Você está na página 1de 2

antiguidade.

As chamadas “Artes Liberais Clássicas”, ou “As Sete Artes Liberais”, constituíram o modelo de


educação durante a antiguidade clássica (greco-romana) e a Idade Média. O termo “Liberal”, implicado
no título que se dá a tais artes, procede do latim liber, que significa “livre”, no sentido de ter liberdade
para escolher a instrução, para procurar a educação, sob a orientação de um mestre. Essa era a principal
característica da educação liberal até o fim da Idade Média: a não obrigatoriedade da educação e o não
enquadramento dela pelo poder estatal.

O esquema das Sete Artes Liberais era dividido em Trivium e Quadrivium, Esse modelo figurou em todas
a civilizações, entre Persas, Assírios, Babilônicos, Egípcios, nas Casas da Sabedoria criadas pelos Árabes,
Gregos onde herdamos o pensamento ocidental, as escolas Patrísticas, A escola carolíngia de Carlos
magno, a Escolástica pela igreja Católica, como São Tomás de Aquino, seguia os quadros do Trivium e
do Quadrivium. Um dos principais expositores medievais do método da educação liberal foi Hugo de São Victor.

Entre outras inúmeras instituições que foram definhando ao longo dos tempos, principalmente nos dias
atuais onde a presença nefasta da ideologia marxista, e o pensamento perverso da escola de Frankfurt, têm
influenciado tanto a nós, e não podia deixar de influenciar na nossa Maçonaria.

Mas a boa noticia que atualmente existe um movimento na busca desse conhecimento áureo e surgem
varias escolas e pessoas trazendo a luz esses conhecimentos, por motivos diversos, para nos maçons que
notamos certo vazio nos estudos, ocasionando o esvaziamento físico nas lojas (sessões). Eu noto a já fui
vitima de irmão que se irritam com peças de arquitetura nos míseros ¼ de hora de apresentação.

A titulo de informação Prof. Cristines Hafner Fernandes (colégio Hugo de São Vitor- Porto Alegre RS)
Confraria das Artes Liberais.
Afirma que os estudos tem um conceito que rigorosamente se quebrado ou invertido, não forma a mente
do adepto na forma correta, ele descreve o Livro da Cruz como didática para esse conhecimento, na
verdade não existe esse livro, ele é um referencial para seguir, ou melhor, estágios para o aprimoramento,
como são os graus maçônicos.

Primeiro livro O trivium – (mente) composto pelas disciplinas de gramática, lógica e retórica.

Segundo Livro O quadrivium – (matéria) composto pelas disciplinas de geometria, geometria, música e
astronomia.

Após esse estagio o aluno já começa se tornar um pensador, pois ele tem sua parte mental (trivium) desenvolvida e já domina
a matéria (quadrivium) e o compasso sobre o esquadro.

Terceiro Livro- (estudo Superior, expansão mental) - Teologia, Medicina, Direito e filosofia.

Quarto Livro – (a plenitude do conhecimento de Deus) – Metafísica.

Obs- ao longo da historia tem sido assim que surgiram os grandes mestres da filosofia todos eles
apresentando para a humanidade a mais nobre e pura forma de viver, fazer, edificar, cantar, conviver
entre irmãos.

Mostrando deste o Vizir Ptahotep (2.500 aC) no Egito seu código de ética, Pitágoras (600 aC) na Grécia
com seus Versos de ouro, retidão do homem, Confúcio na China ( 700aC) com seus analectos, ensinando
politica pura. Cristo, Budha e tantos outros que mesmo em época e locais diferentes, convivendo em
sociedades diversas tiveram pensamentos tão sintonizados. São construtores Pétreos, estabelecendo a
relação do homem em harmonia com o cosmos.

Didascalicon - livro: O que aqui se oferece ao leitor é uma obra rica e profunda, que por muito tempo
constituiu um dos pilares da educação cristã. Neste Didascalicon sobre a arte de ler, o mestre Hugo de São
Vítor apresenta as artes liberais e orienta seus alunos mostrando o que devem ler, em que ordem e,
especialmente, de que modo devem fazê-lo. Tendo como base a tradição e as Sagradas Escrituras, sua
pedagogia visava formar os estudantes para alcançarem a contemplação, o último grau da Sabedoria ? com
a qual "tem-se um antegosto nesta vida do que será a recompensa futura?.

Uma formação integral que proporcionasse a união com Deus. Colocando o foco da educação no próprio
estudante, este modelo da educação cristã não é um livro sobre como ensinar, mas sim sobre como
aprender; não é um tratado de didática, mas uma verdadeira aula a todo aquele que deseje percorrer o
caminho que conduz à Sabedoria. Existem principalmente duas coisas por meio das quais alguém é
conduzido ao conhecimento, a saber, a leitura e a meditação.

Das quais a leitura vem em primeiro lugar no aprendizado, e é sobre ela que se ocupa esse livro, oferecendo
os preceitos da arte da leitura. São três os preceitos mais necessários à leitura: primeiro, saber o que se
deve ler; segundo, em que ordem se deve ler, isto é, o que vem antes e o que vem depois; terceiro, de que
modo se deve ler. Este livro trata destes três preceitos, separadamente. Assim sendo, ele instrui tanto sobre
a leitura dos escritos profanos quanto sobre a dos divinos".Hugo de São Vítor foi um dos expoentes da
educação, não só cristã, mas ocidental, e um dos maiores teólogos da história, ao lado de Santo Agostinho e
São Tomás de Aquino; foi certamente um dos homens mais célebres de seu tempo por suas virtudes e por
sua ciência, o mais renomado de todos os vitorinos. Nascido na Saxônia em 1096, foi professor e diretor da
escola do Mosteiro de São Vítor, além de prior deste mesmo mosteiro e bispo. Toda a sua pedagogia visava
formar os estudantes, não para o desempenho de determinadas funções na sociedade, mas para
alcançarem a contemplação, o último grau da sabedoria

Você também pode gostar