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APRESENTAÇÃO

Apostila

TREINAMENTO MARRUÁ EURO III

Instrutor
Márcio Souza

2016
TREINAMENTO MARRUÁ EURO III .............................................................................................................................................. 1

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Marruá

SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................................................... 3
OBJETIVOS PRINCIPAIS: ...................................................................................................................................................................... 4
INTRODUÇÃO: ........................................................................................................................................................................................ 4
1. CONHECENDO AS VIATURAS: ........................................................................................................................................................ 5
1.1 MODELOS : ....................................................................................................................................................................................... 5
1.2 IDENTIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS .................................................................................................................................................. 8
1.3 MANUAL DO PROPRIETÁRIO ........................................................................................................................................................ 8
1.4 FERRAMENTAS DA VIATURA: ....................................................................................................................................................... 9
1.5 ESTEPE .......................................................................................................................................................................................... 10
2 PROCEDIMENTOS DIÁRIOS DE INSPEÇÃO DE VIATURAS ........................................................................................................ 11
3 PRESSÃO NA SANEFA ................................................................................................................................................................... 16
4 SUSPENSÃO ...................................................................................................................................................................................... 17
5. TRANSMISSÃO ................................................................................................................................................................................. 19
5.3 RODA LIVRE .................................................................................................................................................................................. 20
6. PNEUS ............................................................................................................................................................................................... 22
6.3 TABELA DE DESEMPENHO .......................................................................................................................................................... 24
7 EIXOS.................................................................................................................................................................................................. 26
9 FREIO.................................................................................................................................................................................................. 27
10. CONCEITOS BÁSICOS DE ELETRICIDADE ................................................................................................................................. 31
11. REVISÃO : ....................................................................................................................................................................................... 50
8. ELÉTRICA.......................................................................................................................................................................................... 58
13. MECÂNICA ...................................................................................................................................................................................... 65
14. SISTEMA DE INJEÇÃO ELETRÔNICA .......................................................................................................................................... 67
15. FERRAMENTA DE DIAGNÓSTICO VISION .................................................................................................................................. 77
26 CONTATO ASSISTÊNCIA TÉCNICA ............................................................................................................................................... 97

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APRESENTAÇÃO

Este material é de uso do Centro de Treinamento Agrale e destina-se a transmitir


informações importantes para otimizar a atuação das equipes de técnicos da rede de
Concessionárias e clientes capacitados a realizar manutenções nos produtos Agrale.

O material foi elaborado para facilitar e instruir os técnicos nos referentes conteúdos
abordados. Porém o mesmo não esgota o tema, para um possível complemento de
informações técnicas adicionais e atualizadas, as mesmas podem ser visualizadas na
Extranet Agrale no menu Assistência Técnica.

As imagens apresentadas são meramente ilustrativas e de cunho didático, sendo que a


Agrale reserva-se o direito de, a qualquer momento, realizar alterações nos conteúdos
descritos sem aviso prévio.

Centro de Treinamento Agrale


Caxias do Sul, 2019.

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Marruá

OBJETIVOS PRINCIPAIS:

Capacitar o Exército Brasileiro para obtenção de conhecimentos básicos sobre operação e


manutenção (corretiva e preventiva) da viatura Agrale Marruá, visando permitir a tomada
de decisão sobre a condição de utilização da viatura; Proporcionar o aumento da
disponibilidade, confiabilidade e do ciclo de vida das viatura Agrale.

INTRODUÇÃO:

O Marruá é uma viatura militar para transporte de pessoal e/ou carga com capacidade
para 750 kg (AM21) em qualquer terreno, mais reboque militar de 750 kg. Atende o
Requisito Operacional Básico (R.O.B.) nº 08/95 VTNE ¾ tonelada, 4x4, categoria 1.

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1. CONHECENDO AS VIATURAS:

AM = AGRALE MARRUÁ

Final 0 ( par ) = Euro II

Final 1 ( impar ) = Euro III

Exemplos : AM20 = Euro II / AM21 = Euro III.

1.1 MODELOS :

AM 10 = Transporte de tripulantes, Euro II.

AM 10 REC = Viatura de reconhecimento, transporte de tripulantes e carga, Euro II.

AM 11 = Transporte de tripulantes, Euro III.

AM 11REC = Viatura de reconhecimento,transporte de tripulantes e carga, Euro III

Viatura de reconhecimento capacidade de carga 750kg ,com opção de reparo para


metralhadora com 360º de giro. PBT- 3.500kg

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Marruá

AM 20 , AM 21 – VTNE ¾ - CARGO

Viatura para transporte de tripulantes ou carga de


750kg, com capota removível e carroceria metálica
com teto de vinil. PBT – 3.500kg

AM 22/23 CC/CD

Viatura para transporte de tripulantes ou carga de


1.275kg, carroceria metálica

AM 23 VTNE

Viatura para transporte de tripulantes ou carga de


800kg com carroceria metálica, e cabine com teto
rígido. PBT – 4.000kg

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AM 31 – VTNE 1½ Ton

Viatura para transporte de tripulantes ou carga de 1500kg, carroceria metálica e cabine


com teto rígido. Motor Cummis 150cv, Caixa de transferência de dupla velocidade
(reduzida). PBT – 5.300kg

AM41 - VTNE 2½ Ton

Viatura para transporte de tripulantes ou carga de 2500kg, carroceria metálica, e


cabine com estrutura tubular de segurança, Motor Maxxforce 4.8 165cv, PBT – 9.500kg.

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1.2 IDENTIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS

Número de Série do chassi:

Este número está gravado na longarina direita do chassi, próximo à barra longitudinal.

Plaqueta de Identificação do veículo:

A plaqueta localiza-se no lado esquerdo do carro próximo à base do assento do motorista.


Nela consta informações de carga do veiculo.

Número de série do motor:

O número de série do motor encontra-se na plaqueta fixada sobre o coletor de admissão.


Esta plaqueta também contém informações técnicas importantes, de especificações e de
ajuste, como folga de válvulas, ponto de injeção, etc.

1.3 MANUAL DO PROPRIETÁRIO

Nele consta o Termo de Garantia contendo prazo de validade, abrangências, condições


para a vigência da garantia, limitações, extinção, generalidades e características técnicas
do produto.

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1.4 FERRAMENTAS DA VIATURA:

Localizadas atrás dos assentos:

Chave de rodas

Triângulo de sinalização
D
Macaco Hidráulico (5 toneladas)

Haste do macaco

Manivela do estepe (AM21 e AM23).

Funil para o reservatório auxiliar (A)


Corrente para Morteiro (B)

Kit ferramentas 1º escalão (C),


localizado junto à caixa de
ferramentas (D).

C
A

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Marruá

Correntes de tração (AM21 e AM23)


junto à caixa de ferramentas

1.5 ESTEPE

(AM21): O estepe é fixado ao chassi na


parte traseira da viatura.

Para removê-lo proceda da seguinte forma:

a) Retire a trava de segurança (1) e puxe a


alavanca para trás.
1
b) Engate a manivela (2) e gire-a no sentido anti-horário até
o estepe encostar no chão.

c) Desengate o suporte (3) sob o aro da


roda, liberando-a para montagem.

d) Monte a roda sobressalente e instale a


roda removida no lugar do estepe procedendo de maneira inversa.

Observação:
Ao recolocar a roda, recolha o elevador até o limite máximo, após, retorne ¼ de volta na
manivela e empurre a trava oscilando lateralmente de maneira que facilite o engate da
trava com a guia de segurança. Jamais bater na trava pois poderá empenar a barra da
tranca final.
Para testar o engate real da trava, girar a manivela em sentido anti-horário algumas voltas
de maneira que a roda que está sustentada pelo cabo de aço, desça em torno de 15 a 20
cm. Deverá ficar apoiada pela trava de segurança.

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Girar novamente a manivela de maneira a deixar o estepe preso contra o assoalho
superior. ( Não aplicar muita força á manivela no final, não existe necessidade para isso ).

2 3

2 PROCEDIMENTOS DIÁRIOS DE INSPEÇÃO DE VIATURAS

• Veirificar o nível do óleo do motor e do sistema de arrefecimento

• Drenar filtro do combustivel por meio da válvula decantadora;

• Verificar fluidos de embreagem e freios

• Completar o tanque ao final de cada jornada, a fim de evitar formação de água.

(conforme recomendações Petrobrás );

• Calibrar os pneus ( conforme manual / terreno e ou condições de utilização )

• Verificar funcionamento dos comandos e instrumentos.

• Verificar sistema elétrico e funcionamento da iluminação externa;

• Acionar o motor por alguns minutos diariamente para evitar desgaste por
ociosidade

( Ligar somente ignição, aguardar a bomba de combustível temporizar e somente


após, realizar a partida. Manter a viatura ligada entre 10 a 15 minutos sem aplicar
aceleração).

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2.1 SENSOR DE ÁGUA NO DIESEL

Deve-se realizar a sangria do sistema diariamente, com o intuito de impedir que aguá e
outros componentes residuais possam chegar a bomba e bicos injetores danificando-os
seriamente. Deverá ser aberta a sangria até que comece a sair o diesel;
Cuidar com o aperto da sangria pois o mesmo sendo um componente de plástico, poderá
quebrar caso receba um torque elevado.

2.2 DURANTE DESLOCAMENTOS

• Realizar teste de eficiência do freio de estacionamento

( procedimento para regulagem ítem 5.4)

• Manter atenção ao painel ( pressão de óleo, temperatura, etc...)

• Informar qualquer som ou movimento incomum na viatura ao encarregado da


matutenção quando possível;

2.3 APÓS DESLOCAMENTOS

• Inspecionar acessórios do motor ( correia, fluídos )

• Inspecionar pneus ( cortes, desgaste iregular ) e suspensão ( folgas )

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2.4 APÓS TRANSPOSIÇÃO DE ÁGUA OU LAMA

• Substituição de óleos dos diferenciais dianteiro/traseiro

• Retirar e realizar a limpeza das rodas livres

• Retirar e realizar a limpeza dos tambores traseiros, após, regular freio conforme
manual

Conjunto Capacidade Lubrificação


recomendada
Caixa de câmbio 3,5 litros API GL3/4 SAE 80W90
2305 A/C 40,120

Motor 8,0 carter 0,5 filtro 10, 6 meses API CI-4 SAE 15W/40
Caixa de 0,6 litros API GL 5 EP SAE 85W140
transferência 40

EIXOS DE Dianteiro: 1,8 litros API GL 5 EP SAE 85W140


TRAÇÃO 10,30
(DIANTEIRO E Traseiro: 3,8 litros SAE 85W140
TRASEIRO 10,20,30 MULTIGEAR LS
(E.TRAS.)
Graxas para Conforme necessário Graxa a base de complexo
buchas, rolamentos de lítio com propriedades
e pontos de de extrema pressão, grau
lubrificação NGLI II. Ponto para gota:
acima de 260 °C
Sistema de direção 1,2 litros Texamatic 704 SE
hidráulica

Fluído para freio e Freio: 1 litro DOT 4


embreagem Embreagem: 0,28 litros

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2.5 CUIDADOS COM TEMPERATURAS ABAIXO DE 0° GRAU C

A – óleo motor: Multiviscoso SAE 15 W40, Normalmente atende a todas as situações e


exigências, temperatura muito baixa pode ser necessário utilizar um óleo com menor
viscosidade.
B – arrefecimento: Utilizar aditivo conforme manual do proprietário.
” Na falta deste por motivo maior, drenar a água do radiador ao final de cada jornada e
adicionar 10% de álcool para substituir o aditivo”.

Inverno rigoroso Havoline XLC, 50% e clima ameno Havoline XLI GREEN, 10%.

C – óleo combustível: Nestas condições de clima normalmente o combustível esta


aditivado para evitar a formação da parafina que obstrui filtros e tubulações.

” Na falta do aditivo misturar 10% de querosene puro junto ao óleo diesel ”.

IMPORTANTE: Ao constatar a parafina ou que o sistema de alimentação contém ar , não


insistir na partida. A bomba injetora poderá sofrer danos irreversíveis

Ação: Substituir o filtro do combustível , providenciar aditivo ou querosene e sangrar o


sistema.

2.6 LOCALIZAÇÃO DOS FILTROS

1- Filtro de ar: localizado junto ao cofre do motor,


acima do pára- lama LD, nele estão localizados o
elemento primário e secundário. Substituir sempre
que ligar a lâmpada do painel ou conforme tempo
estipulado no manual.

2- Filtro de combustível: localizado junto ao chassi,


próximo ao feixe de molas traseiro LE (AM21) e
próximo à mola traseira LD (AM11). Trocar a cada
10.000 km ou 12 meses, o que ocorrer primeiro e é
indispensável o uso de peças originais.

3- Filtro do óleo do motor: localizado na lateral direita do motor, próximo ao turbo. Trocar
óleo e filtro a cada 10.000 km ou 12 meses, o que ocorrer primeiro.

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2.7 SNORKEL – TOMADA CAPTADOR DE AR

O Snorkel é fixado no filtro de ar localizado ao lado


direito do veiculo.

O Cj. Snorkel não é vedado para imersão em água. Sua


principal função é aspirar ar mais puro com menos
partículas de poeira, assim localizando-se na parte
superior. A passagem A Vau foi desenhada para
ultrapassar vau de ( no máximo ) até 600 mm.

2.8 FILTRO DE AR

O elemento secundário não admite limpeza: deve ser trocado a cada 3 trocas do elemento
primário ou anualmente - o que ocorrer primeiro.

2.9 FILTRO ÓLEO MOTOR

Importante ser um componente GENUINO para que


contenha as características necessárias para o
funcionamento correto do motor e seus componentes:

Válvulas internas.

Válvula by-pass.

Válvula Anti-retorno.

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3 PRESSÃO NA SANEFA

Para- Brisa e Limpadores Basculante.

Atentar para os modelos Euro III que possuem um interruptor que está localizado a
esquerda do painel. O mesmo possui a função de desabilitar o funcionamento do limpador
quando o basculamento do para-brisa for realizado.

Cardãn

Se necessitar rebocar o veículo por


problema ocasionado na caixa de cambio:

Desconectar cardans, eixo traseiro e


dianteiro

No caso do componente avariado ser o


diferencial :

Remover os semi- eixos (“pontas de eixo”).

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4 SUSPENSÃO

Especificações :

Amortecedores telescópicos de dupla ação e


molas helicoidais / Semi – elíptica.

Barras oscilantes longitudinais de perfil em aço


estrutural de alta resistência com buchas de alta
impacto.Barra estabilizadora transversal de

altarigidez – Tipo Panhard.

Suspensão dianteira Curso de 250 mm Suspensão traseira Curso de 250 mm

4.1 BUCHAS DE ALTO IMPACTO


Buchas não originais podem apresentar desgastes prematuros. Se a folga for localizada
na buchas:

Buchas barra panhard = causará vibração ( chime )

Buchas barra longitudinal = diferença lados, geometria, caster (giro do


eixo).durante frenagens a viatura poderá apresentar trancos sucessivos;

Amortecedor de direção dupla ação = sem pressão de atuação, o amostecedor poderá


causar vibração na direção sob risco de perder a dirigibilidade da viatura.

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3
5

6 4

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8

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00
54
1054
0000
5400
5400
0000
0007
18 0060
00
07
5. TRANSMISSÃO

5.1 CAIXA DE TRANFERÊNCIA 4X4

Informações técnicas

Fabricante: Agrale
Relação de transferência: 1:1
Volume de óleo: 0,6 litros
Especificação de óleo: SAE 85W140
Período de troca: a cada 40.000 km

5.2 UTILIZAÇÃO TRAÇÃO 4X4

A tração dianteira deve ser utilizada sempre e somente que as condições o exigirem, ou
seja, em condições de lama, areia, rampas íngremes, etc.

O sistema 4X4 não deve ser acionado em movimento

Caso ao ser aplicada a alavanca o sistema não engatar, movimentar a viatura suavemente
para frente e para trás com o intuito de movimentar as engrenagens internas à caixa e
facilitar o acoplamento das engregens retas do sistema.

(engrenagens retas resulta em uma maior capaciadade de resistência e torque sobre as


mesmas)

A tração não deve ser aplicada para velocidades acima de


80 km/h.

Não use a tração em terreno firme e plano, evitando


desgaste desnecessário dos componentes do eixo e
transmissão, além do aumento do consumo de combustível.

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Engrenamento / desengrenamento da tração

Engate

Com a viatura parada, gire manualmente as tampas dos


cubos do mecanismo da roda livre no sentido horário,lado
direito dianteiro e esquerdo dianteiro ou seja, passando
da posição “4x2” para a posição “4x4”, desloque a
alavanca de engate para a posição “4x4”.

Desengate

Com a viatura parada, retorne da posição “4x4” para a posição “4x2”, ou seja, girando a
tampa no sentido anti-horário, desloque a alavanca de engate para aposição “4x2”.

5.3 RODA LIVRE

Nas rodas livres deverão ser realizadas manutenções


preventivas com o objetivo de prolongar sua vida útil e
impedir um possível mau funcionamento.

Para tanto não se faz necessário retirar a roda INTEIRA


DO VEÍCULO, apenas as rodas livre são retiradas,
lavadas, lubrificadas e remontadas.

Tal procedimento deve ser realizado pela propria


garagem sempre que a viatura for conduzida em terreno alagado ou lamoso.

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5.4 CAIXA DE TRANFERÊNCIA DAS MARCHAS

Relações de marchas:

1ª = _________________________________________________________

2ª = _________________________________________________________

3ª = _________________________________________________________

4ª = _________________________________________________________

5ª = _________________________________________________________

Ré = _________________________________________________________

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Relação diferencial traseiro 4 : 1

6. PNEUS

O que 235 / 85 R16 120 R significa realmente?

235 = a largura da secção do pneu em milímetros

85 = representa em porcentagem, a altura da secção do pneu em relação a largura.

R = código para o tipo de pneu (R = pneu radial)

16 = diâmetro do pneu em polegadas

120 = índice de carga (carga máxima permitida)

R = velocidade máxima aprovada

Outras designações: rf = reforço ( designa pneus que são especialmente reforçados )

6.1 TABELA INDICE DE CARGA E VELOCIDADE APROVADA

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6.2 TIPOS DE PNEUS

HP . = High Performance

HT. = Highway Terrain (Pneu para Asfalto)

A/T = All Terrain (Pneu Misto, terra e asfalto)

M/T. = Mud Terrain (Pneu para Lama)

SUV. = Sport Utility Vehicle

Pneus AT – All Terrain

Ainda temos os Pneus AT (All Terrain) “Todo Terreno”, que são


pneus pouco utilizados para prática de Off Road, pois mesmo
seu nome deixando transparecer a ideia de que podem ser
utilizados em qualquer tipo de terreno, na prática, não tem um
desempenho bom em trilhas, principalmente trilhas mais
pesada, sendo este seu principal ponto negativo.

Mas também têm suas vantagens:

A) Longa vida útil.


B) Recomendado para proprietários de veículos de 4×4 que utilizam seus veículos mais
na cidade.

Pneus MT – Mud Terrain

Os pneus mais comercializados hoje no meio 4×4 são os MT


(Mud Terrain) “Terreno lama” é o pneu preferido pela maioria
dos clientes como também pela maioria dos amantes do Off
Road em geral, este tem diversas vantagens, entre elas
podemos citar:

A) Possuem gomos espaçados impedindo que a lama fique


grudada no pneu.

B) Possuem cravos laterais, sendo negativos e positivos, e


mesmo o pneu estando com a lama colada na banda, os
cravos laterais terão aderência ao solo.

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C) São duráveis, mesmo em uso misto (alternando entre a Estrada e a Trilha), com o
veículo alinhado e balanceado.

Os pneus MT possuem alguns aspectos negativos que devem ser citados, por exemplo:

A) Devido ao fato de possuírem cravos negativos e positivos, e movimento acima de 80


km/h em contato com o ar apresentam um “zunido” que poderá incomodar o Motorista.

B) No asfalto apresentam desgaste rápido, em torno de 20.000 km dependendo do


modelo, sendo o ideal para quem quer ter estes pneus, possuir dois jogos sendo um para
viagens e outro exclusivamente Off Road.

6.3 TABELA DE DESEMPENHO

MUD ALL TERRAIN

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7. EIXOS

EIXO DANA 70 (traseiro)

EIXO DANA 44.3 (dianteiro)

7.1 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

 Relação transmissão 4,10:1

 Óleo lubrificante – SAE 85-140


LS

( já aditivado)

 Número de dentes coroa: 45 (dianteiro)

 Número de dentes pinhão: 11 (dianteiro)

 Número de dentes coroa: 41 (traseiro)

 Número de dentes pinhão: 10 (traseiro)

 Capacidade – 3,8 litros (traseiro) – 1,8 litros (dianteiro)

Período de troca: primeira com 10.000 km e próximas a cada 30.000 km

ATENÇÃO

Junto com ao óleo do diferencial traseiro deve ser acrescentado 100 ml do aditivo
modificador de atrito STURACO 7098.

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8 POWER LOOCK

Os novos discos de fricção devem ficar


imersos no óleo do diferencial ( mínimo 20 minutos) antes de serem montados.
Deixar escorrer o excesso de óleo dos
discos antes da definição do pacote que será montado.

Lado da Mola voltado para a planetária Cj. De discos

9 FREIO

( A )Disco de freio ventilado


A
( B )Servo freio e cilindro mestre A B

( C )Válvula sensível à carga C


A
( D )Tambor de freio
D
A

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Marruá

9.1 FREIOS DIANTEIRO / TRASEIRO

ACIONAMENTO: hidráulico servo assistido

DIANTEIRO PASTILHA FREIO


Disco; BOSCH
Disco ventilado Ø285mm
Com pistão duplo Ø46mm

TRASEIRO LONA FREIO


Tambor;BOSCH
Duo Servo, Ø330X89mm
Cilindro de roda Ø25,4mm
Com freio de estacionamento incorporado

9.2 SUBSTITUIÇÃO DAS PASTILHAS

Atentar na substituição de pastilhas de freio para montar a que possui sinalizador sonoro
voltada para a parte interna da pinça.
Sempre que fazer manutenção no freio dianteiro, aplicar trava rosca alto torque nos
parafusos.

Nota: o sinalizador sonoro é responsável por alertar o usuário o momento para


substituir as pastilhas de freio.
Pastilhas referentes á outros veículos, mesmo que apresentem a mesma forma física, não
devem ser aplicados a viatura Marruá por não apresentarem as mesma especificações
técnicas do fabricante sob efeito do freio perder
eficiência e durabilidade.

PD – 969

SINALIZADOR SONORO, CHAPA.

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9.3 VERIFICAÇÃO DAS LONAS DE FREIO

Para verificar o estado das lonas de freio, retire o


tampão de borracha superior.

Para uma análise mais detalhada, é necessário


remover as rodas e tambor de freio.

As lonas de freio devem ser substituídas quando


A medida de 0,5 mm for atingida da face superior da
lona até a cabeça do rebite (sempre verificar no local
de maior desgaste da lona.

Se for lona colada 0,5 da base de assentamento da


lona até a face.

9.4 REGULAGEM DO FREIO ESTACIONAMENTO TRASEIRO

 Remova o tampão da flange, para abrir a janela de acesso ao regulador


variável.

 Com uma espátula, gire o regulador variável


para cima, até encostar as
Guarnições no tambor de freio.

 Volte a regulagem 3 ou 4 dentes para criar


uma pequena folga entre as
guarnições e o tambor.

 Gire a roda com a mão, para assegurar que as


guarnições não estão
prendendo o tambor.

9.5 SUBSTITUIÇÃO DO DISCO E TAMBOR DE FREIO

Disco de freio (AM 11 e AM 21)


Medida nominal: 305 mm, Desgaste máximo: 1 mm

Tambor de freio (AM 11)


Medida nominal: 305 mm,Desgaste máximo: 1 mm

Tambor de freio (AM 21)


Medida nominal: 330 mm, Desgaste máximo: 1 mm

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9.6 FREIO ESTACIONAMENTO AUXILIAR

Funciona em conjunto com o freio de estacionamento para rampas acima de 20%.


Este freio atua nas 4 rodas.

Acionamento do Freio de Estacionamento Auxiliar

Ao estacionar a viatura em local com rampa superior a 20%, sempre acione a alavanca do
freio de estacionamento e em seguida o freio auxiliar, controlado pelo manípulo.

Forma de acionamento:

1 - Acione o pedal do freio de serviço e mantenha-o


acionado.

2 - Puxe o manípulo, de travamento do pedal, com a


intensidade necessária
para assegurar a total imobilidade da viatura.

3 - Solte o pedal .

4 – Solte o manípulo;

4 - Para destravar o freio,com a viatura ligada, comprima e após solte o pedal do freio e
se necessário,empurre o manípulo contra o painel.

IMPORTANTE: veículo deve estar ligado para esta operação.

Obs: este freio atua nas 4 rodas.

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10. CONCEITOS BÁSICOS DE ELETRICIDADE

Matéria: é tudo o que tem massa e ocupa lugar no espaço. Ela existe em três estados:
sólido, líquido e gasoso. Exemplo: água, cobre, hidrogênio, etc.

Corpo: é uma quantidade limitada de matéria que possui uma determinada forma.
Exemplo: bloco de cimento, viga de madeira, gota d'água, etc.

Corpos simples: são os corpos constituídos de um só tipo de elemento. Exemplo: ouro,


cobre, hidrogênio, etc.

Corpos compostos: são os corpos formados pela combinação de dois ou mais elementos.
Exemplos: Cloreto de sódio (sal de cozinha) que e formado pela combinação de cloro e
sódio.

A água (H20) que é formada por duas partes de hidrogênio e uma parte de oxigênio.

Os corpos podem ser divididos em partes cada vez menores, podendo, por processos
especiais, chegar a partes tão pequenas que seria impossível vê-la a olho nu.

A menor partícula em que se pode dividir um corpo chama-se: molécula, sem que o corpo
resultante (molécula) perca as características do corpo que a originou.

Se formos dividindo uma gota d’água em muitas partes, ela vai se tomando cada vez
menor até chegar a molécula, isto é, a menor partícula que se possa dividi-la conservando
as suas características:

MOLÉCULA DE ÁGUA

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Marruá

10.1 ÁTOMO

É a menor partícula física em que se pode dividir um elemento.

O átomo é formado por partículas, sendo que iremos estudar somente as que interessam
à teoria da eletricidade.

A figura mostra a configuração de um átomo.

O núcleo é constituído por prótons e nêutrons.

Os prótons têm carga positiva e os nêutrons


não têm carga.

A eletrosfera é constituída por elétrons que estão


orbitando ao redor do núcleo por causa da atração que há
entre eles.
Os elétrons têm carga negativa.

Para que se tenha ideia do tamanho do átomo, observe os conceitos abaixo:

Se 100.000.000 átomos de hidrogênio


fossem colocados um em seguida do
outro, eles ocupariam a extensão de um
centímetro.

Se 100.000 elétrons fossem colocados


um ao lado do outro, eles ocupariam o
espaço de um átomo de hidrogênio.

Se 1.800 elétrons ou nêutrons fossem


colocados um ao lado do outro, eles
teriam o tamanho de um próton.

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Os elétrons que giram mais próximos do núcleo são fortemente atraídos por este e os
elétrons que giram em camadas mais afastadas do núcleo são atraídos com menor
intensidade, proporcionalmente à distância entre o elétron e o núcleo.

Os elétrons que giram na camada mais afastada do núcleo podem vir a desprender-se do
átomo, pois são atraídos por outro átomo. Eles são os chamados elétrons livres.

Quando o átomo libera facilmente esses elétrons livres, dizemos que o material é o
condutor (ex.: cobre, alumínio, ouro, etc.).

Quando o átomo não libera esses elétrons livres, dizemos que o material é isolante (ex.:
borracha, plástico, vidro, etc.).

Conectando-se os pólos positivo e negativo de uma bateria através de um fio condutor, um


grande número de elétrons livres caminhará em direção ao pólo positivo, pois cargas de
sinais opostos atraem-se.

A esse fluxo de elétrons damos o nome de corrente elétrica.

33
Marruá

10.2 CORRENTE ELÉTRICA

Uma bateria em condições normais tem excesso de elétrons em seu polo negativo e falta
de elétrons em seu polo positivo.

A quantidade de elétrons que passa através de um condutor, ou seja, corrente elétrica, é


medida em ampères com uso de um amperímetro.

1A = 6,28 x 1018 (6.280.000.000.000.000.000) elétrons por segundo.

Este elétron se move continuamente com os elétrons fluindo do terminal negativo, através
dos átomos e para o terminal positivo. Este fluxo de elétrons é chamado fluxo de corrente
elétrica. O aparente movimento das cargas positivas do polo positivo para o polo negativo
é chamado fluxo de corrente convencional. Este movimento de cargas positivas é na
verdade não mais do que a mudança de carga que acontece em cada átomo.

Este fluxo de elétrons descreve corrente contínua ou CC. Com a corrente contínua, o
fluxo de elétrons provem diretamente da fonte , através do circuito, e retorna para a fonte

34
Algumas fontes fornecem corrente alternada ou CA. Alternando a provoca o fluxo de
elétrons primeiro numa direção no circuito e então na direção oposta num padrão regular.
Corrente alternada é usada tipicamente em fiações domésticas. Embora ambas correntes,
alternada e continua possam ser usadas para cumprir o trabalho, este programa está
focado nos fundamentos de corrente contínua pois este é o tipo de eletricidade usada nos
sistemas de controle do motor

10.3 TENSÃO

Para que os elétrons possam deslocar-se percorrendo determinado caminho através de


um condutor, é necessário que exista um estímulo, uma força ou "pressão elétrica", a que
chamamos de tensão, ou diferença de potencial.

A tensão é medida em volts (V) com o uso de um voltímetro.

10.4 RESISTÊNCIA

Já vimos que para que exista corrente, através de um condutor, deve existir tensão.
Entretanto toda corrente está sujeita a uma dificuldade maior ou menor na movimentação
de elétrons.

A essa dificuldade dá-se o nome de resistência e os fatores que influem na resistência


são.

1 - A natureza do material
Quanto maior o número de elétrons livres que se encontram no material, menor será a
resistência ao fluxo da corrente.

2 - O comprimento do material
Quanto maior o comprimento do condutor, maior será a resistência ao fluxo da corrente.

35
Marruá

3 - A área do material
Quanto maior for essa área, menor será a resistência ao fluxo da corrente.

4 - A temperatura do material
Quanto maior for a temperatura do condutor,
maior será a resistência ao fluxo da corrente.

A resistência é medida em ohms () com o uso de um ohmímetro.

O que vimos até aqui pode ser comparado a um sistema hidráulico, onde a tensão seria a
altura da caixa d’água em relação à saída da mesma.

A corrente seria o fluxo de água através do cano que seria o condutor e a resistência
seria o pequeno diâmetro do cano ou eventuais obstruções à passagem de água.

36
O Resistor

Podemos dizer que o resistor é o componente mais simples da eletrônica. A função


básica do resistor é oferecer uma "resistência" à passagem da corrente elétrica. A
corrente elétrica é formada por elétrons em movimento. O resistor é formado por um
material que permite a passagem desta corrente elétrica, mas impõe uma certa
dificuldade. O material resistivo, do qual o resistor é feito, está entre o isolante e o
condutor metálico.

Na figura abaixo apresentamos algumas formas comuns para os resistores.

10.5 LEI DE OHM

A relação entre corrente, tensão e resistência nos é explicada pela Lei de Ohm:
E E
R E  RxI e I 
I R

Outro item importante no estudo da eletricidade é a potência, que é a capacidade de


realizar trabalho. A potência é igual à tensão x corrente, ou seja:

P=ExI p P
I e E
E I

37
Marruá

Símbolo
Símbolo Unidade da
Grandez Múltiplo e Equivalên Instrumento
da de unidade
a submúltiplo cia de medição
grandeza Medida de
medida
Quilovolt (kV) 1.000 V
Tensão E Volt V Voltímetro
Milivolt (mV) 0,001 V
Quilo
(kA) 1.000 A
ampère
Corrente I Ampère A Amperímetro
(mA) 0,001 A
Miliampère
Quilo ohm (kΩ) 1.000 Ω
Resistên
R Ohm Ω Ohmímetro
cia
Miliohm (mΩ) 0,001 Ω
Quilowatt (kW) 1.000 W
Potência P Watt W Wattímetro
Miliwatts (mW) 0,001 W

10.6 FUNÇÕES DO MULTÍMETRO

38
Procedimentos para medir tensão de baterias

______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________

Medição da Resistência

__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________

Medição de Corrente

________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________

39
Marruá

Teste de Diodo

_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________

Teste de Queda de tensão


________________________________________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
________________

Anotações extras :

_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________

40
Coloque "V” para as declarações que são verdadeiras e "F” para as declarações que são
falsas.

1. O bipe de continuidade soa quando a resistência entre os cabos exceder


200 ohms.

2. A leitura do multímetro digital pode sofrer alterações devido a uma possível


descarga de sua própria bateria interna.

3. O símbolo OL ou ( 1. ) no visor do multímetro indica uma leitura mais alta


que o limite do multímetro.

6. Quando realizada uma leitura de resistência na escala de 200  devemos


sempre descontar o valor da resistência originaria das próprias ponteiras
do multímetro colocando as mesmas em curto circuito.

7. Ao realizarmos uma leitura de “Queda de Tensão”, devemos utilizar o


multímetro na escala mais alta possível de V contínuo.

8. Quando medindo a tensão (V), o multímetro deve ser conectado em série


com a parte do circuito que você está testando.

9. Quando medindo a resistência (), você sempre deve ter a energia ligada
no componente que você está testando.

10. _____ Quando medindo a corrente (A), o multímetro deve ser conectado em
paralelo com a parte do circuito que você está testando.

11 Quando uma pequena bateria aparece no canto esquerdo superior do visor


do multímetro, a bateria deverá ser substituída o mais cedo possível.

41
Marruá

10.7 RELÉS

10.7.1 Aplicação

Relés em circuitos elétricos agem como fator de economia, funcionalidade e segurança,


evitando queda de tensão, o que garante um bom funcionamento dos componentes
elétricos.

Um relé simples possui normalmente quatro pontos de ligação; sendo dois para a corrente
de comando linhas (85 e 86) e dois para a corrente de trabalho linhas (30 e 87).

Funcionamento

Corrente de comando

86 = ( + ) Positivo
85 = ( - ) Negativo

Corrente de trabalho

30 = Entrada ( + )
87 = Saída ( + ) para o consumidor

a) Quando a corrente flui através da bobina de comando, esta atua como eletroímã, a
força magnética da bobina atrai o contato da área de trabalho; com isso, a corrente de
trabalho flui através do mesmo.

b) Quando a corrente deixa de fluir através da bobina de


comando, o campo magnético, deixa de existir ,e o contato da
área de trabalho abre-se devido a ação mecânica da mola
existente na parte traseira do mesmo, interrompendo o fluxo da
corrente do consumidor .

42
1)

2)

3)

43
Marruá

4)

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
5)

44
10.8 BATERIAS

10.8.1 Tipos de Baterias

A bateria é um dispositivo para armazenar energia e converter energia química em energia


elétrica.

Existem basicamente três tipos de baterias para serviço pesado:

Bateria Convencional Semi Seladas Seladas


Baterias com ácido de Baterias convencionais com Estas baterias são
chumbo com um alto grau reduzidas quantidades de fabricadas com grade em
de antimônio na liga antimônio e chumbo-cálcio sem
requerem manutenção consequentemente com antimônio. Nunca
frequente, especialmente a manutenção ligeiramente necessitarão de água,
necessidade de adição de reduzida. A água precisa ser nem possuem aberturas
água. periodicamente adicionada. para adição de água.

10.8.2 CARACTERÍSTICAS DAS BATERIAS :

Teste de capacidade em 20 horas (c20)

Ah (ampère-hora) - É a unidade teórica com que


se mede a capacidade de fornecer energia de
uma bateria.

A bateria plenamente carregada é descarregada


com corrente constante de 3A até uma tensão
final de 10,5V à temperatura ambiente.

O valor é expresso em Ah.

Exemplo : 3A de descarga durante 20 horas = 3ª X 20 h = 60 A.h

45
Marruá

Atenção ! Isso NÃO significa que a bateria com esta nomenclatura consegue fornecer 60 A
durante uma hora, pois seu indice originou-se de um baixo consumo durante 20 horas!

Reserva de capacidade (RC)

Este teste se refere ao tempo que uma bateria


pode ficar fornecendo energia aos consumidores
sem o auxílio do alternador .

Para tanto, e aplicado um consumo constante de


25A até uma tensão final de 10.5v. O valor do
resultado é expresso em minutos.

Capacidade de descarga a frio ( CCA )

O teste de alta descarga tem por definição, nos


informar o valor de descarga máximo que a
bateria consegue nos fornecer a uma temperatura
de
( – 18 º C ) durante 15 segundos .

ATENÇÃO !

Descargas efetuadas nas baterias com valores acima destes valores recomendados
( como exemplo efetuar um curto entre os polos da bateria para “escutar” a descarga e
visualizar a centelha proveniente do curto), podem causar sérios danos a mesma.

46
10.9 PROCEDIMENTOS PARA UM SOCORRO ELÉTRICO

Este tema mesmo para quem está no ramo automobilístico não é muito claro, não pela
razão de não existirem regras, mas pelo fato de por vezes nos habituarmos a fazer o que
vimos fazer uma vez sem pensar se está correto ou não.

Usar os cabos de bateria para realizar uma partida auxiliar, também chamada ( “ponte, ou
chupeta” ) em um veículo que não funciona não é para cientistas, no entanto, regras
básicas de segurança são de seguimento obrigatório.

E o que é que este assunto tem a ver com sistema de injeção eletrônica?

Já ouvimos dizer que em carros com esse tipo de sistema, essa ligação entre as baterias
não pode ser realizada, sob pena de causarmos danos ao sistema elétrico ou de injeção
eletrônica do mesmo.

Então isso significa que, se o seu veiculo, ficar com farois ligados, rádio ou algum outro
componente elétrico acionado e a bateria descarregar, a mesma terá que ser retirada do
veiculo, ficar várias horas em carga, ( com seu veiculo ali, parado ) ?

Ou que a cada vez que isso acontecer você terá que colocar uma bateria nova ou
seminova carregada? Você acredita mesmo, que as montadoras iriam produzir e/ou
colocar no mercado veiculos com sistemas elétricos tão frágeis e sensíveis assim?

O sistema de injeção eletrônica, veio para melhorar a performance de nossos veículos,


nos trazer conforto em partidas de dias frios e
economia de combustivel.

O que ocorre é que não podemos tratar veiculos


mais modernos como os modelos mais antigos,
carburados. Por comportarem módulos
eletrônicos, sensores, atuadores, os atuais
necessitam de alguns cuidados extras.

Para isso devemos utilizar cabos com bitolas


adequadas ao alto consumo de corrente ocasionado pelo motor de partida, do contrário,
um grande aquecimento poderá ocorrer nos condutores elétricos, gerando desta forma um
aumento considerável de resistência à passagem da corrente. Tal resistência ocasionará
baixa eficiência na partida assim como possíveis danos aos veículos.

47
Marruá

Conclusão:

Devemos utilizar cabos com no minimo 16mm e em média 2 metros de comprimento com
boas garras.

10.10 PROCEDIMENTO PARA REALIZAR A PARTIDA AUXILIAR :

1. Confirme que os dois veiculos estão desligados.

2. Logo após conecte a outra garra vermelha


(positivo) ao terminal positivo da bateria boa (com
carga).

3. Conecte uma das garras vermelha (positivo) ao terminal positivo da bateria


descarregada.

48
4.Conecte uma ponta do cabo preto (negativo) ao
terminal negativo da bateria carregada.

IMPORTANTE-

Por último, conecte a outra ponta do cabo preto (negativo) a um ponto metálico limpo,
sem tinta ou sinais de corrosão do veiculo com
bateria descarregada.

O melhor local para o fazer é o bloco do motor do


veiculo.

Nunca ligue diretamente no terminal negativo da


bateria descarregada, evitando assim uma forte
queda de tensão ( totalmente desnecessária)

Coloque o motor em marcha do veiculo com a bateria boa durante alguns minutos
(mínimo 10 minutos ) antes de tentar colocar o outro em funcionamento.Com isso a bateria
descarregada começará a receber carga do alternador e começara a assumir um pequeno
valor de carga, o que auxiliará na hora de acionarmos a partida do outro.

Após passado este tempo, desligue o motor do veículo, a fim de protegermos o


alternador do mesmo, mas é lógico mantenha os cabos conectados.

5.Acione a partida do veículo que está sendo socorrido.

6. Desligue os cabos na ordem inversa.

49
Marruá

11. REVISÃO :

1 ) Um fusível de 6A, original de fábrica, instalado em um veículo, queimou. Para substituí-


lo devemos fazê-lo:

A-( ) por um fusível de 10 A, para aumentar a proteção do circuito.


B-( ) por um fusível de 6 A, de mesmo modelo que o original.
C-( ) por um fio de cobre, pois é mais barato e executa a mesma função.
D-( ) por um resistor para limitar a corrente e evitar novos danos.

2) No circuito de corrente contínua, a corrente passa:

A-( ) nos dois sentidos


B-( ) em um só sentido
C-( ) apenas no circuito em série
D-( ) apenas no sentido paralelo

3) Para que os elétrons possam se deslocar percorrendo um determinado caminho


através do condutor , é necessário um estímulo, uma pressão elétrica denominado:

A–( ) Potência
B- ( ) Corrente elétrica
C- ( ) Tensão elétrica
D- ( ) Resistência elétrica

4) Em uma bateria quando dizemos que ela tem a capacidade de 12 v 100 Ah, significa
que:

A-( ) Possui a tensão de 12 volts e 100 Amperes por partida


B-( ) Possui a tensão de 12 volts e com capacidade de um descarga de até 100 A
C-( ) Possui a tensão de 12 volts com um consumo , equivalente a 5A durante 20 horas
D-( ) Possui a tensão de 12 volts com um consumo, equivalente a 100 A durante 1 hora

5 ) Se diminuir a espessura do fio de um circuito, mas mantendo o mesmo valor de tensão


e corrente original, o que irá acontecer:

A–( ) a resistência elétrica diminuirá e a temperatura aumentará


B- ( ) a resistência elétrica aumentará e a temperatura diminuirá
C- ( ) a resistência elétrica aumentará e a temperatura aumentará
D- ( ) a resistência elétrica aumentará e a temperatura não irá variar

50
6 ) Comparando um circuito hidráulico com um circuito elétrico podemos dizer que:

A – ( ) O estrangulamento do circuito hidráulico equivale a uma diferença de potencial em


um circuito elétrico
B – ( ) O estrangulamento do circuito hidráulico equivale a uma resistência em um circuito
elétrico
C – ( ) O estrangulamento do circuito hidráulico equivale a uma corrente em um circuito
elétrico
D – ( ) O estrangulamento do circuito hidráulico equivale a potência elétrica de um circuito
elétrico

7 ) Os elementos que influenciam na resistência de um condutor são:

A- ( ) temperatura, corrente consumida, tensão, material


B- ( ) material, comprimento, potência consumida
C- ( ) densidade, quantidade de espiras, eletromagnetismo do material
D- ( ) material, comprimento, diametro do condutor e temperatura

8 ) Verificou-se que no circuito abaixo a lâmpada L3 não liga e não está queimada. Como
proceder para descobrir onde está a falha?

A–( ) medir a continuidade entre os pontos 1 e 2 , 4 e 3


B–( ) medir a resistência entre os pontos 10 e 3 , 3 e 6
C- ( ) medir a continuidade entre os pontos 1 e 2 , 8 e 3
D–( ) medir a tensão entre os pontos 10 e 5

9) A dificuldade que a corrente elétrica encontra para passar por um condutor elétrico se
chama:

A -( ) magnetismo
B -( ) resistência elétrica
C -( ) tensão elétrica
D -( ) potência elétrica

51
Marruá

10 ) A unidade de medida de tensão :

A–( ) Amperes
B–( ) Watts
C- ( ) Volts
D–( ) Ohms

11 ) A unidade de medida que temos para a contagem de elétrons que passam por
segundo em um condutor é :

A- ( ) Corrente elétrica
B- ( ) Amperes
C- ( ) Ohms
D- ( ) Tensão elétrica

12 ) Se aumentar o comprimento de um circuito mantendo a mesma tensão elétrica, o que


irá acontecer:

A- ( ) A potência elétrica aumentará e a corrente aumentará


B- ( ) A resistência aumentará e a corrente diminuirá
C- ( ) A resistência aumentará e a corrente aumentará
D- ( ) A potência elétrica diminuirá e a corrente aumentará

13 ) Assinale a alternativa correta

A- ( ) Um circuito que possui a corrente de 3  e tensão de 12 v tem a resistência de 6


B- ( ) Um circuito que possui a corrente de 2  e tensão de 12 v tem a resitência de 3 A
C- ( ) Um circuito que possui a corrente de 2 A e tensão de 12 v tem a resistência de 6 
D- ( ) Um cirtuito que possui a corrente de 3 A e tensão de 12 v tem a resistência de 2 A

14 ) Um circuito com resistência R, possui a tensão constante T, com a corrente I, se


diminuir a resistência do circuito:

A- ( ) A corrente I diminuirá
B–( ) A corrente I aumentará
C- ( ) A corrente I permanecerá igual
D- ( ) A corrente I irá alterar dependendo do potência elétrica.

15 ) Sabendo que a tensão de alimentação de um circuito é de 24 Volts e a corrente de 4


Amperes, qual o valor da resistência desse circuito:

A- ( ) 3
B- ( ) 6000 m
C- ( ) 6000 mV
D- ( ) 6 kW

52
16 ) Considerando o circuito abaixo, podemos concluir que:

A-( ) A resistência do componente é de 12 


B-( ) A resistência do componente é de 6 
C-( ) A corrente do circuito é de 8 A
D-( ) A corrente do circuito é de 6 A

17) O valor de tensão do circuito abaixo é de:

A–( ) 18 V
B–( )9V
C–( ) 4,5 V
D–( ) 36 V

18 ) Calcular a potência de uma lâmpada de farol cuja intensidade de corrente é de 3,5


Amperes e a bateria do veículo é de 12 Volts:

A-( ) 410W
B-( ) 42W
C-( ) 36W
D-( ) 38W

19 ) Em uma instalação de 2 faróis de neblina com 50 Watts cada uma, com uma tensão
de 12 Volts, qual o fusível mais apropriado?

A–( )5A
B–( )15 A
C–( ) 30 A
D–( ) 10 A

20 ) O princípio do magnetismo faz com que:

A- ( ) carga de mesmo sinal se repelem


B- ( ) carga de mesmo sinal se atraem
C–( ) carga com sinal positivo atraem cargas de sinal negativo e neutro
D- ( ) carga de sinais diferentes se repelem

21 ) Ao enrolarmos um fio por onde circula corrente elétrica, em uma chave de fenda,
imantando-a desta forma, estamos utilizando princípios de:

A-( ) eletrostática.
B-( ) eletrodinâmica.
C-( ) eletromagnetismo.
D-( ) magnetismo

53
Marruá

22 ) Os princípios eletromagnéticos são aplicados na teoria de funcionamento:

A- ( ) do motor de partida e da bateria.


B- ( ) do alternador e da bateria.
C- ( ) do motor de partida e do alternador.
D- ( ) somente do motor de partida.

23 ) Para fazer uma medição de tensão, o multímetro deve ser interligado:

A- ( ) Em série com o circuito


B- ( ) Com o componentes desligado do circuito
C- ( ) Em paralelo com o circuito
D- ( ) Em paralelo componente desligado

24 ) Para utilizar o Ohmímetro devemos:

A- ( ) Fazer a medição em série com o circuito


B- ( ) Fazer uma medição com o componente desligado do circuito
C- ( ) Fazer uma medição em paralelo com o circuito
D- ( ) Fazer uma medição em paralelo com componente ligado

25 ) Para fazer uma medição de corrente:

A- ( ) Verificar se o amperímetro está com as pontas conectadas corretamente, para .


. fazer a medição em série fazendo com que a corrente passe pelo amperímetro
B - ( ) Fazer uma ligação em paralelo e verificar se as pontas do amperímetro estão
. ligadas para corrente contínua
C– ( ) Verificar se a tensão do circuito está com em boas condições
D - ( ) Desligar todos os componentes que tenham uma resistência acima de 10 .

26 ) Com base no esquema abaixo, assinale a alternativa correta:

A–( ) O aparelho 1 é um voltímetro, 2 é um ohmímetro e o 3 é um amperímetro


B- ( ) O aparelho 1 é um voltímetro, 2 é um amperímetro e o 3 é um ohmímetro
C–( ) O aparelho 1 é um ohmímetro, 2 é um voltímetro e o 3 é um amperímetro
D- ( ) O aparelho 1 é um voltímetro, 2 é um ohmímetro e o 3 é um potenciômetro

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27 ) Ao fazer um teste de continuidade em um fio encontrou-se no visor do multímetro a
descrição ( 1. ). Isso significa que:

A–( ) o multímetro está queimado


B–( ) o fusível do multímetro está queimado
C–( ) o fio está interrompido
D–( ) o fio não está interrompido

28 ) Assinale a alternativa correta:

A - ( ) A ligação do circuito é em série, ao queimar a lâmpada L1 a lâmpada L2 continua


ligada.
B - ( ) A ligação do circuito é em série, ao queimar a lâmpada L1 a lâmpada L2 não liga
C - ( ) A ligação do circuito é em paralelo, ao queimar a lâmpada L1 a lâmpada L2 não
liga
D - ( ) A ligação do circuito é em paralelo, ao queimar a lâmpada L1 a lâmpada L2
continua ligada.

29 ) Assinale a alternativa correta:

A - ( ) A ligação do circuito é em série, ao queimar a lâmpada L1 as lâmpadas L2 e L3


continuarão ligadas.
B - ( ) A ligação do circuito é em série, ao queimar a lâmpada L1 as lâmpadas L2 e L3
não ligarão;
C - ( ) A ligação do circuito é em paralelo, ao queimar a lâmpada L1 as lâmpadas L2 e
L3 não ligarão;
D - ( ) A ligação do circuito é em paralelo, ao queimarem as lâmpadas L1 e L2 a
lâmpada L3 continuará ligada.

30 ) Circuito elétrico é :

A- ( ) O caminho percorrido pela corrente elétrica


B–( ) Um trecho do circuito energizado
C- ( ) Um conjunto de componentes e condutores energizados
D–( ) Um conjunto de componentes magnetizados

55
Marruá

31 ) Podemos dizer com base na ligação abaixo que:


12 V / 40 12 V / 40
Ah Ah

A–( ) é uma ligação em paralelo


B–( ) a tensão total é de 24 v com a capacidade de 80 Ah
C- ( ) é uma ligação em série com capacidade de carga total de 80 Ah
D–( ) é uma ligação em série com a tensão total de 24 v

32 ) Podemos dizer com base na ligação abaixo que:

12 V / 40 Ah

12 V / 40
Ah

A–( ) é uma ligação em paralelo com carga total de 80 Ah


B–( ) a tensão total é de 24 v com a capacidade de 80 Ah
C- ( ) é uma ligação em série com capacidade de carga total de 80 Ah
D–( ) é uma ligação em paralelo com a tensão total de 24 v

33 ) Nas ligações de consumidores elétricos em série:

A- ( ) a tensão da fonte se dividirá entre eles


B- ( ) a corrente será dividida
C- ( ) a tensão e a corrente serão divididas entre eles
D- ( ) a tensão e a corrente da fonte será a mesma em todos os componentes

34 ) Um led deverá trabalhar com uma tensão máxima de 4.8 V; a tensão disponível no
circuito a ser ligado é de 12V. Para que esse componente não danifique devo ligar:

A- ( ) Um resistor em paralelo
B- ( ) Dois resistores em paralelos
C- ( ) Um resistor em série.
D- ( ) Um voltímetro

56
A = Luz utilizada no interior da viatura quando em missão á noite

B = Apelido dado ao freio utilizado quando a viatura tiver que ficar em aclives/declives
acima de 20%

C= Nome dado pela MWM ao motor utilizado nas viaturas Marruá euro II e III

D= Deve ser aplicado para ativar o freio auxiliar

E = Roda....acionada quando em 4x4

F = Barra que da estabilidade a viatura

G = Tipo de bloqueio do diferencial traseiro

H = Amortecedor ......... responsável por impedir vibrações ao motorista

I = Ato que os motoristas devem realizar diariamente sempre antes da primeira partida da
viatura do dia

J = Está aplicada á viatura com intuito de que qualquer militar mesmo que de outros
países aliados saibam adentrar á viatura e opera-la normalmente.

K = Boi bravo da Amazônia

L = Sistema utilizado na embreagem de todas as viaturas militares Agrale.

57
Marruá

12. ELÉTRICA

Sistema elétrico marruá.

12.1 TOMADA AUXILIAR DE PARTIDA

A tomada auxiliar de partida permite auxiliar a partida de outro veículo que não possuir
carga suficiente para efetuar a mesma.

Somente em viaturas AM20/AM21

Obs : Extremamente importante verificar a tensão dos veículos que serão usados
para executar a partida auxiliar, pois os mesmos sempre deverão possuir a mesma
tensão de trabalho, caso contrário danificará o Módulo de Injeção Eletrônica, assim como
outros componentes da viatura 12V ( sem qualquer possibilidade de requerimento de
garantia ).

Para isso, devemos observar a tensão de trabalho do


voltímetro que está localizado a esquerda no painel de
instrumentos onde marcará :

09V a 19V se a viatura trabalhar em 12 volts


22V a 32V se a viatura trabalhar em 24 volts

58
12.2 LIGAÇÃO SÉRIE / PARALELO

Baterias ligadas em Série

Características :

A tensão final será o resultado da soma das tensões


das baterias

A corrente resultante não sofrerá alterações

Todos os componenetes do veículo deverão trabalhar


com a mesma tensão resultante ( 24 V ).

Vantagens :

A tensão fornecida ao motor de partida assim como aos demais consumidores é alta
( em média 24 volts ) o que acarreta em uma partida muito eficiente com um valor de
consumo de corrente relativamente baixo.

Pemite a utilização de chicotes eletricos com a bitola reduzida, o que resulta em menor
peso e menor custo a viatura.

Desvantagens :

Para uma boa durabilidade das baterias o sistema requer que as mesmas tenham
exatamente as mesmas características a fim de evitar um possível superaquecimento
decorrente do procedimento natural de recarga em que
este sistema trabalha.

Este sistema de ligação não aceita a utilização de


componentes que trabalhem com tensão de 12 volts.
Se tal situação existir, será necessário a utilização de
um módulo redutor que tem por função adaptar a
tensão original do veículo as condições necessárias
para estes determinados componentes. Sob cuidado e
atenção de que a corrente elétrica que será consumida
por estes não ultrapasse o valor máximo da capacidade
do módulo.

59
Marruá

Baterias ligadas em paralelo

Características:

A tensão resultante será decorrente da soma das tensões das baterias dividido após pelo
número de baterias que fazem parte do circuito, o que resultará em uma tensão média
praticamente igual ao valor da tensão inicial das mesmas.

A capacidade de fornecer corrente elétrica a viaturá por outro lado, será o resultado da
soma das capacidades individuais das baterias aumentando assim esta autonomia.

Vantagens :

O valor de corrente elétrica exigido pelo


motor de partida durante o arranque é
dividido pelas baterias que constituem o
sistema, evitando assim uma alta descarga
individual.

Aumento do tempo em que o sistema pode


ficar disponibilizando energia elétrica para os
consumidores, quando o motor / alternador
encontrar-se parado.

Permite a introdução ao circuito, baterias


com capacidades diferentes sem que ocorra
danos ou redução de vida útil a nenhuma
delas ou ao sistema elétrico do veículo.

Maior gama de componentes que trabalham com 12 volts, assim como a facilidade em
encontrar em lojas peças para reposição.

Desvantagens :

Não aceita ligações de componentes 24 volts.

Se hover esta necessidade deverá ser incluso ao sistema um módulo conversor /


elevador de tensão 12 / 24 volts

60
12.3 SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DE RÁDIO

O sistema de alimentação independente do rádio, está localizado entre os dois bancos


(AM21) e atrás do banco do operador de rádio (AM11) e se alimenta pelas baterias do
veículo, na condição de que as duas chaves gerais estejam acionadas.

O procedimento correto no entanto nos traz a


informação de que ao parar a viatura, deve-se
desligar as duas chaves gerais, com o intuito de que
apenas uma bateria alimente a mesa do radio
comunicador, preservando assim a carga da outra
bateria para a proxima partida do veículo.

(1) ( 2 ) proxima ao farol

Bateria ( 1 ) = alimenta o sistema de injeção e elétrico da viatura


Bateria ( 2 ) = alimenta a mesa do rádio comunicador 12 / 24 volts

Se ligadas as chaves gerais, as duas baterias comportam-se como se fossem uma


só e alimentam em conjunto todo o sistema viatura / rádio.

Quando as duas chaves são desligadas, apenas a bateria ( 2 ) é utlizada para a


alimentação da mesa.

( 1 ) chave = bateria ( 1 )

( 2 ) chave = bateria ( 2 )

61
Marruá

O sistema é composto por :

Voltímetro: indicador da tensão do sistema de rádio


24 volts

Interruptor de iluminação e acionador do voltímetro


da mesa

Tomada de alimentação 24 V e 12V , sendo que


somente terão alimentação após acionamento da
chave geral 2, localizado junto à central elétrica do
veículo.

12.4 CUIDADOS COM A BATERIA NA VIATURA

Instalar apenas baterias boas e carregadas;

Verifique o estado dos cabos e terminais;

Conecte primeiro o terminal positivo e depois o negativo;

Verifique se há bom contato entre os terminais dos cabos e os pólos da bateria;

Retirar o plástico protetor da bateria no momento da instalação;

Quando em estoque :

Recarregar de 3 em 3 meses as baterias em estoque;

Altura de empilhamento máximo de 3 baterias;

Zinabre/ oxidação branca

As baterias têm tendência a formar depósitos


e acumular zinabre ( óxido de cobre ) na zona dos
terminais.
Estes depósitos podem dificultar a passagem da corrente
elétrica, não permitindo assim o uso da bateria em pleno.

62
12.5 CHAVE NATO:
Alavanca retém (1):

É uma trava mecânica que deve ser acionada para cima (UNLOCK) para permitir a
mudança da maioria das posições da alavanca principal (2).

Alavanca principal (2):

Como o nome diz, é a chave de luz propriamente dita.

Alavanca auxiliar (3):

Destina-se a controlar a luminosidade dos instrumentos do painel e possui quatro


posições.

2 3

2 3

Sempre quando for manusear a Alavanca Principal, deve-se acionar a alavanca Retém, para não
danificar a Chave NATO.

63
Marruá

12.6 DISCIPLINA DE LUZES:


1 2
Chave principal (1)
Chave auxiliar de estacionamento PARK ( 2 )
Interruptor de faróis ( 3 ) 4
3
Potenciômetro (4)

TABELA PARA EXERCÍCIO PRÁTICO NA VIATURA

CHAVE OPERAÇÃO DE ACIONAMENTO FUNÇÕES

CHAVE Farol 0 Desliga


PRINCIPAL
Farol MILITAR Militar (B.O.
I CIVIL Marker)

Civil (Stop
Light)

Farol MILITAR Militar (B.O.


II CIVIL Drive)

Civil (Ser
Drive)

CHAVE AUXILIAR Park

Off

POTENCIOMETRO Máximo

Mínimo

64
13. MECÂNICA

Motor Euro II e Euro III

13.1 PRINCIPAIS MUDANÇAS EURO II, EURO III

EURO II

 Bomba Rotativa (300 A 400 bar)

 Camisas de cilindro

 Trocador de calor é separado da válvula termostática.

EURO III

 Bomba CP3

 Pressão até 1450 bar (tubo commumrail)

 Camisas (cilindro secos)- usinados no bloco

 Trocador de calor unificada com válvula termostática.

 Furos de lubrificação em grau

 Gerenciador eletrônico/Sensores

Cabeçote/camisa

Cilindro com camisa Euro ll

65
Marruá

Trocador de calor Euro II Trocador de calor Euro III


No motor Euro ll a carcaça do tocador de calor é separada do alojamento
das válvulas termostáticas.

* AO EFETUAR A LIMPEZA DAS VIATURAS EURO III, ATENTAR PARA OS


SEGUINTES CUIDADOS:

. Proteger antecipadamente todos os conectores de sensores / atuadores

. Não direcionar o jato de água diretamente aos concetores.

. Internamente, não molhar conectores localizados nos pedais de freio


embreagem, acelerador

. Módulo de injeção eletrônica, caixa de fusíveis e tomada OBD referente ao


scanner, localizada na tampa plasticas frente aos pés do carona, também devem ser
protegidos de possíveis jatos de água e/ou umidade.

13.2 BOMBAS

Bomba Rotativa Bomba CPIII

66
14. SISTEMA DE INJEÇÃO ELETRÔNICA

Comunicação

Em um veiculo, podemos ter equipamentos capazes de


converter tensão elétrica em movimentos mecânicos.
Temperatura, pressão, aproximação de um metal,
corrente elétrica, tensão elétrica

Sistema de Injeção Motor Sprint

O sistema se divide também em duas partes, alta pressão e baixa pressão, porém na linha
de baixa pressão, para os motores Sprint , conta-se com uma bomba elétrica que está
localizada fora do tanque de combustível.

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67
Marruá

14.1 SISTEMA DE INJEÇÃO ELETRÔNICO

Funcionamento

O sistema de gerenciamento eletrônico


consiste de um computador chamado
ECM, onde é gravado o Dataset, que é
um programa de computador
responsável pelo gerenciamento
eletrônico do motor. No Dataset estão
gravadas diversas variáveis, onde
através de sinais elétricos, os sensores
informam qual a condição de trabalho
de cada componente.
Esses sinais elétricos após processados
pelo ECM, através do Dataset, são
convertidos em atuações, onde cada
atuador ( injetor, válvulas de controle de
pressão e vazão) irão dosar a
quantidade correta de combustível a ser
injetado no tempo certo.

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68
14.1.1 BOMBA DE ALTA PRESSÃO CP3

A bomba de alta pressão CP3, utiliza uma bomba de


transferência ( bomba ZP ), porém não tem a função de trazer o
combustível do tanque ate a bomba de alta pressão . Esse
modelo de bomba trabalha com o auxilio de bomba elétrica que
pode estar instalada dentro ou fora do tanque de combustível.
Esse modelo de bomba é utilizado nos motores Sprint que
equipa os veículos da GM ( S10 e Blazer ), os micro ônibus da
Agrale modelos V6 e os caminhões da Agrale que utilizam
motores Sprint.

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________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

14.1.2 ATUADOR DE CONTROLE DO COMBUSTÍVEL

A função desta válvula é controlar a pressão do combustível pela vazão, conforme a


variação de largura de pulso( sinal PWM ) .( pulse whidt modulate )
Está localizada na bomba de alta pressão.

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Marruá

14.1.4 CIRCUITO DA BOMBA DE COMBUSTÍVEL DE ALTA PRESSÃO

14.1.5 TUBO DO RAIL ( ALTA PRESSÃO )

1º Geração : 1.450 BAR ( Bosch )

Pressão de trabalho :

Marcha lenta = 350 Bar / 450 Bar


Acima de Acima de 1000 Rpm = 1350 Bar
Abertura válvula de alivio : acima de 1450 Bar

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________________________________________________________________________

70
14.1.6 VÁLVULA DE ALÍVIO

A pressão do rail na potencia máxima e de ate 1450


BAR, quando esta pressão for superior é aberta a
válvula de segurança ( mecânica ) retornando o
combustível ao tanque.
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____________________________________________

14.1.7 SENSOR DE PRESSÃO DO RAIL

O sensor recebe uma tensão de no máximo 5 volts e o modifica através de uma


resistência enviando como sinal a ECM

Resistor elétrico do diafragma varia com a modificação de seu formato 1mm a 1500 BAR
Produz variação de tensão na ponte de resistência alimentada com 5V.

Tensão varia entre 0 a 70mv de acordo com a pressão. A mesma é amplificada pelo
circuito para 0,5 a 4,5V.

Em caso de falha do sensor a válvula reguladora de pressão é ativada a cega como


função de emergência com valores previamente definidos.

71
Marruá

14.1.7 INJETOR DE COMBUSTÍVEL

Trabalham com pulso modulado de 80V

Acionamento feito por bobina tipo solenoide

Orifícios do bico possuem 6 ou 7 furos dependendo


da aplicação

Os bicos injetores são componentes de extrema


precisão, responsáveis por pulverizar finamente o
combustível na câmara de combustão do motor.
Quanto melhor for a pulverização, maior será o
rendimento do motor. Em consequência, se obtém
mais economia de combustível com menor emissão de
gases poluentes.
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Injeção e pré-injeção

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72
14.1.8 COMUNICAÇÃO DO SENSOR DE PULSO

O sensor de pulso indutivo tem como finalidade


informar ao ECM a posição dos pistões, o momento
de início da injeção de combustível e o giro do
motor ( RPM )

Funcionamento :

O pulso é lido pelos orifícios no volante, que possuem 60 menos 2 furos, ou seja, há um
espaçamento a cada 360º , que não possuem furos.

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__________________________________
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__________________________________
___________________

14.1.9 SENSOR DE FASE

A função deste sensor é informar ao


ECM a posição do comando de
valvulas e o cilindro que está em
compressão

O sinal é gerado quando um resalto


existente na engrenagem ou eixo do
comando passa proximo atraves do
sensor.

73
Marruá

A alimentação do sensor de fase é de 5 volts, já a tensão gerado pelo sensor hall é


amplificada por um circuito eletronico e enviada para a unidade de comando.
Pela monitoração do sinal eletrico enviado pelo sensor ao modulo eletronico, este tem a
capacidade de determinar a posição do 1º cilindro em PMS no tempo de compressão.

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__________________________________
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__________________________________
__________________________________
__________________________________
__________________________________

14.1.10 SENSOR DE PRESSÃO E TEMPERATURA DO AR DE ADMISSÃO

Sensor duplo com 4 pinos, tem a função medir a pressão e a temperatura do ar enviado
pela turbina e enviar este sinal ao ECM. O módulo controla o combustível injetado nos
regimes de rotação do motor e ao mesmo tempo o mecanismo do turbo compressor,
através da atuação do modulador do turbo,mantendo assim a pressão adequada durante
o funcionamento do motor em qualquer regime de carga.

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Elemento Sensor.

É constituido de uma membrana de pressão com sensor piezo resistivo montado em um


chip de silício, possui também um sensor de temperatura do tipo NTC.

Faixa de trabalho: pressão 50 a 400 Kpa ( 0,5 a 4 bar ) / 0,5 a 4,5 Volts

Temperatura: - 40 a 130 gruas célsius.


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________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

74
14.1.11 SENSOR DE TEMPERATURA DE ÁGUA

O sensor de temperatura do liquido de


arrefecimento esta localizado na carcaça do
termostado informa a ECM as temperaturas de
arrefecimento para o calculo de correção do
valor de injeção do combustivel e angulo de
injeção.
O sensor é do tipo NTC, ou seja diminui sua
resistencia com o aumento da temperatura, é
alimentado com uma tensão de 5volts fornecida
pela ECM.
A ECM necessita das informações deste
sensor para efetuar os seguintes calculos:
Rotação de marcha lenta
Avanço de injeção
Dosagem de combustivel
Na falta de sinal do sensor a ECM considera um valor padrão
________________________________________________________________________
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________________________________________________________________________

14.1.12 PEDAL DO ACELERADOR ( POTENCIÔMETRO )

O sensor de posição do pedal do acelerador é um


potenciômetro rotativo, onde sua movimentação aciona
um contato deslizante no sensor, que se desloca ao
longo de uma trilha de resistencia eletrica.

A tensão de referencia é de 5 volts , e varia de acordo


com a posição do pedal.

O sinal de posição do pedal é utilizado para efetuar os


sguintes calculos:

Rotação da marcha lenta


Angulo do inicio de injeção
Tempo de injeção em acelerações e desacelerações.
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________________________________________________________________________
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________________________________________________________________________

75
Marruá

14.1.13 SENSOR DE ALTITUDE

Este sensor está localizado dentro da ECM, e tem como função ler a pressão atmosférica
e efetuar as correções do tempo de injeção.

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______________________________________
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______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________

14.1.14 MODULADOR DO TURBO

Este atuador é composto de uma válvula eletromagnética que tem como função, liberar ou
bloquear a passagem de vácuo para a wastegate do turbo compressor.
Controlada pela ECM, através de sinais pwm, a válvula ajusta eletronicamente a
passagem de ar para a admissão de ar do motor.

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76
15. FERRAMENTA DE DIAGNÓSTICO VISION

Fabricante Napro

Modelo VISION

Codigo Agrale = 6999.001.138.00.4

Scanner projetado em parceria com fabricante Napro


para atender toda a gama de veículos da rede Agrale.
Consta de manual, cd de instalação, dois conectores
para atender tanto a linha Euro V modelo
( SAE J 1939 ) de cor vermelha, concetor para veículos Euro 3 modelo ( ISO 9141 ) de
cor verde, chave codificada para liberação do sistema, assim como outros componentes.

16 ASSISTÊNCIA TÉCNICA

 (0800-703 0701)* – serviço de remoção da viatura disponível para


situações de impossibilidade (falha mecânica) de deslocamento da
viatura.
 Concessionárias – deve ser contatada sempre que necessitar
atendimento de revisões ou reparos na viatura.
 Assistência Técnica (fábrica) – deve ser contatada sempre que
houver dúvidas quanto aos processos de garantia ou revisão, através
do fone (54) 3238 8487

* Disponível para os primeiros 12 meses de garantia

Ampla Rede de Distribuidores

77
Marruá

PRAZO DE GARANTIA

 A garantia Contratual começa com a data de assinatura do Termo de


Recebimento Definitivo (TRD)* realizado pelo Órgão Provedor do Exército
Brasileiro, ou seja, por um Depósito de Suprimento (DSup) ou Batalhão de
Suprimento (BSup).

 São considerados itens de desgaste natural (não cobertos pela garantia):


palhetas dos limpadores de para-brisas, buchas de suspenção, disco e platô
de embreagem, disco, lonas, tambor e pastilhas de freio, rolamentos em
gerais, pneus e amortecedores, bateria, lâmpadas e relés, capota de lona,
tapetes, revestimentos dos assentos, escovas do alternados e motor de
partida.

* Informações sobre a data de assinatura do TRD é obtida na 4ª Seção/Fiscalização


Administrativa de cada OM.

Contrato : Exemplos:

CLÁUSULA NONA – DA GARANTIA E ASSISTÊNCIA TÉCNICA

9.1 O prazo de garantia técnica do Objeto deste Contrato é de 02 ( dois ) anos ou 50.000 km o que
ocorrer primeiro. O prazo será contado a partir da data da emissão do Termo de Recebimento
Definitivo, sendo garantida manutenção gratuita dos itens constantes do manual de garantia para
manutenções preventivas durante o prazo até 20.000 km ( conforme ítem 9.15 )

9.2 o prazo ( cronograma ) a que se refere o item 9.1 será interrompido durante o período em que o
veículo permanecer indisponível aguardando as provedências para reparação ou em manutenção
pela contratada.

9.3 A garantia técnica deve abranger todo e qualquer defeito de fabricação ou de sua
militarização, quer por falha de funcionamento ou por montagem ou, ainda, em decorrência de
desgaste prematuro em uso normal da viatura nos seus diversos conjuntos peças e acessórios sem
qualquer ônus para a contratante.

9.3.1 A ocorrência de qualquer defeito de funcionamento coberto pela garantia implicará na


obrigação por parte da contratada da correção do problema no máximo 30 ( trinta) dias após a
comunicação oficial sem ônus para a contratante, podendo ser prorrogado pela contratante
mediante solicitação.

9.3.2 As organizações Militares contempladas estão autorizadas a informar direta e oficialmente à


contratada a constatação de todos os defeitos de funcionamento no mais curto prazo possível para
as proveidências decorrentes e a Diretoria de Material ( contratante ) para controle da fiel
execução da Garantia Técnica.

78
16.2 CANCELAMENTO DA GARANTIA

Esta garantia será considerada sem validade nos seguintes casos:

 Se as revisões programadas não foram executadas dentro dos intervalos de


quilometragem estipulado nos cupons de revisão, constante no Manual;

 Se o veículo for reparado fora da Rede Autorizada Agrale,

 Se o veículo tiver peças ou componentes substituídos por outros de especificações


diferentes sem prévia autorização da Agrale; Por exemplo: O uso de rodas e pneus
não especificados pelo fabricante, neste caso exclui automaticamente a garantia
dos seguintes itens:

• Conjunto eixos diferenciais / Conjunto embreagem / Sistema de direção / Sistema


de freios / Sistema de suspensão / Sistema de transmissão / Conjunto carroceria
(trincas, soldas e fixações).

 Se a manutenção do veículo for negligenciada;

 Se as revisões programadas não foram executadas dentro dos intervalos de


quilometragem ou tempo estipulado nos cupons de revisão, constante no Manual;

 Se o veículo ou sua carroceria sofrer alterações para adaptação de acessórios não


homologados pela Agrale;

 Se forem usados lubrificantes, combustíveis ou aditivos fora das especificações


recomendadas pela Agrale;

 Se o veículo for utilizado por pessoas sem habilitação ou de forma negligente;

 Se o odômetro ou se cabo forem violados de maneira a não ser mais possível


determinar a quilometragem do veículo;

 Se houver defeitos causados por imersão em água, além dos limites especificados
nos dados técnicos do veículo;

79
Marruá

Plano de Manutenção

Revisões:

10.000 km ou 1 ano:

Tolerância de 1.000 km para mais ou 1.000 km para menos;

30 dias para mais ou 30 dias para menos mão de obra gratuita e insumos não gratuitos
(verificar contrato vigente referente à viatura)

20.000 km ou 2 anos:

Tolerância de 1.000 km para mais ou 1.000 km para menos;

30 dias para mais ou 30 dias para menos mão de obra gratuita e insumos não gratuitos
(verificar contrato vigente referente à viatura)

A data utilizada de referência para revisão


anual é a data da Revisão de Entrega

16.3 REVISÕES:

 Demais revisões:
• Tolerância de 1.000 km para mais ou 1.000 km
para menos; 30 dias para mais ou 30 dias para
menos
• mão de obra não gratuita e insumos não gratuitos

80
Tabela de Manutenção a ser utilizada para Manutenção Preventiva da viatura

16.4 REDE DE CONCESSIONÁRIAS

http://www.agrale.com.br

81
Marruá

1- Pós Vendas
2- Rede de Assistência Técnica

Selecione:

1- Categoria: Utilitários
2- Estado
3- Cidade mais próxima

82
Informações da Concessionária:

1-Telefone, endereço, email, localização


no Mapa:

- selecione “como chegar” e será


direcionado à pagina do Google Maps para traçar a rota, conforme abaixo.

16.5 REVISÃO DE ENTREGA DE VIATURAS

- Realizado em “Batalhão de Suprimento” ou “Depósito de Suprimento” (a ser


definido pelo Órgão adquiridor

- Realizado por Técnicos da Concessionária e/ou Técnicos da Fábrica

- Acompanhado por equipe do Órgão Recebedor

- Utilizado o check list padrão (ao lado) como guia para conferência

- As não-conformidades encontradas são imediatamente sanadas, ficando a


liberação da documentação pendente à solução da falha.

- Pendências Técnicas: (54) 3238 8487

- Pendências Administrativas: (54) 3238 8095

83
Marruá

84
16.6 CATÁLOGOS ONLINE

Acesse: http://rede.agrale.com.br/catalogos

O “login” e “senha” é fornecido pela Diretoria de Material (DMat) à OM detentora da


viatura, em caso de dúvidas solicitar pelo fone (61) 3415 6223

Encontrando o número do chassi do veículo

85
Marruá

86
16.7 CONHECENDO A VIATURA : AM11, AM21

Indicadores:

Indicador do nível de Indicador de falha


Voltímetro Tacômetro combustível no motor

Indicador de pressão Velocímetro Indicador de


do óleo Indicador de água
temperatura
no combustível

Indicador do freio
Indicador de bateria Indicador de direção de estacionamento Indicador pressão óleo

Indicador de Indicador de nível Indicador Indicador de restrição


luz alta de água do radiador da tração do filtro

87
Marruá

Painel de instrumentos (AM23, AM31)


1- Tacômetro
2- Indicador de temperatura

3- Luzes de aviso
4- Indicador do nível de combustível
5- Painel de navegação
6- Velocímetro

Painel de instrumentos (AM31)

1- Interruptor para habilitar piloto automático

2- Interruptor para ajuste do piloto automático


1
3- Interruptores do vidro elétrico (opcional)

4- Interruptor para verificação de código de 2


falhas e navegação no computador de bordo
(tela de navegação) 3

88
Tela de navegação(AM31)

16.8 PONTOS DE LUBRIFICAÇÃO

Abaixo são identificados os pontos de lubrificação a graxa.


a frequência indicada no plano de manutenção.
1 - Pinos-mestres do eixo dianteiro: 2 pontos em cada lado.
2 - Eixo do motor e articulações do limpador de pára-brisa.
3 – Juntas universais (cruzetas dos cardãs).

3 2 1

89
Marruá

17 UTILIZAÇÃO DA TRAÇÃO 4X4

- A tração não deve ser acionada para velocidades


acima de 80 km/h.

Não use a tração em terreno firme e plano, evitando


desgaste desnecessário dos componentes do eixo e
transmissão, além do aumento do consumo de
combustível.

Caso houver uma resistência ao engrenar ou


desengrenar, movimente levemente a viatura para
frente e para trás, mantendo pressão sobre a
alavanca de engate.

- A tração dianteira deve ser utilizada sempre e somente que as condições o exigirem, ou
seja, em condições de lama, areia, rampas íngremes, etc.

17.1 ENGRENAMENTO ( A ) / DESENGRENAMENTO ( B ) DA TRAÇÃO ( AM31 )

(A) Com a viatura parada, gire manualmente a tampa do cubo do mecanismo da roda (1)
gire no sentido horário, ou seja, passando da posição “4x2” para a posição “4x4”, desloque
a alavanca de engate (2) para a posição “4L” ou “4H”, neste momento será acionado o
indicador do painel (3).

(B) Com a viatura parada, retorne da posição “4x4” para a posição “4x2”, ou seja, girando
a tampa (1) no sentido
anti-horário, desloque a alavanca de engate (2) para aposição “2H”.
Não esqueça de desengrenar ambas as rodas dianteiras.

1 2

90
18 PRESSÃO DOS PNEUS
AM11, AM21, AM23

AM31

91
Marruá

19 RAMPA MÁXIMA E INCLINAÇÃO LATERAL

20- PASSAGEM EM VALAS

Ao cruzar valas de forma perpendicular, observe os ângulos de entrada e saída máximos


permitidos.

92
21 PASSAGEM A VAU (ÁGUAS)

A viatura foi desenhada para ultrapassar vau de até 600 mm (AM11, AM21, AM23) e 800
mm (AM31) de profundidade sem preparação especial.
A partir desta profundidade, há risco de entrar água pela sucção do motor, o que
provocará danos destrutivos.

22 CUIDADOS NO USO DA EMBREAGEM

• Procurar não iniciar bruscamente a marcha, evitando arrancadas bruscas.


• Nunca arrancar com o veículo em 2ª marcha.
• Evitar reduções bruscas de velocidade, freando ou desacelerando bruscamente o
motor.
• Evite descansar o pé sobre o pedal da embreagem.
• Utilizar a embreagem somente para troca de marcha, evite segurar o veículo em
rampas utilizando a embreagem como freio.
• Nunca conduza com a mão apoiada sobre a alavanca de marchas, o que causará
desgaste prematuro no mecanismo.

93
Marruá

23 CUIDADOS COM O MOTOR

- Não mantenha o motor de partida acionado por mais de 10 segundos de forma


contínua.
- Antes de dar partida no motor, girar a chave de partida na posição de leitura dos
instrumentos, e somente dar partida após apagar a lâmpada de indicação de falha
do motor (1).
- Após dar partida no motor, mantenha a rotação em torno de 800 a 1000 RPM
durante 1 minuto antes de partir.
- Antes de desligar o motor, reduza a rotação para marcha lenta, deixe-o
funcionando por 1 minuto antes de desligar.

AM31, AM23

AM11, AM21

O motor possui a função de desligamento instantâneo, após 10 minutos de funcionamento


em marcha lenta.

Esta função tem como principal motivo evitar possível espelhamento da parede do cilindro
e alinhamento de anel.

Caso o pedal de aceleração seja pressionado dentro destes 10 minutos o sistema


retomará a contagem do tempo

94
Cuidados com o Motor

- Não mantenha acelerações uniformes contínuas por muito tempo. Imprima acelerações
ocasionais, variando a velocidade do veículo por diversas vezes durante as primeiras
viagens.
- Não ultrapasse os limites de velocidade estabelecidos para cada marcha.
- Certifique-se de que a temperatura do motor seja mantida entre 77 e 95 °C.
- Evite que o motor trabalhe em regime de rotação baixa ou muito acelerada, durante
muito tempo.
- Não sobrecarregue o veículo e/ou o motor. A carga máxima pode ser imposta ao motor,
porém, não o faça de forma contínua.
24 COMO DIRIGIR ECONOMICAMENTE
Fatores que aumentam o consumo de combustível:

Dependentes da viatura

✗ Filtro de combustível e/ou ar parcialmente obstruídos;

✗ Válvulas do motor com folga incorreta;

✗ Pneus com pressão baixa;

✗ Rolamentos das rodas mal ajustados ou com falta de lubrificação;

✗ Direção mal regulada, com convergência ou cambagem incorretas;

✗ Embreagem desregulada: disco patinando;

✗ Vazamento de combustível;

✗ Motor trabalhando em temperatura incorreta, motivado por exemplo, pela falta ou


defeito na válvula termostática;

✗ Pneus em mau estado.

95
Marruá

Como Dirigir Economicamente

B) Dependentes da atitude do motorista

✗ Velocidade excessiva e acelerações desnecessárias;

✗ Freadas bruscas e mudanças de marcha no momento inadequado.

C) Dependentes das condições gerais

✗ carga excessiva;

✗ carga mal distribuída;

✗ estradas em condições precárias.

25 BUCHA BARRA PANHARD / BUCHA OLHAL DABARRA / COXIM BARRA


LONGITUDINAL
Solicitamos que todos os veículos Marruá que comparecerem junto a um Autorizado
Agrale, sejam inspecionados os Sistemas de suspensão dianteira e traseira (barras
longitudinais, barras panhard dianteira e traseira), e substituir se necessário os coxins da
barra longitudinal, bucha olhal da barra e bucha barra Panhard (cor preta) por buchas
(cor amarela), para toda linha militar de veículos Utilitários Agrale Marruá, conforme
aplicação, relação de peças:
.

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BUCHA BARRA PANHARD / BUCHA OLHAL DABARRA / COXIM BARRA
LONGITUDINAL

NOTAS:
► As peças substituídas deverão ser enviadas para a Agrale S.A. juntamente com uma
“SG” para cada veículo conforme política de garantia da Agrale (Autorizado Agrale).
► Para fins de quilometragem de troca em garantia serão aceitos veículos com até 20.000
Km ou três anos de fabricação (prevalecendo o que primeiro ocorrer). Acima desta
quilometragem o componente será considerado como item de desgaste natural, não sendo
passível de garantia.
► Quando da necessidade de substituição das buchas de suspensão, informamos que
deverão ser substituídas todas as buchas montadas no veículo. Para SG’s cadastradas
no site que não forem substituídas todas as buchas, a mesma será considerada indeferida
pela Agrale.
► O torque a ser aplicado nos parafusos de fixação das buchas de suspensão é de 27
Kgfm e deve também ser aplicado trava química médio torque.
26 CONTATO ASSISTÊNCIA TÉCNICA

Dalton Eckerleben:
- deckerleben@agrale.com.br
Fone: (054) 3238 8487
Celular: (054) 99929 5903
Mateus Rigotti:
- matrigotti@agrale.com.br
Fone: (054) 3238 8198
Celular: (054) 98407 8052
Claudiomar Antunes : PEÇAS
- cantunes@agrale.com.br
Fone: (054) 3238 8107
Celular: (054) 996028854 WhatsApp : (051) 989248147

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