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1ª Edição
Indaial - 2020
UNIASSELVI-PÓS
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Copyright © UNIASSELVI 2020
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri
UNIASSELVI – Indaial.
R372s
ISBN 978-65-5646-227-1
ISBN Digital 978-65-5646-224-0
1. Escolas - Organização e administração. - Brasil. II. Centro
Universitário Leonardo da Vinci.
CDD 371.2023
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO.............................................................................5
CAPÍTULO 1
Fundamentos das Teorias da Administração.............................. 7
CAPÍTULO 2
A Escola Como Organização...................................................... 51
CAPÍTULO 3
Da Teoria à Prática na Secretaria Escolar.............................. 95
APRESENTAÇÃO
Este livro tem por objetivo levar até você conteúdos pertinentes ao exercí-
cio profissional em uma Secretaria Escolar, visando reunir um aporte de conheci-
mentos significativos para sua formação como profissional da Educação. Trata-se,
portanto, de um trabalho que busca tecer relações entre práticas administrativas
e o cotidiano escolar. Por isso, propomos aqui algumas reflexões iniciais, que se
fazem necessárias para compreender o papel do profissional da Secretaria de
Registros Escolares no cenário do sistema educacional brasileiro.
Por exemplo, o que antes podia ser feito manualmente e de maneira empíri-
ca, hoje requer o domínio de tecnologias para o uso de sistemas de informação,
que executam a tramitação dos documentos. Além disso, cabe salientar que a
própria legislação brasileira vem amparando essas atividades, impondo o conhe-
cimento de todo o aporte legal que regulamenta o exercício profissional.
Diante disso, neste livro, você encontrará conteúdos que norteiam a atua-
ção de um secretário escolar, tais como: fundamentos das teorias da Administra-
ção, que oferecerão as ferramentas para a gestão da Secretaria Escolar, em seus
aspectos técnicos e humanos; reflexões sobre a escola enquanto organização
educativa, considerando a importância da legislação que normatiza e orienta seu
funcionamento; conhecimentos técnicos específicos para a execução das rotinas
administrativas na Secretaria Escolar.
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Neste capítulo nos dedicaremos ao estudo de Teorias da Administra-
ção e seus objetivos, buscando a relação com o tempo em que tais teo-
rias foram desenvolvidas ou enfatizadas e com as práticas adotadas nas
organizações contemporâneas, com enfoque na escola. Cabe lembrar,
porém, que conceitos, técnicas e instrumentos só têm valor quando bem
empregados pelos sujeitos. Desse modo, também daremos uma atenção
especial às competências e habilidades para a gestão. Isso é importante
porque não é suficiente que você compreenda a teoria, mas sim, é preciso
também desenvolver as competências e as habilidades necessárias para
aplicar, em seu ambiente profissional, aquilo que aprendeu neste livro. Por
essa razão, além do conteúdo teórico apresentado, serão propostos exer-
cícios que ajudarão você a perceber a presença e as possíveis aplicações
dos fundamentos da Administração na prática. A fim de ampliar seus es-
tudos, ao longo do capítulo, indicaremos sugestões de leituras comple-
mentares, as quais, combinadas com a bibliografia que utilizamos, serão
grandes aliadas na sua formação.
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
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• Recursos não humanos: são todos os recursos que não são humanos,
mas que fazem parte da escola e são fundamentais para sua existência.
São considerados recursos não humanos, por exemplo, a estrutura
escolar, o capital financeiro, a tecnologia, os instrumentos, dentre outros.
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Vamos, então, saber mais sobre essas Organizações. Latorre (2015, p. 21)
as define como sendo “unidades planejadas, intencionalmente construídas e re-
construídas, a fim de atingir objetivos específicos em um conjunto de atividades e
forças coordenadas conscientemente por duas ou mais pessoas”. Observe que,
para seu bom funcionamento, as Organizações dependem da função administrati-
va “organização”, que é a segunda fase mostrada na Figura 1.
Atividade de estudo:
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
FONTE: A autora.
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FONTE: A autora.
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
A Teoria Clássica recebeu críticas por ser julgada como uma teoria extrema-
mente racional, por desconsiderar aspectos informais da Organização, pela au-
sência de experimentos, por se basear na observação direta e no senso comum
e também por seu caráter prescritivo, buscando uma fórmula correta aplicável a
todas as Organizações. Apesar das críticas, a Teoria Clássica ainda é a mais uti-
lizada por indivíduos que estão iniciando suas atividades como administradores,
por apresentar uma forma racional de organizar o trabalho e a estrutura, gerando
uma maior segurança e confiança na tarefa de administrar (CHIAVENATO, 2013).
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
• Organização dos cargos, que devem ser limitados por normas claras e
escritas.
• Divisão do trabalho, por áreas, de forma sistemática e claramente
delimitadas, respeitando as áreas de competência.
• Cargos organizados em níveis de hierarquia, em que cada cargo inferior
conta com um respectivo superior, claramente definido.
• Regras e normas definidas e escritas.
• Separação entre a Administração e a propriedade, dando à administração
o status de área técnica, separada da questão da propriedade da
organização.
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Atividade de Estudos:
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
a) ( ) Relacionamentos despersonalizados.
b) ( ) Valorização da competência técnica.
c) ( ) Mérito e recompensas.
d) ( ) Tomada de decisão rápida.
e) ( ) Definição de rotinas.
f) ( ) Possíveis conflitos entre pessoas.
g) ( ) Excesso de papéis.
h) ( ) Aumento das demonstrações de autoridade.
i) ( ) Cargos e tarefas bem definidos.
j) ( ) Fidelidade exagerada ao prescrito em normas e regulamentos.
k) ( ) Resistência a mudanças.
l) ( ) Definição formal, geralmente, por escrito de rotinas administra-
tivas.
m) ( ) Existência de documentos formais que orientam as rotinas
administrativas.
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Alguns autores ainda consideram essa teoria como uma aproximação ao que
depois vai ser mais bem desenvolvido na Teoria de Sistemas, que veremos mais
adiante.
A Teoria das Necessidades Humanas foi desenvolvida por Abraham H. Maslow e tratou
da escala de necessidades de um indivíduo, trazendo como sugestão de representação
dessa ideia a chamada pirâmide de Maslow. Observe a figura a seguir para entender essa
proposta.
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
FONTE: A autora.
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Douglas McGregor, por sua vez, apresentou uma teoria da motivação que
descreveu características das pessoas nas Organizações e, com base nas
características dos indivíduos, propôs um estilo de administração que fosse capaz
de atender às características dos indivíduos pertencentes a cada um dos grupos.
Criou, então, duas tipologias, que chamou de estilo X e estilo Y. O estilo X careceria
de atitudes mais autoritárias, de exercer mais controle ou até mesmo uma certa
coação, enquanto que o estilo Y necessitaria apenas de uma administração que
criasse as condições para que o indivíduo pudesse desempenhar suas tarefas.
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
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FONTE: A autora.
Atividade de Estudo:
A Teoria de Sistemas recebeu críticas por ser um tanto quanto abstrata e não
apresentar formas de aplicações nas diversas questões administrativas. Oliveira
(2008) considera que a Teoria dos Sistemas proporcionou muito mais uma forma
de pensamento administrativo, do que propriamente uma proposta de meios de
administrar.
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Atividades de Estudo:
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[...]
Anos de expansão
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
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QUADRO 1 – RESUMO DAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO ESTUDADAS
Abordagem Teoria Características Visão de Variável Críticas
homem
Adm. ⇒ Primeira Teoria Científica da administração. hommo econo- tarefa ⇒ Visão mecanicista do homem (homem-
Científica ⇒ Visava a produtividade a partir do aumento da eficiência dos tra- micus máquina).
Prescritiva/ balhadores. ⇒ Crença na motivação apenas por benefícios
normativa ⇒ Estudos dos cargos, tarefas, seus tempos e movimentos. financeiros e materiais.
Teoria ⇒ Estrutura da Organização como ponto-chave para a produtivida- hommo econo- estrutura ⇒ Visão extremamente racional e baseada
Secretaria escolar
Clássica de, eficiência e eficácia. micus em muitas conclusões obtidas sem verificação
⇒ Ênfase na departamentalização. científica.
Relações ⇒ Motivação das pessoas como forma de garantir produtividade. homem social pessoas ⇒ Visão romantizada do trabalhador.
Humanas ⇒ Possibilitou novos focos de interesse da Administração, como
liderança, motivação, grupos.
Neoclás- ⇒ Retorno a pressupostos da Teoria clássica. homem organi- tarefa, pessoas ⇒ Buscava um modelo único a ser aplicado a
sica ⇒ Ênfase nos níveis da organização e nas tarefas da Administra- zacional e estrutura todas as organizações.
ção.
Burocra- ⇒ Definição formal de cargos, salários e especialização da adminis- homem organi- estrutura ⇒ Formalismo e papelório Excessivo; exibição
cia tração. zacional de autoridade; apego exagerado a regulamentos.
⇒ Impessoalidade, regras bem definidas, geralmente por escrito. ⇒ Conflitos com clientes; Resistência a mudan-
⇒ Valorização de normas e procedimentos. ças.
Estrutura- ⇒ Movimento derivado da sociologia, e desdobramento da Teoria da homem organi- estrutura e ⇒ Críticas já recebidas pelas teorias que tenta-
lista Burocracia. zacional ambiente vam conciliar (clássica e recursos humanos).
Explicativa/ ⇒ Sociedade de organizações que têm relações entre si.
descritiva ⇒ Abertura ao ambiente externo.
Compor- ⇒ Desdobramento da Teoria das Relações Humanas. homem admi- pessoas ⇒ Algumas proposições pouco profundas.
tamental ⇒ Importantes estudos sobre motivação. nistrativo ⇒ Não deu conta de explicar todos os fatores
⇒ Valorizou a Psicologia Organizacional. motivacionais do homem.
Sistemas ⇒ Origem transdisciplinar. homem ambiente ⇒ Apresentou mais questões abstratas do que
⇒ Organizações como sistemas abertos, dotados de subsistemas. funcional propriamente propostas para a Administração.
Contin- ⇒ Diferentes estruturas possíveis para as organizações. homem ambiente ⇒ Não considerou nenhum aspecto estático.
gencial ⇒ Diferentes variáveis contingenciais que afetam a organização. complexo ⇒ Excessiva ênfase no ambiente externo, deixando de
⇒ O ambiente externo como fator muito importante na dinâmica das lado aspectos internos importantes da organização
organizações.
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Atividade de Estudo:
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Neste capítulo, estudamos alguns aspectos teóricos acerca da Administração
enquanto campo científico e vimos que há um conjunto de teorias que buscam
descrever, explicar e até normatizar os diferentes fenômenos que acontecem e
fazem o universo organizacional. É possível compreendermos, então, que o
principal objetivo da Administração é desenvolver, com eficiência e com eficácia, o
processo de administrar.
É fato que cada teoria proposta traz um modelo de homem, que combina com
os princípios que são teorizados. Assim, por exemplo, na Teoria da Administração
Científica, temos o homo economicus; na Teoria das Relações Humanas, temos o
homem social, na Teoria da Burocracia, temos o homem administrativo e assim por
diante. No entanto, atualmente, ao pensarmos na figura do gestor, há condições
que são indispensáveis, qualquer que seja o amparo teórico que estejamos
referenciando. São as competências e habilidades. Precisamos conceber a
função administrativa como algo realizado a partir dessas características, próprias
de quem exerce essa condição.
Por sua vez, vimos que competências e habilidades são conceitos que
se distinguem, pois a primeira é algo que ocorre em um nível mais amplo e
abrangente, enquanto que as habilidades ficam em um plano mais restrito e
específico. No entanto, os conceitos estudados evidenciam que ambas precisam
andar lado a lado. Podemos dizer que não há como atingir uma competência se
o gestor não tiver as habilidades necessárias e, da mesma forma, não adianta ter
determinadas habilidades se ele não souber em que situação as usar ou com o
que combiná-las para alcançar êxito no processo administrativo.
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Capítulo 1 FUNDAMENTOS DAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
REFERÊNCIAS
BERTERO, C. O. Nota Técnica: Teoria da Contingência estrutural. In: CLEGG, S.
et al. org. edição brasileira. Handbook de estudos organizacionais. 1. ed. v. 1.
4 reimp. São Paulo: Atlas, 2007.
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C APÍTULO 2
A ESCOLA COMO ORGANIZAÇÃO
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Capítulo 2 A ESCOLA COMO ORGANIZAÇÃO
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
No primeiro capítulo deste livro estudamos os aspectos centrais da Adminis-
tração, compreendendo suas funções, as principais teorias que regem essa área
e quais as proposições que tais teorias apresentam. Além disso, aprendeu sobre
os conceitos de competências e habilidades de um gestor, elementos indispensá-
veis para a administração das Organizações.
A Secretaria Escolar, setor que interessa aos nossos estudos, é parte dessa
configuração e integra a articulação de setores e fatores que devem atuar em
sintonia, para o bom desempenho da organização escolar. Assim, neste capítulo,
além de estudar as características centrais da Escola e suas funções, estudare-
mos, com maior ênfase, esse setor específico e sua relação com a Organização.
Abordaremos, principalmente, a função desse setor no contexto escolar e as fer-
ramentas administrativas que podem tornar o trabalho das Secretarias Escolares
mais eficiente e eficaz.
2 CARACTERÍSTICAS DA ESCOLA
COMO ORGANIZAÇÃO
Iniciemos, então, por uma pergunta: afinal o que diferencia uma organização
escolar de uma organização empresarial? Essa resposta é ampla, mas podemos
centrá-la em dois aspectos principais:
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• O objetivo da Escola.
• A forma como se constitui.
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Capítulo 2 A ESCOLA COMO ORGANIZAÇÃO
FONTE: A autora.
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Pense você! Quantas vezes assistiu na televisão a alguma notícia sobre es-
colas ou mesmo um governante expressar alguma opinião ou propor alguma po-
lítica para o ambiente escolar? A escola, portanto, não pode ser vista de forma
isolada, nela está um pouco de cada um de nós e, em todos nós, há muito dela!
Todos aqueles que são atores diretamente ligados ao trabalho escolar podem,
em determinadas situações, representar diferentes papéis. Por exemplo, um funcio-
nário que atua na secretaria escolar pode ser, ao mesmo tempo, responsável por
um aluno, do mesmo modo que é um membro da comunidade em que a escola está
inserida. Isso exige que, ao assumirmos um determinado papel e a atuação dele
decorrente, devemos ter consciência de sua função e seus impactos.
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Capítulo 2 A ESCOLA COMO ORGANIZAÇÃO
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Capítulo 2 A ESCOLA COMO ORGANIZAÇÃO
Até aqui discorremos sobre escola, ensino, educação, mas é preciso fazer
a diferença conceitual entre esses termos. Na figura a seguir, organizamos, de
forma esquemática, essa questão, para ajudar você a compreender melhor cada
um deles.
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FONTE: A autora.
A escola não deve ser vista como uma organização responsável apenas por transmitir
conhecimentos científicos aos alunos. Sobre isso, Libâneo (2015, p. 49) apresenta que
Objetivos Síntese
Promover o desenvolvimento de ca- Isso ocorre por meio dos conteúdos escolares. Esse ob-
pacidades cognitivas, operativas e so- jetivo busca transformar o aluno em um sujeito que de-
ciais dos alunos, tais como estratégias senvolva a habilidade de pensar. Espera-se que, a partir
de aprendizagem, competências do da internalização de instrumentos conceituais, ele seja
pensar, pensamento crítico. capaz de lidar com problemas e situações da realidade.
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Capítulo 2 A ESCOLA COMO ORGANIZAÇÃO
Fortalecer o exercício da subjetividade Esse objetivo visa ligar os aspectos cognitivos, sociais e
e da identidade cultural dos sujeitos, afetivos dos alunos, como forma de aumentar sua auto-
tais como criatividade, sensibilidade e confiança, sua autoestima e o respeito a si próprio. Trata-
imaginação. -se de reconhecer e respeitar as individualidades, sejam
de caráter pessoal ou do mundo cultural do aluno.
Preparar para o trabalho e para a so- Esse objetivo busca promover a inserção segura, com-
ciedade tecnológica e comunicacional. petente e crítica no mundo do trabalho, atendendo, com
prontidão, às demandas produtivas e de emprego. Isso
passa, por exemplo, pelo domínio de diversas tecnolo-
gias, pela capacidade de tomar decisões, pela capacida-
de de colher informações e, com elas, produzir análises
mais amplas, pela capacidade de flexibilizar o pensamen-
to para lidar com situações novas.
Formar o sujeito crítico, trabalhador da Trata-se de educar para o trabalho a partir dos princípios
sociedade contemporânea, que seja da cidadania. A escola deve preparar o sujeito para inter-
capaz de transformá-la e não apenas vir na sociedade, por meio do trabalho, de maneira a fa-
servir ao mercado de trabalho. zê-la menos desigual, mais solidária e com maior justiça
social. Isso envolve a articulação dos processos internos
da escola com os movimentos sociais que a circundam.
Desenvolver a formação de valores Para alcançar esse objetivo, a escola deve promover o
éticos, tais como os traços de caráter, aporte de conhecimentos e criar espaços de discussões
as qualidades morais e o pensamento sobre questões do mundo social e político, tais como gê-
humanista e humanitário. nero, raça, direitos humanos, ambiente, violência, entre
outros. Trata-se de expor o aluno ao tema para que ele
possa pensar sobre valores e ações pertinentes aos pro-
blemas que o mundo enfrenta.
FONTE: Adaptado de Libâneo (2015, p. 50-52).
Atividade de Estudo:
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Capítulo 2 A ESCOLA COMO ORGANIZAÇÃO
Pensando nisso, elaboramos um quadro com temas que podem ser aprofun-
dados por você, com a finalidade de ampliar seus conhecimentos sobre o campo
da educação. Lembre-se de que essa é apenas uma sugestão e muitos outros
temas podem aparecer como relevantes para o exercício das suas atividades.
Lei de Diretrizes e Bases Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Acesse em:
da Educação (Lei nº <https://bit.ly/3dBdZY7>.
9394/96).
Plano Nacional de Aprova o Plano Nacional da Educação e dá outras providências.
Educação (Lei nº Acesse em: <https://bit.ly/35zZX5V>.
13005/2014)
Base Nacional Comum Documento que define o conjunto de aprendizagens essenciais
Curricular a todos os alunos da Educação Básica. Acesse em: <https://bit.
ly/34u534p .
Estatuto da Criança e Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras
do Adolescente (Lei nº providências. Acesse em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
8069/1990) l8069.htm>.
Lei Brasileira de Inclusão Institui o Estatuto da Pessoa com Deficiência. Acesse em: <http://
(Lei nº 13146/2015) www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm>.
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Política de Ações Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições
Afirmativas (Lei nº federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências.
12711/2012) Acesse em: <https://bit.ly/3jqccqn>.
Censo Escolar Apresenta o levantamento de dados estatísticos da educação brasi-
leira. Acesse em: <http://portal.inep.gov.br/web/guest/censo-escolar>.
Fundo Nacional da Informa sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica – Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação –
FUNDEB Fundeb. Acesse em: <https://www.fnde.gov.br/financiamento/fundeb>.
Sistema de Avaliação da Apresenta e informa sobre as avaliações da qualidade da educação
Educação Básica – SAEB básica nacional. Acesso em: <http://portal.inep.gov.br/educacao-
basica/saeb>.
FONTE: A autora.
Podemos pensar que uma escola com um bom contorno estrutural, uma comu-
nidade participativa e uma gestão técnico-administrativa e pedagógica competente,
possui também um caminho mais favorável em busca de seus objetivos. Já aque-
las organizações escolares que encontram barreiras estruturais, tais como falta de
materiais, prédios depredados, pouco espaço físico, além de pouca participação da
comunidade e má gestão administrativa ou pedagógica, por certo enfrentarão inú-
meras dificuldades de atingir os objetivos de uma escola contemporânea.
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Capítulo 2 A ESCOLA COMO ORGANIZAÇÃO
Princípio da Legalidade
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Capítulo 2 A ESCOLA COMO ORGANIZAÇÃO
influenciam as rotinas que ali serão desenvolvidas. Isso implica conhecer as leis,
regulamentos, planos e demais normativas que descrevem as atividades do setor.
Além disso, considerando que uma escola é um conjunto articulado de elementos
e que a Secretaria é parte dessa estrutura, também é necessário o conhecimento
dos principais aspectos que disciplinam a organização escolar. Por exemplo, ter co-
nhecimento de todo o Projeto Político Pedagógico contribui de forma decisiva para
que o trabalho da Secretaria seja integrado e sintonizado com as demais atividades
da instituição. Assim também, quando os demais setores compreendem a lógica do
trabalho no setor de registros escolares, as rotinas se tornam mais fáceis, com a
obediência de prazos e com um bom aporte de informações.
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Em termos de legislação, outro ponto que merece atenção é aquele das le-
gislações específicas, pois, como já exemplificamos anteriormente, conhecer as
especificidades é de grande importância para o trabalho na secretaria.
Princípio do Planejamento
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Capítulo 2 A ESCOLA COMO ORGANIZAÇÃO
Princípio da Padronização
Conforme explica
Almeida (2018),
Esse princípio trata da modelagem dos processos que a Secretaria padronizar significa
Escolar irá desenvolver. Conforme explica Almeida (2018), padronizar organizar, criar uma
significa organizar, criar uma maneira única a ser seguida por toda a maneira única a ser
equipe para realizar um determinado processo. Isso confere excelência seguida por toda a
equipe para realizar
operacional ao trabalho e torna os resultados mais assertivos e confiáveis. um determinado
processo. Isso
Além disso, a padronização torna o esforço de todos realmente cola- confere excelência
borativo, evitando-se o retrabalho. Agora, vamos observar a figura a seguir: operacional ao
trabalho e torna
os resultados
mais assertivos e
FIGURA 5 – TRABALHO PADRONIZADO confiáveis.
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Capítulo 2 A ESCOLA COMO ORGANIZAÇÃO
Princípio da Nitidez
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seja em uma comunicação oral. Antunes (2003, p. 45) diz que “ter o que dizer
é condição prévia para o êxito da atividade de escrever. Não há conhecimento
linguístico (lexical ou gramatical) que supra a deficiência de não ter o que dizer”.
Portanto, sem definir previamente o que queremos comunicar, de nada vale lançar
mão dos recursos operacionais, pois um passo essencial e inicial da nitidez do
processo administrativo é o seu desenho, a sua configuração.
Portanto, tendo base legal para a emissão, sendo atribuição do setor e ob-
servando um modelo documental, podemos dizer que a emissão do documento é
possível. No entanto, a sua operacionalização requer alguns cuidados.
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Capítulo 2 A ESCOLA COMO ORGANIZAÇÃO
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Vamos estar realizando uma reunião Podemos substituir a expressão por “realizaremos”,
com os pais dos novos alunos. melhorando a coesão.
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Observe que o uso correto dos recursos linguísticos é fundamental para uma
boa comunicação. No entanto, não podemos esquecer que o princípio da nitidez
também depende de outros fatores. Assim, a escolha do canal mais adequado
para que a comunicação aconteça é outro fator de grande importância para que
se alcance o princípio da nitidez.
Princípio da Inovação
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Com base nesse conceito, podemos dizer que o princípio da inovação está
mais relacionado com as atitudes e a abertura a novas ideias do que propriamente
com o emprego de ferramentas tecnológicas. É bem verdade que existem
muitos recursos digitais, inclusive gratuitos, que facilitam, e muito, o trabalho na
Secretaria Escolar, conforme vimos anteriormente. Porém, aplicar o princípio da
inovação no ambiente de trabalho e aqui em nosso caso, especificamente, na
Secretaria Escolar, não significa, necessariamente, ter que contar com a ajuda de
recursos tecnológicos. Não terá valor algum uma sala cheia de computadores e
outros equipamentos, acesso à rede de internet, e demais artefatos tecnológicos,
se não conhecermos as normativas que regem o trabalho, se não houver um
planejamento aprimorado, se os documentos emitidos não forem claros e
assim por diante. Observe que, novamente, os princípios estudados até aqui se
articulam com um trabalho competente. Assim, melhorar um processo já existente,
incrementar um formulário, criar novos canais de comunicação, buscar um curso
de aperfeiçoamento, tudo isso envolve o princípio da inovação.
Princípio do Usuário
Esse princípio diz respeito às relações que serão estabelecidas entre o setor
de Secretaria Escolar e aqueles que farão uso dos serviços ali desenvolvidos, ou
seja, o público usuário. Não basta que tenhamos observado todos os princípios
anteriormente estudados se, no momento de receber uma solicitação, executar
ou entregar um serviço ao interessado, isso ocorra de maneira intempestiva,
desatenta, atemporal, ineficiente. Muitas vezes, um trabalho bem desenvolvido
tecnicamente é prejudicado no quesito usuário, pois não conseguiu uma
interlocução harmônica.
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FONTE: A autora.
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Capítulo 2 A ESCOLA COMO ORGANIZAÇÃO
Atividade de Estudos:
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a) ( ) Usuário
b) ( ) Planejamento
c) ( ) Inovação
VI. Instalar um novo sistema de informação para controle automático
de prazo.
a) ( ) Legalidade
b) ( ) Inovação
c) ( ) Nitidez
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FONTE: A autora.
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É importante lembrar que, em uma escola, até mesmo o espaço físico tem
sua parcela de função pedagógica. No caso da Secretaria Escolar, isso se torna
ainda mais evidente, já que esse setor presta atendimento à comunidade escolar e
também à comunidade externa, podendo ser considerado um cartão de visitas da
escola. Nesse papel, a Secretaria Escolar faz parte da identidade da instituição.
Pense você sobre as impressões que teve, ao longo da sua vida, ao chegar
em uma instituição com ambiente organizado, com uma equipe de trabalho asser-
tiva e que acolhe suas demandas. Faça também o exercício oposto, de lembrar
quantas vezes saiu com uma má impressão de ambientes desorganizados, pouco
higienizados e com um atendimento hostil.
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Capítulo 2 A ESCOLA COMO ORGANIZAÇÃO
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nos, como por exemplo as normas para a simplificação dos registros e do arquiva-
mento de documentos escolares.
Atividade de Estudos:
(1) Cuidado e uso racional do espaço físico ( ) Na semana da realização das matrículas, não
havia tinta para a impressora no setor da se-
cretaria nem no almoxarifado da escola.
(2) Preocupação com o meio ambiente
( ) Foram fixados cartazes diversos, de propagan-
(3) Utilização dos equipamentos de forma das e avisos, diretamente na parede, ocasio-
cuidadosa e correta nando manchas e perda da pintura.
(4) Organização máxima do setor ( ) A copiadora não está funcionando porque foi
plugada em uma tomada com corrente elétrica
(5) Permanente revisão dos materiais diferente.
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Capítulo 2 A ESCOLA COMO ORGANIZAÇÃO
Aspectos Humanos
Embora em muitas escolas haja uma equipe de trabalho nas Secretarias Es-
colares, vamos aqui, inicialmente, pensar, de maneira específica, sobre o secretá-
rio escolar. Esse profissional, conforme defende Abud (2012), deve ultrapassar a
mera função de realizar tarefas burocráticas, lançando-se ao trabalho participativo
das estratégias que a escola traçará para executar sua proposta pedagógica. A
autora lembra que é por meio do trabalho do secretário escolar que se garante a
memória da instituição e se tem acesso às diversas estatísticas que se originam
no espaço escolar, referentes a dados sociais, familiares, de aprendizagem e tan-
tos outros. Dessa forma, seu trabalho apresenta
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Entende-se por Entende-se por equipe um grupo de pessoas que interagem entre
equipe um grupo si de maneira a buscar um objetivo comum, apresentando sinergia po-
de pessoas que sitiva, responsabilidade individual e mútua e complementação de habili-
interagem entre si dades (BRITO; ALBUQUERQUE; MAGALHÃES, 2012).
de maneira a buscar
um objetivo comum,
Neste capítulo, quando abordamos o princípio do usuário, vimos
apresentando
sinergia positiva, que somente uma equipe que possua sintonia e pensamento coletivo,
responsabilidade propósitos claros e atitudes pautadas na ética e na imparcialidade po-
individual e mútua e derá alcançar excelência. Além de um trabalho de qualidade, também
complementação de essas características de uma equipe repercutem, de maneira individu-
habilidades (BRITO; al, nos sujeitos, pois proporcionam motivação, estimulam a criatividade
ALBUQUERQUE; e permitem um sentimento colaborativo. Porém, esse perfil de equipe,
MAGALHÃES, 2012). criativa, motivada e colaborativa não acontece ao acaso, nem tampou-
co é determinada por uma instância administrativa superior. Essa con-
dição deve ser construída, internamente, pelos membros que a compõem, embo-
ra haja, mesmo na literatura da área, algumas pistas para chegar a isso.
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Capítulo 2 A ESCOLA COMO ORGANIZAÇÃO
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Secretaria escolar
Retomando o que foi apresentado no início deste item, podemos afirmar que
os recursos humanos de uma Secretaria Escolar detêm a responsabilidade de
pensar as atividades, estruturá-las de acordo com os objetivos que se deseja al-
cançar e criar as condições para que isso ocorra de maneira produtiva e harmôni-
ca. Ao mesmo tempo, os recursos não humanos são apenas os instrumentos para
que essas atividades sejam executadas.
Atividades de Estudos:
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Capítulo 2 A ESCOLA COMO ORGANIZAÇÃO
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Neste capítulo, estudamos um tipo particular de Organização, a escola, com
suas funções e características distintas das Organizações produtivas, principalmen-
te, por seus objetivos e pela forma como se constitui. Quando se trata de objetivos,
ela se caracteriza pela subjetividade, pois seus resultados não são de fácil mensu-
ração e nem perceptíveis dentro de um limite temporal. Quando pensamos sobre a
forma como se constitui, identificamos uma organização multifacetada, com a influ-
ência de muitos atores e de toda a sociedade. Assim também, ao mesmo tempo em
que é influenciada, também influencia o contexto social em que se insere.
Portanto, ser profissional dentro de uma organização com esse nível de com-
plexidade significa estar comprometido com o conjunto de elementos que se arti-
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Secretaria escolar
culam para que essa estrutura alcance seus objetivos e realize sua função social.
Uma Secretaria Escolar é, sem dúvida, um setor do ambiente institucional que se
envolve com vários aspectos do cotidiano, não devendo ficar limitado à realização
de tarefas pré-determinadas. Por isso, alguns princípios podem ser observados
para alcançar essa condição.
REFERÊNCIAS
ABUD, C. D. A. R. A função do Secretário Escolar na contemporaneidade: entre
memórias e arquivos escolares. Linguagem educação e memória, Mato Grosso
do Sul, v. 3, n. 3, dez. 2012. Disponível em: <https://periodicosonline.uems.br/
index.php/WRLEM/article/view/2084>. Acesso em: 20 abr. 2020.
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Capítulo 2 A ESCOLA COMO ORGANIZAÇÃO
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Secretaria escolar
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Capítulo 2 A ESCOLA COMO ORGANIZAÇÃO
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Secretaria escolar
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C APÍTULO 3
DA TEORIA À PRÁTICA NA SECRETARIA
ESCOLAR
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes
objetivos de aprendizagem:
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Capítulo 3 DA TEORIA À PRÁTICA NA SECRETARIA ESCOLAR
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
O Capítulo 3 deste livro, que aqui apresentamos, trata de temas práticos da
rotina em uma Secretaria Escolar. Para chegar até aqui, no entanto, você pre-
cisou estudar alguns aspectos das teorias que regem a Administração e, nesse
contexto teórico, compreendeu a escola enquanto Organização. Além disso, ao
final do Capítulo 2, começamos a caracterizar a Secretaria Escolar como setor
que desempenha importantes atividades no conjunto de funções da escola. Trata-
mos, sobretudo, dos princípios e das características do ambiente que colaboram
para seu bom funcionamento. Agora, passaremos, finalmente, a detalhar um pou-
co mais as rotinas desse setor.
Tenha em mente tudo aquilo que discutimos nos capítulos anteriores para
somar ao que apresentaremos agora, pois todo trabalho burocrático da Secretaria
Escolar, em sua execução, jamais pode perder de vista os princípios da gestão
eficiente e também a finalidade de sua execução no âmbito das funções educati-
vas da escola.
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Secretaria escolar
2 ROTINAS ADMINISTRATIVAS DE
UMA SECRETARIA ESCOLAR
Para que as atividades administrativas da Secretaria Escolar sejam defini-
das, antes de tudo, é preciso estabelecer quais serão as atribuições do setor,
ou seja, qual o trabalho que ali será produzido. Trata-se de conhecer o que a
legislação determina nesse sentido e isso sugere a aplicação do princípio da lega-
lidade estudado anteriormente, no Capítulo 2. É a partir do conhecimento dessas
regulamentações que poderemos definir as atividades que serão pertinentes à
Secretaria Escolar.
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Capítulo 3 DA TEORIA À PRÁTICA NA SECRETARIA ESCOLAR
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Secretaria escolar
Atividade de Estudos:
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Capítulo 3 DA TEORIA À PRÁTICA NA SECRETARIA ESCOLAR
• O requerimento
• A expedição
• O arquivamento
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O Requerimento
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FONTE: A autora.
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FONTE: A autora.
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Expedição
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Arquivamento
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Capítulo 3 DA TEORIA À PRÁTICA NA SECRETARIA ESCOLAR
ção escolar exige bem mais que o simples espaço em armários e gavetas para
depósito de papéis.
Ramos Abud (2012) nos mostra que a relação do secretário escolar com o
arquivo pode ir além da função de guarda, passando a ter uma função ativa na
reflexão de seu significado no contexto escolar.
109
Secretaria escolar
exemplo, pode-se decidir por eliminar convites para reuniões de pais do ano leti-
vo, pois, seguramente, não implicarão em prejuízos futuros, ao mesmo tempo em
que se resolve guardar, de forma permanente, registros de eventos e festividades
como forma de preservar a história escolar. Decisões desse tipo, que devem ser
tomadas em conjunto com uma comissão de avaliação de arquivos, implicarão
ações na Secretaria Escolar, relativas à guarda de documentos.
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Capítulo 3 DA TEORIA À PRÁTICA NA SECRETARIA ESCOLAR
FONTE: A autora
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Secretaria escolar
Você já deve ter lido sobre redes de ensino, níveis e modalidades de educa-
ção. A figura a seguir mostra, de maneira esquemática, esses elementos do siste-
ma de ensino. Observe a figura e, em seguida, estude o que o Mascote propõe, a
fim de compreender os atos normativos vistos anteriormente.
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Capítulo 3 DA TEORIA À PRÁTICA NA SECRETARIA ESCOLAR
FONTE: A autora
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Secretaria escolar
A partir desses estudos do que diz a LDB, vamos então conhecer alguns atos
oficiais que legitimam a ação escolar na sociedade.
114
Capítulo 3 DA TEORIA À PRÁTICA NA SECRETARIA ESCOLAR
De modo geral, a escola adota uma linha teórica que servirá de base para a
construção de seus processos educativos. Vale lembrar que, embora os sistemas
de ensino possuam liberdade de organização, conforme vimos no excerto da
LDB exposto anteriormente, a proposta pedagógica elaborada na escola não
pode deixar de observar a Base Nacional Comum Curricular e os documentos
dos Conselhos de Educação, que dispõem sobre as competências curriculares e
organizam os conteúdos a serem ministrados em cada campo de saber.
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Capítulo 3 DA TEORIA À PRÁTICA NA SECRETARIA ESCOLAR
Atividades de Estudo:
1. Explique por que o regimento escolar não deve ser elaborado por
representantes de apenas um segmento escolar?
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Secretaria escolar
Art. 23.
§ 2º O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades
locais, inclusive climáticas e econômicas, a critério do
respectivo sistema de ensino, sem com isso reduzir o número
de horas letivas previsto nesta Lei.
Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio,
será organizada de acordo com as seguintes regras comuns:
I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas para
o ensino fundamental e para o ensino médio, distribuídas
por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar,
excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver;
§ 1º A carga horária mínima anual de que trata o inciso I
do caput deverá ser ampliada de forma progressiva, no ensino
médio, para mil e quatrocentas horas, devendo os sistemas de
ensino oferecer, no prazo máximo de cinco anos, pelo menos mil
horas anuais de carga horária, a partir de 2 de março de 2017.
[...]
Art. 28. Na oferta de educação básica para a população rural,
os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias
a sua adequação às peculiaridades da vida rural e de cada
região, especialmente:
II - organização escolar própria, incluindo adequação do
calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições
climáticas;
[...]
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Capítulo 3 DA TEORIA À PRÁTICA NA SECRETARIA ESCOLAR
Atividades de Estudo:
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Secretaria escolar
4 DOCUMENTOS ESCOLARES
No item anterior, estudamos os atos oficiais, isto é, aqueles documentos que
legitimam a ação educativa e sem os quais a escola não poderia atuar. A partir
desses atos e estando apta a desempenhar suas funções, a escola trabalhará
com outro conjunto de documentos, mais operacionais, que registram e qualificam
as diversas atividades que acontecem no âmbito de sua atuação.
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Capítulo 3 DA TEORIA À PRÁTICA NA SECRETARIA ESCOLAR
variações de forma e estilo, guardam alguns aspectos que são comuns a todas
as escolas. Agora, tendo em mente todos os princípios estudados no Capítulo 2,
passaremos a compreender, de maneira mais detalhada, esses documentos.
4.1 MATRÍCULA
É o primeiro passo para o ingresso do estudante em uma escola e, portanto,
constitui-se de uma formalidade escolar. A matrícula pode ocorrer de diferentes
formas: a primeira matrícula, que é o ato destinado àqueles estudantes que
vão pela primeira vez frequentar uma instituição de ensino ou que estavam em
situação de abandono escolar; a rematrícula, que se destina àqueles que, em anos
anteriores, já estavam matriculados na escola e irão formalizar sua continuação
dos estudos; as matrículas por transferência externa nacional ou internacional,
que se destinam àqueles alunos provenientes de outras instituições ou sistemas
escolares, no território nacional ou fora dele.
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Capítulo 3 DA TEORIA À PRÁTICA NA SECRETARIA ESCOLAR
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ANTES:
DURANTE:
DEPOIS:
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Capítulo 3 DA TEORIA À PRÁTICA NA SECRETARIA ESCOLAR
4.2 TRANSFERÊNCIA
A transferência de alunos ocorre quando um aluno regularmente matriculado
em uma instituição de ensino solicita ingresso em outra escola, sendo que a
instituição de origem pode ser do território nacional ou internacional.
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Secretaria escolar
A Lei nº 9.394/96 – LDB (BRASIL, 1996), em seu artigo 24, prevê algumas
formas de regularização da vida escolar do aluno, mas destaca que os sistemas
de ensino definirão um regramento próprio. Além disso, essa lei estabelece as
formas de verificação do rendimento do aluno, prevendo, inclusive, a possibilidade
de avanço e aproveitamento total ou parcial de estudos.
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Secretaria escolar
Atividade de Estudo:
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Capítulo 3 DA TEORIA À PRÁTICA NA SECRETARIA ESCOLAR
Quanto ao modelo, podemos dizer que cada instituição ou rede de ensino es-
tabelecerá uma ficha individual padrão, de acordo com suas normas regimentais
e com o conjunto de informações que deseja registrar no documento. No entanto,
independentemente do modelo de ficha, por ser individual, deve conter os dados
pessoais de cada estudante, os espaços identificados para o preenchimento do
rendimento e da assiduidade, bem como espaço para observações, de modo que,
sempre que necessário, seja possível ter acesso e compreender, com clareza, as
informações nela contida. A ficha deve ser guardada junto aos demais documen-
tos individuais na pasta do aluno.
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Capítulo 3 DA TEORIA À PRÁTICA NA SECRETARIA ESCOLAR
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Atividades de Estudo:
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Capítulo 3 DA TEORIA À PRÁTICA NA SECRETARIA ESCOLAR
Este item que aqui se encerra tratou dos documentos escolares que são re-
quisitados à Secretaria e que por ela devem ser produzidos e devidamente arqui-
vados. Lembre-se, no entanto, de que se trata de alguns documentos, pois haverá
várias outras situações que demandarão a expedição de informações, de forma
documental e que não foram aqui descritas. É o caso, por exemplo, de declara-
ções, atas de reuniões, ofícios e memorandos a serem expedidos, dentre outros.
Enfim, a relação é infindável, pois são inúmeras as situações nas quais uma Se-
cretaria poderá atuar. Por isso, relacionamos aqui aqueles documentos que, se-
guramente, serão rotina em qualquer escola. No entanto, você agora conhece os
caminhos que devem ser seguidos para que um documento possa ser produzido
em uma Secretaria Escolar. Qualquer que seja a demanda documental que se
apresente, a observância dos aspectos administrativos e também os princípios
estudados devem conduzir as ações.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
O Capítulo 3 deste livro trouxe a você os aspectos mais práticos do trabalho
de uma Secretaria Escolar, por meio da identificação das diferentes demandas
que podem compor as rotinas desse setor e da compreensão dos caminhos ad-
ministrativos para processar essas demandas. Foram estudados alguns tipos de
documentos escolares, sempre considerando que há uma variedade de documen-
tos, que não poderiam ser citados na totalidade, mas que requerem o mesmo
pensamento administrativo para serem processados. Portanto, buscamos enfati-
zar, não tanto o procedimento em si, mas a forma como a equipe deve atuar para
garantir a legitimidade da documentação que tramita em uma Secretaria, seja no
ato de seu requerimento, seja na sua produção ou ainda na sua guarda.
Iniciamos por enfatizar a autonomia que uma escola possui para criar, em
seu regimento escolar, um conjunto de normativas próprias para seus trâmites do-
cumentais, desde que não se contraponha à legislação maior de seu sistema edu-
cacional. A seguir, estudamos os três pilares que, de maneira genérica, alicerçam
as rotinas de uma Secretaria Escolar: o requerimento, que representa a entrada
das demandas na Secretaria; a expedição, que significa produzir e emitir a docu-
mentação requerida; o arquivamento, que diz respeito à guarda dos documentos,
ou ainda, à decisão de sua eliminação.
Depois disso, abrimos uma seção que estudou os atos oficiais que autorizam
uma escola a exercer sua função, apresentando um conjunto de documentos que
legitima a ação da escola: Autorização de Funcionamento; Renovação de Autori-
zação; Credenciamento; Projeto Político pedagógico; regimento escolar; calendá-
rio escolar. Trata-se de documentos amplos, que, embora não sejam produzidos
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Secretaria escolar
pela Secretaria Escolar, são a base legal ou o respaldo para a emissão de qual-
quer outro documento de caráter mais específico.
REFERÊNCIAS
BERNARDES, I. P. Como avaliar documentos de arquivo. São Paulo: Arquivo
do Estado, 1998.
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