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-PUBLICO-

N-2169 REV. D 01 / 2011

Mangotes Marítimos - Manuseio,


Embalagem, Transporte
e Armazenamento

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
CONTEC eventual resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela
Técnica Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de
caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da
PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não-impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 05 CONTEC - Subcomissão Autora.

Instalações e Operações As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Marítimas Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. - PETROBRAS, de uso interno na PETROBRAS, e qualquer
reprodução para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e
expressa autorização da titular, importa em ato ilícito nos termos da
legislação pertinente, através da qual serão imputadas as
responsabilidades cabíveis. A circulação externa será regulada mediante
cláusula própria de Sigilo e Confidencialidade, nos termos do direito
intelectual e propriedade industrial.”

Apresentação

As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho


- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas
sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.
.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 12 páginas, Índice de Revisões e GT


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1 Escopo

1.1 Esta Norma estabelece os procedimentos para o manuseio, embalagem, transporte e


armazenamento dos mangotes marítimos, desde a sua fabricação até o local de armazenamento em
terra.

1.2 Esta Norma se aplica a fornecimentos a partir da data de sua edição.

1.3 Esta Norma contém somente Requisitos Técnicos.

1.4 Para aplicação desta Norma devem ser consultadas as PETROBRAS N-2073, OCIMF Ed. 1995,
OCIMF 5ª 2009 e ISGOTT.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos (incluindo emendas).

PETROBRAS N-2073 - Inspeção de Mangotes Marítimos em Operação;

OCIMF Ed. 1995 - Guidelines for Handling, Storage, Inspection and Testing of Hoses in the
Field;

OCIMF 5ª 2009 - Guide to Manufactoring and Purchasing Hoses for Offshore Moorings;

ISGOTT - International Safety Guide for Oil Tankers and Terminals.

3 Termos e Definições

Para os efeitos deste documento aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
dispositivo de desacoplamento rápido (“marine breakaway coupling”)
dispositivo de proteção inserido entre mangotes componentes de uma linha que, em caso de esforço
de tração acima do limite pré-estabelecido para a linha, funciona como fusível, rompendo e
bloqueando as extremidades dos mangotes conectados ao dispositivo, minimizando o vazamento do
produto contido na linha e preservando os equipamentos

3.2
estrado (“skid”)
dispositivo metálico (de aço) para acondicionamento de mangotes

3.3
flange cego
dispositivo circular de aço com olhal de reboque utilizado para tracionar a linha de mangotes por
ocasião do reboque

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Figura 1 - Flange Cego

3.4
flutuador
conjunto de peças semicirculares, esponjosas e encapadas, geralmente de poliuretano ou polietileno,
guarnecidas com grampos de fixação ou fitas de aço que se ajustam sobre os colares de retenção
existentes nos mangotes submarinos, para prover a sua flutuação

Figura 2 - Flutuador

3.5

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mangote marítimo
mangueira curta, provida de flanges, constituída por material composto, para escoamento de fluidos
entre terminais oceânicos e navios petroleiros. Foram padronizados os seguintes tipos de mangotes
marítimos: catenária, flutuante, lanterna chinesa e submarino

3.6
mangote dupla carcaça
mangote marítimo com uma carcaça adicional (segunda carcaça) independente, projetada para
conter qualquer produto que possa escapar da primeira carcaça como resultado de um vazamento
lento ou falha repentina

3.7
mangote superflexível
mangote marítimo que admite maior curvatura sem se danificar

Convencional: r = 6 d

d
Super flexível: r = 4 d

d
r

Onde:
r é o raio de curvatura
d é o diamêtro do mangote

Figura 3 - Curvatura dos Mangotes Convencional e Super Flexível

3.8
tampão
dispositivo circular de madeira ou PVC utilizado para tamponar as extremidades do mangote quando
estocado, evitando avarias na face dos flanges e a entrada de corpos estanhos. Normalmente dotado
de furos para prover a circulação do ar

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Figura 4 - Tampão

4 Manuseio

4.1 Prevenção de Avarias

4.1.1 Danos na Cobertura Externa

Imediatamente abaixo da cobertura externa (capa) existe material esponjoso necessário à flutuação
dos mangotes flutuantes. Apesar do material da cobertura ter sido concebido para resistir à abrasão,
cuidados devem ser tomados para se evitar atritos excessivos assim como choques e danos
provocados por objetos afiados ou pontiagudos.

Figura 5 - Não Puxar Mangote em Pisos Abrasivos

4.1.2 Ruptura da Carcaça

Todos os mangotes podem ser avariados de maneira irreparável por dobramento excessivo (ver
Figura 6), resultando na ruptura da carcaça, amassamento, ovalização ou quebra do arame helicoidal
de reforço do corpo.

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Figura 6 - Condição Errônea de Içamento de um Mangote

4.2 Peso dos Mangotes e seus Acessórios

As Tabelas 1 e 2 apresentam os pesos aproximados dos mangotes mais usados pela PETROBRAS e
deve ser usada quando não forem conhecidos os pesos indicados pelos fabricantes.

Tabela 1 - Mangotes Marítimos 150 LBS

Peso (kgf) em função do diâmetro nominal (mm)


Tipo de mangote
Condição 250 400 500
ou acessório
(10 pol) (16 pol) (20 pol)
Catenária Vazio, no ar 1 670 2 818 3 660
Flutuante Vazio, no ar 1 117 2 857 3 400
Lanterna chinesa Vazio, no ar 1 585 2 682 3 490
Submarino Vazio, no ar 1 590 2 705 3 560
NOTA 1 Valores intermediários podem ser obtidos por proporcionalidade.
NOTA 2 Os mangotes são referidos ao comprimento de 10 670 mm (35 pés).
NOTA 3 Os pesos acima são os máximos encontrados nas tabelas dos fabricantes na época da
atualização desta Norma.

Tabela 2 - Mangotes Marítimos 300 LBS

Peso (kgf) em função do diâmetro nominal (mm)


Tipo de mangote
Condição 250 400 500
ou acessório
(10 pol) (16 pol) (20 pol)
Catenária Vazio, no ar 2 210 3 682 4 740
Flutuante Vazio, no ar 2 168 3 612 4 654
Lanterna chinesa Vazio, no ar 2 039 3 407 4 398
Submarino Vazio, no ar 2 120 3 505 4 480
NOTA 1 Valores intermediários podem ser obtidos por proporcionalidade.
NOTA 2 Os mangotes são referidos ao comprimento de 10 670 mm (35 pés).
NOTA 3 Os pesos acima são os máximos encontrados nas tabelas dos fabricantes na época da
atualização desta Norma.

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4.3 Manuseio

4.3.1 Os mangotes devem ser manuseados por equipamento que assegure a elevação por um
mínimo de 4 pontos, evitando-se dobramento.

4.3.2 Utilizar barras de içamento, conforme a Figura 7.

Figura 7 - Sistemas de Elevação de Mangotes

4.3.3 As cintas de levantamento devem ser de fibra sintética, com largura mínima de 200 mm, para
prevenir qualquer corte na cobertura dos mangotes.

NOTA Essas cintas devem ser usadas quando se manuseia mangotes, pois eliminam as marcas
do apoio pelo peso ou as deformações do material flutuante.

4.3.4 Em nenhum caso os mangotes devem ser elevados sustentando-os unicamente pelos flanges,
pois acarreta excessiva curvatura central. Esta prática é admitida apenas parcialmente, por ocasião
da colocação de calços ou berços de madeira (elevação máxima 1 m), sem que o mangote seja
totalmente elevado do solo (ver Figura 8).

Figura 8 - Elevação para Colocação de Calços

4.3.5 Os mangotes não devem ser arrastados ou rolados sobre piso abrasivo.

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5 Embalagem

5.1 Proteção das Extremidades

Os flanges dos mangotes devem ser tamponados por peças circulares de madeira ou PVC
aparafusadas, com furos para haver a circulação de ar, de modo a proteger contra choques durante o
transporte e evitar a entrada de corpos estranhos no interior dos mangotes. Antes da colocação das
proteções, os flanges e niples devem ser untados com graxa.

5.2 Proteção do Corpo

Para o transporte o corpo dos mangotes deve ser protegido por filme plástico. Os mangotes com
colares devem ser embalados e armazenados com os flutuadores desmontados. Os sinalizadores de
rompimento da 1ª carcaça, quando removíveis, devem ser transportados em embalagens separadas.

6 Armazenamento

O armazenamento dos mangotes deve observar as condições de apoio com o uso de estrados
(“skids”) ou suportes, devendo ser evitados locais onde haja presença de umidade, ozônio, solventes
e gases ácidos, que possam afetar a vida útil do mangote. O empilhamento deve ser efetuado de
forma a evitar o contato dos flanges de um mangote com o corpo de outro mangote. Devem ser
utilizados tampões nas extremidades do mangote para a sua armazenagem.

Ao retornar de sua utilização, os mangotes devem ser lavados e ter todo tipo de incrustações e
sujeiras removidas. O tamponamento das suas extremidades só deve ser feito após a secagem
interior.

Especial cuidado deve se tomar com os sinalizadores de rompimento da 1a carcaça, evitando o


contato dos mesmos com os estrados e cintas de elevação.

6.1 Uso de Estrados (“Skids”)

6.1.1 Os mangotes devem ser pousados sobre os estrados em forma de berço, com apoios nas
extremidades e em 3 pontos intermediários, conforme a Figura 9. Os estrados (“skids”) devem ser
utilizados para otimizar a utilização da área disponível para armazenamento e para eliminar os riscos
de possíveis danos ocasionados no caso de serem armazenados diretamente no chão.

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Pernas removíveis
Poste final
Olhal de içamento removível
(para 5 toneladas) Altura 410 mm
global
Altura

La
rg l
ur loba
a glo
imento g
ba pr
l Com

4 Suportes de 50 mm de altura

Figura 9 - Estrados para 2 Mangotes e 3 Mangotes

6.1.2 Os estrados devem ser colocados diretamente sobre o solo, preferencialmente em piso de
concreto. O empilhamento dever ser de, no máximo, 3 estrados.

Figura 10 - Armazenagem Correta

6.1.3 Os estrados devem ser construídos de modo a permitir o empilhamento sem danificar o
mangote.

6.1.4 A área de armazenamento deve estar localizada próximo às pistas para permitir a utilização de
guindastes ou empilhadeiras.

6.2 Uso de Suportes

6.2.1 Os mangotes devem ser apoiados no solo sobre suportes com largura mínima de 0,7 m para
minimizar os pontos de carga na cobertura do mangote, conforme a Figura 11.

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0,7 m
Mínimo

Mangotes inferiores calçados

Figura 11 - Mangotes Apoiados no Solo

6.2.2 Os suportes devem ter comprimento suficiente para acomodar diversos mangotes, deixando
entre eles espaço suficiente para aeração e passagem das cintas de elevação. Quando não houver
espaço suficiente, pode ser tolerado o empilhamento de até 3 mangotes, desde que tomadas as
precauções de colocar espaçadores de madeira (pranchões de 200 mm de largura por 50 mm de
espessura) (ver Figura 12) e que os mangotes inferiores sejam devidamente calçados, conforme a
Figura 11. Esta situação é somente para triagem.

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Figura 12 - Espaçadores de Madeira entre Mangotes

6.3 Proteção Contra Intempéries

Preferencialmente os mangotes devem ser armazenados em locais cobertos com livre circulação de
ar. Quando não for possível, devem ser providenciadas proteções de lona ou plástico, conforme a
Figura 13. Esta cobertura não permanente deve ser construída em cima dos paletes de mangotes,
para mantê-los secos e protegidos de exposição árdua do sol. Tais estruturas devem ser de fácil
montagem e desmontagem, considerando a utilização destes mangotes. Madeiras leves podem ser
usadas passando no topo dos paletes metálicos, fixado-as nas colunas dos paletes dos mangotes,
organizadas para formar a cobertura. Estas madeiras devem ter arranjos de modo que a lona fique
esticada sobre a estrutura para não permitir depósitos de bolsões de água durante as estações
chuvosas como também para permitir a circulação de ar. A lona de cobertura deve ser de cor clara
para refletir os raios do sol.

Figura 13 - Típica Cobertura de Mangotes com Lona ou Plástico

7 Transporte

Os mangotes devem ser transportados em estrados que permitam o empilhamento de até 2 estrados
(“skids”), conforme a Figura 10, devendo ser observados os mesmos cuidados recomendados
durante o manuseio e armazenamento (ver Figuras 7, 9 e 10).

8 Reboque

A linha de mangotes pode ser rebocada cheia da água ou de ar. Colocar uma bóia de flutuação na
parte não flutuante do mangote semi-flutuante, durante o reboque.

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A fim evitar os danos ao flange do mangote deve rebocar usando um flange cego com olhal de
reboque. Este método de reboque é preferido de modo a proteger a face do flange e impedir a
passagem de objetos estranhos nos mangotes que possam danificá-los.

Todos os mangotes flutuantes possuem uma reserva de flutuação que foi calculada para uma dada
razão de volume da espuma, a qual pode ser prejudicada pela excessiva compressão do mangote,
pelo efeito da pressão externa da água, caso haja uma submersão abaixo de 10 m. O colapso da
espuma impede o seu uso.

O reboque da linha de mangotes deve ser realizado pela extremidade mais distante do dispositivo de
desacoplamento rápido quando este estiver presente na linha.

Se a linha de mangotes tiver que ser rebocada através de um canal da navegação antes de alcançar
o mar aberto, deve ser empregada uma segunda embarcação de reboque para manter o alinhamento
da outra extremidade da linha de mangotes, bem com substituir a outra embarcação de reboque
quando houver qualquer anormalidade no reboque.

Os mangotes não devem ser rebocados em velocidade maior que 5 nós.

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A
Não existe índice de revisões.

REV. B
Partes Atingidas Descrição da Alteração

1.3 Revisado

2.2 Incluído e Renumerado

2.3 a 2.5 Revisados e Renumerados

FIGURAS 1 a 13 Renumeradas

3.1.2 Revisado

3.1.3 Revisado

TABELA 1 Revisada

3.3.3 Revisado

3.3.4 Revisado

4.2.1 Revisado

4.2.11 Revisado

5 Revisado

5.2.2 Revisado

FIGURA 10 Revisada

6 Revisado

ANEXO A Incluído

REV. C
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Toda Revisada

REV. D
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisadas

IR 1/1

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