UNIASSELVI-PÓS
Programa de Pós-Graduação EAD
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Equipe Multidisciplinar da
Pós-Graduação EAD: Prof.ª Bárbara Pricila Franz
Prof.ª Tathyane Lucas Simão
Prof.ª Kelly Luana Molinari Corrêa
Prof. Ivan Tesck
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Copyright © UNIASSELVI 2017
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri
UNIASSELVI – Indaial.
658.71
P223l Paranhos; Edni de Castro
Logística e distribuição/ Edni de Castro Paranhos. Indaial :
UNIASSELVI, 2017.
275 p. : il.
ISBN 978-85-69910-53-4
1. Logística empresarial.
I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
Edni de Castro Paranhos
APRESENTAÇÃO...................................................................... 7
CAPÍTULO 1
Logística: Introdução, Histórico e
Conceitos Associados ........................................................... 9
CAPÍTULO 2
O Serviço ao Cliente e o Enfoque
Sistêmico da Logística ......................................................... 63
CAPÍTULO 3
Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos........................ 99
CAPÍTULO 4
Valor e Custos da Logística...............................................161
CAPÍTULO 5
Operadores Logísticos...................................................... 207
CAPÍTULO 6
Logística e Sistemas de Informação................................. 233
APRESENTAÇÃO
Bem-vindo à disciplina Logística e Distribuição!
O autor.
C APÍTULO 1
Logística: Introdução, Histórico
e Conceitos Associados
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Capítulo 1 LOGÍSTICA: INTRODUÇÃO, HISTÓRICO E
CONCEITOS ASSOCIADOS
ConteXtualiZação
A logística tornou-se uma parte importante do sistema econômico de negócios
e uma das principais atividades econômicas mundiais nos últimos anos. As
atividades logísticas podem acelerar o crescimento econômico e a produtividade.
Uma logística eficiente é um determinante importante para países competitivos e
uma fonte de empregos.
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Logística e Distribuição
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Capítulo 1 LOGÍSTICA: INTRODUÇÃO, HISTÓRICO E
CONCEITOS ASSOCIADOS
Este termo é também admitido como derivado do cargo “maréchal des logis”,
no exército francês a partir do século XVII, o qual era responsável por rotinas
administrativas para marchas, acampamentos e aquartelamentos (logis). Nesse
contexto é normal que as primeiras definições formais de logística tenham
saído do meio militar. Conforme Lustosa et al. (2008), uma das mais conhecidas
é atribuída ao trabalho intitulado Précis de I`Arte de la Guerre (em Português,
Sumário da Arte da Guerra), publicado em 1838, que dividiu a arte da guerra em
cinco grupos: estratégia, grande tática, logística, engenharias e pequena tática.
13
Logística e Distribuição
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Capítulo 1 LOGÍSTICA: INTRODUÇÃO, HISTÓRICO E
CONCEITOS ASSOCIADOS
15
Logística e Distribuição
Embora, dentro de uma ótica mais ampla, a logística tenha existido desde o
início da civilização, a sua implementação tornou-se uma das áreas operacionais
mais desafiadoras e interessantes na atualidade. A Logística exerce um dos
principais papéis no sucesso de implementações e gerenciamento de Cadeias de
Suprimento.
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Capítulo 1 LOGÍSTICA: INTRODUÇÃO, HISTÓRICO E
CONCEITOS ASSOCIADOS
17
Logística e Distribuição
Hoje em dia, a Hoje em dia, a logística tem sido uma grande influência, não
logística tem só na viabilização de implantação e Gerenciamento de Cadeias de
sido uma grande
influência, não só Suprimento, mas também no próprio desenvolvimento econômico dos
na viabilização países. Nos Estados Unidos, a logística contribui com percentuais
de implantação e relevantes do PIB. A indústria americana gasta bilhões de dólares
Gerenciamento
de Cadeias de em transporte de cargas, em armazenamento e estoques, e no
Suprimento, mas gerenciamento, controle e informatização do sistema logístico, que
também no próprio
desenvolvimento também ocorre no Brasil.
econômico dos
países. O leste asiático adota a política de custo mínimo de mão de
obra, alta tecnologia de produção e a logística eficiente para torná-los altamente
competitivos diante dos demais competidores globais, o que configura a logística
como o elemento central das estratégias corporativas na competição global.
O ciclo de vida dos produtos está cada vez menor, impondo uma
comercialização de produtos muito eficiente. Além disso, os mercados estão
cada vez mais inclinados a aceitar produtos substitutos se sua primeira opção
não estiver disponível. A cada novo produto tem-se várias implicações no
gerenciamento da cadeia de suprimentos e da logística em função da redução
dos tempos, compressão do ciclo dos pedidos, dos esforços crescentes na
qualificação e desenvolvimento de fornecedores, do redimensionamento dos
inventários e do sistema de transporte, bem como do nível de serviço ao cliente.
18
Capítulo 1 LOGÍSTICA: INTRODUÇÃO, HISTÓRICO E
CONCEITOS ASSOCIADOS
Conceitos e DefiniçÕes
Vale lembrar
A logística como um todo tem por finalidade tornar disponíveis que a missão da
logística é entregar
produtos e serviços no local onde eles são necessários, no exato o produto certo, na
momento em que esses bens e serviços são desejados. quantidade certa,
no tempo solicitado,
em perfeitas
Vale lembrar que a missão da logística é entregar o produto certo, condições e com
na quantidade certa, no tempo solicitado, em perfeitas condições e com o menor custo de
movimentação
o menor custo de movimentação possível. possível.
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Logística e Distribuição
Porém, é importante Anteriormente, a logística era vista como fronteira final para
mencionar que a redução de custos. Sabemos hoje que é um importante diferencial
empresa deve estar competitivo, sendo cada vez mais vista como elemento central na
se atualizando
constantemente em prestação de serviço. E estes serviços agregam valores aos produtos
relação à logística, tornando-os mais competitivos frente aos demais. Porém, é importante
através de sistemas
(softwares), mencionar que a empresa deve estar se atualizando constantemente
equipamentos em relação à logística, através de sistemas (softwares), equipamentos
de controle e de controle e movimentação, bem como aos sistemas de estocagem.
movimentação, bem
como aos sistemas
de estocagem. Para melhor apresentar a relevância da logística na economia,
podemos avaliar o varejo. As atividades varejistas são muito
importantes para a economia. Por exemplo, de acordo com o IBGE (Pesquisa
Anual do Comércio, 2001), o comércio no Brasil corresponde a cerca de 26,1 %
do PIB.
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Capítulo 1 LOGÍSTICA: INTRODUÇÃO, HISTÓRICO E
CONCEITOS ASSOCIADOS
b) O produto
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Logística e Distribuição
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Capítulo 1 LOGÍSTICA: INTRODUÇÃO, HISTÓRICO E
CONCEITOS ASSOCIADOS
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Logística e Distribuição
Fonte: O autor.
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Capítulo 1 LOGÍSTICA: INTRODUÇÃO, HISTÓRICO E
CONCEITOS ASSOCIADOS
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Logística e Distribuição
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Capítulo 1 LOGÍSTICA: INTRODUÇÃO, HISTÓRICO E
CONCEITOS ASSOCIADOS
Atividades de Estudos:
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Logística e Distribuição
____________________________________________________
____________________________________________________
Gerenciamento Logístico
A logística pode ser definida como a integração da administração de
materiais com a distribuição física, ou seja, as duas grandes etapas do processo
logístico são o suprimento físico (administração de materiais) e a distribuição
física (GOMES; RIBEIRO, 2004).
Fonte: O autor.
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Capítulo 1 LOGÍSTICA: INTRODUÇÃO, HISTÓRICO E
CONCEITOS ASSOCIADOS
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Logística e Distribuição
• Transporte;
• Manutenção de estoques de produtos acabados;
• Processamento de pedidos;
• Expedição;
• Embalagem protetora;
• Programação de produto;
• Armazenagem;
• Manuseio de materiais;
• Manutenção de informações; e
• Pós-venda.
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Capítulo 1 LOGÍSTICA: INTRODUÇÃO, HISTÓRICO E
CONCEITOS ASSOCIADOS
Fonte: O autor.
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Logística e Distribuição
Atividades de Estudos:
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Capítulo 1 LOGÍSTICA: INTRODUÇÃO, HISTÓRICO E
CONCEITOS ASSOCIADOS
Atividades-CHave e Atividades de
Suporte
As atividades componentes da logística e que devem ser gerenciadas variam
de organização para organização em função da estrutura organizacional, da
compreensão do que seja a logística e da importância das atividades individuais
para as operações da organização. Esses componentes da logística podem ser
desdobrados em atividades-chave e atividades de suporte, assim classificadas,
pois algumas atividades acontecem no canal logístico e outras dentro das
organizações. As atividades-chave estão no circuito crítico, também contribuem
majoritariamente com o custo logístico total e são essenciais à coordenação eficaz
e à conclusão das tarefas logísticas. O padrão de serviços ao cliente estabelece
o nível de produção e o grau de preparação ao qual o sistema logístico deve
reagir. Os custos logísticos aumentam em proporção direta ao nível de serviços
fornecidos ao cliente, de modo que o estabelecimento de padrões para os serviços
também afeta os custos logísticos. O estabelecimento de requisitos muito altos
pode elevar excessivamente os custos logísticos (BALLOU, 2001).
33
Logística e Distribuição
logístico total. As atividades de apoio são aquelas que dão suporte ao desempenho
das atividades primárias, para que possamos ter sucesso na administração
organizacional, que é manter e criar clientes com pleno atendimento do mercado
e satisfação total do acionista em receber seu lucro. O transporte adiciona valor
de lugar aos produtos e serviços, enquanto o estoque adiciona valor de tempo
(BALLOU, 2001).
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Capítulo 1 LOGÍSTICA: INTRODUÇÃO, HISTÓRICO E
CONCEITOS ASSOCIADOS
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Logística e Distribuição
Atividades de Estudos:
1) Quais são as diferenças elementares entre os processos de
suprimentos e de distribuição física?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
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Capítulo 1 LOGÍSTICA: INTRODUÇÃO, HISTÓRICO E
CONCEITOS ASSOCIADOS
O Sistema Logístico
Segundo Bowersox e Closs (2001), são três os subsistemas da logística:
suprimentos, apoio à produção e distribuição. Entretanto, também se entende
que há o subsistema de informações. Estes subsistemas são compostos por
atividades, e a operação destes subsistemas deve ser pautada por alguns
objetivos permanentes:
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Logística e Distribuição
• Serviço ao cliente;
• Previsão de vendas;
• Comunicação de distribuição;
• Controle de estoque;
• Manuseio de materiais;
• Processamento de pedidos;
• Peças de reposição e serviços de suportes;
• Seleção do local da planta e armazenagem;
• Compras;
• Embalagem;
• Manuseio de mercadorias devolvidas;
• Recuperação e descarte de sucata;
• Tráfego e transporte; e
• Armazenagem e estocagem.
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Capítulo 1 LOGÍSTICA: INTRODUÇÃO, HISTÓRICO E
CONCEITOS ASSOCIADOS
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Logística e Distribuição
Fluxo do Produto
Fluxo de Informação
Fonte: O autor.
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Capítulo 1 LOGÍSTICA: INTRODUÇÃO, HISTÓRICO E
CONCEITOS ASSOCIADOS
Pedid tos
os, so FLUXO DE INFORMAÇÕES men
licitaçõe , paga
s de devolu erviços
ção, solicitações de consertos e s
FLUXO DE DINHEIRO
Fonte: O autor.
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Logística e Distribuição
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Capítulo 1 LOGÍSTICA: INTRODUÇÃO, HISTÓRICO E
CONCEITOS ASSOCIADOS
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Logística e Distribuição
de apoio. Os executivos não viam como estas atividades poderiam agregar valor
aos produtos. Todavia, uma dificuldade elementar no processo de produção é o
distanciamento espacial entre fabricantes e os mercados consumidores, além
do distanciamento entre os fabricantes e os fornecedores dos suprimentos. Ao
final da fabricação, o produto tem um valor agregado em função de todos os
recursos usados em sua fabricação, mas o valor ainda é incompleto aos olhos do
consumidor final, considerando que o produto ainda deve estar no local certo para
que se possa usufruir. Um eletrodoméstico somente tem todo o seu valor quando
instalado e sendo usado pelo seu proprietário.
Fonte: O autor.
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Capítulo 1 LOGÍSTICA: INTRODUÇÃO, HISTÓRICO E
CONCEITOS ASSOCIADOS
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Logística e Distribuição
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Capítulo 1 LOGÍSTICA: INTRODUÇÃO, HISTÓRICO E
CONCEITOS ASSOCIADOS
Atividade de Estudos:
OBJetivos da Logística
Considerando que um produto só tem valor na mão do cliente, podemos
afirmar que os objetivos da logística são pelo menos os descritos abaixo.
Conforme a SOLE (Society of Logistics Engineers), os oito R’s da logística são:
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Logística e Distribuição
Tem sido sugerido A seleção de uma boa estratégia logística exige muitos dos
que uma estratégia
logística tenha processos criativos que o desenvolvimento de uma boa estratégia
três objetivos: corporativa. As abordagens inovadoras para a estratégia logística
(1) redução de
custo, (2) redução podem oferecer uma vantagem competitiva. Tem sido sugerido que
de capital e (3) uma estratégia logística tenha três objetivos: (1) redução de custo, (2)
melhorias nos redução de capital e (3) melhorias nos serviços (BALLOU, 2001).
serviços (BALLOU,
2001).
Estes objetivos apresentados podem ser classificados como
objetivos operacionais, táticos e estratégicos. Todavia, são muitas barreiras para
que se atinjam os objetivos pretendidos e mais do que isso, para que sejam
adotadas as melhores práticas recomendadas pela logística, muitas barreiras
precisam ser consideradas, conforme as descritas a seguir.
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Capítulo 1 LOGÍSTICA: INTRODUÇÃO, HISTÓRICO E
CONCEITOS ASSOCIADOS
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Logística e Distribuição
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Capítulo 1 LOGÍSTICA: INTRODUÇÃO, HISTÓRICO E
CONCEITOS ASSOCIADOS
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Logística e Distribuição
Marketing
• Produtos ofertados;
• Formação de preço;
• Canais de distribuição;
• Prazos de entrega.
Finanças
• Necessidades de giro de estoque;
• Políticas de investimento.
Controle de Produção
• Orçamento;
• Planejamento dos custos de revenda;
• Quadros demonstrativos, em todos os níveis.
52
Capítulo 1 LOGÍSTICA: INTRODUÇÃO, HISTÓRICO E
CONCEITOS ASSOCIADOS
Logo, não deve ser vista como uma unidade ou departamento da organização,
mesmo que possa se escolher ter uma unidade organizacional assim denominada.
Todavia, se as atividades logísticas forem vistas com uma unidade organização
autônoma e com ação gerencial, o relacionamento das atividades logísticas com
as do marketing e as da produção/operação seria conforme mostrado na figura a
seguir, onde a logística ocupa uma posição, estrategicamente importante, entre
a produção e o marketing. Existem atividades comuns às duas funções, que são
denominadas atividades de interface.
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Logística e Distribuição
Segundo Ballou (2001), as atividades de interface não devem ser geridas por
apenas uma das áreas funcionais. Devem ser gerenciadas pelas funções a elas
relacionadas de forma colaborativa e coordenada. Caso isso não ocorra, pode
levar a resultados subótimos para a empresa através da subordinação das metas
mais abrangentes da organização às metas das funções individuais ou unidades
organizacionais. Significa dizer que objetivos setoriais ou departamentais podem
se sobrepor aos objetivos estratégicos da organização. A integração entre
marketing, logística e produção requer grande sinergia na troca de informação,
sendo necessário as organizações proporcionarem incentivos à cooperação entre
as funções participantes, logística, marketing e produção/operações. É comum
que os setores de logística e marketing tenham uma disputa, da mesma forma
com respeito à logística e produção/operações. Todavia, isso é completamente
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Capítulo 1 LOGÍSTICA: INTRODUÇÃO, HISTÓRICO E
CONCEITOS ASSOCIADOS
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Logística e Distribuição
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Capítulo 1 LOGÍSTICA: INTRODUÇÃO, HISTÓRICO E
CONCEITOS ASSOCIADOS
De acordo com Fleury (2000), a logística deve ser vista como um instrumento
de marketing, uma ferramenta gerencial capaz de agregar valor por meio dos
serviços prestados, ou seja, deve haver uma interação ainda maior entre a função
logística e as demais funções empresariais.
Atividades de Estudos:
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Logística e Distribuição
Algumas ConsideraçÕes
Chegamos ao final deste primeiro capítulo, após conhecermos a evolução da
logística, os seus objetivos e atribuições. O que apresentamos até aqui evidencia
a importância da logística no cenário dos negócios neste século 21, bem como
o que mudou em sua essência desde seu surgimento. Embora não haja uma
definição única para logística, todas as definições mais recentes estabelecem
bem o que pode ser visto como logística, sua natureza e no que consiste o seu
gerenciamento.
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Capítulo 1 LOGÍSTICA: INTRODUÇÃO, HISTÓRICO E
CONCEITOS ASSOCIADOS
Referências
ALMEIDA, C.M. P. R.; Schlüter, M. R. Estratégia logística. Curitiba: IESDE,
2009.
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Logística e Distribuição
estratégia para redução de custos e melhoria dos serviços. São Paulo: Pioneira,
1997.
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Capítulo 1 LOGÍSTICA: INTRODUÇÃO, HISTÓRICO E
CONCEITOS ASSOCIADOS
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Logística e Distribuição
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C APÍTULO 2
Capítulo 2 - O Serviço ao Cliente e o
Enfoque Sistêmico da Logística
ConteXtualiZação
Dentro do contexto do Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, o serviço
logístico oferecido se tornou uma condição indispensável ao delineamento
e manutenção de relacionamentos mais próximos com consumidores e
fornecedores, considerando o efeito positivo sobre a satisfação do cliente. Este
mesmo efeito atua sobre a fidelidade estabelecida na relação cliente e fornecedor.
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Logística e Distribuição
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Capítulo 2 O SERVIÇO AO CLIENTE E O ENFOQUE
SISTÊMICO DA LOGÍSTICA
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Logística e Distribuição
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Capítulo 2 O SERVIÇO AO CLIENTE E O ENFOQUE
SISTÊMICO DA LOGÍSTICA
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Logística e Distribuição
- Ciclo de pedido
(Qual é o tempo transcorrido desde o recebimento do pedido até a entrega do produto? Qual é
a confiabilidade/variabilidade?)
- Disponibilidade de estoque
(Qual é a porcentagem da demanda de cada item que pode ser encontrada no estoque?)
- Taxa de cumprimento do pedido
(Qual é a proporção de pedidos completamente atendida dentro do prazo estabelecido?)
- Informações sobre a posição do pedido
(Quanto tempo levamos para responder uma pergunta com a informação solicitada? Nós infor-
mamos aos clientes sobre os problemas, ou são eles que nos procuram?)
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Capítulo 2 O SERVIÇO AO CLIENTE E O ENFOQUE
SISTÊMICO DA LOGÍSTICA
1. Disponibilidade de produto:
Quantidade entregue do total pedido (%).
Tempo de espera para o recebimento de pendências (dias).
4. Frequência de entregas:
Número de entregas feitas no mês.
71
Logística e Distribuição
9. Apoio pós-entrega:
Percentual de pedidos que resultam em solicitações de assistência e/ou informações sobre o
produto (%).
Percentual de solicitações que não são atendidas (%).
Tempo de espera para receber assistência e/ou informações sobre o produto (dias).
Fonte: O autor.
O ótimo nível de O ótimo nível de serviço é aquele que retém os clientes ao menor
serviço é aquele custo possível e é demarcado pelo ponto que balanceia as receitas de
que retém os
vendas ao custo total logístico. Por esse motivo, nem sempre o ótimo
clientes ao menor
custo possível e nível de serviço é aquele com o menor custo, mas sim aquele que
é demarcado pelo provê à empresa o maior lucro, conforme demonstrado na Figura 14.
ponto que balanceia
as receitas de Pode-se observar que alguns indicadores do nível de serviço
vendas ao custo
logístico ao cliente são relacionados ao transporte e à entrega de
total logístico.
mercadorias. Desta forma, fica claro que o papel dos transportes é
determinante no atendimento aos clientes.
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Capítulo 2 O SERVIÇO AO CLIENTE E O ENFOQUE
SISTÊMICO DA LOGÍSTICA
Fonte: O autor.
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Logística e Distribuição
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Capítulo 2 O SERVIÇO AO CLIENTE E O ENFOQUE
SISTÊMICO DA LOGÍSTICA
Atividades de Estudos:
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Logística e Distribuição
Percentual Receita
médio de Nível médio Custos de média de
atendimen- mensal de estoques vendas
to aos clien- estoque (R$) mensais (R$) mensais
tes (%) (R$)
80 27.500 550 900
85 30.000 600 1.200
90 35.000 700 1.400
95 40.000 800 1.450
98 50.000 1.000 1.600
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Capítulo 2 O SERVIÇO AO CLIENTE E O ENFOQUE
SISTÊMICO DA LOGÍSTICA
____________________________________________________
____________________________________________________
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____________________________________________________
____________________________________________________
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Logística e Distribuição
NÍVEL DE
CUSTO TOTAL
SERVIÇO
PROCESSOS
LOGÍSTICOS
Fonte: O autor.
O conceito do
sistema total O conceito do sistema total defende que é imprescindível a
defende que é consideração sobre os impactos que uma decisão vantajosa para a
imprescindível organização em determinado momento pode causar nos seus clientes
a consideração ou parceiros. O enfoque do sistema total considera problemas mais
sobre os impactos abrangentes para descobrir relações dentro e fora dos limites da
que uma decisão
empresa, que quando ignoradas podem levar a decisões desvantajosas
vantajosa para
a organização para o seu sistema logístico. O conceito do sistema total é uma
em determinado extensão do custo total e considera todos os elementos afetados, por
momento pode menor que seja o impacto, em decorrência dos efeitos da decisão
causar nos tomada.
seus clientes ou
parceiros.
Assim, uma decisão em transporte pode estar vinculada às
decisões sobre estoques e armazenagem. Isso porque a confiabilidade e a
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Capítulo 2 O SERVIÇO AO CLIENTE E O ENFOQUE
SISTÊMICO DA LOGÍSTICA
Figura 14 – Subotimização
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Logística e Distribuição
Sob o âmbito do custo total logístico, nenhum custo pode ser modificado sem
afetar os outros custos e/ou o serviço ao cliente. A centralização das instalações
(armazenagem de produtos acabados), por exemplo, auxilia na redução dos
custos, mas pode afetar o nível de serviço nas entregas aos consumidores,
em função das distâncias das instalações aos destinos finais dos produtos. Um
maior número de instalações, por sua vez, amplia a cobertura de mercado e o
nível de serviço, mas ao mesmo tempo, aumenta os custos logísticos, pois os
custos operacionais serão maiores, incluindo os custos de transporte. Também
há uma tendência de se ter nível de estoques superiores. Uma rede com várias
instalações distantes dos clientes consegue oferecer o mesmo nível de serviço
que uma rede com várias instalações próximas, ao se desenhar uma estratégia
de transportes que reduza os tempos de trânsito, mas aumentará os custos de
transportes (AMARAL; GUERREIRO, 2013).
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Capítulo 2 O SERVIÇO AO CLIENTE E O ENFOQUE
SISTÊMICO DA LOGÍSTICA
Os custos logísticos não podem ser vistos de forma isolada como se fossem
elementos independentes, ainda mais quando se sabe que a interdependência
é total. Assim, todos os custos importantes do processo devem ser identificados
e considerados, e ainda, qualquer análise deve se basear segundo a ótica da
logística integrada neste Custo Total Logístico ou Custo Logístico Global.
IMPACTO NO IMPACTO
SOLUÇÃO IMPACTO NO IMPACTO NO
SERVIÇO AO NA ARMA-
LOGÍSTICA TRANSPORTE INVENTÁRIO
CLIENTE ZENAGEM
Diminui o custo
de transporte
Reduz a necessi- Reduz custos
Centralização Produtos longe de entrada, mas
dade de estoques das instala-
de estoques. dos clientes. aumenta o custo
de segurança. ções.
de transporte de
saída.
Amplia o
custo de
armazena-
Aumenta o custo
gem, devido
de transporte
Descentra- Amplia a necessi- à duplicidade
Produtos perto de entrada, mas
lização de dade de estoques de pessoal,
dos clientes. diminui o custo
estoques. de segurança. equipa-
de transporte de
mentos e
saída.
instalações
devotados à
atividade.
81
Logística e Distribuição
Amplia o
Amplia os inven-
número de
tários devido aos
Proporciona manuseios
Uso de modal maiores ciclos de
respostas pouco Menor custo. (produtos
ferroviário. reposição e ao
tempestivas. não estão
maior tempo em
normalmente
trânsito.
em paletes).
Reduz o
Menores e mais manuseio de
frequentes com- Reduz o nível materiais de-
Suprimentos Custos de serviço
pras aumentam o e o custo dos vido à menor
JIT. maiores.
custo de trans- inventários. quantidade
porte. de inventá-
rios.
O Conceito De "TRADE-OFF"
O termo trade-off refere-se à troca compensatória entre a perda em
algum aspecto e o ganho em outro aspecto. Os trade-offs de custos logísticos
compreendem as trocas compensatórias em que o aumento em um custo logístico
(perda em algum aspecto) pode ser compensado pela redução em outro custo
logístico e/ou pelo aumento do nível de serviço oferecido ao cliente (ganho em
outro aspecto), e vice-versa (AMARAL; GUERREIRO, 2013).
A partir do conceito
de custo logístico A partir do conceito de custo logístico global desenvolve-se a ideia
global desenvolve- de "trade-off", que se baseia no conceito simples, porém fundamental,
se a ideia de “trade- de que uma operação pode suportar um aumento de custo de um lado,
off”, desde que se tenha uma redução maior de outro. São as chamadas
82
Capítulo 2 O SERVIÇO AO CLIENTE E O ENFOQUE
SISTÊMICO DA LOGÍSTICA
Algumas vezes pode ser adequado ter o custo de manter estoque de 35 peças
ou mais, aguardando a chegada dos produtos, por ser mais barato que o custo
que se pagaria pelo frete aéreo. De outro lado, também pode ser conveniente o
frete aéreo e manter um mínimo estoque, no caso das autopeças terem alto valor
83
Logística e Distribuição
A título de exemplo, alguns dos pontos a seguir são discutidos numa situação
típica das empresas brasileiras:
84
Capítulo 2 O SERVIÇO AO CLIENTE E O ENFOQUE
SISTÊMICO DA LOGÍSTICA
Processamento do Pedido
Os principais obstáculos ao correto gerenciamento da logística integrada,
bem como da cadeia de suprimentos, são:
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Logística e Distribuição
86
Capítulo 2 O SERVIÇO AO CLIENTE E O ENFOQUE
SISTÊMICO DA LOGÍSTICA
Pedido do
cliente FÁBRICA
Processamento
ENTREGA DO PEDIDO
Cliente e Montagem do
Varejista pedido a partir
Distribuidor ENTREGA DOS do Estoque ou
ITENS FALTANTES produção caso
não haja estoque
Tempo total do ciclo do pedido
Processamento e Tempo para aquisição
Transmissão do Pedido Montagem do Pedido de estoque adicional Tempo de entrega
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Logística e Distribuição
88
Capítulo 2 O SERVIÇO AO CLIENTE E O ENFOQUE
SISTÊMICO DA LOGÍSTICA
89
Logística e Distribuição
O primeiro diz respeito à movimentação física das mercadorias que deve ser
realizada em tempos aceitáveis e de forma correta entre locais pré-determinados.
Tudo isso significa na verdade: Qualidade. Sem esquecer a redução em níveis
mínimos dos custos das operações, ou em outras palavras: produtividade. A
conciliação de qualidade com a produtividade é um grande desafio.
90
Capítulo 2 O SERVIÇO AO CLIENTE E O ENFOQUE
SISTÊMICO DA LOGÍSTICA
91
Logística e Distribuição
2
1
1 3 5
Total
4,5 13 21
92
Capítulo 2 O SERVIÇO AO CLIENTE E O ENFOQUE
SISTÊMICO DA LOGÍSTICA
de cada etapa. Logo, o tempo médio total do ciclo do pedido é de 13 dias com
uma variação que vai de 4,5 a 21 dias. Esta variabilidade gera um sério problema
para clientes e fornecedores, pois qual será o tempo de ciclo a considerar no
estabelecimento da data de entrega? Se trabalharmos pela média, cerca de 50%
dos pedidos serão entregues com atraso. Por outro lado, se considerarmos o
tempo máximo de ciclo (21 dias), as entregas serão feitas em prazos inferiores
aos prometidos, podendo gerar problemas de recebimento para os clientes.
A melhor alternativa para atacar este problema é, certamente, buscar reduzir a
variabilidade das etapas através da identificação de suas principais causas, e
do estabelecimento de sistemas eficazes de planejamento e monitoramento dos
processos, conforme exemplificado na figura 19 (FLEURY, 2003).
93
Logística e Distribuição
Atividades de Estudos:
94
Capítulo 2 O SERVIÇO AO CLIENTE E O ENFOQUE
SISTÊMICO DA LOGÍSTICA
PORQUE
Algumas ConsideraçÕes
No mercado altamente competitivo, onde as inovações e as mudanças
ocorrem aceleradamente e onde há uma maior quantidade de consumidores
exigentes que têm diferentes necessidades a serem atendidas, faz com que
as empresas busquem novas formas de gestão de seus negócios, visando à
fidelização dos seus clientes, identificando os fatores que influenciam o nível de
95
Logística e Distribuição
serviço logístico, o que exige cada vez mais a revisão do ciclo de pedido e do seu
gerenciamento.
Referências
ALVARENGA, A. C.; NOVAES, A.G. Logística aplicada: suprimento e
distribuição física. 2. ed. são Paulo: Pioneira, 1994.
96
Capítulo 2 O SERVIÇO AO CLIENTE E O ENFOQUE
SISTÊMICO DA LOGÍSTICA
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Logística e Distribuição
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C APÍTULO 3
Gerenciamento da Cadeia de
Suprimentos
100
Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
CONTEXTUALIZAÇÃO
101
Logística e Distribuição
102
Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
103
Logística e Distribuição
104
Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
105
Logística e Distribuição
106
Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
107
Logística e Distribuição
108
Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
109
Logística e Distribuição
110
Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
Gerenciamento da Cadeia de
Suprimentos (GCS)
O termo gerenciamento da cadeia de suprimentos não substitui as parcerias
com fornecedores e nem é uma descrição da função logística. Hoje, há muitos
esforços conjuntos para melhorar os processos de integração no gerenciamento
da cadeia de suprimentos e acelerar os benefícios disponíveis através de uma
implementação bem-sucedida.
111
Logística e Distribuição
112
Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
113
Logística e Distribuição
é iniciada como resposta aos pedidos. Já nos processos empurrados (push), são
aqueles executados em antecipação aos pedidos e por isso se constituem numa
especulação obtida por previsão, já que não se tem conhecimento da demanda
real dos clientes. No período de execução do processo puxado (pull) a demanda
já é conhecida com certeza.
114
Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
115
Logística e Distribuição
Fonte: O autor.
Atividade de Estudos:
116
Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
117
Logística e Distribuição
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Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
119
Logística e Distribuição
120
Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
121
Logística e Distribuição
122
Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
123
Logística e Distribuição
124
Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
Postergação (POSTPONEMENT)
O conceito de postergação (adiamento da diferenciação) reside na
organização da produção e distribuição de produtos de tal modo que a
personalização de tais produtos é feita o mais próximo possível do ponto da
cadeia de suprimento em que a demanda já é conhecida.
125
Logística e Distribuição
126
Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
127
Logística e Distribuição
128
Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
129
Logística e Distribuição
130
Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
131
Logística e Distribuição
132
Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
133
Logística e Distribuição
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Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
135
Logística e Distribuição
136
Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
137
Logística e Distribuição
Nível de elemen-
O Nível 3 define a habilidade de uma empresa
tos do processo Escopo do
3 em competir com sucesso nos seus mercados
(processos SCOR
escolhidos.
decompostos)
Nível de im-
plementação Fora do
Neste nível, empresas implementam práticas
4 (elementos de Escopo
específicas de gestão da cadeia de suprimentos.
processos decom- SCOR
postos)
138
Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
139
Logística e Distribuição
140
Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
141
Logística e Distribuição
O modelo GSCF apresenta uso mais estratégico e com seu foco na criação
de valor para os acionistas numa visão de longo prazo, enquanto o modelo SCOR
tem seu uso mais na dimensão operacional, voltado ao aumento da eficiência
nas operações. Os dois modelos reconhecem que os processos de negócio
não substituirão as funções corporativas. (LAMBERT; GARCIA-DASTUGUE;
CROXTON, 2005; DONADEL et al., 2007).
142
Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
suprimentos é uma atividade para ser conduzida como uma "equipe de esporte".
As macrotendências identificadas são simplesmente que o GCS é demasiado
grande e complexo para qualquer organização resolver por conta própria.
143
Logística e Distribuição
Vamos imaginar um cenário ilustrado pela Figura 27, onde você administra
uma empresa com 100 milhões em vendas, 10% de custos na cadeia de
suprimentos e lucro bruto de 10%, conforme se pode constatar no primeiro
bloco da ilustração (atual). A pergunta base é: o que você faria para elevar seu
lucro total em 50%? Uma forma seria aumentar as vendas em 50%, conforme
o bloco do meio na Figura 27. Outra forma seria imitar as melhores empresas
do mercado e reduzir os custos de sua cadeia de suprimentos para 5% da
receita, como apresentado no bloco seguinte. No nível das margens brutas, essa
economia de 5 milhões equivale ao acréscimo de 50 milhões em vendas. Não
se tem a intenção de indicar apenas a reduzir custos, mas certamente que é
mais viável reduzir custos na cadeia de suprimentos do que aumentar as vendas
em 50%. Por exemplo, no setor varejista, em que as margens de lucro de 2%
são comuns, o impacto da economia na cadeia de suprimentos pode ser ainda
mais impressionante. Com margens de lucros pequenas, a redução de custos
na cadeia de 10% para 8% pode significar o aumento nos lucros tanto quanto a
duplicação do volume de vendas (24th CSCMP’s Annual State of Logistics Report;
ILOS, 2014; TAYLOR, 2005).
144
Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
145
Logística e Distribuição
146
Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
ele, o importante é quem venderá o melhor produto pelo menor preço. Logo, o
fabricante pode ser punido por que o distribuidor ficou sem estoques? O varejista
deve sofrer perdas por que o fabricante teve problemas no controle de qualidade?
O assunto em questão não é justiça, a questão é competição. Quer se queira ou
não, os destinos de todos os membros da cadeia de suprimentos estão cada vez
mais ligados (TAYLOR, 2005).
147
Logística e Distribuição
organização lida com outra organização que realiza a fase seguinte da cadeia
de suprimentos, tem como se beneficiar com o sucesso da outra (LUMMUS;
VOKURKA, 1999).
148
Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
149
Logística e Distribuição
Atividades de Estudos:
150
Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
151
Logística e Distribuição
152
Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
153
Logística e Distribuição
154
Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
155
Logística e Distribuição
• West Co., Becton Dickinson e Baxter: West Co. fornecia para a Becton
Dickinson, que fornece produtos médicos para Baxter. Becton Dickinson
implementou o programa de gerenciamento da cadeia de suprimentos
através de executivos de nível sênior com a responsabilidade de monitorar
a execução da cadeia de suprimentos. Trabalhando em conjunto em todos
os níveis de gestão das três empresas, fizeram melhorias na qualidade
de serviço e, ao mesmo tempo, reduziram os tempos de ciclo e custos
(LUMMUS; VOKURKA, 1999).
• Gestão de inventário;
• Gerenciamento logístico;
• Parcerias com fornecedores;
• Direcionamento de suprimentos;
• Estratégia de transporte;
• Gestão de distribuição;
• O fluxo logístico;
• Gestão de compras; e
• Sistemas baseados em computador.
156
Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
Algumas ConsideraçÕes
O gerenciamento da cadeia de suprimentos tem atraído a atenção de
acadêmicos e profissionais. As organizações têm investido na implantação deste
conceito na busca por vantagem competitiva. O presente capítulo buscou analisar
a utilização do termo gerenciamento da cadeia de suprimentos na teoria e na
prática. Para isto, realizamos um levantamento teórico sobre o tema. A partir de
nossos textos e atividades, identificam-se três aspectos considerados chaves
no gerenciamento da cadeia de suprimentos: compartilhamento de informação,
integração e parceria.
Saiba que o que foi abordado até aqui é a base para todos os conhecimentos
a serem acrescentados nos próximos capítulos, logo, sugiro seguir todas as dicas
de acesso a informações e conhecimentos complementares indicados ao longo
do capítulo, pois serão muito importantes na construção do conhecimento que se
pretende neste curso. Reveja os conteúdos e identifique onde restaram dúvidas,
e, se for necessário, discuta estas dúvidas com o grupo e com o tutor.
157
Logística e Distribuição
Referências
BARRATT, M.; OLIVEIRA, A. Exploring the experiences of collaboration
planning iniciatives. International Journal of Physical Distribution e Logistics
Management, 2001.
158
Capítulo 3 GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
159
Logística e Distribuição
160
C APÍTULO 4
Valor e Custos da Logística
162
Capítulo 4 VALOR E CUSTOS DA LOGÍSTICA
ConteXtualiZação
Atualmente não é mais viável atuar de forma competitiva no comércio
adquirindo apenas produtos dos fornecedores e vendendo-os aos consumidores,
visto que as vantagens competitivas não dependem exclusivamente do varejista
na ponta do consumo, mas sim de todos os intermediários em toda cadeia de
suprimentos, através dos quais vêm agregando ou subtraindo valor.
163
Logística e Distribuição
A gestão de custos pode ser vista como uma vantagem competitiva, que
agrega valor aos produtos e serviços ofertados aos clientes. Conforme Porter
(1989), o valor em um mercado competitivo é considerado como o montante
que os compradores estão dispostos a pagar por aquilo que uma empresa, ou
indivíduo, lhes fornece.
Gerenciamento da Cadeia de
Suprimentos VERSUS Gerenciamento
da Cadeia de Valor
Segundo Novaes (2001), o conceito da cadeia de valor foi desenvolvido
por Michael Porter, professor da Harvard Business School, sendo até hoje um
dos pilares do moderno gerenciamento da cadeia de suprimentos. Quando o
consumidor, ao adquirir um produto num determinado varejista, a um determinado
preço, o pagamento que faz cobre uma série de elementos (ou intermediários)
que participam da cadeia de suprimento, desde o processo de fabricação
até a chegada do produto final no ponto de venda. Sabendo-se que valor é o
montante que os clientes estão dispostos a pagar pelo produto ou serviço, a
cadeia de valor identifica as atividades, funções e processos que precisam ser
executados no projeto, produção, comercialização, entrega e apoio de um
produto ou serviço (PORTER, 1989). A lucratividade de uma organização pode
aumentar se compreender, não apenas sua própria cadeia de valor, mas também
as atividades de valor da organização que se encaixam nas cadeias de valor dos
seus fornecedores e dos clientes.
164
Capítulo 4 VALOR E CUSTOS DA LOGÍSTICA
165
Logística e Distribuição
166
Capítulo 4 VALOR E CUSTOS DA LOGÍSTICA
• Inovação;
• Pesquisa e desenvolvimento;
• Teste do produto;
• Marketing;
Os gestores da
• Análise da tendência social; e
cadeia de valor
• Condições econômicas. normalmente são
responsáveis
Os gestores da cadeia de valor normalmente são responsáveis por analisar os
por analisar os problemas e oportunidades, fornecendo informações problemas e
a fim de maximizar o valor criado pelo negócio. Eles podem usar a oportunidades,
fornecendo
modelagem de suprimentos para explorar opções e mitigar a escassez.
informações a fim
Outras funções podem incluir a preparação de planejamento de de maximizar o valor
produtos, ou a colaboração com o serviço ao cliente e o departamento criado pelo negócio.
de marketing em atividades que agregam valor para o consumidor.
167
Logística e Distribuição
168
Capítulo 4 VALOR E CUSTOS DA LOGÍSTICA
169
Logística e Distribuição
170
Capítulo 4 VALOR E CUSTOS DA LOGÍSTICA
171
Logística e Distribuição
A estreita relação
A estreita relação entre cadeia de valor e cadeia de suprimentos
entre cadeia de
valor e cadeia é evidenciada comparando seus conceitos. Numa cadeia de valor as
de suprimentos atividades de valor estão relacionadas por meio de elos dentro da
é evidenciada cadeia de valor (PORTER, 1989).
comparando seus
conceitos. Já na cadeia de suprimentos, é a rede de organizações envolvidas,
por meio de vínculos a montante e a jusante, nos diferentes processos
e atividades que produzem valor na forma de produtos e serviços destinados
ao consumidor final (CHRISTOPHER, 2007; TAYLOR, 2005). Face ao exposto,
verifica-se a relação que existe entre a cadeia de valor e a cadeia de suprimentos.
172
Capítulo 4 VALOR E CUSTOS DA LOGÍSTICA
173
Logística e Distribuição
174
Capítulo 4 VALOR E CUSTOS DA LOGÍSTICA
175
Logística e Distribuição
Atividades de Estudos:
176
Capítulo 4 VALOR E CUSTOS DA LOGÍSTICA
177
Logística e Distribuição
178
Capítulo 4 VALOR E CUSTOS DA LOGÍSTICA
179
Logística e Distribuição
180
Capítulo 4 VALOR E CUSTOS DA LOGÍSTICA
Fonte: O autor.
181
Logística e Distribuição
e) Custos diretos: são os tipos de custos que permitem uma alocação direta
a cada unidade produzida. Como exemplos, pode-se pensar em matéria-prima ou
horas de mão de obra necessária para a execução de um serviço.
Os custos variáveis têm este nome porque são custos que variam com o
volume produzido. A matéria-prima é um custo direto variável, pois vai sendo
utilizada à medida que cada unidade de um produto é produzida. Se não há
produção, não há consumo de matéria-prima.
182
Capítulo 4 VALOR E CUSTOS DA LOGÍSTICA
183
Logística e Distribuição
184
Capítulo 4 VALOR E CUSTOS DA LOGÍSTICA
O sistema ABC foi concebido para atribuir os custos indiretos de uma forma
mais criteriosa aos bens e serviços. Além disso, fornece informações úteis para
orientar os gestores na observação das atividades responsáveis pelos custos. O
custeio ABC aloca os custos em atividades, e desta forma podem ser identificados
como aquelas que adicionam ou não valor ao cliente interno ou externo. As
atividades que não adicionam valor podem então ser alteradas ou podem ser
descartadas, sem afetar os atributos importantes dos produtos ou serviços
ofertados.
Custos de
Custos de Custos de
Produtos/
Recursos Atividades
Serviços
Fonte: O autor.
185
Logística e Distribuição
186
Capítulo 4 VALOR E CUSTOS DA LOGÍSTICA
Em segundo lugar, CPA fornece uma base para decisões de preços, planos
de bônus e descontos aos clientes. Ele mostra por que atender algumas ordens
de compra custa mais do que outras e permitindo que as empresas tenham
seus preços refletindo essas diferenças. Desta forma, permite a melhora da
base de decisão dos gestores, com respeito aos descontos. Na ausência deste
conhecimento sobre os custos específicos do cliente, os descontos são muitas
vezes concedidos com base no volume de vendas. Uma análise da rentabilidade
do cliente pode demonstrar que alguns dos grandes clientes estão de fato entre
os clientes não rentáveis. A CPA revelará os clientes com a contribuição negativa
para os lucros de uma organização. Estabelecer a lucratividade de clientes é
uma das questões em que a contabilidade tradicional apresenta dificuldades nas
soluções, pois medem muitas vezes em função do lucro bruto. Ou seja, a receita
bruta de vendas gerada pelo cliente, dentro de certo período, menos o custo das
mercadorias vendidas. Logo, outros custos não são considerados antes do cálculo
da lucratividade real de um cliente.
A importância desses custos que são gerados pelas atividades, tais como, a
prestação de serviços ao cliente, pode ser importante em termos da forma como
as estratégias logísticas sejam elaboradas.
187
Logística e Distribuição
falham por isso, pois se baseiam somente no preço cotado. Vários outros fatores
são deixados de lado, recebimento, rejeição de materiais e produtos, gastos com
a correção de falhas e utilização de partes de componentes e materiais com não
conformidades, alterando a produtividade. Estes sistemas se limitam a alocar
esses gastos em despesas ou gastos gerais da fabricação, não considerando os
custos dos produtos.
O TCO é uma das mais recentes técnicas para se custear uma parte
específica da cadeia logística. O TCO permite a compreensão dos custos totais
relacionados à aquisição de um material. Esta técnica requer que o comprador
determine quais são os custos mais relevantes não só na aquisição, como em
todo ciclo de vida do material até o seu disposicionamento.
O ABC deve ser o eixo central do sistema combinado, pois permite integrar
corretamente as técnicas TCO, DPP e CPA. Os dados extraídos do sistema ABC
são mais confiáveis que aqueles que seriam fornecidos pelos sistemas de custeio
tradicionais (FREIRES, 2000).
188
Capítulo 4 VALOR E CUSTOS DA LOGÍSTICA
189
Logística e Distribuição
Custos Logísticos
Após serem apresentados aspectos inerentes à cadeia de valor, aborda-se
neste item conceitos relacionados aos custos logísticos. Segundo Resende et al.
(2015), os custos logísticos no Brasil consomem 11,73% da receita das empresas,
um aumento de 1,8% em relação a 2014, revelando um alto nível de dependência
de Rodovias (98%), Profissionais Qualificados (85%) e Máquinas e Equipamentos
(78%). De forma geral, a saída encontrada pelas empresas brasileiras para
atenuar o custo logístico tem sido terceirizar a frota e serviços logísticos para
outros operadores. Ao terceirizar, a empresa transforma o que seria um custo fixo,
em variável. Ou seja, o custo com logística só aparece quando existe demanda.
190
Capítulo 4 VALOR E CUSTOS DA LOGÍSTICA
191
Logística e Distribuição
192
Capítulo 4 VALOR E CUSTOS DA LOGÍSTICA
193
Logística e Distribuição
Cabe lembrar que o sistema de custeio a ser utilizado para quantificar cada
um destes custos terá influência nos resultados alcançados. Deve-se considerar
que sistema de custeio por suas características influenciará nos resultados. Outra
orientação importante é a consideração dos custos logísticos mais significantes,
tais como os primários, dentre outros, sem se esquecer do custo de capital
imobilizado na estrutura logística, sem esquecer dos trade-off.
CTL = CE + CL + CPPI + CA + CT + OC
CTL: Custo Total das Atividades Logísticas
CE: Estoque
CL: Custo de Lote
CPPI: Custo de Processamento de Pedido e Informação
CA: Armazenagem
CT: Custo de Transporte
OC: Outros Custos
194
Capítulo 4 VALOR E CUSTOS DA LOGÍSTICA
195
Logística e Distribuição
Fabricante Varejista
1
Tempo de “Transit Time” ou tempo de deslocamento = 2 (dois) dias
Estóque no Depósiro do Fabricante Estoque no Depósito do Varejista
( v) = Valor do produto no Q
Q Varejista
L L
Estoque Médio Custo de Transporte
L/2 L/2
L/2(1+Fr) em T₁ = Valor do produto
ES no fabricante ES
t t
T = 2 (dois) dias
T₁ ES - Estoque de Segurança = fR
ES = Estoque de Segurança = f R
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
196
Capítulo 4 VALOR E CUSTOS DA LOGÍSTICA
197
Logística e Distribuição
198
Capítulo 4 VALOR E CUSTOS DA LOGÍSTICA
199
Logística e Distribuição
200
Capítulo 4 VALOR E CUSTOS DA LOGÍSTICA
Atividades de Estudos:
201
Logística e Distribuição
Algumas ConsideraçÕes
O gerenciamento integrado da cadeia de suprimento pode auxiliar as
organizações a alcançarem a vantagem em custo, como em valor, já que a
vantagem competitiva é construída pela forma como as organizações realizam
suas atividades dentro da cadeia de valor. São inúmeras as vantagens que podem
ser obtidas pela redução de estoques, melhor utilização das capacidades e maior
202
Capítulo 4 VALOR E CUSTOS DA LOGÍSTICA
Como estudante, você pôde observar que o universo em que entramos neste
capítulo é muito vasto, e dentro deste abordamos apenas os pontos mais críticos
ao gerenciamento da cadeia de suprimentos, todavia quanto mais se dedicar à
leitura e aos exercícios, mais êxito terá na aplicação destes conhecimentos.
Referências
BRIMSON, J. A. Contabilidade por atividade. São Paulo: Atlas, 1996.
203
Logística e Distribuição
KAPLINSK R.; MORRIS M. An Important health warning or a guide for using this
handbook. In: BELLAGIO WORKSHOP, set. 2000.
OSTRENGA, M. Guia da Ernst & Young para gestão total dos custos. Rio de
Janeiro: Editora Record, 1997.
204
Capítulo 4 VALOR E CUSTOS DA LOGÍSTICA
205
Logística e Distribuição
206
C APÍTULO 5
Operadores Logísticos
208
Capítulo 5 OPERADORES LOGÍSTICOS
ConteXtualiZação
Para compreender a importância que os Operadores Logísticos possuem
atualmente na economia, pode-se adotar como referência o valor que as
atividades logísticas produzem para o Brasil.
Segundo pesquisa realizada em 2002, dois terços de uma amostra das 500
empresas da Fortune utilizavam alguma forma de PSL, com um gasto estimado
em 24% do seu orçamento logístico (LIEB; KENDRICK, 2002a). Esta realidade
também era evidente na Europa, mercado que foi avaliado à época em torno de
51,4 bilhões de euros em 2001 (ALLEN, 2003).
209
Logística e Distribuição
Os anos 1990 Os anos 1990 foram um grande momento para os OLs com o
foram um grande
aumento da demanda pelos clientes, que estavam interessados em
momento para os
OLs com o aumento terceirizar uma maior parte de suas atividades logísticas.
da demanda
pelos clientes, Pode-se descrever o nascimento da indústria de OLs através de
que estavam ondas dos entrantes. A primeira onda se iniciou nos anos 1980 com os
interessados em
tradicionais prestadores de serviços logísticos, que se desenvolveram
terceirizar uma
maior parte de suas a partir de uma forte posição em transporte ou armazenagem, como a
atividades logísticas. Exel e a ASG. Já na segunda onda, nos anos 1990, traz os participantes
de rede, tais como as organizações de entregas expressas, TNT,
UPS e DHL. A onda mais recente introduz participantes de áreas diversas,
como TI, finanças e consultoria, com o objetivo de atuarem com os integrantes
210
Capítulo 5 OPERADORES LOGÍSTICOS
das primeiras e segundas ondas, tais como IBM, GeoLogistics, New Holland
Logistics (BERGLUND et al., 1999). O histórico da indústria no Brasil tem suas
origens relacionadas à abertura comercial em 1990, com a entrada maciça de
multinacionais e a disseminação de práticas mais modernas de gestão. Embora
a prática de terceirização de atividades logísticas não seja efetivamente nova no
Brasil, a indústria de OLs decorre da estabilização da moeda, enquanto os custos
e eficiência não mais estavam camuflados pela inflação (RIBEIRO,
2001). Apesar do
desenvolvimento
da Logística
Apesar do desenvolvimento da Logística Integrada se iniciar nesta
Integrada se iniciar
época, o desenvolvimento propriamente dito dos OLs como indústria nesta época, o
tem como marco inicial a chegada dos primeiros OLs internacionais em desenvolvimento
1997, trazidos pelos seus clientes multinacionais (RIBEIRO, 2001). propriamente dito
dos OLs como
Outros OLs optaram por parceria para introdução no mercado com indústria tem
como marco inicial
menor risco, tal como a Penske Logistics associada com a brasileira
a chegada dos
Cotia Trading. Outras organizações internacionais de serviço expresso primeiros OLs
como a DHL e a FedEx também entraram e despertaram em prestadores internacionais em
de serviço logístico nacionais o interesse na disputa de um mercado, à 1997.
época, nascente e promissor de terceirização da logística.
O Conceito de Operadores
Logísticos
Nos anos 1980, nos Estados Unidos, se iniciou a construção da
mentalidade que evoluiu para o que hoje denominamos por operador A evolução
logístico. Se deu como decorrência dos serviços de transporte que tecnológica, como
o Just in Time,
passaram por um processo de desregulamentação, aumentando a
a reengenharia,
competição e facilitando o crescimento deste segmento. A evolução o kaizen, dentre
tecnológica, como o Just in Time, a reengenharia, o kaizen, dentre outras, ocorreram
outras, ocorreram neste período. Todas essas mudanças no segmento neste período.
industrial geraram os importantes impactos nos sistemas de distribuição,
direcionando as organizações na busca da redução de custos e maximização dos
resultados.
211
Logística e Distribuição
212
Capítulo 5 OPERADORES LOGÍSTICOS
Outra definição para OL é a de Fleury, Wanke e Figueiredo (2000), que dizem que
se constitui num fornecedor de serviços logísticos integrados, capaz de atender a todas
ou quase todas as necessidades logísticas de seus clientes, de forma personalizada.
213
Logística e Distribuição
Fica implícito no Assim, fica implícito no uso do termo Operador Logístico (OL) ou
uso do termo 3PL (Third Party Logistics Provider) um grau de sofisticação e avanço
Operador Logístico compatível com o observado nas modernas cadeias de suprimento
(OL) ou 3PL (Third (NOVAES, 2007).
Party Logistics
Provider) um grau
Os OL geram valor para seus clientes prestando serviços de
de sofisticação e
avanço compatível maneira mais eficiente e/ou eficaz. Embora os primeiros tipos de
com o observado serviços a virem à mente, em se tratando em terceirização de atividades
nas modernas logísticas, serem serviços de transporte e armazenagem, existe uma
cadeias de grande quantidade de serviços que são prestados pelos OLs.
suprimento.
Em se tratando do ambiente internacional se usa a denominação
3PL, mais frequentemente adotada para identificar o Operador Logístico. No
âmbito nacional adota-se a denominação Operador Logístico (FLEURY; RIBEIRO,
2003, p. 295).
214
Capítulo 5 OPERADORES LOGÍSTICOS
• O First Party Logistics Provider (1PL) é uma organização ou um O 1PL pode ser
indivíduo que precisa ter carga, frete, materiais, produtos ou um fabricante,
mercadorias transportadas a partir de um ponto A para um ponto comerciante,
B. O termo significa tanto para o remetente da carga como para importador/
quem é o recebedor de carga. O 1PL pode ser um fabricante, exportador,
atacadista, varejista
comerciante, importador/exportador, atacadista, varejista ou
ou distribuidor no
distribuidor no campo do comércio internacional. Pode ser campo do comércio
também organização como governo ou um indivíduo ou família internacional.
que removem quaisquer materiais de um lugar para outro. O
fabricante ou o ator industrial que não terceiriza atividades de
transporte e logísticas a terceiros. Estas funções são realizadas Um Second Party
pelos próprios departamentos da organização. Logistics Provider
(2PL) é uma
• Um Second Party Logistics Provider (2PL) é uma transportadora transportadora
baseada em ativos, que na verdade é dona dos meios de baseada em ativos.
transporte. Os típicos 2PLs seriam companhias marítimas que
possuem, arrendam ou fretam seus navios; companhias aéreas
que possuem, alugam ou fretam seus aviões e as companhias Um Third Party
de caminhões que possuem ou alugam seus caminhões. Logistics Provider
(3PL) ou Operador
Logístico
• Um Third Party Logistics Provider (3PL) ou Operador Logístico Terceirizado
Terceirizado fornece serviços terceirizados de logística para fornece serviços
as organizações para uma parte ou às vezes toda a sua terceirizados de
função de gerenciamento da cadeia de fornecimento. Ainda logística para as
diz respeito, sobretudo, ao transporte de mercadorias de um organizações
para uma parte
fornecedor/expedidor para um comprador/destinatário, mas
ou às vezes toda
inclui serviços adicionais envolvidos na cadeia de suprimentos. a sua função de
Estes serviços podem incluir armazenagem, operação de gerenciamento
terminais, desembaraço aduaneiro, gerenciamento da cadeia da cadeia de
de suprimentos, soluções de TI para a logística e serviços de fornecimento.
análise, identificação e rastreio. Um 3PL fornece todos estes
215
Logística e Distribuição
216
Capítulo 5 OPERADORES LOGÍSTICOS
217
Logística e Distribuição
Uma vez que vimos os conceitos mais importantes para compreensão do OL,
vamos entender os serviços ofertados e os principais motivos da terceirização das
atividades logísticas.
Atividades de Estudos:
218
Capítulo 5 OPERADORES LOGÍSTICOS
219
Logística e Distribuição
220
Capítulo 5 OPERADORES LOGÍSTICOS
Por via de regra, a redução de custos é uma das primeiras motivações que
são analisadas, sendo que algumas atividades, assim como os transportes, já
são terceirizados em grande escala com economias significativas. Segundo a
última edição do Third-Party Logistics Study, de 2014, o fator de redução do custo
logístico, gerado pela atuação dos operadores logísticos no mundo, foi de 15%,
em uma média geral (VIEIRA FILHO, 2015).
221
Logística e Distribuição
Na figura a seguir está a lista de serviços oferecidos pelos OLs, onde consta
a porcentagem das organizações que os ofereciam em 2003. A oferta de serviços
não mudou significativamente e essa lista de serviços foi apresentada também no
Panorama de Operadores Logísticos de junho de 2005 da Revista Tecnologística.
60% 53%
40%
20%
0%
JIT
Kits e conjuntos
Controle de Estoque
Distribuição
Coordenação
Transferência
Porta-a-Porta
Embalagem
Logística Reversa
Suporte Fical
Milk Run
Imp. E Exp./Des.
Armazenagem
Gerenciamento
Desenvolvimento
Montagem de
Intermodal
de Projetos
Aduaneiro
222
Capítulo 5 OPERADORES LOGÍSTICOS
Na figura a seguir veja alguns dos OLs atuando no Brasil em 2015, tempo
de mercado, aspectos de seu porte e resultados, indústria de atuação e seus
clientes, bem como os tipos de serviços oferecidos.
223
Logística e Distribuição
224
Capítulo 5 OPERADORES LOGÍSTICOS
Atividade de Estudos:
Seleção de um Prestador de
Serviços Logísticos
Um serviço logístico é distinto em vários aspectos dos serviços gerais, pois
geralmente envolve relações B2B onde o comprador não é apenas o principal
interessado, mas também o seu cliente, pois é diretamente influenciado pela
prestação de um serviço satisfatório, tanto quanto o insatisfatório.
225
Logística e Distribuição
226
Capítulo 5 OPERADORES LOGÍSTICOS
227
Logística e Distribuição
228
Capítulo 5 OPERADORES LOGÍSTICOS
229
Logística e Distribuição
Algumas ConsideraçÕes
Neste capítulo, apresentamos o que são os Prestadores de Serviço Logístico,
evolução de conceitos e do seu papel no moderno gerenciamento da cadeia de
suprimento. Você pôde entender a diferença do Operador Logístico e os demais
PSLs, bem como a natureza de suas atividades e os procedimentos que devem
preceder e suceder a terceirização.
Como estudante você pôde observar que muitos dos conceitos aqui
apresentados estão em constante evolução, e deve ter percebido que
apresentamos alguns poucos exemplos das práticas mais atuais dos Operadores
Logísticos. Muito mais importante que memorizar os conceitos básicos que
230
Capítulo 5 OPERADORES LOGÍSTICOS
Referências
ANDERSSON, D.; NORRMAN, A. Procurement of logistics services: a minutes
work or a multi-year project? European Journal of Purchasing & Supply
Management, v. 8, n. 1, p. 3-14, 2002.
ALLEN, N. Ten Years On. Logistics Europe, v. 11, n. 1, p. 29-32, jan./feb. 2003.
LIEB, R.; BENTZ, B. A. The use of third-party logistics services by large American
manufacturers: the 2004 survey. Transportation Journal, v. 44, n. 2, p. 5-15,
2005.
LIEB, R. C.; KENDRICK, S. The Use of Third Party Logistics Services by Large
American Manufacturers, The 2002 Survey. 2002a. Disponível em: <http://www.
accenture.com/xdoc/en/services/scm/scm_thought_user_survey.pdf>. Acesso
em: 25 abr. 2003.
231
Logística e Distribuição
232
C APÍTULO 6
Logística e Sistemas de Informação
234
Capítulo 6 LOGÍSTICA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
ConteXtualiZação
Pela grande evolução e importância que a Logística possui para as
organizações e demais setores, como de transportes, movimentação,
armazenagem, não poderia em momento algum ficar distante de um sistema
de informações, que garanta o seu gerenciamento, controle, acuracidade dos
estoques e rastreabilidade, não somente para o empresário, mas em especial
para atender ao cliente e garantir a segurança de seu produto.
235
Logística e Distribuição
236
Capítulo 6 LOGÍSTICA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Sistemas de Informação
O conceito de Tecnologia de Informação (TI) engloba as várias tecnologias
que coletam, processam, armazenam e transmitem informações. Assim envolve,
além de computadores, equipamentos de reconhecimento de dados, tecnologias
de comunicação, automação de fábricas e outras modalidades de hardware e
de serviços (PORTER, 1999). A evolução da TI permitiu que fosse assumindo,
cada vez mais, um papel estratégico nas empresas. No início, melhorou os
componentes físicos das atividades e facilitou o processamento de informações.
Mais tarde, permitiu a integração e coordenação dos processos internos das
empresas, tais como vendas, produção e gestão de materiais. Finalmente,
possibilitou a integração e coordenação dos processos da empresa com os de
outras organizações, possibilitando o estabelecimento das redes (APPLEGATE;
AUSTIN; MCFARLAN, 2003).
237
Logística e Distribuição
238
Capítulo 6 LOGÍSTICA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Atividade de Estudos:
Sistemas OrganiZacionais e
InterorganiZacionais
Os principais sistemas de organizações ou organizacionais ofertados no
mercado, são:
239
Logística e Distribuição
Fonte: O autor.
240
Capítulo 6 LOGÍSTICA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
241
Logística e Distribuição
Fonte: O autor.
242
Capítulo 6 LOGÍSTICA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
243
Logística e Distribuição
Integram os
processos das Os sistemas CRM dão suporte à gestão do relacionamento da
funções as vendas, organização com seus clientes. Apoiam o cliente desde o recebimento
o marketing do pedido até a remessa do produto. Integram os processos das
e serviços, e funções as vendas, o marketing e serviços, e consolidam a informação
consolidam a
destas fontes para fornecer uma visão única dos clientes. Com estas
informação destas
fontes para fornecer informações as organizações podem oferecer serviço de melhor
uma visão única dos qualidade, customizar seus produtos, oferecer mais valor e conquistar
clientes. novos clientes (NAZÁRIO, 2004).
244
Capítulo 6 LOGÍSTICA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
245
Logística e Distribuição
246
Capítulo 6 LOGÍSTICA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
• Sistemas contábeis.
• Sistemas de compra, estoque, inventário.
• Aplicações de cadastro.
• ERPs, CRMs.
247
Logística e Distribuição
248
Capítulo 6 LOGÍSTICA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
• Desenvolvimento de produtos;
• Contratos para incluir terceirização / parcerias;
• Produção / distribuição física;
• Medição de desempenho;
• Gestão do relacionamento com os clientes (CRM).
249
Logística e Distribuição
Atividades de Estudos:
250
Capítulo 6 LOGÍSTICA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
a) ( ) F – V – V – V – F.
b) ( ) V – F – F – F – V.
c) ( ) V – F – F – V – V.
d) ( ) V – V – F – F – V.
2) Quais são os principais fatores que fazem com que o ERP venha
a ser usado pelas organizações nos últimos anos?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
251
Logística e Distribuição
252
Capítulo 6 LOGÍSTICA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
253
Logística e Distribuição
254
Capítulo 6 LOGÍSTICA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
255
Logística e Distribuição
O sistema MRP O sistema MRP deve fornecer quatro itens básicos de informação:
deve fornecer quando colocar a ordem, a quantidade a ser ordenada (solicitada), de
quatro itens básicos quem será a ordem (solicitação) e quando os itens precisam estar na
de informação: mão.
quando colocar a
ordem, a quantidade
a ser ordenada Os sistemas MRP são utilizados para adquirir ou fabricar
(solicitada), de quantidades de componentes no tempo, tanto para fins internos, como
quem será a ordem para vendas e distribuição. O MRP é um instrumento de planejamento
(solicitação) e voltado exclusivamente a operações de montagem. Cada unidade
quando os itens de fabricação informa aos seus fornecedores que partes precisam e
precisam estar na
quando as necessitam. O principal objetivo para a evolução do MRP foi
mão.
para resolver o problema da "demanda dependente", isto é, determinar
quanto de um determinado componente será necessário para um número de
produtos acabados conhecido.
A definição do APS não é uma tarefa fácil, pois não existe uma definição
inequívoca do termo. Há mesmo um mal-entendido sobre se o APS se refere a
um sistema (Advanced Planning System) ou a um processo (Advanced Planning
and Scheduling). Também é identificado, algumas vezes, como APO (Advanced
Planning and Optimizer) em função de uma denominação de software ou de uma
aplicação de APS.
256
Capítulo 6 LOGÍSTICA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
O APS define
Em contraste, o APS define o plano de necessidades de material
o plano de
e capacidade simultaneamente. Desta forma, o resultado de uma necessidades
execução de planejamento sempre será viável. Mas o APS pretende de material e
fazer mais: um plano não é apenas viável, é ótimo. Dentro das restrições capacidade
de capacidade, o APS calcula para você qual é a solução ideal para o simultaneamente.
seu plano. Em suma: MRP lhe diz o que está acontecendo, APS diz-lhe Desta forma,
o resultado de
o que deveria estar acontecendo.
uma execução
de planejamento
Mas há mais, pois como os sistemas APS são capazes de sempre será viável.
executar um plano muito mais rápido em comparação com MRP, eles
também são muito mais adequados para se adaptar às mudanças na demanda, a
capacidade dos recursos ou a disponibilidade de materiais. O APS ainda permite
que um departamento de planejamento simule diferentes cenários.
257
Logística e Distribuição
258
Capítulo 6 LOGÍSTICA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
259
Logística e Distribuição
(OLM) nada mais é do que uma comunidade ou um local onde pessoas e/ou
organizações se encontram e interagem para realizar negócios, comprar e vender
alguma coisa. Portanto, a natureza padrão de qualquer marketplace é possuir
dois lados, alguém para vender ou oferecer de um lado e alguém demandando ou
comprando do outro lado.
Os OLM são
mecanismos de Os OLM são mecanismos de intercâmbio que podem beneficiar
intercâmbio que fornecedores e compradores através de um ambiente mais competitivo
podem beneficiar com amplo acesso. E-marketplaces agregam compradores,
fornecedores vendedores, conteúdo e serviços.
e compradores
através de um
Eles também fornecem um único ponto de integração para a
ambiente mais
competitivo com interação entre compradores e vendedores. Um comprador pode
amplo acesso. fazer logon num e-marketplace, emitir um pedido de proposta e sendo
inundado com ofertas. Isso cria um problema de comparação de
compra e interpretação. OLMs também oferecem serviços para ajudar a peneirar
ou classificar grande número de lances. Existem diferentes tipos de OLMs com
métodos de transação diferentes. Os OLMs com base em leilão são comumente
usados. Um uso do OLM com base em leilão é como uma troca, busca simultânea
de propostas e ofertas para determinar os preços eficientes. Os leilões puros
buscam apenas os lances para estabelecer preços para os produtos exclusivos.
Os leilões reversos fazem o mesmo, apenas a partir da perspectiva de ofertas, em
vez de lances. Metacatálogos ou catálogos eletrônicos se concentram na redução
dos custos da procura (pesquisa) e não em preços. OLMs baseados em shopping
permitem que os compradores naveguem num único site, com visitas a áreas
individuais que representam diferentes fornecedores.
260
Capítulo 6 LOGÍSTICA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
O EDI tradicional
O EDI, denominado como tradicional, já vem sendo utilizado baseava-se na
pelas organizações há muitos anos. O EDI tradicional baseava-se transmissão de
na transmissão de documentos através de redes de valor agregado documentos através
(VANs). Estas redes apresentam segurança e grande capacidade, mas de redes de valor
tinham custos altos se comparada com a Internet. agregado (VANs).
261
Logística e Distribuição
262
Capítulo 6 LOGÍSTICA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
A maioria dos fabricantes não tem integrado o VMI aos seus sistemas ERP
porque os vendedores de software não construíram interfaces entre os dois tipos
de sistemas (WANKE, 2004).
263
Logística e Distribuição
de projetar a venda futura, não restritamente baseando-se nos históricos, uma vez
que busca as reais tendências de consumo em toda cadeia de suprimentos e o
comportamento dos consumidores. Toda esta base irá projetar e alinhar a produção
futura, da mesma forma que une os dados do APS com o S&OP, gerando como
resultado um planejamento colaborativo, aos moldes do CPFR (Collaborative
Planning Forecasting and Replenishment ou Previsão, Reabastecimento e
Planejamento Colaborativo), coordenando a produção, previsão de vendas e a
reposição, desde que se agregue às metodologias e cálculos da cadeia produtiva
do ciclo anterior, aqui estamos falando dos fornecedores e seus estoques, além
de suas capacidades produtivas e lead time (tempo de produção e entrega).
264
Capítulo 6 LOGÍSTICA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
níveis de decisão mais baixos. Outra parte se refere à integração horizontal, onde
dentro de um mesmo nível hierárquico o processo trabalha para que os diversos
departamentos trabalhem juntos e direcionem seus esforços para que a estratégia
organizacional seja alcançada.
Atividades de Estudos
265
Logística e Distribuição
a) ( ) I – III – II – V – IV.
b) ( ) I – IV – II – V – III.
c) ( ) V – I – II – IV – III.
d) ( ) V – III – II – I – IV.
266
Capítulo 6 LOGÍSTICA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
267
Logística e Distribuição
As funcionalidades
• Sistemas de Gerenciamento de Transporte ou Transportation
incluem
planejamento no Mangement Systems (TMS):
modo de transporte,
os modelos de O TMS fornece suporte a um nível acessível para controlar o
otimização e a transporte. Uma variedade de fontes alternativas está disponível para
gestão do fluxo de
aumentar a visibilidade e gerar mais soluções eficientes para mover
trabalho.
materiais em ambientes cada vez mais complexos e com muitos riscos
(pirataria, guerra, regulamentos). As funcionalidades incluem planejamento no
268
Capítulo 6 LOGÍSTICA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
O WMS pode ser um módulo presente nos sistemas ERP ou Os WMS são
ser comercializado à parte. Os WMS são uma evolução dos antigos sistemas que
Sistemas de Controle de Armazéns (Warehouse Control Systems propiciam à
– WCS). Os WCS limitavam-se a controlar as transações de entrada otimização
e saída do estoque e a respectiva baixa destas movimentações na operacional através
do aumento da
ocorrência de pedidos de fornecedores e clientes, já os WMS são
produtividade,
sistemas que propiciam à otimização operacional através do aumento otimização no uso
da produtividade, otimização no uso de espaços e dos recursos, tais de espaços e dos
como os equipamentos de movimentação e estocagem (BARROS, recursos, tais como
2004; NAZÁRIO, 2004). O WMS permite o acesso às informações os equipamentos
em tempo real. Desta forma é possível reduzir lead-time tanto do de movimentação e
estocagem.
processamento de pedidos como no gerenciamento de estoques.
Em função de informações mais precisas e atualizadas, os WMS dão origem à
redução dos custos, melhoria das operações e dos níveis de serviço aos clientes.
As reduções de custo decorrem do uso mais eficiente dos recursos operacionais.
O nível superior de serviço ao cliente como decorrência da diminuição de erros e
falhas na separação e remessa de prudutos, bem como pela maior agilidade no
fluxo de materiais e informações (BARROS, 2004; NAZÁRIO, 2004).
269
Logística e Distribuição
270
Capítulo 6 LOGÍSTICA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
• Coletores de dados:
Código de Barras: é uma representação da informação que pode ser lida por
máquinas. Pode armazenar diversas informações, como lote de produção, código
de identificação, preço etc. A leitura e coleta das informações armazenadas nestes
códigos são feitas, geralmente, por equipamentos denominados scanner.
Algumas ConsideraçÕes
Apresentamos as definições de SI (Sistema de Informação), suas principais
características, ferramentas e aplicações na gestão das cadeias de suprimentos,
contribuindo para o aperfeiçoamento e qualidade das decisões tomadas nas
organizações.
Referências
AROSO, R. Software de Supply Chain Management: definições e principais
funcionalidades. 2003. Disponível em: <http://www.centrodelogistica.com.br/new/
fs-bibliografia.htm>. Acesso em: 10 out. 2006.
272
Capítulo 6 LOGÍSTICA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
273
Logística e Distribuição
274
Capítulo 6 LOGÍSTICA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
WANGA, E. T. G.; LINA, C. C.; JIANBG, J. J.; KLEINC, G.: Improving Enterprise
Resource Planning (ERP) Fit to Organizational Process Through Knowledge
Transfer. International Journal of Information Management, vol. 27, n. 3, p. 200 –
212, 2007.
275