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Utilização de alavancas

Indicações:
 Raízes e ápices radiculares residuais ou recém-fraturados
 Dentes com porção coronária parcialmente destruída ou frágil
Princípio de ação das alavancas:
Potência: é a força desenvolvida pelo cirurgião dentista no cabo da alavanca
Ponto de apoio: representado pelos septos ósseos alveolares interdentários ou inter-
radiculares.
Resistência: representada pela raiz ou dente a ser extraído
*a lâmina da parte ativa deve ser aplicada entre o tecido ósseo do alvéolo e o dente a ser
removido


Não utilizar o dente adjacente como apoio
 Não utilizar as corticais palatinas ou linguais como ponto de apoio
 Aplicar força na região Mesial ou Distal da raiz a ser removida
Ações:
Ação de cunha: entra obliquamente (a medida que se introduz ocorre a luxação)
Ação interfixa: direção obliqua ao longo eixo do dente – para trás
Ação inter-resistente: sentido vertical – para frente
Ação de sarilho: entra perpendicular, apoiada pelo septo ósseo.
 
Osteotomia e/ou odontosecção

Objetivo:
 Diminuir resistência óssea
 Facilitar a luxação
 Dificuldade de apoio para USP do fórceps ou alavanca
 Corticais rígidas
 Melhor visibilidade e acesso
Indicações:
 Dentes com anquilose, hipercementose, dilaceração radicular e raízes divergentes;
 Ápices fraturados (quando ocorre de fratura no ápice, avaliar a indicação de remoção do
mesmo);
 Após exodontias que requeiram curetagem de lesões apicais extensas;
 Exodontia múltipla, para regularização;
 Dentes frágeis e sem apoio.
Osteotomia: desgaste ósseo
Ostectomia: remoção de fragmento ósseo
 Brocas, trefinas, serras, cinzéis, limas;
 Rotatórios: refrigeração: torque elevado | não introduzir ar no campo cirúrgico.
 Pinça goiva, alveolótomo.
Técnica: 
 Confecção do retalho;
 Osteotomia: peça de mão reta (brocas esféricas 2,3,6,8  | brocas tronco-cônicas 701,
702, 703 – começar com a broca de menor tamanho) ; anta rotação; cinzéis e martelo;
cinzéis
 Técnica: **canaleta > profundidade: ponta ativa da broca | diâmetro: ponta da
broca.
 Sulco entre a coroa e o osso alveolar vestibular, mesial e distal
 Exposição da junção cemento-esmalte
Odontosecção:
 Diminuir a resistência óssea a exodontia
 Exemplo: separar raiz vestibular da palatina no sentido mesio-distal – exemplo de um 1
pré-molar superior
 Tratamento da cavidade:
  Irrigação com soro fisiológico;
  Curetagem das paredes alveolares;
 Limas
 Remoção de fragmentos ósseos – septo;
 Manobra de Chompret
 Curetagem
 Avulsão (via alveolar e via não alveolar).
Hemostasia:
 Evitar perda excessiva
 Visibilidade do campo operatório
 Minimizar hematomas > maior pressão sobre os tecidos; mais sujeito a infecção
Medidas para controle e tratamento de hemorragias:
 Profiláticos = anamnese e exame clinico
 Pressão com gaze ou pinça hemostática
 Eletrocoagulação
 Ligadura = pinçamento e amarrias dos vasos
 Sutura em massa
 Curetagem = tecido de granulação
 Esmagamento ósseo = Gelfoam
 Vasoconstritores
Dentes Retidos
“O dente ainda não fez o processo normal de nascer dentro do tempo esperado”
Complicações das retenções:
 Cárie
 Doença periodontal do dente adjacente
 Patologias associadas a folículo pericoronário entre outros
Contraindicações para exodontia:
 Extremo de idade
 Paciente com comprometimento sistêmico
Classificação
Classificação de WINTER:
 Mesioangular

Dente Mesioangulado
 Distoangular

Dente Distoangulado
 Horizontal
Dente em posição Horizontal
 Vertical

Dente em posição Vertical


 
Classificação de Pell & Gregory
Classe:
 Classe I: quando couber uma coroa entre espaço do ramo  a distal do 2º molar;
 Classe II: quando couber metade de uma coroa;
 Classe III: não não cabe uma coroa nesse espaço
Posição:
 Posição A: quando estiver no mesmo plano oclusão e cervical do 2º molar;
 Posição B: entre as duas linhas;
 Posição C: abaixo da linha cervical do 2º molar.
Então, as indicações para uma exodontia são:
 Lesões cariosas
 Comprometimento endodôntico
 Comprometimento periodontal
 Indicações ortodônticas
Contraindicações:
Comprometimento sistêmico 
 Diabetes
 Leucemia (hemorragias)
 Hipertensão
 Gravidez
 Hemofilia
Comprometimento local: 
 História prévia de radioterapia
 Dentes em áreas de lesões tumorais
 Pericoronarite
 Processos infecciosos agudos
 Idade
 Utilização de fórceps

Indicações:
 Dentes com coroas hígidas ou remanescentes de coroa ou raiz suficientes para
apreensão com o fórceps;
 Dentes com porção radicular e estrutura óssea alveolar dentro dos padrões de
normalidade anatômicos;
 Pacientes com doença periodontal
Contraindicações:
 Dentes anquilosados
 Dentes com hipercementose
 Dilaceração radicular
 Sem estrutura coronariana ou radicular adequados
 Dentes hígidos e isolados há muito tempo
 
Tipos de fórceps:
15
0

Incisivos centrais, incisivos laterais, caninos e


pré-molares superiores

15
1

Incisivos centrais, incisivos laterais, caninos e


pré-molares inferiores
18
R

Molares superiores DIREITO

18
L

Molares superiores ESQUERDO

17

Molares inferiores
16

“cifre de boi” molares inferiores

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Raiz residual

Princípios de ação dos fórceps: Anatomia e localização


Forças aplicadas: força de manutenção e força de deslocamento
Movimentos exodônticos:
1. Intrusão: rompe as fibras do ligamento periodontal e muda o centro da gravidade (para
todos os dentes);
2. Lateralidade: movimentos pendulares – primeiro para a cortical mais espessa, para um
rompimento das fibras do ligamento;
3. Rotação: apenas para os dentes unirradiculares – auxilia na dilatação e rompe o
restante das fibras;
4. Tração: dente luxado – associado a lateralidade ou rotação (exérese).

SEQUÊNCIA OPERATÓRIA PADRÃO

1)      Anamnese, planejamento, orientações pré-operatórias


2)      Paramentação e montagem da mesa cirúrgica
3)      Condicionamento do paciente (antissepsia extra e intra-bucal)
4)      Anestesia Local
5)      Descolamento: permite a desinserção das fibras gengivais da crista óssea,
facilitando na expansão óssea e na cunhagem. Além disso, permite testar a anestesia.
6)      Exérese
7)      Avulsão do dente
8)      Tratamento da cavidade: debridamento (deve ser leve para impedir a injúria dos
tecidos gengivais e das fibras do LP, uma vez que da integridade destas depende a
cicatrização), curetagem, irrigação e aspiração, regularização de bordas ósseas pelo
alveolótomo, manobra de Champret* e manobra de Valsalva**
9)      Síntese
10)   Prescrição Medicamentosa e orientações pós-operatórias
11)   Proservação
* Manobra de Champret: consiste na redução da expansão óssea vestíbulo-lingual, pela
apreensão digital das duas corticais por tempo determinado.
* Manobra de Valsalva: utilizada nas extrações de molares superiores, é uma técnica
para verificação se não houve comunicação bucosinusal. O paciente feche o nariz e faz
força para assoar. Caso haja comunicação, deve-se colabar os tecidos e suturá-los,
favorecendo uma cicatrização por primeira intenção.

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