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ConJur - Perda Do Direito de Propriedade Ao Imóvel Que Servia Como Residência Familiar
ConJur - Perda Do Direito de Propriedade Ao Imóvel Que Servia Como Residência Familiar
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ARTIGO NOVO
Em outras palavras, prevê a nova disposição do Código Civil que aquele que
deixar o imóvel que servia de residência à família após dois anos perderá o
direito de propriedade sobre o bem em favor do outro que permaneceu no
imóvel, desde que não tenha contra a circunstância se insurgido e que o bem
seja urbano, tenha menos de 250m2 e seja o único da parte que nele
continuou a residir com exclusividade.
https://www.conjur.com.br/2011-jul-12/perda-direito-propriedade-imovel-servia-residencia-familiar 1/4
15/09/2018 ConJur - Perda do Direito de propriedade ao imóvel que servia como residência familiar
Por fim, mostra-se importante registrar que, sob o prisma das correntes
mais atuais do direito de família, igualmente a norma não é bem-vinda.
https://www.conjur.com.br/2011-jul-12/perda-direito-propriedade-imovel-servia-residencia-familiar 2/4
15/09/2018 ConJur - Perda do Direito de propriedade ao imóvel que servia como residência familiar
COMENTÁRIOS DE LEITORES
4 comentários
Quem realmente tiver interesse no imóvel comum não poderá mais deixar para tomar
providências quando bem entender. Creio, também, que com o a criação desta nova
modalidade de usucapião as pendências ao fim do casamento terão dia certo para acabar,
ou seja, dois anos. Ao fim de algum tempo da disseminação deste direito, com certeza,
será aumentada a sensação de segurança jurídica. O legislador foi sensível ao atacar uma
eterna fonte de conflito.
Essa lei combinada com a Lei Maria da Penha vai dar origem a uma indústria de pedidos
de medidas protetivas para que a mulher fique com a residência do casal.
.
É o estímulo oficial para a cada vez maior formação de famílias chefiadas apenas por
mulheres, uma vez que a "casa", assim entendida como espaço de convivência da família,
fica sujeita a ser uma forma de recompensa por colocar o marido para fora do lar e
afastá-lo dos filhos.
.
Cresce cada vez mais o número de acusações falsas de agressão, ameaça ou violência
doméstica como atalho para obter a separação de corpos nos Juizados de Violência
Doméstica e Familiar, como forma de manter a mulher na posse dos bens, da residência
do casal e com a guarda dos filhos.
.
É um conjunto normativo de desestruturação familiar no atacado que não tem outra
lógica senão de facilitar e promover a desagregação das famílias.
.
Essa medida não tem uma repercussão meramente na esfera patrimonial, mas
principalmente psicológica, pois se em dois anos não houver oposição do marido ou
companheiro, ou até mesmo havendo, este poderá perder a propriedade do imóvel.
.
A questão patrimonial é um ponto muito importante sempre considerado pela mulher
que deseja se separar.
.
Quando o relacionamento está desgastado e ela pensa que não tem o que perder, não há
mais nenhuma razão para manter a união. Imagine se ela sai ganhando nessa história,
pois não precisa mais do sujeito para ter uma casa para morar.
.
Não vemos o Estado promovendo o casamento estável e a reconciliação das famílias,
vemos o Estado promovendo a destruição das famílias.
.
Além, é claro, das novas configurações exóticas de pseudo famílias.
É realmente preocupante como a propriedade foi tratada pelo legislador, nesse caso. Já
não discutíamos a culpa, culpa esta que não impede nem mesmo o culpado de receber
alimentos em caso de necessidade, caso não tenha parentes em condição de alimentá-lo,
nem aptidão para o trabalho (art. 1.704, p. único do CCB), como poderia então perder a
propriedade?
Acho que temos muito a discutir.
Mônica Castro
https://www.conjur.com.br/2011-jul-12/perda-direito-propriedade-imovel-servia-residencia-familiar 3/4
15/09/2018 ConJur - Perda do Direito de propriedade ao imóvel que servia como residência familiar
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