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EDUCAÇÃO ESPECIAL E
INCLUSIVA NA PERSPECTIVA
HISTÓRICO-SOCIAL BRASILEIRA
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contextos sociais. A inclusão significa ensinar todas as crianças no
mesmo contexto escolar, isso não significa negar as dificuldades dos
alunos e sim, com a inclusão, as diferenças não são vistas como
problemas, mas como diversidade.
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preconceito, a rejeição e a falta de recursos destinados para a educação inclusiva.
No entanto, sabemos que para atingir uma sociedade engajada, com plena
consciência sobre a importância da inclusão e sem preconceitos, é necessário
haver mais conscientização, preparação dos professores e do ambiente escolar
como um todo e também de toda a sociedade em si.
Para Frantiozi (2014, p. 9),
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apenas os alunos com deficiência apresentam singularidades no
processo educativo. Uma ampla parcela da população escolar manifesta
problemas e dificuldades em seu processo de aprendizagem, em
decorrência de variados fatores, quase sempre originados em condições
socioeconômicas e/ou pedagógicas desfavoráveis.
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A adaptação curricular deve planejar aulas e métodos que garantam o
envolvimento e participação de todos os alunos, inclusive de inclusão,
proporcionando aprendizado significativo. Devemos partir do princípio de que o
Brasil é um país ocupado por diferentes culturas, resultantes da diversificação de
raças e etnias, representadas por negros, europeus e índios. Essa questão deve
ser considerada, pois a partir dela podemos entender as diferenças socioculturais.
Deve-se compreender a elaboração do currículo com um sentido maior que
simplesmente uma discussão de conteúdo, sendo necessário abordar desde as
práticas cotidianas até as formas investigativas sobre o que e como o aluno
aprende. Outro ponto muito importante na elaboração do currículo no contexto
inclusivo é a questão da cultura na qual a escola está inserida. O respeito à
diversidade é a luz que guia a elaboração de um currículo efetivo e que
possivelmente atenderá praticamente a todos os alunos e suas diferenças.
Além da definição do que irá acontecer e como irá acontecer, o currículo
deve planejar ainda a formação de seus professores. Como nele constará todo o
roteiro do que será feito, é necessário que os agentes principais dessa tarefa, os
professores, estejam preparados e capacitados para tal.
A participação do aluno nos assuntos que envolvem a gestão da escola é
outro ponto a ser tratado no currículo, bem como ações complementares
realizadas durante o período letivo em contraturno ao do aluno, no caso de
escolas que ofereçam período integral ou ações para a comunidade.
O professor, não deixando de ser tão importante quanto sempre foi,
assume papel de mediador e provedor de processos de interação entre seus
alunos e o conhecimento. Partindo desse princípio, a questão da formação inicial
e continuada do professor é algo a ser pensado, para que se passe a refletir sobre
temas contemporâneos, de interesse de todos, desde assuntos que envolvem
cultura e tecnologias, até temas como violência urbana ou drogas. Assim, a sala
de aula proporcionará diferentes aprendizados, partindo de diferentes vivências
que podem ser consideradas para a construção do conhecimento do aluno, que
por sua vez também faz parte do processo de ensino-aprendizagem.
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marca a trajetória da educação especial no país. Por meio de formulação e
aprovação de leis voltadas a favor da educação inclusiva, essas medidas têm
como objetivo garantir o acesso, de forma igualitária, às redes de ensino e a
participação de todos a uma educação de qualidade.
Entretanto, sabemos que a efetivação dessas ações apenas se concretiza
com esforços individuais e coletivos, fazendo valer o que está previsto na lei.
Nesse sentido, segundo Saviani (2014, p. 28),
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Para cargos e empregos públicos, em que a contratação é feita por meio
de concurso público, as vagas reservadas para pessoa com deficiência devem ser
de no mínimo 5% e no máximo 20% das vagas oferecidas.
A empresa que efetuar a contratação deve estar ciente e preparada para
viabilizar e adequar os espaços de trabalho, bem como ter claras as exigências
que serão feitas, que devem ser compatíveis com as possibilidades do novo
funcionário. É importante considerar também que as pessoas com deficiências
não tiveram as mesmas oportunidades profissionais e escolares. Frente a essa
questão, requisitos como experiência profissional e escolaridade não devem ser
exigências para determinados cargos.
Mas afinal, o que é pessoa com deficiência? Para fins de reserva legal de
cargos, pessoas com deficiência são aquelas que possuem limitações física,
sensorial ou múltipla e mental, que as incapacitem para a execução de atividades
normais, resultado também na dificuldade de inserção social.
Segundo o Decreto n. 3298, de dezembro de 1999, Art. 3º, considera-se
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Os dados da Secretaria do Trabalho e Economia apontam que “em todo o
país, 11,4 mil inspeções para verificar o cumprimento da Lei de Cotas levaram à
contratação de 46,9 mil pessoas com deficiência em 2018” (Brasil, 2019).
Sobre a forma como se deve cumprir essa cota,
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REFERÊNCIAS
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PEREIRA, E. C. Escola e família: uma parceria que dá certo. Curitiba: E. C.
Pereira, 2004.
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