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1 questão:

Explique como o racismo multidimensional determina a estrutura social


brasileira?
O racismo multidimensional é o conjunto de todos os tipos de racismo, seja
por gênero, raça, classe ou qualquer outro preconceito causado pela diferença entre
seres. Esse racismo não só determina, mas como vimos no livro Como o Racismo
Criou o Brasil, ele constrói a estrutura social brasileira, infelizmente o Brasil foi criado
em cima desse racismo.
O racismo multidimensional está presente desde o Brasil Colônia, foi
estruturando e moldando a nossa sociedade a partir dos contínuos processos de
calar, oprimir e separar os negros de todas o restante da sociedade brasileira. Como
vimos no livro, enquanto os europeus livres chegavam no Brasil, um pouco antes da
abolição, já com uma porção de terra ou então até mesmo empregos garantidos,
além de uma condição de sobrevivência estável, o negro continuava sendo oprimido,
e não era garantido nenhum emprego e muito menos uma condição estável. Como o
negro nunca teve oportunidade desde a Colônia, essa opressão somente se
perpetuou durante os anos.
Esse preconceito com o negro, com o passar do tempo, acabou se
disseminando para outras áreas, e o que antes era apenas racismo racial, se tornou
o racismo multidimensional, presente em todos os tipos de preconceitos e opressões
possíveis. Com isso o racismo acabou determinando toda a estrutura da sociedade
de nosso país. E infelizmente isso parece que só vem aumentando, principalmente
durante o mandato do presidente Bolsonaro, observamos o aumento da opressão do
negro, do pobre e das mulheres. O que deveria ser o líder de um país, possuí falas e
atitudes que parecem ter a intenção de oprimir mais ainda todas as classes que
antes já sofriam diversas tentativas de serem silenciadas e oprimidas.
2 questão:
Explique como Bolsonaro vincula dois tipos de racismo distintos no Brasil?
Como vimos no livro Como o Racismo criou o Brasil, existe o racismo
multidimensional, que seria uma espécie de base para as outras máscaras e faces
que o racismo possui. Esse principal é aquele que conhecemos, que infelizmente,
está presente em toda a estrutura social brasileira, onde nele ocorre o preconceito
não só pela cor da pele, mas sim pela divisão dentre os humanos, separando os
“inferiores” em sub-humanos, e os “superiores” continuam sendo humanos,
basicamente separando as pessoas por “classe”, pobre, média e os ricos.
Os dois tipos de racismo que Bolsonaro vincula para usufruir para conseguir
tirar algum tipo de benefício, é justamente esse principal, vinculado à um racismo
entre os próprios pobres, gerando uma guerra entre eles. Utilizando discursos como
o combate a corrupção, porém um discurso contraditório, já que Bolsonaro está
sendo corrupto. O outro discurso é a guerra contra o crime, na tentativa de acabar
com a imensa criminalidade presente no Brasil, porém esse é apenas mais um
discurso travestido de racismo, todos sabemos que nessa guerra contra o crime a
principal vítima é o jovem negro, além dos pobres residentes das periferias, como
sempre foi criado uma ideia que o criminoso e traficante é esse jovem negro, ele que
acaba morrendo nessa suposta guerra contra o crime, e por fim, esse guerra sempre
acaba matando inocentes, negros e pobres que não são envolvidos nesse mundo, já
que temos um presidente completamente descontrolado, o preto, pobre da periferia
acaba morrendo no lugar no verdadeiro criminoso, e essa criminalidade não diminui
nunca, enquanto a taxa de inocentes mortos só aumenta.
Nessa briga entre pobres que Bolsonaro consegue criar através de seus
discursos completamente manipuladores e mascarados, o branco, pobre dissemina
seu ódio para seu vizinho da periferia, que por consequência é um preto. Com essa
manipulação, cria-se uma eterna briga entre pobres, ambos residentes das favelas
brasileiras. Bolsonaro, então consegue vincular dois tipos de racismo para seu
benefício, enquanto os pobres estão brigando devido à manipulação que ele mesmo
realizou, o presidente continua roubando dinheiro público e, ao mesmo tempo,
acaba matando o jovem negro da periferia na suposta guerra contra o crime.
Referências:
Souza, Jessé – Como o racismo criou o Brasil, 2021

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