo), para libertar o reino do domínio absolutista.
UNIDADE 4. A IMPLANTAÇÃO DO LIBERALISMO EM PORTUGAL. ANTECEDENTES E CONJUNTURA (1807-1820)
UNIDADE 4. A IMPLANTAÇÃO DO LIBERALISMO EM PORTUGAL. ANTECEDENTES E CONJUNTURA (1807-1820)