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As origens da RCC
Encontro de oração da Renovação Carismática, cenas como essas se tornaram bastante comuns nas
paróquias do Brasil.
É de fato trágico, se não cômico ver a Renovação Carismática falar sobre suas
origens em seus veículos oficias de comunicação, conta-se uma versão bem
romantizada sobre o tal "batismo no Espírito Santo" (uma blasfêmia enorme), um
avivamento da fé e o retorno dos jovens para as igrejas, contudo, e a verdadeira
origem? Por que a omitem? A RCC nasceu num seio protestante, católicos na
Filadélfia na década de 60 participando de reuniões de oração com protestantes
com um forte apelo pentecostal (não necessariamente eram de correntes
pentecostais, alguns eram da linhagem presbiteriana por exemplo, mas tinham
fortes características do pentecostalismo protestante). Católicos indo para
encontros de oração protestantes é uma violação clara ao Concílio de Laodicéia,
que estabeleceu que não se deve rezar com hereges ou cismáticos (Cânon 33).
Portanto, fica claro, a origem da RCC já é algo condenável, repudiável por si só,
independente do quanto o movimento lote paróquias, ora, se for assim, vamos
aderir a lógica maquiavélica de que os fins justificam os meios? Vamos trair Santo
Atanásio que disse que mesmo se os católicos forem reduzidos a um punhado,
serão eles a verdadeira Igreja de Cristo? A popularidade e a quantidade de
visualizações no story do grupozinho de oração se tornou mais relevante do que a
verdadeira doutrina?
Decidi fazer o parágrafo anterior num tamanho menor pois o atual de fato
tomaria muito tempo e seria consideravelmente mais longo, pois falar dos erros
da RCC por mais engraçado que pareça, não é algo fácil, é realmente um assunto
longo, pois são tantos que parece que estamos falando duma seita que seria
facilmente condenada pelo Santo Ofício na Idade Média (e de fato seria), enfim,
vamos enumera-los:
1 - O chamado batismo no Espírito Santo
Primeiramente, iniciamos dizendo sobre a principal ferramenta que difunda o
movimento carismático, portanto, o responsável por ele estar presente em mais
de 10.000 grupos pelo Brasil inteiro espalhado em várias paróquias. Essa
concepção é falsa pois contraria primeiramente as escrituras sagradas, como bem
dito no versículo 5, capítulo 4 do livro de Efésios: " Um só Senhor, uma só fé, um só
batismo", além do mais, de maneira velada, parece trazer uma concepção de falibilidade
para o Espírito Santo, pois se Nosso Senhor Jesus Cristo bem estabeleceu um único batismo
anteriormente, e teve total "apoio" do Espírito Santo (Porque óbvio, nenhuma pessoa da
Santíssima Trindade poderia entrar em conflito com Outra), evento esse narrado nos três
evangelhos sinóticos, onde Jesus é batizado por São João Batista e em seguida o Espírito
Santo desce ao lugar. Portanto, analisando as escrituras e a doutrina, consta-se que sim, de
fato existe um batismo no Espírito Santo, contudo, esse batismo já é antiguíssimo, muito
anterior à RCC, ora, é o próprio batismo por infusão que a Santa Igreja prega, negar esses
fatos é negar a própria doutrina da Igreja sobre o único batismo, é impossível para um
católico confessar dois batismos simultaneamente.
2 - Dom de línguas
Poderia eu me estender em outros pontos, como essa ideia de controle absurda que a RCC
tem sobre o Espírito Santo, como quando diz que terá "infusão" do Espírito Santo no horário
x no local y, sendo que obviamente o Espírito Santo não pode ser controlado pelos homens,
já que é Deus, porém, não irei me alongar em mais erros, acredito que os expostos acima já
são suficientes para provar que a doutrina da RCC de católica não tem nada.
"Sem dúvida, estes esforços não podem, de nenhum modo, ser aprovados pelos católicos,
pois eles se fundamentam na falsa opinião dos que julgam que quaisquer religiões são, mais
ou menos, boas e louváveis, pois, embora não de uma única maneira, elas alargam e
significam de modo igual aquele sentido ingênito e nativo em nós, pelo qual somos levados
para Deus e reconhecemos obsequiosamente o seu império.
Erram e estão enganados, portanto, os que possuem esta opinião: pervertendo o conceito
da verdadeira religião, eles repudiam-na e gradualmente inclinam-se para o chamado
Naturalismo e para o Ateísmo. Daí segue-se claramente que quem concorda com os que
pensam e empreendem tais coisas afasta-se inteiramente da religião divinamente revelada".
Vemos aqui uma condenação ao conceito ecumênico não próprio da Teologia da Libertação,
mas presente nele que é a bondade de todas as religiões, isso é falso, são fés
completamente falsas que podem levar bilhões de almas para o Inferno.
Bom, certamente o católico que tem acesso as informações passadas nesse artigo
fica no mínimo revoltado ao saber que os inimigos da Igreja estão tão perto que
estão infiltrados nela própria, logo então surge o questionamento: O que
devemos fazer? Por experiência própria, antes de morar na cidade que resido
hoje, antes eu morava em uma que não tinha nenhuma comunidade
tradicionalista que fosse, e todas as igrejas ou tinham a presença da RCC ou da TL,
portanto, o conselho que dou para qualquer católico é primeiramente a oração,
reze muito, e principalmente o rosário (nada de terço de misericórdia ou
mistérios luminosos, e sim o santo terço dado diretamente pela Virgem Maria
para São Domingos Gusmão), peça a intercessão das almas do purgatório, fique
longe de qualquer comunidade desses grupos e reze pedindo a intercessão das
almas do purgatório, que é uma das intercessões mais poderosas. Também se
prepara, qualifique-se e trabalhe, se tem condições tente visitar uma comunidade
tradicionalista que esteja próxima da sua moradia, e se Deus for bom contigo e
receber uma graça que permita uma possível mudança, seja aberto a ela, e vá. O
mundo hoje precisa de católicos dispostos a realmente fazer, e que estejam
abertos a graça, e não a moleques ou moças que apenas ficam atrás da internet
dentro do círculo de opiniões deles caluniando todos que são de fora, e o mesmo
vale também para os ditos católicos "tradicionalistas" da internet, que passam o
dia inteiro lendo milhares de livros, não rezam e criticam qualquer problema
modernista atual, claro que ler e criticar o modernismo é uma atitude correta,
mas sua vida se resumirá a isso? Enfim, conhecer a verdade vem com um preço
muito grande, requer abandonar muitas coisas e bastante sacrifício, e se
quisermos mudar isso, devemos começar por nós mesmos.
Oração final
São Pio X.
Bom, como se tornou costume, sempre peço aos leitores para orarem ao chegar
no final do texto, contudo, hoje farei algo diferente, em especial para os leitores
que tiverem vocação, peço que realizem o juramento anti-modernista, que apesar
de ter sido removido pelo papa Paulo VI, ainda pode ser feito individualmente.
Peço que medite nele e lembre-o no dia que for ordenado, para que faça a
vontade da Igreja sempre, e não de seus inimgos:
"Eu, N.N., firmemente abraço e aceito cada uma e todas as definições feitas e declaradas
pela autoridade inerrante da Igreja, especialmente estas verdades principais que são
diretamente opostas aos erros deste dia.
Antes de mais nada eu professo que Deus, a origem e fim de todas as coisas, pode ser
conhecido com certeza pela luz natural da razão a partir do mundo criado (Cf Rom. 1,90), ou
seja, dos trabalhos visíveis da Criação, como uma causa a partir de seus efeitos, e que,
portanto, Sua existência também pode ser demonstrada.
Segundo: eu aceito e reconheço as provas exteriores da revelação, ou seja, os atos divinos e
especialmente os milagres e profecias como os sinais mais seguros da origem divina da
Religião cristã e considero estas mesmas provas bem adaptadas à compreensão de todas as
eras e de todos os homens, até mesmo os de agora.
Terceiro: eu acredito com fé igualmente firme que a Igreja, guardiã e mestra da Palavra
Revelada, foi instituída pessoalmente pelo Cristo histórico e real quando Ele viveu entre nós,
e que a Igreja foi construída sobre Pedro, o príncipe da hierarquia apostólica, e seus
sucessores pela duração dos tempos.
Quarto: eu sinceramente mantenho que a Doutrina da Fé nos foi trazida desde os Apóstolos
pelos Padres ortodoxos com exatamente o mesmo significado e sempre com o mesmo
propósito. Assim sendo, eu rejeito inteiramente a falsa representação herética de que os
dogmas evoluem e se modificam de um significado para outro diferente do que a Igreja
antes manteve. Condeno também todo erro segundo o qual, no lugar do divino Depósito
que foi confiado à esposa de Cristo para que ela o guardasse, há apenas uma invenção
filosófica ou produto de consciência humana que foi gradualmente desenvolvida pelo
esforço humano e continuará a se desenvolver indefinidamente.
Quinto: eu mantenho com certeza e confesso sinceramente que a Fé não é um sentimento
cego de religião que se alevanta das profundezas do subconsciente pelo impulso do coração
e pela moção da vontade treinada para a moralidade, mas um genuíno assentimento da
inteligência com a Verdade recebida oralmente de uma fonte externa. Por este
assentimento, devido à autoridade do Deus supremamente verdadeiro, acreditamos ser
Verdade o que foi revelado e atestado por um Deus pessoal, nosso Criador e Senhor.
Além disso, com a devida reverência, eu me submeto e adiro com todo o meu coração às
condenações, declarações e todas as proibições contidas na encíclica Pascendi e no decreto
Lamentabili, especialmente as que dizem respeito ao que é conhecido como a história dos
dogmas.
Também rejeito o erro daqueles que dizem que a Fé mantida pela Igreja pode contradizer a
história, e que os dogmas católicos, no sentido em que são agora entendidos, são
irreconciliáveis com uma visão mais realista das origens da Religião cristã.
Também condeno e rejeito a opinião dos que dizem que um cristão erudito assume uma
dupla personalidade – a de um crente e ao mesmo tempo a de um historiador, como se
fosse permissível a um historiador manter coisas que contradizem a Fé do crente, ou
estabelecer premissas que, desde que não haja negação direta dos dogmas, levariam à
conclusão de que os dogmas são falsos ou duvidosos.
Do mesmo modo, eu rejeito o método de julgar e interpretar a Sagrada Escritura que,
afastando-se da Tradição da Igreja, da analogia da Fé e das normas da Sé Apostólica, abraça
as falsas representações dos racionalistas e sem prudência ou restrição adota a crítica
textual como norma única e suprema.
Além disso, eu rejeito a opinião dos que mantém que um professor ensinando ou
escrevendo sobre um assunto histórico-teológico deve antes colocar de lado qualquer
opinião preconcebida sobre a origem sobrenatural da Tradição católica ou a promessa
divina de ajudar a preservar para sempre toda a Verdade Revelada; e que ele deveria então
interpretar os escritos dos Padres apenas por princípios científicos, excluindo toda
autoridade sagrada, e com a mesma liberdade de julgamento que é comum na investigação
de todos os documentos históricos profanos.
Finalmente, declaro que sou completamente oposto ao erro dos modernistas, que mantém
nada haver de divino na Tradição sagrada; ou, o que é muito pior, dizer que há, mas em um
sentido panteísta, com o resultado de nada restar a não ser este fato simples – a colocar no
mesmo plano com os fatos comuns da história – o fato, precisamente, de que um grupo de
homens, por seu próprio trabalho, talento e qualidades continuaram ao longo dos tempos
subsequentes uma escola iniciada por Cristo e por Seus Apóstolos.
Prometo que manterei todos estes artigos fielmente, inteiramente e sinceramente e os
guardarei invioladas, sem me desviar em nenhuma maneira por palavras ou por escrito. Isto
eu prometo, assim eu juro, para isso Deus me ajude, e os Santos Evangelhos de Deus que
agora toco com minha mão".