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Âmbito do manual

Os grandes objetivos da educação para todos podem enumerar-se como se segue: “preparação para ganhar
a vida, preparação para assumir os deveres e direitos da cidadania e preparação para o desenvolvimento e
realização pessoal de cada pessoa”.
A integração da Matemática num currículo de educação para todos contribui para a consecução destes
objetivos.
Efetivamente, a Matemática tem um valor instrumental inquestionável na resolução dos problemas do
quotidiano, desde os mais elementares até aos mais complexos. Além disso, muitas das atividades
profissionais recorrem frequentemente ao desempenho de tarefas matemáticas.
Compreender a realidade circundante, nas suas vertentes física e social, apela para a compreensão de
conceitos matemáticos.
Exercer a cidadania duma forma esclarecida e refletiva pressupõe o entendimento de fenómenos e factos e
este entendimento socorre-se de ideias matemáticas.

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Conteúdo
FICHA TÉCNICA .................................................................................................... Erro! Marcador não definido.
Âmbito do manual ..............................................................................................................................................1
1. Resolução de Problemas .............................................................................................................................4
1.1 O porquê da resolução de problemas ...................................................................................................4
1.2 O que é um Problema? ..........................................................................................................................4
1.3 Como se resolvem problemas ...............................................................................................................5
1.4 Estratégias de Resolução de Problemas ................................................................................................6
2. Equações .....................................................................................................................................................8
2.1 Equações................................................................................................................................................8
2.2 Propriedades das equações...................................................................................................................9
2.3 Resolução de uma equação .................................................................................................................10
2.3.1 Resolução de Equações .......................................................................................................................11
2.4 Formas abreviadas de aplicação das propriedades das equações ......................................................13
2.5 Classificação de Equações ...................................................................................................................15
2.5.1 Equações equivalentes ........................................................................................................................15
2.5.2 Equações possíveis e determinadas ....................................................................................................16
2.5.3 Equações possíveis e indeterminadas .................................................................................................16
2.5.4 Equações impossíveis ..........................................................................................................................16
2.6 Exercícios .............................................................................................................................................16
2.7 Respostas dos Exercícios .....................................................................................................................17
3. Proporções e a regra de três simples ........................................................................................................18
3.1 Grandezas diretamente proporcionais................................................................................................18
3.2 Grandezas inversamente proporcionais..............................................................................................20
3.3 Regra de três simples para grandezas diretamente proporcionais ....................................................21
3.4 Regra de três simples para grandezas inversamente proporcionais ..................................................23
4. Equações lineares ......................................................................................................................................25
4.1 Resolução de problemas com o uso de equações lineares .................................................................26
5. Inequações ................................................................................................................................................28
5.1 Inequações lineares .............................................................................................................................30
5.2 Resolução de Inequações lineares ......................................................................................................31
6. Teorema de Pitágoras ...............................................................................................................................34
6.1 Demonstração .....................................................................................................................................34
Considerando que o triângulo ABC é congruente ao triângulo DAC, temos a seguinte relação: ....................35

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7. Relações trigonométricas de um triângulo retângulo ..............................................................................36
8. Classificação de Triângulos........................................................................................................................38
9. Área e perímetro .......................................................................................................................................39
9.1 Diferenças entre figuras planas e espaciais.........................................................................................40
9.2 Quais as diferenças entre figuras planas e espaciais?.........................................................................41
9.3 Resumo sobre área e perímetro..........................................................................................................42
9.4 O que é área? ......................................................................................................................................42
9.5 O que é perímetro? .............................................................................................................................44
9.6 Exercícios resolvidos sobre área e perímetro .....................................................................................45
10. Volume de sólidos geométricos ..........................................................................................................46
11. Notação científica ................................................................................................................................51
11.1 Operações com notação científica ......................................................................................................52
12. Bibliografia/Webgrafia ........................................................................................................................53

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1. Resolução de Problemas
1.1 O porquê da resolução de problemas
A resolução de problemas, onde estão incluídos as formas como os problemas são representados, os
significados da linguagem matemática, as formas como se conjetura e se raciocina, é considerada a atividade
principal da matemática. Através da resolução e da formulação de problemas os alunos têm oportunidade
de construírem aprendizagens significativas.
Os alunos devem ter oportunidade de discutir com os colegas, com o professor, de argumentar, de criticar,
de interagir por forma a haver uma partilha de ideias, de estratégias, de raciocínios, de pensamentos
matemáticos e de desenvolver a sua capacidade de comunicação.
Através da resolução de problemas, inserida num ambiente propício e favorável, o aluno verifica a validade
dos conceitos matemáticos, realiza conjeturas, relaciona os conceitos, generaliza, estimula os procedimentos
num contexto significativo, toma uma atitude reflexiva e desenvolve a capacidade de raciocínio e o
pensamento matemático.
Estudos nacionais e internacionais mostram que em Portugal ainda se está longe de conseguir um dos
grandes objetivos que é a formação de alunos matematicamente competentes na resolução de problemas.
Os dados disponíveis permitem constatar que os alunos portugueses têm resultados abaixo da média na
capacidade de resolução de problemas e resultados melhores no conhecimento de procedimentos de
cálculo. Isto, apesar de, desde o início dos anos noventa, os programas de Matemática considerarem a
resolução de problemas como um dos principais (ou o principal) objetivos do ensino da Matemática.

1.2 O que é um Problema?


A questão da resolução problemas na sala de aula foi abordada pela primeira vez de modo consistente por
Polya, em 1945, mas só a partir da década de 80 com a publicação da Agenda para a Acção do NCTM (National
Council of Teachers of Mathematics), o movimento tornou-se mais forte. Desde o início que a noção de
problema tem sido difícil de definir. Kantowski (1980) considera que um problema é uma situação com que
uma pessoa se depara e para a realização da qual não tem um procedimento ou algoritmo que conduza à
solução. Refere ainda que o que é problema para um indivíduo poderá ser exercício para outro ou ainda uma
frustração para um terceiro. Já as Normas NCTM, 1991, referem que: "um problema genuíno é uma situação
em que, para o indivíduo ou para o grupo em questão, uma ou mais soluções apropriadas precisam ainda de
ser encontradas. A situação deve ser suficientemente complicada para constituir um desafio, mas não tão
complexa que surja como insolúvel." Para Krulik e Rudnik (1993), problema é uma situação, quantitativa ou
outra, com a qual se confronta um indivíduo ou grupo, na procura de uma solução, para a qual não tem
imediatamente resposta. Estes autores distinguem ainda entre questão (uma situação que apela à

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capacidade de memória), exercício (uma situação em que é necessário treinar ou reforçar algoritmos já
aprendidos) e problema (onde é necessário raciocinar e sintetizar o que já foi aprendido).
De facto, uma mesma situação poderá representar um exercício para uns e um problema para outros. Da
mesma forma, o que poderá ser um problema para um indivíduo, numa fase de aprendizagem, poderá passar
a um exercício numa fase posterior. Considere-se o seguinte exemplo: “Dou ao meu cão três biscoitos por
dia. Quantos biscoitos come ele por semana?” Para um aluno que conhece a multiplicação esta situação é
um exercício, mas para um aluno do 1.º ano de escolaridade, que não conhece nem o conceito nem a
tabuada, esta questão é seguramente um problema.
Em resumo, nas definições de problemas acima descritas podem ser identificadas duas características
comuns para problema:
a) É uma situação para a qual se pretende uma solução;
b) Não há procedimento que conduza imediatamente à solução.
Assim, um bom problema deverá geralmente possuir três características:
 Ser desafiante e interessante a partir de uma perspetiva matemática;
 Ser adequado, permitindo relacionar o conhecimento que os alunos já têm de modo que o novo
conhecimento e as capacidades de cada aluno possam ser adaptadas e aplicadas para completar
tarefas;
 Ser problemático, a partir de algo que faz sentido e onde o caminho para a solução não está
completamente visível.

1.3 Como se resolvem problemas


A resolução de problemas é concebida por diversos autores como um processo sequencial onde se
estabelecem diversas fases. Segundo Pólya (2003) a resolução de problemas inclui quatro etapas:

a) Compreensão do problema - procura-se compreender o problema até encontrar com precisão a


incógnita;
Nesta etapa devem identificar-se:
 O que é conhecido (os dados);
 O que é desconhecido (o objetivo);
 As condições apresentadas.
b) Elaboração de um plano - obtém-se um plano quando, de um modo geral, sabemos quais os cálculos
ou planos/estratégias a fim de obter a incógnita. O importante é a conceção do plano.

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c) Execução do plano - o plano dá-nos apenas um roteiro geral. É necessário examinar todos os
detalhes. Executa-se o plano que se elaborou até chegar à solução. Se chegar a um impasse, volta-se
à fase de planificação.
d) Verificação dos resultados - revisão crítica do trabalho realizado, ou seja, verificação do resultado
em função da situação inicial e do raciocínio.

Estas quatro etapas podem ajudar o aluno a organizar o seu processo de resolução de um dado problema.
Ao longo das quatro etapas o aluno deverá colocar a si próprio uma série de questões que têm como objetivo
organizar o seu pensamento de uma forma mais sistemática e eficaz.

1.4 Estratégias de Resolução de Problemas


Existem diferentes estratégias de resolução de problemas, também designadas como heurísticas. O
Programa de Matemática para o Ensino Básico (2007) propõe trabalhar diferentes estratégias de resolução
de problemas ao longo dos vários ciclos. Algumas dessas estratégias são apresentadas nesta secção,
ilustradas com um exemplo de problema, onde essa estratégia pode ser adequada.
 Utilizar um esquema / diagrama / tabela / gráfico
Muitas vezes fazer um esquema é uma forma de obter a solução de um problema. Por exemplo, o problema
seguinte pode ser resolvido por um aluno, através de um esquema:
1) A Rita é muito vaidosa. Para a passagem do ano e pensando que poderia utilizá-la com outras roupas,
ela comprou uma saia vermelha e outra azul, uma camisola amarela, uma verde e outra preta. Depois
pensou: Que bom! Agora já posso vestir-me de muitas maneiras diferentes. De quantas maneiras
diferentes se poderá vestir a Rita?
 Trabalhar do fim para o princípio
Esta estratégia é adequada quando se conhece o ponto de chegada e o que se quer saber é o ponto de
partida. Por exemplo:
2) O João levou para a escola um saco de rebuçados para dar aos amigos. Aos primeiros que encontrou
deu metade dos rebuçados que trazia. Depois encontrou mais amigos e deu metade dos que ainda
tinha. E foi assim que chegou à sala dele já só com 20, um para cada colega. Quantos rebuçados tinha
o saco antes do João o abrir?
 Simular / Simplificar o problema
Neste caso procura-se resolver o problema simulando a situação recorrendo a objetos, criando um modelo
ou fazendo uma dramatização. Por exemplo:
3) O Mário tem as meias na gaveta todas desarrumadas. Ele sabe que tem duas meias castanhas, duas
meias pretas e duas meias azuis. Na noite de Natal faltou a luz e ele teve de ir às escuras tirar meias

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para se calçar. Qual é o menor número de meias que deve tirar para ter a certeza que tira um par da
mesma cor?
 Descobrir uma regularidade / regra
Nesta estratégia, procura-se encontrar a solução através da generalização de soluções específicas. São
exemplos os problemas que têm subjacente uma sequência.
4) Quantas partes se obtêm dobrando uma folha 8 vezes?

Uma vez preenchidas as primeiras colunas da tabela, uma observação atenta levará os alunos a procurarem
a lei de formação que lhes permitirá chegar à solução.
 Organizar uma sequência de passos
A organização de uma sequência organizada permite esgotar e visualizar todos os casos possíveis. Por
exemplo, o problema seguinte:
5) O Luís decidiu juntar dinheiro no seu mealheiro. Começou por guardar uma moeda de 1 cêntimo no
primeiro dia e decidiu que em cada dia que passasse havia de lá colocar o dobro do dia anterior.
Achas que ele consegue manter a decisão? Quanto tinha de pôr no mealheiro ao fim de 10 dias?
 Tentativa e erro
O problema é resolvido através de tentativas de um modo orientado e verificando em cada caso se a solução
encontrada satisfaz as condições do problema. Exemplo:
6) Este triângulo com círculos é um triângulo mágico. Basta que se disponham os números de 1 a 6 nos
círculos, para que cada lado some 9. Onde deverá ficar cada um dos números 1, 2, 3, 4, 5, 6?

 Procurar um problema análogo, mas mais simples


Formulando um problema mais simples, é possível resolver o problema mais facilmente e entender melhor
o problema a resolver.
7) Suponha que há um certo número de coelhos e de faisões numa gaiola, totalizando 7 cabeças e 22
patas. Quantos coelhos e faisões estão na gaiola?

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Podemos reduzir o problema para um mais simples:
Se todos os animais fossem faisões, teríamos 14 patas.
Mas como na realidade, são 22 patas no total, então ainda falta distribuir 8 patas. Assim, dever-se-á a colocar
mais duas patas em 4 cabeças. Logo são 4 coelhos e 3 faisões.
 Desdobrar um problema complexo em questões mais simples
Por vezes pode começar-se por um problema mais simples. Por exemplo no problema:
8) A Joana tem 3 saias – azul, preta e castanha, 4 camisas – branca, azul, vermelho e verde e 2 chapéus
– um branco e outro azul. De quantos modos diferentes se pode apresentar a Joana com saia, camisa
e chapéu?
O problema pode inicialmente ser resolvido considerando apenas as saias e as camisas.
 Criar um problema equivalente
Esta estratégia pode ser usada por exemplo quando temos um problema com números grandes,
substituindo-os inicialmente por números menores, de modo a que se possa representar.
 Explorar casos particulares
Esta estratégia consiste em resolver um problema do mesmo tipo, mas que corresponda a um caso particular
daquele que se quer resolver. Por exemplo, no problema:
Quantos quadrados existem na figura?

Pode começar por ser resolvido para uma figura mais simples, por exemplo para um quadrado de 2x2.

2. Equações
2.1 Equações
Uma equação é uma declaração de que duas expressões são iguais. Essa igualdade é representada pelo
símbolo “=”. Assim, se sabemos que a expressão A é igual à expressão B, escrevemos A = B.
São exemplos de equações:

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A primeira dessas equações afirma que as frações são equivalentes. Já a equação (b) fornece
a definição de módulo a partir da raiz quadrada. Em ambos os casos, temos equações que são sempre válidas,
não dependendo do valor das variáveis que nelas aparecem.
Nessa seção, dedicar-nos-emos às equações que só são válidas para alguns valores reais, ou mesmo para
nenhum valor, como os exemplos (c) e (d). Em equações desse tipo, o termo cujo valor é desconhecido é
chamado incógnita, ou simplesmente variável. Nos exemplos (c) e (d), a incógnita é representada pela letra
x.
Quando escrevemos equações com incógnitas, nosso objetivo é resolver a equação, o que significa que
queremos encontrar os valores da variável que fazem com que a equação seja válida. Tais valores são
chamados raízes ou soluções da equação. Uma solução da equação do item (c) é x = 4. De fato, essa é a única
solução do problema, já que 4 é único valor de x para o qual a equação é válida.
Por sua vez, a equação do item (d) possui duas soluções, x = −5 e x = 3. Para comprovar, por exemplo, que −5
é uma raiz de x 2 + 2x − 15 = 0, devemos substituir esse valor na equação:

Duas equações que possuem exatamente as mesmas soluções são chamadas equivalentes. Assim, as
equações são equivalentes, pois x = 5 é a única solução de ambas.

A forma mais usada para resolver uma equação consiste em escrever uma sequência de equações
equivalentes até que a variável fique isolada, ou seja, surja sozinha em um dos lados da igualdade. No caso
do exemplo (c) apresentado acima, podemos escrever as seguintes equações equivalentes:

A obtenção de equações equivalentes, como nesse exemplo, é feita com base em certas propriedades, as
quais apresentamos a seguir.

2.2 Propriedades das equações


Sejam dadas as expressões A, B e C.

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Propriedade
1. Se A = B, então A + C = B + C

Propriedade
2. Se A = B e C ≠ 0, então CA = CB

Propriedade
3. Se A = B, então B = A

O item 3 decorre diretamente da definição de igualdade, não constituindo, de fato, uma propriedade das
equações. Esse item foi incluído por ser usado na resolução de problemas.
Por fim, a expressão à esquerdas do sinal = chama-se 1º membro, à expressão à direita do sinal do igual =
chama-se 2º membro.
A subtração A−C é equivalente à soma A+(−C). Sendo assim, a Propriedade 1 implica que:
 Se A = B, então A − C = B − C.
De forma análoga, dividir uma expressão por C corresponde a multiplicá-la por
Logo, a Propriedade 2 também implica que

2.3 Resolução de uma equação


Vamos resolver a equação aplicando as propriedades apresentadas acima até conseguirmos isolar a variável
x.
Naturalmente, não há uma forma única de se obter uma equação equivalente a outra. Assim, devemos usar
uma certa dose de bom senso para que a aplicação das propriedades gere, a cada passo, uma equação mais
simples que a anterior.

a) Vamos iniciar, eliminando o termo (−26) que aparece do lado esquerdo da equação. Para isso,
aplicaremos a Propriedade 1, somando 26 aos dois lados da igualdade:

Para esse tipo de equação, é vantajoso transferir para o mesmo lado todos os termos que envolvem x, e
mover para o outro lado todos os termos que não contêm essa variável.

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b) Agora que obtivemos uma equação mais simples, vamos aplicar a Propriedade 2, multiplicando os
dois lados da igualdade por para isolar x.

Aí está. Aplicando as propriedades com uma escolha conveniente de valores, chegamos à solução x = 5.

2.3.1 Resolução de Equações

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Ao terminar de resolver uma equação, é conveniente conferir se o valor encontrado é realmente uma
solução, ou seja, se não ocorreu um erro. Para o problema (d) acima, por exemplo, calculamos:

2.4 Formas abreviadas de aplicação das propriedades das equações


Passagem de um termo que está a ser somado.
Quando é preciso eliminar um termo que aparece somado ou subtraído de um dos lados de uma equação, é
comum “passar o termo para o outro lado, com o sinal trocado”, como no exemplo abaixo.

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Essa regra corresponde à primeira propriedade, segundo a qual podemos somar ou subtrair o mesmo valor
dos dois lados da equação:

Nesse caso, os cuidados a serem tomados incluem, por exemplo, não passar um termo envolvido em um
produto, como nos exemplos abaixo.

Passagem de um termo que está a ser multiplicado.


Quando é preciso eliminar um termo que aparece em um produto, costuma-se “passar o termo para o outro
lado, no denominador”. Da mesma forma, quando se quer eliminar um termo do denominador, é costume
“passá-lo para o outro lado, no numerador”. Veja os exemplos.

Essas regras correspondem à segunda propriedade, segundo a qual podemos multiplicar ou dividir os dois
lados da equação pelo mesmo valor:

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Um dos erros mais comuns na aplicação dessa regra é a passagem de um termo que está multiplicando
apenas uma parte da expressão:

Outro erro frequente é a passagem de um termo com o sinal trocado:

2.5 Classificação de Equações


As equações podem classificar-se do seguinte modo:

2.5.1 Equações equivalentes


Duas equações são consideradas equivalentes quando ambas compartilham a mesma solução.
Veja:
 X + 4 = 7 (A solução é o número 3);

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 Y – 3 = 8 (A solução também é o número 3).
Desse modo, as duas equações são equivalentes.

2.5.2 Equações possíveis e determinadas


São aquelas equações que admitem apenas um único número como solução, obtendo um conjunto finito de
soluções.
Exemplo:
 X + 30 = 50 (Apenas o número 20 é admitido como solução);
 Y + 4 = 6 (Apenas o número 2 é admitido como solução).

2.5.3 Equações possíveis e indeterminadas


São aquelas que possuem um número infinito de soluções, ou seja, mais de um número como solução da
equação.
Exemplo:
 3X + Y = 120 (Admite mais de uma solução);
 50X + 12Z = 1024 (Admite mais de uma solução);

2.5.4 Equações impossíveis


São as equações que possuem como solução o conjunto vazio, ou seja, não admitem soluções.
 X + 10 = X + 7
X – X = 7 – 10
0 = -3
Não existe uma igualdade.
S = { } = vazio

2.6 Exercícios

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2.7 Respostas dos Exercícios

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3. Proporções e a regra de três simples
O André deseja comprar 2 kg de bife carne arouquesa, entrou no talho Boi Bom e descobriu que o um quilo
da peça custava 13,50 €. Nesse caso, quanto pagou, o André, pelos 2 kg?
A resposta para esta pergunta é simples: se um quilo custava 13,50 €, então os 2 kg custaram o dobro, isto
é, 2 × 13,50 = 27,00 €.
Embora os cálculos sejam muito simples, envolvem um conceito matemático muito importante e útil: a
proporcionalidade.
Quando duas razões, escritas de forma diferente, são iguais, ou seja, correspondem ao mesmo número real,
dizemos que são proporcionais.
Assim, as razões são proporcionais.
Explicámos proporção como a igualdade entre duas razões. Em notação matemática, essa igualdade é
representada pela equação

Nesse caso, dizemos que a está para b, assim como a ′ está para b ′ . A razão é chamada constante
de proporcionalidade.
Peso (kg) Preço (€)
1 13,50
2 27,00
3 40,50
4 54,00
5 67,50
Tabela 1: Preço do bife carne arouquesa.

No exemplo do talho Boi Bom, podemos dizer, por exemplo, que 27,00 € estão para 2 kg, assim como 67,50
€ estão para 5 kg de bife carne arouquesa. A constante de proporcionalidade, nesse caso, corresponde ao
custo por quilo de bife carne arouquesa, ou seja, k = 13,5€/kg.

3.1 Grandezas diretamente proporcionais


Analisando o valor que o talho Boi Bom cobra pelo bife de carne arouquesa, constatamos que:
 Ao aumentamos o peso, o preço também aumenta;
 A razão é constante e igual a 13,5.

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Nesse caso, dizemos que o preço cobrado pelo bife de carne arouquesa é diretamente proporcional ao peso
vendido.
Grandezas diretamente proporcionais
Dizemos que duas grandezas são diretamente proporcionais quando:
 Ao aumentarmos uma, a outra também aumenta;
 A razão entre as duas é constante, ou seja, dadas as medidas a, a′ , a′′, a′′′ , . . . da primeira grandeza
e as medidas b,b′ ,b′′,b′′′ , . . . da segunda grandeza, temos:

Vejamos outros exemplos de grandezas diretamente proporcionais.


Exemplo 1. Viagem a uma velocidade constante

Tabela 2: Tempo e distância em uma viagem a 90 km/h.


Se um carro viaja à velocidade constante de 90 km/h, então a distância que ele percorre é diretamente
proporcional ao tempo gasto, como demonstrado na Tabela 2. Observe que:
 A distância aumenta à medida que o tempo de viagem aumenta;

 A razão é constante, isto é:

Nesse caso, a constante de proporcionalidade é a própria velocidade do carro, ou seja, k = 90 km/h.

Exemplo 2. Densidade do óleo de soja

A Tabela 3 fornece a massa aproximada (em quilogramas) de diversos volumes de óleo de soja (em litros), à
temperatura 25º C.

Tabela 3: Volume e massa do óleo de soja.

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Calculando a razão para cada um dos volumes apresentados na tabela, obtemos

Como essa razão é constante e o peso aumenta com o volume, podemos dizer que as duas grandezas são
diretamente proporcionais. De fato, a razão entre massa e volume é tão usada em diversas áreas da ciência,
que damos a ela o nome especial de densidade. Assim, a densidade do óleo de soja é igual a 0,920

3.2 Grandezas inversamente proporcionais


Em vários problemas práticos, apesar de haver relação entre duas grandezas, o aumento de uma provoca a
redução da outra. Nesse caso, dizemos que as grandezas são inversamente proporcionais, como ocorre no
exemplo abaixo.
Exemplo 1. Construção de uma cerca
O tempo gasto para cercar o pasto da quinta do André depende do número de pessoas envolvidas na
construção da cerca. A Tabela 4 fornece a relação entre o número de trabalhadores e o tempo gasto, segundo
o levantamento feito pelo André.

Tabela 4: Tempo de construção em relação ao número de trabalhadores.

Nesse caso, constatamos que:


 O tempo necessário à construção da cerca diminui à medida que o número de trabalhadores
aumenta;
 Dividindo o tempo gasto pelo inverso do número de trabalhadores, obtemos um valor constante:

Grandezas inversamente proporcionais


Dizemos que duas grandezas são inversamente proporcionais quando:
 Ao aumentarmos uma, a outra diminui;
 A razão entre uma e o inverso da outra é constante, ou seja, dadas as medidas a, a′ , a′′, a′′′ , . . . da
primeira grandeza e as medidas b,b′ ,b′′,b′′′ , . . . da segunda grandeza, temos:

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A condição (b) pode ser escrita de forma mais simples como:

Aplicando o último comentário ao exemplo da cerca do André, podemos dizer que o produto entre o tempo
e o número de trabalhadores é constante, ou seja,

Para grandezas inversamente proporcionais, a constante de proporcionalidade é dada por


Logo, no caso do André, temos k = 36 dias ⋅ pessoa.

Exemplo 2. Lei de Boyle


Vários balões de volumes diferentes foram preenchidos com a mesma massa de um certo gás, mantido à
temperatura constante. A Tabela 5 fornece a relação entre a pressão e o volume do gás.

Tabela 5: Volume e pressão de um gás, a uma temperatura constante.

Nesse exemplo, está claro que:


 A pressão diminui à medida que o volume aumenta;
 O produto do volume pela pressão é constante:

Logo, a uma temperatura constante, a pressão do gás é inversamente proporcional ao volume que ele ocupa.
Essa propriedade dos gases é conhecida como Lei de Boyle, em homenagem ao cientista inglês Robert Boyle,
que a observou no século 17. Para a massa de gás desse exemplo, a constante de proporcionalidade é

3.3 Regra de três simples para grandezas diretamente proporcionais


Em muitas situações práticas, sabemos que há proporcionalidade entre as grandezas envolvidas, mas uma
dessas grandezas é desconhecida. Nesse caso, para resolver o problema, recorremos a um método
denominado regra de três simples.
Para ilustrar a utilização da regra de três simples, vejamos o Exemplo 1 que considerara um problema no qual
um comboio viaja a uma velocidade constante.

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Tabela 6: Distância × tempo

Neste exemplo, a constante de proporcionalidade é 300/4, ou 720/x, supondo que x ≠ 0.

Exemplo 1. Tempo de viagem


Suponha que um comboio, viaja a uma velocidade constante, percorre 300 km em 4 horas. Quanto tempo
ele gastará em uma viagem de 720 km?
O valor a ser determinado é o tempo a ser gasto em uma viagem de 720 km. A esse valor desconhecido,
associamos a variável x. Além disso, analisando o enunciado, descobrimos que:
 A velocidade do comboio é constante, ou seja, o tempo gasto é diretamente proporcional à distância
percorrida.
 Gasta-se 4 horas para percorrer 300 km.
Com base nestes dados, podemos construir a Tabela 6, que relaciona as informações fornecidas com à
incógnita do problema.
As setas ao lado da tabela indicam a direção na qual os valores crescem. As duas setas apontam na mesma
direção (para baixo), corroborando a tese de que as grandezas (distância e tempo) são diretamente
proporcionais. Assim, podemos escrever:

Para simplificar essa equação, vamos começar eliminando o termo x do denominador. Para isso,
multiplicamos os dois lados por x, obtendo:

Em seguida, eliminamos o denominador do lado esquerdo, multiplicando os dois lados da equação por 4:

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Finalmente, para isolar x, dividimos toda a equação por 300:

Logo, x = 9,6 h, de modo que a viagem de 720 km durará 9 h + 0,6 ⋅ 60 min, ou 9 h 36 min.
Note que os dois primeiros passos da resolução do problema, acima, correspondem à multiplicação dos dois
lados da equação pelos denominadores x e 4. Como esse procedimento é usado em todo problema que
envolve regra de três simples, vale a pena investigá-lo de forma pormenorizada. Vamos supor, então, que
queiramos eliminar os denominadores de uma equação na forma:

Em que a, b, c e d são números reais, um dos quais a incógnita do problema. Nesse caso, se multiplicarmos
os dois lados da equação por bd, obtemos:

O que nos leva à equação equivalente:

Essa equação pode ser obtida diretamente multiplicando-se o numerador de cada fração pelo denominador
da outra, e igualando-se os resultados. Essa técnica, conhecida como produto cruzado, é ilustrada abaixo:

3.4 Regra de três simples para grandezas inversamente proporcionais


A regra de três simples também pode ser aplicada a problemas nos quais as grandezas são inversamente
proporcionais. Nesse caso, contudo, é preciso levar em conta que a constante de proporcionalidade é
definida por um produto, e não por uma razão, como contemplaremos nos exemplos a seguir.

Exemplo 1. Tempo de viagem.


Administração da produção para atender as encomendas de natal que recebeu, sabe que uma indústria com
48 operários gastaria 42 dias. Entretanto, o prazo de entrega das encomendas encerra em 28 dias. Se a
empresa puder subcontratar trabalhadores, quantos devem ser chamados para que seja possível terminar
essa encomenda dentro do prazo?

23
O tempo gasto para atender as encomendas da indústria é inversamente proporcional ao número de
operários, o que significa que, quanto maior for o número de trabalhadores, menor será o tempo gasto na
produção.

Tabela 7: Trab. × tempo

Na Tabela 7, essa relação inversa é indicada pelas setas que apontam em direções opostas. A variável x
representa o número total de operários que participarão da produção, incluindo os trabalhadores
subcontratados. Observe que, para determinar o número de trabalhadores subcontratados que a empresa
deve contratar, vamos supor que a produtividade dos novos trabalhadores seja igual à dos funcionários atuais
da empresa. Como as grandezas são inversamente proporcionais, o número de trabalhadores é proporcional
ao inverso do tempo gasto na produção, de modo que a equação associada ao problema é:

Como vimos anteriormente, essa equação também pode ser escrita na forma de produto como:

De onde,

Assim, a empresa deve contratar 72 − 48 = 24 trabalhadores temporários.

Exemplo 1. Assentamento de azulejos


Uma equipa de dois pedreiros assenta todos os azulejos de uma cozinha em 7 horas e meia. Se a equipa
contasse cinco pessoas, quanto tempo seria gasto para assentar o mesmo número de azulejos?
Para resolver esse problema, vamos considerar que todos os pedreiros sejam igualmente eficientes no
assentamento de azulejos. Neste caso, chamando de x o tempo gasto pela equipe de cinco pessoas, podemos
montar a Tabela 8.

24
Tabela 8: Pedreiros × tempo

Observando que o número de pedreiros é inversamente proporcional ao tempo gasto, vamos escrever a
regra de três simples usando o produto:

Logo,

4. Equações lineares
Todas as equações que vimos até o momento foram, em algum passo de sua resolução, convertidas à forma
ax = b. Equações assim são chamadas lineares.

Equação linear
Uma equação é dita linear ou de primeiro grau se é equivalente a:

Em que a e b são constantes reais, com a ≠ 0.


Às vezes, a equação linear aparece de outras formas, necessitando de trabalho para sua conversão à forma
ax = b, como ocorre nos exemplos abaixo.

As equações lineares sempre têm uma, e apenas uma, solução. Quando a equação está na forma ax = b, essa
solução é
Algumas equações lineares contêm termos constantes, porém desconhecidos, como em:

25
Em casos assim, a equação é dita literal, pois sua solução envolve letras. Para o exemplo acima, a solução é:

Desde que a ≠ −2.

4.1 Resolução de problemas com o uso de equações lineares


Além de ser útil para a fixação de conceitos matemáticos e de permitir a aplicação desses conceitos a
situações de nosso cotidiano, a resolução de problemas desperta o pensamento crítico, e proporciona-nos
alguma dose de organização e uma boa capacidade de abstração. Infelizmente, não há uma receita única e
simples para a solução de problemas, de modo que é preciso analisar cada caso em particular.
Entretanto, é possível definir algumas linhas mestras às quais podemos seguir. Fazer desenhos, construir
tabelas, testar várias alternativas, detetar as ferramentas matemáticas necessárias, não ignorar dados do
enunciado, atentar para as unidades e conferir se os resultados fazem sentido são exemplos de passos
necessários à obtenção das respostas.
Em 1945, o matemático George Pólya publicou um livro que ainda é uma referência na resolução de
problemas matemáticos. Em seu livro, Pólya propôs um roteiro que, embora não seja o mais adequado em
todos os casos, serve de guia para a organização do processo de solução de problemas. Uma versão adaptada
desse roteiro é dada da seguinte forma:
Passos da resolução de problemas
1) Compreenda o problema.
 Leia o texto cuidadosamente, averiguando se compreendeu todas as informações nele contidas.
 Identifique as incógnitas.
 Aponte os dados relevantes e as condições nas quais eles se aplicam.
 Confira se os dados são suficientes para a resolução do problema, e se não são contraditórios.
 Faça um desenho ou construa uma tabela que ilustre o problema.
 Eventualmente, escreva o problema de outra forma para torná-lo mais claro.
2) Defina uma estratégia para a solução do problema.
 Encontre as relações entre os dados e as incógnitas, usando como base problemas parecidos que já
tenha resolvido.
 Identifique as ferramentas matemáticas necessárias para a solução.
 Eventualmente, faça um diagrama das etapas que a seguir.
3) Execute a sua estratégia, conferindo se necessário.
 Mantenha o trabalho organizado, descrevendo com certo detalhe todos os passos que seguiu.

26
 Confira os seus cálculos, de forma a não permitir a reprodução de erros.
4) Confira e interprete os resultados.
 Verifique se os resultados fazem sentido, conferindo os valores e as unidades.
 Encontrou mais de uma solução, desvalorize aquelas que não satisfazem as condições impostas pelo
problema.
Estes passos são genéricos e não explicam exatamente o que fazer em cada caso. Além disso, eles são mais
ou menos intuitivos, de modo que geralmente os seguimos mesmo sem notar. Ainda assim, é conveniente
ter em mente um plano geral quando vamos tratar de um problema novo.
Uma outra dica importante encontrada no livro de Pólya diz respeito à confirmação das unidades. De fato,
o emprego correto das unidades é de fundamental importância durante todo o processo de resolução de um
problema, de forma que não é prudente ignorá-las durante a resolução e apenas adicioná-las à resposta.
Se for efetuar uma soma, por exemplo, verifique se todos os termos têm a mesma unidade. Lembre-se de
que é possível somar centímetros com centímetros, mas não centímetros com quilómetros, ou litros com
quilogramas. Além disso, as operações que efetuamos com medidas também aplicam-se às suas unidades,
de modo que, se a variável x é dada em metros, então a unidade de x2 é m2. Por outro lado, se y é dada em
km e t é dada em horas, então y/t tem como unidade km/h.

Resolução de problemas com o uso de equações lineares


Uma grande quantidade de problemas do cotidiano pode ser resolvida com o auxílio de equações lineares.
Nesses casos, o maior trabalho ocorre na formulação de um modelo matemático que represente o problema,
já que a solução é fácil de obter.

Guia para a solução de problemas que envolvem equações


Compreenda o enunciado.
Extraia os dados fornecidos pelo enunciado. Defina uma variável e atribua-lhe um nome (uma letra, por
exemplo). Se necessário, construa uma tabela ou faça um desenho.
Relacione os dados do enunciado à variável.
Traduza as palavras em expressões matemáticas que envolvam a variável. Defina uma equação que relacione
as expressões que encontrou.
Encontre o valor da variável.
Resolva a equação. Escreva a resposta na unidade apropriada.
Confira o resultado.
Verifique se o valor obtido para a variável resolve a equação, e se a resposta faz sentido. Caso contrário, pode
haver um erro em alguma conta, ou mesmo na formulação.

27
5. Inequações
As equações são úteis quando queremos que dois valores coincidam.
Entretanto, há muitas aplicações práticas que não se enquadram nesse modelo, como aquelas nas quais é
preciso comparar alternativas. Em problemas desse tipo, o objetivo é descobrir, dentre várias opções, qual
possui o menor custo, ou fornece o maior benefício. Para resolver esse tipo de problema, substituímos o
símbolo = das equações por um dos símbolos “≤”, “” ou “≥”. Obtemos, assim, uma inequação, ou
desigualdade.
São exemplos de inequações:

Não é difícil descobrir se um número real é ou não solução de uma inequação. Para isso, basta substitui-lo
nas expressões envolvidas e verificar se a desigualdade é satisfeita. Tomando como exemplo a inequação (a)
apresentada acima, observamos que x = −5 e x = 2,5 são soluções, mas que x = 6 não é solução, já que:

Entretanto, geralmente não queremos saber apenas se um número é solução de uma desigualdade, mas
resolve-la, ou seja, encontrar todos os valores da variável que fazem com que a desigualdade seja verdadeira.
Para descobrir todas as soluções de uma inequação, não é possível recorrer à substituição de valores. A
melhor estratégia, nesse caso, consiste na transformação da inequação em outra equivalente, mas mais
simples. Aplicando essa ideia sucessivas vezes, chegar-se-á a solução do problema.
Assim como foi feito no caso das equações, a obtenção de inequações equivalentes deve ser feita com base
em algumas propriedades, as quais são apresentadas abaixo para o caso em que o símbolo “≤” aparece.

Propriedades das inequações

28
Sejam dadas as expressões A, B, C e D.

1. Se A ≤ B, então B ≥ A

2. Se A ≤ B e B ≤ C, então A ≤ C

3. Se A ≤ B, então A + C ≤ B + C

4. Se C > 0 e A ≤ B, então CA ≤ CB

5. Se C < 0 e A ≤ B, então CA ≥ CB

6. Se A≤B e C ≤D, então A+C ≤B+D

As propriedades acima são intuitivas, com exceção da de número 4. Além disso, sente-se a falta de regras
que envolvam a subtração e a divisão, bem como outros símbolos, como “≥”. Neste sentido, analisámos cada
um desses casos de forma separada.

Análise das regras do produto


Observe que há duas propriedades relativas ao produto, dependendo do sinal de C. A primeira delas, a
Propriedade 4, parece natural. Já a Propriedade 5, suscita muitas dúvidas, pois envolve a inversão do sinal da
desigualdade. Para aqueles que não querem aceitar essa inversão, o melhor é verificar o que acontece
quando multiplicamos uma desigualdade acessível, como −2 ≤ 0, por um número negativo.
O que aconteceria se não trocássemos “≤” por “≥” nesse caso:

Nesse exemplo, como sabemos que 2 ≥ 0, é necessária a inversão de sinal da desigualdade.

29
Subtração de uma expressão
Analogamente ao que foi observado no caso das equações, a Propriedade 3 pode ser usada para a subtração
de uma expressão C, já que A − C = A + (−C). Logo, Se A ≤ B, então A − C ≤ B − C.

Divisão por uma expressão


Como o produto é equivalente à divisão, as Propriedades 4 e 5 implicam que:

Inequações do tipo “maior ou igual”


Usando a Propriedade 1, é fácil converter as demais propriedades para os casos em que a desigualdade
envolve o símbolo “≥”. Assim, por exemplo, considerando que A ≤ B é equivalente a B ≥ A, a Propriedade 3
pode ser escrita como:

Isso corresponde a ler da direita para a esquerda as desigualdades que aparecem. De forma semelhante, a
Propriedade 5 pode ser convertida em:

Examinando as duas versões da Propriedade 5, concluímos que ao multiplicarmos uma desigualdade por um
número negativo, devemos inverter o sinal da desigualdade. Essa ideia está ilustrada nos exemplos abaixo.

a) Se −x ≥ −5, então (−1)(−x) ≤ (−1)(−5), de modo que x ≤ 5.


b) Se −2x ≤ 28, então −2x −2 ≥ 28 −2 , de modo que x ≥ −14.

5.1 Inequações lineares


Nessa subseção, veremos como aplicar as propriedades dadas na tabela acima à resolução de inequações
lineares, que são definidas abaixo.
Uma inequação é dita linear ou de primeiro grau se é equivalente a:

30
Em que a e b são constantes reais, com a ≠ 0.
As inequações lineares têm sempre infinitas soluções, que podem ser apresentadas usando a notação de
conjunto. A obtenção das soluções de uma inequação linear envolve a mesma estratégia apresentada para
as equações lineares, ou seja, a aplicação sucessiva das propriedades até o isolamento da variável. Os
problemas resolvidos abaixo ilustram esse procedimento.

5.2 Resolução de Inequações lineares

31
32
33
6. Teorema de Pitágoras
O Teorema de Pitágoras é um dos assuntos mais conhecidos da Matemática. Ele é uma das primeiras coisas
que lembramos quando falamos sobre geometria ou trigonometria. Sua descoberta foi importante para a
época, pois impulsionou inúmeros outros estudos, os quais fizeram com que a matemática avançasse até os
dias atuais. Seu enunciado é simples, assim como os cálculos envolvidos.
Esse teorema só pode ser aplicado em um triângulo retângulo, que é aquele onde há um ângulo igual a 90°,
que chamamos de ângulo reto. Daí o nome, triângulo retângulo. Para compreender, veja, abaixo a figura.

Num triângulo retângulo, o lado maior, CB, recebe o nome de Hipotenusa. Este lado estará sempre oposto
ao ângulo reto. Os outros dois lados, AC e AB recebem o nome de Cateto.
O enunciado do Teorema diz o seguinte: “O quadrado da medida da hipotenusa é igual a soma do quadrado
das medidas dos catetos”.

6.1 Demonstração
Existem muitas demonstrações para o Teorema de Pitágoras. Aqui, vamos explorar uma demonstração que
toma como base as relações métricas num triângulo retângulo:

34
Considerando que o triângulo ABC é congruente ao triângulo DAC, temos a seguinte relação:

Considerando que o triângulo ABC é congruente ao triângulo DBA, temos a seguinte relação:

Agora vamos somar, membro a membro essas duas equações:

Observe que n + m = a, assim:

Exemplo:
Na figura abaixo, representa o projeto de uma escada de 5 degraus de mesma altura, o comprimento total
do corrimão é igual a:
a) 1,8 m.
b) 1,9 m.
c) 2,0 m.
d) 2,1 m
e) 2,2 m.

35
Observe que a altura entre o primeiro degrau e o corrimão é de 90 cm. Somando o comprimento de cada
degrau, obteremos 5 . 24 = 120 cm
Observe que será formado um triângulo retângulo de catetos 90 cm e 120 cm. Podemos aplicar o Teorema
de Pitágoras para encontrar a medida do corrimão:

Assim, o corrimão terá 150 cm. Mas observe que ainda há dois pedaços do corrimão, ambos de 30 cm, assim,
a medida do corrimão será 150 cm + 60 cm = 210 cm. Transformando para metros (dividindo por 100)
teremos 2,1 m. Alternativa D.

7. Relações trigonométricas de um triângulo retângulo


Seja α um ângulo agudo (0<α<90º) de um triângulo retângulo, como mostra na figura, podemos definir as
três razões trigonométricas como:

Fórmula Fundamental da Trigonometria


A Fórmula Fundamental da Trigonometria é uma consequência direta da aplicação do Teorema de Pitágoras
ao triângulo retângulo da figura 1. Assim,

Usando as letras da figura obtemos:

36
Dividindo ambos os membros da equação por:

Concluímos, então, que:

Isto é:

Outras relações
Considerando agora a divisão das razões trigonométricas sinα e cosα obtemos:

isto é,

Olhando novamente para a fórmula fundamental da trigonometria:

Aplicando a ambos os membros da mesma uma divisão por cos2 α obtemos mais uma relação
trigonométrica:

37
Como mostra na figura:

8. Classificação de Triângulos
De todos os polígonos, o triângulo sempre foi aquele que exerceu um maior fascínio nos matemáticos de
todo o mundo. Sendo uma construção que não é possível deformar, desde muito cedo foi utilizado na
arquitetura dos mais diversos edifícios, pontes e monumentos. A astronomia recorreu às suas propriedades,
para calcular a distância entre astros, que não podia ser calculada de qualquer outra forma. Na navegação, a
vela triangular permitiu aos portugueses partir para os descobrimentos com embarcações que navegavam
contra o vento.
Os triângulos podem ser classificados quanto ao comprimento dos lados e quanto à amplitude dos seus
ângulos internos. Na tabela seguinte, encontra-se um resumo desses dois tipos de classificações.

38
Equilátero Tem os três lados iguais

Quanto aos lados Isósceles Tem dois lados iguais

Escaleno Tem os três lados diferentes

Obtusângulo Tem um ângulo obtuso

Quanto aos ângulos


Retângulo Tem um ângulo reto

Acutângulo Tem todos os ângulos agudos

9. Área e perímetro
Área e o perímetro são grandezas de grande importância para o estudo das figuras planas, na geometria
plana. Existem fórmulas específicas para calcular a área e o perímetro.
Área e perímetro são cálculos importantes no estudo de figuras planas. Conhecemos como área a medida
da superfície da figura, já o perímetro é o comprimento do contorno da figura, e o seu valor é encontrado

39
quando calculamos a soma de todos os lados da figura. Quando estudamos os polígonos, que são casos
particulares de figuras planas, para encontrar o seu perímetro, basta realizar a soma do comprimento de
todos os lados, enquanto a área é calculada por fórmulas específicas para cada polígono.
A área e o perímetro de uma figura são muito úteis na construção civil, em plantações, e também para termos
noção do tamanho de superfícies no dia-a-dia, havendo diversas aplicações desses conceitos.

9.1 Diferenças entre figuras planas e espaciais


As figuras geométricas podem ser planas ou espaciais dependendo da quantidade de dimensões necessárias
para a sua construção. Por exemplo, um plano é necessário e suficiente para a construção de um quadrado.
Por outro lado, é impossível construir um cubo sobre o plano, uma vez que o cubo possui três dimensões.
Sendo assim, compreender a maior das diferenças entre figuras planas e espaciais depende de entender bem
as dimensões do espaço e as figuras que podem ser construídas em cada uma delas.

Dimensões do espaço
O ponto é uma figura geométrica que não possui dimensão nem formato. Podemos dizer que o número de
dimensões necessárias para desenhar um ponto é zero.
Por sua vez, a reta é uma figura geométrica que apresenta apenas uma dimensão. É por esse motivo que ela
tem comprimento infinito, mas não possui largura ou profundidade. As retas também podem ser
consideradas como “espaço de uma dimensão”, ou seja, é possível construir, dentro de uma reta, figuras
geométricas que possuem uma dimensão ou menos. Essas figuras são: ponto, segmentos de reta, semirretas
e a própria reta. Exceto pelo ponto, que possui dimensão zero, todas essas figuras são unidimensionais.
O plano é uma figura geométrica que possui duas dimensões. É por isso que ele tem comprimento e largura
infinitos, mas possui profundidade nula. Os planos são considerados o “espaço de duas dimensões”. Sendo
assim, é possível construir qualquer figura geométrica que possua duas ou menos dimensões dentro de um
plano.
Qualquer figura que pode ser construída dentro de um plano, mas não pode ser construída em uma reta, é
uma figura plana. Por essa razão, figuras bidimensionais são denominadas de figuras planas.
O espaço é uma figura geométrica que possui três dimensões e, por isso, apresenta comprimento, largura e
profundidade infinitos. Sendo assim, o espaço é um “espaço de três dimensões”, ou seja, qualquer figura que
possua três dimensões ou menos pode ser construída dentro dele.
As figuras que precisam do espaço tridimensional para serem construídas são chamadas de tridimensionais
ou espaciais. São exemplos de figuras espaciais: pirâmide, prisma, cubo, esfera, cilindro etc.

40
9.2 Quais as diferenças entre figuras planas e
espaciais?
A partir dessa discussão sobre dimensões, fica explícita a maior diferença entre
figuras planas e figuras espaciais, também chamadas de sólidos
geométricos: as figuras planas são bidimensionais, ou seja, é necessário e
suficiente que elas sejam construídas em um plano. Uma figura plana até pode
ser construída dentro do espaço, mas dentro desse mesmo espaço sempre será possível determinar um único
plano que contém essa figura.
Já as figuras espaciais, ou sólidos geométricos, precisam de uma dimensão a mais para serem construídas,
ou seja, são necessariamente figuras tridimensionais.
As figuras planas têm comprimento e largura, mas não possuem profundidade. Já as figuras espaciais
apresentam comprimento, largura e profundidade.
A figura a seguir mostra alguns exemplos de figuras planas:

A figura a seguir mostra a tentativa de construir uma figura tridimensional dentro de um plano. Note que é
impossível, pois a maior parte dessa figura é relativa à profundidade inexistente no plano.

Por fim, observe um exemplo de figura tridimensional, também conhecida como sólido geométrico:

Como as figuras planas não possuem profundidade, pode-se calcular apenas sua área e perímetro. No caso
das figuras espaciais, é possível calcular área e volume.

41
9.3 Resumo sobre área e perímetro
 A área é uma grandeza igual à medida da superfície de uma figura plana.
 Cada figura plana possui uma fórmula específica para o cálculo da área.
 As principais fórmulas de área são:

 O perímetro é igual à soma do comprimento de todos os lados de uma figura plana.

9.4 O que é área?


A área é uma grandeza importante da geometria. Dada uma figura geométrica, a área é a medida de
superfície dessa figura. Para calcular a área das figuras planas, utilizamos fórmulas específicas para cada uma
delas, quando necessário, dividimos a figura plana em figuras planas conhecidas e somamos as áreas.
Vejamos, a seguir, as principais figuras planas e a fórmula para calcular a área de cada uma.

Área de um paralelogramo
Conhecemos como paralelogramos as figuras planas que
possuem lados opostos paralelos. Para calcular a área de
um paralelogramo qualquer, multiplicamos a sua base pela
sua altura.

Existem casos particulares de paralelogramo, são eles o quadrado, o retângulo e o losango. Os dois primeiros
possuem fórmulas parecidas para o cálculo de área, já o losango usa uma fórmula um pouco diferente, mas
que é deduzida da fórmula da área do paralelogramo.

42
Área de retângulo
O retângulo é um caso particular de paralelogramo, pois ele
possui todos os ângulos internos retos. Para calcular a sua área,
utilizamos a mesma fórmula do paralelogramo, a diferença é
que um dos seus lados coincide com a sua altura.

Área do quadrado
O quadrado também é um caso particular de paralelogramo. Além de possuir um
ângulo reto, o quadrado possui todos os lados congruentes. Para calcular a sua
área, multiplicamos a sua base e a sua altura, e, como os lados são congruentes,
calculamos o quadrado da medida do lado.

Área do losango
Diferentemente dos anteriores, para calcular a área de um losango, é
necessário conhecer o comprimento das suas diagonais. O losango
possui duas diagonais: a diagonal maior D e a diagonal menor d. Para
saber a sua área, calculamos o produto entre as diagonais e dividimos
por 2.

Área do triângulo
O triângulo não é um paralelogramo, mas, ainda assim, é uma figura plana
muito importante. Conhecemos como triângulo a figura plana que possui
três lados, e, para saber a área de um triângulo, calculamos o produto entre
a sua base e a sua altura e dividimos por 2.

43
Área do trapézio
O trapézio é uma figura plana que possui dois lados paralelos
e dois lados não paralelos. Os lados paralelos são chamados
de base maior B e base menor b, e, para calcular a sua área,
utilizamos a seguinte fórmula:

Área do círculo
O círculo também é uma figura plana muito importante, e, para calcular a sua área,
é necessário conhecer o valor do seu raio.

9.5 O que é perímetro?


O perímetro de uma figura plana é igual à soma do comprimento de todos os lados dela. Assim, ainda que
exista fórmula para algumas figuras planas, basta lembrar que a soma dos seus lados resulta no seu
perímetro.

Como calcular o perímetro


O perímetro é sempre igual à soma de todos os lados da figura plana, então, em algumas figuras planas, é
possível utilizar uma fórmula nesse sentido. Vejamos o perímetro das principais figuras planas.

Perímetro do paralelogramo e do retângulo


Para calcular o perímetro do paralelogramo e do retângulo, utilizamos a mesma fórmula. Como eles possuem
lados opostos congruentes, podemos calcular a soma dos seus lados utilizando a fórmula a seguir:

44
Perímetro do quadrado e do losango
O quadrado e o losango possuem todos os lados congruentes, então, para calcular o perímetro dessas figuras
planas, basta multiplicar o comprimento do seu lado por 4.

Perímetro do triângulo
O triângulo não possui fórmula específica. Para calcular o seu perímetro, basta realizar a soma dos seus lados.
Assim como no trapézio, não existe fórmula específica para essa figura:

9.6 Exercícios resolvidos sobre área e perímetro


Questão 1
Um terreno possui formato de um trapézio, com base maior medindo 10 metros e base menor medindo 6
metros. Sabendo que a altura desse terreno é de 8 metros, então a sua área é igual a:
A) 40 m²
B) 45 m²
C) 52 m²
D) 64 m²
E) 96 m²
Resolução:
Alternativa D
Calculando a área do trapézio, temos que B = 10, b = 6 e h = 8. Então, temos que:

45
Questão 2
A quadra polidesportiva de uma escola possui 22 metros de largura e 44 metros de comprimento. Se um
aluno percorrer essa quadra 8 vezes, ele percorrerá:
A) 1500 metros
B) 1320 metros
C) 1188 metros
D) 1100 metros
E) 1056 metros
Resolução:
Alternativa E
Calculando o perímetro, temos que:
Sabendo que uma volta tem 132 metros, então 8 voltas terão:
132 · 8 = 1056 m

10.Volume de sólidos geométricos


De modo prático, o volume de um sólido geométrico é a medida da região do espaço limitada por sua
superfície. Em termos da Matemática, volume de um sólido é um número real positivo associado ao sólidos
de forma que:
 Sólidos congruentes têm volumes iguais.
 Um sólido S é a reunião de dois sólidos S1 e S2 que não têm pontos internos comuns, então o volume
de S é a soma dos volumes de S1 e S2.

Observação: Os sólidos são medidos por uma unidade que, em geral, é um cubo. Portanto, o volume desse
cubo é 1. Se sua aresta mede 1 cm, seu volume será 1 cm³. Se sua aresta medir 1 m, seu volume será 1 m³.
Veja abaixo expressões de volume de alguns sólidos.

Cubo
Expressão do volume do cubo:

Cubo é um prisma regular limitado por 6 quadrados congruentes.


Cubo de aresta medindo L, ou seja, todas as faces são quadrados cujos lados medem L.

46
Área externa do cubo
Considerando um cubo de aresta medindo L, cada uma das suas faces (quadrados de lado medindo L)
possuem área igual a L²:

Portanto, a área externa (ou área total) do cubo é dada por:

Diagonal de um cubo
Sabemos que o diagonal de um quadrado de medida L é

Pelo Teorema de Pitágoras:

47
A diagonal do cubo (D) é, em consequência, obtida por:

Também pelo Teorema de Pitágoras:

Portanto, a diagonal de um cubo de lado L é dada por:

No caso do cubo, a base (como todas as faces) é um quadrado de lado L, logo, tem área igual a L². A altura
será também L. Portanto, o volume do cubo é L³, pois:

Paralelepípedo
O paralelepípedo é um prisma cuja base é um paralelogramo. No caso de um paralelepípedo reto, o mais
importante, temos que o paralelogramo da base é um retângulo:

48
Área externa de um paralelepípedo reto
Sabendo que a área de um retângulo de lados a e b é ab, ou seja, a vezes b, podemos calcular a área externa
de um paralelepípedo reto da seguinte maneira:

Logo, a área externa (ou total) de um paralelepípedo reto é dada por:

O volume de um prisma é dado por:

Onde é Abase a área da base e h é a altura.

No exemplo acima, a base é um retângulo de lados a e b, logo, tem área igual a ab e a altura mede c. Portanto,
o volume do paralelepípedo é abc, pois:

Prisma

Expressão do volume do prisma:

49
Pirâmide

Expressão do volume da pirâmide:

Cone

Expressão do volume do cone:

Cilindro

Expressão do volume do cilindro:

50
Esfera

Expressão do volume da esfera:

11.Notação científica
Notação científica é uma forma de representar números muito grandes ou muito pequenos, baseada no uso
de potências de base 10.
Expoentes positivos
Exemplo:

Expoentes negativos
Exemplo:

Potências de base 10

51
Existem algumas vantagens em utilizarmos a notação científica:
 os números muito grandes ou muito pequenos podem ser escritos de forma reduzida;
 é utilizada por computadores e máquinas de calcular;
 torna os cálculos mais rápidos e fáceis.

Um número estará em notação científica quando estiver escrito na seguinte forma:

 x é um valor qualquer compreendido entre 1 e 10 (exclusivo) multiplicado por uma potência de base
10;
 y é o expoente que pode ser positivo ou negativo.

Nota: Usamos expoentes positivos quando estamos a representar números grandes e expoentes negativos
quando estamos a representar números pequenos.

Nota: Usamos expoentes positivos quando estamos a representar números grandes e expoentes negativos
quando estamos a representar números pequenos.

11.1 Operações com notação científica


Adição
Para somar números escritos em notação científica, é necessário que o expoente seja o mesmo. Se não o for
temos que transformar uma das potências para que o seu expoente seja igual ao da outra.
Exemplo:

Subtração
Na subtração também é necessário que o expoente seja o mesmo. O procedimento é igual ao da soma.

52
Multiplicação
Multiplicamos os números sem expoente, mantemos a potência de base 10 e somamos os expoentes de cada
uma.

Divisão
Dividimos os números sem expoente, mantemos a potência de base 10 e subtraímos os expoentes.
Exemplo:

53
12.Bibliografia/Webgrafia
Abrantes, P., Serrazina, L. & Oliveira, I. (1999). A Matemática no Ensino Básico. Lisboa: Ministério da
Educação.
Kantowski, M. G. (1980). Some thoughts on teaching for problem solving. In R. E. Reys (Ed.), Problem solving
in school mathematics.
Krulik, S. & Rudnik, J. A. (1993). Reasoning and Problem Solving – A Handbook for Elementary School
Teachers. Massachussets: Allyn and Bacon.
Lopes, A. V., Bernardes, A., Loureiro, C., Varandas, J. M., Oliveira, M. J., Delgado, M. J. , Bastos, R. E Graça, T.
(2005). Actividades Matemáticas na Sala de Aula, 2.ª Edição, 2ª Tiragem. Lisboa: Texto Editores.
NCTM (1991). Normas para o Currículo e a Avaliação em Matemática Escolar. (Tradução portuguesa do
original em inglês de 1989). Lisboa: APM & IIE.
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