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Aula de Hidráulica Aplicada

Quais as dimensões retangulares necessárias para armazenar 10.000 litros de água (H20) ?

20m x 50 x 10m = 10.000 Litros  10m³ 10.000Kg

Para um reservatório de diâmetro 2m e h=23,3m quanto de água é possível armazenar?

Volume = π.r².h = 3,14 x 1 x 23,3 = 73.162 litros ou 73,199 m³

Sempre usaremos 3 casas após a vírgula

O que é pressão? Força sobre a área.

20 45m = 45 mca = 4,5Kgf – regime estático em


conduto forçado – Caixa d´água tem 20.000 L

Abrindo a torneira qual seria a pressão? Não é possível determinar sem fazer cálculo

Com a torneira fechada a pressão se mantem.

Vazão (Q)

Velocidade (V)

Área (A)

Vazão: quantidade de água em unidade de tempo (m³/s) (l/s)

Q= V.A (m³/s)
1,0m

Sabendo-se o tempo que percorreu o objeto é possível determinar a velocidade

Q=V.A

Q=Vazão (m³/s)

V=velocidade (m/s)

A=área (m²)

Exemplo: Em um experimento um objeto flutuante demorou 1s para percorrer 3,00m.

Abaixo representado em corte um canal de água.

1,50 m

2,10 m

Qual é a vazão?

V= 3m/s

A= 2,10 x 1,50 = 3,15 m²

Q= 3 x 3,15 = 9,45m³/s

Exemplo: Em um experimento um objeto flutuante demorou 1min e 45s para percorrer 132
cm.

Abaixo representado em corte um canal de água.

2,52 m

2,32 m

Qual é a vazão? Em L/s?

V= 60 + 45s = 105s

Percorreu 1,32m em 105s

1,32
V= = 0,013 m/s
105
A= 2,52 x 2,32 = 5,846m²
Qual é a vazão em metros?

Q= 0,013 x 5,846 = 0,076 m³/s Q= 0,076 x 10-3 L/s

1 m³ = 1000L  1000Kg

Na Hidráulica temos dois regimes de movimento.

Regime Estático – sem movimento

Regime dinâmico – com movimento – perda de carga –

Regime estático

9807=‫ ץ‬N/m³

Hg= 3m

A= 2 x 2 = 4m

F= 9807 x 3 x 4 = 117.684 N
F=117.684 x 0,102 = 12.003,768 Kgf

Determinando o ponto de aplicação

1,333
Hp = 3 + = 3,111 m
4 x3

Para uma seção quadrada ou retangular aplica-se a seguinte fórmula do momento de inércia

3
2x 2
Io = = 1,333 m4
12
Para a comporta a seguir determine o empuxo e o ponto de aplicação (centro de pressão)

H= 2,44m
R= 125cm

9807=‫ ץ‬N/m³

F=9807 x (2,44 + 1,25) x π x 1,252 = 177.636,595 N

Ponto de aplicação

0,268
Hp = (2,44 + 1,25) + 2 = 3,705m
π x 1,25 x (2,44+1,25)

Io = 0,00686 x (1,25 x 2 )4 = 0,268 m4

Pretende-se instalar uma comporta circular com r= 0,78m em uma barragem. A comporta
suporta até 123.000N. Qual seria a altura máxima em relação a soleira superior que a
comporta poderia ser instalada? Qual seria o ponto de aplicação?

H=2,501 m
H=3,281 m R= 0,78 m

Dados:

Coeficiente de segurança 1,50, portanto o F= 123.000 x 0,50 = 61.500N

9807=‫ ץ‬N/m³ aprox. 1000Kgf

61.500 = 9807x Hg x π 0,782

61.500
Hg = = 3,281m
9807 x π 0,782
Em relação ao a soleira superior a h=2,501m
Ponto de aplicação:

Io = 0,00686 x (1,56 )4 = 0,041 m4

0,041
Hp = 3,281 + = 3,288m
π x 0,782 x 3,281

E=

V=volume deslocado m³

9807=‫ ץ‬N/m³

E= 5,00 x 9807 = 49.035N


Exercício

Para o arranjo abaixo determine o empuxo.

Dados:

O volume do casco do barco é de 49m³, tendo submergido apenas 25% do casco.

9807=‫ ץ‬N/m³

V= Volume deslocado é 49 x 0,25 = 12,25 m 3

E=9807x 12,25 = 120.135N ou 120.135 x 0,102 = 12.253,847Kgf

Condutos Livres

Seriam condutores de água que não está totalmente preenchido com água. Ex. Calhas, tubos
de esgoto

Condutos livres Conduto forçado Ex. Tubulação de água


Exercício:
Calcular o número de Reynolds e identificar se o escoamento é laminar ou turbulento,
sabendo-se que em uma tubulação (conduto forçado) com diâmetro de 4cm escoa
água com uma velocidade de 0,05m/s., µ =1,003x10 -3 Pa.s e ƿ=1000kgf/m³
−2
1000 × 0,05× 4 × 10
ℜ= −3 = 1994,02 (adimensional)
1,003 x 10
Olhando o intervalo, enquadra-se no regime laminar.
Exercício:
Calcular o número de Reynolds e identificar se o escoamento é laminar ou turbulento,
sabendo-se que em uma tubulação (conduto forçado) com diâmetro de 10cm escoa
água com uma velocidade de 2,10m/s., µ =1,003x10-3 Pa.s e ƿ=1000kgf/m³
−2
1000 × 2,10× 10× 10
ℜ= −3 = 209.371,884 (adimensional)
1,003 x 10
Olhando o intervalo, enquadra-se no regime turbulento.

Pretende-se projetar uma tubulação operando no regime laminar em velocidade média de


V=0,09m/s, portanto qual seria o diâmetro dessa tubulação?

µ =1,003x10 -3 Pa.s e ƿ=1000kgf/m³


Rey ≤ 2000. (regime laminar)
1000 ×0,09 × D
2000= −3
1,003 x 10

D=0,022m = 22mm Փ 7/8”

Փ1”  25,4mm

Número de Reynolds para condutos livres:


V . Rh
ℜ=
n
V=velocidade (m/s)
Rh=raio hidráulico (m)
n= viscosidade cinemática 1,003 x 10-6 m²/s
Na próxima aula vou fazer um exercício com condutos livres – Reynolds

Para um conduto livre de seção triangular de altura h= 2,45m e velocidade de 0,54m/s, Qual
seria o regime de escoamento segundo Froude. g=9,8m/s²

V
Fr=  
√g.h
0,54 m/ s
Fr= = 0,11... Para um Fr < 1, o escoamento é classificado como subcrítico;
√ 9,8. x 2,45
equivale a o laminar de Reynolds

H=2,45
m
Exercício de aplicação:
Para um canal de concreto trapezoidal com revestimento muito liso (n=0,012),
determine a Velocidade, Vazão, o regime de escoamento Re e Froude.
Dados: Comprimento total do canal: 235m; h=20cm; n=0,012 (rugosidade)

2,274m

1 0,80m
0,8m

m= 0,65
1,234m

Determinando a Declividade I (m)


0,20
I= =0,00085 m/ m = 0,085%
235
I= 0,0085 desce a cada metro
Determinando o Raio Hidráulico:

(1,234 +0,65 . 0,8 ) .0,8


Rh= = 0,447m Q=1,420 . 1,403=1,992 m3 /s
1,234+2 . 0,8 . √1+0 , 65²
Área molhada: 1,403m² => ( 1,234+ 0,65. 0,8 ) .0,8

0,447 2/ 3 . 0,000851 /2
V= =1,42 m/s
0,012

23,20 235m
20cm

Exemplo de caimento: 23,00

Caimento de 1%

100m
1m

Continuado o exercício

Regime laminar para Froude


V
Froude: F=
√g. h
1,42 = 0,507 (adimensional), portanto um regime de escoamento subcrítico
Fr=
√ 9,8 .0,8
“para Fr > 1, o escoamento é definido como supercrítico.”, equivale ao turbulento de Reynolds

Número de Reynolds para condutos livres:


V . Rh
ℜ=
n
V=velocidade (m/s)
Rh=raio hidráulico (m)
n= viscosidade cinemática 1,003 x 10-6 m²/s
V . Rh 4,644 . 0,447
ℜ= = = 2.119.106,796  Regime turbulento
n 1,003 x 10−6
Para um canal retangular com base de 1,30m (b) e altura até a lâmina d´água h=2,10m (h), qual
seria a inclinação mínima para atender as seguintes especificações:

L= 100m

Q= 0,85m³/s

n=0,012 ...

Determinando a área

A= 1,30 x 2,10m = 2,73m²

Q=V.A
0,85= V. 2,73

V= 0,311 m/s

Determinando o raio hidráulico.

1,30 . 2,10
RH = = 0,496 m
1,30+2 x 2,10
2 1
3 2
0,311 = 0,496 x I =
0,012
1
0,004 = 0,627 x I 2

1
0,004
I 2= =
0,627
I =0,08 m/m (mínima)
Diante da informação da inclinação mínima de 0,08 m/m para um canal de 52,30m qual seria o peso (Kg) total de água nele?

Para determinação do volume é o produto da área pelo comprimento.

A= 1,30 . 2,10=2,73 m ²
Volume 52,30 x 2,73 = 142,779 m³

1m³  1000Kg

O peso total da água é de 142.779 Kg

FR=?

Rey=?

Com o auxílio da Hidráulica aplicada é possível dimensionar a espessura de um canal, por


exemplo.

Altura crítica (hc) para Canais Circulares

g=9,8m/s²

Deve atender a seguinte condição

Q= 300 L/s

Determinar a altura crítica (hc)


1,01 0,3 0,506
Hc= 0,264 x ( ) = 0,37m
0,50 √ 9,8

Diâmetro de 0,37m

Checar se atende a condição

0,37
= 0,74..., portanto atende a condição
0,50

Exercícios de Vertedores
Para um canal triangular calcular a vazão, velocidade, regime de escoamento

L=2,4m

h=2,4m

Qual seria a velocidade?

Não se faz necessário calcular o RH

Q=V.A
5
Q=1,4 x 2,4 2 = 12,493m³/s

Qual é a velocidade?

Q
V=
A
Área = (2,4 x 2,4)/2= 2,88m²

12,493
V= = 4,338m/s
2,88
Determinar o regime de escoamento conforme Froude

V
Froude: F=
√g.h
4,338
F= = 0,894, portanto um regime subcrítico – Águas Calmas
√ 9,8.2,4
Livro: Manual da Hidráulica ( Azevedo Netto)

Hidráulica Básica (Rodrigo Porto)

Exercício de Vertedores.

Vertedores são barragens com o intuito de controla o fluxo de água. Podendo saber a Vazão da
água e velocidade.

Exercício de aplicação:

Para um vertedor retangular de parede delgada, determine a altura mínima para atender uma
vazão de 350 L/s e uma largura L= 80cm .

Q= 350 L/s ou 0,35m³/s

0,35 = 1,838. 0,80 . h3/2

1,47. h3/2 = 0,35

0,35
h3/2 =
1,47
= √ 0,238 = 0,384 m
3 /2

Sabendo-se que em um vertedor retangular com uma altura de h=2,23m, com duas contrações
e largura L=4,36m, qual seria a Vazão (m³/s), altura crítica?

2 x 2,23
Q = 1,838 ( 4,36 - ) 2,233/2 = 23,957 m³/s
10

Qual é a velocidade?
23,957
Q= V.A  23,957 = V. 2,23 x 4,36 V= = 2,464 m/s
9,723
Determinar o regime de escoamento conforme Froude

V
Froude: F=
√g.h
2,464
F= = 0,527 ... Subcrítico – Águas Calmas
√ 9,8 x 2,23

Determinando o regime de escoamento conforme Reynolds

V . Rh
ℜ= =
n
Determinando o raio hidráulico

4,36 x 2,23
RH = = 1,102 m
4,36+2 x 2,23
V . Rh 2,464 x 1,102
ℜ= = −6 = 2.707.206,381 – turbulento – Não recomendado para condutos
n 1,003 x 10
livres.


2
23,957
hc= 3 = 1,455 m
9,8 x 4,36 2

Para um vertedor retangular de parede delgada, determine a largura (L) mínima para atender
uma vazão de 950 l/s e uma altura de 1,9m
h=1,9 m

L=?m

Q=950 L/s  0,95m³/s

0,95 = 1,838 x L . 1,93/2 =

0,95 = 4,814 x L

0,95
L= = 0,197 m
4,814
0,95
Q=V.A  0,95 = V. 0,197 x 1,9 =  V= 2,54 m/s
0,374
Qual é o regime de escoamento conforme Froude?

V 2,54
Froude: F= = = 0,589  subcrítico – Águas calmas
√ g . h √ 9,8 x 1,9
Para um canal com barragem submersa de parede espessa (e/L > 0,66h), determine a vazão e
a altura crítica, conforme os dados abaixo:

O coeficiente de descarga CD = 0,861

h=0,54
hc = 0,326m

L = 1,2m
Q= 1,704 x 0,861 x 1,2 x 0,541,5 = 0,699 m³/s

Determinando a altura crítica:

hc = 3
√ 0,6992
9,8 x 1,2
2
= 0,326 m

Verificando a >0,66.h

0,66 x 0,54 = 0,356 , sendo 1,2 m maior 0,356m

Exercício

Para um vertedor sem barreiras laterais (livre – sem contrações) qual seria a altura da lâmina d
´água para atender uma vazão de 537 l/s? Qual será a Velocidade e regime de escoamento

h=?m

L=1,96m

Q = 537 L/s 0,537 m³/s

0,537 = 1,838 . 1,96 . h3/2

h=

3 /2 0,537 = 0,281 m
3,602
0,537
Q=V.A.  0,537 = V x 0,281 x 1,96 = = 0,975 m/s
0,551
Qual é o regime de escoamento conforme Froude?

V 0,975
Froude: F= = = 0,588  subcrítico – Águas calmas
√ g . h √ 9,8 x 0,281

Perda de carga em tubulações – condutos forçados

 Devido rugosidade do tubo – atrito – de pequena relevância, mas deve ser


considerado
 Devido as conexões – causam turbulência

Lreal = comprimento real da tubulação (m) Lequiv. = os comprimentos equivalentes das


conexões
5
5 Ltotal
5
10 5
3

Ltotal ou virtual = Lreal + Lequiv


6x joelhos de 3” 2,5m (cada) Lreal = 33m Lequiv. = 15m e, portanto o Ltotal = 33 + 15 = 48m

Exercício de aplicação:
Calcular a pressão a montante e jusante (mca) do reservatório abaixo:
Hazen-Williams

montante

6mca

10m

Reservatório 15m

Superior
35m
41,5 mca
QQ

Dados:

Água a ~ 20°C 22,482mca


Ltotal
Diâmetro 5” 12,7cm, 0,127m
0,5m Regime dinâmico
Q=0,047m³/s

Ltotal Plástico – metálico


Material Jusante
Lreal Lequiv
PVC C=150... Coeficiente de atrito Reservatório
1,852
Inferior
h f =10,646.
fixo ¿ 0,127 4,87
x
100(
( 10+15+35+ 20+10+0,50 ) +(5. ( 4,2 )+ 0,9) 0,047
)
= 19,018mca

hf = 19,018 mca

h=altura até o ponto extremo (m) = 6 + 15 + 20 + 0,5 = 41,50mca – 19,018mca =


22,482 mca (pressão na extremidade do tubo)
Pressão a jusante ou pressão na extremidade: altura da lâmina d´água – a perda de
carga.
Ltotal ou virtual = Lreal + Lequiv => conduto forçado retilíneo Ltotal= 63,40m
Pressão a montante: 6+15+20+ 0,5= 41,50mca – altura da lâmina
Pressão a jusante – (menos) a extremidade do tubo: 41,50 – 19,018 = 22,482mca
Resultado do exercício
hf = perda de carga contínua, (mca)
C = coeficiente de Hazen-Williams, que depende da natureza (material e estado de
conservação) das paredes dos tubos;
L = comprimento retilíneo de tubulação + comp. Equiv. das conexões
Qual é a pressão a montante no regime estático : 6mca

Qual é a pressão a montante no regime dinâmico: 6mca

Qual é a pressão a jusante no regime estático: 41,5mca

Qual é a pressão a jusante no regime dinâmico: 22,482 mca

P1 P2

P=F/A

Q=V.A.

P1 > P2

Ao diminuir a seção do tubo  diminui a pressão e aumenta a velocidade


P=F/A

Q=V.A

Calcular a pressão a montante (mca) e jusante (mca) do reservatório abaixo:


Hazen-Williams

7m

15m

Reservatório 13m

Superior
45m h=42,70mca

Dados:
13m 22m

Água a ~ 20°C
14m
Diâmetro 2” = 25,4mm x 2 = 50,8mm = 0,051m
0,7m
Q=63 L /s ou 0,063m³/s

Tubo Galvanizado => C=120

Lreal = 15 + 13 + 45 + 22 + 14 + 0,7 = 109,70m

Lequiv. = 5 (1,7) + 0,4 = 8,9 m

Ltotal = 109,70 + 8,9 = 118,6 m

118,6 0,063 1,852


Hf = 10,646 . 4,87 . ( ) = 2.094,785 mca
0,051 120

Resposta: a perda de carga é muito elevada devido ao diâmetro e a vazão serem


incompatíveis.

A água não sai na extremidade da tubulação devido a perda de carga elevada.


Calcular as pressões a montante (mca) e a jusante (mca) do reservatório abaixo:
Conforme Darcy-Weisbach

7m

15m
Reservatório 13m 10m
13m
Superior 8m
39,70m
45m 22m 14m

Dados:

Água 6m
45ma ~ 20°C 5m
14m
Diâmetro 3” = 75mm => 0,075m
0,7m
V= 2m /s

Tubo aço
Reservatório

Inferior

h=perda de carga (mca)

f= fator de atrito ...

L= Lreal + Lequiv. (m)

V = velocidade do fluído (m/s)

g= 9,8 m/s²

Lreal = 15 + 13 + 45 + 8 + 10 + 22 + 6 + 5 + 14 + 0,7 = 138,70m

Lequiv. = 9 (2,5) + 0,5 = 23m


Ltotal = 138,70 + 23= 161,70 m

2
161,70 2
h=0,025 . = 11mca
0,075 2 x 9,8

Portanto a pressão a jusante no regime dinâmico será 39,70 – 11 = 28,70 mca


A pressão a jusante no regime estático é 39,70mca

A pressão a montante no regime dinâmico e estático é 7mca

Agora determinando com a equação de Hazen-Williams


Q=V.A

0,0752
π
Q=2. 4 = 0,009m³/s
1
161,70 0,009 1,852
hf = 10,646 . 4,87 . ( ) = 16,657 mca conforme Hazen Willians
0,075 100
C=100

Darcy a perda foi 11 mca

Portanto a pressão a jusante (na extremidade da tubulação) 39,7 – 16,657 = 23,043


Qual o regime de escoamento conforme Reynolds?

V=2 m/s

µ =1,003x10 -3 Pa.s e ƿ=1000kgf/m³


1000 x 2 x 0,075
Rey = = 149.551, 346 regime turbulento
1,003 x 10−3
a) Laminar: as partículas do fluido se movem em camadas ou lâminas segundo
trajetórias retas e paralelas (isto é: não se cruzam).
A força da viscosidade predomina sobre a força de inércia. Para o caso de seções
retas
circulares, Rey ≤ 2000.
b) Turbulento: as partículas do fluido se movem de forma desordenada, podendo
ocupar diversas posições na seção reta (ao longo do escoamento).
Para o caso de seções retas circulares, Rey ≥4000. A força de inércia predomina
sobre a força de viscosidade.
c) Zona de transição ou zona crítica: região em que a perda de carga não pode ser
determinada com segurança. O regime de escoamento não é bem definido (2000 <
Rey < 4000).

Dimensionamento de bombas de Recalque


Para a situação abaixo demonstrada, determine o diâmetro da tubulação e a potência
da bomba.
Dimensionar a bomba pelo “método calculado” e também na escolha pelo método
gráfico.
1,5
2
2

3,5
25

16,5

Válv. Retenção
pesada
6
Registro de gaveta

2,5

Dados:
Qdemanda= 880.000 l/dia; 8 horas de funcionamento (28.800s)

8.60.60 = 28.800s

D = 1,3 * X0,25 * (Q proj. )0,5 => Diâmetro econômico – Fórmula de Bresse


D=m
Q= m³/s
no . de horas de funcionamento
X=
24

880.000L = 880 m³

880
Q= = 0,031 m³/s vazão de projeto
28.800 s

8
X= = 0,333 ou 33% do tempo
24

D = 1,3 x 0,3330,25 . 0,0310,5 = 0,174m 173,874 mm, portanto o diâmetro de referência


será 8”
Perdas de carga localizadas para tubulações de aço galvanizado

Determinação da perda de carga:

Comprimento equivalente de cada peça:

Para 8” ou 200mm
Peças a serem consideradas:
1 x cotovelo de raio longo = 4,3m
5 x curvas de 45° (1,5m cada) = 7,5m
2 x registros de gaveta (1,4m cada) = 2,8m
1 x válvula de retenção pesada = 25m

Somando todos os valores: 4,3 + 7,5 + 2,8 + 25 = 39,60m

Lequiv. = 39,60m

Lreal = 1 + 2,5 + 6 + 25 + 3,5 + 2 + 2 + 1,5 = 43,50m

Ltotal = 39,60 + 43,50 = 83,10m

Para esse cálculo utiliza-se a fórmula de Fair-Whipple-Hisiao para água fria e tubos de
Ferro Galvanizado devido a rugosidade do tubo:

J = 20,2 . 105 . Q1,88 . D - 4,88

Sendo:

J=> perda de carga unitária por metro – m/m = mca.L


J = m/m ; Q = L/s ; D = mm

J = 20,2 . 105 . Q1,88 . D - 4,88

J= 20,2 x 105 x 311,88 . 220−4,88 = 0,004 mca/m

Q= 0,031 m³/s = 31L/s 220mm

Diâmetro interno 220mm


A perda do sistema será = 0,004 x 83,1= 0,332mca
Hman = 16,5 + 0,332 = 16,832mca
Rendimento de 50%

1000 x 0,031 x 16,832


P= = 13,914 CV ou HP 0,736 x 13,914 = 10,241kW
75 x 0,50

Para casa
Dimensionar o diâmetro da tubulação e a potência da bomba pelo “método calculado”

10

18
5

6
12 6
19

Válv. Retenção
pesada 8

Registro de gaveta

9,5

Dados:
Qdemanda= 330.000 l/dia; 6 horas de funcionamento

D = 1,3 * X0,25 * (Q proj. )0,5 => Diâmetro econômico – Fórmula de Bresse

Agora pelo método gráfico

Com o auxílio de um ábaco das características da bomba é possível determinar a


potência também, sendo um método menos preciso.
Pelo método gráfico:
Marca IMBIL

880.000 x 10−3
Q. = 880.000 l/dia = = 36,667 m³/h (Demanda)
24 h
880
Qproj = = 0,031 m³/s vazão de projeto
28.800 s

Hman = 16,832m
Qproj. = 111,6 m³/h
Bomba 80-200 fabricante KSB

A potência gira em torno de 6 a 15 CV

Determinação da potência da bomba para uma comunidade de casas

Para uma comunidade de 123 pessoas com um consumo diário de 200L/pessoa por dia, qual seria o
diâmetro da tubulação de recalque e potência da bomba para ter a garantia de fornecimento de água
por 3 dias?

Material: Ferro Galvanizado => a bomba funcionará 6hs com rendimento de 80%
5m
3m
Determinar a Demanda de Água
30m 35m

Lreal

34m

10m 4m

3m

Determinar a Demanda de Água

Q= 123 pessoas x 200 L /pessoa por dia x 3 dias 73.800 L /dia

−3
Q=
73.800 x 10 = 0,001 m³/s
24.60 .60

D = 1,3 * X0,25 * (Q proj. )0,5 => Diâmetro econômico – Fórmula de Bresse


73.800 x 10−3
Qproj = = = 0,003 m³/s
6.60 .60
6
X= = 0,25, ou seja a bomba funcionará 25% do tempo
24
6 0,25 0,5
D = 1,3 * * (0,003) = 0,050 m = 50mm equivale a 2”
24
Determinação das perdas de carga

Lequiv. = 3 x 1,1 + 2 x 0,4 + 3 x 0,4 + 1x6,4 = 11,70m

Lreal = 3 + 10 + 4 + 35 + 5 + 3 = 60m

Ltotal = 11,70 + 60 = 71,70

O diâmetro interno é 50,8mm

J = 20,2 . 105 . Q1,88 . D - 4,88


J=20,2x105 x (0,003x103)1,88x 50,8-4,88 = 0,075 mca/m
Calculando a perda de carga: 71,70m x 0,075 = 5,378mca

Hman = 34 + 5,378 = 39,378mca

1000 x 0,003 x 36,378


P= = 1,819 CV
75 x 0,80
Qproj. = 0,003 m³/s
Q = 10,8 m³/h ; portanto é uma bomba do modelo 40-315

Refazendo o cálculo para apenas 1 dia de utilização


Q= 123 pessoas x 200 L /pessoa por dia x 3 dias 73.800 L /dia

Q= 24.600 L/dia
−3
24.600 x 10
Qproj = = = 0,001 m³/s
6.60 .60
6 0,25
D = 1,3 * (0,001)0,5 = 0,029 m = 32mm equivale a 1 1/4”
24 *

Determinação das perdas de carga

Lequiv. = 3 x 0,7 + 2 x 0,3 + 3 x 0,2 + 1x4,0= 7,3m

Lreal = 3 + 10 + 4 + 35 + 5 + 3 = 60m

Ltotal = 7,3 + 60 = 67,30m

O diâmetro interno é 50,8mm

J = 20,2 . 105 . Q1,88 . D - 4,88


J=20,2x105 x (0,001x103)1,88x 32,4-4,88 = 0,086 mca/m
Calculando a perda de carga: 67,30m x 0,086 = 5,788mca

Hman = 34 + 5,788 = 39,788 mca

1000 x 0,001 x 39,788


P= = 0,663 CV
75 x 0,80

Determinando a potência da bomba por um novo método – equação do balanço


da energia mecânica

Deseja-se transportar água a 20° C com Q= 800L/min do reservatório I para o reservatório S. A


tubulação é de aço comercial com diâmetro nominal de 4” (D=0,10226m), rugosidade relativa
ϵ
igual a =¿0,004 ,com seis cotovelos de 90° sendo um na linha de sucção e 5 no recalque
D
(descarga) e uma válvula globo, aberta, que se encontra instalada na linha de descarga, como
também uma válvula de retenção pesada. Calcule a perda de carga total e a potência útil da
bomba, utilizando o método dos comprimentos equivalentes e o diagrama de Moody.

1,5

1,5

5,0
0 S
Z2 = 6,5m
1,5
1,5
0,5
3,5

Z1 = 0 m
I
Convertendo 800 L/min em m³/s
−3
800 10
Q= = 0,013 m³/s
60

Q = V.A
2
π x ( 0,10226 )
0,013 = V.( ) = 1,583 m/s
4
Determinando o fator de atrito f para a fórmula de Darcy

ϵ
= rugosidade relativa ou dada
D
ϵ
pelo número de Rey e
D

Para determinação do f=fator de atrito de Darcy

Próximo passo é calcular o número de Reynolds

64
Se ele for laminar determina-se com a equação f¿
Rey
Se for turbulento determina-se com o diagrama de Moody

Determinando o regime de escoamento por Reynolds

1000 Kg
ƿ= 3
m

µ=1,003 . 10−3 Pa.s ; D=0,10226m ; V = 1,583 m/s


ƿ .V . D 1000. 1,583 . 0,10226
Rey = == −3 = 161.393,40  regime turbulento
µ 1,003 . 10
f=0,028

Rey 161.393,40  1,613x105 1,0x105 1,5x105 1,613x105

Lreal = 3,5 + 1,5 + 0,5 + 1,5 + 5,0 + 1,5 + 1,5 = 15,00m

Lequiv. = 6 x 2,1 + 1x34 + 1x 12,9 = 59,50m

Ltotal = 74,50m

D= 4”

2
74,5 x 1,583
h=0,028 x = 2,608 mca
0,10226 x 2 x 9,8
Equação do balanço da energia mecânica

P 1 V 12 W P 2 V 22
+ +Z 1 + = + +Z 2 + h
ƿ g 2g g ƿ g 2g
g=9,8 m/s²

V1 e V2 = É a velocidade que enchem ou esvaziam os reservatórios, considerando como


desprezível
W = J/Kg => potência da bomba

Z2 = cota da tubulação a jusante do sistema de recalque

h= perda de carga conforme Darcy, neste caso (mca)

W
= Z 2 + h( Darcy )
g
W
= 6,5 + 2,608
9,8
W = 89, 258 J/Kg  Potência

Outra forma de se encontrar a potência seria H man = 6,5 + 2,608 = 9,108 mca  Q=800L/min

Q= 0,8 x 60 m³/h
1- Reservatório ou caixa onde será armazenada a água conduzida pela tubulação de
recalque

Equação geral de funcionamento de um carneiro Hidráulico

q= vazão recalcada na extremidade do tubo (m³/h , l/s)


R= rendimento da bomba em (%)
h= queda da água partindo da fonte de alimentação até o carneiro (m)
H = altura a ser recalcada (m)
Exercício de aplicação
Para o fornecimento de água às diversas atividades agrícolas de uma fazenda, foi
construída uma caixa d’água com capacidade de 6m3, a qual deve ser abastecida
diariamente. Próximo a este reservatório, com cota 6 m abaixo, existe uma fonte de
alimentação de água (curso d´água) com vazão contínua de Q=0,5 L/s (30 L/min)
que permite uma queda de 3 m (h). Sendo o comprimento da tubulação de recalque
de 75 m e alimentação de 25m, determinar o tamanho do carneiro hidráulico
(modelo) a ser utilizado para elevação da água (recalque) e a vazão de
abastecimento do reservatório.

6m
9m

3m
Carneiro
hidráulico

Determinando o rendimento
h 3
= = 1:3 => observando na tabela de rendimentos, portanto o rendimento seria
H 9
75% 0,75
Q=30L/min
h=3m; H=9,00m
0,75 .30 . 3
q= =7,5 L/min , portanto 4 vezes menor comparada a vazão de saída
9

O carneiro hidráulico é o número 5 conforme o fabricante XYZ.


A tubulação de entrada é Փ2” e a da saída é Փ¾”

Mais um exercício de carneiro hidráulico – ENEN 2006 – PROVA AMARELA


Um carneiro Hidráulico ou aríete, dispositivo usado para bombear água, não requer
combustível ou energia elétrica para funcionar, visto que usa a energia da vazão de
água de uma fonte natural (fonte de alimentação), como exemplo um riacho. A figura a
seguir ilustra uma instalação típica de carneiro em um sítio, e a tabela apresenta
dados de seu funcionamento.
A eficiência energética (rendimento) ϵ de um carneiro é obtida pela equação geral a
seguir:
H Vb
ϵ= x
h Vf
No sítio ilustrado, a altura da caixa d´água é o quádruplo da altura da fonte natural.
Comparado a motobombas a gasolina, cuja eficiência energética é de 36% (max).
Compare a eficiência da bomba carneiro com a motobomba a gasolina.
Resolução:
Como a altura da caixa d´água a jusante (H) é quatro vezes maior que altura da água
h 1
em relação a bomba carneiro (h), usaremos a proporção = , Vf = 1200 L/h
H 4
(considerando a Vazão máxima, pois será considerado a máxima eficiência
energética) e Vb = 120 L/h a vazão mínima de abastecimento para a caixa d´água a
jusante do sistema. Fazendo essa leitura de desempenho (vazão) a bomba carneiro é
5,714 vezes menor do que a fonte natural (montante)
Qmontante =1200
=¿5,714 x menor
Q jusante=210
A equação apresentada nesse exercício é a mesma do exercício anterior

q=Vb; Q=Vf ; ϵ=R

4 120
ϵ= x = 0,40 ou seja 40 % , maior que os 36% da bomba a gasolina.
1 1200

Exercício de orifícios:
Para um tanque abaixo representado, determine o diâmetro mínimo (mm) para atender
uma vazão de 0,32m³/s. Cd=0,6...

6m Nessa equação poderão ser


solicitadas a Q, Փ ou H
S (mm) Փ circular

Verificando se o orifício é de pequenas dimensões


D≤ H/3
6/3 = 2
Q=Cd S √ 2 gH ; g= 9,8 m/s² S=área do orifício (m²) ; H= altura da lâmina d´água
em relação ao centro de escoamento do orifício.

0,32 = 0,6S√ 2 x 9 , 8 x 6

0,32 = 6,507.S

S= 0,049m² (Área)

π.D²
A=
4

π.D²
0,049=
4

D2= 0,062m D= 0,25m  25 cm

Verificando se o orifício é de pequenas dimensões


D≤ H/3
6/3 = 2m
Portanto é um orifício de pequenas dimensões.
Para um canal retangular com profundidade de 45m com um bocal (D=1,5m ) instalado a uma
profundidade de 20m Coeficiente de descarga Cd= 0,6... , qual seria a vazão obtida?

L
20m
1,6m
45m

Q=0,6 x 1,767 √ 2 x 9 , 8 x 20 = 20,991m³/s

D= 1,5 x 5 = 7,50
O bocal deve estar entre 1,5 a 7,5m
π . 1 ,5²
S= = 1,767 m²
4

Para uma barragem demonstrada abaixo, determine a força de empuxo sobre a comporta,
como também a vazão após a abertura. Cd=0,6...

Soleira superior

5,9 m 5,3 m
Փ 1,2m

Soleira inferior

π . 1 ,2²
F= 9800 x 5,9 x = 65.392,879 N  6.539,287 Kg/ cm²  Regime Estático
4
Peso específico da água 9800 N/m³

Q=Cd S √ 2 gH
π . 1 ,2²
Q = 0,6 x √ 2 x 9,8 x 5,9=¿ 7,297 m³/s  Regime Dinâmico
4
Para um canal retangular de 54m de largura e 18,3m de profundidade foi instalada uma
comporta cuja a altura até a soleira superior é de h=12,56m. Um barco( volume do casco de
90m³) aproximou-se dessa comporta e observou-se que 31,2 % por cento do seu casco ficou
submerso, causando uma elevação da lâmina d´água de 1,21m. Nessa condição qual seria a
força submetida no casco desse barco e o empuxo na comporta? => Regime hidrostático

Após o barco sair desse canal qual seria a vazão no orifício após a aberta a comporta? Regime
Dinâmico

Sem o barco:

12,56 D=2,4m

Determinando a força exercida no casco do barco:

E= 9800 x 28,08m³ = 275.184 N

Com o barco próximo: Qual seria a força exercida na comporta?


2
π .2,4
F=9800 . (12,56 + 1,21 + 1,20) . = 663.682,308 N, força exercida na área da comporta
4

Altura adicional quando o barco


se aproximou

Com o barco:

13,77 D=2,4m
Q=Cd S √ 2 gH
Verificando se o orifício é de pequenas dimensões:

12,56 D=2,4m

H=12,56 / 3 = 4,587m  um orifício de pequenas dimensões: Q=Cd S √ 2 gH


2
π .2,4
Q= 0,6 x x √ 2 x 9,8 x (¿ 12,56+1,2) ¿= 44,576 m³/s
4

Exemplo de aplicação:

Determine a Vazão Q conforme dados abaixo:

Cd=0,82
H1
Hg=0,502
Փ=0,50m
H2
0,5
0

Hg=0,502m

Verificando as dimensões do orifício:

H= 0,502 /3 = 0,167  portanto trata-se de um orifício de grandes dimensões


1,5 1,5
2 H 2 −H 1
Q=
3
. Cd . S . √2. g . H 2−H 1
=> Fórmula para orifícios e bocais de grandes dimensões

2 1,5 1,5
2 π .0,50 0,752 −0,252
Q=
3
. 0,82 .
4
√ 2 .9,8 . 0,752−0,252
. = 0,5 m³/s

H1 = 0,502 – 0,25 = 0,252m

H2 = 0,502 + 0,25 = 0,752m


Determine a Vazão (Q=m³/s) para um reservatório com comporta com uma altura
Hg=6,78m como também a força exercida na comporta.

Cd=0,82
H1
Hg Փ=2,50m
H2

H= 6,78m

1ª verificação

6,78
Hg = = 2,26m , trata-se de um orifícios de grandes dimensões
3
 D<Hg/3 = orifício/bocal de pequenas dimensões
 D>Hg/3 = orifício/bocal de grandes dimensões

2 H 21,5 −H 11,5
Q=
3
. Cd . S . √2. g . H 2−H 1
(Grandes dimensões)

2,5
H1 = Hg -
2
2,50
H2 = Hg +
2
H1 = 6,78 - 1,25 = 5,530m

H2 = 6,78 + 1,25 = 8,03m

2 π . 2,52 8,031,5−5,530 1,5 = 46,335 m³/s


Q=
3
. 0,82 .
4
√ 2 .9,8 8,03−5,530
. .

A força na comporta - > Empuxo


2
F= 9807.6,78.
π . 2,5 = 326.389,191N = 32.638,919 Kgf/cm²
4
Tempo de esvaziamento de tanques de água

H
Tempo de esvaziamento em tanques com saída por orifícios com diâmetros <
3
Orifícios de grandes dimensões
20m Dados:
40m
Cd=0,61...

Փ = 0,43m
Hg Hg= 5,2m

2. A . √ Hg
T(s) =
Cd . S √ 2 . g
T=segundos
A= área da superfície do tanque (m²) –
Hg=altura da lâmina d´água até o centro do orifício (m)
Cd = coeficiente de descarga
S = área da superfície do tanque m²
g= 9,8 m/s²

2. A . √ Hg
T(s) =
Cd . S √ 2 . g

2. 20 .40 . √ 5,2
T= π 0,432 = 9303,299s ou 155,055min ou 2h 35,06min – OK!!!!!!!!!!!
0,61 . √ 2 . 9,8
4

Q=Cd S √ 2 gHg ( pequenas dimensões)

π 0,432
Q = 0,61. . √ 2 . 9,8. 5,2 = 0,894 m³/s – no momento da abertura da comporta
4

Tubo Venturi

Idealizado por Giovanni Battista Venturi (1822), o chamado tubo de Venturi é


um equipamento que indica a variação da pressão de um fluido em escoamento
em regiões com áreas transversais diferentes. Onde a área é menor, haverá
maior velocidade, assim a pressão será menor. A recíproca é verdadeira.
A imagem acima mostra um fluido em escoamento por um tubo que apresenta áreas
de secção transversal diferentes, a região central possui área menor. A passagem do
líquido gera uma determinada pressão sobre as paredes do tubo. Observe que há
três manômetros que fazem a determinação da pressão do líquido, na parte central,
onde a área de secção transversal é menor, a pressão indicada é menor.
Explicação para a variação de pressão no tubo de Venturi
A explicação do porquê ocorre diferença de pressão inicia-se pela equação de
Bernoulli, que pode ser escrita da seguinte forma:
p1 + ½ ρ.v12 = constante

Q=V.A
Q
V=
A
Os termos dessa equação são:
p = Pressão exercida pelo fluido (pa);
ρ = densidade do fluido (kg/m3);
v = Velocidade de escoamento (m/s).
Aplicando essa equação para duas regiões distintas de um tubo, por onde escoa um
fluido, teremos:
p1 + ρ.g.h1 + ½ ρ.v12 = p2 + ρ.g.h1 + ½ ρ.v22

A chamada equação da continuidade nos mostra que quanto menor for a área de


escoamento de um fluido maior será a sua velocidade, isso irá garantir uma taxa
de vazão constante do fluido, ou seja, o mesmo volume de fluido por segundo
fluindo em todos os pontos de um tubo. Essa ideia fica clara quando observamos
um rio, nas regiões onde a distância entre as margens é maior, a velocidade da
correnteza é menor. Já em pontos de proximidade entre as margens, a velocidade é
visivelmente maior, assim podemos escrever:

v1 . A1 = v2 . A2 (equação da continuidade)


Os termos dessa equação são:
v1 e v2 = Velocidade de escoamento do fluido
A1 e A2 = Área de escoamento
A igualdade proposta pela equação de Bernoulli para regiões com área de secção
transversal diferentes só será mantida caso exista variação das pressões.
Voltando à imagem inicial do texto, percebemos que a região central do tubo,
por ser mais fina, apresentará maior velocidade de escoamento, logo, a
igualdade na equação de Bernoulli só será mantida se a pressão nesta região for
menor. O tubo de Venturi é o equipamento que indica essa alteração nos valores das
pressões, por isso os manômetros da imagem marcam valores diferentes, pressões
maiores para áreas de secção transversal maior e vice-versa.
Adaptado de Joab Silas da Silva Júnior

Piezômetros – Manômetros

Linha Piezométrica
h

h1 h2
V1 V2 P2
A1 P1
A2

2 2
ρ .V 1 ρ .V 2
P1 + ρ.g.h1 + = P2 + ρ.g.h2 +
2 2

ρ .V 22 ρ .V 12
P1 – P2 = -
2 2

ρ
P1 – P2 = .(V 22−V 1² ¿
2

P1 – P2 = ρ.g.h - equação (1)

ρ
ρ.g.h = .(V 22−V 1 ²¿
2

2gh = (V2 )² – (V1)² - equação (2)

Na equação da continuidade

A1 .V1 = A2 .V2 - equação (3)

Isolando o V2
A1.V 1
V2 = ( )² ->equação (4) – p/ cálculo
A2

Substituindo (3) em (4), temos

A1.V 1
2gh = ( )² - (V1)²
A2
A 12
2gh = (V1)² . ( 2
−1 ¿
A2


h é a diferença de cota entre
dois piezômetros de coluna de 2 gh
2
V1 = água (mca) A1
( 2 −1)
A2

Ex. Em um tubo Venturi sabendo-se que a diferença entre os piezômetros 1 e 2 é


de 15cm e diâmetro maior tem 45cm e o menor 20cm, determine as velocidades
V1 e V2.

2 .9,8 . 0,15
π 0,452
V1 = ( )² = 0,346 m/s
4
2
−1
π 0,20
( )²
4


2 gh
V1 = A 12
( 2 −1)
A2

A1.V 1
V2 = ( )²
A2
π 0,452
. 0,346
4
V2 = ( )² = 3,068 m/s
π 0,202
( )
4

Linha Piezométrica
h

h1 h2
V1 V2 P2
A1 P1
A2

Temas abordados na disciplina:

1. Conceitos de vazão e velocidade


2. Empuxo
3. Empuxo em corpos submersos
4. Regimes de escoamento. Reynolds e Froude
5. Condutos livres
6. Vertedores – várias geometrias
7. Condutos forçados
8. Perdas de carga – 3 métodos – Hazen Williams – Darcy – Fair Wipple Issao
9. Dimensionamento de Bombas pelo método calculado e pelo método gráfico
10. Bombas carneiro
11. Orifícios de pequenas dimensões e de grandes dimensões
12. Tempo de esvaziamento de tanques
13. Tubo Venturi
Ex. Em um tubo Venturi sabendo-se que a diferença entre os piezômetros 1 e 2 é
de 15cm e diâmetro maior tem 45cm e o menor 20cm, determine as velocidades
V1 e V2.


2 gh
2
V1 = A1
( 2 −1)
A2

A1.V 1
V2 = ( )²
A2

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