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TRANSMISSÃO DE CALOR

Prof. Álvaro Augusto Soares Lima

Trocadores de Calor

TRANSMISSÃO DE CALOR

Prof. Álvaro Augusto Soares Lima

Natal - 2022
TRANSMISSÃO DE CALOR
Trocadores de calor

• Trocadores de calor são dispositivos que facilitam a troca de calor entre dois fluidos que se encontram em
diferentes temperaturas, evitando a mistura de um com o outro

• Convecção em ambos os lados


Coeficiente global de transferência de calor ( U )
• Condensação

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Tipos de trocador de calor

• Tubo duplo

• Tipo mais simples de trocador de calor


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Tipos de trocador de calor

• Compacto

• Razão da superfície de transferência de calor do trocador de calor para seu volume é chamada densidade de
área (β).

• São usados em aplicações com limitações estritas sobre peso e volume dos trocadores de calor

• Em trocadores de calor compactos, normalmente os dois fluidos circulam perpendiculares um ao outro, e


essa configuração de escoamento é chamada escoamento cruzado. Escoamento com/sem mistura.

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Tipos de trocador de calor

• Casco e tubo

• Tipo mais comum de trocador de calor

• Não são adequados para utilização em aplicações automotivas e aeronáuticas, em virtude de seu tamanho e
peso relativamente grandes.

• Os trocadores de calor casco e tubo são classificados, ainda, de acordo com o número de passes envolvidos
no casco e nos tubos
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Tipos de trocador de calor

• Casco e tubo
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Tipos de trocador de calor

• Placa

• Modelo mais “inovador”

• Fluidos quentes e frios escoam


em passagens alternadas

• Adaptados para aplicações de


troca de calor líquido-líquido,
desde que os escoamentos dos
fluidos quentes e frios estejam
mais ou menos na mesma
pressão.

• Regenerativo
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Coeficiente global de transferência de calor

• O calor é primeiro transferido do fluido quente para a parede por convecção,


através da parede por condução e, a partir da parede, para o fluido frio
novamente por convecção

• Quando um tubo é aletado de um lado para aumentar a transferência de calor, a


superfície total de transferência de calor no lado aletado se torna: (Para aletas
curtas)

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Fator de incrustação

• O desempenho dos trocadores de calor normalmente se deteriora com o passar do tempo como resultado do
acúmulo de depósitos nas superfícies de transferência de calor.

• Outra forma de incrustação comum nas indústrias de processos químicos é a corrosão e outras incrustações
químicas

• Em aplicações onde sua ocorrência é provável, as incrustações devem ser consideradas no projeto e na seleção dos
trocadores de calor

• O efeito líquido dessas acumulações na transferência de calor é representado pelo fator de incrustação Rf, que é a
medida da resistência térmica introduzida pelas incrustações

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Exemplo

Óleo quente deve ser resfriado em um trocador de calor de tubo duplo em contracorrente. Os tubos de cobre internos
têm diâmetro de 2 cm e espessura desprezível. O diâmetro interno do tubo externo (casco) é 3 cm. A água escoa através
do tubo a uma taxa de 0,5 kg/s, e o óleo escoa através do casco a uma taxa de 0,8 kg/s. Considerando as temperaturas
médias da água e do óleo como 45 °C e 80 °C, respectivamente, determine o coeficiente global de transferência de calor
desse trocador de calor.
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Exemplo

Um trocador de calor de tubo duplo é construído com um tubo interno de cobre (k = 380 W/mK) de diâmetro interno
Di = 1,2cm, diâmetro externo Do = 1,6cm e um tubo externo de 3,0cm de diâmetro. O coeficiente de transferência de
calor por convecção é relatado como hi = 800 W/m2K sobre a superfície interna do tubo e ho = 240W/m2K em sua
superfície externa. Para o fator de incrustação Rf,i = 0,0005 m2K/W no lado do tubo e Rf,o = 0,0002 m2K/W no lado do
casco, determine (a) a resistência térmica do trocador de calor por unidade de comprimento e (b) os coeficientes
globais de transferência de calor Ui e Uo com base nas superfícies interna e externa do tubo, respectivamente.

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Análise de trocadores de calor

• Temos dois objetivos principais na análise de um trocador de calor

• Escolher o trocador de calor que permita alcançar a mudança na temperatura especificada no escoamento de
vazão mássica conhecida

• Método da diferença de temperatura média logarítmica

• Prever as temperaturas de saída dos escoamentos dos fluidos quente e frio em determinado trocador de calor.

• Método da efetividade-NUT
Taxa de capacidade térmica (C)
• Aproximações úteis para o estudo de trocadores de calor
• Regime permanente
• Pequena variação de energia cinética e potencial
• Calor específico aproximado como constante
• Condução de calor axial insignificante
• Superfície externa do trocador de calor perfeitamente isolada
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MÉTODO DA DIFERENÇA DE TEMPERATURA MÉDIA LOGARÍTMICA

• Relação para transmissão de calor no trocador de calor

Integrando para entrada do trocador de calor até a saída, obtemos


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MÉTODO DA DIFERENÇA DE TEMPERATURA MÉDIA LOGARÍTMICA

• Trocador de calor contracorrente

• Mesmo procedimento que o caso anterior

• A temperatura de saída do fluido frio, nesse caso, pode exceder a


temperatura de saída do fluido quente. No caso-limite, o fluido
frio será aquecido até a temperatura de entrada do fluido quente.
No entanto, a temperatura de saída do fluido frio nunca poderá
exceder a temperatura de entrada do fluido quente, pois isso seria
uma violação da segunda lei da termodinâmica.

• Se os fluido possuírem a mesma capacidade térmica, ΔT1 = ΔT2

Um condensador ou evaporador pode ser considerado um trocador de


calor de escoamento paralelo ou contracorrente, já que ambos os métodos
têm o mesmo resultado.
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MÉTODO DA DIFERENÇA DE TEMPERATURA MÉDIA LOGARÍTMICA

• Trocadores de calor de multipasses e escoamento cruzado

• A diferença logarítmica de temperatura só é válida para escoamento paralelo e contracorrente

• Trocadores de calor de escoamento cruzado e de casco e tubos com multipasses possuem relações apropriadas,
mas são complexas

F é fator de correção, que depende da geometria do trocador de calor e das temperaturas


de entrada e saída dos escoamentos dos fluidos quente e frio é multiplicado pela diferença
logarítmica para o caso contracorrente.

• O fator de correção é inferior à unidade para trocadores de calor de escoamento cruzado e casco e tubo com
multipasses.

Não faz diferença se o fluido quente ou frio escoa através do casco ou do tubo
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MÉTODO DA DIFERENÇA DE TEMPERATURA MÉDIA LOGARÍTMICA
TRANSMISSÃO DE CALOR
MÉTODO DA DIFERENÇA DE TEMPERATURA MÉDIA LOGARÍTMICA

Procedimentos para a obtenção da área de troca térmica necessária

1. Selecione o tipo de trocador de calor adequado para a aplicação.

2. Determine qualquer temperatura de entrada ou saída desconhecida e a taxa de transferência do calor, usando um
balanço de energia.

3. Calcule a diferença de temperatura média logarítmica ΔTlm e o fator de correção F, se necessário.

4. Obtenha (selecione ou calcule) o valor do coeficiente global de transferência de calor U.

5. Calcule a área de transferência de calor As.

A tarefa está completa com a escolha de um trocador de calor que tenha uma área de transferência de calor igual ou
maior que As
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Exemplo

1) Um trocador de calor contracorrente de tubo duplo deve aquecer água de 20 °C a 80 °C a uma taxa de 1,2 kg/s. O
aquecimento é obtido por água geotérmica disponível a 160 °C com vazão mássica de 2 kg/s. O tubo interno tem uma
parede fina e diâmetro de 1,5 cm. Considerando que o coeficiente global de transferência de calor do trocador de
calor é 640 W/m2K, determine o comprimento do trocador de calor necessário para alcançar o aquecimento desejado.

2) Um trocador de calor de casco e tubo é utilizado para aquecimento de 14 kg/s de óleo (cp = 2,0 kJ/kg ·K) de 20 °C
a 46 °C. O trocador de calor tem 1 passe no casco e 6 passes nos tubos. A água entra no lado do casco a 80 °C e o
deixa a 60 °C. O coeficiente global de transferência de calor é estimado em 1.000W/m2·K. Calcule a taxa de
transferência de calor e a área de transferência do calor.

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Método da efetividade-NUT

• Determinar o desempenho da transferência de calor de um determinado trocador de calor ou determinar se o


trocador de calor disponível no estoque é capaz de fazer o trabalho

• Esse método é baseado em um parâmetro adimensional chamado efetividade da transferência do calor ε

• A efetividade do trocador de calor depende da geometria do trocador de calor, assim como do arranjo do
escoamento

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Método da efetividade-NUT

• O valor da efetividade varia de 0 a


1. Ela aumenta rapidamente com
NTU para valores pequenos
• Para um dado NTU e uma razão de
capacidade c = Cmin/Cmax, o
trocador de calor contracorrente
tem maior efetividade
• A efetividade de trocador de calor é
independente da razão de
capacidade c para valores de NTU
inferiores a cerca de 0,3.
• O valor da razão de capacidades c
varia entre 0 e 1. Para um dado
NTU, a efetividade torna-se
máxima para c = 0 (processo de
mudança de fase) e mínima para c
= 1.
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Método da efetividade-NUT
TRANSMISSÃO DE CALOR
Exemplo

Óleo quente deve ser resfriado com água em um trocador de


calor com 1 passe no casco e 8 passes nos tubos. Os tubos têm
paredes finas de cobre e diâmetro interno de 1,4 cm. O
comprimento de cada passe de tubo no trocador de calor é 5
m, e o coeficiente global de transferência de calor é 310
W/m2K. A água escoa através dos tubos a uma taxa de 0,2
kg/s, e o óleo escoa através do casco a uma taxa de 0,3 kg/s.
Água e óleo entram com temperaturas de 20 °C e 150 °C,
respectivamente. Determine a taxa de transferência de calor
no trocador de calor e as temperaturas de saída da água e do
óleo. (Cp do óleo é 2,13kJ/kgºC e o Cp da água é
4,18kJ/kgºC)

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Seleção de trocadores de calor

• Taxa de transferência de calor

• Custo

• Potência de bombeamento

• Dimensões

• Tipo

• Materiais

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Referências

ÇENGEL, Yunus A.; GHAJAR, Afshin J.. Transferência de Calor e Massa: uma abordagem prática. 4. ed. New
York: McGraw-Hill, 2012.

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OBRIGADO

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