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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Princípio da Isonomia (Princípio da Igualdade Tributária)��������������������������������������������������������������������������2
Princípio da Capacidade Contributiva�������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Agora Eu Passo Concursos Públicos.
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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Agora Eu Passo Concursos Públicos.
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As outras bancas (ESAF, CESPE etc.) adotam uma visão mais ampla e moderna do princípio da
capacidade contributiva, entendendo que as demais espécies tributárias também devem respeito a
este princípio, dentro de certas limitações inerentes a cada qual. Assim, vejamos detidamente a apli-
cação do princípio da capacidade contributiva a cada uma das exações tributárias.
As contribuições especiais, excepcionadas as CIDE, respeitam normalmente o princípio da ca-
pacidade contributiva, vez que graduadas segundo a capacidade econômica do contribuinte (por
exemplo: a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido incide sobre o lucro efetivamente apurado
pela empresa – é quase um adicional do Imposto de Renda, que é um imposto que evidentemente
respeita o princípio da capacidade contributiva). Neste esteio, destaque-se que o Supremo Tribunal
federal expressamente reconheceu a aplicação do princípio da capacidade contributiva à COSIP no
julgamento do Recurso Extraordinário nº. 573.675, cujo excerto relevante da ementa se transcreve:
“A progressividade da alíquota, que resulta do rateio do custo da iluminação pública entre os consumi-
dores de energia elétrica, não afronta o princípio da capacidade contributiva”.
As CIDE, por sua vez, visam regular uma atividade econômica e, neste sentido, não se atrelam
necessariamente à ideia de que a tributação deve fundar-se unicamente na manifestação de riqueza
do contribuinte (a CIDE Combustível pode ser majorada apenas pela necessidade de recursos estatais
para fazer face a necessários investimentos no setor de transportes e ser cobrada indistintamente de
todos que consomem combustíveis).
Os empréstimos compulsórios, ao certamente tributarem manifestações de riqueza, obviamente
observarão o princípio da capacidade contributiva. Como exemplo de empréstimo compulsório já
instituído no Brasil e que respeitou o princípio da capacidade contributiva, podemos lembrar o em-
préstimo compulsório instituído na década de 80 sobre a comercialização de veículos automotores.
Conforme estabelecido na lei da época, quanto mais caro o valor do veículo vendido, maior o valor
do empréstimo compulsório a ser pago.
As contribuições de melhoria, por sua vez, respeitam fielmente o princípio da capacidade contri-
butiva, pois o limite individual de sua cobrança corresponde à valorização imobiliária verificada no
imóvel do contribuinte.
As taxas, em decorrência do seu caráter contraprestacional, normalmente não são graduadas
segundo a capacidade econômica do contribuinte. Isto ocorre pelo fato das taxas serem estipuladas
em patamar individual suficiente apenas para ressarcir os custos estatais incorridos no exercício do
poder de polícia e na prestação do serviço público específico e divisível. Assim, se o custo estatal para
expedir um passaporte para um milionário e para uma pessoa da classe média é o mesmo, é justo
que ambos paguem a mesma taxa, que visa apenas ressarcir o Estado dos custos incorridos.
Contudo, verificamos a aplicação do princípio da capacidade contributiva às taxas quando a lei,
levando em consideração a capacidade econômica diminuta de determinadas pessoas, dispensa o
pagamento de uma taxa (ex.: caso instituída a taxa de lixo, cujo valor corresponda ao rateio do custo
estimado para prestar o serviço entre as pessoas beneficiadas, é possível que a lei conceda isenção
desta taxa para moradores de um bairro muito humilde).
Assim, podemos concluir que:
a) o princípio da capacidade contributiva aplica-se literalmente aos impostos, sem qualquer
dúvida (para a Fundação Carlos Chagas, tal princípio aplica-se unicamente aos impostos);
b) as contribuições especiais, com exceção da CIDE, os empréstimos compulsórios e as contri-
buições de melhoria também respeitam o princípio da capacidade contributiva;
c) em regra, as taxas não são graduadas segundo o princípio da capacidade contributiva, sendo
possível a aplicação deste princípio em situações especiais que demonstrem a ausência de ca-
pacidade econômica para pagar o tributo.
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Exercícios
A respeito das limitações constitucionais ao poder de tributar, julgue o item que se segue, de
acordo com a interpretação do STF.
01. O princípio da isonomia pressupõe a comparação entre sujeitos, o que, em matéria tributária, é
efetivado pelo princípio da capacidade contributiva em seu aspecto subjetivo.
Certo ( ) Errado ( )
02. A Constituição Federal de 1988 veda aos entes tributantes instituir tratamento desigual entre
contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão
de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação
jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos. Considerando decisões emanadas do STF sobre o
tema, assinale a opção incorreta
a) A exclusão do arrendamento mercantil do campo de aplicação do regime de admissão tem-
porária não constitui violação ao princípio da isonomia tributária.
b) A progressividade da alíquota, que resulta do rateio do custo da iluminação pública entre os
consumidores de energia elétrica, não afronta o princípio da isonomia.
c) A sobrecarga imposta aos bancos comerciais e às entidades financeiras, no tocante à contri-
buição previdenciária sobre a folha de salários, fere o princípio da isonomia tributária.
d) Lei complementar estadual que isenta os membros do Ministério Público do pagamento de custas
judiciais, notariais, cartorárias e quaisquer taxas ou emolumentos fere o princípio da isonomia.
e) Não há ofensa ao princípio da isonomia tributária se a lei, por motivos extrafiscais, imprime
tratamento desigual a microempresas e empresas de pequeno porte de capacidade contribu-
tiva distinta, afastando do regime do simples aquelas cujos sócios têm condição de disputar
o mercado de trabalho sem assistência do Estado.
03. Assinale certo ou errado:
O princípio da Capacidade Contributiva não se aplica às taxas e às contribuições de melhoria,
mas tão somente aos impostos.
Certo ( ) Errado ( )
04. Consiste em corolário do princípio da igualdade tributária e aplica-se na ordem jurídica tribu-
tária, na busca de uma sociedade mais igualitária em termos da exação de tributos. O trecho
trata do princípio da
a) seletividade.
b) uniformidade jurídica da tributação.
c) vedação do confisco.
d) capacidade contributiva.
e) generalidade.
Gabarito
01 - Certo
02 - C
03 - Certo
04 - D
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