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DIREITOS HUMANOS
O Papel da Polícia
Polícia e não-discriminação
Conclusão
Os abusos e excessos no uso da força pela polícia podem ter um efeito
de tornar impossível a execução de uma tarefa que, por si só, já é difícil. Além
disso, esses abusos ou excessos servem para minar um dos objetivos
primordiais do policiamento, o de manter a paz e a estabilidade social.
A ocorrência de incidentes como o uso excessivo da força pela polícia
podem resultar numa inquietação pública de tal monta e ferocidade, que as
instituições policiais se tornem temporariamente incapazes de manter a ordem
ou de proteger a segurança pública.
As consequências dos distúrbios de Los Angeles (EUA), originadas por
abuso da força policial, foram dramáticas e imediatas para a polícia, tendo
perdido totalmente a confiança e o apoio público.
Nesse sentido, a sociedade não aceita mais uma polícia violenta,
mesmo contra transgressores da lei. Assim, contra os criminosos só podem ser
adotadas as medidas previstas na lei.
AULA II
Medidas de Proteção
Antes de atender uma ocorrência que envolva crianças ou adolescentes,
o policial militar deve conhecer alguns conceitos básicos do ECA, previstos nos
arts. 103, 104 e 105. O primeiro conceito é que a criança e o adolescente não
cometem um crime ou contravenção penal, mas sim ato infracional, ou
seja, as condutas descritas no Código Penal, bem como na Lei de
Contravenções Penais, serão chamadas, em particular para os adolescentes,
de ato infracional.
Outro ponto importante é que os menores de 18 anos são penalmente
inimputáveis, devendo assim, ser considerado para os efeitos da lei, a idade do
adolescente à data do fato, sendo todos os direitos individuais garantidos no
art. 5° da CF/88, estendendo-se a eles (art. 106, 1 07, 109, 110 e 111 do ECA).
Após a identificação da criança ou do adolescente, este só será
apreendido em flagrante delito de auto infracional ou com mandado
judicial. Além disso, a princípio, não deve ser algemado nem ter tratamento
degradante.
As medidas de proteção à criança e ao adolescente estão previstas em
lei. O não cumprimento constitui crime. A prática de um ato infracional gera
consequências diferentes para crianças e adolescentes. Aos adolescentes são
aplicadas as medidas sócio-educativas (art. 112 do ECA) e às crianças as
medidas de proteção (art. 101 do ECA). É importante termos em mente que a
prática de um ato infracional não gera impunidade, mas sim uma tentativa de
ressocializar este cidadão para a vida em comunidade.
O adolescente não será liberado quando ocorrer qualquer uma das hipóteses
abaixo:
a) Total impossibilidade de locomoção dos pais ou responsável;
b) Prática de ato infracional grave, em regra ou crimes apenados com
reclusão cuja pena mínima cominada seja igual na superior a 3 (três) anos;
c) Prática de infração com violência ou grave ameaça a pessoa;
d) Infração cuja repercussão social justifique a internação do
adolescente para garantia de sua segurança pessoal ou manutenção da ordem
pública.
Observação: Não havendo entidade de atendimento à adolescente infrator
(ECA, art. 90, VII), ou repartição policial especializada, deverá o adolescente
apreendido aguardar sua apresentação ao Ministério Público em dependência
separada da destinada a maiores.
Extensão do Problema
A incidência da violência doméstica aumenta cada vez mais porque se
trata de um problema oculto, mas ocorre em famílias de todas as classes
sociais e culturais. Muita das vezes as mulheres sentem vergonha de expor
sua real condição.
Efeitos e Causas
Existem razões que se repetem com muita freqüência nas situações que
promovem a violência doméstica como o uso abusivo de bebidas alcoólicas ou
drogas, a dependência social, política e econômica das mulheres em relação
aos homens. Esta última situação pauta-se na estrutura social, nos hábitos
culturais e nas crenças concernentes à superioridade do homem, valorizando
assim, o “machismo”.
Seus efeitos resultam em morte, danos físicos, problemas psicológicos e
prejuízos aos outros membros da família, principalmente às crianças.
Violência Familiar
A violência entre marido e mulher é um dos problemas mais complexos
com que depara o sistema de justiça. As vítimas desses delitos, quase que
exclusivamente mulheres, frequentemente dependem emocional e
economicamente do agressor. Por esta razão muita das vezes permanecem à
mercê do agressor, e geralmente não comparecem à polícia para denunciar o
fato.
Dado o contexto tão especial em que ocorre esse fato, a legislação varia
consideravelmente. A norma vigente em Lowa/EUA é um exemplo de
legislação moderna. Quando o tribunal chega à conclusão preliminar de que
um dos membros da família foi vitimizado violentamente por outro, o tribunal
pode ordenar uma pensão familiar temporária, o abandono da residência,
proibir as relações entre as partes e, até mesmo, determinar a custódia
temporária das crianças, se for ocaso.
Nesse sentido, podemos afirmar que os estados americanos diferem no
modo em como os tribunais podem fazer para que as partes cumpram essas
ordens judiciais: multa, processo penal ou encarceramento.
Concomitantemente, à alteração da legislação substantiva e processual, os
estados americanos têm estabelecido uma série de programas e medidas para
prestarem assistência a essas vítimas. Tais medidas incluem centros
residenciais para assistência às mulheres vítimas de violência familiar,
legislações segundo as quais qualquer pessoa que tenha conhecimento desses
fatos deva denunciá-los, bem como ajuda financeira e social às vítimas.
AULA III
LEGISLAÇÃO
Constituição da República Federativa do Brasil