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A prova é dividida em 2 dias. O primeiro dia temos 05:30h para fazer e é composta por linguagens
códigos e suas tecnologias, ciências humanas e suas tecnologias e redação. No segundo dia temos
05:00 para fazer e é composta por ciências da natureza e suas tecnologias e matemática e suas
tecnologias.
A pontuação em cada área é calculada pelo modelo estatístico de teoria de resposta ao item,
conhecido como TRI. Em palavras simples, o objetivo da TRI é medir o nível de proeficiência do
aluno, ou seja, a sua coerência nas questões que acertou. Sendo assim, dois alunos que acertaram
a mesma quantidade de questões podem tirar notas diferentes, uma vez que acertaram questões
distintas, mudando a coerência da prova de cada um.
Por exemplo:
O primeiro apresentou maior coerência, do que o segundo. Pensando por esse lado, os acertos do
segundo aluno, poderia até mesmo, ser considerado como chute. Porque?
A reflexão é simples: se você é capaz de fazer 8 questões difíceis, porque não consegue fazer
uma questão fácil que envolve habilidades e competências mais simples?
Podemos fazer a analogia com um corredor de obstáculos. Se ele consegue pular os obstáculos
altos, faz sentido que ela consiga pular também os de menor altura.
Muito bem, porque introduzi todos esses aspectos sendo que o objetivo é estratégia de prova?
Porque precisamos entender esses conceitos para ficar mais claro.
Talvez nesse momento já tenha surgido na sua mente a seguinte pergunta. Felipe, como vou saber
se uma questão é fácil, média ou difícil?
Irei explicar qual a diferença e também como identificar essas questões em breve.
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Felipe Calaça
ESTRATÉGIA DE PROVA
Otimizar o tempo de prova e a teoria de resposta de item ao seu favor. Como? Direcionando nossas
energias para as questões fáceis, médias e depois as difíceis. A estratégia possui esse
fundamento. Vamos aprender qual é a melhor forma de fazer isso.
Então, só para ficar mais claro, imagine o seguinte: eu vou te dar duas provas iguais, porém com
diferente ordem das questões. A primeira prova as questões estão em ordem aleatória (como no
ENEM). A segunda prova está na ordem da questão mais fácil para a mais difícil.
Qual das provas você gostaria de fazer? A segunda obviamente. Porque? Porque você já estaria
no fundamento de dedicar sua energia nas questões fáceis, depois média e depois difíceis.
“Entendi Felipe. Mas como podemos fazer isso? Como aplicar na prática uma estratégia com esse
fundamento?”
Lembrando que essa estratégia é para o segundo dia e devemos começar obviamente por
Matemática.
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Felipe Calaça
ETAPA 1
Marcar algumas questões para fazer depois.
2 – Questões difíceis;
3 – Questões demoradas, que exigem mais tempo para resolver (em geral são difíceis).
Para não entrarmos em termos técnicos, pense o seguinte: em geral as questões difíceis, são
questões que envolvem habilidades e competências complexas, e possuem mais etapas para
resolução da questão. Por outro lado, uma questão mais fácil, exige habilidades e competências
mais simples e menos etapas para a resolução da questão.
Há alguns conteúdos que só de batermos o olho já tem grandes chances de sabermos o nível de
dificuldade. Para isso vou colocar uma tabela para servir como norte, indicando em média o nível
de dificuldade de cada conteúdo.
Nível de
dificuldade
Difícil
Médio
Fácil
Conteúdos 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016/1 2016/2 2017 2018 2019 2020 Total Geral Média/Ano
Matemática Básica 19 16 25 21 19 25 18 20 18 19 14 15 19 248 19,1
Conjunto 1 1 1 3 0,2
Função 1° 2 1 2 1 1 1 2 2 1 2 15 1,2
Função exponencial 1 1 1 2 1 1 7 0,5
Sistema de equações 2 3 1 1 2 3 3 5 3 1 24 1,8
Progressões(PA,Sequencias) 2 1 1 1 1 1 2 1 10 0,8
Trigonometria 2 3 1 2 2 2 2 1 2 5 4 2 1 29 2,2
Geometria espacial 5 8 3 4 1 6 4 3 5 5 3 4 8 59 4,5
Geometria plana 4 4 3 5 8 4 7 6 5 3 4 5 5 63 4,8
Estatística 4 4 2 4 2 3 2 6 3 4 4 4 2 44 3,4
Matriz 1 1 1 3 0,2
Função 2° 1 1 2 1 1 1 1 1 9 0,7
Função logarítmica 1 1 1 2 1 2 2 1 11 0,8
Geometria Analítica 1 1 1 1 4 0,3
Análise combinatória 1 1 1 2 2 1 2 2 1 3 1 2 2 21 1,6
Probabilidade 3 2 4 3 3 2 3 1 2 3 4 2 3 35 2,7
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Felipe Calaça
Obviamente isso não é rígido. É uma média. Isto é, podemos sim ter uma questão de matemática
básica difícil, e uma questão de probabilidade fácil.
“Felipe, mas como eu melhoro ainda mais nesse aspecto de identificar o nível de dificuldade?”
Conhecendo cada vez mais os padrões do ENEM. Isso requer uma maturidade que vamos tendo à
medida que vamos analisando e resolvendo exercícios também.
Exemplo: você começou (questão 136) e chegou ao final (questão 180) e marcou 4 questões para
fazer depois. Questões 138, 151, 168 e 177. Após chegar no final, você vai voltar e tentar fazer
essas questões. Ficando um tempo prudente em cada uma delas. Quando eu digo tempo prudente
é para não ficar obstinado e tentar resolver a qualquer custo. Cuidado.
E talvez nesse momento você esteja se perguntando: “quantas questões vou marcar para fazer
depois?”
Depende de que? Do tempo que você leva em geral para fazer 45 questões de matemática. Talvez
você já saiba do tempo médio que você gasta ou talvez não. Caso não saiba, recomendo pegar um
simulado com a “pegada do ENEM” e cronometrar o tempo que você gasta.
Se estiver gastando menos de 2:45, recomendo marca entre 3 e 4 questões para fazer depois.
Se estiver gastando entre 2:45 à 3:00, recomendo marcar entre 4 e 6 questões para fazer
depois.
Se estiver gastando acima de 3:00, recomendo marcar entre 7 a 9 questões para fazer depois.
ATENÇÃO!!!!!!!!!!
Esses números não são rígidos. Ou seja, você pode marcar algumas a mais e algumas a menos. Isso
é para te dá um norte. Mas obviamente que se você estiver gastando 3:20h por exemplo no
simulado e está marcando somente 2 questões, você está fazendo muito errado.
Algo comum que eu observei após corrigir centenas de simulados individuais com essa estratégia,
foi que alguns alunos têm receio de marcar algumas questões para fazer depois. Não deixe que
isso te impeça de aplicar a estratégia. Com o tempo esse receio some.
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Felipe Calaça
Beleza. Concluímos a nossa primeira etapa da estratégia. Diria que até aqui é a parte para os
iniciantes – intermediários.
Lapidando bem essa parte, vamos conseguindo gastar melhor nossa energia nas questões para
otimizar o tempo e o TRI ao nosso favor.
Vamos agora para a segunda etapa da estratégia de prova. Vale ressaltar que essa etapa só é
válida quando já conseguimos reduzir o tempo em que fazemos um simulado. Já estamos fazendo
em menos de 3:00. Caso contrário não terá muito sentido aplica-la.
Recordando que outros aspectos ajudam a gastar menos tempo no simulado além da estratégia de
prova. Como por exemplo: melhorar no cálculo mental, conhecer mais os padrões do ENEM e saber
outros métodos de resolução como os que não são de forma analítica.
ETAPA 2
Marcar algumas questões para refazer depois.
Parece que você leu a mesma coisa que na etapa 1 né? Porém é diferente. A primeira etapa implica
em “fazer depois” a segunda etapa em “refazer depois”.
Essa etapa é ótima para quem, principalmente, costuma errar coisas bobas e cair em pegadinhas e
distratores por falta de atenção.
Nessa etapa vamos selecionar ao longo da prova, algumas questões para refazer. Quando eu digo
refazer não significa revisar. Significa fazer de novo. Novamente eu vou dizer. Significa fazer de
novo.
Se você faz uma redação nesse exato momento e imediatamente a re-lê, dificilmente encontrará
erros grandes. Talvez alguns erros de gramática. Porém, se você focasse em outras coisas e
voltasse 2:30h depois de escrever a redação para analisa-la e revisa-la, você encontraria muito
mais erros do que se fizesse imediatamente.
E isso também acontece na parte de matemática. Se você faz uma questão e refaz a mesma
questão após uma, duas horas, é mais fácil de observar algum erro ou pegadinha.
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Felipe Calaça
“Beleza Felipe, entendi. Mas quais questões eu irei marcar para refazer?”
Você marcará de preferência as questões fáceis. Não tem problema se for uma questão média.
Mas de preferência questões fáceis. Aquelas questões que você faz e pensa: “tá fácil demais pra
ser verdade” ou “acho que tem alguma pegadinha, mas não consigo ver”. Porque refazer essas
questões? Porque são questões que “valem mais pontos” no TRI e são questões que exigem menos
tempo para serem refeitas.
Nesse caso, quanto mais questões você conseguir refazer melhor. Podendo ir de 1 até 7 ou 8
questões. A ideia é usar todo o seu tempo restante que você calculou para matemática refazendo
as questões.
Sendo assim, vamos continuar o nosso exemplo anterior, porém aplicando a etapa 2. Etapa no qual
já é parte da estratégia avançada.
Exemplo: você começou (questão 136) e chegou ao final (questão 180) e marcou 4 questões para
fazer depois (questões 138, 151, 168 e 177) e marcou 3 questões para refazer (questões 137, 157
e 179). Para identificar, coloque um circulo nas questões para fazer depois, e um quadrado nas
questões para refazer.
Após ter marcado todas essas questões você irá voltar para tentar fazer as questões 138, 151,
168 e 177, questões essas que são difíceis, ou que você não sabe ou que possa demorar mais. Após
tentar faze-las, irá refazer as questões 137, 157 e 179. Posteriormente pode já marcar no
gabarito ou esperar ao final da prova de ciências da natureza para passar tudo de uma vez pro
gabarito.
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Felipe Calaça
Para finalizar, vou trazer 2 aspectos muito importantes que fazem parte da estratégia de prova.
1 – Utilize as 05:00h de prova. Todo minuto vale ouro. Sei que no final da prova, nosso cérebro
está derretendo e a única coisa que a gente pensa é entregar a prova. Porém, é nesse momento
que você tem que utilizar suas últimas energias e continuar dando o seu melhor.
2 – Não seja obstinado em resolver uma questão. Marca para fazer depois. Tem alunos que eu
tenho que falar isso umas 159 vezes. Por mais que no fundo você saiba que se ficar ali muito tempo
vai conseguir resolver a questão, se for demorar além do tempo prudente, marca para fazer
depois. Esse aspecto já destruiu muitas notas, porque quem não leva isso em consideração e fica
15 minutos em uma questão, pode estar correndo um sério risco de deixar outras questões sem
nem serem lidas.
Tudo que eu disse até aqui é teoria. Você só irá compreender melhor se aplicar. Na experiência de
analisar os simulados com os alunos, depois de 3 simulados, pegamos o jeito e as coisas fazem mais
sentido.
Perceba que em nenhum momento citei outras estratégias de prova por aqui. Poderia citar mais de
5 e apontar os pontos positivos e negativos de cada uma. O foco é essa estratégia. A estratégia
que observei ter melhor resultado depois de anos, aplicando em centenas de alunos e em mim
mesmo.
Para facilitar o entendimento da estratégia eu vou deixar um formulário aqui. Para cada simulado
que fizer você levar em consideração e estar consciente do que tem que fazer em cada um.
Toda vez que fizer um simulado, preencha-o, e já vai com as perguntas apresentadas a seguir em
mente.
E o fato de analisar o simulado, implica também em você observar o que você está errando e o
porquê você está errando. Se é falta de conteúdo, se é falta de atenção, se é erros em continhas.
Analisar também o seu tempo de prova, se as questões que você demorou mais tempo foi por ter
ficado obstinado em tentar resolver ao invés de marcar para fazer depois, etc...
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Felipe Calaça
FORMULÁRIO
TEMPO DE PROVA:
TOTAL DE ACERTOS:
Sabedoria Logsófica