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Matéria de CA
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Responde às perguntas:
● Onde estou? – analisa o “hoje”. (por exemplo: que peso tenho neste momento);
● Como vou? – tem que ver com os meios: quais os meios, meios em falta, facilidade de acesso,
como posso adquiri-los. (por exemplo: a minha alimentação, facilidade de acesso a zonas próprias à
prática de exercício físico, etc). [os meios também podem estar relacionados com o posicionamento
estratégico, ou seja, imagem perante a concorrência. Por exemplo: a Furla e a H&M apesar de venderem o
mesmo tipo de produto, não são concorrência direta pois têm posicionamentos muito diferentes e
“públicos-alvo” distintos].
● Para onde vou? – tem que ver com a visão, “o sonho” (por exemplo: o peso que quero
alcançar.)
A questão “quem somos” tem que ver com a Visão/Missão/Valores (sempre por esta ordem)
- Natureza: meso/operacional.
Estratégia:
- Dimensão Macro: as decisões tomadas têm impacto em todos os níveis da instituição;
- Natureza: global/ampla.
o Estratégia Intencional – um plano inicial, linha de ação (por exemplo: os planos das
Universidades para o ano letivo 19/20).
o Estratégia Emergente – adaptação da estratégia inicial a acontecimentos imprevistos (por
exemplo: em março de 2020, foi necessária uma adaptação das estratégias devido à
pandemia e à necessidade de confinamento).
Segundo Freire, a estratégia é um “conjunto de decisões e ações da organização, que de forma consistente
visam proporcionar aos clientes, mais valor que o oferecido pela concorrência”.
Para o autor, “a estratégia antes de ser um plano é um conjunto de visões integradas, não necessariamente
claras e completas uma vez que são da autoria de um ou mais membros”, neste sentido, a atuação dos níveis é
alinhada com a “visão” da gestão de topo. Esta forma de atuação, leva a uma corresponsabilização do
processo. (Por exemplo: na formulação do plano estratégico da UC, foram ouvidos os alunos, investigadores,
docentes, não docentes etc, no final as sugestões, que iam ao encontra da visão da direção, foram
aperfeiçoadas e reunidas num só documento.)
● Níveis da Estratégia:
[*Nota: a monitorização tem como base mini avaliações espartilhadas que visam aferir se o definido
inicialmente está a ser implementado, no sentido de nos aproximarmos o mais possível dos nossos objetivos].
▪ Straights
▪ Weaknesses
▪ Oportunities
▪ Threats
▪ Objetivos:
● Minimizar as fraquezas;
● Maximizar os pontos fortes;
● Aproveitar as oportunidades;
● Tentar fazer frente às ameaças.
▪ Críticas: Este instrumento é estático, uma vez que a avaliação SWOT é relativa a
um determinado momento, e todos os pontos analisados vão alterando.
(Geralmente comparado a uma fotografia).
o Instrumento de análise Externa:
▪ Político
▪ Económico
▪ Social
▪ Tecnológico
o Uma gestão estratégica é um conjunto de decisões e ações que são determinantes para a
performance a médio e longo prazos, que incluem a análise do meio envolvente, análise
interna, a formulação de estratégia, a implementação, avaliação e controlo.
Podemos referir uma primeira fase do planeamento, integrado no POSDCoRB de Gulick (1937) na definição
das funções do administrador público.
Neste, o “P” de “Planear” leva a uma perspetiva do planeamento como processo formal destinado a
produzir um resultado articulado.
[Nota: processo porque é composto por várias fases, formal porque é concreto].
Mais tarde no séc. XX, o planeamento surge como um instrumento de racionalização e coordenação
económica diminuindo a incerteza e permitindo aos agentes económicos mais liberdade de atuação.
[A aplicação do planeamento apenas na vertente económica não se mostra viável e por esse motivo o
planeamento nas sociedades capitalistas não substituem a coordenação, mas complementam-na].
Nos anos 70, o planeamento Macro perde importância em favor do planeamento micro que a partir os anos
90 vem sendo gradualmente substituído por um “planeamento multinível”.
Estes planos caracterizam-se por: uma ação passiva, instrumento macroeconómico, instrumento de apoio
à tomada de decisão.
Com a entrada na CEE em 1986 os planos alteram e os planos e decisões da CEE influenciam a CRP.
PRACE (IMPORTANTE)
Planeamento Central
● (Alguns) Fatores que motivaram a necessidade de um Planeamento a Nível Nacional:
o Recursos parcos;
o Aumento do consumo;
o Instabilidade económica
o Visão a curto prazo.
Planeamento Regional
Planeamento Local
● O plano tem como finalidade facilitar a realização dos fins e dos objetivos da organização. Contudo,
o plano deve ser concretizado de modo que a estrutura seja capaz de o suportar, e vice versa ->
Alinhamento. Deve ainda haver uma união entre o planeamento e a monitorização.
Planeamento Organizacional
● 3 níveis:
o 1.º Estratégico/Institucional;
o 2.º Tático/de gestão (intermédio);
o 3.º Operacional/De execução.
● Processo de planeamento:
o Definir objetivos;
o Análise Interna e Externa;
o Avaliação estratégica;
o Operacionalização estratégica;
o Calendarização.
● 2 princípios:
Sempre que é reconhecida uma oportunidade de melhoria deve dar-se início a um processo de
planeamento de modo a definir-se os objetivos e os resultados esperados.
O PE é um processo de…
… atividade contínua de modo a adaptar a organização à evolução envolvente e coproduzir um futuro
anteriormente visualizado;
… de tomada de decisão.
Apesar disto:
Tipos de Plano
● Plano Reativo: não valoriza o planeamento, este apenas serve para evitar ameaças e alterações
indesejadas;
● Plano Proativo: planeamento excessivo, com pouca capacidade de implementação;
● Plano Interativo (SABER): (Russel Ackoff, anos 70) planeamento flexível, tem como objetivo evitar ou
controlar os efeitos da mudança e promover uma resposta pronta às alterações que não possam
ser evitadas.
▪ 3 princípios:
●Participação de todos os membros da instituição, no processo de elaboração do
planeamento;
●Continuidade do processo, o que exige uma monitorização continua do mesmo e
utilização deste mesmo em caso de alteração dos quadros de gestão;
●Conceção holística, o planeamento deve ser aplicado a nível macro, ou seja, a toda a
instituição com base:
No sentido de reforçar o planeamento na gestão pública, foi criado o SIADAP (Sistema Integrado de
Avaliação do Desempenho da Administração Pública). (IMPORTANTE)
Uma avaliação externa tem sempre mais creditação que uma avaliação interna devido à objetividade do
avaliador face ao avaliado. O SIADAP vem então trazer essa objetividade à avaliação da AP.
Âmbito de Aplicação:
Objetivo:
Foco:
●Atingir os objetivos dando um papel central aos resultados obtidos, relativamente aos objetivos
afixados, na avaliação dos serviços, dirigentes e trabalhadores;
●Desenvolver competências.
Avaliação:
Crítica:
Enquadra-se num processo de modernização da AP, com mais foco no cidadão e um reforço
numa gestão orientada para os objetivos, resultados, accountability e melhoria contínua.
A Avaliação do desempenho de cada serviço [SIADAP 1] assenta num QUAR (Quadro de Avaliação e
Responsabilização):
Parâmetros Graduação Avaliação Final
Objetivos de
Atingiu os objetivos.
eficiência
Objetivos de
qualidade Não atingiu os objetivos.
🡺 Modalidades de Avaliação:
● Autoavaliação:
o Obrigatória e anual;
o Com base no QUAR;
o Integra um relatório de atividades;
● Heteroavaliação:
● Avaliação Global;
● Avaliação intercalar (não produz efeitos na carreira).
…Outras formas:
● Benchmarking: comparação com outras organizações e
adaptação das melhores práticas à nossa realidade;
● Análise custo-benefício: - Análise dos impactos positivos no sentido de comparar a eficácia do meio
em que vamos investir (impactos + > impactos -);
- Estudo do impacto através de 2 métodos:
o Ad hoc: método formal aplicado a situações excecionais que não deverão ser
repetidas;
o Estruturado: desenvolvimento de estudos/estatísticas a nível macro.
- Os valores e a ética são os pilares base de qualquer organização e são a raiz das instituições que regulam a
ação/comportamentos.
- Para fazermos mudanças, estas devem ser sempre ao nível base, ou seja, os valores, pois estes influenciam
o sucesso da empresa.
Com base nestes valores, temos uma AP menos burocrática e mais autónoma.
● Democráticos
● Profissionais
● Éticos
● Valores ligados às pessoas
Em 1999 a Austrália criou o Public Service Act que determinava o código de conduta da AP.
Em 2006, Moilaren e Salminen, fizeram um estudo na EU para determinar a importância que cada país dava
aos valores, concluindo que Portugal era um dos países que não tinham um código de conduta.
Em 2016, foi aprovado o atual código de conduta do governo.
● Códigos éticos;
● Códigos de conduta; Não são normas legais!
● Declarações de valores; É “SOFTLAW”
● Guias ou mapas éticos.
Chevalier (1988) com o fim da burocracia, traz o conceito de transparência, consagrado do direito à
informação sendo assim sinónimo de comunicação, publicidade e proximidade e o extremo oposto do conceito
de corrupção.
Herbert Simon, identifica a tomada de decisão como um processo de 3 fases (processo esse que considera
mais importante que a própria decisão em si):
Para uns, uma boa decisão é uma escolha com base num consenso, para outros é uma decisão que
provoque menos reações desfavoráveis.
Uma boa decisão pode ainda ser toda aquela que dê mais garantia de atingir os objetivos.
● Decisões programadas (ou decisões de tipo 1): repetitivas / rotineiras / com base num
procedimento administrativo já existente (níveis mais baixos da organização)
● Decisões não programadas (ou decisões de tipo 2): não procedimentadas, tomadas em situações
excecionais (Ad hoc) (decisões da gestão de topo).
A gestão intermédia faz a ponte entre os níveis baixos e a gestão de topo: controla se os níveis baixos
implementam o decidido pela gestão de topo e reporta aos níveis superiores.
[Nota: na tomada de decisão, os administradores devem responder às perguntas: Quando decidir? Qual o
custo? Qual o risco envolvido?].
(A decisão deve decorrer dentro de um processo dinâmico, com um conjunto de etapas inter-relacionadas).
1. Fixação de objetivos;
2. Busca de alternativas;
3. Comparação/avaliação das alternativas;
4. Escolha de uma alternativa;
5. Implementação da escolha;
6. Avaliação e controlo da alternativa escolhida (monitorização).
O modelo é parte limitada da realidade, isto é, uma forma de tentar explicar a realidade, e por esse motivo
é sempre incompleto.
… 4 modelos de Decisão
▪ Diferença MR vs. MO
● Divisão de problemas;
● Satisfação: maximização do resultado, no MR, é substituída pela satisfação ->
PRINCIPAL DIFERENÇA;
● Busca (deve-se evitar a reatividade, mais típico no MR, o processo é fixo);
● Fuga da incerteza (através da monitorização corrigir as decisões que levem à
incerteza [isto no MO pois o MR tem sempre a melhor decisão]);
● Informação: quando o feedback à 1ª alternativa é negativo, abandona-se as
restantes.
É o extremo oposto do modelo clássico sendo um modelo Behaviorista, com base nas ciências sociais.
Neste modelo, faz-se o que é aceitável pelo que a decisão é aceitável de ordem incrementalista (isto é, se
anteriormente houve investimento no setor A, tornando as condições deste aceitáveis, então agora apenas se
investe em B).
Este modelo caracteriza-se por se focar apenas em questões que possam perturbar o status quo, utiliza
sempre uma estratégia com base em negociação (cedências) e compromisso.
Contudo, um processo em grupo é mais dispendioso e pode não ser a melhor decisão uma vez
que, a tendência para conformidade de pensamento em grupo pode inibir os mais inovadores ou
levar a um caminho diferente do seguido se fosse uma decisão tomada apenas pela pessoa mais
qualificada.
Modelos de Avaliação
Uma política pública é a forma do Governo implementar as suas ações (também podem ser Programas
Públicos) e resolvem problemas públicos que devem assumir sempre duas dimensões: coletivo (afeta a
comunidade) E tem com base um conflito.
● Método Incremental
[semelhante ao modelo político, mas na avaliação, ou seja…]
→ Avaliação daquilo que é novidade;
→ Foco na estabilidade e na rotinização procedimental.
● Método Conceptual
→ Avalia aquilo que a AP devia ser;
→ Avalia que serviço deve ser responsável por que situação;
→ Foca-se na ajuda pontual ao cidadão e incentiva a autossuficiência deste.
● Método de Desempenho
→ Dá importância à monitorização;
→ Relaciona-se com o MO e o MM (os modelos de decisão);
→ Considera traços de personalidade;
→ Indicadores mensuráveis;
→ Minimizar o potencial da manipulação política (afasta-se do MP).
Uma entidade pública não tem um bom desempenho se os cidadãos não estiverem satisfeitos.
Políticas Públicas
● Duas perspetivas:
● O CPP, analisa a sociedade segundo a perspetiva de que todos os atores são racionais e auxilia a
decisão política.
(SABER A
DIFERENÇA)
- Devemos sempre ter em consideração o contexto em que a organização se enquadra (por exemplo:
demografia);
- As organizações devem tomar uma orientação mais horizontal, com menos hierarquia, no sentido de
tornar mais fácil a adaptação ao constante aumento de exigência por parte do cidadão.
… os gestores intermédios devem ter uma função mais de “coach” e menos de “supervisor”;
… os gestores de topo devem ser menos estrategas e mais construtores, isto é, devem estar mais
próximos da realidade organizacional
- Uma vez que as pessoas são o foco central do novo paradigma, é necessário investir nas qualificações e
competências (SIADAP) dos profissionais, de modo que tenham um bom desempenho (skill+motivação)
tornando a AP mais moderna, ágil e eficaz.
A gestão dos RH, tem que ver com TODAS as decisões que afetam a relação entre a organização e os
colaboradores. (Incluindo avaliação e recrutamento, que na AP estão à responsabilidade do SIADAP e do
CRESAP, respetivamente).
Ao longo dos anos a gestão de RH na AP, tem-se vindo a aproximar da GRH no privado.
Apesar disto, as duas dimensões não poderão ser iguais tendo em conta os contextos extremamente
opostos.
Vínculos
● Previstos na Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas (LGTFP)
▪ Esta lei, vem alterar o RCTFP (Regime de Contrato de Trabalho nas F.P);
▪ Altera também a designação de “quadros de pessoal” para “mapas de pessoal” (avaliação anual
com identificação dos postos necessários);
o Foram ainda definidos os conceitos de:
→ Incompatibilidades: impossibilidade de conciliação de cargos;
→ Impedimentos: determinada pessoa não poder exercer determinado cargo.
● 3 modalidades:
▪ Contrato de Trabalho em Funções Públicas (é a regra base);
▪ Nomeação (para missões/funções genéricas);
▪ Comissão de serviço (cargos não inseridos nas carreiras, há um aumento da remuneração
temporário, enquanto exercemos determinado cargo, contudo após término da comissão,
voltamos à carreira inicial – não visam renovações ilimitadas, mas podem ser amplas).
- Regra geral;
- Mais estável;
- Mais seguro;
- Menos precário.
…a termo resolutivo…
- Menos estáveis;
- Menos seguros;
- Mais precários.
NÃO É uma modalidade de vínculo de emprego público, porque NÃO HÁ UMA POSIÇÃO DE
SUBORDINAÇÃO nem imposição de horário de trabalho.
Há um acordo inicial entre as partes, no qual ficam estipuladas todas as condições (carga horária, tarefa,
equipamento necessário, etc.).
● 2 modalidades:
Carreiras
1.º Nível -> Carreira
Com o Welfare State e o crescimento exponencial das funções do Estado, deu-se uma necessidade de
crescimento da AP e da despesa do Estado.
Neste sentido, foram necessários meios que promovam o controlo de custos com o pessoal.
Assim, os países da OCDE vêm, progressivamente, adotar modelos com foco numa melhor gestão, redução
do peso do Estado e condições/modalidades de emprego público.
▪ (Art. 84º, nº 3) carreiras cujas funções caracterizam postos de trabalho que apenas alguns órgãos
ou serviços carecem para o desenvolvimento das atividades (Enfermeiros, GNR, etc.)
●Carreiras Gerais:
▪ (Art. 84º, nº3) carreiras cujas funções caracterizam postos de trabalho que a generalidade dos
órgãos e serviços carecem para desenvolver as atividades (CM, JF, etc.)
Ambas as carreiras podem ser unicategoriais ou pluricategoriais.
1. Escolaridade obrigatória;
2. 12.º ano;
3. Licenciatura ou superior.
Carreiras gerais
Carreira Categoria
Coordenador Técnico
Assistente Técnico
Assistente Técnico
Encarregado Geral
Assistente Operacional
Operacional
Encarregado
Operacional
Assistente Operacional
Remunerações
Princípios gerais: as remunerações são com base na ideia “trabalho igual, salário igual”. Apesar disto,
funcionários na mesma categoria podem ter salários diferentes, diferenças com base no ano de entrada (por
motivos de contextos políticos e legislaturas diferentes).
Modalidades de Mobilidade:
- Mobilidade dentro da categoria: exercício de funções inerentes à categoria do trabalhador na mesma
atividade ou diferente;
- Mobilidade intercarreira ou entre categorias: exercício de funções não inerentes à categoria do
trabalhador, e estas podem ser de categoria inferior ou superior.
- Estabilidade legislativa.
▪ Fenómenos de mudança;
▪ Sistema político;
▪ Forças socioeconómicos.
Para Rocha (1995) para que haja uma reforma na AP, é necessário:
[Apesar da necessidade de eficácia e de eficiência, há certos valores que não devem ser alterados].
Para haver modernização, é necessário dar-se uma desburocratização da AP, que passa por mecanismos
como a TQM Total Quality Management (Gestão pela Qualidade Total), de Deming (1980) (importante- mais
explicado na “Reforma Administrativa e Qualidade”)
Objetivo: Racionalizar, sistematizar e inovar, num único diploma, as normas de âmbito geral aplicáveis à AP.
Foco: tem por base uma mudança da public administration para a public management, relacionando-se com
uma filosofia Managerialista. Neste sentido, a OCDE recomenda que os países operem com base nos 4E’s:
▪ Eficiência;
▪ Eficácia;
▪ Economia;
▪ Ética.
▪ Mudança Profunda/radical: geralmente irreversível pois muda ao nível dos valores da organização.
De caráter estratégico, esta mudança é a longo prazo e diz respeito à alteração das características
mais importantes da organização. Para Parsons, trata-se de uma mudança do sistema.
● Mobilizar as pessoas;
● Desenvolver uma visão conjunta;
● Incentivar o consenso;
● Disseminar a revitalização por todos os departamentos;
● Institucionalizar a revitalização;
● Controlar, monitorizar e ajustar estratégias;
Dimensões da mudança
Mudança Reativa (ocorre quando a organização é forçada a mudar) [ex: caso do início da pandemia que
obrigou as várias organizações a mudar devido ao confinamento.] – pode ser radical ou incremental.
Mudança Proativa (ocorre quando gestores introduzem mudanças com base na antecipação de eventos ou
tendências).
Motivos das falhas nas tentativas de mudança (Segundo John Kotter 1197 e 2000)
Não há ainda uma definição de qualidade objetivo pois depende de pessoa para pessoa, no entanto, a ideia
do conceito foi mudando ao longo do tempo.
1ª fase – até ao final da WW1: a qualidade dependida das características físicas do produto. Se o produto
final correspondesse às especificações técnicas do mesmo, era um produto de qualidade [exemplo da caneta:
composição recarga, plástico envolvente e tampa. Se faltasse um destes componentes já não era uma caneta de
qualidade.] ->Dimensão: Especificidade.
O controlo só é feito no final.
2ª fase – Qualidade Total (QT): introduzido por Deming e Juran [TQM- Total Quality Management]
(SABER)
Num mercado com muita oferta/concorrência, a qualidade passa a ser um elemento diferenciador entre os
vários agentes de mercado.
Introduz-se, assim, a Dimensão de Usabilidade (adequação ao uso).
3ª fase – Nasce um novo conceito das atividades transfuncionais: os produtos devem ser posicionados para
o mercado certo (posicionamento estratégico). Apenas anunciam os produtos p/ mercados restritos cujos
consumidores pertencem a uma classe com poder de compra elevado.
Nesta fase é introduzida a Dimensão de exclusividade//posicionamento estratégico.
Feigenbaum, traz então a necessidade de substituir a inspeção/controlo final por um controlo do processo
produtivo (consequentemente cria uma auto responsabilização e respeito pelo trabalho dos outros.).
Desta forma, diminui-se o desperdício de peças, mas aumenta o custo dos ajustes.
4ª fase – No final do séc. XX, dá-se um boom de competição/concorrência e uma maior exigência por parte
do consumidor. Nesta fase, é introduzida a lean production com a qual se pretende eliminar todos os
desperdícios, com recurso à robotização do processo de produção.
O cliente vem a ficar cada vez mais exigente e menos tolerante a erros de fabrico.
● ISO 9001 – mostra como deve ser cada processo dentro de uma empresa, fornecendo orientações
sobre a qualidade dos projetos (desenvolvimento, produção etc.);
● ISO 9004 – fornece orientações para implementação de um sistema de gestão de qualidade de forma
que a empresa possa ter um sucesso sustentado;
● ISO 19011 – orientação para auditorias do sistema de gestão.
A qualidade é um processo contínuo, auto regenerador, que deverá ser implementado de forma
dinâmica. SABER
As normas ISO têm o cliente como principal foco e apresentam uma infinidade de técnicas para garantir a
otimização dos processos internos, como por exemplo a responsabilidade, eficiência, segurança e
sustentabilidade.
O SGQ inclui normas que permitem que a organização identifique os objetivos e determines os processos e
recursos necessários para o atingir. É o SGQ que gere estes processos e recursos de modo a obter os resultados
pretendidos pelas partes interessadas relevantes.
Os SGQ proporcionam também meios para identificar e dar resposta às consequências desejadas e
indesejadas.
● Foco no cliente;
● Liderança;
● Comprimento das pessoas
● Abordagem por processos;
● Melhora;
● Tomada de decisão com base em evidências;
● Gestão de relações.
As organizações, tanto públicas como privadas, apostam num serviço de qualidade contínua. Garantir a
satisfação do cidadão/cliente apenas no curto contacto que teve já não é suficiente, há uma necessidade de
reter/fidelizar de forma a garantir uma permanência ao longo do tempo.
Apesar disto, o serviço prestado real é diferente do serviço percecionado -> é na minimização desta
diferença que as empresas se focam.
● Gestão de Expectativa II – no momento da prestação de serviço: diz respeito ao contacto direto com
o cidadão/cliente. Nesta fase a organização deve ter as competências técnicas necessárias para ir ao
encontro da necessidade do cidadão/cliente.
● Gestão de Expectativa III – no momento contínuo após a prestação do serviço: relaciona-se com a
capacidade da organização continuar a gerir a prestação do serviço de forma a fidelizar o cliente e
potenciar um futuro contacto.
A substituição da “satisfação do cliente” pela “fidelização do cliente” deve-se ao facto de que, quando um
serviço é contratado, o cliente já espera sair satisfeito deste. Um cliente satisfeito pode ainda assim alterar para
uma organização concorrente precisamente por causa disto, a satisfação estar implícita na contratação do
serviço. Neste sentido, para manter clientes, importa ter medidas e ferramentas para os fidelizar.
4 grandes fatores diferenciadores dos serviços e dos produtos são: (SAI NO EXAME)
Na AP, a qualidade não era uma prioridade devido aos processos altamente burocráticos. Neste sentido, foi
necessário adaptar o sistema produtivo de bens e serviços aos objetivos económicos e sociais, adaptação essa
que dependeu bastante da qualidade.
O Decreto lei nº 166-A/99, de 13 de maio, veio aprovar o SQSP e implementar a qualidade na prestação de
serviço público.
A qualidade foi então reconhecida como a satisfação do cliente a custos adequados para as organizações.
Assim, o serviço público deve ser personalizado e deve abranger benefícios como:
● Maior rapidez na resposta;
● Resolução atempada dos utentes insatisfeitos;
● Maior envolvimento dos trabalhadores na qualidade do serviço;
● Melhor atendimento e ideias inovadoras;
● Maior fidelização do utente.
Modelo EFQM (European Foundation for Quality Management): que estabelece os modelos de avaliação
das organizações.
Este modelo NÃO É NORMATIVO, visa apenas medir e promover a excelência nas organizações de serviços,
principalmente nas organizações públicas (mas também pode ser aplicado ao privado).
Este modelo permite avaliar o desempenho das organizações e identificar pontos fortes e fracos; introduzir
uma cultura de melhoria continua, evitar duplicações, identificar ações de impacto positivo e negativo.
Modelo CAF (Common Assessment Framework – Estrutura comum de avaliação): é um modelo específico
para AP.
Este modelo, trata-se de um modelo de autoavaliação apenas para as administrações públicas através do
qual as organizações analisam as atividades e os resultados com base em evidências.
Principais vantagens: Promover e partilhar boas práticas entre diferentes setores, medição do progresso ao
longo do tempo, etc.
Condições de sucesso: envolvimento dos colaboradores no processo de autoavaliação, transparência dos
objetivos e dos resultados, etc.