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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA (2021)

Lei Orçamentária Anual II

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LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL II

RELEMBRANDO
A LOA, embora não tenha sido criada pela Constituição Federal tem o seu respaldo, e é uma
iniciativa do Poder Executivo (assim como a LDO e o PPA) organizada em três orçamentos,
sendo eles o da Seguridade Social (previdência, assistência e saúde), o de Investimento
(capital, aplicação) e o Fiscal (o residual, o que não se enquadra na Seguridade Social e
nem no Investimento)

CF/1988
Art. 165. (...)
§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual,
terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

Conforme determinado no § 7º do art. 165 da Constituição Federal, dois dos orçamentos


da LOA, o Fiscal e o de Investimento, terão, além das suas funções principais, também a de
reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
5m

PEGADINHA DA BANCA
• Apesar da expressão “seguridade social” dar a impressão de se referir à redução de
desigualdades sociais, o Orçamento de Seguridade Social não possui tal função. Essa
associação errônea é muito utilizada pelas bancas na tentativa de induzir ao erro.
• O examinador tentará também causar confusão entre as questões de regionalidade
da função dita acima e a referida no PPA. É atribuído ao orçamento Fiscal e ao
de Investimento (partes da LOA) a função de reduzir desigualdades entre regiões,
segundo critério populacional. O PPA estabelece diretrizes, objetivos e metas, de
forma regionalizada, para atender as despesas de capital e aos gastos correntes delas
derivados. Porém, no PPA não é definido o critério segundo o qual a regionalização
será feita, enquanto nas duas referidas esferas da LOA, o critério é definido como
populacional.
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As regiões brasileiras são distintas quanto aos seus problemas e dificuldades, não
podendo então serem tratadas de forma igual, sendo a redução dessas desigualdades feita
através de dois dos seus orçamentos (Fiscal e de Investimento).
Já o Orçamento da Seguridade Social não possui essa função de redução de desigualdades,
visto que seu foco não é em regiões e sim no indivíduo, independentemente de onde ele viva.
Como exemplo, ainda que duas pessoas vivam em regiões diferentes (como DF e
Maranhão), cada qual com suas características e problemas bem distintos, caso aposentem-se
nas mesmas condições (período, profissão, data, mesmo regime de contribuição etc.), ambas
receberão os mesmos valores da previdência.
10m
Usando o mesmo exemplo, caso essas duas pessoas sejam moradores de rua vivendo em
situações equivalentes, ambas serão tratadas da mesma forma, segundo às suas condições
de pobreza, pela assistência social, independentemente de onde vivem.
Da mesma forma, caso essas pessoas vivam um mesmo quadro clínico de doença e
dependam da mesma medicação do governo, ainda que morando em regiões distintas e
com diferenças grandes de favorecimento econômico, ambas serão vistas de forma igual e
receberão o mesmo tratamento da saúde pública.
15m
Entende-se então que, previdência, assistência e saúde são áreas que focam na condição
do indivíduo, independente da região onde vivem, não podendo então terem seus orçamentos
usados como forma de redução de desigualdades inter-regionais. Já as receitas fiscais e de
investimento podem ser utilizadas para tanto, como por exemplo sendo aplicada em estatais
de regiões menos desenvolvidas.
20m

DIRETO DO CONCURSO
3. (CESPE/IPHAN/AUXILIAR INSTITUCIONAL/ÁREA 1/2018) Em relação ao orçamento
público e seus preceitos, julgue o próximo item. O orçamento público tem, entre outras
funções, a de reduzir as desigualdades entre as diversas regiões do país.

COMENTÁRIO
Ainda que nem todo orçamento público seja destinado a reduzir desigualdades entre
regiões, parte dele, ou seja, uma parte da LOA, tem essa função estabelecida pela CF.
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PRAZOS E VIGÊNCIA

O prazo da LOA é o mesmo do PPA.


Em relação aos prazos federais na União, o Poder Executivo deve enviar o projeto de
LOA para o ano seguinte até 4 meses antes do término do exercício financeiro (31 de agosto),
enquanto o Poder Legislativo deve apreciar, aprovar e o devolver, ainda como projeto, até o
término da sessão legislativa (22 de dezembro). O Executivo então terá até 15 dias úteis para
realizar a sanção e publicação.
Porém, cada ente pode ter o seu próprio prazo definido em sua Constituição Estadual e
Lei Orgânica, visto se tratar de processos autônomos.
Os governos dos níveis federal, estadual e municipal se comunicam e fazem uma
harmonização entre suas políticas públicas, mas o processo para elaborar e aprovar os
PPA, LDO e LOA é completamente independente. Inclusive, caso num Estado, por exemplo,
a Assembleia Legislativa não devolver um projeto de LOA para o governador sancionar
e publicar, é o Estado quem o estará atrasando, e isso não atrapalhará a tramitação do
processo nos outros Estados, nem nos próprios Municípios daquele Estado e nem mesmo
na União, pois a tramitação desses projetos é independente, mesmo seus conteúdos sejam
harmônicos.
Ou seja, o que a União decidir fazer em determinado ano, levará em consideração o
25m
que se discutiu em reuniões com governadores, prefeitos etc. por conta de serem conjuntas
certas políticas. É o mesmo que se pode observar entre os poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, que são independentes e autônomos, mas que devem trabalhar em harmonia na
busca do mesmo objetivo, o interesse público.

O PULO DO GATO
Não se faz necessário decorar todos os prazos de cada ente, a não ser que o edital
cobre o orçamento segundo a Constituição Federal e, também, segundo alguma
Constituição Estadual ou Lei Orgânica específica, pois essas costumam ter prazos bem
diferentes da União.

Ilustrando a questão de prazos e vigências: a LOA de um determinado ano ficará vigente


de 01 de janeiro até o dia 31 de dezembro do ano posterior ao da sua elaboração.
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Sendo assim, a vigência da LOA é de 1 ano, sendo que, no Brasil, esse ano deve ser
igual ao chamado ano civil, compreendido entre 01/01 e 31/12 do mesmo ano, sendo esse
também o período chamado de Exercício Financeiro.
Relaciona-se a isso o Princípio da Anualidade, segundo o qual a LOA deva ter vigência de
1 ano, não bastando esse ser somente o total de 12 meses, mas tendo também que coincidir
com o ano civil.
30m
Esses são os prazos na União em específico, lembrando que cada ente pode ter o seu
próprio prazo.
Já a vigência é padrão para todos os entes.

DIRETO DO CONCURSO
4. (CESPE/MPE/CE/ANALISTA MINISTERIAL/ADMINISTRAÇÃO/2020) A vigência
do crédito disponibilizado na LOA de 2020 terá duração de dois anos e findará ao
final de 2021.

COMENTÁRIO
A vigência do crédito disponibilizado em qualquer LOA de um determinado ano finda em 31
de dezembro desse mesmo ano.

GABARITO
3. C
4. E

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Anderson Ferreira de Oliveira.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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