Você está na página 1de 14

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Escola de Engenharia
Departamento de Engenharia Civil
ENG01141 - Concreto Protendido

PROJETO ESTRUTURAL EM CONCRETO


PROTENDIDO DE UMA VIGA

Entrega Parcial

Turma A - Prof. Roberto Rios


Camila Ramos - 00236807
Fernanda Macedo - 00243614
Mikael Carvalho - 00262476

Porto Alegre, 10 de outubro de 2022

1
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 3
2. CARACTERÍSTICAS DA ESTRUTURA 3
3. PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS 4
4. CARACTERISTICAS DOS MATERIAIS 5
4.1 Concreto 5
4.2 Aço 5
5. CARREGAMENTO DA ESTRUTURA 6
6. PROTENSÃO 6
6.1 Força de Protensão 6
6.2 Cabos 7
7. ANCORAGEM 8
8. PERDAS 8
8.1 Perdas por Atrito 8
8.2 Perdas por Deformação ou Recuo da Ancoragem 9
8.3 Perdas por Deformação Imediata do Concreto 10
9. BIBLIOGRAFIA 12

2
1. INTRODUÇÃO

O presente relatório apresenta o memorial de cálculo do projeto estrutural de uma


viga em concreto armado com protensão com aderência final e cabos curvos.
Para a elaboração do mesmo, foi usado como suporte o Excel, as normas da ABNT.

2. CARACTERÍSTICAS DA ESTRUTURA

A viga é de concreto C40, aço CA-50 e CP-190RB, bi-apoaida com 22 metros de


comprimento e altura de 1,30 metros, formato I e os seguintes carregamentos e seção:
 Peso próprio: 15,38 kN/m²
 Peso da laje e revestimentos: 15,00 kN/m
 Sobrecarga (1): 25,00 kN/m
 Sobrecarga (2): 20,00 kN/m

IMAGEM 1: SEÇÃO DA VIGA

FONTE: ADAPTADO DE RIOS

IMAGEM 2: VIGA

FONTE: ADAPTADO DE IMAGEM ENCONTRADA NA INTERNET

3
3. PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS

Para este projeto foi dimensionado uma viga I com as medidas na imagem 1, para que
seja possivel chegar as propriedades geométricas, foi calculado inicialmente o momento de
inércia de cada parte do elemento conforme apresentado abaixo.
IMAGEM 3: SEÇÃO DA VIGA SEGMENTADA

FONTE: AUTORIA PRÓPRIA

TABELA 1: MOMENTO DE INÉRCIA


Cálculo Momento de Inércia
b h Ai yi Ai*yi Igzi Ai.(yi-Yg)²
Elemento 4 4
cm cm cm² cm cm³ cm cm
1 60 30 1800 115 207000 135000 4500000
2 15 15 112,5 95 10687,5 1406,25 101250
3 15 15 112,5 95 10687,5 1406,25 101250
4 30 70 2100 65 136500 857500 0
5 15 15 112,5 35 3937,5 1406,25 101250
6 15 15 112,5 35 3937,5 1406,25 101250
7 60 30 1800 15 27000 135000 4500000
∑ 6150 399750 1133125 9405000
FONTE: AUTORIA PRÓPRIA

TABELA 2: CARACTERISTICAS DA SEÇÃO


Propriedades Geométricas
Área 0,615 m²
4
Izg 0,105 m
Ymáx 0,65 m
4
Wzg 0,162 m
Afastamento borda 0,1 m
ep 0,55 m
FONTE: AUTORIA PRÓPRIA

4
4. CARACTERISTICAS DOS MATERIAIS

A estrutura será concebida em concreto protendido.

4.1 Concreto

A NBR 6118:2014 estabelece que deverão ser usados concretos C20, caso se trate de
concreto armado; por outro lado, deverá ser no mínimo C25 no caso de concreto protendido
(Rios, ANO). Para esse projeto foi optado por um concreto C40, classe I, resisteência de
compressão caracteristica aos 28 dias de fck=¿ 40 Mpa e agregado graudo granitico com
α e =¿ 1,0.
Para esse caso que o concreto é de classe I:

 Módulo de elasticidade inicial ( Eci ):


1
2
Eci =α e ∙ 5600∙ f ck

1
2
Eci =1∙ 5600 ∙ 40
Eci =35418

 Módulo de elasticidade secante ( Ecs ):


Ecs =0,85 ∙ E ci
Ecs =0,85 ∙ E ci
Ecs =30105

 Resistência a tração do concreto ( f ctm):


2
f ctm=0,3 ∙ f 3ck
2
f ctm=0,3 ∙ 40 3
f ctm=3,5 MPa

4.2 Aço

O aço utilizado será o CP-190RB para todo o projeto, sendo um aço de relaixação
baixa e resistência característica de f pyk =¿1710 Mpa e f ptk=¿1900 Mpa.

5
5. CARREGAMENTO DA ESTRUTURA

No tempo inicial t 0 o carregamento é comporto pelo peso próprio da viga somado com
a laje e o revestimento, já no tempo final t ∞ é a soma do carregamento no tempo inicial com
as sobrecargas. As cargas na viga para ambas as idades estão apresentada na tabela abaixo.
TABELA 3: CARREGAMENTOS NA VIGA
Carregamentos na viga
Tempo Carga Momento
t0 15,38 kN/m 930,19 kNm
t∞ 75,38 kN/m 4560,19 kNm
FONTE: AUTORIA PRÓPRIA

6. PROTENSÃO

Para este projeto será utilizado a protensão com aderência final e cabos em posição
curvilinea, conforme estipulado no edital do trabalho, e protensão executada aos 28 dias.
Nestes casos a armadura ativa (cabos, cordoalhas, fios) é posicionada dentro de um
tubo metálico (bainha), localizada na posição proposta pelo projetista e somente depois a viga
é concretada. Esperado um tempo para o endurecimento do concreto, normalmente entre 14 e
20 dias, procede-se ao tensionado dos cabos. Após essa tensão é injetada uma nata de
cimento na bainha o que, após endurecida, irá garantir a aderência entre aço e concreto.
(RIOS)

6.1 Força de Protensão

A força de protensão será estimada pelo método das tensões limites, com perda inicial
de 5% e final de 15%. O método de c alculo está apresentado nas equações a seguir:
No tempo inicial - t 0:
 Borda inferior:

(
A w zg

)
P P ∙e p M 0
σ i=0,95 ∙ +
wzg
≤ 0,7 f ck Po ≤ 7076 kN

 Borda superior:

(P P∙ e p M 0
σ s=0,95 ∙ −
A w zg
+ )
w zg
≥−1,2 f ctm Po ≤ 5922 kN

Para o tempo final - t ∞ :


 Borda inferior:

(
A w zg

)
P P ∙e p M ∞
σ i=0,85 ∙ +
wzg
≥−1,2 f ctm P∞ ≥ 5609 kN

6
 Borda superior:

(P P∙ e p M 0
σ s=0,85 ∙ −
A w zg
+
w zg )
≤ 0,5 f ck P∞ ≥ 5413 kN

Sendo,
P- Força resultante de protensão atuando no concreto devido ao efeito de protensão de um ou um
conjunto de cabos.
ep – a excentricidade do cabo de protensão, ou seja, a distância do centro de gravidade do(s)
cabo(s) ao centro de gravidade da seção.

Assim encontramos os quatro valores de P e escolhe-se um valor que satisfaça as condições


limitantes, dentro do intervalo de cargas que podemos aceitar de 5609 kN ≥ P ≤ 5922 kN.

Pselecionado = 5609 kN

6.2 Cabos

A partir da força de protensão mínima se obtém o valor mínimo de cordoalhas a partir das
expressões:
P min 5609 kN
A protensão = = =40,1 cm ²
σ pi 140,2kN /cm²

A protensão 39 cm ²
n= = =39,3
ø cordoalha 1,02 cm ²

Com base no número de cordoalhas de protensão calculado, optou-se por empregar 42


cordoalhas de ø ½” em 3 cabos com 14 cordoalhas cada.

7. ANCORAGEM

As ancoragens são elementos pelos quais é aplicada a carga de protensão. Pode-se


classificar em ancoragens passivas (“mortas”) e ancoragens ativas (“vivas”), em função de se
elas servem para aplicação da carga do macaco hidráulico ou simplesmente a transmitem ao
elemento estrutural (RIOS)
IMAGEM 4: ANCORAGEM ATIVA

7
FONTE: GOOGLE

8. PERDAS IMEDIATAS

Para o calculo das perdas, primeiramente, deve ser calculada a posição dos cabos e do cabo
representante

Posição dos Cabos na Viga


x Cabo 1 Cabo 2 Cabo 3 Cabo representante
[m] [m] [m] [m] [m]
0 0,650 1,050 0,100 0,600
2,2 0,452 0,708 0,100 0,420
4,4 0,298 0,442 0,100 0,280
6,6 0,188 0,252 0,100 0,180
8,8 0,122 0,138 0,100 0,120
11 0,100 0,100 0,100 0,100
13,2 0,122 0,138 0,1 0,12
15,4 0,188 0,252 0,1 0,18
17,6 0,298 0,442 0,1 0,28
19,8 0,452 0,708 0,1 0,42
22 0,65 1,05 0,1 0,6

Posicionados como apresentado abaixo.

8
IMAGEM 5: POSICIONAMENTO DOS CABOS

FONTE: AUTORIA PRÓPRIA

8.1 Perdas por Atrito

São as perdas devido ao atrito entre a armadura de protensão e o concreto que ocorre
no instante inicial da aplicação da carga de protensão pelo macaco. A perda por trecho é
calculada pela seguinde expressão:
−μ (Δ α+ βx)
Pi=P0 ∙ e
Sendo,
μ = coeficiente de atrito aparente entre cabo e a bainha;
Δα = variação do angulo entre a ancoragem e a abscissa x;

β = coeficiente de atrito parasitário;


x = abscissa do trecho onde se calcula Pi.

Para o caso do projeto as perdas por atrito estam apresentadas na tabela abaixo.

TABELA 4: PERDAS POR ATRITO

9
FONTE: AUTORIA PRÓPRIA

8.2 Perdas por Deformação ou Recuo da Ancoragem

Conforme a NBR 6118 (ABNT, 2014) as perdas devem ser determinadas


experimentalmente ou adotados os valores indicados pelos fabricantes dos dispositivos de
ancoragem. Para esse projeto será adotada a perda de Δω= 2 mm.
Supondo que o recuo irá afetar apenas o primeiro trecho a perda é calculada pela
seguinte equação:

ω=
√ Δω ∙ A p ∙ E p
Δp √
=
2∙ 10−3 ∙ 42∙ 10−4 ∙ 200 ∙10 6
20,08
=9,15 m

Para o caso do projeto as perdas por deformação ou recuo da ancoragem estam


apresentadas na tabela abaixo.

TABELA 5: PERDAS POR DEFORMAÇÃO OU RECUO DA ANCORAGEM

10
FONTE: AUTORIA PRÓPRIA

IMAGEM 6: GRÁFICO DO RECUO POR ATRITO E RECUO POR ANCORAGEM

FONTE: AUTORIA PRÓPRIA

8.3 Perdas por Deformação Imediata do Concreto

Nos elementos estruturais com pós-tração, a protensão sucessiva de cada um dos n


grupos de cabos protendidos simultaneamente provoca uma deformação imediata do concreto
e, consequentemente, afrouxamento dos cabos anteriormente protendidos (ABNT, 2014). A
perda por cabo é calculada pela seguinte expressão:

Sendo,
n – número de etapas de protensão;
σcp – tensão inicial no concreto no nível do baricentro da armadura de protensão, devida à
protensão simultânea dos n cabos;
σcg – tensão no concreto no nível do baricentro da armadura de protensão, devida à carga
permanente modificada pela protensão ou simultaneamente aplicada com a protensão;

11
αp – relação entre os módulos de elasticidade de armadura ativa e do concreto, na data do ato
da protensão.
Para o caso do projeto a perda por deformação imediata do concreto foi calculada pela
seguinte equação:

( )
2
E p P P ∙ e p M g ∙ e p (n−1)
Δ σ p= + −
Eci A I I 2n

Resultando na tabela a seguir:

TABELA 6: PERDAS POR ENCURTAMENTO DO CONRETO E PERDAS DINAIS APÓS A ANCORAGEM

FONTE: AUTORIA PRÓPRIA

9. PERDAS DIFERIDAS

9.1 Retração

9.2 Fluência

9.1 Relaxação

12
10. Verificação ao ELU

11. Verificação ao corte

12. BIBLIOGRAFIA

ABNT, NBR 6118/14 - Projeto de estruturas de concreto, Rio de Janeiro, 2014

RIO, R. D. “Materiaias de aula - Capítulo I ao VI”. Disponível em:


<https://moodle.ufrgs.br/course/view.php?id=102766>. Acessado em: 14 de agosto de 2022.

RUDLOFF, Catalogo Concreto Protendido. 2015

13
ANEXO
Detalhamento da Viga

14

Você também pode gostar