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Curso: Pedagogia para licenciados – EAD

Instituição: Campus Virtual Cruzeiro do Sul


Curso: Relatório de Estágio Supervisionado em Educação Infantil
Nome: Gláucia Barateli Gomes de Léo
RGM: 19113790
1º Semestre/2018

I - CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

Nome da Escola: Colégio dos Santos Anjos


Endereço: Avenida Iraí, 1330 – Planalto Paulista
Cep: 04082-003 São Paulo – SP
Dependência administrativa: Privada
Diretoria/Secretaria de ensino: Região Centro Oeste
Anos e níveis escolares observados: Maternal, Jardim I, Jardim II e Jardim III.

II - ESTRUTURA DA ESCOLA:
A estrutura física da escola é ampla e bem dividida, são vários ambientes para o auxílio da prática
docente. As salas de aula são amplas, arejadas, conservadas e limpas. Os bebedouros
adaptados tanto para crianças quanto para adultos.
A escola possui dois prédios, sendo realizada a divisão por segmentos. Um prédio somente para
a Educação Infantil, e o outro para o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. Salas para
atendimentos diversos, capela, laboratório de informática, sala multimídia, cantina, auditório,
biblioteca, laboratório de ciências, sala de artes, sala de música, sala de dança, sala de judô, sala
do conto, três quadras poliesportivas, piscina, vestiários, sala dos professores, refeitório, parque
infantil coberto, parque infantil descoberto, jardim, horta, depósito de materiais, sala dos materiais
de educação física e banheiros.
O prédio da Educação Infantil é totalmente adequado para crianças da faixa etária de 2 a 6 anos,
possui rampas, escadas, tem janelas amplas com vidros, trazendo iluminação natural, não
precisando utilizar a luz elétrica durante o dia. O parque aberto é amplo e possui brinquedos feitos
de madeira e alguns de plástico para as crianças menores, o piso é de grama natural. Neste
mesmo espaço há uma horta, que também faz parte do processo pedagógico. A sala do conto é
um espaço com almofadas, bem decorado, onde os alunos e professores podem utilizar os
fantoches e pelúcias para criar histórias e apresentá-las. O refeitório é amplo, com mesas grandes
e bancos. Também possui um parque coberto, para dias chuvosos e de frio, ele possui
brinquedos de plástico e um de alvenaria (um trenzinho). O auditório fica no 2º andar deste
prédio, é amplo, as cadeiras são de madeira, tem um palco com cortinas, banheiros masculino e
feminino e sua capacidade é para 400 pessoas.
Sua estrutura física é boa, e contribui para a aprendizagem e o lazer das crianças.

III - INTRODUÇÃO
Foi realizado o estágio de 100 horas, sendo elas divididas em: 50 horas de observação (Jardim II
e Jardim III), e 50 horas de docência na disciplina de Ensino Religioso (Maternal, Jardim I e
Jardim II).
A escola utiliza na Educação Infantil um método de aprendizagem próprio, denominado Método
Natural, por ser um colégio confessional católico, a linha pedagógica é a Humanista.
Os professores realizam o semanário, descrevendo as atividades realizadas na semana, e a cada
aula, com isso podemos perceber a preocupação das professoras com a realização das
atividades, sendo adequadas para cada momento. Não só o ensinar, mas o cuidar também se faz
presente nas aulas.
Por ser um colégio confessional, de ordem católica, podemos perceber o trabalho realizado com
os alunos sobre valores de vida e da família.
Na realização do estágio, pude perceber a organização dos professores e da parte da
coordenação e direção. E o mais interessante, no meu caso como docente, que o trabalho
realizado pelas pedagogas na Educação Infantil é totalmente diferente do trabalho realizado pelos
professores especialistas, sendo impressionante aos meus olhos.

IV - REFLEXÕES SOBRE O ESTÁGIO DE OBSERVAÇÃO E PARTICIPAÇÃO

PERFIL DOS PROFESSORES:


Nome: Simone Vilela
Graduada em Pedagogia há 11 anos, pós-graduada em Educação Infantil e Ludopedagogia, atua
como professora do Jardim II nessa escola desde 2015.
Nome: Luciana Cruz
Graduada em Pedagogia há 20 anos, pós-graduada em Psicoterapia e Psicologia Infantil, atua
como professora do Jardim III nessa escola desde 1993.
Realizei 50 horas de estágio de observação.

Nome: Gláucia Barateli


Graduada e licenciatura plena em Educação Física há 10 anos, pós-graduada em Ciências da
Religião, atua como professora de Ensino Religioso nessa escola desde 2014.
Realizei 50 horas de estágio de docência.
PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES

FOCO 1: Jogos e Brincadeiras


Como vimos neste semestre de estudos a criança aprende brincando, de forma divertida e lúdica,
pois o brincar faz parte principalmente nesta fase onde acontecem às imitações, as invenções, a
magia e o encanto do faz de conta.
“A brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vínculo essencial com aquilo que é o
“não-brincar”. Se a brincadeira é uma ação que ocorre no plano da imaginação isto implica que
aquele que brinca tenha o domínio da linguagem simbólica.” (RCNEI, vol. 1 pág. 27)
A escola oferece para seus alunos da educação infantil dois parques adequados para a faixa
etária. No parque as brincadeiras são livres, percebi que a professora procurava propor desafios
às crianças encorajando-os a explorarem diversos lugares e brinquedos, para desenvolverem a
autonomia, movimentar-se, explorarem outras maneiras de brincar. Também, circulava pelo
parque, conversava com as crianças, balançava-as, cuidando, intervindo e intermediando-as,
quando necessário.
“Brincar de forma livre e prazerosa permite que a criança seja conduzida a uma esfera
imaginária, um mundo de faz de conta consciente, porém capaz de reproduzir as relações que
observa em seu cotidiano, vivenciando simbolicamente diferentes papéis, exercitando sua
capacidade de generalizar e abstrair” (MELO & VALLE, 2005, pág. 45).
Durante o brincar na sala de aula, sempre foi respeitado à faixa etária da criança e trabalharam-se
jogos de exercício, jogos de construção e jogos simbólicos, utilizaram à bola, o bambolê,
instrumentos musicais, blocos, bonecas e bonecos de super-heróis, carrinhos, bichos de pelúcia,
dominó, jogos de contar, jogos de memória, jogos de letras e números, motocas, fantasias, entre
outros.
O professor como gestor da sala de aula tem a responsabilidade de adequar esses jogos e
brincadeiras a qualquer tipo de criança, observando as suas limitações, dificuldades, entre outros.
“É o adulto, na figura do professor, portanto, que, na instituição infantil, ajuda a estruturar o campo
das brincadeiras na vida das crianças. Consequentemente é ele que organiza sua base estrutural,
por meio da oferta de determinados objetos, fantasias, brinquedos ou jogos, da delimitação e
arranjo dos espaços e do tempo para brincar. (RCNEI, 1998, vol. 1 pág. 28)
O brincar faz parte do processo de aprendizado das crianças desde o momento em que entram
na escola e durante o estágio percebi que a professora se preocupava em organizar os
“cantinhos” de diversas formas, com brinquedos, jogos, quebra-cabeça, brinquedos pedagógicos,
fantasias diversas (princesas, super-heróis, etc), e ao final, para que as crianças pudessem se
apropriar das experiências adquiridas nos cantinhos, por exemplo, às vezes montava um espaço
de apresentações, as crianças vestiam as fantasias, escolhiam os brinquedos e se apresentam
para a turma, contando uma história, ou como se fossem o personagem, entre outros.
A interação entre as crianças e a professora ficou muito evidente nestes momentos.
“O professor também pode brincar com as crianças, principalmente se elas o convidarem,
solicitando sua participação ou intervenção. (Brincadeira e Desenvolvimento Infantil: Um Olhar
Sociocultural Construtivista¹, pág. 177).

FOCO 2: Cuidar
A higiene das crianças é realizada antes e após as refeições, após a realização de atividades
com tintas, após o uso do banheiro, tais como: Lavar as mãos e escovar os dentes, decorrentes
de músicas que incentivam o ato e disciplina das crianças.
“O desenvolvimento integral depende dos cuidados relacionais, que envolvem a dimensão afetiva
e dos cuidados com os aspectos biológicos do corpo, como a qualidade da alimentação e dos
cuidados com a saúde, quanto da forma como esses cuidados são oferecidos e das
oportunidades de acesso e conhecimento variados”. (RCNEI, 1998, vol. 1, pág.24).
Os horários são sempre respeitados assim como as regras de comportamento que são cobradas
pelas professoras e auxiliares.
A rotina incentiva à autonomia das crianças e o respeito às regras, respeitando suas vontades e
limitações. Lembrando que as crianças se desenvolvem em momentos de imitações, os auxiliares
além de acompanhar, realizam as atividades juntamente com as crianças para que possam
aprender de forma adequada.
Nesse processo de aprendizado, as crianças são lembradas e incentivadas a darem continuidade
dos hábitos em sua rotina fora da escola. A professora elabora atividades que as crianças levam
pra casa como lição de casa, para que essa rotina seja realizada principalmente pela família.
A estrutura dos espaços disponíveis para a higiene e nutrição das crianças é compatível com
seus tamanhos e idades, tais como: lavatórios, vasos sanitários, mesas e cadeiras para as
refeições que são adaptados e facilitados para a realização das tarefas.
Percebi que na Educação Infantil, no geral, não utiliza por muito tempo seguido as mesas e
cadeiras, praticando o cuidado em utilizar mais o chão como rodas e outras formas de se
trabalhar os cantinhos.
A escolha do foco foi baseada na percepção de que a saúde e o bem-estar das crianças
contribuem para o desenvolvimento do aprendizado escolar e o professor é responsável por essa
contribuição.
A escola e os educadores são responsáveis pelos cuidados individuais de cada criança, zelar por
esses cuidados e mantê-las saudáveis estão integrados em seus direitos como crianças e
cidadãos.
“As capacidades de interação, porém, são também desenvolvidas quando as crianças podem ficar
sozinhas, quando elaboram suas descobertas e sentimentos e constroem um sentido de
propriedade para as ações e pensamentos já compartilhados com outras crianças e com os
adultos, o que vai potencializar novas interações. Nas situações de troca, podem desenvolver os
conhecimentos e recursos de que dispõem, confrontando-os e reformulando--os”. (RCNEI, 1998,
vol. 1 pág. 30)

V – CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estágio é o primeiro contato que o aluno-professor tem com seu futuro campo de atuação, é
onde ele vivência a realidade em sala de aula, procurando entendê-la fazendo uma leitura do
ambiente.
A formação do Professor se dá na troca de experiências e na prática da teoria, onde a teoria é
colocada em prática.
A teoria é a base que o professor tem para o ensino e aprendizagem, mas de nada serve se não
souber levar essa teoria na prática e essa prática só pode ser bem desenvolvida realizando-a no
dia-a-dia. O olhar sobre o ensino e as observações feitas nos leva a fazermos reflexões críticas,
criando nossa identidade como futuros professores.
A realização do estágio representou uma investigação da realidade, pude apropriar-se da prática
educativa pedagógica, vivenciar novas experiências, serviu para me preparar para mais uma
etapa da minha vida profissional, e pude perceber a diferença entre o meu trabalho de docente na
disciplina de Ensino Religioso com a de Pedagoga. Possibilitou compreender que a prática e a
teoria estão interligadas e indissociáveis, que o meio e a cultura influenciam no desenvolvimento
da criança.
A realização do estágio esteve pautada em todo o embasamento teórico visto até o momento, a
oportunidade de vivenciar a realidade escolar, além de reafirmar a minha escolha por está área,
apesar de muitas conquista, ainda tenho uma longa jornada a percorrer. Desta forma para
oferecer uma educação com qualidade e para obter novas conquistas se faz necessário que o
professor se torne um eterno aluno, pesquisando, atualizando, especializando.

VI – REFERENCIAS

BRASIL, RCNEI, 1998, volume 1


MELLO, L.; VALLE, E. O brinquedo e Brincar no Desenvolvimento Infantil. Psicologia Argumento,
Curitiba, V.23, nº 40, p.43 – 48, Janeiro/Março 2005.
QUEIROZ, Norma Lúcia Neris, MACIEL, Diva Albuquerque¹, BRANCO, Angela Uchôa,
Universidade Brasília Paideia, 2006, 16 (34), pág. 169-179, www.sielo.br, visualizada em
25.05.2018 às 20h30.

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