Sumário

- Revisão dos movimentos retilíneos e curvilíneos.

- Resolução de uma ficha de trabalho.
 FÍSICA 12ºANO

Velocidade, Movimento Retilíneo Uniforme,

Movimento Retilíneo Uniformemente Variado
e Movimento Circular Uniforme

Profª Sandra Marinho

 Velocidade

A velocidade, 𝑣,
Ԧ é uma grandeza vetorial que, em cada instante, indica a direção e o
sentido do movimento e o seu módulo relaciona-se com a rapidez com que o corpo
muda de posição.
 Velocidade

Num movimento retilíneo, a velocidade, 𝑣,

Ԧ tem direção constante, embora o
seu módulo possa variar.
 Velocidade

Num movimento curvilíneo, a velocidade, 𝑣,

Ԧ não é constante, pois a sua
direção muda de instante para instante.
 Velocidade

Num movimento retilíneo com a direção do eixo dos xx:

• se a componente escalar da velocidade é positiva (v > 0), o sentido do

movimento é o sentido positivo do eixo dos xx;

• se a componente escalar da velocidade é negativa (v < 0), o sentido do

movimento é o sentido negativo do eixo dos xx.
Movimento Retilíneo Uniforme
(MRU)
 Movimento retilíneo Uniforme

 Uma partícula material descreve um movimento retilíneo

uniforme (m.r.u.), em relação a um dado referencial,
quando a sua velocidade se mantém constante em
módulo, direção e sentido.

 Neste movimento os deslocamentos da partícula

material são diretamente proporcionais aos intervalos de
tempo correspondentes:
 MRU
 O movimento do carro abaixo é um exemplo de movimento
uniforme. Em qualquer instante ou intervalo de tempo a
velocidade é sempre igual a 100km/h.
Movimento retilíneo Uniforme

• Como a velocidade escalar é constante em qualquer

instante ou intervalo de tempo no movimento uniforme, a
velocidade escalar média é igual à instantânea:

• V = Vinst = Vmédia = Δ x / Δ t
Lei do Movimento Retilíneo Uniforme

V = Δ x / Δ t = (x - x0) / (t - t0)

x - x0 = V (t - t0)

Para t0 = 0 s

x = x0 + V t
 Movimento retilíneo uniforme
A velocidade é constante, o movimento é retilíneo e uniforme,
ou seja sem aceleração.
   
v = const  a = 0
Lei do movimento retilíneo uniforme:
Equação das posições

x = x0 + v  t
Em que:
x – posição final do móvel no eixo dos xx
x0 – posição inicial do móvel no eixo dos xx
v – módulo da velocidade (constante)
t – tempo (intervalo de tempo)
Gráficos posição -tempo
• A partir da equação , pode-se construir o gráfico . Como se trata de
uma equação de 1º grau, em ordem a t, obtém-se um segmento de reta inclinado em
relação ao eixo das abcissas.

A partícula material
desloca-se no sentido
positivo da trajetória,
partindo de posições
iniciais diferentes

A partícula material
desloca-se no sentido
negativo da trajetória,
partindo de posições
iniciais diferentes
 Num movimento retilíneo

quando o módulo da quando o módulo da velocidade

velocidade aumenta diminui

o movimento é o movimento é
acelerado. retardado.
 Exemplos de movimentos retilíneos com
aceleração constante

Arranque do
motociclista
Queda livre de uma
Movimento ascendente bola
de uma bola
Movimentos retilíneos com aceleração constante
(uniformemente acelerados ou retardados)

Se as componentes escalares da
aceleração e da velocidade tiverem

o mesmo sinal tiverem sinais opostos

o movimento é retilíneo o movimento é retilíneo

uniformemente uniformemente
acelerado. retardado.
(m.r.u.a.) (m.r.u.r.)
Vetor velocidade e vetor aceleração no m.r.u.v.

Movimento retilíneo Movimento retilíneo

uniformemente uniformemente
acelerado: retardado:

(m.r.u.a.) (m.r.u.r.)
Gráfico velocidade-tempo
de um m.r.u.v.
 Análise do movimento
𝑣>0 O movimento é retilíneo
Ponto A: uniformemente acelerado
𝑎>0 (m.r.u.a.).

Os vetores velocidade
e aceleração têm o
mesmo sentido.
 Análise do movimento
𝑣>0
O movimento é retilíneo
Ponto C: uniformemente retardado
𝑎<0
(m.r.u.r.).

Os vetores velocidade
e aceleração têm
sentidos opostos.
 Análise do movimento

𝑣<0 O movimento é retilíneo

Ponto E: uniformemente acelerado
𝑎<0 (m.r.u.a.).

Os vetores velocidade
e aceleração têm o
mesmo sentido.
Análise do movimento

𝑣<0 O movimento é retilíneo

Ponto G: uniformemente retardado
𝑎>0 (m.r.u.r.).

Os vetores velocidade
e aceleração têm
sentidos opostos.
 Equações dos Movimentos
Movimento retilíneo uniformemente variado
A velocidade varia, mas com uma aceleração constante.

Lei das Velocidades v = v0 + a  t

Lei das Posições 1 2
x = x0 + v0t + at
Em que: 2
x – posição final do móvel no eixo dos xx
x0 – posição inicial do móvel no eixo dos xx
v0 – módulo da velocidade inicial
t – tempo (intervalo de tempo)
a – módulo da aceleração (constante)
GRÁFICOS NO MUV (S x t)
Movimento circular
uniforme
 Movimento Circular Uniforme
 Um corpo executa um movimento circular uniforme quando a sua
trajetória é circular e o módulo da sua velocidade se mantém
constante num determinado intervalo de tempo;

 Para que um corpo tenha movimento circular, é necessário que a

resultante das forças que nele atuam esteja constantemente
orientada para o centro da trajetória;
 Movimento Circular Uniforme
•Força centrípeta é o nome que se dá à resultante das forças.

• A força centrípeta atua na direção perpendicular à

velocidade e está orientada para o centro da circunferência
descrita pelo movimento;

• O efeito centrípeto pode resultar da aplicação de uma força

de contato (força que um fio exerce numa bola) ou de uma
força à distância (no movimento de um satélite à volta da
Terra, a força centrípeta é de natureza gravitacional).
 Características da força centrípeta

•A força centrípeta altera a direção do vetor velocidade, mas não

altera o seu módulo. Assim, esta força imprime ao corpo uma
aceleração com a mesma direção e sentido, chamada aceleração
centrípeta.
•Sendo uma grandeza vetorial caracteriza-se por:
Direção: radial (perpendicular à tangente à trajetória)
Sentido: centrípeto (dirigida para o centro da trajetória descrita)
Intensidade ou módulo:

Fc = mac
 Características da aceleração centrípeta

Ex:

Da análise da figura conclui-se que:

• O módulo do vetor velocidade mantém-se constante;
• A direção do vetor velocidade varia;
• Logo, no M.C.U, a velocidade da partícula varia. Assim, existe
aceleração, chamada aceleração centrípeta.
A aceleração, caracteriza-se por:
Direção: radial (perpendicular à tangente à trajetória)
Sentido: centrípeto (orientada para o centro da trajetória)

2
v
Intensidade ou módulo:
ac =
r
• O módulo da aceleração centrípeta depende, em cada instante, da
velocidade da partícula e do raio da trajetória.
 Descrição do movimento circular uniforme

O movimento circular acontece a duas dimensões. A descrição deste

tipo de movimento pode ser feita utilizando o comprimento curvilíneo, s
ou o deslocamento angular, .
 Deslocamento angular

• Uma partícula no instante t0 está na posição P0 e no instante t está na

posição P1;
• No intervalo de tempo t – t0, a partícula descreveu o comprimento
curvilíneo, s ;

• Se considerarmos o segmento de recta que une a partícula ao centro da

trajectória (o raio), verifica-se que ao fim do tempo t, esse segmento de
recta experimentou um deslocamento angular,  , que está relacionado
com o comprimento curvilíneo pela expressão:

s =   r
 Velocidade angular, 

Quociente entre o ângulo ao centro,  ,descrito entre duas posições sucessivas

da partícula e o intervalo de tempo que demora a descrevê-lo.

Assim:

 - Velocidade angular, rad/s

  - Deslocamento angular, rad
= em que:
t t - Intervalo de tempo, s
 Velocidade linear, v
Quociente entre o comprimento curvilíneo, s , descrito entre duas
posições sucessivas da partícula e o intervalo de tempo que demora a
percorrê-lo.

Assim:

s v - Velocidade linear, m/s

v= em que: s - comprimento curvilíneo, m
t t - intervalo de tempo, s

O vetor velocidade linear caracteriza-se por:

Direção: tangente à trajectória no ponto considerado
Sentido: o do movimento da partícula
Intensidade ou módulo: dada pela expressão anterior
 Para o movimento circular uniforme:
• o valor da velocidade linear é constante;
• a velocidade angular também tem valor constante porque são
descritos ângulos ao centro, de igual amplitude, em intervalos de tempo
iguais.

Relação entre a velocidade angular e a velocidade linear

A velocidade linear determina-se pela expressão:

s
v=
t
Substituindo na expressão anterior s por s =   r obtém-se:

v=
  r
t
 v=

t
r  v = r
 Período

• É o tempo que uma partícula demora a descrever uma volta completa;

• Exprime-se em segundos (s);
• O período relaciona – se com a velocidade angular e com a velocidade
linear;
Assim:
Para 1 volta completa:

 = 2 s = 2r
e
t = T t = T
Substituindo, respetivamente, na expressão da velocidade angular e linear,
obtém-se:

2 2r
= e v=
T T
Frequência
• É o número de voltas completas que uma partícula descreve em
1segundo;
• Exprime-se em Hertz (Hz)
• É o inverso do período.
• Assim:
1
f =
T
• Relaciona-se com a velocidade angular e linear. Logo:
2  = 2f
= 
T e
2r
v=  v = 2rf
T
Se considerarmos um satélite de massa m, à distância r do centro da
Terra, que descreve um trajetória circular com velocidade v, pode
escrever-se:

Fg = Fc
mM v2
G 2 =m 
r r
GM
= v2  V – velocidade orbital, m/s
r G – constante de gravitação universal

GM (6.67𝑥10−11 𝑚3 𝐾𝑔−1 𝑠 −2 )
v= em que:
M – massa da Terra ( 6𝑥1024 𝐾𝑔)
r
r – distância entre o centro de massa
do satélite e o centro da Terra
 • A velocidade orbital do satélite é independente da massa do
satélite, depende apenas da massa do planeta em torno do qual orbita
o satélite;
• O satélite move-se com uma velocidade de módulo constante.
Assim, ao longo da trajetória a energia cinética do satélite também é
constante e a variação da energia cinética é nula

Fg
Distância, r
h Satélite

r
Terra
• Distância entre o centro de massa do satélite e o centro da Terra;
• Pode determinar-se pela expressão:
Fg = Fc
2
mM v
G 2 =m
r r
GM
=v 2

r
GM  2r 
2

= 
r  T  3
2
GMT
GM 4 r 2 2
r=
= 2
 4 2 3
r = GMT 2
 4  2
r T
 Altura a que orbita o satélite

Fg
h Satélite
rT r
Terra
A altura a que orbita o satélite, distância entre o satélite e a superfície da Terra,
é dada pela expressão:

r = h + rT
Assim: h = r − rT
• A altura só depende da massa da Terra, é independente da massa do satélite