Você está na página 1de 5

"O Círculo de Viena surgiu por uma necessidade de fundamentar a ciência a partir das

concepções ou acepções que a Filosofia da Ciência ganhou no século XIX. Até então, a filosofia
era vinculada à Teoria do Conhecimento, mas, a partir de Hegel, este vínculo se desfez.

O Círculo de Viena era composto por cientistas que, apesar de atuarem em várias áreas como
física, economia, etc., buscaram resolver problemas de fundamento da ciência, problemas
estes levantados a partir do descontentamento com os neokantianos (seguidores de Kant) e os
fenomenólogos (seguidores de Hegel).

Schlick, por exemplo, tentou mostrar o vazio dos enunciados sintéticos a priori, de Kant. E por
duas vias:

- Se os enunciados têm uma verdade lógica, então eles são analíticos e não sintéticos;

- Se a verdade dos enunciados depende de um conteúdo factual, eles são, portanto, a


posteriori e não a priori.

Dessa maneira, Schlick (juntamente com seus companheiros) tentou formular um critério de
cientificidade que pudesse ou que tivesse uma correspondência com a Natureza. Por isso, o
Círculo de Viena adotou uma forma de empirismo indutivista que se utiliza de instrumentos
analíticos como a lógica e a matemática para auxiliar na formação dos enunciados científicos.

"

Veja mais sobre "O Círculo de Viena e o início da Filosofia Contemporânea da Ciência." em:
https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/o-circulo-viena-inicio-filosofia-contemporanea-
ciencia.htm

"Tal critério seria, então, o de verificabilidade. Para os pesquisadores do Círculo de Viena os


enunciados científicos deveriam ter uma comprovação ou verificação baseada na observação
ou experimentação. Isto era feito indutivamente, ou seja, estabeleciam-se enunciados
universais (pois a ciência tem pretensão de universalidade) a partir da observação de casos
particulares.

O resultado do estabelecimento deste critério surgiu também a partir da concepção de


linguagem de Wittgestein que os membros do Círculo de Viena utilizaram. Para ele, o mundo
era composto de “fatos” atômicos associados e, assim, expressariam sua realidade. Daí os
enunciados gerais poderem ser decompostos em enunciados elementares referentes ou
congruentes à Natureza, o que exclui os enunciados metafísicos do processo de conhecimento.
Portanto, a indução foi o método utilizado porque, além de proceder experimentalmente,
proporcionava um caráter de regularidade que permitia que se emitissem juízos universais.
Isto também atesta o caráter antimetafisico do Círculo de Viena, bem como afirma o
procedimento de observação.

"

Veja mais sobre "O Círculo de Viena e o início da Filosofia Contemporânea da Ciência." em:
https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/o-circulo-viena-inicio-filosofia-contemporanea-
ciencia.htm

O Círculo de Viena (em alemão Wiener Kreis) foi o nome como ficou conhecido um grupo
de filósofos que se juntou informalmente na Universidade de Viena de 1922 a 1936 com a
coordenação de Moritz Schlick. Também foi chamado de “Sociedade Ernst Mach” (Verein
Ernst Mach) em homenagem a Ernst Mach (Stanford Encyclopedia of Philosophy). Em
reuniões semanais procuravam reconceitualizar o Empirismo a partir das novas
descobertas científicas e demonstrar as falsidades da Metafísica. Suas atividades cessam
quando Schlick é assassinado por um fanático nazista em 1936.
Seu sistema filosófico ficou conhecido como o "Positivismo Lógico" ou ainda Empirismo
Lógico ou Neopositivismo. Os membros do Círculo de Viena tinham uma visão comum da
filosofia, que consistia na aplicação das postulações de Ludwig Wittgenstein, expostas em
seu Tractatus Logico-Philosophicus, embora Wittgenstein insistisse que o positivismo
lógico fosse uma visão errada sobre seus escritos (Wittgenstein & The Vienna Circle.
Wiley-Blackwell,1984). A influência do Círculo de Viena na Filosofia do século XX foi
imensa. O Círculo de Viena surgiu por uma necessidade de fundamentar a ciência a partir
das concepções ou acepções que a Filosofia da Ciência ganhou no século XIX. Até então,
a filosofia era vinculada à Teoria do Conhecimento, mas, a partir de Hegel, este vínculo se
desfez.
O Círculo de Viena era composto por cientistas que, apesar de atuarem em várias áreas
como física, economia, etc., buscaram resolver problemas de fundamento da ciência,
problemas estes levantados a partir do descontentamento com os neokantianos
(seguidores de Kant) e os fenomenólogos (seguidores de Hegel). Schlick, por exemplo,
tentou mostrar o vazio dos enunciados sintéticos a priori, de Kant. E por duas vias:
- Se os enunciados têm uma verdade lógica, então eles são analíticos e não sintéticos; -
Se a verdade dos enunciados depende de um conteúdo factual, eles são, portanto,
a posteriori e não a priori.
Dessa maneira, Schlick (juntamente com seus companheiros) tentou formular um critério
de cientificidade que pudesse ou que tivesse uma correspondência com a Natureza. Por
isso, o Círculo de Viena adotou uma forma de empirismo indutivista que se utiliza de
instrumentos analíticos como a lógica e a matemática para auxiliar na formação dos
enunciados científicos. Tal critério seria, então, o de verificabilidade. Para os
pesquisadores do Círculo de Viena os enunciados científicos deveriam ter uma
comprovação ou verificação baseada na observação ou experimentação. Isto era feito
indutivamente, ou seja, estabeleciam-se enunciados universais (pois a ciência tem
pretensão de universalidade) a partir da observação de casos particulares.
O resultado do estabelecimento deste critério surgiu também a partir da concepção de
linguagem de Wittgestein que os membros do Círculo de Viena utilizaram. Para ele, o
mundo era composto de “fatos” atômicos associados e, assim, expressariam sua
realidade. Daí os enunciados gerais poderem ser decompostos em enunciados
elementares referentes ou congruentes à Natureza, o que exclui os enunciados
metafísicos do processo de conhecimento. Portanto, a indução foi o método utilizado
porque, além de proceder experimentalmente, proporcionava um caráter de regularidade
que permitia que se emitissem juízos universais. Isto também atesta o caráter anti-
metafisico do Círculo de Viena, bem como afirma o procedimento de observação.

O Círculo de Viena foi um importante movimento intelectual que


surgiu em 1920, depois da nomeação de Moritz Schlick como
Professor de Filosofia da Ciência, e reuniu pensadores de
diversas áreas do conhecimento. Esses pensadores formularam
o princípio de verificabilidade e baseavam-se em uma noção de
Filosofia estreitamente relacionada com a ciência.
Vejamos dezessete pontos fundamentais sobre o Círculo de
Viena:
1) O Círculo de Viena foi formado na década de 1920 depois da
nomeação de Moritz Schlick para Professor de Filosofia da
Ciência em Viena.
2) Entre os estudiosos do Círculo de Viena, estavam o físico
alemão Moritz Schlick (1882-1936), os matemáticos
alemães Hans Hahn (1979-1934) e Rudolf Carnap (1891-1970)
e o sociólogo e economista austríaco Otto Neurath (1882-1945).
3) As reflexões desse grupo de estudiosos versavam a respeito
da importância da lógica, linguagem, matemática e física teórica
na construção de teorias científicas.
4) O Círculo escreveu um manifesto, em 1929, motivado pela
discussão promovida em um congresso em Praga. O manifesto,
redigido por Schlick, Hahn e Neurath, atacava a metafísica como
ultrapassada.
5) As pesquisas desenvolvidas pelos pensadores do Círculo de
Viena eram divulgadas na revista Erkenntnis, fundada em 1930
e dirigida por Carnap e Hans Reichenbach.
6) Os interesses intelectuais do grupo partiam do positivismo
de Ernst Mach e Auguste Comte, da lógica
de Russell, Whitehead, Peano e Frege e de teorias físicas,
principalmente as de Einstein. A partir da leitura da obra
fundamental de Wittgenstein, o Tractatus Logico-Phylosophicus,
o grupo enveredou pelo desenvolvimento de uma lógica
incorporada a uma verificação empírica dos fundamentos do
conhecimento.
7) O Círculo de Viena pertencia a um movimento intelectual
conhecido como neopositivismo, também chamado
de positivismo lógico e empirismo lógico. Segundo esse
movimento, era preciso retomar o ideal clássico e partir da base
empírica para se construir uma teoria do conhecimento.
8) O projeto neopositivista do Círculo de Viena encontra-se nas
seguintes linhas de Schlick em “O fundamento do conhecimento”:
“As proposições fatuais são, pois, o fundamento de todo saber,
mesmo que elas precisem ser abandonadas no momento de
transição para afirmações gerais. Estas proposições estão no
início da ciência. O conhecimento começa com a constatação
dos fatos” (p. 46)¹.
9) Pela interpretação do trecho acima de Schlick, entendemos
que o conhecimento parte de proposições fatuais. Em outras
palavras, o conhecimento deve partir de uma observação dos
fatos. Aquilo que não pode ser verificado é considerado
desprovido de sentido, como a afirmação “A alma é imortal” e
outras de ordem metafísica, religiosa e estética. Nisso consiste o
princípio de verificabilidade.
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

10) O positivismo lógico dos pensadores do Círculo de Viena


postulava que, para uma teoria ser considerada “ciência”, ela
deveria ser unificada em linguagem e fatos que a
fundamentassem. As proposições científicas, assim, são apenas
aquelas que se referem à experiência e podem ser verificadas.
11) O papel da Filosofia seria interpretar as proposições
científicas – ou seja, a Filosofia deveria ser uma “Filosofia da
Ciência”, que, inclinada para a objetividade e mediada por uma
linguagem provida de sentido, encerraria os debates metafísicos
e a atenção a proposições não passíveis de verificação.
12) Isso (a interpretação das proposições científicas) está de
acordo com o pensamento de Ludwig Wittgenstein em
suas Investigações Filosóficas (1975, p. 112)²: "Qual o seu
objetivo em filosofia? - Mostrar à mosca a saída do vidro."
13) Podemos perceber que, para os pensadores do Círculo de
Viena, só é possível conhecer o sentido de uma proposição se for
possível determinar se ela é verdadeira ou falsa, e isso só é
possível se ela for verificável. Aquelas proposições que não
podem ser verificadas também não têm significação. É o que
diferencia afirmações como “Existe petróleo em Marte” e “Depois
da morte, as almas evoluídas habitam em Marte”.
14) Assim como os relatórios protocolares de uma experiência
laboratorial, há proposições que são feitas a partir da experiência
e expressam um fato. A essas proposições, os pensadores do
Círculo de Viena referiam-se como “proposições de base”.
15) As proposições de base descrevem casos particulares de
fenômenos observáveis, como enviar uma nave até Marte para
investigar se há petróleo.
16) A partir de um número considerável de proposições de base
encadeadas logicamente e aplicando o método indutivo, é
possível estabelecer uma teoria científica, ou seja, uma
proposição geral.
17) A ascensão do nazismo repercutiu na formação do Círculo de
Viena: Carnap e outros membros mudaram-se para os Estados
Unidos; Hahn, Neurath e Schlick morreram, esse último
assassinado por um aluno. Mesmo com o fim do Círculo em
1939, as teorias desses pensadores ainda são discutidas. Entre
os pensadores que apresentaram contestações às teses do
Círculo de Viena, destaca-se Karl Popper.
O que o Círculo de Viena?
7) O Círculo de Viena pertencia a um movimento intelectual conhecido como
neopositivismo, também chamado de positivismo lógico e empirismo lógico.
Segundo esse movimento, era preciso retomar o ideal clássico e partir da base
empírica para se construir uma teoria do conhecimento.

Quando surgiu o Círculo de Viena e qual foi seu pensamento?


O Círculo de Viena surgiu nas duas primeiras décadas do século XX, sendo
responsável pela criação de uma corrente de pensamento intitulada
positivismo lógico. Este movimento surgiu na Áustria, como reação à filosofia
idealista e especulativa que prevalecia nas universidades alemãs.

Você também pode gostar