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LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO

CAROLAINE BATISTA DE LIMA


LUIZ FELIPE MACAGNAN LIMA
MARILENE ALVES FARIAS DA SILVA
MARINA KUHNEN MENCATTO

A EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E


ADULTOS: A DIVERSIDADE E A INCLUSÃO EM DESTAQUE

Cascavel/PR
2022
CAROLAINE BATISTA DE LIMA
LUIZ FELIPE MACAGNAN LIMA
MARILENE ALVES FARIAS DA SILVA
MARINA KUHNEN MENCATTO

A EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E


ADULTOS: A DIVERSIDADE E A INCLUSÃO EM DESTAQUE

Trabalho apresentado ao Curso de Licenciatura em


Educação Física – Unopar, para as disciplinas:
Pisicologia da Educação e da Aprendizagem, Educação
de Jovens e Adultos, Fisiologia do Exercício, Educação e
Diversidade, Educação Inclusiva, Ed-Pratica de Estudos-
Competências Socioemocionais, Práticas Pedagógicas
em Educação Física: Cultura Corporal e Cidadania.

Professores: Gabriel Tada Bertelli. Marina Passos Dias,


Bruno Jose Frederico Pimenta, Walquiria Batista de
Andrade, Natalia Germano Gejao Diaz, Natalia da Silva
Buganca, Luana Cristine Franzini de Conti.
Tutor online: Eduardo Aparicio Fernandes.
Tutor Presencial: Kathrin Rubias Gomes

Cascavel/PR
2022
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..............................................................................................................3
DESENVOLVIMENTO..................................................................................................4
CONCLUSÃO................................................................................................................8
REFERÊNCIAS.............................................................................................................9
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INTRODUÇÃO

Em exercícios aeróbicos, o processo bioquímico que ocorre no corpo


tem um agente importante: o metabolismo aeróbico.
O metabolismo tem sua capacidade máxima de gerar energia
determinada pela oxidação dos substratos energéticos advindos do tecido adiposo.
O oxigênio extraído do as é fundamental para que ocorra a respiração da célula a
partir da captação é prioritário para a vida humana. O metabolismo aeróbio é
soberano no que diz respeito à capacidade de geração de energia por parte do
corpo.
A quebra de glicose anaeróbia que acontece no citosol celular é
capaz de gerar cerca de vinte vezes menos ATPs que o a aeróbia. O metabolismo
anaeróbio que aconteceu a partir da glicose celular é análogo ao processo de
fermentação que, por sua vez, é essencial para a geração de energia em bactérias e
fungos.
A partir do momento que realizamos movimentos corporais, existe
uma demanda maior por oxigênio. Isso ocorre devido à necessidade de oxidação de
substratos energéticos como ácidos graxos livres e a glicose circulante. O
metabolismo aeróbio é potencialmente aumentado para suprir a energia requerida
pelas contrações musculares.
Quanto mais intensa a contração muscular, maior será o grau de
transporte, distribuição e captação de oxigênio pela célula. Esse processo tem Inter
dependência da quantidade de eduzimos e proteínas carreadoras de oxigênio.
Durante o exercício físico aeróbico o fluxo de sangue aumentado
cerca de 5 vezes mais que no repouso.
A atividade física escolar permite um aumento na resistência física
dos alunos. Isso porque eles serão expostos a brincadeiras, esportes e outras aulas
diferenciadas, que garantirão que seus corpos estejam sempre em movimento.
Fisiologia do exercício compete ao estudo das funções do organismo
relacionados ao esporte, treinamento e exercícios físicos, seus principais objetivos
são estudar as diferentes formas de exercícios, visando melhora da capacidade de
rendimento físicos, buscando melhora da saúde através da continuidade da
atividade física. Ela busca compreender todas as ações que ocorrem no corpo
humano durante o exercício físico, bem como o efeito obtido por sua prática
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constante. Envolve o estudo dos músculos envolvidos no movimento, hormônios


liberados, estado emocional, ativação neuromuscular e uma serie de mecanismos
que estão ativados.
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DESENVOLVIMENTO

1 SITUAÇÃO-PROBLEMA
A inclusão da Educação Física na educação de jovens e adultos
representa a possibilidade de acesso, a cultura corporal de movimento. O acesso a
esse universo de informações, vivências e valores é compreendido aqui como um
direito do cidadão, na perspectiva da construção e usufruto de instrumentos para
promover a saúde, utilizar criativamente o tempo de lazer e de expressão de afetos
e sentimentos, em diversos contextos de convivência. Em síntese, a apropriação da
cultura corporal de movimento, por meio da Educação Física na escola, pode e deve
se constituir, num instrumento de inserção social, de exercício da cidadania e de
melhoria da qualidade de vida. O recorte sugerido nos Parâmetros Curriculares
Nacionais na área de Educação Física indicam um trabalho com a cultura corporal
de movimento. O conceito de cultura, tratado no documento, é entendido como
produto da sociedade e como processo dinâmico que, simultaneamente, vai
constituindo e transformando a coletividade à qual os indivíduos pertencem. Cultura
corporal de movimento indica o conhecimento possível de ser trabalhado pela área
de Educação Física na escola. Trata-se, então, de um conhecimento produzido, em
torno das práticas corporais. Esse conhecimento remonta a construção realizada
pela humanidade ao longo do tempo, na tentativa de suprir insuficiências com
criações de movimentos mais satisfatórios e eficientes. Historicamente, diversas
possibilidades do uso do corpo foram desenvolvidas com a intenção de solucionar
as mais variadas necessidades: motivos militares, relacionados ao domínio e uso do
espaço; sobre a idéia do corpo forte, apto ao combate. Grande parte dos
procedimentos didáticos desenvolvidos para esses objetivos influenciaram a
ginástica ocidental, que teve sua origem na cultura greco-romana. Mais tarde, as
práticas físicas ressurgiram, nos movimentos ginásticos do século IX tornando-se a
matriz da educação física militar durante o século XX. Outros motivos contribuíram
para o desenvolvimento da formação da cultura corporal de movimento; por
exemplo: os econômicos, que dizem respeito às tecnologias de caça, pesca e
agricultura; motivos de saúde, pelas práticas compensatórias e profiláticas. Além dos
motivos religiosos, rituais e festas; motivos artísticos, ligados à construção e à 225
expressão de idéias e sentimentos; e por motivações lúdicas, relacionadas ao lazer
e ao divertimento.
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É necessário viabilizar um espaço para que as vivências de algumas


práticas da cultura corporal, relevantes para o aluno jovem e adulto, legitimem o
trabalho com a timidez, a auto-estima, o convívio e conhecimento do corpo, assim
como as relações interpessoais, necessárias ao desenvolvimento da cidadania. ·
Valorizar, apreciar e desfrutar da cultura corporal de movimento. Deve-se criar
condições dos alunos apreciarem eventos esportivos e culturais como torneios
regionais, manifestações regionais como a capoeira, o bumba-meu-boi e outras
danças, com o objetivo de valorizar essas produções culturais, para a ampliação do
conhecimento histórico cultural e do olhar mais apurado para a estética gestual
dessas manifestações.
· Perceber e compreender as relações entre a cultura corporal e
o exercício da cidadania. É importante ter como objetivo, junto ao aluno jovem e
adulto, uma prática pedagógica reflexiva, pela qual se explicitem as práticas
exclusivas em torno do corpo e do movimento. Esse caráter excludente, que
classifica os alunos em aptos e inaptos, hábeis e inábeis, faz parte da herança
histórica da Educação Física, remonta aos tempos em que a concepção que
validava a existência da área era de natureza higienista, passando a seguir as fortes
influências da educação militar.
Na década de 70, visando á formação esportiva, a Educação Física
escolar optou pelo modelo piramidal, ou seja, formar uma base escolar de alunos
capacitados às atividades esportivas, da qual emergiriam talentos para representar o
Brasil em competições internacionais. O modelo não deu certo, não se viabilizou o
sonho da nação olímpica, a Educação Física escolar passou por uma crise de
identidade, reformularam-se seus objetivos, iniciou-se a reflexão sobre os objetivos
gerais para a educação básica e fundamental. O que permanece, apesar das
mudanças dos referenciais conceituais da área, são as práticas pedagógicas
seletivas presentes no Ensino Fundamental. Aqui o aluno pode localizar parte de
sua história com a Educação Física e rever os valores presentes no processo de
ensino pelo qual passou, sua própria relação com a cultura corporal, além de poder
posicionar-se contra os processos de exclusão, afirmando os valores de direito ao
acesso a esse universo de conhecimento.
Incluir no processo de construção do conhecimento o debate de
assuntos polêmicos em torno das atividades físicas, do esporte espetáculo, do uso
das imagens que representam 235 saúde para estimular o consumo de produtos
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desnecessários, que valorize o pluralismo cultural, aliado ao estímulo a pesquisa, ao


debate, ao confronto de opiniões, pode representar uma mudança na relação com o
conhecimento, decorrendo em uma ampliação da observação crítica ao que se
apresenta como verdade “científica”.
· Usufruir do lazer, resgatando o prazer enquanto aspecto
fundamental para a saúde e melhoria da qualidade de vida. Torna-se
fundamental abordar diferentes práticas da cultura corporal como forma de lazer,
que é um importante direito social assegurado constitucionalmente. Devem ser
oferecidas, ao aluno, condições para o exercício desse direito, assim como espaço
para reflexões sobre as possibilidades de uso do tempo e do espaço em suas
práticas corporais de lazer.
2º PARTE – RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

Que tipo de metabolismo celular está associado as atividades


aeróbicas (baixa intensidade e longa duração) e de força muscular em
intensidade elevada? Explique sua resposta.
O Metabolismo pode ser definido como o conjunto de processos
físicos e químicos do nosso corpo que nos mantêm funcionando normalmente, como
respiração, circulação sanguínea e função nervosa. Nosso metabolismo é controlado
pelos hormônios e pelo sistema nervoso. Quando consumimos alimentos, as
enzimas digestivas quebram carboidratos, gorduras e proteínas em uma forma que o
corpo possa usar para obter energia. No caso dos exercícios aeróbicos, o processo
bioquímico que ocorre em nosso corpo tem um agente importantíssimo: o
metabolismo aeróbio. Nosso metabolismo tem sua capacidade máxima de gerar
energia determinada pela oxidação dos substratos energéticos advindos do tecido
adiposo. O oxigênio extraído do ar que respiramos é fundamental para que ocorra a
respiração da célula a partir da captação desse nutriente pelas mitocôndrias.
Quais poderiam ser os exercícios/atividades físicas indicadas
aos alunos? Justifique as respostas utilizando seus conhecimentos de
fisiologia do exercício.
As adaptações ao treinamento são extremamente ligadas ao
volume, à intensidade e ao tipo de exercícios realizado. Não se pode esperar
ganhos de resistência treinando potência, por exemplo. Nesse ponto, o treinamento
deve estimular os sistemas fisiológicos que são fundamentais para a atividade afim
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de ser o mais específico possível ao seu objetivo. Qualquer atividade que mobilize
grandes grupos musculares, possa ser mantida continuamente e seja de natureza
rítmica e aeróbica, como, por exemplo, caminhada, corrida, andar de bicicleta ou
exercício no ciclo ergômetro, esqui, dança, pular corda, remo, subir escadas, nadar,
patinar e diversas outras atividades lúdicas de endurance.
Assim os exercícios que passamos são criadores de stress no nosso
corpo, eles vêm como uma forma de nos tirar do equilíbrio e obrigar o corpo a se
preparar para receber novamente esse stress sem que ele cause tanto estrago no
organismo. Dessa forma o corpo vai se tornando mais forte e vai sendo necessário
estímulos cada vez mais fortes para conseguir gerar esse stress. Entre os tipos de
estímulos temos: excitação, adaptação e exaustão.
Quais outros temas poderiam ser estudados/tematizados nas
aulas, a partir destes três já mencionados? Indique possíveis temáticas que o
docente poderia abordar em aulas posteriores.
Desafios diferentes proponha outras atividades, os professores
precisam para os alunos criar estratégias de movimento para atravessar os
obstáculos entre elas, andar em ziguezague, de lado ou saltar, circuitos
psicomotores e hidroginástica, para trabalhar diferentes movimentos corporais
relacionados a coordenação, lateralidade e equilíbrio.
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CONCLUSÃO

O objetivo geral deste trabalho foi estimular nos alunos jovens e


adultos da EJA o interesse pela prática regular de atividade física. A fim de atingir
tais objetivos satisfatoriamente foram realizadas discussões e debates a cerca de
nossas habilidades básicas, aulas práticas e vivências corporais variadas, noções de
nutrição e atividades mais adequadas ao estilo de vida de cada um, além disso,
foram realizadas dinâmicas e aulas expositivas, bem como pesquisas na internet e
palestras participativas onde os alunos interagiam e trocavam suas experiências.

    Inicialmente reuni-me com a professora responsável pela


disciplina na escola, questionando-a sobre os conteúdos já trabalhados e os que
haviam sido previstos para a realidade dos alunos. Conforme ela, atividades práticas
não eram muito indicadas, já que conflitos ocorriam com freqüência, então as aulas
eram todas teóricas, onde em cada aula eles discutiam sobre alguma reportagem
relacionada a saúde, retiradas de jornais ou revistas atuais.

    Antes de iniciar o estágio realizei dinâmicas, a fim de saber como


era o relacionamento interpessoal nas turmas e as expectativas dos alunos quanto
às aulas de Educação Física e suas reais necessidades dentro do segmento da
EJA. Posteriormente, fui organizando as aulas procurando aliar os interesses dos
educandos e as necessidades observadas em cada turma. Pude constatar grandes
dificuldades de relacionamento e muito desconhecimento em questões relacionadas
à saúde.

    Ao longo das aulas pude observar o despertar do interesse pela


busca de atividade física em muitos alunos, que atentamente participavam das
aulas, questionavam e contribuíam com suas experiências e pontos de vista,
estimulando muitas vezes outros colegas que ficavam curiosos com as colocações
que iam surgindo. Em contrapartida outros estudantes ficavam a mercê de tal
conhecimento, pois chegavam atrasados, faltavam bastante e muitas vezes
deixavam de participar para realizar trabalhos de outras disciplinas, pois a Educação
Física é facultativa nos cursos noturnos.

   
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REFERÊNCIAS

MCARDLE, Willian; KACHT, Frank; KACHT, Victor. Fisiologia do exercício: nutrição,


energia e desempenho humano. 7ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.

ASSIS Cíntia. Educação Física na EJA: Lugar de corpos possíveis. 1° Seminário de


Educação de Jovens e Adultos da PUC/Rio 2010. Disponível em www.seeja.com.br,
acesso em 5 de Out de 2012.

BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Disponível em www.mec.gov.br,


acesso em 12 de Out de 2012.

BRASIL, Educação Física na Educação de Jovens e Adultos. Secretaria de


Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, SECAD. Volume 3.. Brasília,
2006. 50 p.

FERNANDES, Elisângela. No meio do caminho havia (muitas) pedras: Conheça os


motivos que fazem com que alunos entre 15 e 17 anos cursem a EJA. Revista Nova
Escola, Porto Alegre, p. 96 à 101, Ago de 2011.

FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro, Ed. Paz e Terra. p. 21, 1979.

HANNAUER, Fernando Cristyan. Educação Física: Considerações sobre formas de


manter o aluno interessado nas aulas. Revista Nova Escola, Porto Alegre, p. 24,
Jul./Set 2009.

MOLINA, Vicente. Capacidade de escuta: Questões para a formação docente em


Educação Física. Porto Alegre, Revista Movimento, ano V, Nº 1 – JAN / ABR 2002
p. 60 ESEF/ UFRGS.

PARANÁ, Educação Física: Ensino Médio. Secretaria de Estado da Educação.


Distribuição gratuita. Curitiba, PR 2ª edição, 2006.

REVISTA Confef (Conselho Federal de Educação Física). Qualidade de Vida: Um


tema que extrapola a questão da saúde. p. 5, 2009.

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